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ENGENHARIA ELÉTRICA Ariadne Nunes Leite David Rocha dos Santos Edson Carlos Gomes de Souza Joelma Lima Santos Lucas Caldas Marcos Antônio dos Santos Matheus Costa PREPARO DE SOLUÇÕES ARACAJU, SE – BRASIL 2016 Ariadne Nunes Leite David Rocha dos Santos Edson Carlos Gomes de Souza Joelma Lima Santos Lucas Caldas Marcos Antônio dos Santos Matheus Costa PREPARO DE SOLUÇÕES Relatório de aula pratica da disciplina QUIMICA GERAL E INORGANICA, turma E-25, Curso de Engenharia Elétrica, Universidade Tiradentes. Professor Alysson Vieira dos Santos. ARACAJU, SE – BRASIL 2016 INTRUÇÃO Uma solução, no sentido amplo, é uma dispersão homogênea de duas ou mais substâncias moleculares ou iônicas, como mostra na figura 01. O processo utilizado para obter essa mistura é chamado de dissolução. No âmbito mais restrito, as dispersões que apresentam as partículas do disperso (soluto) com um diâmetro inferior a 10 Å são denominadas soluções. Quando este diâmetro situa-se entre 10 e 1000 Å, temos dispersões coloidais. Exemplos de dispersões coloidais são gelatina, goma arábica, dispersões de proteínas (como de albumina bovina), fumaça, entre outros. Segundo a UFPR, Quando as partículas do disperso possuem diâmetro superior a 1000 Å, temos dispersões grosseiras. Por exemplo, o "leite de magnésia" constitui uma dispersão grosseira de partículas de hidróxido de magnésio (aglomerados de íons Mg2+ e OH-) em água. Figura 01, Conjunto de soluções homogêneas. TIPOS DE DISPERSÃO Dispersão – são sistemas nos quais uma substância está disseminada, sob a forma de pequenas partículas, em uma segunda substância. O autor SOQ, Portal de Química, diz que um exemplo é a mistura entre água e areia em um copo. No início, a mistura fica turva, mas com o passar do tempo, as partículas maiores vão de depositando no fundo do copo. Mesmo assim, a água ainda fica turva na parte de cima. A água não ficará totalmente livre de areia. De acordo com o tamanho das partículas, podemos classificar estas dispersões em solução verdadeira, coloide e suspensão. Veja a seguir o diâmetro médio das partículas dispersas: Dispersão Diâmetro médio Soluções Verdadeiras Entre 0 e 1nm Coloides Entre 1 e 1.000nm Suspensões Acima de 1.000nm Obs. 1nm (nanômetro) = 1.10-9m SOLUÇÕES VERDADEIRAS São misturas homogêneas translúcidas, com diâmetro médio das partículas entre 0 e 1nm. Exemplos: açúcar na água, sal de cozinha na água, álcool hidratado. COLOIDES São misturas homogêneas que possuem moléculas ou íons gigantes. O diâmetro médio de suas partículas é de 1 a 1.000nm. Este tipo de mistura dispersa facilmente a luz, por isso são opacas, não são translúcidas. Podem ser sólidas, líquidas ou gasosas. O autor SOQ, Portal de Química, diz que o termo coloide vem do grego e significa "cola" e foi proposto por Thomas Grahm, em 1860 para às denominar as substâncias como o amido, cola, gelatina e albumina, que se difundiam na água lentamente em comparação com as soluções verdadeiras (água e açúcar, por exemplo). Apesar dos coloides parecerem homogêneos a olho nu, a nível microscópico são heterogêneos. Isto porque não são estáveis e quase sempre precipitam. Exemplos: maionese, shampoo, leite de magnésia, neblina, gelatina na água, leite, creme. Suspensão – são misturas com grandes aglomerados de átomos, íons e moléculas. O tamanho médio das partículas é acima de 1.000nm. Exemplos: terra suspensa em água, fumaça negra (partículas de carvão suspensa no ar). CLASSIFICAÇÃO DAS SOLUÇÕES QUANTO À QUANTIDADE DE SOLUTO Quando adicionamos sal a um copo com água, dependendo da quantidade colocada neste copo, o sal se dissolverá ou não. O mesmo acontece quando colocamos muito açúcar no café preto. Nem todo o açúcar se dissolverá no café. A quantidade que não se dissolver ficará depositada no fundo. O Coeficiente de Solubilidade é a quantidade necessária de uma substância para saturar uma quantidade padrão de solvente, em determinada temperatura e pressão. Em outras palavras, a solubilidade é definida como a concentração de uma substância em solução, que está em equilíbrio com o soluto puro a uma dada temperatura. De acordo com a quantidade de soluto dissolvida na solução podemos classificá-las em: solução saturada, solução insaturada e solução supersaturada. Solução Saturada – são aquelas que atingiram o coeficiente de solubilidade. Está no limite da saturação. Contém a máxima quantidade de soluto dissolvido, está em equilíbrio com o soluto não-dissolvido, em determinada temperatura. Dizer que uma solução é saturada é o mesmo que dizer que a solução atingiu o ponto de saturação. Solução Insaturada (Não-saturada) – são aquelas que contém menos soluto do que o estabelecido pelo coeficiente de solubilidade. Não está em equilíbrio, porque se for adicionado mais soluto, ele se dissolve até atingir a saturação. Solução Supersaturada – são aquelas que contêm mais soluto do que o necessário para formar uma solução saturada, em determinada temperatura. Ultrapassa o coeficiente de solubilidade. São instáveis e podem precipitar, formando o chamado precipitado (ppt) ou corpo de chão. OBJETIVO Preparar soluções de ácidos e bases a fim de serem usadas em análise volumétrica. MATERIAL E MÉTODOS MATERIAL Balões volumétricos de 100 mL Béqueres Pera de borracha Pipetas graduadas de 10 mL Pisseta Reagentes Água destilada Ácido clorídrico concentrado – HCl Solução concentrada de hidróxido de sódio – NaOH PROCEDIMENTO PREPARAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO DE HCl 1 M À PARTIR DO HCl CONCENTRADO (12 mL) Considerando a concentração do HCl 37% e sua densidade 1,18 g/mL, concluímos que a molaridade (M) do HCl concentrado é aproximadamente 12 M, o que podemos constatar à partir dos seguintes cálculos. CÁLCULOS OU EQUAÇÕES % em massa = 37% → t = 0,37 d = 1,18 g/mL C = d x t x 103 C = 1,18 x 0,37 x 103 → C = 436,6 g/L PMHCl = 36,5 g C = 436,6 g/L C = M x PM → M = C / PM = 436,6 / 36,5 → M = 12 M Onde: C = concentração, M = molaridade e PM = peso molecular. USANDO A EQUÇÃO DA DILUIÇÃO, TEMOS: V1 = ? M1 = 12 M V2 = 100 mL M2 = 1 M V1 x M1 = V2 x M2 V1 = V2 x M2 / M1 V1 = 100 x 1 / 12 V1 = 8,3 mL Pipetar 8,3 mL de HCl concentrado, utilizando uma pipeta graduada, munida de pera de borracha, transferindo-o para um balão volumétrico de 100 mL. Observação: não se deve pipetar com a boca. Completar o volume com água destilada até a marca de afeição. Inverter o balão, segurando a rolha esmerilhada, várias vezes a fim de homogeneizar a solução. Guardar a solução. PREPARAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO 0,1 M DE HCl A PARTIR DE UMA SOLUÇÃO 1 M (DILUIÇÃO) V1 = ? M1 = 1 M V2 = 100 mL M2 = 0,1 M V1 x M1 = V2 x M2 V1 = V2 x M2 / M1 V1 = 100 x 0,1 / 1 V1 = 10 mL Pipetar 10 mL de solução de HCl 1 M, usando pipeta volumétrica de 10 mL, utilizando-se uma pera de borracha. Transferir para um balão volumétrico de 100 mL. Completar o volume até a marca de afeição. Inverter o balão, segurando a rolha esmerilha, várias vezes, afim de homogeneizar a solução. Guarda a solução. PREPARAÇÃO DE 100 mL DE SOLUÇÃO DE NaOH 0,1 M A PARTIR DE SOLUÇÃO 1 M (DILUIÇÃO) V1 = ? M1 = 1 M V2 = 100 mL M2 = 0,1 M V1 x M1 = V2 x M2 V1 = V2 x M2 / M1 V1 = 100 x 0,1 / 1 V1 = 10 mL Pipetar 10 mL de solução de HCl 1 M, usando pipeta volumétrica de 10 mL, utilizando-se uma pera de borracha. Transferir para um balão volumétrico de 100 mL. Completar o volume até a marca de afeição. Inverter o balão, segurando a rolha esmerilha, várias vezes, afim de homogeneizar a solução. Guarda a solução. RESULTADOS EDISCUSSÃO MEDIDAS E MOLARIDADE NO BALÃO VOLUMÉTRICO Tabela 02: Apresenta as medidas e molaridade. Objetos Volume Molaridade Balão Volumétrico 01 100 mL 1 M Balão Volumétrico 02 100 mL 0,1 M Balão Volumétrico 03 100 mL 0,1 M Fonte: do autor Balão Volumétrico 01 Tomou-se uma amostra de 8,3 mL de HCl para a realização da diluição, em seguida transferiu-se para o balão volumétrico. A partir disso, completou-se o balão volumétrico com água destilada. Inverteu o balão, segurando a rolha esmerilha, varias vezes a fim de homogeneizar a solução. Balão Volumétrico 02 Tomou-se uma amostra de 10 mL de uma solução HCl para a realização da diluição, em seguida transferiu-se para o balão volumétrico. A partir disso, completou-se o balão volumétrico com água destilada. Inverteu o balão, segurando a rolha esmerilha, varias vezes a fim de homogeneizar a solução. Balão Volumétrico 03 Tomou-se uma amostra de 10 mL de uma solução NaOH para a realização da diluição, em seguida transferiu-se para o balão volumétrico. A partir disso, completou-se o balão volumétrico com água destilada. Inverteu o balão, segurando a rolha esmerilha, varias vezes a fim de homogeneizar a solução. QUESTIONÁRIO SOBRE A VERIFICAÇÃO EXPERIMENTAL 1. Como se prepara uma solução 2 M de KOH? A cada 1 L dessa solução têm-se 2,0 mol de Hidróxido de Iodo (KOH) O Hidróxido de Iodo (KOH) tem 56 g/mol pois: K (Iodo) = 39,1 g/g O (oxigênio) = 16,0 g/mol H (Hidrogênio) = 1 g/mol (Somando tudo 56,1 g/mol "Aproximado para 56") Resolvendo: 2 mol/l -------- 56 g/mol 3mol/l --------- x 2x = 168 x = 168/2 x = 84 g/mol 2. Como se prepara uma solução de 5 M de H2SO4? 5 M significa que você deseja uma solução 5 mol por litro de acido sulfúrico. Para preparar a solução para um volume de um litro, é necessário adicionar 5 mol do ácido, que através da massa molar de 98 gramas por mol, encontramos o valor de 490 gramas de acido que devem ser adicionados a um litro de agua destilada. Como é mais conveniente medir a quantidade de acido pelo volume e não pela massa, já que é um liquido, usamos sua densidade de aproximadamente 1,8 gramas por mL para obter a massa desejada. Portanto 272,2 mL de acido devem ser adicionados a um litro de agua destilada para se obter uma solução 5M. 3. O que ocorre na carbonatação de hidróxido de sódio? Escrever a equação da reação. É a capacidade de retirar do ar tanto da umidade quanto do gás carbônico (CO2) quando isso acontece o NaOH é transformado em carbonato de sódio. NaOH + CO2 = NaHCO3 4. O que é diluição? É o ato físico-químico de torna uma solução menos concentrada em partículas de soluto através do aumento do solvente. CONCLUSÃO Como visto, o preparo de soluções é algo muito importante e corriqueiro dentro de um laboratório. A importância da precisão dos cálculos, bem como a utilização correta das vidrarias e equipamentos manuseados é relevante ao ponto de vista da segurança nos resultados. Por isso, deve-se saber como realizar esses procedimentos corretamente, desde a medida e pesagem das substâncias até o armazenamento delas em recipientes apropriados, passando por etapas como a transferência quantitativa da solução para o balão volumétrico, a homogeneização da solução e ambientação da vidraria utilizada. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS UFPR, Preparo de soluções, 05 de março de 2016, http://www.quimica.ufpr.br/fmatsumo/antigo/2011_CQ092_PreparacaoDeSolucoes_Pratica2.pdf FIGURA 01, Conjunto de soluções homogêneas, 16 de março de 2016, http://eldutra.blogspot.com.br/p/ciencias-e-tecnologia.html SOQ, Portal de Química, Soluções, 16 de março de 2016, http://www.soq.com.br/conteudos/em/solucoes/index.php SOQ, Portal de Química, Solução, 16 de março de 2016, http://www.soq.com.br/conteudos/em/solucoes/p1.php PASSEI DIRETO, Preparo de soluções, 16 de fevereiro de 2016, https://www.passeidireto.com/arquivo/1023660/relatorio-9---preparo-de-solucoes EBAH, MAIA T., Preparo de soluções, 05 de novembro de 2014, http://www.ebah.com.br/content/ABAAABHwEAL/preparacao-solucoes
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