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1 Inteligência Competitiva 2 Bibliografia do Curso • Bibliografia Básica – GOMES, Elisabeth. Inteligência competitiva: como transformar informação em um negócio lucrativo. Rio de Janeiro: Campus, 2002 ou 2ªEd. de 2004. – LOBATO, David Menezes, et al., Estratégia de Empresas – Série Gestão Empresarial. 2ª Edição. Rio de Janeiro: FGV, 2004. • Bibliografia Complementar – PRESCOTT, John E. Inteligência competitiva na prática: estudos de casos diretamente do campo de batalha. Rio de Janeiro: Campus, 2002. – PORTER, Michael E. Estratégia competitiva: técnicas para a análise da indústria e da concorrência. Rio de Janeiro: Campus-Elsevier, 1986 ou Edição 2005. – TARAPANOFF, Kira. Inteligência Organizacional e Competitiva. Brasília: UNB, 2002. – KOTLER, Philip. Administração de Marketing. São Paulo: Atlas, 1998. – FERREL, O.C., et al. Estratégia de Marketing. Rio de Janeiro: Atlas, 2000. – COBRA, Marcos. Administração estratégica do mercado. São Paulo: Atlas, 1991. – TAVARES, Mauro Calixta. Gestão estratégica. São Paulo: Atlas, 2000. Inteligência Competitiva Sessão 1 • O Sistema de Informação de Marketing – Vantagens – Tendências – Componentes • Explicar a importância de um SIM. Identificar os componentes típicos de um SIM. Determinar suas funções dentro da empresa. • Identificar a crescente tendência do uso de TI nas atividades de marketing 4 O Marketing • Definição: – Marketing é a função empresarial que cria valor para o cliente e gera vantagem competitiva para a empresa, por meio da gestão estratégica das variáveis controláveis de marketing, a saber: produto, preço, promoção e ponto de distribuição. – Processo de planejamento e execução da concepção, fixação de preço, promoção e distribuição de idéias, bens e serviços com a finalidade de criar trocas que satisfaçam aos objetivos individuais e organizacionais. – Atividade humana dirigida para a satisfação das necessidades e desejos, através de processos de troca • Função: – O profissional de marketing atua em quatro áreas de atividades: • Análise de marketing • PLANEJAMENTO DE MARKETING • Implementação de marketing • Controle de marketing 5 Ferramentas de Marketing • Diferenciação – Preço ou vantagem de custo – Atributos específicos do produto – Serviços agregados – Canal de distribuição – Imagem de marca • Posicionamento – Proposição de valor • Segmentação – Fatores demográficos – Fatores geográficos – Fatores psicográficos – Fatores comportamentais • Composto de marketing – Produto – Preço – Promoção – Ponto de distribuição Diferenciação Segmentação Posicionamento (Proposição de Valor) Composto de Marketing 6 A Evolução do Marketing Marketing de Massa ▼ Marketing diferenciado ▼ Marketing Individualizado ▼ Marketing Interativo E-marketing M-marketing C O M P E T I Ç Ã O T E C N O L O G I A É T I C A 7 Orientação para o Consumidor • Pilar do pensamento de marketing desde a década de 50 do século XX • Foco na descoberta dos desejos e necessidadesdos consumidores • Inteligência de Mercado permeando toda a organização • Relacionamento como chave para aumentar o valor das transações • Descentralização da tomada de decisão para facilitar o feedback do consumidor • Utiliza o processo de Planejamento Estratégico como ferramenta para criação de valor 8 Novos desafios do Marketing • O marketing está passando por uma mudança fundamental • 5 Grandes Transformações: – Mais oferta e menos diferenciação – Mais global e menos local – Mais concorrência e mais colaboração – Mais relação e menos transação – Mais “sentir e responder” e menos “fazer e vender” • Prodiços: produtos com serviços • Co-criação de valores: clientes participam da criação dos produtos • A Internet amplia os canais de marketing • Preços colaborativos: clientes participam da determinação do preço e possuem muito mais informação sobre oferta e demanda • A publicidade tradicional não tem se mostrado eficiente para influenciar as vendas 9 Informações e Vantagem Competitiva • As organizações operam integradas numa cadeia de produção ou distribuição, cuja principal fonte de aumento de eficiência e criação de vantagens competitivas reside na: – eficiência progressiva de seus processos internos – otimização de seu relacionamento com o mercado, isto é, clientes, fornecedores e parceiros. • A fim de conseguir esta eficiência e relacionamento, as empresas se utilizam de uma série de ferramentas de TI. • Gestão de Dados e Informações – Database – Data Warehouse – Data Mining – Business Inteligence – ERP – ECR • Criação de Valor e Vantagem Competitiva – E-procurement – Suply Chain – CRM • Todas essas ferramentas baseiam- se na utilização intensiva de informações e no monitoramento do ambiente empresarial 10 Sistema de Informações de Marketing • Definição: – Consiste de pessoas, equipamentos e procedimentos para coletar, analisar, avaliar e distribuir informações de marketing que sejam necessárias, oportunas e precisas para os tomadores de decisões em marketing. • Ambientes de marketing a ser analisado: – Mercados-alvo – Canais de Marketing – Concorrentes – Públicos – Forças Macro-ambientais • As 3 Funções do SIM – Avaliação das necessidades de informações – Desenvolvimento de informações – Distribuição de informações • Os 4 Sistemas Componentes – Sistema de informações Internas de Marketing – Sistema de Inteligência de Marketing – Sistema de Pesquisa de Marketing – Sistema de apoio às decisões de marketing 11 Componentes de um SIM • Sistema de Informações Internas de Marketing: – Compilação organizada e divulgada sistemicamente de dados sobre posições no tempo de níveis de venda, de preços praticados, de estoques (evolução destes), situação de contas a receber etc.. Os dados de base encontram-se no interior da organização e a informação para a administração de marketing depende da correta e adequada articulação destes dados em função das necessidades do negócio. • Sistema de Inteligência de Marketing: – Monitorização dos movimentos do ambiente, fornecendo informações correntes sobre alterações do ambiente. KOTLER (1997:113) define um sistema de inteligência de marketing como “um conjunto de procedimentos e fontes usados por administradores para obter informações diárias sobre os desenvolvimentos pertinentes no ambiente de marketing”. 12 Componentes de um SIM • Sistema de Pesquisa de Marketing – Sistema focalizado na compreensão de situações determinadas de mercado, em particular, e de marketing, em geral, através da administração de condições do ambiente que, em alguma medida, necessitem de intervenções específicas, tendo como produto a identificação de ameaças e/ou oportunidades, favorecendo o reconhecimento destas e oferecendo suporte à decisão • Sistema de Suporteà Decisão: – Disponibilização de informações para compreensão, evolução e movimento da organização e ambiente, incluindo procedimentos de análise, sistemas computadorizados, processos de análise sistemáticos (orientação para a relação organização/ambiente como referência de suporte para decisão). 13 Questões típicas relevantes a um SIM 1. Que tipo de decisões você costuma tomar regularmente? 2. Que tipo de informações você precisa para tomar decisões? 3. Que tipos de informações você recebe regularmente? 4. Que tipos de estudos especiais você recebe regularmente? 5. Que tipos de informações você gostaria de receber e não vem recebendo? 6. Que informações você precisa em base diária? Semanal? Mensal? Anual? 7. Que revistas e relatórios comerciais você gostaria de receber regularmente? 8. Sobre que tópicos específicos você gostaria de se manter informado? 9. A que tipos de programa de análises de dados você gostaria de ter acesso? 14 Características & Abrangência de um SIM • Características da Informação: – Externas ou Internas – Quantitativas ou Qualitativas – Rotineira ou não rotineira (ad hoc) – Pessoal ou Compartilhada – Arquivas ou on-line – Curto prazo ou Longo prazo • Obs: – Curto prazo: acompanhamento em reação à concorrência – Longo Prazo: tendências de mudança de comportamento do consumidor, surgimento de novos canais de marketing e modificações no composto de marketing • Abrangência do Sistema: – Macro-ambiente: fatores culturais, econômicos, tecnológicos, políticos, demográficos, etc – Relacionamentos: públicos relevantes para o ambiente de marketing da empresa (clientes, fornecedores, funcionários, comunidade, etc) – Ambiente Competitivo: concorrentes, sejam diretos ou indiretos, atuais ou potenciais – Ambiente Interno: registros e relatórios de dados internos, e elos da cadeia de valor da empresa Inteligência Competitiva Sessão 2 • O Sistema de Inteligência Competitiva – Conceitos & Definições – Etapas • Explicar os conceitos básicos de dado, informação, inteligência e conhecimento. • Definir competição e inteligência competitiva • Mostrar as etapas lógicas de um Sistema de Inteligência Competitiva (identificação, coleta, análise, disseminação, avaliação) 16 Competição • A competitividade de uma empresa está relacionada com a capacidade que a organização tem de formular e implementar estratégias que lhe permitam conservar uma posição sustentável no mercado – Vantagem competitiva decorre da capacidade da empresa gerar valor para seus clientes através de seus produtos • Organizações modernas precisam avaliar continuamente as informações vindas do ambiente empresarial para aproveitar as oportunidades que lhes são colocadas e contornarem ameaças identificadas • Queremos transformas informações em conhecimento empresarial • As organizações procuram manter informações pertinentes a suas estratégias dentro de suas companhias. • No entanto, boa parte das informações vindas do ambiente empresarial é ou torna-se pública • Fuga de informações: – Informações consideradas sigilosas escapam para o ambiente através das interações da empresa ou de seus funcionários com outros elementos do mercado. • Inteligência Competitiva trata da coleta e análise destas informações. • O ambiente onde estas informações podem ser encontradas é bastante complexo. 17 AMBIENTE • Econômico • Legal • Tecnológico • Sócio-cultural • Político • Governamental • ... MERCADO • Consumidores • Intermediários • Concorrentes • Fornecedores • ... EMPRESA • Produção • Finanças • Comercial • Recursos Humanos • Marketing • Direção • Donos ou acionistas • ... Complexidade do Ambiente Empresarial 18 Conhecimento Conjunto de conceitos, noções, idéias, mecanismos e conexões/associações, utilizado na abordagem da realidade, definido e construído a partir dos produtos gerados pela inteligência. Inteligência Apreensão, compreensão, adaptação e/ou percepção da realidade, suportada por processamento de informação;; Informação Qualquer construção derivada da composição de dados, que seja significativa no reconhecimento, compreensão e/ou modelagem da realidade;; Dados Qualquer elemento (aspecto, fato, medida etc.) representativo, disponível e coletável na realidade;; “fatos no estado bruto”, conforme Platão;; Definições sobre Informação 19 SABEDORIA SÍNTESE CONHECIMENTO CONVICÇÃO INTELIGÊNCIA INFERÊNCIA INFORMAÇÕES CONTEXTO DADOS Aumento de Valor Dimensão do Volume + + + + = = = = Valor da Informação 20 O Sistema de Inteligência Competitiva • Definição – Inteligência Competitiva é o resultado da análise de dados e informações coletados do ambiente competitivo da empresa que irão embasar a tomada de decisão, pois gera recomendações que consideram eventos futuros e não somente relatórios para justificar decisões passadas. • Objetivos típicos: – Antecipar mudanças no ambiente de negócios – Descobrir concorrentes novos ou potenciais – Antecipar as ações dos atuais concorrentes – Aprender sobre mudanças políticas, regulatórias ou legislativas que possam afetar seu negócio – Abertura ou definição de um novo produto ou negócio – Aumentar a qualidade das atividades de fusão, aquisição e alianças estratégicas 21 Produtos de Inteligência Competitiva • Os produtos de Inteligência Competitiva diferem significativamente uns dos outros, e 10 tipos diferentes são identificados por Dugal (1998) em função do tempo de vida útil, do público a quem são dirigidos, dos processos envolvidos na execução, das fontes utilizadas na obtenção de informações, das formas de disseminação e do custo. • Inteligência Corrente: é o fornecimento das primeiras notícias sobre um evento, coletadas a partir de fontes que rapidamente disponibilizam informações (tipo jornalísticas) e disseminadas diretamente para o usuário, com pouca ou nenhuma análise da informação transmitida. A disseminação pode se dar através de resumos diários, intranet ou mesmo oralmente. É um produto perecível, de vida muito curta, geralmente é fragmentado, impreciso e baseado em dados limitados. • Inteligência para Negócios: é o resultado do trabalho diário e regular dos analistas e em geral é bem pesquisado, analisado e documentado. Para oferecer esse produto é necessário monitorar regularmente os concorrentes (reais ou potenciais), as tendências e as descontinuidades do mercado. Os produtos resultantes são perfis dos concorrentes, perfis de personalidades, estudos de segmentos de mercado. O trabalho geralmente compreende a coleta e análise das informações e a disseminação. É direcionado para auxiliar a tomada de decisão, mas muitas vezes o tempo entre a sua elaboração e o seu uso faz com que o seu impacto sobre o processo decisório não seja tão óbvio. Uma das críticas que ele recebe é de ser geralmente muito genérico. 22 • Inteligência de Alerta: é um produto importante cujo objetivo é detectar antecipadamente as possibilidades de oportunidades ou ameaças emergentes. A maior parte do tempo dos analistasé gasta em perscrutar o ambiente em busca de sinais indicadores de oportunidades e ameaças. O bom julgamento da relevância e importância dos sinais é fundamental para direcioná-los corretamente seja para a alta administração, seja para continuar o monitoramento da sua evolução até a sua divulgação ser considerada adequada. O ceticismo sobre os sinais pode ser muito perigoso, principalmente quando os administradores não estão preparados para acreditar na Inteligência de Alerta, ou não fazem nada a respeito, principalmente porque os sinais são passíveis de diversas interpretações. • Inteligência de Estimativas: visa fornecer cenários de possibilidades e geralmente se baseia na análise quantitativa de dados e no ponto de vista qualitativo dos analistas. O produto final são os cenários gerados a partir do entendimento e exploração das hipóteses de base, que podem ser usados na tomada de decisão, tomando-se sempre o cuidado que são estimativas que podem se mostrar erradas com o passar do tempo. • Inteligência de Trabalho em Grupo: muitas vezes nas organizações têm-se grupos trabalhando em projetos que requerem a participação de um especialista em Inteligência Competitiva, que irá trabalhar como parte integrante do grupo, o que lhe permite ter um conhecimento mais profundo das necessidades do grupo, resultando num trabalho mais performante. • Inteligência Direcionada: visa responder a uma necessidade ou a uma questão muito específica e precisa. É um produto realizado esporadicamente, sob demanda e muitas vezes tem a forma de acompanhamento de um evento mencionado em outro produto de Inteligência. 23 • Inteligência Técnica: tradicionalmente o domínio da Inteligência Técnica tem sido o monitoramento de patentes depositadas pelos concorrentes, as novas tecnologias e processos, os trabalhos desenvolvidos em universidades e laboratórios de pesquisa. Mas, vai além das informações relacionadas com os concorrentes e inclui a identificação antecipada e o entendimento de rupturas e tendências científicas e tecnológicas. Ela difere da Inteligência para Negócios por ser direcionada para as áreas de pesquisa e desenvolvimento e não para a alta direção e por ser executadas por analistas com formação ou experiência técnica. • Inteligência de Crise: é a atividade que auxilia a organização a aliviar ou anular o efeito de uma crise. Durante esse período o processo normal de IC não é suficiente para atender à demanda, e um grupo de inteligência pode ser formado sendo extinto logo após a passagem do período de crise. Nesses casos o custo não é o fator mais importante, mas sim um resultado confiável e em tempo hábil. • Inteligência Internacional: é um produto que enfoca principalmente governos, mercados e concorrentes estrangeiros e, freqüentemente são utilizadas ferramentas de análise de risco político e avaliação de atratividade industrial. É um produto muito especializado por várias razões. Os dados de cada país variam muito em termos de atualização e confiabilidade, os padrões éticos em relação à prática de IC são muito diferentes, dependendo do país, o papel dos governos no gerenciamento da competição entre as indústrias também é muito variável. Tudo isso afeta o processo de coleta, análise e disseminação, o que faz com que a Inteligência Internacional seja cara e consumidora de tempo. • Contra Inteligência: refere-se às atividades realizadas para proteger as organizações contra as atividades de Inteligência dos concorrentes. O principal papel está em tornar a organização segura, para que informações confidenciais não cheguem até os concorrentes.O código de ética das organizações tem um grande impacto sobre como a contra inteligência é conduzida, como, por exemplo, a proibição de liberação de falsas informações para a concorrência. 24 O Desenvolvimento da Inteligência Competitiva • Historicamente ligada ao fim da Guerra Fria – Espiões desempregados utilizavam técnicas para coletar e tratar informações para empresas, de forma legal e ética • No Brasil, se desenvolveu com a abertura do mercado no início da década de 90 – Empresas nacionais com forte dificuldade de competição contra empresas multinacionais que traziam técnicas de IC de suas matrizes – Ligada a funcionários militares ou de sistemas de informação – Mais para espionagem industrial do que para legítima e legal pesquisa de informações • Hoje, existe um maior interesse nas organizações na criação de SIC´s e na formação de profissionais para a área – Iniciativas mais relevantes nas empresas de consultoria ou de serviços de sistemas de informação – Alguns órgãos governamentais (senai, serpro e sebrae) e instituições de ensino (COPPE, INT – Instituto Nacional de Tecnologia, IBICT – Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – Criação da ABRAIC (Associação Brasileira dos Analistas de Inteligência Competitiva ) – www.abraic.org.br 25 Ética na Inteligência Competitiva • Código de Ética (SCIP – Society of Competitive Inteligence Professionals): 1. Empenhar-se continuamente para aumentar o reconhecimento e o respeito da profissão 2. Respeitar todas as leis nacionais e internacionais aplicáveis 3. Divulgar exatamente toda a informação relevante, incluindo sua identidade e organização, antes de todas as entrevistas 4. Respeitar inteiramente todos os pedidos para a confidencialidade da informação 5. Evitar conflitos de interesses no cumprimento de seus deveres 6. Fornecer recomendações e conclusões honestas e realísticas na execução de seus deveres 7. Promover este código de ética dentro da sua companhia, com terceiros e no âmbito da profissão inteira 8. Aderir fielmente e respeitas as políticas, objetivos e diretrizes da companhia • O Código de Ética da ABRAIC (Associação Brasileira dos Analistas de Inteligência Competitiva ) 1. Exercer a profissão com zelo, diligência e honestidade. 2. Preservar sua dignidade, prerrogativas e independência profissional. 3. Esforçar-se continuamente para aumentar o reconhecimento e o respeito à profissão. 4. Cumprir as leis aplicáveis, tanto no País quanto no exterior. 5. Manter sigilo sobre o que souber, em função de sua atividade profissional. 6. Evitar envolver-se em conflitos de interesse no cumprimento de seus deveres. 7. Assegurar as condições mínimas para o desempenho ético-profissional. 8. Emitir opinião, dar parecer e sugerir medidas somente depois de estar seguro das informações produzidas e da confiabilidade dos dados obtidos. 26 Características do SIC • Níveis de Ação do SIC – Estratégico: pode mudar potencialmente a natureza do negócio, a médio ou longo prazo, e se concentra em análises de novos produtos, novos mercados, etc – Tático: se refere ao nível de execução da empresa e geralmente está associada a uma área funcional específica, necessitando de informações de curto prazo • Localização do SIC na estrutura da companhia: – Sempre próximo ao tomador de decisão – Bem visível dentro da empresa (dá respaldo legal e ético – nada está sendo escondido) – Deve ter forte ligações com outros departamentos (facilita o trânsito interno das informações – contato pessoal é fundamental) – Seu mantenedor deve ser capaz de fornecer equipe, tecnologia e outros recursos necessários e adequados à execução de suas atividades27 Preparação da Empresa • Definição clara da missão: – Que informações se quer – Para quem – Com que objetivo • Realização de uma auditoria informacional: – Mapear e identificar fontes de informações da empresa – Identificar especialistas na empresa em assuntos relevantes para análises específicas • Realização de Marketing Interno: – A importância do SIC e das informações necessárias deve ser comunicada e convencida – Contatos diretos entre a equipe do SIC e os departamentos funcionais são imprescindíveis • Incentivos para funcionários – Os funcionários devem ser recompensados por partilhar suas informações com o SIC – Assegura-se, assim, o ciclo de ganha-ganha Inteligência Competitiva Sessão 3 • Mostrar as etapas lógicas de um Sistema de Inteligência Competitiva (identificação, coleta, análise, disseminação, avaliação) • Explicar o perfil ideal dos recursos humanos para o bom funcionamento de um Sistema de Inteligência Competitiva • Explicar a importância da TI para o funcionamento de um SIC. 29 Etapas Lógicas de um SIC 1. Identificação das necessidades de informação • Que informações são necessárias? • Para quem? • Quando devem estar disponíveis? 2. Coleta de dados • Como obter essas informações? • Quais são as relações “custo x benefício” entre os diversos meios de coleta? • Com que prazo teremos as informações? 3. Análise de dados • Quais os métodos de análise mais adequados? • Como transformar as informações em conhecimento? • Quais as principais lições aprendidas? 4. Disseminação • Quais os métodos para tornar as informações e o conhecimento disponíveis para o público correto, em tempo hábil e com a ênfase correta? • Quem pode tomar conhecimento de que informação? • Como tornar a informação a mais flexível possível para o tomador de decisão? 5. Avaliação • Com que eficiência o processo de inteligência ocorre? • É possível melhorá-lo? • Quais os resultados operacionais efetivamente alcançados? 30 SIC: fazer ou não fazer? • Antes de começar, temos que responder algumas questões: – O que exatamente necessitamos saber? – O que já sabemos? – Por que precisamos saber disso? – Quando precisamos saber disso? – O que faremos com a “inteligência” gerada, uma vez que a tenhamos? – Como pretendemos obtê-la? – Quanto nos custará obtê-la? – Quanto custaria não obtê-la? • Não é obrigatório que todas as etapas de um SIC sejam realizadas dentro da empresa – Existem hoje consultorias que permitem a terceirização de algumas delas • Devemos também definir os recursos necessários ao SIC – Pessoas – Tecnologia da Informação • A decisão final deve levar em conta principalmente o valor gerado para a companhia das informações a serem obtidas 31 A Importância do RH para o SIC • Um SIC necessita de um amplo leque de profissionais qualificados – Alguns desses profissionais podem ser terceirizados, já que são necessários em somente alguma etapa de construção do sistema – Todos os profissionais envolvidos devem conhecer o negócio da organização em detalhes • Escolha de equipe para um SIC – Fatores Quantitativos • Volatilidade do setor • Quantidade de usuários • Orçamento disponível – Fatores Qualitativos • Perfil dos candidatos • Gerente do Sistema – Interage com os principais executivos e tomadores de decisão – Coordena a equipe e o processo – Foca nas necessidades do usuário – Garante a qualidade das informações – Cria os procedimentos de coleta e análise de dados – Divulga o SIC continuamente • Analista de Informação – Conhece as necessidades de informação dos clientes – Tem facilidade de relacionamento interpessoal (boa vontade de todos é fundamental) – Tem comportamento ético – Tem criatividade e determinação para obter as informações – Possui boa capacidade para entrevistar – Possui boa redação 32 Sistema de Criação de Valor da Inteligência (fonte: Sociedade de Profissionais de Inteligência Competitiva – SCIP) AÇÃO Analistas • Do setor • De mercado • De IC Integradores • Gerentes de IC • Gerentes funcionais • Consultores Secundários Primários Pesquisadores • On-line • De campo Criadores de Conhecimento • Governos • Consultores • Acadêmicos Construtores de Sistemas • Fornecedores de tecnologia • Projetistas de Sistemas de IC Criadores de Dados • Bibliotecários • DBA´s • Rede de Comunicação Humana Tomadores de Decisão • Gerentes • Diretoria • Presidentes 33 A importância da Tecnologia de Informação para o SIC • Quando se fala em Inteligência Competitiva quase imediatamente pensamos também em tecnologia da informação. – As modernas técnicas de IC dependem da TI em quase todas as suas etapas – A TI organiza os fluxos de informação e auxilia nos principais objetivos do SIC. – A TI é bastante útil na automação de tarefas repetitivas • Porém, nenhum software sozinho atende às várias etapas de um SIC – É provável que seja necessário a compra de vários pacotes de softwares diferentes para da suporte a um SIC • Condições para a TI exercer um papel produtivo em um SIC – O SIC deve estar funcionando a pelo menos 2 anos – Os procedimentos de obtenção de dados e de gerenciamento das redes humanas devem ser explícitos e bem determinados – O SIC deve utilizar entrada de dados externas com eficiência – Os produtos do SIC devem estar definidos e os usuários familiarizados com eles – O SIC deve ter analistas especializados e dedicados a ele – Os gastos do SIC devem estar discriminados em um item regular do orçamento da companhia 34 A TI e as etapas Lógicas de um SIC 1. Identificação das necessidades de informação – A TI não é tão útil nesta fase, tão criativa e ad hoc, apenas auxilia na documentação do processo. 2. Coleta de dados – Sistemas de dados internos são uma grande fonte de dados. – Softwares de busca e análise de informações textuais (tais como e-mails) também têm se mostrado importantes embora mais difíceis de usar. 3. Análise de dados – Softwares que apóiam a análise de tendências, prospecção de clientes e de futuros lançamentos estão se tornando padrão e auxiliando enormemente neste área. 4. Disseminação – É onde a TI é mais útil. – Diversos softwares utilizam redes para divulgar informações através de diferente canais e formatos. – Esses softwares devem ter boa capacidade para criação de relatórios customizados. Inteligência Competitiva Sessão 4 • Análise das forças macro ambientais • Componentes do macro ambiente organizacional • Dimensões da análise • Variáveis macro ambientais • Análise do ambiente interno das organizações 36 O SIC e a Estratégia • Para montar um SIC devemos analisar a situação competitiva da companhia no mercado – O SIC resultante é uma ferramenta importantíssimapara o planejamento estratégico da companhia • Vamos agora estudar algumas metodologias de análise estratégica que serão úteis no projeto de SIC – As metodologias para análise estratégica foram desenvolvidas em contextos distintos, de forma independente – Seus escopos se superpõe e uma técnica pode ser usada tanto para complementar a análise de outra quanto para corroborá-la – Uma boa análise estratégica geralmente usa diversas técnicas simultaneamente • Relação das metodologias de análise com o SIC: – O tipo de análise determina as necessidades de dados e o produto final do SIC 37 Metodologias de Análise • Análise Ambiental • Cadeia de Valor • Benchmarking • Análise SWOT • Técnicas de previsão de demanda ou de vendas • Análise de atratividade de mercado • Fatores Críticos de Sucesso • Análise Estrutural de setores de negócios (diamante de Porter) • Análise da Concorrência • Análise e Elaboração de cenários 38 Análise Ambiental • A tomada de decisão e o planejamento dependem fundamentalmente da qualidade da análise ambiental • Deve ser um esforço progressivo, bem organizado, sistemático, apoiado por recursos adequados e suficientes – Quantos dados e informações necessitamos? – Quais suas fontes? • Envolve análise e síntese para o entendimento do desempenho de pessoas, produtos e organizações • Seu principal objetivo é municiar o gerente com informações para a tomada de decisões • Deve melhorar a qualidade das decisões, evitando o excesso de análise • Deve dar o quadro mais completo possível da situação atual e futura da organização • A análise ambiental é um requisito necessário mas não suficiente para o planejamento estratégico eficaz 39 Componentes da Análise Ambiental • Ambiente Externo – É o assunto mais amplo da análise ambiental – Examina fatores competitivos, econômicos, políticos, legais e reguladores, tecnológicos e socioculturais (inclusive demográficos) • Ambiente do Consumidor – Examina os consumidores e os mercados-alvo da empresa – Identifica: consumidores atuais e potenciais, as necessidades destes consumidores, as características básicas dos produtos da empresa e dos concorrentes que atendem a essas necessidade, e as mudanças previstas nestas necessidades. • Ambiente Interno – Avalia as metas, os objetivos e o desempenho de marketing atual da empresa e estima como a estratégia de marketing está funcionando – Inclui uma revisão dos níveis de recursos atuais e previstos da organização – Deve incluir uma revisão dos problemas estruturais atuais e previstos que podem afetar as atividades de marketing – Deve determinar índices de desempenho da organização 40 Ambiente Externo • Crescimento e estabilidade econômica – Quais as condições econômicas gerais do país, região, estado e local em que nossa empresa opera? – Globalmente, nossos consumidores estão otimistas ou pessimistas em relação à economia? – Qual o poder de compra dos consumidores de nosso mercado- alvo? – Quais os padrões de gasto atuais dos consumidores de nossos mercados- alvo? Eles estão comprando menos ou mais dos nossos produtos? Por que? • Tendências políticas – Houve eleições recentes que mudaram o panorama político de nossos mercados doméstico ou internacionais? Que tipo de legislação industrial ou comercial os novos eleitos favorecem? – O que estamos fazendo atualmente para manter boas relações com os candidatos eleitos? Essas atividades são eficazes? Por que sim ou por que não? 41 Ambiente Externo • Fatores legais e reguladores – Que mudanças nas leis ou os regulamentos internacionais, federais, estaduais ou municipais estão sendo propostos e que afetariam nossas atividades de marketing? – As decisões judiciais recentes sugerem que devemos modificar nossas atividades de marketing? – Qual o efeito das mudanças nos acordos comerciais globais em nossas oportunidades de marketing internacional? • Mudanças na tecnologia – Qual o impacto da mudança tecnológica sobre nossos consumidores? – Que mudanças tecnológicas afetarão a forma de operarmos ou de fabricarmos ossos produtos? – Que mudanças tecnológicas afetarão a forma de conduzirmos nossas atividades de marketing, como a distribuição e a promoção? – Há quaisquer tecnologias atuais que não estamos usando em pleno potencial para tornar nossas atividades de marketing mais eficazes e eficientes? – Algum avanço tecnológico ameaça tornar nossos produtos obsoletos? A nova tecnologia tem o potencial de satisfazer às necessidades dos consumidores anteriormente não atendidas ou desconhecidas? 42 Ambiente Externo • Tendências culturais (e demográficas) – Como as condições demográficas ou de valores de nossa sociedade estão mudando? Que efeito essas mudanças terão sobre nossos produtos? Preço? Distribuição? Promoção? Pessoal? • Categorias típicas: idade, sexo, renda, educação, localização • A alteração nos valores relativos para cada categoria é importante para as previsões de médio e longos prazos – Que problemas ou oportunidades estão sendo criados pelas mudanças na diversidade de nossos consumidores e funcionários? – Qual a atitude geral da sociedade sobre nosso setor, empresa ou produtos? Podemos adotar ações para melhorar essa atitude? – Que grupos de consumidores ou grupos ambientalistas podem intervir na operação de osso setor ou empresa? – Que problemas éticos devemos destacar? 43 Ambiente Externo • Forças competitivas – Quem são nossos principais concorrentes em marca, produto, genérico e pelo orçamento total? Quais suas características em termos de tamanho, crescimento, rentabilidade, estratégias e mercados-alvo? – Quais as principais forças e fraquezas de nossos concorrentes? – Quais as principais capacidade de marketing de nossos concorrentes em relação a produtos, distribuição, promoção e preço? – Que resposta pode ser esperada de nossos concorrentes se as condições ambientais mudarem ou se mudarmos nossa estratégia de marketing? – É provável que esse conjunto de forças competitivas mude no futuro? Caso afirmativo, como? Quem seriam, então, nossos prováveis novos concorrentes? 44 Ambiente do Consumidor • Quem são nosso consumidores atuais e potenciais? – Quais as características demográficas, geográficas e psicográficas de nossos consumidores? – Quem realmente compra nossos produtos? – Esses compradores diferem dos usuários de nossos produtos? – Quem são os principais influenciadores da decisão de compra? – Quem é financeiramente responsável pela compra? • O que os consumidores fazem com nossos produtos? – Em que quantidades e combinações nossos produtos são comprados? – Como os grandes usuários de nossos produtos diferem dos pequenos usuários? – Há o uso de produtos complementares durante o consumo de nossos produtos? – O que nossos consumidores fazem com nossos produtos após o consumo? – Os consumidores estãoreciclando nossos produtos ou embalagens? 45 Ambiente do Consumidor • Onde os consumidores compram nossos produtos? – De que tipo de intermediários nossos produtos são comprados? – O comércio eletrônico tem efeito sobre a compra de nossos produtos? – Nossos consumidores estão aumentando as compras em varejos sem loja, como por catálogos, redes de compra direta ou internet? • Quando os consumidores compram nossos produtos? – A compra e/ou o consumo de nossos produtos são sazonais? – Em que extensão os eventos promocionais afetam a compra e o consumo de nossos produtos? – A compra e o consumo de nossos produtos variam, baseados em mudanças na vizinhança física/social, nas percepções de tempo ou na tarefa de compra? 46 Ambiente do Consumidor • Por que (e como) os consumidores selecionam nossos produtos? – Quais as características básicas fornecidas por nossos produtos e pelos produtos dos concorrentes? – Quais as necessidades dos consumidores que são atendidas pelos benefícios proporcionados por nossos produtos e pelos produtos dos concorrentes? – Quão bem nossos produtos e os produtos dos concorrentes atendem ao conjunto de necessidades de nossos consumidores? – Como as necessidades de nossos consumidores deverão mudar no futuro? – Que métodos de pagamento nossos consumidores usam quando fazem uma compra? – Nossos consumidores estão propensos a desenvolver relacionamentos a longo prazo com nossa empresa e com as empresas concorrentes ou eles preocupam-se apenas com vantagens oferecidas (principalmente baseada no preço)? 47 Ambiente do Consumidor • Por que os consumidores potenciais não compram nossos produtos? – Quais as necessidades básicas dos não-consumidores que não estão sendo atendidas por nossos produtos? – Quais as características, benefícios ou vantagens dos produtos concorrentes que levam os não-consumidores de nossos produtos a escolhê-los? – Há problemas relacionados à distribuição, promoção ou preço que levam os consumidores a não comprarem nossos produtos? – Qual o potencial de transformar os não-consumidores em consumidores de nossos produtos? 48 Ambiente Interno • Objetivos e desempenho atual – Quais nossas metas e objetivos atuais de marketing? – Nossas metas e objetivos de marketing são consistentes com a missão, as metas e os objetivos da empresa? São consistentes com as mudanças recentes nos ambientes de marketing ou dos consumidores? Por que sim ou por que não? – Como nossas estratégias de marketing atuais funcionam por objetivos de volume de vendas, participação de mercado, rentabilidade e comunicação (por exemplo, conscientização e preferência)? – Como o desempenho de nossa empresa é comparado ao desempenho de outras empresas do setor? O desempenho do setor está melhorando ou declinando? Por que? – Se nosso desempenho está em declínio, qual a causa mais provável? Nossos objetivos de marketing são consistentes? A estratégia está falhando? A estratégia foi mal implementada? – Se nosso desempenho estiver melhorado, que ações podemos adotar para assegurar sua continuidade? A melhoria do desempenho é decorrente de uma ambiente melhor do que o previsto ou de um planejamento e implementação superiores? 49 Ambiente Interno • Nível de recursos disponíveis – Qual a situação de nossos recursos organizacionais atuais (financeiros, humanos, experiência, relacionamentos com fornecedores ou clientes- chaves)? – Há probabilidade desses recursos mudarem para melhor ou para pior em futuro próximo? – Se as mudanças forem para melhor, como podemos utilizar esses recursos extras para melhor atender às necessidade dos consumidores do que os concorrentes? – Se as mudanças forem para pior, o que pode ser feito para compensar essas restrições de recursos? 50 Ambiente Interno • Cultura e estrutura organizacional – Quais os aspectos positivos e negativos das culturas atual e prevista da empresa? – Que problemas relacionados às lutas políticas e de poder podem afetar nossas atividades de marketing? – Como as demais áreas funcionais visualizam a posição global e a importância da função marketing? Os principais cargos executivos devem mudar no futuro? – Como a orientação global da empresa em relação ao consumidor (ou sua falta) afetará nossas atividades de marketing? – A empresa enfatiza um horizonte de planejamento a curto ou a longo prazo? Como essa ênfase afetará nossas atividades de marketing? – Atualmente, há problemas associados à motivação de nossos funcionários, especialmente aqueles em cargos de contato com os consumidores (isto é, vendas e serviços ao consumidor)? 51 Ambiente Interno • Índices típicos de desempenho – Desempenho de Vendas – Custo Operacional – Lucro Operacional – Custo do composto de comunicação • Propaganda • Promoção de vendas • Relações públicas • Merchandising – Custo de distribuição – Custo de serviços ao cliente • Podemos determinar os índices ao lado para cada fator de segmentação do mercado – Produto – Cliente – Região – Vendedor – Outros • Geralmente comparamos os índice de 2 ou 3 anos anteriores e tentamos extrapolar o ano atual e/ou o próximo • A comparação pode ser feita através de valores absolutos ou do percentual sobre o total da companhia 52 Exemplo de Tabela para Comparação de um Índice de desempenho Índice Anos Antepenúltimo Penúltimo Último Próximo (previsão) Fator de segmentação 1 Valor ou % Valor ou % Valor ou % Valor ou % Fator de segmentação 2 Valor ou % Valor ou % Valor ou % Valor ou % Fator de segmentação 3 Valor ou % Valor ou % Valor ou % Valor ou % Fator de segmentação 4 Valor ou % Valor ou % Valor ou % Valor ou % Total Total ou 100% Total ou 100% Total ou 100% Total ou 100% Inteligência Competitiva Sessão 5 • Análise SWOT 54 A Análise SWOT • Faz parte do planejamento estratégico de uma organização • Usa-se o SWOT apenas após a determinação da missão, das metas & objetivos da organização • Pode ser feita por indivíduos ou por equipes • Inicia-se a partir dos dados da análise ambiental • Benefícios da Análise SWOT – Simplicidade: • Pode ser conduzida sem treinamento ou habilidades técnicas extensivas – Custos Menores: • Sua simplicidade elimina a necessidade e as despesas envolvidas no treinamento formal – Flexibilidade: • Pode ser desempenhada com ou sem sistema de informações de marketing – Integração: • Habilidade de integrar e sintetizar tipos diversos de informações, quantitativas e qualitativas, de várias áreas da empresa – Colaboração: • Tem a habilidade de estimular a colaboração entre as áreas funcionais da empresa que são interdependentes, mas com pouco contato entre si 55 As 4 Categorias da Análise SWOT • Forças e Fraquezas – Existem dentro da empresa ou em seus principais relacionamentos com participantes de canal, fornecedores ou consumidores – São significativas apenasquando orientam ou impedem a organização de satisfazer a uma necessidade do consumidor – Devem focar os processos gerenciais ou as soluções que sejam importantes para atender às necessidades do consumidor • Oportunidades e Ameaças – Envolvem os assuntos que ocorrem nos ambientes externos da empresa – Não devem ser ignoradas, à medida que a empresa se envolve no desenvolvimento das forças e das capacidades por receio de criar uma organização eficiente, mas ineficaz – Podem decorrer de mudanças nos ambientes competitivo, sociocultural, político/legal, ou interno da organização. Baseadas em dois conceitos: Interno X Externo Positivo X Negativo 56 Forças e Fraquezas Potenciais • Forças Potenciais Internas – Recursos financeiros abundantes – Alguma competência distintiva – Bem conhecida como líder de mercado – Economia de escala – Tecnologia própria – Processos patenteados – Custos mais baixos – Boa imagem de mercado – Talento gerencial superior – Habilidades de marketing melhores – Qualidade de produto notável – Parcerias com outras empresas – Boa experiência em distribuição – Comprometida com os funcionários • Fraquezas Potenciais Internas – Falta de direção estratégica – Poucos gastos em P&D – Linha de produtos muito estreita – Distribuição limitada – Custos mais altos – Produtos desatualizados – Problemas operacionais internos – Imagem de mercado fraca – Experiência da administração limitada – Funcionários mal treinados 57 Oportunidades e Ameaças Potenciais • Oportunidades Potenciais Externas – Crescimento de mercado rápido – As empresas rivais são complacentes – Mudanças nas necessidades/gostos dos consumidores – Abertas aos mercados estrangeiros – Uma empresa rival enfrenta dificuldades – Encontrados novos usos do produto – Boom econômico – Desregulamentação – Nova tecnologia – Mudanças demográficas – Outras empresas procuram alianças – Alta mudança de marca – Declínio de vendas em decorrência de um produto substituto – Novos métodos de distribuição • Ameaças Potenciais Externas – Entrada de concorrentes estrangeiros – Introdução de novos substitutos – Ciclo de vida do produto em declínio – Mudanças das necessidades/gostos dos consumidores – As empresas rivais adotam novas estratégias – Aumento da regulamentação – Recessão – Nova tecnologia – Mudanças demográficas – Barreiras ao comércio exterior – Mal desempenho das empresas associadas 58 Técnica SWOT • As informações devem ser recentes e isentas • As fontes devem ser idôneas e desprovidas de viés • Todos os participantes devem conhecer os conceitos envolvidos • Pode ser desejável incluir as visões de pessoas de fora da organização • Pode-se utilizar brainstorming, focus groups, entrevistas, pesquisas, etc • Deve sempre estar baseado nas percepções dos consumidores, não nas percepções dos gerentes • Deve servir como catalisador para estruturar a geração das estratégias de marketing que produzirão os resultados desejados • Os conceitos do SWOT não devem ser considerados em termos absolutos (tudo depende do ambiente): – Uma oportunidade também pode ser uma ameaça – Um ponto forte pode ser um ponto fraco em outro contexto • Quatro Tarefas Principais – Tarefa 1: Avaliação de Forças e Fraquezas – Tarefa 2: Equiparação de Forças e Oportunidades – Tarefa 3: Conversão de Fraquezas em Forças e de Ameaças em Oportunidades – Tarefa 4: Desqualificação das Fraquezas e ameaças que não podem ser transformadas 59 Tarefa 1: Análise da Matriz SWOT • Avaliação das forças e fraquezas da empresa envolve perceber além dos seus produtos atuais. • O gerente deve também avaliar os processos gerenciais da empresa que são importantes para atender às necessidades dos consumidores. • Isso envolve oferecer soluções para os problemas dos consumidores, em vez de produtos específicos FORÇAS AMEAÇAS OPORTUNIDADES FRAQUEZAS Conversão Combinação Minimizar / Evitar Combinação Minimizar / Evitar 60 Tarefa 2: Força + Oportunidade = Vantagem Competitiva • A chave para o sucesso no cumprimento das metas e objetivos da empresa depende de sua habilidade em transformar forças importantes em capacidades, que são equiparadas às oportunidades do ambiente de marketing. • As capacidades podem tornar-se vantagens competitivas, se proporcionarem maior valor para os consumidores do que as ofertas concorrentes • O desafio é administrar as percepções do consumidor – Capacidades Reais X Capacidades Percebidas • Análise quantitativa da Matriz – Cada item pode ser classificado: • M = Magnitude • I = Intensidade – Magnitude: • Importância do item aos olhos dos clientes • Valor positivo – Intensidade: • A classificação da companhia em relação àquele item • Pode ser positiva ou negativa – Escala: • A quantidade de pontos da escala de medição da magnitude e da intensidade depende da capacidade do analista em avaliar os itens – Avaliação final do item = M x I 61 Relacionar Fatores Internos a Fatores Externos • Fatores A: deve-se verificar sua aplicação e sustentabilidade ao longo do planejamento • Fatores B: devem contribuir no controle de ameaças, devem ser operacionais • Fatores C: devem ser corrigidos ou eliminados • Fatores D: devem ser corrigidos ou eliminados Oportunidades Ameaças Oportunidade 1 Oportunidade n Ameaça 1 Ameaça n Pontos Fortes (A) (A) (B) (B) Pontos Fracos (C) (C) (D) (D) 62 Tarefa 3: Fraquezas → Forças | Ameaças → Oportunidades • As empresas podem converter fraquezas em forças, e mesmo em capacidades, ao investir estrategicamente em áreas-chaves e ao vincular áreas-chaves mais efetivamente. – Desenvolvimento de novos produtos/mercados, investimento em P&D, em localização, etc • Da mesma forma, ameaças podem, freqüentemente, ser transformadas em oportunidades, se os recursos corretos estiverem disponíveis. – Um dos principais benefícios do planejamento estratégico de mercado é uma melhor base para as decisões de alocação de recursos • Devemos identificar passivos importantes – Um passivo ocorre quando uma fraqueza reforça uma ameaça – Transformação de passivos é prioritária 63 Tarefa 4: Desqualificar Fraquezas e Ameaças não transformadas • As principais fraquezas que não são transformadas em forças tornam-se limitações. • Essas limitações se tornarão óbvias e significativas para o consumidores e outros grupos que interagem com a empresa. – As limitações ocorrem mais freqüentemente quando a fraqueza ou ameaça coincide com uma das oportunidades • As limitações devem ser miminizadas ou evitadas – Uma forma clássica de lidar com limitações é a diversificação do negócio 64 Diretivas da Análise SWOT • Fique Focado: – Uma análise única e ampla leva à generalizações significativas. Análises separadas para cada combinação produto/mercado são recomendadas – Parafacilitar a análise, uma organização pode realizar diversos SWOT´s menores, para unidades operacionais (Marketing, finanças, operações, etc), por exemplo, de forma a reduzir a complexidade do problema • Pesquise extensivamente os concorrente: – Pode-se realizar uma análise completa da concorrência (uma matriz SWOT por concorrente) – Embora os concorrentes das principais marcas sejam os mais importantes, a concorrência genérica relativa a produto e ao orçamento total não deve ser subestimada • Colabore com outras áreas funcionais: – A análise SWOT promove o compartilhamento de informações e as perspectivas interdepartamentais. Esse cruzamento de idéias permite soluções mais criativas e inovadoras para os problemas de marketing 65 Diretivas da Análise SWOT • Examine os assuntos com base na perspectiva dos consumidores: – As crenças dos consumidores sobre a empresa, seus produtos e atividades de marketing são criticamente importantes na análise SWOT. O termo consumidores deve ser amplamente definido para incluir clientes, funcionários, acionistas e outros públicos relevantes. – Impressões e expectativas da alta administração podem afetar o SWOT, alterando as percepções dos analistas frente ao ambiente real, resultando em análise mais conservadoras ou mais ousadas • Separe os assuntos internos dos externos: – Se um assunto existe, independentemente da empresa, deve ser classificado como externo. As estratégias d as táticas de marketing não são os mesmo que oportunidades de mercado. • A recomendação é mais importante do que a análise: – A análise SWOT pode propor soluções, mas por si só não resolve qualquer problema. Para tal, uma estratégia deve ser sugerida e implementada. Inteligência Competitiva Sessão 6 • Cadeia de Valor • Fatores Críticos de Sucesso 67 Cadeia de Valor • O objetivo primeiro de uma empresa é obter vantagem competitiva: – Valor que uma empresa consegue criar para seus compradores o qual ultrapassa o custo de fabricação da empresa • A vantagem competitiva resulta do posicionamento da empresa, delineado no planejamento estratégico, com o objetivo de gerar o maior valor possível – Valor é o montante que os compradores estão dispostos a pagar por aquilo que uma empresa lhes fornece – Uma empresa é rentável se o valor que ela impõe ao produto ultrapassa os custos envolvidos na criação do produto • Uma empresa é composta por uma série de processos internos, portanto, as vantagens competitivas dependem de cada processo. • A Cadeia de Valor é um instrumento analítico para avaliar processos internos de uma empresa – Além de avaliar cada processo interno, temos também que nos preocupar em identificar e avaliar também as co-relações (elos) entre as atividades que compõe a empresa 68 At iv id ad es d e Ap oi o Gerência de R.H. Desenvolvimento de Tecnologia Aquisição ServiçoOperações Logística Externa Marketing e Vendas Logística Interna Atividades Principais Infraestrutura da Empresa Análise da Cadeia de Valor 69 Atividades de Apoio • Infra-estrutura da Empresa: – Inclui a gerência geral e a rede de relacionamentos da empresa, até mesmo com o governo, além de abranger a questão da qualidade do produto. • Gerência de RH: – Afeta a vantagem competitiva em qualquer empresa, mediante seu papel na determinação das qualificações e da motivação dos empregados e do custo de contratação e treinamento. • Desenvolvimento de Tecnologia: – Todo o investimento realizado em tecnologia que estará diretamente associado à otimização do processo de produção e, ao final da cadeia de valores, ao próprio bem ou serviço. • Aquisição: – Diz respeito a toda compra de matéria-prima ou insumos para a produção do bem que será vendido. 70 Atividades Principais • Logística Interna: – As atividades relacionadas com o recebimento dos insumos, armazenagem, estocagem e transporte. • Operações: – Manipulação da matéria-prima para transformação dela em produtos e serviços por meio dos processos internos da organização. • Logística Externa: – O canal de distribuição do produto. • Marketing e Vendas: – Oferecimento do produto aos compradores. • Serviços: – Agregações de valor ao produto oferecido. Todo o tipo de serviço pós- vendas (assistência técnica, garantia ou manutenção, por exemplo). 71 Fatores Críticos de Sucesso • FCS: – São aquelas características, condições ou variáveis que, quando devidamente gerenciadas, podem ter um impacto significativo sobre o sucesso de uma empresa, considerando seu ambiente de competição • Objetivo geral: – Identificar as características, condições ou variáveis que deverão ser monitoradas e gerenciadas pela organização • Este método têm sido muito utilizado para a determinação das estratégias das empresas • Ultimamente também tem sido utilizado para auxiliar na formulação de Sistemas de Inteligência Competitiva, através do conceito de informação crítica 72 Exemplos de Fatores Críticos de Sucesso Indústria Automobilística Indústria de Informática Indústria de Alimentos Empresas de Treinamento Empresas de Alta Tecnologia • Estilo do Veículo • Economia de combustível • Atendimento à legislação ambiental • Rede de distribuição eficiente • Controle sobre custos de produção • Capacidade de inovação • Qualidade nas vendas e na literatura do usuário • Facilidade de uso dos produtos • Eficácia na propaganda • Eficácia na distribuição de produtos • Capacidade de inovação de produtos • Instrutores de competência reconhecida • Qualidade e tamanho da base de clientes e de prospects • Identificação de temas atuais e relevantes • Imagem reconhecida no mercado • Capacitação gerencial para atuar em ambiente competitivo • Capacidade de inovação • Marketing tecnológico • Integração com a comunidade científico e tecnológica 73 Características dos Fatores Críticos de Sucesso • Natureza Hierárquica – Os fatores críticos de sucesso podem ser hierarquizados: • Fatores da indústria ou ramo de negócio • Fatores da estratégia ou do posicionamento competitivo • Fatores-chave do ambiente externo • Fatores temporais ou acidentais • Fatores gerenciais • Arborescência – Um fator crítico pode ser desdobrada em diversas ramificações, segundo sua importância – Geralmente, devem ser atribuídos poucos fatores críticos, que serão então desdobrados até o nível de cada processo-chave ou atividade • Caráter Dinâmico – Os fatores são condicionados pelo ambiente. Qualquer mudança ambiental leva necessariamente a mudanças nos fatores – Os fatores devem ser revistos periodicamente 74 Método para determinação de FCS • Método das Entrevistas – Entrevistas individuais com os executivos e/ou profissionais chaves da empresa – Análise dos resultados e elaboração de proposta consolidada – Proposta é reapresentada aos executivospara validação e obtenção de consenso • Observações sobre o método – Um fator crítico envolve a determinação de objetivos e metas a realizar – Informação criticaé a informação necessária para consecução desses objetivos e métodos • Recomendações – Conhecer os fundamentos teóricos do método – Conhecer o negócio e o ambiente competitivo da empresa – Estudar a empresa – Obter a autorização formal para a realização das entrevistas com os gerentes de níveis intermediários – Explicar os fundamentos do método aos entrevistados – Iniciar pelos executivos no topo de hierarquia – Simular bem o questionário antes de passar a fase de execução – Dominar a técnica de condução de entrevistas 75 Método para determinação de FCS • Método analítico – Consiste da utilização de uma ou mais técnicas de análise estratégica para a determinação dos FCS – OBS: boa parte destas técnicas são abordadas ao longo deste curso. • Técnicas de análise utilizadas: – Análise ambiental – Análise da estrutura da indústria – Consulta a especialistas (na indústria ou negócio) – Análise da concorrência – Análise da empresa líder do setor de negócios – Avaliação interna da empresa – Fatores temporais e/ou intuitivos – Análise de bases de dados sobre investimentos e retornos Inteligência Competitiva Sessão 7 • Diferenciação, Posicionamento e Vantagem Competitiva • Análise da Estrutura de um Setor de Negócios (5 forças de Porter) 77 Diferenciação, Posicionamento e Vantagem Competitiva • Diferenciação: – Ação de tornar um produto diferente da concorrência pela adição ou modificação de atributos, que signifiquem aumento do valor percebido por clientes, associado a estas modificações e/ou ao conjunto delas. • Posicionamento: – Resultante da relação ou interação entre o composto de produto (particularmente promoção e comunicação) e a percepção dos consumidores em relação a este produto (bem, serviço, marca, organização, etc.), manifestado através da caracterização de seus atributos conjugados, identificando uma posição de reconhecimento deste produto em termos de variáveis discriminatórias (qualidade, preço, serviços agregados, etc). • Vantagem Competitiva: – Superioridade em relação à concorrência em uma dimensão (ou mais) relevante do ponto de vista de valor para o cliente e/ou de operação do negócio no setor 78 Comentários sobre Diferenciação, Posicionamento e Vantagem Competitiva • O reconhecimento dos aspectos associados a valor para os clientes é fundamental para a Diferenciação, a Comunicação e o Posicionamento • Não é a diferenciação que agrega valor, mas a percepção de valor, despertada nos clientes pelo posicionamento • Dissonâncias e incongruências entre a diferenciação promovida e o posicionamento comunicado comprometem a vantagem competitiva – Obs: os diferentes segmentos do mercado podem não ter a mesma percepção quanto ao valor decorrente da diferenciação ou do posicionamento promovidos. 79 Princípios Básicos do Posicionamento Estratégico • Objetivo Correto: – para onde eu quero ir • Proposição de Valor Única: – o que eu vou oferecer • Cadeia de Valor Diferenciada: – fazer diferente ou com maior eficiência • Escolha das Opções (Trade-Offs): – foco em um público ou conjunto de ofertas • Coesão e Interdependência das escolhas: – uma escolha reforça a outra • Continuidade: – perseverança na direção e nas escolhas 80 Vantagem Competitiva • Existem apenas dois fatores fundamentais que geram lucratividade: – Estrutura do setor de negócios: que determina a lucratividade do competidor médio – Vantagem Competitiva Sustentável: que permite a uma companhia superar o competidor médio • Existem 2 tipos de Vantagem Competitiva Sustentável: – Diferenciação por custo baixo – Diferenciação por preço premium • Vantagens de custo ou preço só podem ser obtidas por duas maneiras – Eficiência Operacional (produzir melhor que seus competidores) • Benchmarking: todos copiam todos. Melhorias operacionais acabam compartilhadas por todos os concorrentes – Posicionamento Estratégico (produzir diferente e mais adequadamente que seus competidores) • Foco na rentabilidade e não no crescimento • Proposição de valor única • Escolha de Trade-offs • Configuração de uma Cadeia de Valor Única 81 Análise da Estrutura do Setor de Negócios AMEAÇA DE PRODUTOS OU SERVIÇOS SUBSTITUTOS AMEAÇA DE NOVOS ENTRANTES COMPRADORESFORNECEDORES RIVALIDADE INTENSA SUBSTITUTOS ENTRANTES PODER DE BARGANHAPODER DE BARGANHA CONCORRENTES 82 Novos Entrantes • Fatores determinantes da ameaça de novos entrantes: – Barreiras de Entrada – Retaliação prevista – Preço de entrada dissuasivo – Curva de aprendizado • Barreiras de Entrada típicas – Necessidades de Capital – Economias de escala – Formação de Marca (custos de troca emocional para o cliente) – Custos de troca dos clientes – Acesso a canais de distribuição – Outras desvantagens de custo (patentes, localização privilegiada, subsídios, etc) – Política governamental 83 Concorrentes • Fatores determinantes da rivalidade – Concorrentes numerosos ou bem equilibrados – Crescimento lento da indústria – Custos fixos ou de armazenamento altos – Ausência de diferenciação (marca) ou de custos de troca – Aumento de capacidade em grandes incrementos – Concorrentes com estratégias divergentes – Grandes interesses estratégicos – Barreiras de saída elevadas • Barreiras de saída típicas: – Ativos especializados – Custos fixos de saída (acordos trabalhistas, suporte a clientes, etc) – Inter-relações estratégicas (compartilhamento de instalações, custos, etc) – Barreiras emocionais – Restrições de ordem governamental e social 84 Barreiras e Rentabilidade Ba rre ira s de e nt ra da Barreiras de Saída Retornos Arriscados altos Retornos Estáveis Altos Altas Retornos arriscados Baixos Retornos Estáveis Baixos Baixas AltasBaixas 85 Produtos Substitutos • Substitutos reduzem o retorno potencial de um setor industrial • Setor Industrial – Conjunto de empresas que oferecem produtos que são substitutos próximos uns dos outros – Produtos substitutos: aumento de preço de um leva ao aumento de demanda do outro • Ações coletivas de um setor industrial podem ser mais efetivas na defesa de uma indústria frente à ameaça de um produto substituto • Produtos substitutos são mais perigosos quando: – A evolução tecnológica pode alterar a relação de custo-benefício do produto substituto frente aos produtos da indústria – A indústria substituta apresente lucros altos. 86 Clientes & Fornecedores • Fatores determinantes do poder dos clientes: – Parcela da produção adquirida pelo cliente – Fração dos custos do produto em relação ao custo total do cliente – Padronização ou não-diferenciação dos produtos adquiridos – Montante do custo de troca– Rentabilidade do cliente (maior rentabilidade, menor sensibilidade) – Possibilidade de integração industrial para trás – Importância da qualidade do produto para o comprador – Informação disponível sobre a estrutura de custos da indústria – Influência do cliente sobre os padrões de compra do consumidor final (para intermediários) • Fatores determinantes do poder dos fornecedores : – Concentração do produto em poucos fornecedores – Ausência de produtos substitutos – Diversificação dos clientes dos fornecedores – Importância do produto para o cliente – Diferenciação ou custo de troca do produto dos fornecedores – Possibilidade de integração industrial para frente 87 Estratégias Genéricas de Competição Vantagem Estratégica ENFOQUE Apenas um segmento particular LIDERANÇA NO CUSTO TOTALDIFERENCIAÇÃO No âmbito de toda a indústria Posição de Baixo Custo Unicidade Observada pelo Cliente Al vo E st ra té gi co 88 Liderança no Custo Total • Recursos e Habilidades exigidos – Investimento de capital sustentado e acesso ao capital – Boa capacidade de engenharia de processo – Supervisão intensa de mão-de-obra – Produtos projetados para facilitar a fabricação – Sistema de distribuição com baixo custo • Requisitos organizacionais comuns – Controle de custo rígido – Relatórios de controle freqüentes e detalhados – Organização e responsabilidades estruturadas – Incentivos baseados em metas estritamente quantitativas • Riscos – Mudança tecnológica que anula o investimento ou o aprendizado anteriores – Aprendizado de baixo custo por novas empresas que entrem na indústria ou por seguidores, por meio da imitação ou de sua capacidade de investir em instalações modernas – Incapacidade de ver a mudança necessária no produto ou no seu marketing em virtude da atenção colocada no custo – Inflação em custos que estreitam a capacidade de a firma manter o diferencial de preço suficiente para compensar a imagem da marca do produto em relação ao preço dos concorrentes ou outras formas de diferenciação 89 Diferenciação • Recursos e Habilidades exigidos – Grandes habilidades em marketing – Engenharia do produto – Tino criativo – Grande capacidade em pesquisa básica – Reputação de empresa como líder em qualidade ou tecnologia – Longa tradição na indústria ou combinação ímpar de habilidade trazidas de outros negócios – Forte cooperação dos canais • Requisitos organizacionais comuns – Forte coordenação entre funções em P&D, desenvolvimento de produtos e marketing – Avaliações e incentivos subjetivos ao invés de quantitativos – Ambiente ameno para atrair mão-de-obra altamente qualificada, cientistas ou pessoas criativas • Riscos – O diferencial de custos entre os concorrentes de baixo custo e a empresa diferenciada torna-se muito grande para que a diferenciação consiga manter a lealdade à marca. Os compradores sacrificam, assim alguma das características, serviços ou imagem da empresa diferenciada e troca de grandes economias de custos – A necessidade dos compradores em relação ao fator de diferenciação diminui. Isto pode ocorrer à medida que os compradores se tornem mais sofisticados – A imitação reduz a diferenciação percebida, uma ocorrência comum quando a indústria amadurece 90 Enfoque • Recursos e Habilidades exigidos – Combinação das políticas para diferenciação, mas dirigidas para a meta estratégica • Requisitos organizacionais comuns – Combinação das políticas para diferenciação, mas dirigidas para a meta estratégica • Riscos – O diferencial de custos entre os concorrentes que atuam em todo o mercado e as empresas que adotaram enfoques particulares se amplia de tal modo que elimina as vantagens de custos de atender um alvo estreito ou anula a diferenciação alcançada pelo enfoque – As diferenças nos produtos ou serviços pretendidos entre o alvo estratégico e o mercado como um todo se reduzem – Os concorrentes encontram submercados dentro do alvo estratégico e desfocalizam a empresa com estratégia de enfoque Inteligência Competitiva Sessão 8 • Análise da Concorrência • Ciclo de Vida • Matriz McKinsey-GE • Matriz BCG • Benchmarking 92 Análise da Concorrência Estágios da Análise Competitiva 1. Identificar os principais concorrentes, suas marcas potenciais e atuais, produtos e serviços, e seu orçamento total de marketing 2. Avaliar cada concorrente-chave pelo tamanho, crescimento, rentabilidade objetivo, estratégias e mercados-alvo 3. Avaliar as forças e fraquezas de cada concorrente, incluindo as principais competências individuais em suas áreas funcionais (marketing, pesquisa, desenvolvimento, produção, RH, etc) 4. Focar a análise nas capacidades de marketing de cada concorrente em termos de seus produtos, distribuição, promoção e preço. 5. Estimar as estratégias mais prováveis e suas respostas sob diferentes situações ambientais, bem como suas reações aos esforços de marketing da própria empresa Configurações da Concorrência 1. Concorrência de Marca: – Produtos, preços e serviços similares que concorrem entre si. – Ex.: os diversos modelos de carros 1000. 2. Concorrência Industrial: – Produtos similares (configuração semelhante) que concorrem entre si – Ex.: carros 1000 e carros tipo luxo. 3. Concorrência de Forma: – Produtos distintos que satisfazem o mesmo tipo de necessidade – Ex.: carros, ônibus, motocicletas, etc. 4. Concorrência Genérica: – Produtos distintos ou não que competem pelos mesmos recursos disponíveis do cliente – Ex.: um carro novo ou uma casa de veraneio. 93 Estágios da Análise Competitiva 1. Identificar os principais concorrentes, suas marcas potenciais e atuais, produtos e serviços, e seu orçamento total de marketing 2. Avaliar cada concorrente-chave pelo tamanho, crescimento, rentabilidade objetivo, estratégias e mercados-alvo 3. Avaliar as forças e fraquezas de cada concorrente, incluindo as principais competências individuais em suas áreas funcionais (marketing, pesquisa, desenvolvimento, produção, RH, etc) 4. Focar a análise nas capacidades de marketing de cada concorrente em termos de seus produtos, distribuição, promoção e preço. 5. Estimar as estratégias mais prováveis e suas respostas sob diferentes situações ambientais, bem como suas reações aos esforços de marketing da própria empresa 94 Configurações da Concorrência 1. Concorrência de Marca: – Produtos, preços e serviços similares que concorrem entre si. – Ex.: os diversos modelos de carros 1000. 2. Concorrência Industrial: – Produtos similares (configuração semelhante) que concorrem entre si – Ex.: carros 1000 e carros tipo luxo. 3. Concorrência de Forma: – Produtos distintos que satisfazem o mesmo tipo de necessidade
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