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3ªaula Zoologia2016

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a) Reprodução. 
b) Fertilização/fecundação e inseminação artificial. 
c) Anexos embrionários. 
d)Etapas do desenvolvimento embrionário. 
a) Reprodução. 
Zoologia Geral - 3ª Aula 
 Fertilização/fecundação e inseminação artificial 
 Anexos embrionários 
 Etapas do desenvolvimento embrionário 
 Revisão 
Reprodução- perpetuação das espécies 
União do gameta masculino com o feminino: evento típico da 
reprodução sexuada. 
1- 
 Reprodução: perpetuação das espécies 
Sexuada – Fusão gamética- variabilidade genética 
Assexuada – Apenas um indivíduo participa do processo, são idênticos aos 
progenitores/clones. 
Os principais processos assexuados são: 
- Fragmentação fragmentos -desenvolve-se originando um organismo 
- Bipartição/fissão binária divisão celular-organismo uni ou pluricelular se divide 
em dois (replicação do DNA). 
- Gemulação/brotamento ou gemiparidadedilatação/gomo ou gêmulas -crescem e 
desenvolvem-se, dando origem a novos organismos. Ex.: cnidários, esponjas, 
fungos e bactérias. Nas colônias o broto permanece ligado- corais. 
- Esporulação formação de esporos -células reprodutoras-esporos: esporângios. 
Ex.: fungos e algas 
- multiplicação vegetativaestruturas vegetativas- originam-se por diferenciação, 
novos indivíduos. Ex.: nas plantas: raízes, caules, folhas.... 
 Mecanismos especiais de reprodução Sexuada: 
 Partenogênese: formação de um ser vivo a partir do 
óvulo, sem que ocorra a fecundação pelo espermatozóide. 
- Envolve a participação de um gameta (óvulo) gerado no 
sistema reprodutor feminino através da meiose. 
- Ex.: Abelhas – os zangões: as células somáticas são 
haplóides (n), com apenas 16 cromossomos, enquanto que 
as fêmeas resultam da fecundação. 
- Os pulgões - na primavera, originam somente fêmeas, ... 
- Hermafroditismo: envolvimento de duas células sexuais 
em apenas um indivíduo. Ex.: poríferos, platelmintos, 
anelídeos e em muitos vegetais. 
Obs.: Alguns são hermafroditos de autofecundação- fundem 
o próprio óvulo, sem necessidade de encontrar outro 
parceiro, por exemplo as Tênias, que em cada proglote, há 
um sistema reprodutor masculino e feminino. 
-Hermafroditas de fecundação cruzada- indivíduos 
transferem espermatozóides para outro, as minhocas e as 
planárias por exemplo. 
Poliembrionia: formação de vários embriões por meio 
de um único ovo. 
- Considerada como forma natural de formação de 
clones, uma vez que todos os embriões possuem os 
mesmos materiais genéticos porque provêm de um único 
ovo. 
- Esse tipo de reprodução é comum entre tatus. 
 
FERTILIZAÇÃO/FECUNDAÇÃO 
Fecundação/fertilização 
Após a penetração- algumas horas, o ovócito, que 
estava em anáfase II, completa a meiose e origina o 
óvulo. 
-Fusão gamética - anfimixia: união dos núcleos dos 
gametas durante a fecundação. 
No momento da fecundação- zigoto diplóide, os 
cromossomos maternos e paternos misturam-se e 
definem o genótipo, o sexo e o tipo sangüíneo do 
embrião. 
FERTILIZACÃO E CLIVAGEM 
 Local de fertilização: ampola da tuba uterina, sua porção maior 
e mais dilatada. 
Se o ovócito não for fertilizado, ele passa lentamente em direção 
ao útero, onde se degenera e é reabsorvido. 
Embora a fertilização possa ocorrer em outras partes da tuba, 
ela não ocorre no útero. 
Sinais químicos/atrativos, secretados pelo ovócito e pelas células 
foliculares guiam os espermatozóides capacitados/quimiotaxia 
dos espermatozóides, para o ovócito. 
 A fertilização é uma complexa seqüência de eventos 
moleculares coordenados que se inicia com o contato 
entre um espermatozóide e um ovócito e termina com a 
mistura dos cromossomos maternos e paternos formando 
um embrião unicelular, o zigoto. 
Alterações em qualquer estágio na seqüência destes 
eventos podem causar a morte do zigoto. 
O processo de fertilização leva em torno de 24hs. 
Fertilização/Fecundaçã
o 
 FASES DA FERTLIZACÃO 
1º- Passagem do espermatozóide através da Corona Radiata – 
A dispersão das células foliculares da corona radiata que circunda 
o ovócito e da zona pelúcida parece ser resultado principalmente 
da ação da enzima hialuronidase, liberada do acrossoma do 
espermatozóide. 
-As enzimas da mucosa tubária também parecem auxiliar nesta 
dispersão; 
-Os movimentos da cauda do espermatozóide também são 
importantes para a penetração na corona radiata. 
2º- Penetração da Zona Pelúcida: 
-A passagem do espermatozóide através da zona pelúcia é uma fase 
importante para o início da fertilização. 
-A formação de um caminho resulta também da ação de enzimas liberadas 
pelo acrossoma. (as enzimas: Esterases, Acrosina e Neuraminidase, 
parecem causar a lise da zona pelúcida, formando assim, um caminho 
para que o espermatozóide chegue ao ovócito. 
-A mais importante destas enzimas é a acrosina, uma enzima proteolítica. 
-Logo que o espermatozóide penetra a zona pelúcida ocorre uma Reação Zonal- 
mudança nas propriedades da zona pelúcida que a torna impermeável a 
outros espermatozóides- não ocorre a polispermia. 
3º-Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e 
espermatozóide: 
- As membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozóide se 
fusionam e se rompem na área de fusão. 
-A cabeça e a cauda do espermatozóide entram no citoplasma do 
ovócito, mas a membrana plasmática do espermatozóide fica para 
trás. 
4º-Término da segunda divisão meiótica e formação do 
pronúcleo feminino: 
- A penetração do ovócito pelo espermatozóide, estimula o 
ovócito a completar a segunda divisão meiótica, formando um 
ovócito maduro e o segundo corpúsculo polar. 
-0s cromossomos maternos em seguida se descondensam e o 
núcleo do ovócito maduro torna-se o pronúcleo feminino. 
5º- Formação do pronúcleo masculino: 
-Dentro do citoplasma do ovócito, o núcleo do espermatozóide 
aumenta para formar o pronúcleo masculino, e a cauda do 
espermatozóide degenera. 
-Morfologicamente, os pronúcleos masculino e feminino são 
indistinguível. 
-Durante o crescimento dos pronúcleos eles replicam seu DNA. 
- O ovócito contendo dois pronúcleos haplóides é chamado de 
ovótide. 
6º- Logo que os pronúcleos se fundem em uma agregação de 
cromossomas única e diplóide, a ovótide torna-se um zigoto: 
-Os cromossomas do zigoto arranjam-se em um fuso de clivagem 
na preparação para a divisão do zigoto. 
- ZIGOTO: 
- Geneticamente único porque metade dos seus cromossomas 
vem da mãe e a outra metade vem do pai. 
- O zigoto contém uma nova combinação de cromossomos que 
é diferente da contida nas células dos pais. 
-Este mecanismo forma a base da herança biparental e da 
variação da espécie humana. 
-A meiose: permite a distribuição independente dos cromossomas 
paternos e maternos entre as células germinativas. 
-O sexo do embrião é determinado na fertilização pelo tipo de 
espermatozóide ( X ou Y ) que fertiliza o ovócito; 
- O gameta do pai e não o da mãe na esp. Humana que determina 
o sexo do embrião, (alguns é diferente). 
-A fertilização por um espermatozóide X produz um zigoto 
46,XX- feminino, enquanto que a fertilização por um 
espermatozóide Y produz um zigoto 46,XY -masculino . 
Fecundação: interna e externa 
Desenvolvimento: Direto e indireto 
Poliespermia: penetração do ovo por mais de um 
espermatozóide-aves 
Poliovulação: liberação de vários óvulos, que podem 
conduzir à formação de gêmeos dizigóticos. 
 Na fecundação interna o encontro é por acaso, mas 
mesmo assim um dos gametas libera uma substancia que atrai 
o outro, processo e denominado “quimiotactismo”. Na fecundação externa este processo e fundamental pois 
outros animais também tem este tipo de reprodução e os 
gametas através de substancias atraem-se para que não ocorra 
mutualismo. 
Bloqueio da Polispermia 
-Ocorre duas maneiras de evitar a entrada de vários espermatozóides: 
-Bloqueio Rápido: Ocorre a despolarização da membrana plasmática 
do ovo; Quando o primeiro espermatozóide toca a membrana 
plasmática do ovo, ela despolariza e o Na+ passa para o interior do 
ovo e o K+ sai. 
Bloqueio Vagaroso: Reação cortical, a despolarização da membrana do 
ovo estende-se por aproximadamente 1min; A membrana repolariza-se e 
outros espermatozóides presos a membrana vitelínica, podem atingir o 
interior do ovo. Para que isso não ocorra necessita uma fusão e posterior 
exocitose do conteúdo dos grânulos corticais entre as membranas plasmática e 
vitelínica que passam a chamar-se de membrana de “Fecundação”. 
Nos mamíferos- ocorre a Monospermia, somente um 
espermatozóide penetra no interior do ovócito II e fecunda-o. 
 
 Nas aves- ocorre a Polispermia Fisiológica, muitos 
espermatozóides entram no ovócito, mas apenas um fornecerá o 
pro núcleo masculino que se unirá ao feminino. 
FERTILIZAÇÃO e 
desenvolvimento humano 
1ª Semana 
FERTILIZACÃO 
- Estimula o ovócito penetrado a completar a segunda divisão 
 meiótica. 
- Restaura o número diplóide normal de cromossomas ( 46 ) no 
 zigoto. 
- Resulta na variação da espécie humana através da mistura de 
cromossomos paternos e maternos. 
- Determina o sexo cromossomal do embrião. 
- Causa a ativação metabólica do ovócito e inicia a clivagem / divisão 
celular do zigoto. 
CLIVAGEM DO ZIGOTO 
- A clivagem consiste em divisões mitóticas repetidas do zigoto, 
resultando em rápido aumento do número de células. 
-Estas células embrionárias - blastômeros – tornam-se menores a cada 
divisão por clivagem. 
-Inicialmente, o zigoto se divide em dois blastômeros e assim 
sucessivamente. 
-A clivagem ocorre normalmente quando o zigoto passa pela tuba 
uterina em direção ao útero. 
- Durante a clivagem o zigoto situa-se dentro da espessa zona pelúcida 
que é translúcida ao microscópio óptico. 
 Na segmentação/clivagem o ovo ou zigoto divide-se por 
sucessivas mitoses/clivagens, originando 2, 4, 8, 16 e 32 
células embrionárias/blastômeros até formar a mórula, um 
embrião compacto. 
- As células da mórula duplicam e forma a blástula, um 
embrião oco que acumula líquido em sua cavidade. 
Dependendo do tipo de óvulo- a segmentação pode 
formar diferentes mórulas. 
Estágios do Desenvolvimento Humano 
Estágio-I: 
Inicia com a Fertilização - tuba uterina e termina com a formação do 
zigoto. 
Estágio-II: 
2º e 3º dia- compreende os estágios iniciais da clivagem: de 2 a cerca 
de 32 células – mórula (se forma três dias após a fertilização e 
alcança o útero). 
Estágio-III: 
 4º e 5º dia- compreende o blastocisto livre. 
Estágio-IV: 
 5º e 6º dia- compreende o blastocisto aderido à parte posterior do 
útero, local para implantação. 
Implantação na tuba 
Gravidez Ectópica 
- Os blastocistos que se implantam na tuba podem ser expulsos 
para dentro da cavidade peritoneal, onde comumente se 
implantam na bolsa retouterina. 
-Em casos excepcionais, uma gravidez abdominal pode chegar a 
termo e o feto pode ser removido através de cirurgia. 
-Geralmente uma gravidez abdominal é grave porque a 
placenta adere a órgãos abdominais e causam sangramento. 
-Nestes casos a morte materna se origina por hemorragia. 
 Resumo: Segmentação 
-SEGMENTAÇÃO/CLIVAGEM: corresponde à divisão do zigoto em 
um certo número de células para formar o embrião-processo de 
clivagem, divisão para formar os dois primeiros segmentos 
denominados de blastômeros-segmento jovem, que surgem das 
divisões mitóticas do ovo. 
- A segmentação termina- com a formação de uma figura 
embrionária chamada de blástula. 
- Tipo de segmentação- determinado pela quantidade de vitelo 
existente no zigoto. 
-Vitelo: substância inerte, quando em grande quantidade, pode dificultar ou 
mesmo impedir a segmentação total do zigoto. 
HOLOBLÁSTICA/TOTAL: -Ocorre em ovos oligolécito ou 
heterolécito onde a pequena quantidade de vitelo permite a 
segmentação completa do ovo. Distingui-se dois tipos: igual e 
desigual. 
* TOTAL IGUAL: -É próprio dos oligolécitos, onde a distribuição 
uniforme de vitelo permite a divisão em blastômeros de mesmo 
tamanho. Serve como exemplo a segmentação do ovo do 
anfioxo e dos mamíferos. 
•TOTAL DESIGUAL: -Ocorre em ovos heterolécitos e, devido à 
desigual distribuição do vitelo, produz blastômeros de tamanhos 
diferentes. Serve como xemplo a segmentação do ovo dos 
anfíbios. 
Gastrulação 
- Origem dos folhetos embrionários- blástula 
- Fase em que o embrião consiste de uma massa celular 
com uma cavidade denominada blastocele, formação e 
diferenciação dos folhetos embrionários. 
 Gástrula: fase em que o embrião tem três folhetos 
embrionários: ectoderma: camada da célula externa que 
reveste o embrião; endoderma – camada de célula que 
revestem o arquêntero (cavidade digestória do embrião 
na fase de gástrula-intestino primitivo) do embrião na fase 
de gástrula; mesoderma camada de células embrionárias 
que se localizam entre o ectoderma e o endoderma. 
  Fases da Ontogenia 
a) MÓRULA: Constitui a forma embrionária encontrada após 
sucessivas divisões celulares. 
- Caracteriza-se, fundamentalmente, pela forma esférica e pôr 
apresentar-se maciça, formada inteiramente pôr células 
embrionárias. Ocorre no tipo de segmentação holoblástica 
igual. 
b) BLÁSTULA: Caracteriza-se, pela forma globosa e pôr 
apresentar uma única camada de células a blastoderma, 
delimitando uma cavidade complemente fechada a blastocele. 
c) GASTRULAÇÃO 
- Processo que permite a formação do arquêntero/intestino 
primitivo. 
- Caracteriza-se pela presença de duas camadas celulares 
(ectoderma e a endoderme). 
- Pode ocorrer pôr embolia: as células da blástula fazem 
movimentos em direção à cavidade-blastocele, fazendo com que 
ocorra a formação da gástrula pôr invaginação de um dos pólos 
da blástula, ou pôr epibolia: formação da gástrula nos vertebrados 
a partir do recurvamento do disco embrionário. 
d) NEURULAÇÃO 
-Fase do desenvolvimento embrionário dos cordados, 
imediatamente posteriores à gástrula, durante o qual se forma 
o tubo neural. 
- Estágio em que se intensifica a diferenciação celular, isto é, 
os folhetos embrionários ectoderma e endoderma diferenciam-
se através de sucessivas mitoses, forma a mesoderma e 
originam o tubo neural, a notocorda e o celoma 
Inseminação Artificial 
“É uma técnica de reprodução medicamente assistida que 
consiste na deposição mecânica do sêmen no aparelho 
genital da fêmea”. 
-Utilizada em casos em que os espermatozóides não 
conseguem atingir as tubas uterinas e ou outro defeito 
morfofisiológico. 
- Consiste em transferir, para a cavidade uterina, os 
espermatozóides previamente recolhidos e processados com 
a seleção dos espermatozóides morfologicamente mais 
normais e móveis. 
A inseminação intra-uterina (IIU): Caso de infertilidade 
masculina, com espermatozóides de um doador. 
Os critérios de seleção dos doadores são rigorosos, baseados em 
diversos exames relativos ao estado de saúde e da qualidade dos 
espermatozóides. 
Os espermatozóides podem ser crioconservados, permitindo 
organizar bancos de esperma nos hospitais e clínicas, para posterior 
utilização. 
A técnica de crioconservaçãoimplica diversas etapas: 
a) Primeiramente adiciona-se um crioprotetor e em seguida os 
espermatozóides são imersos e guardados em criotubos a - 196 °C, em 
azoto líquido. 
-Cada tubo contém a quantidade necessária de espermatozóides 
para a inseminação. 
-A crioconservação de espermatozóides é também efetuada em 
caso de ocorrerem problemas graves de saúde, com intervenções 
cirúrgicas, quimioterapia e radioterapia, que podem afetar a 
produção de espermatozóides do homem. 
 
No final do século XVIII um médico inglês, Hunter, obteve os 
primeiros resultados. 
 Nos anos 70 esta técnica foi bastante utilizada de forma não 
muito precisa, gerando baixo índice de sucesso. 
Com a chegada da fertilização "in vitro" nos anos 80 esta 
técnica foi temporariamente abandonada e considerada bastante 
arcaica. 
Nos dias de hoje, a inseminação artificial encontra novamente 
espaço no tratamento de casal infértil. 
Justificativa: infertilidade afeta 20% dos casais em idade 
reprodutiva. 
-Representa cerca de 15 milhões de casais no Brasil. 
-Metade desses casais são tratados por técnicas que otimizam a 
chance de fertilização. 
As mais conhecidas são: 
a) Inseminação artificial 
b) Técnicas de fertilização assistida 
Inseminação artificial/Inseminação intra-uterina (IIU) : 
-Processo que consiste na injeção de espermatozóides do marido 
dentro do útero da mulher. 
- Espera-se que os espermatozóides injetados "nadem" livremente 
pelo sistema genital feminino e cheguem às tubas uterinas onde vão 
fecundar o óvulo. 
- Os espermatozóides usados na IIU são preparados em um meio de 
cultura especial que aumenta sua energia e sua motilidade, num 
processo chamado capacitação. 
- A chance de gravidez por tentativa de IIU fica em torno dos 20%. 
- A taxa de bebê em ciclos de IIU varia de 13 a 15%. 
-Comparandos: As Técnicas de fertilização assistida são mais 
complexas e envolvem a manipulação tanto dos espermatozóides 
quanto do óvulo. 
Uma das mais conhecidas é a fertilização in vitro 
convencional (FIV): 
-Nesse processo vários óvulos são coletados da mulher. 
- Cada óvulo é imerso num recipiente de plástico inerte especial 
contendo meio de cultura e 50 a 100 mil espermatozóides. 
Somente um desses espermatozóides irá fecundar o óvulo. 
 - Uma vez fecundado o óvulo inicia seu crescimento e divisão 
originando o que chamamos de pré-embrião. 
Com 24 horas teremos 2 células, com 48 h teremos 4 células, 
com 72 h – 8 células, e assim por diante. 
-Nesse estágio (8 células), outras vezes até mais tarde (16 ou mais 
células), transferimos os pré-embriões para o interior do útero da 
mulher. 
-Após 12 dias da transferência fazemos o teste de gravidez. 
Outro tipo de fertilização assistida é “Injeção intra-
Citoplasmática de espermatozóide” ICSI – – caso em que um 
único espermatozóide é injetado em cada óvulo disponível sob 
visão de um microscópio especial e através da utilização de micro 
agulhas (micro manipulação dos gametas). 
As chances de gravidez pela FIV/fertilização in vitro 
convencional (FIV)/ ICSI/Injeção intra-Citoplasmática de 
espermatozóide variam de acordo com a idade, mas chegam a 55% 
por tentativa em mulheres com menos de 35 anos. 
A taxa de bebê varia de 35 a 45%. 
 A fertilização "in vitro" é indicada para mulheres que tem 
obstrução tubária; que possuem seqüelas de uma doenças 
inflamatória pélvica; mulheres que perderam astubas uterinas; 
casais que não conseguem engravidar sem causa aparente e outras 
questões, como mulheres que nasceram sem útero, entre outras.... 
Inseminação Artificial Intra-Uterina (IU 
Inseminação Artificial Intra-Cervical-IC: permite 
reproduzir as condições fisiológicas da relação sexual, porém, 
não apresenta, teoricamente, nenhum elemento de superioridade 
em relação ao ato sexual. 
- É utilizada em casos de impossibilidade de uma relação sexual 
normal ou de uma ejaculação intra-vaginal (mal-formação 
sexual; distúrbios sexuais; distúrbios na ejaculação).... 
Inseminação Artificial Intra-Uterina: consiste em depositar 
espermatozóides móveis capacitados (aptos a fertilizar, pós-
tratamento do sêmen em laboratório) no fundo da cavidade uterina 
após a indução da ovulação. 
-O mínimo exigido são 5 milhões de espermatozóides 
selecionados ao final do preparo de sêmen no laboratório. 
-Inseminação Artificial Intra-Uterina apresenta algumas vantagens 
em relação a outra técnica: Não há a necessidade da presença de muco cervical 
(o muco cervical é necessário para migração dos espermatozóides durante o processo de 
fecundação natural). Este pode estar ausente por distúrbios na ovulação ou alteração 
anatômica do colo uterino (pós-cirurgia ou processo infeccioso). 
- Os espermatozóides são injetados além do colo do útero, técnica permite 
aumentar o número de espermatozóides móveis adentrando a cavidade 
uterina e subseqüentemente, atingir o terço distal da tuba (local da 
fecundação), facilitando o encontro do óvulo com o espermatozóide. 
Técnica é utilizada em casos de incapacidade do marido/parceiro, ejacular 
no interior da vagina da sua parceira, distúrbios ovulatórios; alterações no 
muco cervical, que vão impedir a livre penetração dos espermatozóides 
no útero; determinadas alterações na qualidade do sêmen, alterações nas 
tubas uterinas, endometriose. 
- Em caso de não produzir espermatozóides, utiliza-se o esperma doado um 
indivíduo. As chances de sucesso quando realizada a técnica de Inseminação 
Artificial Intra-Uterina é de aproximadamente 18 a 20%. 
Etapas da Inseminação Artificial 
1º- É necessário haver uma estimulação ovariana. 
-A estimulação é feita através de hormônios de forma 
controlada para não ocorrer a hiperestimulação ovariana e 
gravidez múltipla. 
- Associado a estimulação ovariana, os espermatozóides são 
selecionados em laboratório. 
2º- O esperma é formado pelo líquido seminal e pelos 
espermatozóides. 
-Na inseminação, os espermatozóides são separados do líquido 
seminal, sendo apenas os espermatozóides utilizados. 
- Como os espermatozóides são colocados acima do orifício 
interno do colo do útero, o líquido seminal não é necessário 
porque este serve como meio de transporte para os 
espermatozóides. 
- O líquido seminal é substituído por um meio de cultura 
adequado. 
3º- O processo de separação do esperma consiste na centrifugação 
do ejaculado em conjunto com um meio de cultura. 
- Esta centrifugação faz a separação da parte sólida 
(espermatozóides e células) da parte líquida (meio de cultura e 
líquido seminal). 
O resultado da centrifugação que contém os melhores 
espermatozóides é injetado no interior do útero da paciente da 
seguinte forma: 
a) A paciente fica em posição ginecológica e o médico coloca 
um especulo (aparelho utilizado para exames ginecológicos) 
na vagina; b) Após desinfecção do orifício do colo o útero, 
um cateter é introduzido até o interior do útero; c) O 
concentrado de espermatozóide previamente selecionado é 
injetado diretamente no interior do útero, d) Após a injeção 
de espermatozóide o cateter é retirado. 
 A fertilização neste caso é "in vivo", dentro das tubas. 
Foto de cateter 
Vídeos 
ANEXOS EMBRIONÁRIOS 
ANEXOS EMBRIONÁRIOS 
 
• São anexos embrionários o âmnio, saco vitelino, córion e o 
alantóide que são estruturas derivadas do zigoto. 
 
 Âmnio 
•A formação da cavidade amniótica da-se no final da primeira 
semana de desenvolvimento. 
 
•Formada por: - Epitélio pavimentoso simples; 
 -Revestida pela mesoderme, externamente. 
•Os movimentosde flexão e dobras do disco embrionário 
produz o embrião tubular, a bolsa amniótica, envolve todo o 
embrião, passando o pedículo embrionário a localizar-se em 
posição umbilical. 
• A cavidade amniótica é preenchida pelo liquido amniótico 
que possivelmente tem origem materna. 
 
• As funções do liquido amniótico: 
 - Lubrificação do embrião; 
 - Amortecedor de choques; 
 - Hidratação do embrião. 
Saco Vitelino 
 
• O anexo embrionário que armazena substância 
nutritivas para o embrião. 
 
• A endoderme do teto do saco vitelino, por ocasião dos 
dobramentos do disco embrionário, forma um 
revestimento epitelial do tudo digestivo primitivo. 
•Os dobramentos delimitam inicialmente o intestino 
anterior e posterior, ficando o intestino aberto para 
a cavidade vitelinica; 
 
•O intestino médio gradativamente vai se fechando; 
 
• Durante o processo de dobramento do embrião; o 
saco amniótico empurra o saco vitelino, ficando este 
preso ao corpo do embrião por um fino pedículo 
vitelino. 
Alantóide 
• Forma-se a partir de invaginação do saco vitelino, 
revestido pela mesoderma extra-embrionária; e 
acredita-se que o alantóide oriente a formação dos 
vasos umbilicais. 
•A partir, do dobramento do embrião e expansão do 
âmnio, o pedúnculo embrionário é deslocado junto ao 
pedúnculo do saco vitelino, ficando as estruturas 
fusionadas, formando, o cordão umbilical . 
•Função: Participa da formação da placenta. 
PLACENTA 
 
• Placenta é um órgão de tecidos tantos fetais quanto 
maternos que servem de transporte de nutrientes e 
oxigênio da circulação materno para o feto e de 
resíduos metabólicos e CO2 da circulação fetal para a 
materna; 
• A aquisição da placenta é uma conquista dos 
mamíferos que lhes permite investir diretamente no 
desenvolvimento de poucos indivíduos. 
 
•A placenta permite a absorção de nutrientes pelo fato a 
partir da corrente sangüínea materna, as trocas de 
oxigênio e de CO2 entre a mãe o feto e remoção dos 
excretas. 
• A placenta humana é formada por uma parte fetal 
(córion) e de uma parte materna (decídua). 
 
Decídua 
- É a camada funcional do endométrio gravídico. 
-Por ocasião da implantação, o endométrio é invadido 
pela ação erosiva do sinciciotrofoblasto; 
- O blastocisto fica incluído dentro do endométrio, 
enquanto o epitélio endometrial de refaz sobre essa 
zona invadida e fecha o portal de entrada; 
 
- A mucosa cervical não sofre reação decidual, mas 
secreta muco que age como um tampão, que obstrui o 
canal cervical. 
- A parte decídua divide-
se em três regiões em 
relação à implantação do 
blastocisto: 
a) Decídua basal: porção 
subjacente ao concepto; 
b) Decídua capsular: é a 
camada externa ao 
concepto; 
c) Decídua parietal: é a 
área do endométrio que 
reveste o restante do 
útero. 
Córion 
-No início da segunda semana, o trofoblasto do pólo 
embrionário do blastocisto apresenta-se mais desenvolvido; 
 
- Com 11 a 12 dias de desenvolvimento, começam projeções do 
citotrofobalsto para dentro do sinciciotrofoblasto, constituindo as 
microvilosidades primárias; 
 
- Na terceira semana surgem a vilosidades secundárias, em 21 
dias as terciárias. 
 
-As vilosidades coriônicas formam-se ao redor de todo o 
embrião, isto é, por todo o córion acontece o processo de 
formação de vilosidades. 
- Elas persistem até a oitava semana. 
- Está então, formado o saco coriônico, constituído de 
uma parte vilosa (córion viloso ou frondoso) que 
corresponde à parte fetal da placenta e o córion liso. 
CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA 
-As artérias umbilicais, em número de duas, deixam o feto, 
levando sangue venoso; 
- Correndo pelo cordão umbilical, atingem a placa 
coriônica, onde se dividem muito e penetram nas 
vilosidades coriônicas; 
- O sangue materno banha livremente as vilosidades, mas 
o fetal permanece sempre dentro de seus capilares; 
O sangue fetal oxigenado e 
nutrido retorna sendo conduzido 
pelos capilares venosos, vênulas, 
até atingir a veia umbilical que 
volta para o feto. 
O sangue fetal corre por dentro 
de vasos e o sangue materno 
deságua livremente em espaços 
intervilosos. 
FUNÇÕES DA PLACENTA 
 
 
a) Metabolismo: a placenta é uma fonte de nutrientes e 
de energia para o embrião, pela sua capacidade de 
síntese de vários compostos (glicogênio, glicerol e 
ácidos graxos); 
b) Transferência: o mecanismo de trocas placentárias 
pode ser observado sob diferentes aspectos: 
 *Difusão simples: substâncias de baixo peso 
molecular. Ex: àgua, eletrólitos, minerais (cálcio, fósforo, 
ferro), oxigênio, gás carbônico. 
 *Difusão facilitada: glicose 
 *Transporte ativo: moléculas relacionadas com 
a nutrição fetal 
 *Pinocitose: moléculas muito grandes, como 
anticorpos e a passagem de agentes infecciosos, vírus e 
bactérias. 
c) Secreção endócrina placentária: 
*Gonadotrofina coriônica humana (HCG): bem no início de 
gravidez, esse hormônio é produzido pelo sinciciotrofoblasto 
e estimula a produção inicial de estrogênio e de progesterona 
pelo corpo lúteo; 
*Somadotrofina coriônica humana (HCS): ou hormônio 
lactogênio placentário (HLP), hormônio do crescimento na 
gravidez; 
*Progesterona e estrogênio: durante as primeiras semanas 
de desenvolvimento grandes quantidades de progesterona 
não produzidas pelos ovários. A progesterona é necessária 
durante a gravidez para menter íntegro o endométrio. 
ANEXOS EMBRIONÁRIOS: Os anexos embrionários são estruturas 
derivadas dos folhetos germinativos e que, com o desenvolvimento do 
embrião, atrofiam-se ou são expelidos por ocasião do nascimento. No 
entanto, são fundamentais para a manutenção da integridade do 
embrião, garantindo o deu desenvolvimento: proteção, nutrição, 
excreção. 
- SACO/vesícula VITELINO: anexo que armazena substâncias nutritivas 
para o embrião. Bem desenvolvida nos peixes, nos répteis e nas aves; 
nos mamíferos é muito reduzido, constituindo um órgão vestigial. 
-ÂMNIO e CÓRION: membrana que envolve o embrião 
dos répteis, aves e mamíferos. 
- Forma uma cavidade preenchida pelo líquido amniótico, 
que tem por função proteger o embrião contra choques 
mecânicos e desidratação . 
-O córion ou serosa é uma membrana que 
recobre/protege o embrião e outros anexos. 
- Ocorre nos répteis, nas aves e nos mamíferos, 
contribuindo, nestes últimos, para a fixação do embrião 
na parede uterina. 
-ALANTÓIDE: anexo que ocorre nos répteis, nas aves e 
nos mamíferos. 
- Nos répteis e nas aves, promove a eliminação dos 
excretas e a metabolização de parte do cálcio presente na 
casca do ovo, transferindo-o para a formação do esqueleto 
desses animais. 
- Permite as trocas de gases respiratórios entre o embrião e 
o meio ambiente. 
- Nos mamíferos é reduzido e encontra-se associado ao 
córion (constituindo o alantocórion ), participando da 
formação da placenta. 
CORDÃO UMBILICAL: Anexo exclusivo dos mamíferos 
que permita a comunicação entre o embrião e a placenta. 
É um longo cordão contendo grande quantidade de vasos 
sanguíneos e preenchidos por um material gelatinoso 
denominado de gelatina de Wharton. 
- Placenta – órgão responsável pela nutrição, 
respiração, excreção e proteção imunológica do embrião. 
Tipos de óvulos 
 
- Crescimento do ovócito: ocorre o aumento quantitativo do 
citoplasma como também mudanças na qualidade pela elaboração 
e distribuição regular de várias inclusões essencial para odesenvolvimento do embrião. 
-Síntese de vitelo: ocorre no segundo período de crescimento do 
ovócito. 
- Vitelo: substancia química- proteínas, fosfolipideos e gorduras 
neutras. Não é uma substancia definida, mas uma substancia 
morfológico e pode variar entre as espécies. 
Classificação- quatro tipos de ovos conforme seu 
conteúdo e sua distribuição de vitelo: 
-Os diferentes tipos de ovos presentes na natureza 
variam de acordo com os animais e o meio que os 
cercam. 
- Varias tentativas foram realizadas para a garantir a 
otimização da reprodução nos diferentes grupos “Tipos 
de ovos versus formas de reprodução e adaptações 
embriológicas”. 
 Ovos Oligolécitos: pouco vitelo; Ovos Heterolécitos: 
quantidade moderada; Ovos Telolécitos: grande 
quantidade e Centrolécitos: vitelo no centro do ovo . 
a) OLIGOLÉCITOS/Isolécitos/Homolécito/Alécito 
- Pequena quantidade de vitelo, uniformemente distribuída 
pelo citoplasma. 
- São próprios das espécies nas quais o embrião não obtém 
alimento do ovo, mas, sim, do corpo materno ou do meio 
ambiente. 
Ex.: Encontram em muitos invertebrado: ouriço-do-mar e 
cordados inferiores: Tunicados (Clavelinas- sub-classe das 
ascídias) e Anfioxos- protocordados. 
- Aparecem em espongiários, celenterados e mamíferos 
 A única referencia visível da polaridade é o local de 
formação do corpúsculo polar. 
- Ovos de mamíferos placentários: são oligolécitos? Ou 
Alécito- para os ovos de mamíferos placentários justificando 
que eles devem ser provenientes de ovos com bastante vitelo 
que foi sendo perdido gradativamente no decorrer da 
filogenia. 
b) HETEROLÉCITOS/Mesolécitos/Telolécitos 
-Quantidade moderada de vitelo 
-Apresentam nítida polaridade, distinguindo- se o pólo 
animal, com pequena quantidade de vitelo, e o pólo 
vegetativo, com abundante quantidade de vitelo, 
permitindo a nutrição do embrião durante algum 
tempo. 
 Ex.: Os ovos dos anfíbios- o vitelo protéico aparece 
em grandes grânulos com forma oval e achatado em 
um dos planos. 
c) TELOLÉCITOS/MEGALÉCITOS 
-Grande quantidade de vitelo, ocupando quase todo o 
ovo, ficando o citoplasma e o núcleo reduzidos a uma 
pequena área, o disco germinativo, situado no pólo 
animal/núcleo. 
Ex.: ovos de peixes ósseos, de répteis e aves, e de 
alguns moluscos, incluindo cefalocordados e 
gastrópodes, ornitorrinco e équidna. 
-Denominações: Telo- ovos com quantidade moderada de 
vitelo e Panlécito: ovos com grande quantidade de vitelo. 
d) CENTROLÉCITOS 
- O vitelo concentra-se no centro do ovo e o 
citoplasma distribuído em uma fina camada na 
superfície periférica. 
- Separado em duas zonas de protoplasma: uma 
central o núcleo, e a outra periférica, circundando o 
vitelo, pólo vegetal, assim não se pode determinar 
os pólos, logo apresenta polaridade ântero-posterior. 
Ex.: são óvulos típicos dos artrópodes- insetos 
(Drosophila). 
ALÉCITOS: praticamente desprovido de vitelo (a=sem; 
lécito=vitelo) . Grande maioria dos mamíferos. 
Oligolécito: pouco vitelo, distribuído de forma relativamente 
homogênea pelo citoplasma (oligo=pouco; isso=igual). Ex.: 
cefalocordados e equinodermos 
Telolécitos: grande, muito vitelo no pólo vegetativo e sem 
vitelo no pólo animal (telo=fim). Ex.: aves, répteis e alguns 
peixes. 
Heterolécitos: muito vitelo, bem mais concentrado no pólo 
vegetativo do que no polo animal (hetero=diferente). Ex.: 
anfíbios e alguns peixes. 
Centrolécito: vitelo em toda a célula, exceto região próximo à 
membrana e ao redor do núcleo, central (centro=meio). Ex.: 
Insetos 
 Resumo: Tipos de óvulos e pólos: vegetativo- 
acumula o vitelo e o Animal: evolui para a 
formação do ser vivo 
a) OLIGOLÉCITOS / ISOLÉCITOS / ALÉCITOS: 
- São aqueles que possuem pequena quantidade de 
vitelo, uniformemente distribuída pelo citoplasma. 
- São próprios das espécies nas quais o embrião não 
obtém alimento do ovo, mas, sim, do corpo materno ou 
do meio ambiente. 
- Aparecem em espongiários, celenterados, 
protocordados e mamíferos. 
b) HETEROLÉCITOS/MEDIOLÉCITOS: 
-Apresentam nítida polaridade, distinguindo- se o pólo 
animal, com pequena quantidade de vitelo, e o pólo 
vegetativo, com abundante quantidade de vitelo, 
permitindo a nutrição do embrião durante algum tempo. 
-Aparecem em platelmintos, moluscos, anelídeos, anfíbio 
e em alguns peixes. 
c)TELOLÉCITOS/MEGALÉCITOS: grande quantidade de 
vitelo, ocupando quase todo o ovo, ficando o citoplasma e 
o núcleo reduzidos a uma pequena área, o disco 
germinativo, situado no pólo animal. 
- Ocorrem e cefalópodes, peixes, répteis e aves. 
d) CENTROLÉCITOS: vitelo concentra-se no centro do 
óvulo e separa em duas zonas de protoplasma: uma 
central, contendo o núcleo, e a outra periférica, 
circundando o vitelo. 
-São óvulos típicos dos artrópodes. 
Etapas do desenvolvimento 
embrionário 
Fases do desenvolvimento embrionário 
Após a fecundação do óvulo pelo espermatozóide, 
forma-se o zigoto, que passará por sucessivas etapas 
de divisões mitóticas e diferenciação celular, até se 
formar um indivíduo propriamente dito. 
-Eventos são denominados embriogênese, ou 
desenvolvimento embrionário. 
-Etapas: Reprodução, segmentação, gastrulação e organogênese. 
 Segmentação/clivagem 
- Ocorrem diversas divisões mitóticas denominadas clivagens, que dará 
origem ao blastômeros. 
-Eventos podem ocorrer em todo o zigoto, ou não, sendo este fato, e 
também a velocidade de divisão, influenciados pela quantidade de 
vitelo: quanto maior a sua concentração, menor a velocidade das 
clivagens. 
- Durante as divisões, há a formação de um maciço celular denominado 
mórula. Progressivamente, o número de células aumenta, e há o 
surgimento de uma cavidade interna denominada blastocele- preenchida 
de líquido. Nessa fase, o embrião é chamado de blástula. 
- Na segmentação, o volume celular continua basicamente o mesmo. 
 Gastrulação 
- Fase é definido o plano corporal do indivíduo, a partir da formação 
dos folhetos germinativos: ectoderma, endoderma e mesoderma. 
- As células da blástula se rearranjam e migradas para a região 
interna (endoderma e mesoderma) serão, posteriormente, 
diferenciadas em músculos e órgãos internos; e as superficiais 
(ectoderma), em sistema nervoso e pele. 
- A blastocele desaparece- dando origem a uma estrutura denominada 
arquêntero, que se modificará em tubo digestório. “O arquêntero” se 
comunica com o exterior por uma estrutura denominada blastóporo. Este, 
em animais protostômios- origem à boca; e em deuterostômios- ânus, 
sendo a boca formada depois, na região oposta à desta estrutura. 
Ex.: Poríferos não possuem folhetos germinativos; cnidários possuem 
apenas o ectoderma e endoderma e são, por isso, denominados 
diblásticos. 
- Todos os outros animais apresentam os três e, por isso, são 
considerados triblásticos. 
Na gastrulação- há a diferenciação de células, e também aumento de 
massa do zigoto. 
Do mesoderma-formam-se 3 estruturas longitudinais: a notocorda: massa que 
consituiu o eixo de sustentação do embrião; os somitos: blocos segmentares que 
produzirão músculos, tecido conjuntivo, etc., e o celoma: cavidade corporal 
revestida por dois folhetos da mesoderma. 
No final das gastrulação- região dorsal da gástrula origina a placa 
neural. 
-As bordas se encurvam, constituindo a goteira/sulco neural e, 
posteriormente, o tubo neural, precursor do encéfalo e da medula 
espinhal. 
-O tubo neural se origina de células ectodérmicas. 
Organogênese 
-Fase em queocorre a diferenciação dos folhetos em órgãos. 
- Inicia, nos cordados, com a neurulação: consiste na formação do tubo 
neural a partir da ectoderma. 
Notocorda e celoma também são formados, sendo esse o celoma é 
delimitado pela mesoderma. 
- Em vertebrados, a partir do ectoderma, forma-se a crista neural, 
responsável pela formação de alguns tipos celulares, como os 
pigmentares, e neurônios sensoriais do sistema nervoso periférico. 
No embrião humano, o período de diferenciação 
está concluído após 12 semanas de desenvolvimento 
embrionário. 
- Trata-se, portanto, de uma fase particularmente 
sensível aos agravos, já que pode surgir má formação, 
como no uso de drogas pela mãe, uso de talidomida, 
rubéola materna, etc. 
Os momentos iniciais da embriogênese têm aspectos semelhantes para 
todos os vertebrados. 
-Nos animais protostômios- o blastóporo origina a boca, e o ânus surge 
posteriormente. 
Todos os vertebrados são deuterostômios e do blastóporo surge o ânus. 
-Arquêntero: surge na gastrulação, com a forma de um tubo alongado. 
Apresenta um orifício chamado blastóporo. 
-Tubo neural: na fase da gástrula avançada, o ectoderma, na linha mediana 
dorsal, forma um espessamento- a placa neural. Essas células aprofundam-se 
no embrião, originando a goteira neural, cujas bordas se unem, surgindo o 
tubo neural, que futuramente se transformará no sistema nervoso central. 
  Ectoderme 
No embrião em fase de nêurula, constitui o revestimento externo 
e o tubo neural. Tais estruturas, no adulto, originarão: 
-a epiderme e seus anexos, como pêlos e unhas; 
-as glândulas sudoríparas e sebáceas; 
-o esmalte dos dentes; 
-o revestimento das cavidades bucal, nasal e anal 
- o sistema nervoso (cérebro, gânglios e medula espinhal); 
-a hipófise; 
-os receptores sensitivos 
- a córnea e o cristalino do olho. 
Mesoderme 
Formadora dos somitos e da notocorda do embrião, no adulto 
ela origina: 
- o esqueleto axial (crânio, vértebras e costelas) e apendicular 
(membros); 
- a muscularura (lisa e estriada); 
- a derme; 
- o aparelho circulatório (coração, vasos, sangue); 
- o aparelho excretor; 
- o aparelho reprodutor. 
Endoderme 
- Encontrada, no embrião, revestindo o arquêntero, origina, no 
adulto: 
- o epitélio do tubo digestivo (exceto boca e ânus) 
- as glândulas anexas do aparelho digestivo (fígado e pâncreas); 
- o revestimento interno do aparelho respiratório; 
- o revestimento interno da bexiga urinária; 
- a uretra; 
- a faringe; 
- o ouvido médio; 
- algumas glândulas (tireóide, timo, paratireóides).

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