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Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Organização da Administração Pública Organização da Administração Pública 1 – Formas de prestação da atividade administrativa 2 – Administração Direta 3 – Administração Indireta IMPORTANTE – Baixe as noções preliminares de Dir. Administrativo clicando aqui >> http://bit.ly/1upxwv9 1 – Formas de prestação da atividade administrativa a) Prestação centralizada (direta) A prestação centralizada é aquela que é exercida pela Administração Pública Direta (União, Estados, Distrito Federal, Municípios). b) Prestação descentralizada (indireta) Não confundir descentralização com desconcentração: Descentralização: Delegação para a Administração pública indireta ou para particulares (Nascem novas Pessoas Jurídicas, sem hierarquia e subordinação mas com controle e fiscalização. Desconcentração: Mesma pessoa jurídica (Requisitos: Hierarquia e subordinação) Ex. Secretaria de saúde Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Organização da Administração Pública Nota: Fundações Públicas de Direito Público também são espécies de autarquias. Fundações Autarquicas. Descentralização Formas de descentralização: a) Outorga – Transfere titularidade e execução. Quem? Apenas Autarquias e Fundações Públicas de Direito Público. b) Delegação – Se transfere apenas a execução. Quem? Os demais entes. Entes da Adm. Pública Indireta: • Autarquias (Púb) • Fundações Públicas (Priv ou Púb) • Empresas Públicas (Priv) • Sociedades de Economia Mista (Priv) Só quem transfere a titularidade é a Lei Por contrato, concessão ou permissão. OU por Ato Admin. para as autorizadas (taxi, despachante etc) Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Organização da Administração Pública Apenas eles possuem Capacidade Política (Aptidão para legislar, para produzir os atos normativos dotados de alto grau de generalidade e abstração. 2 – Administração Direta (Centralizada) Compõe a Administração Pública Direta: • União • Estados • Distrito Federal • Municípios É a própria Constituição Federal que traz estes entes. Pessoas ou Entes Políticos ou Entes Federados Deslocamento INTERNO de Competências Presidente Ministros Diretorias União Estado X Agentes Três teorias: Mandato Representação Órgão/Imputação Não há criação de nenhum novo órgão. Mandato: Não, pois a Pessoa Jurídica, sozinha, não poderia emitir procuração. Representação: O Agente Público representa o Estado. Teoria também não adotada, uma vez que o Estado tem capacidade para responder por seus próprios atos. Órgão/Imputação: Teoria idealizada por Otto Gierke, em que se imputa ao Estado os atos praticados por seus agentes. Esta é a teoria em vigor no Brasil. Presentação do Estado Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Organização da Administração Pública Órgãos Públicos Conceito: São núcleos ou centros especializados de competência. Características dos órgãos públicos: - Os órgãos públicos não possuem Personalidade Jurídica própria; - Não respondem por seus próprios atos; - Não podem assinar contrato; - Podem ir a juízo (Personalidade Judiciária) para defender suas prerrogativas, atribuições ou competências) - Podem ter CNPJ (Instrução Normativa 1005/10 da Receita Federal) Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Organização da Administração Pública 3 – Administração Indireta Quem? • Autarquias • Fundações (Púb. ou Priv.) • Empresas Públicas • Sociedade de Economia Mista (S/A) Esses entes são chamados de Entes Administrativos ou Pessoas Administrativas. Características - Personalidade Jurídica Própria POSSUI patrimônio e receita próprios; RESPONDE pelos seus próprios autos; POSSUI Autonomia Técnica, Administrativa e Financeira (TAF) - LEI no processo de criação - Finalidade específica (Princípio da Especialidade) - Sem finalidade lucrativa (Art. 137 da CF) - Não sofrem hierarquia da Admin. Púb. Direta Se não há hierarquia, como é feito o controle? O judiciário controlará quando anula atos ilegais, o Poder Legislativo controla através das CPI’s, enquanto o Executivo supervisiona o uso dos recursos destinados para cada um desses entes. 4 - DAS PESSOAS ADMINISTRATIVAS A) Fundação Conceito: É o patrimônio personalizado destacado por um fundador para uma finalidade específica. Fundador Particular = Privada Fundador Público = Pública Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Organização da Administração Pública ATENÇÃO: A fundação pública poderá ser tanto Fundação Pública de Direito Público quanto Fundação Pública de Direito Privado. A Fundação Pública de Direito Público é uma espécie de autarquia. Seu regime é de Direito Público (Fundação Autárquica ou Autarquia Fundacional) Por outro lado, a Fundação Pública de Direito Privado, possui seu regime predominantemente privado. B) Autarquias Conceito: É pessoa jurídica de direito público da administração pública indireta que possui como finalidade a prestação de serviços públicos, desenvolvendo atividades típicas de Estado. Características = Todas as vistas anteriormente e que se aplicam a todos os entes da administração. Regime Jurídico Muito próximo ao da Adm. Púb. Direta. Só não pode Legislar (Não possui capacidade política). • Os seus atos poderão ser considerados atos administrativos; • Os contratos celebrados também serão contratos administrativos; • Possui responsabilidade objetiva(art. 37, §6º da CF); DERROGAÇÃO x AB. ROGAÇÃO Derrogação = Revogação Parcial Ab. Rogação = Revogação Total Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Organização da Administração Pública • Os seus bens serão considerados bens públicos; • Regime dos servidores das autarquias: Autarquia Federal – Regime Único = Estatuto Autarquia Estadual – Regime Único – CLT Exemplos de autarquias: - Universidades Federais; - INSS; - IBAMA; - INCRA; - Conselhos de Classe. - Etc. B) Empresas Púbicas e S/A’s (Empresas estatais) Características em comum entre EP e S/A. 1ª - São pessoas jurídicas de direito privado; 2ª - Regime Híbrido (Derrogado); 3ª - Podem atuar tanto na Prestação de serviço Público quanto na Exploração de Atividade Econômica; Empresa Pública Sociedade de economia mista Capital 100% Público Capital Misto (min. De 50%+1 de Púb) Qualquer modo de composição Somente na forma de Sociedade Anônima Competência da Justiça Federal Competência da Justiça Estadual Características DIVERGENTES entre EP e S/A DICA: Se a empresa Pública ou Sociedade de Economia mista for Prestadora de Serviço Público, estará muito mais próximo de um regime público. Se, no entanto, for Exploradora de Atividade Econômica, seu regime estará mais próximo do regime privado. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Organização da Administração Pública Regime Jurídico a) Regime Falimentar As EP’s e Sociedades de Economia Mista podem ou não podem ir a falência? Celso Antonio Bandeira de Mello adota o posicionamento de que enquanto prestadoras de serviço público, não cabe falência. Mas quando exploradoras de atividade econômica, sim. Todavia, não é esse o entendimento que prevalece para a maioria das provas. A Nova Lei de Falências (11.101/05) prevê que não cabe a aplicação da norma das falências para EP’s ou Sociedades de Economia Mista, não importando o tipo de exploração. b) Responsabilidade Se prestadora de serviço público = Responsabilidade Objetiva – O ente que criou a empresa estatal responde subsidiariamente. Se exploradora de atividade econômica = Responsabilidade Subjetiva (O Estado não responde subsidiariamente) c) Regime de pessoal Legal/Estatal = Cargo = Pessoa Pública Celetista/Contrato = Emprego = Pessoa Pública ou Pessoa PrivadaDireito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Princípios da Administração Princípios do Dir. Administrativo Princípios Explícitos - Princípio da Supremacia do interesse público – Havendo necessidade o Estado toma medidas restringindo o direito do individual em prol do interesse público. - Indisponibilidade do Interesse Público – O administrador público não pode dispor do interesse público. (Limitação do Estado – Ex. licitação, concurso público etc.) É possível afirmar que todos os princípios derivam desses. E, também, que todos decorrem da constituição (expressamente ou implicitamente). Princípios expressos - Art. 37 da CF LIMPE Legalidade - Impessoalidade – Moralidade – Publicidade - Eficiência Legalidade O Administrador só atuará quando a lei autorizar. É a subordinação à lei. Impessoalidade Não discriminação. É a total ausência de subjetividade. Sob a ótica do agente público, não é ele que atua, mas o Estado através dele. Princípio da Moralidade Honestidade – Boa-fé – não corrupção – lealdade na atividade pública. Ex.: 1) Ato obsceno em repartição pública = Moral Social 2)Desvio de Verba = Moral Pública) Princípio da Publicidade Transparência; a divulgação é uma forma de controle dos atos da administração pelo cidadão. É requisito de Eficácia (Ex. Placa de trânsito) É absoluto? Não. Em alguns casos os atos são sigilosos (intimidade – vida privada – honra – seg. nacional) ATENÇÃO Não se confunde com Publicação. Não há obrigatoriedade de haver uma publicação, mas que os dados estejam disponíveis ao público. Princípio da Eficiência Produtividade, busca por resultados , por alcançar resultados positivos com o mínimo de gastos (EC 19/98). Norma de eficácia plena; independe de regulamentação infraconstitucional. Art. 41 da CF – Estágio Probatório Outros princípios (implícitos) Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa Art. 5, LV da CF Contraditório é o direito de saber o que acontece no processo, ampla defesa é o direito de se manifestar. Inerente a ampla defesa temos direito a defesa prévia, defesa técnica e duplo grau de jurisdição Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Princípios da Administração Ampla defesa no Processo Administrativo Defesa prévia: Manifestar-se antes de uma decisão. Defesa técnica: Não necessita (advogado) Súmula Vinculante nº 5 A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição Duplo grau de jurisdição: Recurso Súmula Vinculante nº 21 É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. Princípio da Razoabilidade/Proporcionalidade Atuação conforme o padrão do homem médio, usar da margem de interpretação da lei para aplica-la se valendo do razoável. A proporcionalidade é adequação entre os fins e meios. (Ex. Aplicação de pena) Já caiu em Concurso: “Não se abatem pardais com canhões.” De que princípio está sendo destacado nesta frase? Princípio da Continuidade – (Lei 8.987/95) A Administração presta um serviço ininterrupto, não pode interromper a prestação da atividade administrativa, do serviço público. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Princípios da Administração Servidor público tem direito de greve? Por esse princípio, o servidor público só tem direito de greve em alguns casos (Ex: O militar não tem direito a greve, nem a sindicalização, a CF proíbe expressamente – Art. 143 da CF ) Lei específica é que trata do Dir. de Greve do Servidor Público, não por lei complementar. Essa Lei específica ainda não existe, e por ser norma constitucional que garante a greve uma norma de eficácia limitada, aplica-se por analogia a lei de greve civil. ATENÇÃO: Dias parados não serão remunerados, porém, posterior a greve o servidor poderá compensar as horas. Esse tem sido o entendimento do STJ. Exceção de contrato não cumprido (exceptio non adimpleti contractus) É permitida a interrupção do serviço desde que o inadimplemento da administração ultrapasse os 90 dias (art.78, XV da Lei 8.666). Os primeiros 90 dias o particular tem que suportar em face ao Princípio da Continuidade. Também é possível interromper a prestação do serviço público por inadimplemento contratual (art.6º, §3º, Lei 8.987/95), ou por motivo de ordem técnica desde que, nos dois casos, seja uma situação de emergência ou haja um prévio aviso. No entanto, por motivo de inadimplemento, não se pode paralisar um serviço essencial à coletividade, mesmo com o prévio aviso (Ex: energia em hospital pú(O STJ tem entendido que a iluminação pública é serviço essencial a segurança da coletividade). blico). Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Princípios da Administração Princípio da Autotutela (Sindicabilidade) – (Súmula 473 do STF) Poder-dever que a Administração tem de controlar seus próprios atos. Garantia constitucional implícita. Pode ser exercida de ofício, a administração pode se tutelar. independentemente de provocação. Ex.: Revogação (Conveniência e oportunidade) e Anulação (Vício) ATENÇÃO: Não impede o controle judicial (não impede que alguém recorra ao Judiciário para fazer o controle dos atos da administração). Princípio da Motivação Dever de fundamentar os atos da Administração Pública, todo ato administrativo deve ser justificado e motivado, apontando- lhes os fundamentos de direito e de fato, assim como a correlação lógica entre os eventos e situações existentes que deram razões a providência tomada. Há certas exceções: Ex.: Exoneração de servidor em cargo de comissão. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Princípios da Administração Supremacia do interesse público sobre o interesse privado Basicamente, significa que o interesse público prevalece sobre o interesse do particular. No eventual choque entre interesse primário e interesse secundário, deverá prevalecer o interesse público primário. (Ex. Arrecadação confiscatória: Arrecadar pode ser bom para os cofres da Administração, mas não é benéfica para o cidadão.) Obs.: A CF proíbe a arrecadação tributária com fins confiscatórios. Indisponibilidade do interesse público O Administrador não poderá dispor de um direito que não é seu, mas, sim, da coletividade a qual ele representa. Ex.: Contratar sem observar as regras legais. Contratar servidor sem concurso público. Policial que pratica crime de prevaricação. Isonomia Justiça em igualdade de Direitos. Ex. Prova de Concurso Público. Requisitos para discriminação em concurso público: Previsão na lei da Carreira; Previsão no Edital; Compatível com a natureza do cargo. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Princípios da Administração Supremacia do interesse público sobre o interesse privado Basicamente, significa que o interesse público prevalece sobre o interesse do particular. No eventual choque entre interesse primário e interesse secundário, deverá prevalecer o interesse público primário. (Ex. Arrecadação confiscatória: Arrecadar pode ser bom para os cofres da Administração, mas não é benéfica para o cidadão.) Obs.: A CF proíbe a arrecadação tributária com fins confiscatórios. Indisponibilidade do interesse público O Administrador não poderá dispor de um direito que não é seu, mas, sim, da coletividade a qual ele representa. Ex.: Contratar sem observar as regras legais. Contratar servidor sem concurso público. Policial que pratica crime de prevaricação. Isonomia Justiça em igualdade de Direitos. Ex. Prova de Concurso Público. Requisitos para discriminação em concurso público: Previsão na lei da Carreira; Previsão no Edital; Compatível com a natureza do cargo. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Princípios da AdministraçãoDireito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Agente Público Agentes Públicos Generalidades e Conceito - Quem é o Agente Público? É todo aquele que com ou sem remuneração, com ou sem caráter de permanência exerce um cargo, emprego ou função por mandato, por eleição, nomeação, designação, por qualquer vínculo. - Classificação dos Agentes Públicos a) Agentes Políticos O Agente político tem a força de constituir a vontade do ESTADO. - Chefes do Poder Executivo - Auxiliares Imediatos dos Chefes do Exec. - Membros do legislativo - Magistrados e membros do MP [Regime Jurídico] Se os direitos do trabalhador estão previstos na: Lei + Constituição = Legal/Estatutário – Cargo Público (Pessoa Jur. de Dir. Pública) CLT + Contrato = Celetista/Contratual – Emprego Público (Pessoa Pública ou Pessoa Jurídica de Direito Priv.) Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Agente Público b) Servidor Estatal Servidor Estatal é todo aquele que atua no estado. Pode ser: - Servidor Público - Servidor de Ente Governamental de Direito Privado 1) Servidor Público Exerce atividade para a Administração Direta ou para a Administração Indireta de Direito Público (Autarquias e fundações públicas de direito público). [Regime Jurídico] Regime Jurídico Único= Legal/Estatutário A administração direta determina o regime jurídico. 2) Servidor de Ente Governamental de Direito Privado Atua em Pessoa Privada. Ou seja, não é servidor público, e, consequentemente, não possui cargo público, mas, sim, emprego . Emprego Público. Ex. Trabalhador do Banco do Brasil, Petrobras etc.. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Agente Público Em alguns aspectos se equipara com servidor público: - Concurso Público; - Não acumulação de cargos e empregos; - Teto remuneratório; - Improbidade Administrativa; - Func. Públicos para fins penais; - Autoridades públicas para remédios constitucionais. E a dispensa, precisa ser motivada? Sim. c) Particulares em colaboração Particular que exerce função pública de algum modo. Podem ser: - Requisitados; - Voluntários; - Atos oficiais; Ex. MS em face de Dirigente de Universidade Privada - Concessionárias e Permissionárias - Locação Civil Acessibilidade É a aplicação do Princípio da Ampla Acessibilidade. Art. 37 da CF O Cargo Público é de AMPLA acessibilidade. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Agente Público I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Agente Público Regra geral para o acesso : Concurso Público Exceções: - Cargos eletivos; - Cargo em comissão (Demissível ad nutum) - Temporários Prazo de validade do Concurso Será de ATÉ dois anos, prorrogável uma vez por igual período. Existe direito subjetivo à nomeação? Em regra há uma expectativa de direito. Porém, quando aprovado dentro das vagas, existe direito subjetivo, bem como quando for preterido em concurso público (ex.: Ser aprovado fora das vagas e chamarem alguém pior posicionado que você.) RE 227480 ATENÇÃO: Qualquer pessoa pode exercer cargo em comissão, desde que respeitado o número mínimo de cargos efetivos. Variando de 10% a 20% a depender da estrutura. ATENÇÃO: Não confundir Função de Confiança com Cargo em Comissão. Função de confiança só é exercida por quem já possui cargo público. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Agente Público V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Agente Público II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Agente Público Posso fazer novo concurso público ainda válido o concurso anterior? MUITA ATENÇÃO SIM! Após a publicação da Emenda Constitucional 19 de 98, que é posterior a publicação da Lei 8.112/90 (art. 12, §2º), que alterou o artigo 37 da Constituição Federal é possível, desde que respeitada a ordem de classificação. Dessa forma, é necessário que sejam chamados todos do concurso anterior antes de chamar o do novo concurso. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Agente Público Estabilidade Art. 41 da CF Requisitos: - Aprovação em Concurso Público para Cargo Efetivo; - 3 anos de efetivo exercício; - Aprovação em avaliação especial de desempenho; Perda Hipóteses: - Decisão Judicial transitada em Julgado; - Condenação em Processo Disciplinar que respeite o contraditório e ampla defesa; - se não aprovado na avaliação periódica de desempenho, assegurada ampla defesa e contraditório. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Agente Público São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Agente Público § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos ATOS ADMINISTRATIVOS 1 – Conceito e Generalidades 2 – Elementos ou Requisitos 3 – Os elementos nos atos vinculados e discricionários 4 – Atributos ou características 5 – Formação 6 – Extinção FATO JURÍDICO X ATO JURÍDICO Fato é um acontecimento do mundo que vivemos. Ato é uma manifestação de vontade. Todo Fato e Ato são jurídicos? Não. Ato fora do Direito Ato Jurídico Ato Admin. IDEM FATOS Ex. Casar Ex. Posse Ex. Estacionar o meu carro Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos Diferenças entre ATO e FATO: ATO – Manifestação de vontade/ goza de presunção de legitimidade, legalidade e veracidade/ pode ser anulado ou revogado. FATO – Acontecimento do mundo em que vivemos / não goza de presunção de legitimidade, legalidade e veracidade / não pode ser anulado ou revogado. TODO o ato da administração pública será um ato administrativo? REGIME Ato da Administração Reg. Privado Mero Ato da Adm. Reg. Público Ato Administrativo Irá depender do REGIME JURÍDICO Manifestação de Vontade da Administração Pública que pode ou não estar submetida ao Reg. Jurídico de Dir. Público. Ex. Desapropriação Ex. Locação de imóvel ATENÇÃO: SE O ATO FOR PRATICADO POR CONCESSIONÁRIA, ESTE VÍNCULO JURÍDICO PÚBLICO PERMITE QUE SEJA CONSIDERADO ATO ADMINISRTATIVO. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos 2 - ELEMENTOS OU REQUISITOS DO ATO ADMINISTRATIVO São requisitos ou elementos para existência de um ato administrativo válido. Art. 2ª da LAP (Lei da Ação Popular – 4717/95) São eles: - Sujeito competente; - Forma - Motivo - Objeto - Finalidade Sujeito [Competente] - Agente Público - Capaz -Não impedido ou suspeito Em regra os atos praticados por incapazes serão anulados. Salvo se se tratar de atos vinculados e que estejam presentes os requisitos de validade. Competência - Exercício Obrigatório - Irrenunciável - Imodificável - Não admite transação - Imprescritível - Improrrogável - Delegável em algumas situações e vedadas em outras Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos Poderá ser delegada, porém está proibida por lei em três ocasiões: Lei 9784/99 (Proc. Administrativo no Âmbito Federal) - Competência Exclusiva - Atos de caráter normativo - Decisão em recurso administrativo Forma É a exteriorização do ato. Em regra será solene. Pois vigora o Princípio da Solenidade das Formas. Será em regra: • Solene • Por escrito (Verbal com previsão legal – art. 60, §ú, da Lei 8.666) • Motivação (Salvo, por exemplo, exoneração de cargo em comissão) Motivo – Passado Objeto – Presente Finalidade – Futuro Motivo Fato e fundamento jurídico que leva a prática do ato. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos O motivo deve ser válido, ou seja, estar conforme a Lei. Esta legalidade se fará presente se ele for: (Requisitos) - Verdadeiro (Materialidade); - Compatível com a Lei; - Compatível com o resultado prático do ato; Teoria dos motivos determinantes – É a teoria que vincula o administrador aos motivos declarados para prática de um ato. ATENÇÃO – TREDESTINAÇÃO - DESAPROPRIAÇÃO TREDESTINAÇÃO LEGAL É A MUDANÇA DE MOTIVO DA DESAPROPRIAÇÃO, AUTORIZADA PELO ORDENAMENTO, E QUE POR ISSO NÃO IMPLICA VIOLAÇÃO À TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES. OBJETO Objeto significa nada mais do que o resultado prático do ato. É aquilo que o ato faz em si mesmo. O que ele autoriza, certifica, atesta. É o ato considerado em si mesmo. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos Ex. Peço licença para construir. O poder público diz: concedo a licença. O “concedo a licença” é o objeto, é o resultado prático desse ato, seu efeito jurídico imediato. ELEMENTOS DO OBJETO LÍCITO – é o objeto que está previsto e autorizado na lei (p/ o Dir. Adm.; não p/ o Dir. Civil). POSSÍVEL – é o objeto faticamente possível. Ex. promoção de servidor falecido não dá (salvo na área militar). DETERMINADO – é o objeto cujos aspectos já estão definidos. Ex. desaproprio o imóvel X; nomeio Maria para o cargo Y. FINALIDADE A finalidade é o bem jurídico que se quer proteger. E quando nós pensamos em finalidade, essa precisa ser sempre uma razão de interesse público. Falamos em finalidade enquanto razão única para prática do ato, e essa razão é, justamente, o interesse público. Todo ato administrativo tem que ter como base uma razão de interesse público. E a doutrina chama de efeito jurídico mediato. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Agente Público Motivo = tumulto / objeto = dissolução / finalidade = proteger segurança e bens públicos. No segundo, temos: Motivo = poluição / objeto = fechamento / finalidade = proteção do meio ambiente. MOTIVO x FINALIDADE Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos OUTRA DIDÁTICA Motivo – é aquilo que provoca a prática do ato, que vem antes da prática do ato (tumulto, poluição). Objeto – é o ato em si mesmo, o que está no presente (dissolvo a passeata, fecho a fábrica). Finalidade – é olhando para frente, pro futuro, e se perguntando: com esse ato, o que é que eu quero proteger? Atrás ou passado = motivo / presente = objeto / futuro = finalidade. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos ELEMENTOS DOS ATOS VINCULADOS E DISCRICIONÁRIOS VINCULADOS DISCRICIONÁRIOS Sujeito Competente Vinculado Vinculado Forma Vinculado Vinculado Motivo Vinculado Discricionário Objeto Vinculado Discricionário Finalidade Vinculado Vinculado Nos atos vinculados todos os elementos estarão previstos em LEI. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos MÉRITO (OBJETO + MOTIVO) NOS ATOS DISCRICIONÁRIOS É a possibilidade de avaliar, dispor, sobre a conveniência e oportunidade para a pratica do ato. Por essa razão atinge diretamente o Objeto e o Motivo. Ex. O exemplo é a permissão de uso da calçada para a colocação de mesas (permissão de uso de bem público). Neste caso, o administrador, num juízo de valor, conveniência e oportunidade, analisará se a rua é tranquila, ou não (motivo), e deferirá o pedido, ou não (objeto). ATENÇÃO FORMA E FINALIDADE SÃO ELEMENTOS VINCULADOS, MAS QUANDO A LEI DER ALTERNATIVAS ELES PODEM SER ELEMENTOS DISCRICIONÁRIOS. POSIÇÃO DE CELSO ANTONIO BANDEIRA DE MELLO ADOTADA NO CONCURSO DO MP/BA. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos ATRIBUTOS OU CARACTERÍSTICAS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS Relembrando para não confundir. D.A.C – Atributos do Poder de Polícia Discricionariedade, Autoexecutoriedade e Coercibilidade P.A.T.I – Atributos ou características dos Atos Administrativos Presunção de legitimidade Autoexecutoriedade Tipicidade Imperatividade CONCEITO DE ATO ADMINISTRATIVO Manifestação de vontade do Estado ou de quem lhe represente (ex. concessionaria) que tem por finalidade criar, alterar e extinguir direitos, submetido ao regime jurídico de direito público, perseguindo o interesse público. PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE É também presunção de legalidade e veracidade do ato. A legitimidade tem relação com a moral; A legalidade, que tem coerência legal; A veracidade como compatibilidade com a verdade. Essa presunção é ABSOLUTA ou RELATIVA? Relativa (Juris Tantum). Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos IMPERATIVIDADE (=COERCIBILIDADE) Imperatividade significa que os atos são obrigatórios, são imperativos e devem ser observados. NORMALMENTE, A IMPERATIVIDADE VAI APARECER NOS ATOS ADMINISTRATIVOS QUE CONSTITUEM OBRIGAÇÃO. AUTOEXECUTORIEDADE É a possibilidade da Administração Pública praticar seus atos sem a anuência do Poder Judiciário. Para uma parte da doutrina ela se divide em: - EXIGIBILIDADE = decidir sem o Poder Judiciário. - EXECUTORIEDADE = executar – colocar a mão na massa – sem a presença do Poder Judiciário. Por exemplo Quando é que o administrador anula um ato administrativo? Em que situação há anulação de ato? Se eu tenho ato ilegal, ele vai ser anulado. Violação de natureza grave = Demissão. Para cada situação haverá um ato administrativo correspondente. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos TIPICIDADE A tipicidade foi definida, inicialmente, por DI PIETRO. Tipicidade para o Direito Administrativo é como se pudéssemos dizer, num sentido figurado, que cada ato administrativo correspondesse a um tipo penal. Eu não posso aplicar o ato para qualquer coisa. Eu só posso utilizar aquele ato administrativo a uma situação determinada. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos FORMAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO • Perfeição (Existência) • Validade • Eficácia - PERFEIÇÃO – situação em que o ato administrativo concluiu o seu ciclo de formação. - VALIDADE – situação em que o ato administrativo foi praticado em perfeita harmonia, concordância e obediência ao ordenamento jurídico. - EFICÁCIA – situação em que o ato administrativo está apto à produção dos seus efeitos Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos 2. DESAPARECIMENTO a) Do SUJEITO = falecimento da pessoa natural ou extinção da pessoa jurídica. b) Do OBJETO = desaparecimento do terreno de marinha. 3. RENÚNCIA= titular que abre mão da licença para construir adquirida. 4. RETIRADA DO PODER PÚBLICO EXTINÇÃO OU DESFAZIMENTO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS Em síntese, temos como hipóteses de desfazimento ou extinção dos atos administrativos: 1. CONCLUSÃO a) Do OBJETO = término da construção de uma obra (ex. escola). b) Do PRAZO = término da licença de três anos para tratar de interesse particular. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos 2. DESAPARECIMENTO a) Do SUJEITO = falecimento da pessoa natural ou extinção da pessoa jurídica. b) Do OBJETO = desaparecimento do terreno de marinha. 3. RENÚNCIA = titular que abre mão da licença para construir adquirida. EXTINÇÃO OU DESFAZIMENTO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS Em síntese, temos como hipóteses de desfazimento ou extinção dos atos administrativos: 1. CONCLUSÃO a) Do OBJETO = término da construção de uma obra (ex. escola). b) Do PRAZO = término da licença de três anos para tratar de interesse particular. b) CADUCIDADE Caducidade também significa a retirada de um ato pelo poder público, mas em razão de uma norma jurídica que impede que o ato continue existindo. O exemplo é da permissão de uso de bem público para instalação de circos na cidade. É corriqueiro que o poder público deixe um terreno para o circo que toda vez que chega fica no mesmo local. Ocorre que, posteriormente, vem a lei do plano diretor e estabelece que nesse terreno, agora, nós teremos avenida. Assim, o ato de permissão deixa de existir através do instituto da caducidade. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos 4. RETIRADA DO PODER PÚBLICO É a situação em que o Poder Público não mais precisa do ato, quer retirá-lo. a) Cassação b) Caducidade c) Contraposição d) Anulação e) Revogação a) CASSAÇÃO Cassação é a retirada de um ato administrativo pelo poder público em razão do descumprimento das condições inicialmente impostas. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos c) CONTRAPOSIÇÃO Na contraposição nós temos dois atos administrativos, sendo que o segundo elimina os efeitos do primeiro. Se um servidor é demitido do serviço público, a demissão elimina os efeitos da nomeação. São dois atos administrativos, sendo que o segundo exclui e elimina os efeitos do primeiro. TABELA NO PRÓXIMO SLIDE ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos ESPÉCIES CAUSAS EFEITOS QUEM PODE? ANULAÇÃO Vinculados e discricionários Ilegalidade ou ilegitimidade EX-TUNC Poder Judiciário/ Administração REVOGAÇÃO Discricionários Inconveniência e inoportunidade EX-NUNC Administração ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO Exceção: Atos ampliativos. Ex. Pedido de licença para cursar pós-graduação. A administração concede o aumento salarial sem verificar que na verdade não havia sido concluído o curso. Durante todo esse tempo houve percepção do abono, porém havia boa- fé do servidor. Não precisará devolver os valores percebidos, pois decorreram de erro da própria administração. Atos que aumentam os direitos dos servidores. Ex-nunc ATENÇÃO: NENHUM poder poderá revogar ato administrativo praticado por outro poder. OBSERVAÇÃO: Independentemente do poder e da função que ele exerça, ele poderá revogar os seus próprios atos. Ex.: O Poder Legislativo tem como função primordial legislar, no entanto, administra a sua própria estrutura (função atípica) e sobre esses atos ele poderá revogar. Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. REVOGAÇÃO Não há prazo para revogação. Pode ocorrer a qualquer tempo. Atos vinculados, atos que produzem direitos adquiridos e atos jurídicos perfeitos não podem ser revogados. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos PRAZOS PARA ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO ANULAÇÃO Inicialmente, em regra, não há prazo para anulação de ato. A lei 9.784/99 (art. 54) – processo administrativo – diz que para a administração, quando este ato atingir direitos, atingir interesses, esse prazo de anulação será de 5 anos. Qual a saída se já se passaram 5 anos? O que faz a administração agora? A única saída agora é a via judicial. Isso porque o seu poder de auto-tutela tem limite de 5 anos Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Controle da Administração CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO 1 – CLASSIFICAÇÃO 2 – SISTEMA DE CONTROLE 3 – CONTROLE ADMINISTRATIVO 4 – CONTROLE LEGISLATIVO 5 – CONTROLE JUDICIÁRIO Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Controle da Administração SISTEMA ÚNICO É o sistema inglês, que também é adotado no Brasil. Neste sistema só quem pode julgar com o caráter de coisa julgada material é o judiciário. Isso, todavia, não impede ou afasta o controle da Administração, o chamado contencioso administrativo. Mas pela inafastabilidade da jurisdição, quem dá a última palavra é o Poder Judiciário. Assim, a coisa julgada administrativa no direito brasileiro significa dizer que a matéria não pode ser discutida na esfera administrativa, mas nada impede que a matéria possa ser discutida na esfera judicial. Além disso, não é preciso esgotar a esfera administrativa para ir para a via judicial (salvo a exceção da justiça desportiva). Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Controle da Administração CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO 1 – CLASSIFICAÇÃO 2 – SISTEMA DE CONTROLE 3 – CONTROLE ADMINISTRATIVO 4 – CONTROLE LEGISLATIVO 5 – CONTROLE JUDICIÁRIO 1 - CLASSIFICAÇÃO 1.1 – Controle quanto a Pessoa • Executivo (Interno) • Legislativo (Externo) • Judiciário (Externo) O controle externo é o sistema de freios e contrapesos, em que outros poderes farão o controle. 1.2 – Quanto a natureza: Legalidade – Quando se verifica se a ADM agiu dentro da lei. Com previsão na Constituição. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Controle da Administração 1.4 – Quanto a oportunidade • Prévio • Concomitante • Posterior 1.5 – Iniciativa Ofício – Que não depende de provocação Provocado – Precisa ser provocado Mérito – Quando se verifica a conveniência e oportunidade dos atos da administração. ATENÇÃO: O Judiciário não faz controle de mérito, somente de legalidade. Fará controle de mérito apenas sobre os seus próprios atos. 1.3 – Quanto ao âmbito Hierarquia x Vinculação Será hierárquico quando ocorrer dentro de do mesmo órgão (desconcentração). Vinculado é quando há mais de um ente (descentralização). Atos imperfeitos Atos perfeitos Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Controle da Administração 1.4 – Quanto a oportunidade • Prévio • Concomitante • Posterior 1.5 – Iniciativa Ofício – Que não depende de provocação Provocado – Precisa ser provocado Mérito – Quando se verifica a conveniência e oportunidade dos atos da administração. ATENÇÃO: O Judiciário não faz controle de mérito, somente de legalidade. Fará controle de mérito apenas sobre os seus próprios atos. 1.3 – Quanto ao âmbito Hierarquia x Vinculação Será hierárquico quando ocorrer dentro de do mesmo órgão (desconcentração). Vinculado é quando há mais de um ente (descentralização). Atos imperfeitos Atos perfeitos Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Improbidade Administrativa IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 1 – GENERALIDADES 2 – PREVISÃO CONSTITUCIONAL 3 – NATUREZA JURÍDICA DAS SANÇÕES 4 – PARTE MATERIAL 5 – PARTE PROCESSUAL Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Controle da Administração 1 – GENERALIDADESO tema “improbidade” está diretamente relacionado com o tema “agentes”, porque normalmente (não sempre) os agentes públicos são aqueles que praticam atos de improbidade. Improbidade está relacionada com Moralidade (princípio). Mas nem todo o ato de improbidade será uma imoralidade. Improbidade é mais ampla que a moralidade, segundo a Lei. 1 – PREVISÃO CONSTITUCIONAL Art. 37, §4º da CF combinado com a Lei 8429/92. O STF, em ADI, pacificou que formalmente a lei de improbidade é FORMALMENTE constitucional. Quanto a materialidade da Lei, embora haja discussão doutrinária e o STF ainda não tenha sido acionado sobre isso, prevalece o entendimento de que é constitucional. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Controle da Administração Aqui, as sanções civis serão aplicadas em uma ação civil. É a AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR ATO DE IMPROBIDADE ou simplesmente AÇÃO DE IMPROBIDADE. ATENÇÃO: As sanções de improbidade administrativa não dependem de um processo administrativo, mas de um processo civil de improbidade. 3 – NATUREZA JURÍDICA A natureza das sanções é CIVIL. (Cai na prova) Isso porque a lei de improbidade se aplica para agentes públicos e para outros que não são agentes públicos. É uma lei NACIONAL, de tutela erga omnes (para todos). A lei prevê sanções de natureza civil, sem prejuízo das sanções penais e administrativas eventualmente aplicadas. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Controle da Administração Atualmente, na doutrina e na jurisprudência, o presidente da República e os ministros de Estado, nos crimes conexos com o Presidente, respondem por crime de responsabilidade e não respondem com base na improbidade. Hoje, em repercussão geral no STF, há uma discussão acerca da aplicação da lei de improbidade para prefeitos. A princípio a lei de improbidade se aplica a prefeitos, governadores, ministros do STF. 4 – PARTE MATERIAL Sujeito ativo (que pratica) – Artigo 2º da Lei 8429/92. Os particulares que se beneficiarem ou concorrerem para a prática do ato também podem responder por improbidade. ATENÇÃO: Os políticos, segundo entendimento do STF, não estão sujeitos a Lei 8429/92, uma vez que a CF já preceitua o crime de responsabilidade, que também tem natureza cível. Seria bis in idem. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Controle da Administração Em suma, os artigos preveem: Art. 9 – atos de improbidade que ensejam enriquecimento ilícito do agente Art. 10 – atos de improbidade que causam dano ao erário público Art. 11 – atos de improbidade que atentam contra princípios da administração ATENÇÃO: O STF definiu que apenas os atos do art. 10 podem ser sancionados a título de dolo ou culpa, sendo que nos demais casos somente ensejará sanção se comprovada a má-fé do agente (dolo). As sanções podem ser cumulativas ou isoladas, a depender da gravidade da situação. Sujeito passivo (vítima) – Artigo 1º da Lei 8429/92. Ou seja, da leitura do artigo percebe-se que a lei de Improbidade Administrativa não protege apenas o patrimônio da Administração Pública, mas, também, das entidades privadas que recebam dinheiro público para custeio ou para formação do capital. Dos atos de improbidade – Art. 9, 10 e 11 da Lei 8429/92 O Rol trazido pela lei de improbidade é meramente exemplificativo. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Improbidade Administrativa ATOS QUE GERAM ENRIQUECIMENTO ILÍCITO ATOS QUE CAUSAM DANO AO ERÁRIO ATOS QUE ATENTAM CONTRA PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS Perda da função pública (obs.a) Perda da função Perda da função Indisponibilidade e perda dos bens adquiridos ilicitamente Indisponibilidade e perda dos bens adquiridos ilicitamente ________________________________ Ressarcimento do dano (quando houver) Ressarcimento do dano Ressarcimento do dano (quando houver) Multa de até três vezes (3x-) o que acresceu ilicitamente Multa de até duas vezes (2x-) o valor do dano causado Multa de até 100 vezes (100x-) a remuneração do servidor (obs. c) Suspensão dos direitos políticos de 8 a 10 anos. (obs. b) (810) Suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos (58) Suspensão dos direitos políticos de 3 a 5 anos (35) Impossibilidade de contratar com o Poder Público nem de receber benefícios fiscais até 10 anos. Impossibilidade de contratar com o Poder Público e de receber benefícios por até 5 anos Impossibilidade de contratar com o Poder Público e de receber benefícios por até 3 anos Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Controle da Administração Obs.a – Conforme entendimento da jurisprudência, o agente público perderá o cargo que esteja exercendo no momento da aplicação da pena e, não necessariamente, a função de que tenha se valido para a prática do ato. Obs.b – Se a sentença for silente em relação ao prazo de suspensão dos direitos políticos, aplica-se o menor prazo previsto em lei para aquela infração. Por exemplo: art. 9º, aplicam-se 8 anos. Obs.c – Ressalta-se que o agente público, para fins de improbidade, é todo aquele que exerce função pública, mesmo que sem perceber remuneração. Conforme entendimento do STF, nesses casos, a multa será de 100x o SM. É a aplicação do princípio da adequação punitiva às sanções de improbidade administrativa. ATENÇÃO: Não cabe TAC ou qualquer negociação em atos de improbidade. Por que? Porque são Direitos INDISPONÍVEIS. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Controle da Administração OBS.: Prerrogativa de foro: A competência para julgar a ação de improbidade é do juiz singular (pode ser justiça federal ou estadual). Não há foro privilegiado na ação de improbidade. Essa é a atual posição, a que prevalece. Salvo se for membro da magistratura o sujeito ativo do ato de improbidade, ocasião em que haverá prerrogativa de foro. 5 – PARTE PROCESSUAL A ação cabível em face de Atos de Improbidade é a Ação Civil Pública, ela possui previsão na Lei 7.347/85. 5.1 – Sujeito ATIVO da AÇÃO – É o Ministério Público ou a Pessoa Jurídica lesada. Se proposta pelo MP, a pessoa lesada pode, se quiser, participar como litisconsorte. É obrigatório o convite (intimação) da pessoa lesada. Caso a PJ proponha a ação, o MP não atua como parte, como litisconsorte. Mas ele atua como fiscal da lei (custus legis). Fazer a leitura INTEGRAL da Lei 8429/92. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila - Licitações LICITAÇÕES 1 – CONCEITO 2 – FINALIDADE 3 – DISPENSA 4 – INEXIBILIDADE Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Licitações Leitura obrigatória: lei 8.666/93 / 10.520/02. 1 – CONCEITO Para Marçal Justen Filho: “A licitação é um procedimento administrativo disciplinado por lei e por um ato administrativo prévio, que determina critérios objetivos de seleção de proposta da contratação mais vantajosa, com observância do princípio da Isonomia, conduzido por um órgão dotado de competência específica. Conceito simplificado - Licitação nada mais é do que um procedimento administrativo. É aquele conjunto de atos que vai culminar num contrato administrativo. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Licitações 2 – FINALIDADE A finalidade da licitação é buscar proteger o interesse público. Mais especificamente, buscar o interesse público selecionando a proposta mais vantajosa. A outra finalidade que está na moda em concurso é justamente a viabilização de oportunidade para que qualquer que preencha os requisitos legais um possa celebrar um contrato com a administração. (Princípio da Impessoalidade) 3 – DISPENSA A dispensa ocorre nas situações em que, faticamente, é possível competir, mas o legislador, por sua própria vontade, dispensa a licitação. Assim, acompetição é possível, mas a lei diz que não precisa. Pergunta: se o administrador quiser, ele pode licitar? Neste caso depende, pois nós temos duas situações: tem que ver se a licitação é dispensada ou dispensável. O ROL é TAXATIVO, se não estiver prevista a dispensa em Lei, não é possível Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Licitações - DISPENSADA Se ela já está dispensada, por mais que o administrador queira, ele não poderá licitar. Você vai encontrar essa hipótese no art. 17 da lei, que trata da alienação de bens públicos. - DISPENSÁVEL Se ela é meramente dispensável, se o administrador quiser, ele poderá licitar. Se ele tem liberdade, a lista dessa hipótese está no art. 24 da lei. ATENÇÃO: Este artigo tem 29 incisos, leia todos! Exemplo do art. 24 é a licitação deserta, aquela onde não aparecem interessados. Se licitar de novo for causar prejuízos, ele pode contratar diretamente. O mesmo acontece na licitação fracassada, aquela na qual todos os licitantes são desclassificados ( inabilitados – neste caso terá que realizar nova licitação) Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Licitações 4 – INEXIGIBILIDADE A previsão de licitação inexigível está no art. 25 da lei. Explicita o art. 25: a licitação será inexigível quando a competição for inviável, em especial nos seguintes casos... Na dispensa, a competição era viável, mas a lei liberou. Na inexigibilidade temos uma competição inviável, impossível. ATENÇÃO: Na inexigibilidade o rol é EXEMPLIFICATIVO. Hipóteses de inexigibilidade previstas em lei: - serviços de notória especialização e singularidade. - trabalho artístico reconhecido pela mídia. - fornecedor ou produtor exclusivo. Mas se o rol é exemplificativo, quais as outras hipóteses. A competição será considerada inviável quando três pressupostos estiverem presentes: Lógico, Fático e Jurídico a) PRESSUPOSTO LÓGICO = Só é possível a competição se houver pluralidade de fornecedores do bem ou do serviço. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Licitações Sobre o pressuposto lógico ainda, temos a singularidade do objeto e a singularidade do serviço. Temos singularidade do objeto: I) Em caráter absoluto – carro de fabricação única no salão do automóvel. II) Por evento externo – raquete utilizada por Guga na final do campeonato. III) Em razão do caráter pessoal – quadro de Monet, show de Sidney Magal. Teremos singularidade do serviço: I) Se constar no rol do art. 13 da lei. II) Tem que ser um serviço de notória especialização III) A administração tem que precisar do melhor. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Licitações PRESSUPOSTO FÁTICO = EU PRECISO DE INTERESSE NO MERCADO. A falta de interesse de mercado é algo anterior ao próprio edital. O mercado não tem interesse naquele objeto, então não adianta fazer licitação. Por isso não se confunde com a licitação deserta (caso em que a licitação já começou). Imagine que a administração quer contratar um médico, cirurgião cardíaco, altamente especializado, e quer pagar R$ 300,00. Alguém vai participar dessa licitação? Se não há interesse de mercado, a minha licitação se torna inexigível. Competição inviável, licitação inexigível. - PRESSUPOSTO JURÍDICO = A LICITAÇÃO PRECISA PROTEGER O INTERESSE PÚBLICO. Se a licitação, ao invés de proteger o interesse público, prejudicar esse interesse, faltará pressuposto jurídico. Nós vamos encontrar aí o exemplo das atividades fins das empresas públicas e sociedades de economia mista. Se a empresa presta um serviço público, isso é razão de interesse público? Com certeza é. Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Licitações Da mesma forma, se a nossa empresa explora atividade econômica, nós sabemos que para explorar atividade econômica, essas empresas só podem atuar em duas situações. Somente em caso de segurança nacional ou relevante interesse coletivo (Art. 173 da CF). Ocorre que tanto um como outro são razões de interesse público. Se assim não fosse, seria inexigível por falta de pressuposto jurídico. ATENÇÃO: No lugar da licitação nós vamos realizar um procedimento chamado de procedimento de justificação, que vem da própria condição do ato administrativo. INEXIGIBILIDADE – ART. 25 DISPENSA – ART. 17 E 24 Sempre que a competição for impossível, a licitação será inexigível. As hipóteses dispostas na lei não são taxativas, mas meramente exemplificativas. A doutrina majoritária costuma apontar pressupostos da licitação e estabelece que a ausência de qualquer um deles torna o procedimento licitatório inexigível. Quais sejam: a) Pressuposto lógico: pluralidade de bens e de fornecedores do bem ou do serviço; b) Pressuposto jurídico: Se a licitação, ao invés de proteger o interesse público, prejudicar esse interesse, faltará pressuposto jurídico. c) Pressuposto fático: desnecessidade de contratação específica, a licitação será inexigível. Ex.: o Estado precisa contratar o melhor tributarista do Brasil para defende-lo em uma demanda que envolve milhões de reais. Não posso fazer isso para qualquer causa. É VEDADA inexigibilidade de licitação para serviços de divulgação e serviços de publicidade. Nas situações de dispensa é plenamente possível competir, mas a lei diz que é dispensada a licitação. Somente a lei pode trazer as hipóteses de dispensa, não podendo haver definição de novas hipóteses por atos administrativos específicos ou decretos. As hipóteses da lei 8666/93 são taxativas/exaustivas/exaurientes. Art. 17 – estabelece o rol de licitação dispensada. Art. 24 – estabelece um rol de licitação dispensável. Direito Administrativo – Contratos Administrativos CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 1 – GENERALIDADES - CONCEITO 2 – CARACTERÍSTICAS 3 – FORMALIDADES 4 – CLÁUSULAS CONTRATUAIS Direito Administrativo – Contratos Administrativos Raciocínio Introdutório Primeiramente é importante lembrarmos que nem todo o Contrato realizado pela Administração será um Contrato Administrativo. Contrato DA Administração Regime Jurídico Privado (Civil) Mero Contrato da Administração Regime Jurídico Público Contrato Administrativo Direito Administrativo – Contratos Administrativos CONCEITO É um vínculo jurídico em que o sujeito ativo e sujeito passivo se comprometem a prestação e contraprestação, criando, modificando ou extinguindo direitos, se submetendo ao regime jurídico de direito público, com a participação da administração. Direito Administrativo – Contratos Administrativos Características 1 – FORMAL (Devidamente abordado posteriormente) 2 - CONSENSUAL Contrato consensual significa que o contrato se aperfeiçoa no momento em que se manifesta a vontade. Ex. contrato de compra e venda. ATENÇÃO: O contrato consensual é o oposto do contrato real, aquele que depende da entrega do bem. Só está pronto com a entrega do bem. 3 – COMUTATIVO É o oposto do contrato aleatório. O contrato comutativo tem que ter prestação e contraprestação equivalentes. Além disso, essas prestações devem estar pré- determinadas. 4 – PERSONALÍSSIMO O contrato administrativo vai levar em consideração as qualidades dos contratados. Em regra isso significa que não seria permitida a subcontratação. MAS A LEI ADMITE SUBCONTATAÇÃO? Direito Administrativo – Contratos Administrativos A LEI traz algumas exceções conhecidas como requisitos LEGAIS e DOUTRINÁRIOS: LEGAIS: Houver previsão no edital; previsão no contrato; autorização da administração. CONTRINÁRIOS: Apenas de parte do contrato; desde que a subcontratada preencha os requisitos da licitação. 5 – CONTRATO DE ADESÃO Aqui não há a possibilidade de se discutir cláusulas contratuais. Assim, todo contratoadministrativo é de adesão, porque quem impõe as regras é a administração. FORMALIDADES dos CONTRATOS ADMINISTRATIVOS A. LICITAÇÃO B. ESCRITO C. PUBLICAÇÃO D. INSTRUMENTO DE CONTRATO A – LICITAÇÃO O procedimento licitatório é a primeira formalidade. Lembrando que se a licitação for dispensável e inexigível, o que substitui a licitação é o procedimento de justificação. Direito Administrativo – Contratos Administrativos B – ESCRITO O art. 60, parágrafo único prevê que é nulo de pleno direito o contrato verbal, salvo o de pronta entrega, pronto pagamento e até 4 mil reais (requisito triplo cumulativo). C – PUBLICAÇÃO A publicação é obrigação da administração e deve correr a cargo dela (art. 61, §ú, Lei 8666/93). A lei diz mais: a publicação do contrato é condição de eficácia do contrato. O que significa dizer que se ele não for publicado ele é válido, mas não será eficaz. Ele não vai produzir efeitos enquanto não for publicado. Informação: A posição majoritária diz que o prazo de publicação é de até 20 dias, não podendo ultrapassar o 5º dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura. D – INSTRUMENTO DE CONTRATO Quando eu preciso de contrato e quando eu não preciso? LEIA O ARTIGO 62 NOS SLIDES POSTERIORES Artigos Mencionados Art. 60, parágrafo único da Lei 8666/93 Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento. Art. 61, parágrafo único da Lei 8666/93 Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que é condição indispensável para sua eficácia, será providenciada pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei. Artigos Mencionados Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades e licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço. Comentário: A referência a ser considerada aqui é o valor de cada uma destas modalidades (Concorrência e Tomada de preços) para determinar se é ou não obrigatório o instrumento de contrato. O que não significa que apenas nestas modalidades haverá o instrumento de contrato, mas, sim, em todo e qualquer contrato que estiver dentro dos valores da modalidade Concorrência e Tomada de preços de licitação. Direito Administrativo – Contratos Administrativos CLÁUSULAS CONTRATUAIS • NECESSÁRIAS • EXORBITANTES NECESSÁRIAS A)GARANTIA B)DURAÇÃO EXORBITANTES Art. 55 da Lei 8.666/93 Art. 58 da Lei 8.666/93 Direito Administrativo – Contratos Administrativos A – GARANTIA DO CONTRATO A primeira questão, a saber, é se a administração pode ou deve cobrar a garantia. (VER SLIDES DOS ARTIGOS 55 e 56 ADIANTE E RETORNAR) A Lei traz que a administração PODE, ou seja, que seria discricionário a administração constar ou não uma garantia nos contratos. Porém, para a maioria dos concursos esse PODE significa DEVE. A não ser que o examinador pergunte DE ACORDO COM A LEI. A garantia é exigível pela administração, porém, quem decidirá a forma de prestá-la será o contratado. Formas de prestação da garantia: - título da dívida pública (TDP – inclusive é uma excelente oportunidade para a administração engolir os seus títulos); - caução em dinheiro; - fiança bancária (é a garantia fidejussória prestada por um banco); - seguro garantia. Artigos Mencionados Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam: VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas; Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras. Comentário: Os termos seguintes do artigo determinam que: a administração pode exigir até 5% do limite do contrato. Sendo que, quando esse contrato for de grande vulto, de alta complexidade, ou de riscos financeiros para a administração, a garantia poderá chegar até 10% do valor contratual Direito Administrativo – Contratos Administrativos B – DURAÇÃO DO CONTRATO O que devemos nos perguntar é: Qual o prazo máximo de um crédito orçamentário? Quanto tempo dura uma lei orçamentária? 12 meses. A duração do contrato deve ser compatível com a duração do crédito orçamentário, logo, prazo máximo de 12 meses. TODO contrato administrativo tem que ter prazo determinado. Hoje não se permite contrato sem prazo determinado. Mas a lei estabelece, no art. 57, prevê algumas exceções a esse prazo. O art. 57 traz três exceções ao crédito orçamentário, sendo que nós vamos incluir mais duas que não estão na lei 8.666. As hipóteses são: i) contratos que possuem previsão no plano plurianual (PPA) = até 4 anos. ii) contratos de prestação contínua = até 60 meses ou 60+12 = 72 meses em caso de interesse público. iii) contratos de aluguel de programas e equipamentos de informática = até 48 meses. Direito Administrativo – Contratos Administrativos iv) contratos de concessão e permissão de serviço = quando o nosso contrato for de concessão e permissão de serviço, quem vai determinar o prazo do contrato é a lei do serviço. v) contratos sem desembolso pela administração = podem ter prazo maior, só que determinado. É hipótese que não está expressa, mas decorre de interpretação da lei de responsabilidade fiscal (LC 101). Se a administração não tiver que pagar mais nada, não precisa respeitar a lei orçamentária. CLÁUSULAS EXORBITANTES (ART. 58). a) ALTERAÇÃO UNILATERAL DO CONTRATO PELA ADMINISTRAÇÃO b) RESCISÃO UNILATERAL DO CONTRATO PELA ADMINISTRAÇÃO c) FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO PELA ADMINISTRAÇÃO Mais do que a fiscalização, temos que é possível até uma intervenção na gestão da empresa. Lembrando que a fiscalização não é faculdade da administração. Ela deve fiscalizar. Direito Administrativo – Contratos Administrativos d) APLICAÇÃO DE PENALIDADES – art. 87 Que tipo de penalidades? Advertência, multa (a depender da previsão do contrato), suspensão de contratar com o poder público e declaração de inidoneidade. e) OCUPAÇÃO PROVISÓRIA DOS BENS DO CONTRATADO - Art. 80, II da lei. Há uma regrinha que você tem que entender e observar que é a seguinte: quando a administração celebra um contrato e, no meio do caminho, a empresa não cumpre esse contrato, a administração pode retomar e rescindir o contrato. Mas rescisão é ato administrativo. SENDO ATO ADMINISTRATIVO, COMO CONDIÇÃO DE FORMA O STF DIZ: PRECISA DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO. Precisa contraditório, ampla defesa. (art. 78, §ú da Lei) Ex. da coleta de lixo. Enquanto corre o procedimento de rescisão, quem realiza a coleta? Encerrado o processo, eu vou realmente extinguir o contrato; qual será a consequência para esses bens? Aqui há possibilidade de reversão. Direito Administrativo – Contratos Administrativos ATENÇÃO: Ocupação e reversão são passíveis de indenização. Depende do que está previsto no contrato. Mas é possível indenização. Eu não posso ocupar e reverter qualquer bem. A ocupação e a reversão estão ligadas à continuidade e à manutenção do serviço. O bem tem que ser indispensável à continuidade. Pergunta:EXCEPTIO NON ADIMPLETI CONTRACTUS É CLÁUSULA EXORBITANTE? Se a administração não paga, o contratado é obrigado a continuar coletando o lixo? Sim, mas só por 90 dias. Então a partir dos 90 dias a EXCEPTIO é aplicada. O que não se pode fazer é aplicá-la de imediato. Essa a posição da doutrina majoritária. A EXCEPTIO É APLICADA DE MANEIRA DIFERENCIADA (Art. 78, XII e 79, §2º, III da lei). Mas ela é ou não cláusula exorbitante? NÃO! afinal, se ela também está no contrato comum, não se trata de cláusula exorbitante. Direito Administrativo – Artigo mencionado Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de: I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado; II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei; III - fiscalizar-lhes a execução; IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste; V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo. § 1º As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado. § 2º Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras do contrato deverão ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual. Direito Administrativo – Artigo mencionado Art. 79, § 2º Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos XII a XVII do artigo anterior, sem que haja culpa do contratado, será este ressarcido dos prejuízos regularmente comprovados que houver sofrido, tendo ainda direito a: I - devolução de garantia; II - pagamentos devidos pela execução do contrato até a data da rescisão; III - pagamento do custo da desmobilização. Direito Administrativo – Contratos Administrativos ALTERAÇÃO UNILATERAL DO CONTRATO PELA ADMINISTRAÇÃO – art. 65. Pela lei, a administração pode alterar unilateralmente o contrato em duas hipóteses. Primeiro; a administração pode alterar unilateralmente as chamadas ESPECIFICAÇÕES DO PROJETO. Ex. tipo de tinta, tipo de cerâmica que seria utilizada. É alteração qualitativa, pois incide sobre a qualidade do projeto. Segundo; a alteração, que será admitida até a marca de 25%. quantitativa A natureza do objeto, como visto, nunca poderá ser alterada. Aqui nós estamos alterando a quantidade. Se eu comprei canetas só posso receber canetas. SE O CASO FOR DE REFORMAS DE EDIFÍCIOS OU EQUIPAMENTOS O ACRÉSCIMO (e só ele, não se aplicando à supressão) PODE CHEGAR ATÉ 50%. Direito Administrativo – Contratos Administrativos ALTERAÇÃO BILATERAL DO CONTRATO ADMINISTRATIVO = ACORDO ENTRE AS PARTES Primeiramente vale ressaltar que as alterações bilaterais NÃO SÃO CLÁUSULAS EXORBITANTES. Dito isso, são as seguintes hipóteses de alteração bilateral: 1. SUBSTITUIÇÃO DA GARANTIA 2. REGIME DE EXECUÇÃO 3. FORMA DE PAGAMENTO – lembrar que é vedado o pagamento antes do recebimento. 4. BUSCA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO DO CONTRATO A busca do equilíbrio econômico leva em consideração a TEORIA DA IMPREVISÃO, que NADA MAIS É DO QUE A REVISÃO CONTRATUAL COMO MODALIDADE DE ALTERAÇÃO BILATERAL VISANDO A MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO. O fato tem que ser: novo, imprevisto (as partes não programaram) e imprevisível (ninguém, no lugar delas, podia imaginar essa situação) Direito Administrativo – Contratos Administrativos Se não há nada de novo não há que se falar em teoria da imprevisão. As três hipóteses aqui que mais interessam são: - FATO DO PRÍNCIPE É aquela atuação unilateral do poder público, abstrata e geral, que atinge o contrato de forma indireta ou reflexa. Não toca o seu objeto principal. Ex. alteração da alíquota de um tributo. - FATO DA ADMINISTRAÇÃO É atuação unilateral do poder público, específica, e que atinge diretamente o nosso contrato. Construção de viaduto dependente de desapropriação de área. O Estado nega o pedido. - INTERFERÊNCIAS IMPREVISTAS Falamos que interferência imprevista é aquela característica, aquele evento da natureza que já existia ao tempo da celebração do contrato, mas que só pôde ser descoberto e identificado ao tempo da sua execução. São situações que aumentam o custo da obra e que eu não tinha como saber antes de começar o trabalho. (Ex. Grande Rocha) Caso fortuito e força maior também podem ser incluídos nessa lista, sabendo que há divergência na doutrina e não há posição majoritária. Direito Administrativo – Extinção dos Contratos Administrativos EXTINÇÃO DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 1 – CONCLUSÃO DO OBJETO/TERMO FINAL 2 – RESCISÃO (ADMINISTARTIVA – JUDICIAL – AMIGÁVEL) 3 – ANULAÇÃO 4 – DE PLENO DIREITO Direito Administrativo – Contratos Administrativos 1 – CONCLUSÃO DO OBJETO / TERMO FINAL FATO DO PRÍNCIPE Ex. contrato de construção de uma escola = finda concluída a obra. Ex. contrato de serviço de segurança por 12 meses = finda vencidos os doze meses. 2 - RESCISÃO a) Rescisão Administrativa É a extinção do contrato de modo unilateral pela administração. Se for por interesse público, a administração indeniza. Se for por descumprimento de cláusula contratual pelo contratado, quem indeniza é o próprio contratado. Indeniza ou não indeniza? Se esta sendo desidioso, não está cumprindo o contrato, não há que indenizar. Se for por interesse público, indenizará. b) Rescisão Judicial É a situação na qual o contratado não quer mais o contrato. Neste caso, a saída para ele não é outra senão a via judicial. Lembre-se: só a administração poderá rescindir unilateralmente. c) Rescisão por acordo, bilateral, consensual ou amigável É o que lá em Direito Civil você vai chamar de distrato. Direito Administrativo – Contratos Administrativos 3 - ANULAÇÃO Se o nosso contrato possuir uma ilegalidade ele poderá ser extinto por anulação. 4. EXTINÇÃO DE PLENO DIRIETO É hipótese que a doutrina reconhece como aquela extinção que decorre de circunstâncias estranhas à vontade das partes, por exemplo: falecimento, incapacidade civil, são situações estranhas à vontade das partes. Direito Administrativo – Responsabilidade Civil do Estado RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Previsão Legal – Art. 37, §6º da CF 1 – GENERALIDADES 2 – FUNDAMENTO TEÓRICO 3 – EVOLUÇÃO 4 – DE PLENO DIREITO Direito Administrativo – Responsabilidade Civil do Estado 1 – GENERALIDADES Sendo o Estado um prestador de serviços e que exercita seus atos de maneira impositiva, eis daí que surge o dever de indenizar em caso de eventual prejuízo causado por agente público. Integral proteção à vítima. 2 – FUNDAMENTO TEÓRICO 1) Princípio da Legalidade O primeiro fundamento teórico da responsabilidade civil é o princípio da legalidade. Ex. Delegado que tortura gera dano e responsabilidade do Estado. Trata-se de conduta ilegal. 2) Princípio da Isonomia Nem toda a responsabilidade do Estado decorre de condutas ilícitas, também poderá decorrer de condutas lícitas. Ex. Um presídio que é construído ao lado de um condomínio residencial acarretará na desvalorização daqueles imóveis. Esta desvalorização será indenizada com base no princípio da isonomia. Uma vez que toda a sociedade se beneficiará com a construção do cárcere, não é justo razoável que apenas os moradores do condomínio paguem por isso. Direito Administrativo – Responsabilidade Civil do Estado 3 – EVOLUÇÃO São três os principais momentosda evolução do tema Responsabilidade Civil do Estado no Brasil: 1) Teoria da Irresponsabilidade do Estado 2) Teoria da reponsabilidade subjetiva 3) Teoria da responsabilidade objetiva 1) Teoria da Irresponsabilidade do Estado Em um primeiro momento o Estado apareceu como irresponsável, em que sempre é lembrada a frase “the king can do not wrong” – O rei nunca errava. E se o Rei não errava e ele era o Estado, então, logo, o Estado não poderia cometer erros e por isso não precisava indenizar. 2) Teoria da responsabilidade subjetiva A partir da promulgação do Código Civil de 1916 o quadro mudou. A partir deste momento há responsabilidade do Estado em Atos Ilícitos. Necessitando haver culpa em sentido estrito. Seriam necessários o seguintes elementos: Conduta (ação/omissão) – Dano – Nexo – Culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) A ausência de qualquer um deles descaracteriza a responsabilidade. Direito Administrativo – Responsabilidade Civil do Estado Em um primeiro momento esta teoria se apresentou mais protetiva ao Estado, em deveria ser necessário ainda à vítima provar a culpa do agente. Diante desta incoerência, que trazia serias dificuldades ao prejudicado provar a culpa do agente, houve a evolução para Teoria da Culpa do Serviço ou faute du service que não se baseia na culpa do agente, mas do serviço. Ficando conhecida como Culpa Anônima. 3) Teoria da responsabilidade OBJETIVA Nesta caso a responsabilidade decorrerá tanto de condutas lícitas quanto ilícitas. Para esta teoria serão necessários apenas três elementos para caracterizar a responsabilidade: Conduta – Nexo - Dano Como Culpa (latu sensu) é elemento subjetivo, não esta presente nesta teoria. No Brasil a nossa Teoria da Responsabilidade Objetiva está fundamentada sob o Risco Administrativo (Regra), admitindo excludentes de responsabilidade. Excepcionalmente será aplicada a Teoria do Risco Integral (que não admite excludentes). Ex. Dano ambiental, dano nuclear ou de material bélico. Direito Administrativo – Responsabilidade Civil do Estado Será afastada a responsabilidade objetiva do Estado por retirar o elemento CONDUTA em caso de: Caso fortuito - Força maior – Culpa exclusiva da vítima. (Salvo na Teoria do Risco Integral) Se o Nexo de Causalidade ou Dano forem afastados também será afastada a responsabilidade do Estado. Vejamos o que diz o artigo 37 da CF Art. 37, da CF § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Direito Administrativo – Contratos Administrativos A responsabilidade é Contratual ou Extracontratual? Extracontratual. Pois não depende da violação de cláusula contratual para que se caracterize a responsabilidade. Quem é o sujeito ativo? Pessoa Jurídica de Direito Pública ou de Direito Privado desde que Prestadora de Serviço Público. A responsabilidade do Estado perante as prestadoras é solidária ou subsidiária? Subsidiária, pois há benefício de ordem. Primeiro responde a prestadora por ato praticado pelo seu funcionário e DEPOIS, caso não haja a resolução da questão, responderá o Estado. Em alguns casos o Estado responde objetivamente pela omissão Teoria do Risco Criado: Casos em que o Estado cria a situação de risco, se desse risco criado pelo Estado decorre um dano, a responsabilidade do Estado é objetiva, ainda que não haja conduta direta do agente. (Ex: preso mata outro na prisão). Tal risco se apresenta toda vez que o Estado tiver alguém sob custódia, ainda que não haja uma conduta comissiva direta do agente público; o Estado é garantidor da pessoa ou coisa que ele custodia. Direito Administrativo – Contratos Administrativos Responsabilidade decorrente de obra pública: 1) Decorrente da má execução da obra varia de acordo com o executor da obra: a) executada diretamente pelo Estado: responsabilidade objetiva do Estado. b) particular contratado: pessoa jurídica de direito privado exploradora de atividade econômica (e não prestador de serviço publico), por isso a responsabilidade é subjetiva. O Estado só responde se ficar comprovado que este foi omisso no dever de fiscalizar o contrato. 2) Decorrente da obra em si; pelo simples fato da obra: Não interessa saber quem está executando a obra, a responsabilidade civil é sempre do Estado e sempre objetiva. (ex: construir um viaduto sobre uma casa). Direito Administrativo – Processo Administrativo Processo Administrativo 1 – GENERALIDADES 2 – PRINCÍPIOS 3 – ESTRUTURAÇÃO Direito Administrativo – Responsabilidade Civil do Estado 1 – GENERALIDADES É uma Lei subsidiária. Significa que a lei somente irá se aplicar quando não houver outra lei regulando outro processo (PAD, PAF). 2 – PRINCÍPIOS Aqui temos que lembrar primeiro dos princípios básicos, o LIMPE (Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade, Eficiência) Princípios expressos OFICIALIDADE Depois de iniciado o processo, os atos subsequentes acontecem de ofício. Os atos seguintes não dependem de provocação. Assim, mesmo naqueles processos que se iniciam por provocação do particular acontece o impulso oficial. Os demais atos surgem independentemente da provocação do particular. Direito Administrativo – Responsabilidade Civil do Estado CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA Garantia de se manifestar no processo administrativo e de saber o que está acontecendo nesse processo. Art. 5º, LIV e LV da CF. Lembrar súmula vinculante 3, 5 e 21. INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS Mesmo que determinados atos do processo tenham forma determinada, essa forma ela existe para se alcançar o interesse público. Por isso, o vício de forma é a rigor sanável. Assim, as formalidades do processo são meramente instrumentais. É aquela ideia de que não há nulidade sem prejuízo. O simples vício de forma não faz com que o processo administrativo seja viciado. INFORMALISMO (hoje, FORMALISMO NECESSÁRIO) O processo tem forma predeterminada na lei. Mas a forma só é obrigatória quando ela for necessária a garantir os interesses do cidadão. Só se pode exigir a forma que seja necessária a garantir os direitos do cidadão. Direito Administrativo – Responsabilidade Civil do Estado VERDADE REAL A busca da verdade real se contrapõe aquela ideia do processo civil de verdade formal. Hoje se diz que verdade formal não existe mais, e que no processo o que se busca é a verdade real. Acontece que a busca pela verdade real acaba por permitir a produção de provas mesmo terminada a instrução probatória, reformatio in pejus, etc. E por isso a autoridade administrativa pode rejeitar provas, por exemplo, se justificar e mostrar que elas são meramente protelatórias. E por isso a autoridade administrativa pode rejeitar provas, por exemplo, se justificar e mostrar que elas são meramente protelatórias. GRATUIDADE Não há pagamento de custas nem emolumentos no processo administrativo. Como disse, a lei de processo estabelece regras gerais e muitos dos pontos dessa lei já foram explicados quando falamos de atos (ex. anulação, revogação e convalidação; delegação etc.) Agora nós vamos falar basicamente da estruturação e regras gerais do processo administrativo Fim Acesse nosso site: www.assimpassei.com.br Twitter: @assimpassei Facebook: fb.com/assimpassei Youtube: www.youtube.com/canalassimpassei Se você leu esta apostila até o final, parabéns! Você está mais próximo de alcançar seus objetivos.
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