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Entrevista Psicologica 2

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A ENTREVISTA PSICOLÓGICA
Bleger
Pontos fundamentais:
A entrevista como instrumento de investigação do psicólogo.
Tipos de entrevista.
A sistematização da entrevista.
O quê busca na entrevista: concordâncias e divergências.
Tipos de comunicação.
A postura do entrevistador.
Percebendo o entrevistado e seu contexto.
Fenômenos transferências
Contratransferência e o manejo da ansiedade no processo psicoterapêutico.
10. Funcionamento da entrevista e o uso da interpretação.
Instrumento Fundamental do	Método Clínico procedente do campo médico; técnica de investigação científica em psicologia que tem como objetivo o estudo e a utilização do comportamento total do indivíduo em todo o curso da relação estabelecida com o técnico, com procedimentos empíricos e regras próprias, fazendo coexistir no psicólogo as funções de investigador e de profissional.
Este instrumento também sofreu influências dos conhecimentos provenientes da psicanálise - dimensão inconsciente do comportamento, mecanismos de defesa, transferência e contratransferência, etc. E da Gestalt visão do processo como um todo, incluindo o entrevistado como um dos seus integrantes e seus comportamentos como parte da totalidade; e do comportamentalismo observação do comportamento. Todas essas influências permitiram condições metodológicas mais rigorosas e uma melhor sistematização das variáveis.
Por ser um instrumento muito difundido, empregado em diferentes contextos (jornalismo, empresas, medicina, etc.), seu alcance precisa ser delimitado.
Na entrevista psicológica os objetivos devem estar inseridos neste contexto: investigação, diagnóstico, terapia, etc.
Toda entrevista psicológica é uma relação, com características particulares, que se estabelece entre pelo menos duas pessoas - um psicólogo treinado que deve investigar o que está acontecendo e atuar profissionalmente e alguém que necessita de sua intervenção técnica, com suas próprias regras enquadramento, objetivos e finalidades e fundamentação, ou seja, a teoria especifica que fundamenta o processo.
A entrevista pode ser fechada ou aberta. Por entrevista fechada entendemos um processo em que tanto perguntas, como a ordem e a maneira com que serão feitas, são formuladas previamente (questionário). Sua vantagem está no fato de permitir uma comparação mais sistemática das informações e as características próprias dos métodos padronizados. 
Na entrevista	aberta	o entrevistador tem liberdade e flexibilidade para perguntar e intervir segundo cada caso, permitindo uma investigação mais ampla e profunda pelo fato de seu principal fundamento ser a possibilidade de o entrevistado (cliente/paciente) configurar o campo da entrevista segundo sua estrutura psicológica particular, desta maneira todas as variáveis investigadas dependem da personalidade do entrevistado.
Uma segunda forma de classificar a entrevista é quanto ao número de participantes: individual ou grupal, apesar de toda e qualquer entrevista se constituí de pelo menos duas pessoas, podemos ter mais de um entrevistado como mais de um entrevistador.
Uma terceira forma de classificação é quanto ao objetivo: consulta psicológica, pesquisa, organização, instituição. Nos três últimos casos é necessário despertar o interesse e a participação do entrevistado (motivação).
Não deve ser confundida nem com a consulta uma solicitação de assistência técnica e profissional, nem com a anamnese - compilação de dados preestabelecidos que permitem sintetizar a situação presente e a história de vida do individuo. Nesse caso, qualquer contribuição do paciente que não tenha sido solicitada é considerada como uma perturbação.
A entrevista deve ser entendida como um campo propício para a investigação da personalidade, o qual é fundamentalmente configurado pelas variáveis do sujeito entrevistado. Logo, o entrevistador controla a entrevista com as intervenções necessárias para o cumprimento dos seus objetivos, entretanto é o entrevistado quem a dirige, fazendo emergir os temas e informações que lhe parecem ser mais relevantes. Portanto, a relação entre ambos delimita e determina o campo e tudo que nele acontece.
Esse campo estabelecido através dos emergentes do entrevistado - fatos relatados, sintomas informados, comportamentos verbais e não verbais que também revelam como se encontra sistematizada a personalidade do entrevistado - funções do ego, mecanismos de defesa predominantes, etc. , ou seja, é possível conhecer o repertório de possibilidades que aquele sujeito apresenta para efetuar possíveis mudanças que lhe permitam se sentir melhor adaptado, mais funcional, satisfeito e feliz.
A entrevista não esgota a personalidade do paciente, não substitui nem exclui outros procedimentos de investigação da personalidade (testagem e observação).
Como o campo da(s) entrevista(s) é dinâmico, as variáveis intervenientes devem ser reduzidas para serem focados e observados o funcionamento e as flutuações que ocorrem na personalidade do entrevistado. 
Assim é necessário realizar o enquadramento da entrevista psicológica segundo os seus objetivos - consulta diagnóstico, orientação vocacional, seleção, etc. O enquadramento transforma as variáveis intervenientes em constantes. No enquadramento inclui-se não só a caracterização explícita dos objetivos, como a atitude técnica, o papel do entrevistador, a fixação do horário, local, duração e honorários referentes à entrevista.
No decorrer do processo de uma única entrevista ou de várias entrevistas com um mesmo paciente devemos estar atentos para as concordâncias e divergências que emergem no discurso verbal e não verbal do entrevistado, fundamentais à compreensão do seu dinamismo intra e interpsíquico.
Partimos da hipótese de que cada pessoa organiza uma história de vida e um esquema de presente. É a partir disto que deduzimos os elementos que não lhes são acessíveis conscientemente. Esses conteúdos "desconhecidos" emergem nas discordâncias (incoerências, inconsistências, discrepâncias, divergências, incongruências) entre as informações relatadas verbalmente em diferentes entrevistas, ou entre o que é dito e o que é expresso através de linguagem não verbal (posições, gestos, expressões faciais, tom de voz, volume, pausas, silêncios, etc).
Diferentes entrevistas também geram informações concordantes e complementares Contudo, as contradições, as simulações e as lacunas observadas no discurso verbal e não verbal correspondem a dissociações características à própria personalidade do entrevistado. Ou seja, partes que ele não reconhece como suas e que devem ser trabalhadas de acordo com seu poder ansiogênico e com a tolerância que o entrevistado tem para lidar com tal angústia específica (timing do paciente).
É importante saber que os motivos ou conflitos manifestos trazidos pelo entrevistado podem não ser os fundamentais (conflito ou motivo latente). Suas motivações, que justificam sua forma atual de ser, podem ser racionalizações.
Às vezes são criados esquemas e histórias com organizações rígidas e repetitivas, isentos de qualquer contradição - histórias estereotipadas - que de modo inconsciente são usadas pelo entrevistado como defesas para evitar o contato com as áreas de conflito reais.
Nas entrevistas grupais (diádicas, casal, família) as contradições e 3S divergências são mais freqüentes, devendo ser percebida a totalidade, com as tensões e as características de sua organização e dinâmica psicológicas particulares.
É importante ressaltar que na observação científica o profissional deve ter objetividade, com abstração ou exclusão total de sua subjetividade, mas na entrevista ele é parte do campo a ser estudado, visto que ele condiciona, com sua presença, indagações e intervenções, os fenômenos que ele mesmo vai registrar.
Há quem questione que isso compromete a validade da entrevista enquanto instrumento de investigação dos comportamentos humanos. Por outro lado, a relação entrevistador-entrevistado também é uma condição natural humana, visto que é arelação de d4.as pessoas. Entrevistador e entrevistado, como em qualquer relação, devem ser compreendidos como interdependentes, diferenciando-se um do outro pelos papeis e objetivos específicos que assumem no processo.
Para preservar seu papel e atitude técnica o entrevistado r sempre deve registrar suas observações em função de hipóteses, as quais devem ser verificadas.
Logo, as etapas do processo são nítidas e sucessivas: observação - hipótese - verificação.
Há tipo de comunicação estabelecido na entrevista é significativo da personalidade do entrevistado, revelando o caráter das suas relações interpessoais, portanto sendo utilizado para graduar e orientar a entrevista.
No decorrer do processo da entrevista dois fenômenos significativos resultam da relação estabelecida entre entrevistador e entrevistado: transferência e contratransferência.
A transferência - positiva ou negativa – refere-se à atualização, na entrevista, por parte do entrevistado, de sentimentos, atitudes e condutas inconscientes, irracionais, que correspondem a modelos estabelecidos ao longo do seu desenvolvimento e que são vivenciados e atualizados na figura do entrevistador. Assim, o entrevistado atribui papéis ao entrevistador e se comporta em função deles. Esses afetos são aspectos inconscientes, imaturos de sua personalidade, os quais acrescentam uma importante dimensão acerca da estrutura de sua personalidade e do caráter dos seus conflitos.
A contratransferência refere-se aos fenômenos que surgem no entrevistador em função dos papéis que lhe foram delegados pelo entrevistado. Não deve ser visto como uma perturbação, mas cabe ao entrevistador estar extremamente atento e auto-consciente destes emergentes. Isso requer muito auto-conhecimento, boa preparação, experiência e equilíbrio mental, adquiridos através de terapia pessoal, supervisão e grupos de estudo, de modo que não venha a assumir os papéis que sobre ele foram projetados.
Embora esses dois fenômenos estejam presentes em todas as relações interpessoais, na entrevista eles devem ser utilizados como instrumentos técnicos de observação e compreensão dos processos inerentes à personalidade do entrevistado O entrevistado deve ser capaz de objetivar e estudar suas próprias reações.
Já o surgimento da ansiedade, seu grau e intensidade observados no decorrer da entrevista, servem como indicadores do desenvolvimento da mesma e da aproximação de zonas de conflito. A ansiedade excessiva ativa mecanismos de defesa que podem atrapalhar os vínculos positivos, portanto devemos sempre observar o grau de tolerância que o entrevistado tem para com a ansiedade.
A ansiedade sempre surge quando nos encontramos diante de algo desconhecido, o que implica numa certa desorganização da personalidade para que possamos nos adaptar ao novo. 	Esse processo é necessário à reorganização proposta pelas psicoterapias. Logo, a ansiedade deve ser ativada, mas em um grau tolerado pelo entrevistado e, portanto, produtivo. Ao entrevistador caberá saber tolerar e manejar a ansiedade que emerge ao longo do processo, sem recorrer a mecanismos de defesa e a comportamentos que a dissimulem ou reprimam (racionalização, formalismo, etc).
É de suma importância compreender os fatores que a fazem emergir, cabendo ao entrevistador desarmar os mecanismos de defesa que são ativados pelo entrevistado no surgimento dos conteúdos ansiogênicos. A mobilização da ansiedade no decurso da entrevista sempre deve considerar os benefícios que tal processo acarreta para a personalidade do entrevistado.
Timing : tempo próprio ou pessoal 	do entrevistado para reconhecer, enfrentar e solucionar seus conflitos pessoais.
O entrevistador, juntamente com seus conhecimentos e técnicas, é seu próprio instrumento de trabalho, logo é necessário que ele constantemente reveja e examine seus próprios afetos, sua vida, os pontos fortes e fracos de sua personalidade, assim como seus conflitos e frustrações, visto que o trabalho psicoterapêutico nos coloca diretamente em contato com o submundo da doença, do sofrimento moral e psíquico.
A ansiedade que o entrevistador pode vir a sofrer ao entrar em contato com o universo pessoal do entrevistado deve ser amortecida através dos mecanismos de dissociação funcional e dinâmica consciente - saber que aquilo não é seu. O excesso de ansiedade no entrevistador pode imobilizá-lo, impedindo que faça as intervenções corretas, ou, como já foi dito levá-lo a ativar mecanismos de defesa próprios que impedirão o correto funcionamento do processo.
A dissociação parcial permite a identificação projetiva - necessária à formação de vínculo - mas evita que fiquemos profundamente envolvidos com a história do entrevistado. Esses são os limites de uma atitude profissional responsável e coerente: aceitamos os papéis que nos são delegados pelo entrevistado, mas sem assumi-lo totalmente.
Quando não ocorre a dissociação parcial, o entrevistado tende a desenvolver condutas fóbicas ante os entrevistados, pode olhar para todas as histórias sempre de um mesmo ângulo - entrevista estereotipada - fazendo com que tudo que ocorre durante o processo lhe seja previsível e regrado. O mais grave é quando o entrevistador projeta seus próprios conflitos sobre o entrevistado, levando-o a buscar e encontrar soluções para conflitos que são do entrevistador e não do entrevistado.
Cabe observar que quanto maior forem os traços psicóticos existentes na personalidade do entrevistado, maior a possibilidade do entrevistador assumir os papeis que lhe são delegados. Cansaço, sono, tédio, irritação, desconcentração, compaixão, carinho, rejeição são indícios contratransferências a serem analisados pelo entrevistador em função da sua própria personalidade, da personalidade do entrevistado e do contexto.
As pessoas procuram à entrevista em diferentes circunstâncias: alguns percebem que algo não vai bem (insight) ou se modificou, reconhecem a existência de ansiedade e temores, normalmente nestes predominam os traços neuróticos. Eles podem manifestar uma ansiedade depressiva - quando o predomínio dos sintomas, queixas e protestos recaem sobre seu próprio corpo -, ou ansiedade paranóide - quando tal predomínio recai sobre o mundo exterior.
Na verdade, devemos distinguir aquele que vem à entrevista por decisão própria, daquele que é trazido e daquele que "mandaram”. Essas situações já são indicadoras do nível de organização atual da personalidade do entrevistado.
Também há casos em que um familiar precede o verdadeiro entrevistado. Ele deve ser alertado de que tudo o que disser sobre o paciente lhe será comunicado, antes que ele forneça qualquer informação.
É muito importante sempre nos lembrarmos que aquele que vem à consulta é necessariamente um emergente dos conflitos grupais de sua família. Se ele sempre vier sozinho e houver pouco interesse por parte dos familiares do que lhe ocorre normalmente pertence a um grupo familiar esquizóide. Já aquele cuja família normalmente está sempre presente ao ponto de às vezes não sabermos quem é o paciente, pertence a um grupo familiar conhecido como epileptóide, viscoso ou aglutinado Há formas intermediárias ou mistas.
No atendimento a grupos, o psicólogo não tem que aceitar o critério da família sobre quem é o doente. Normalmente a melhora do paciente faz com que a família estabeleça um novo equilíbrio o que resulta inicialmente em tensão e desconforto
O psicólogo-entrevistador deve oferecer em suas intervenções suficiente ambigüidade para permitir que as nuances da personalidade do entrevistado se manifestem. Contudo, essa ambigüidade não deve se estender ao enquadramento, o qual deve ser mantido com muita clareza e relembrado sempre que necessário : objetivos do trabalho, papéis, atitude técnica, tempo da consulta, etc.
Não devem ser desenvolvidas outras dimensões de relação que não seja a profissional de caráter investigativo. Não cabe ao profissional relatar sua vida nem conduzir as questões do entrevistado segundo as reações que ele teria diantedos mesmos problemas. Não devemos estabelecer relações de amizade e nem comerciais fora do contexto terapêutico.
Também devemos ter atenção para não usarmos a entrevista como uma gratificação narcisista. Nossas reações contratransferenciais devem ser tomadas como dados da entrevista: aquilo que o entrevistado nos leva a sentir também é uma forma de conhecer a sua personalidade, a maneira mais ou menos adequada com que ele estabelece relações com o meio.
 Não devemos responder nem atuar segundo a contratransferência (raiva, rejeição, inveja, etc. do entrevistado).
Nossas perguntas devem ser diretas, adequadas à situação (ao campo configurado pelo entrevistado) e ao grau de tolerância de ansiedade do ego do entrevistado.
Os dados fornecidos pelo entrevistado são sigilosos, só sendo revelados em casos judiciais sob mandato e em instituições, sendo que neste último caso o entrevistado deve ter conhecimento disso. Qualquer dado fornecido por terceiros (pai, mãe, filhos, cônjuge, etc.) deve ser comunicado ao entrevistado, portanto, antes que comecem a falar qualquer coisa devem ser avisados desse fato - Isso evita futuros jogos familiares em que se manifestam e se mantêm divisões esquizóides ou atuações e manipulações psicopáticas.
O silêncio do entrevistado deve ser investigado (se paranóide, depressivo, fóbico, confusional, etc.) e jamais deve ser cortado com uma intervenção superficial porque o entrevistador não suporta a ansiedade gerada pelo silêncio.
O mesmo se refere à catarse intensa – profusão de relatos carregados de emoções e sentimentos. Nesses casos o excesso de palavras também pode estar servindo para encobrir e confundir, não sendo revelado o mais importante.
O fim da entrevista deve ser respeitado, pois a forma com que o sujeito reage aos términos e à separação também constitui um dado importante sobre a sua personalidade.
Quanto à interpretação do que nos foi relatado pelo entrevistado - através de comunicação verbal ou não verbal -, devemos sempre nos ater a idéia de que estamos verificando uma hipótese, e não descarregando a nossa ansiedade. A interpretação é realizada sempre em benefício do entrevistado e deve ocorrer sempre que a comunicação tende a se interromper ou a distorcer.
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