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Aula 17

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			 DA PROVA
	Prova é o meio empregado para demonstrar a existência do ato ou do negócio jurídico.
	A prova dos fatos é indispensável para que alguém possa obter em Juízo o reconhecimento de suas pretensões. Não basta ter razão, é preciso provar. 
	Por outro lado, o que se prova é o fato alegado, não o direito apli -cável, porque o juiz conhece o direito.
 	Quem tem o ônus de provar é quem alega o fato, não quem o con- testa. Em regra, esse ônus cabe ao Autor da ação. 
	A matéria referente à prova está regulada no Código Civil e, princi palmente, no Código de Processo Civil.
	Vejamos duas regras processuais importantes:
	Art. 332. Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ain- da que não especificados neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fa- tos, em que se funda a ação ou a defesa. 
	Art. 366. Quando a lei exigir, como da substância do ato, o instrumento público, nenhuma outra prova, por mais especial que seja, pode suprir-lhe a falta. 
 
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 MEIOS DE PROVA
	
	O art. 212 do Código Civil enumera os principais meios de prova:
	Art. 212. Salvo o negócio a que se impõe forma especial, o fato jurídico pode ser provado mediante: I - confissão; II - documento; III – testemunha; IV - presunção; V - perícia.
	
 CONFISSÃO
	Ocorre a confissão quando a parte admite a verdade de um fato a-legado pela outra e contrário ao seu interesse. Assim, no processo, tanto o Réu quanto o Autor podem confessar.
	A confissão pode ser judicial ou extrajudicial, conforme ocorra no processo, ou fora dele. 
	Pode ainda ser expressa ou presumida ( ficta ). Expressa quando a parte confessa por escrito ou verbalmente. A confissão presumida ocor
re quando o Réu fica revel ( art. 319 do Código de Processo Civil – não contesta a ação ) ou, contestando, não impugna os fatos alegados pelo Autor ( art. 302 do Código de Processo Civil ) 
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 DOCUMENTO 
	Os documentos podem ser públicos ( feitos por autoridade públi – ca no exercício de suas funções ) ou particulares ( feitos por particulares)
	Não se confunda documento com instrumento ( públicos ou par- ticulares ) que são escritos feitos com a finalidade precípua de servir de prova, como a escritura pública ou a nota promissória.
	A escritura pública é o instrumento mais importante do direito bra
sileiro. Seus requisitos estão enumerados no art. 215 do Código Civil. No campo da forma dos negócios jurídicos, já foi estudada sua importância, no art. 108 do Código Civil.
	O Código regula ainda o valor das certidões e traslados, nos arts.
216 a 218. Regula também o instrumento particular ( art. 221 ), as cópias autenticadas de documentos ( art. 223 ) e outras provas mecânicas ou ele trônicas ( art. 225 ). Dispõe ainda que os documentos em língua estran-geira precisam ser traduzidos ( art. 224 ).
			 TESTEMUNHA
	A prova testemunhal, na prática a mais comum, é vista com restri-
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ções pelos juízes, em razão dos problemas que apresenta. Por esse motivo, o art.227 do Código Civil limita seu uso:
	Art. 227. Salvo os casos expressos, a prova exclusivamente testemunhal só se admite nos negócios jurídicos cujo valor não ultrapasse o décuplo do maior salário mínimo vigente no País ao tempo em que foram celebrados. 
 	Parágrafo único. Qualquer que seja o valor do negócio jurídico, a prova testemunhal é admissível como subsidiária ou complementar da prova por escrito
	 É muito importante o art. 228 do CC sobre quem pode depor :
	Art. 228. Não podem ser admitidos como testemunhas:
 	I - os menores de dezesseis anos; 
	II - aqueles que, por enfermidade ou retardamento mental, não tiverem dis cernimento para a prática dos atos da vida civil;
	III - os cegos e surdos, quando a ciência do fato que se quer provar dependa dos sentidos que lhes faltam; 
	IV - o interessado no litígio, o amigo íntimo ou o inimigo capital das partes;
	V – os cônjuges, os ascendentes, os descendentes e os colaterais, até o
terceiro grau de alguma das partes, por consanguinidade, ou afinidade.
 
 
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	Parágrafo único. Para a prova de fatos que só elas conheçam, pode o juiz admitir o depoimento das pessoas a que se refere este artigo.
	E o art. 229 do CC, sobre quem pode escusar-se de depor :
 	Art. 229. Ninguém pode ser obrigado a depor sobre fato:
 	I - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar segredo; 
	II - a que não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, pa -rente em grau sucessível, ou amigo íntimo; 
	III - que o exponha,ou às pessoas referidas no inciso antecedente, a peri -go de vida, de demanda, ou de dano patrimonial imediato.
 PRESUNÇÃO
	Presunção é um processo lógico de raciocínio pelo qual, partindo de um fato conhecido e provado, chega-se à conclusão que outro fato também ocorreu. Ou, como ensina Carlos R. Gonçalves, “é a ilação que se extrai de um fato conhe-cido, para se chagar a um desconhecido”. O fato conhecido e provado chama-se indício; a presunção é o raciocínio pelo qual se conclui que o fato ainda não pro –vado também aconteceu. 
	As presunções podem ser comuns (hominis ) ou legais ( juris ), conforme sejam feitas pelas pessoas baseando-se no que ordinariamente acontece, na expe riência da vida, ou pela lei. 
	As presunções comuns são feitas por todas as pessoas. Ex.: presume- 
 
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-se que as dívidas contraídas pelo marido sejam em benefício da família; -se se vê um homem casado saindo com outra mulher, presume-se que e -le está traindo a esposa; se encontra alguém com uma faca sangrenta na mão ao lado de um cadáver, presume-se que ele é o homicida; etc.
	As presunções legais são feitas pela lei e estão espalhadas pela legislação. 
	Dividem-se em presunção legal absoluta ( juris et de jure ), quan -do não admitem prova em sentido contrário do que afirmam. Ex.: a do co-nhecimento da lei por todos; decretada a interdição do demente, presume a lei que ele é absolutamente incapaz, etc. Estabelecem situações que to -dos devem aceitar como verdadeiros.
	Mas podem ser presunções legais relativas ( juris tantum ), quan – do a lei presume a situação como verdadeira, mas admite que se prove o
contrário. Ex.: as presunções dos arts. 8º, 163, 164, 219, 322, 323, 324, etc. Nesses casos, a lei afirma que um fato é verdadeiro, mas admite que se
prove que não é. Sua vantagem é que a parte que tem a seu favor uma pre sunção nada mais precisa provar; o ônus da prova passa para quem qui- ser demonstrar que tal fato não é verdadeiro. Assim, tal presunção “juris tantum” reverte o ônus da prova. 	 
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 PERÍCIA
	O Código de Processo Civil denomina essa prova de pericial. Tra-ta-se de uma prova realizada por pessoas especializadas na matéria que se deseja provar, nomeadas pelo juiz, chamadas peritos. Os peritos são auxiliares do juiz e o ajudam a decidir.
	A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação (art. 420 do CPC ). Exame é a apreciação de alguma coisa pelos peritos, que forne- cem seu parecer num documento chamado laudo pericial ( ex.- exame he-matológico, exame grafotécnico, exame contábil, etc. ). Vistoria é restrita à inspeção ocular, muito comuns nas ações imobiliárias, como nas ações de divisão. Avaliação consiste em dar-se um valor a alguma coisa, como nas ações de desapropriação e nas de indenização.
	Certas vistorias destinam-se a perpetuar a memória de fatos tran-sitórios. São as chamadas vistorias “ad perpetuam rei memoriam”, regula das no capítulo do CPC que trata da produção antecipada de provas ( arts
846 a 851 do CPC )
	O Código Civil tem só dois artigos sobre perícia:
 
 
	
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	Art. 231 – Aquele que se nega a submeter-sea exame médico ne -cessário não poderá aproveitar-se de sua recusa.
	Art. 232 – A recusa à perícia médica ordenada pelo juiz poderá su- prir a prova que se pretendia obter com o exame.
	Portanto, se o Réu não concorda em fazer uma perícia determina -da pelo juiz, como um exame de sangue numa ação de investigação de pa ternidade, praticamente estará admitindo a acusação.

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