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MP 2016 CERS DIREITO CIVIL Prof. Cristiano Chaves.

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05/03/16
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO – Decreto-lei n. 4.657/42
Noções gerais: código de normas (uma norma legal sobre as normas legais)
Estrutura da LINDB:
Vigência das normas (art. 1º e 2º)
Obrigatoriedade (art. 3º)
Integração das normas (art. 4º)
Interpretação das normas (art. 5º)
Aplicação da norma no tempo (art. 6º)
Aplicação da norma no espaço (arts. 7º ao 18)
Vigência da norma legal.
A existência das normas legais.
A questão da vacatio legis. Inaplicabilidade aos atos administrativos (art. 5º, Decreto n. 572/1890)
Mudança de lei em período de vacatio legis (§3º art. 1º, LINDB). 
Art. 1o  Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada (PRINCÍPIO DA VIGÊNCIA SINCRÔNICA).
§ 1o  Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. 
§ 3o  Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.
§ 4o  As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
Lei Complementar 95/98:
Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula "entra em vigor na data de sua publicação" para as leis de pequena repercussão.
§ 1º A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral.    (Incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)
§ 2º As leis que estabeleçam período de vacância deverão utilizar a cláusula ‘esta lei entra em vigor após decorridos (o número de) dias de sua publicação oficial’ 
Correção de lei em:
Vacatio legis: republicação.
Em vigor: lei nova.
Modificação de lei em vacatio ou em vigor: lei nova. 
Princípio da continuidade e a questão da revogação: expressa/ tácita e total/ parcial (derrogação e ab-rogação) – Lei Complementar n. 95/98, art. 9º.
Revogação (total ou parcial- ab-rogação e derrogação) e inconstitucionalidade.
Inexistência do desuetudo.
Inexistência de efeito repristinatótio das leis- art. 2º, §3º, LINDB.
Art. 2o  Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.   – princípio da continuidade. 
Revogação:
Total: ab-rogação. 
Parcial: derrogação.
Art. 9º A cláusula de revogação deverá enumerar, expressamente, as leis ou disposições legais revogadas.
Revogação:
Expressa.
Tácita: quando for a nova lei incompatível ou regular inteiramente a matéria que tratava a lei anterior. 
Art. 2º LINDB
§ 2o  A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
§ 3o  Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.- NÃO SE ADMITINDO REPRISTINAÇÃO NO BRASIL. 
Podemos ter efeitos repristinatórios, p.e., quando a lei revogadora for considerada inconstitucional, e não a repristinação em si. 
Obrigatoriedade das normas:
Proibição da alegação de erro de direito. Art. 3o  Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
Admissibilidade excepcional do erro de direito (CC 139, II, CC 1.561, Lei de Contravenções Penais, art. 8º e CP 65 II).
A questão das leis cogentes (aquelas que não admitem mudança no seu conteúdo, p.e., impedimento matrimonial) e das leis dispositivas (aquelas que permitem aos seus interessados a modificação do seu conteúdo, p.e., art. 490, CC)- (autonomia privada). 
Integração da norma jurídica.
A vedação ao non liquet imposta ao juiz (CPC, 126). A inexistência de lacunas no sistema jurídico. Presumivelmente o juiz conhece a norma. Exceção: art. 376, CPC. 
Quanto às normas internacionais, no Protocolo de Las Leñas, firmou-se um acordo de cooperação judiciária entre os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela), no sentido de que o juiz não poderá alegar desconhecimento das leis desses países. 
Métodos de colmatação (integração): analogia, costumes e princípios gerais de direito. Ordem hierárquica e preferencial. 
LINDB: Art. 4o  Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.- Rol taxativo e preferencial. 
Só se admite julgar com base na equidade nos casos previstos em lei, p.e., art. 723, parágrafo único do Novo CPC. 
A equidade legal (CPC 20, §4º, CF 194, Parágrafo Único, V, CC 944 E 413- STJ, REsp. 48.176/SP). 
A admissibilidade excepcional do uso da equidade. A equidade judicial como método integrativo excepcional, em verdade substitutivo (CPC 127 e CLT 8º). 
A analogia legis e a analogia iuris. Exemplo: CC 449. Restrição do uso da analogia em Direito Penal e Tributário (para os dois, só se admite analogia in bonam partemm). A distinção entre analogia e interpretação ampliativa. Exemplo: CC 157, § 2º (lesão e estado de perigo/ lesão e lesão usurária). Enunciado 148, Jornada de Direito Civil. 
Analogia legis: quando a integração da norma é feita em comparação com uma lei já existente. 
Analogia iuris: a integração é feita com um sistema jurídico como um todo. 
Os costumes praeter legem e secundum legem (CC 445, §2º). A prova dos costumes (CPC 376) e do direito estrangeiro. Costume praeter legem: integração; costume secundum legem: aplicação da lei, costume contra legem: abuso do direito/ ato ilícito. 
Princípios gerais de direito (não lesar a ninguém, dar a cada um o que é seu e viver honestamente) e a distinção com os princípios fundamentais do direito. 
Princípios fundamentais: aqueles com força normativa, obrigam, vinculam. P.e.: proteção ao hipossuficiente no Direito do Trabalho, Presunção de inocência do Direito Penal, Boa-fé objetiva nos contratos do Direito Civil. 
Princípios gerais/ normativos/ postulados: Não lesar a ninguém, viver honestamente e dar a cada um o que é seu. 
Interpretação da norma jurídica.
A finalidade social a que se dirige a norma jurídica (STJ, REsp. 41.110/SP).
A interpretação ampliativa (direitos fundamentais), restritiva (fiança, aval, renúncia e privilégio – CC 114, CC 819 e CCom 257 e STJ 214) e declarativa (norma de Direito Administrativo). 
Princípio da especialidade e diálogo das fontes.
Os desacordos morais razoáveis (STF, RE 845.779/SC, rel. Min. Luís Roberto Barroso).
LINDB: Art. 5o  Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.
A interpretação da norma gera três resultados:
Ampliativo: Quando se tratar, eventualmente, de direitos fundamentais e sociais. 
Restritivo: Normas sancionatórias, a fiança, o aval e renúncia. Ex: art. 114, CC. 
Declarativo: As normas do Direito Administrativo submetem-se a interpretação declarativa. 
Aplicação da lei no tempo.
Conflitos de leis no tempo e os métodos de solução hermenêutica.
A lei especial e a lei geral e o diálogo das fontes.
A irretroatividade da norma e a admissibilidade excepcional de retroação. 
LINDB: Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. 
A lei nova se destina aos fatos pendentes e futuros. 
A lei nova, contudo, gera efeitos retroativos, obviamente respeitando o ato jurídico perfeito, a coisa julga e o direito adquirido. 
Para o STF não se pode alegar direito adquirido em face do poder constituinte. 
A questão da aplicação da lei nova ao plano de eficácia (regime de bens e limite para a multa condominial).
O direito adquirido, a coisa julgada (a relativização da coisa julgada: STJ, REsp. 226.436/PR) e o ato jurídico perfeito e a sua relativização (CC 2.039). 
A questão da ultratividade da norma (CC 2.041): aplicaçãode uma lei já revogada, mesmo após sua revogação. STF 112: O imposto de transmissão “causa mortis” é devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão. 
Relações jurídicas continuativas no que tange:
Existência e validade: aplica-se a norma do tempo da celebração.
Eficácia: aplica-se a norma atualmente em vigor. 
Aplicação da norma no espaço. 
A territorialidade mitigada. 
A excepcional possibilidade de aplicação da lei brasileira pelas autoridades consulares, mesmo no exterior (a nova Lei n. 12.874/13).
LINDB:
Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e de tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido no país da sede do Consulado.      (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957)
§ 1º As autoridades consulares brasileiras também poderão celebrar a separação consensual e o divórcio consensual de brasileiros, não havendo filhos menores ou incapazes do casal e observados os requisitos legais quanto aos prazos, devendo constar da respectiva escritura pública as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se deu o casamento.       (Incluído pela Lei nº 12.874, de 2013)     
§ 2o  É indispensável a assistência de advogado, devidamente constituído, que se dará mediante a subscrição de petição, juntamente com ambas as partes, ou com apenas uma delas, caso a outra constitua advogado próprio, não se fazendo necessário que a assinatura do advogado conste da escritura pública.       (Incluído pela Lei nº 12.874, de 2013)      
Art. 7o (ESTATUTO PESSOAL) A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
§ 1o  Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração.
Não se aplica a lei estrangeira no Brasil, se essa ferir a soberania nacional. Ex: Na Arábia Saudita permite-se casar-se mais de uma vez. Então um cidadão daquele país, residindo no Brasil e já casado no pais de origem decide casar-se novamente. Ato que será impedido pela lei brasileira, que proíbe tal situação. Não podendo o árabe invocar seu estatuo pessoal, uma vez que esse fere a soberania(filtragem constitucional) nacional do Brasil. 
A excepcional permissão de aplicação da norma estrangeira: o estatuto pessoal.
Critérios específicos da LINDB: bens imóveis, bens móveis que o titular tiver consigo, penhor, lugar dos contratos e lei sucessória mais favorável. 
Revogação do Parágrafo Único, art. 15, LINDB) STF, Pleno, Petição Avulsa 11/MG, rel. Min. Celso de Mello, Informativo STF 121). 
Aplicação de decisão judicial estrangeira, carta rogatória e laudo arbitral o exequatur do STJ. Requisitos para a homologação de decisão estrangeira: trânsito em julgado (STF 420), compatibilidade com o ordenamento interno das formalidades legais. (CPC 483-4)
STF 420: Não se homologa sentença proferida no estrangeiro sem prova do trânsito em julgado.
Homologação de laudo arbitral estrangeiro e de carta rogatória.
Execução da decisão estrangeira por juiz federal de 1ª instância (CF, 109, X). 
07/03/16
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Noções conceituais sobre os direitos da personalidade.
A cláusula geral de proteção da personalidade (não taxatividade dos direitos da personalidade). A dignidade da pessoa humana- CF, 1º, III, - como fundamento da proteção da personalidade jurídica. 
Conceito de pessoa: Quem tem personalidade jurídica. Que merece uma proteção fundamental, pelo instituto dos direitos da personalidade. 
Enunciado 274 — Art. 11. Os direitos da personalidade, regulados de maneira não exaustiva pelo Código Civil, são expressões da cláusula geral de tutela da pessoa humana, contida no art. 1º, III, da Constituição (princípio da dignidade da pessoa humana). Em caso de colisão entre eles, como nenhum pode sobrelevar os demais, deve-se aplicar a técnica da ponderação.
Conceito do princípio da dignidade da pessoa humana:
Integridade física e psíquica – a Lei n. 11.346/06 e o direito à alimentação adequada;
Liberdade e igualdade – STF, ADIn 4277/DF; 
O direito ao mínimo existencial/ patrimônio mínimo – a Lei n. 11.382/06 e o conceito de mínimo para viver com dignidade. 
A questão da penhora do bem IMÓVEL de elevado valor – posição do STJ, REsp 715.259/SP: móveis de elevado valor admitem penhorabilidade, os imóveis de elevado valor, não. 
BEM DE FAMÍLIA. ELEVADO VALOR. IMPENHORABILIDADE. 
A Turma, entre outras questões, reiterou que é possível a penhora de parte ideal do imóvel caracterizado como bem de família quando for possível o desmembramento sem que, com isso, ele se descaracterize. Contudo, para que seja reconhecida a impenhorabilidade do bem de família, de acordo com o art. 1º da Lei n. 8.009/1990, basta que o imóvel sirva de residência para a família do devedor, sendo irrelevante o valor do bem. O referido artigo não particulariza a classe, se luxuoso ou não, ou mesmo seu valor. As exceções à regra de impenhorabilidade dispostas no art. 3º da referida lei não trazem nenhuma indicação no que se refere ao valor do imóvel. Logo, é irrelevante, para efeito de impenhorabilidade, que o imóvel seja considerado luxuoso ou de alto padrão. Assim, a Turma conheceu em parte do recurso e, nessa extensão, deu-lhe provimento. Precedentes citados: REsp 326.171-GO, DJ 22/10/2001; REsp 139.010-SP, DJ 20/5/2002, e REsp 715.259-SP, DJe 9/9/2010. REsp 1.178.469-SP, Rel. Min. Massami Uyeda, julgado em 18/11/2010.
Os direitos da personalidade e a pessoa jurídica.
Direitos da personalidade e dignidade da pessoa humana. Inaplicabilidade às pessoa jurídicas, embora mereçam proteção- atributo de elasticidade. 
Art. 52, CC: aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. 
Jornada 286: Os direitos da personalidade são direitos inerentes e essenciais à pessoa humana, decorrentes de sua dignidade, não sendo as pessoas jurídicas titulares de tais direitos, VEZ QUE NÃO POSSUEM ESTRUTURA BIOPSICOLÓGICA. 
Súmula 227 do STJ: a pessoa jurídica pode sofrer dano moral, no que couber.
STJ, REsp. 433.954 – dano moral por protesto indevido de duplicata. 
Características dos direitos da personalidade. 
Indisponibilidade relativa- intransmissibilidade e irrenunciabilidade. 
Art. 11, CC: Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
Enunciado 4: o exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, desde que não seja permanente nem geral.
Enunciado 139: Os direitos da personalidade podem sofrer limitações, ainda que não especificamente previstas em lei, não podendo ser exercidos com abuso de direito de seu titular, contrariamente à boa-fé objetiva e aos bons costumes.
Outras características dos direitos da personalidade: I- absolutos (oponíveis erga omnes), II- extrapatrimoniais, III- impenhoráveis, IV- inatos e V- imprescritíveis (a imprescritibilidade da indenização por tortura, art. 14 da Lei n. 9.140/95 e STJ REsp. 816.209/RJ.)
Lembrando que o prazo prescricional para pleitear indenização é de:
3 anos (relação civil)
5 anos (relação de consumo) 
A indenização é prescritível, mas a proteção do direito à personalidade não. 
Proteção da personalidade à integridade física: direito ao corpo vivo e ao corpo morto.
Art. 13, CC: Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial.Os wannabes: as partes separadas do corpo humano- STF Rcl 2040/DF- caso Glória Trevis. 
Cumulabilidade do dano moral com o dano estético – STJ 387
Possibilidade de atos de disposição: a) que não gerem diminuição permanente da integridade física (tatuagens); b) que gerem diminuição permanente, quando houver exigência médica- cirurgia de trangenitalização- CFM, Res. 1.957/10 e STJ, SE 1058- Itália e STJ, REsp. 1.0008.398/SP. 
	Tutela jurídica do corpo vivo, independentemente de sequelas permanentes- STJ, REsp. 575.576/PR. 
Art. 14, CC: É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.
277 – Art.14. O art. 14 do Código Civil, ao afirmar a validade da disposição gratuita do próprio corpo, com objetivo científico ou altruístico, para depois da morte, determinou que a manifestação expressa do doador de órgãos em vida prevalece sobre a vontade dos familiares, portanto, a aplicação do art. 4º da Lei n. 9.434/97 ficou restrita à hipótese de silêncio do potencial doador.
 
Extração de órgãos entre vivos: 
Gratuidade
Órgãos dúplices ou regeneráveis
Pessoa da mesma família
Intervenção do M.P. 
O ato de disposição do corpo, no todo ou em parte, para fins altruísticos ou científicos, para depois da morte.
Revogabilidade do ato a qualquer tempo.
A questão da disposição do corpo para depois da morte e o testamento vital- diretivas antecipadas (living will). Resolução CFM 1.995/10. ATO DE DISPOSIÇÃO DO CORPO ANTES DA MORTE. 
Art. 15, CC: Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.
Lei 10.216/01: proíbe internação forçada, salvo casos previstos nessa lei. 
Direito ao nome civil.
Noções gerais. 
O nome civil como um direito da personalidade. A recusa em registrar o nome e as possibilidades decorrentes. O procedimento administrativo de dúvida. (LRP, 198 e 203) 
O prazo decadencial de 1 ano para a mudança imotivada do nome civil – LRP, art. 57: somente para mudança imotivada.
Elementos componentes – CC, art. 16: o prenome, o sobrenome e o agnome. 
O pseudônimo (heterônimo): e a sua proteção.
Art. 19, CC: o pseudônimo adotado para atividades lícitas goza de proteção que se dá ao nome.
Distinção entre pseudônimo e hipocorístico.
Pseudônimo: a alcunha que identifica profissionalmente alguém.
Hipocorístico: a alcunha que identifica alguém pessoal e profissionalmente. 
A possibilidade de mudança- a inalterabilidade relativa, Lei n. 6.015/73, art. 58. 
Proteção jurídica dos direitos da personalidade.
Art. 12, CC: Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
140 – Art. 12: A primeira parte do art. 12 do Código Civil refere-se às técnicas de tutela específica (buscando resultado prático equivalente), aplicáveis de ofício, enunciadas no art. 461 do Código de Processo Civil, devendo ser interpretada com resultado extensivo.
A permissão para o uso de mandado de distanciamento – restrição de direitos - (Lei Maria da Penha, art. 22). Aplicabilidade da Lei Maria da Penha em qualquer relação afetiva, como namoro- STJ, CC 103.813/MG. Fixação genérica, em metros, consideradas as circunstâncias, sem necessidade de especificar o lugar a ser evitado. – STJ, RHC 23.654/AP. 
O dano moral é a efetiva violação aos direitos da personalidade. Para o STJ in re ipsa, bastando provar a violação. 
Cumulabilidade do dano moral com dano patrimonial. STJ 37: São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato. 
Cumulabilidade de dano moral com dano moral. STJ 387: É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral. 
De acordo com o Código Civil, a imagem só estará protegida contra exploração comercial e contra violação da honra (art. 20/ STJ 403)
Para a Constituição, art. 5º, V, X, XII e XXVIII, confere proteção autônoma à imagem (voz, retrato ou atributo). 
Flexibilização do direito à imagem:
Com o consentimento expresso ou tácito;
Pessoas em locais públicos;
Função social da imagem. 
Vida privada:
Intimidade
Segredo/ sigilo/ privacidade 
Impossibilidade de condenação em danos morais de ofício e a legitimidade residual do Ministério Público para as ações civis ex delicto (teoria da inconstitucionalidade progressiva- CPP, 68 e STF, RE 135.328/SP- NORMA EM VIAS DE INCONSTITUCIONALIDADE). 
O dano moral difuso ou coletivo – Lei n. 7.347/85, art. 1º e CDC, art. 6º, VI.
A.C.P. interesse difuso: grupo indeterminado de pessoas.
A.C.P. interesse coletivo: categoria de pessoas.
A.C.P. interesse individual homogêneo: pessoas determinadas. 
Só há dano moral contratual se o descumprimento do contrato violar direitos da personalidade do contratante. 
A proteção dos lesados indiretos. 
Art. 12, CC:
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
A tutela dos direitos da personalidade da pessoa morta, em favor de seus familiares vivos- lesados indiretos. O caso Garrincha, STJ REsp. 521. 697/RJ.
Inaplicabilidade da ordem de vocação hereditária. 
Rol taxativo? Não. 
Em se tratando de direito de imagem, os colaterais não estão legitimados para pleitear indenização, por força expressa do art. 20, Parágrafo único: Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
Enunciado 5 – Arts. 12 e 20: 1) as disposições do art. 12 têm caráter geral e aplicam-se, inclusive, às situações previstas no art. 20, excepcionados os casos expressos de legitimidade para requerer as medidas nele estabelecidas; 2) as disposições do art. 20 do novo Código Civil têm a finalidade específica de regrar a projeção dos bens personalíssimos nas situações nele enumeradas. Com exceção dos casos expressos de legitimação que se conformem com a tipificação preconizada nessa norma, a ela podem ser aplicadas subsidiariamente as regras instituídas no art. 12.

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