Buscar

Esquema de estudos Direito do Trabalho I Adicionais Salariais por Thiago JS Oliveira

Prévia do material em texto

Esquema de estudos Direito do Trabalho I
Por Thiago JS Oliveira
Adicionais ou parcelas salariais
Cabe ressalvar que, toda vez que se falar em adicional ou parcelas salariais, estará se refutando quanto ao trabalhador, ou seja, aquele no qual possui todos os elementos necessários constitutivos.
Art. 457, §1º CLT: as parcelas salariais – todos os adicionais se aglutinam ao salário, refletindo nas férias, 13 salarial, FGTS e outros. São referentes ao efeito expansionista salarial.
Quanto às comissões
Primeiro ponto que devemos denotar atenção é que, o trabalhador que recebe comissão recebe salário variável, ou seja, transmutativo. Num mês recebe X e em outro Y. mas isso não quer dizer que estará fora de um salário concreto. Quem detém desta modalidade salarial, estará acobertado pelo recebimento de um salário mínimo valorado conforme sua vigência.
Assim sendo, em tempos em que não recebe qualquer tipo de comissão, estará resguardado pelo recebimento do salário mínimo, ou ainda, não obtendo salário, estará assegurado pelo piso salarial da categoria.
O que ocorre muito nestas circunstancialidade é o não alcance do numerário mínimo, ou seja, não completa o valor mínimo que lhe é resguardado. Quando desta, deverá o empregador completar, sem descontar do mês subsequente. Portanto, não haverá compensação salarial. Cabendo ainda ao empregador, garantir o mínimo, completando-o sem compensação.
Há presentes nesta temática central a subdivisão entre, comissionista puro e misto. Este primeiro, é o que somente recebe a base de comissões, sendo totalmente legal tal forma. Assim sendo, o trabalhador somente receberá por comissões; o seu numerário salarial é puramente por sua produção. Produzindo muito, receberá muito, caso não produza suficientemente, receberá o mínimo. Já o comissionista misto é o trabalhador que recebe parte do numerário salarial fixo e parte por sua produção, variável.
Hora extra, mais afrente com profundidade
É o referente ao tempo de trabalho diário superior a 8 horas. Quando de sua aplicação o trabalhador deverá receber o valor hora trabalhado mais 50% de adicional. Interessante ressalvar que, comissionista puro que trabalha sob hora extra, recebe somente o adicional, pois a hora normal já está sendo paga por trabalho.
OJ: nº 397, importantíssimo. Cálculo hora extra comissionista misto.
Gratificações
São pagas as gratificações mediante condições especiais. Expl.: gratificações por tempo de serviço; grat. de função.
Por deter razão de pagamento habitual, integram ao salário. Duas observações importantes: súmula 225 TST – gratificação paga por mês, refletindo nos valores do 13 salário, fgts, férias, mas, não reflete sobre o descanso semanal remunerado. Súmula 152 TST – caso não haja expressa gratificação em contrato, também integrará o salário, não exigindo forma expressa, mas meramente tácita.
Gratificação obrigatória: natalina – 13 salário, prevista em lei, devendo ser paga até 20 de dezembro; devendo ter parcelamento – adiantamento, de obrigatoriedade, não podendo ser escolhido a data de adiantamento pelas partes. Regido por lei.
Outras parcelas salariais
Abono – previsto no art. 457, §1º CLT. Detém natureza salarial. Abono quer dizer tudo e nada ao mesmo tempo, nem mesmo a CLT consegue conceituar. Mas, entende-se por adiantamento salarial. Aumento antecipado do salário. Cuidado para não confundir com abono pecuniário de férias, ou seja, venda de férias.
Quebra de caixa – parcela paga mensalmente para pessoas que lidam com dinheiro, sob os riscos de se lidar com dinheiro, pago independentemente do prejuízo. Súmula nº 247 TST. Agora, se não há parcela fixa, mas somente paga de algum prejuízo esparso, não se falará em integração salarial.
Prêmio – pagos em razão de metas. Atuação específica do trabalhador. Se pagos mensalmente, integram o salário, sendo pago de modo habitual.
Adicionais salariais
Quem recebe adicional salarial é pelo fator gravoso de labor. Sendo cinco. Hora extra, ad. de transferência, ad. noturno, ad. de insalubridade e ad. de periculosidade.
Hora extra: jornada 8 horas diárias e 44 semanais, acima, ad. de horas extras, prevista na CF/88, no mínimo de 50%. Cálculo de adicional: súmula nº 347 TST. O valor da hora extra é da época do pagamento; jornada de 8 horas dividido por 220 – 6 horas dividido por 180 (divide salário pelo valor padrão) detendo valor hora, soma-se com adicional de 50%. Globalidade salarial, súmula nº 264 TST. Recebendo ad. Noturno + hora extra, será este último calculado por fim, primeiro somando hora normal e demais adicionais, sob o total calcula-se hora extra.
Ad. Noturno: trabalhador urbano diferente trab. Rural. Urbano no mínimo 20%, rural no mínimo 25%. Obs.: jornada noturna urbana 22 horas – 5; rural depende – se lavoura, 21 horas – 5, pecuária 20 horas – 4. Advogado empregado, 25%. Reflexo do ad. Noturno: descanso semanal remunerado, férias, 13º, aviso prévio e fgts.
Ad. de transferência: mudança de domicílio. Somente será pago se a transferência for provisória. Caso seja definitiva não receberá ad. Não há tempo de duração da transferência, cabendo expectativa de retorno, sendo no mínimo 25% do salário na origem. Aquele que possui cargo de confiança também deve receber ad. De transferência, sendo esta provisória. OJ 113. Ajuda de custo: parcela indenizatória, recebida uma única vez, de caráter de reembolso pela transferência.
Ad. de periculosidade: quem recebe, o recebe em razão de atividade de risco a integridade do empregado. Explosivo ou inflamáveis. Requisitos: constatação mediante perícia (jurisprudência, não diferencia o profissional a detectar); atividade perigosa constante da relação oficial NR16. Mínimo 30% sobre o salário básico do empregado, contratual sem adicionais. Obs.: os eletricitários possuem ad.de periculosidade calculado sobre salário e ad. Súmula 191 TST. Perícia: é sempre necessária? Em regra sim. Exceto, ad. pago habitualmente pelo empregador de modo espontânea, presume-se a periculosidade, OJ 385. Bombeiros dispensam perícia, por previsão expressa em lei, havendo adicional – atividade notória. Não há de acordo com jurisp. e doutrina da possibilidade de acumulo entre ad. de insalubridade e periculosidade, cabendo a escolha ao empregado. Flexibilização: súmula 364 TST. É devido, quando há contato permanente ou contato intermitente (intervalos). O adicional é indevido, quando o contato for eventual ou contato por tempo extremamente reduzido. Da a possibilidade de redução o percentual do ad. desde que haja negociação coletiva.
Ad. insalubridade: o trabalhador exposto a agentes nocivos à saúde. Requisitos: constatar mediante perícia; atividade insalubre esteja na relação oficial do Min. do emprego NR15. Caso a atividade não esteja presente, não haverá recebimento de adicional. Percentuais: 10%, 20% ou 40% dependendo do grau de exposição. Calculado sobre o salário mínimo ou contratual? Súmula vinculante nº 4, veda cálculo sobre salário mínimo. Porém, não há outra base de cálculo; até que haja por lei um parâmetro, continua sobre o salário mínimo. Art. 192 CLT.

Continue navegando