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16.04.11 Doenças Parasitárias Helmintoses de Suínos

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Doenças Parasitárias – Helmintoses de Suínos
Paulo Henrique da Silva Barbosa
Medicina Veterinária – UFRRJ
A raça Landraça é uma das raças que tem maior pré disposição às parasitoses, existem outras que são mais resistentes/rústicas como Landraça, Large White.
Parasitoses de Suínos:
Esôfago – Gongylonema
Pulmão – Metastrongylus
Ectoparasitos – Sarcoptes, Demodex, Musca, Dermatobia, Cochliomyia, Haematobia
Rins – Stephanurus
Muscular – Taenia solium (Cysticercus), Trichinella (Larvas)
Intestino Grosso – Oesophagostomum, Trichuris
Intestino Delgado – Ascarias, Macracanthorhynchus, Globocephalus, Strongyloides
Estômago – Hyostrongylus, Trichostrongylus, Ascarops, Physocephalus
Fígado – Fasciola, Ascaris (larvas), Stephanurus (larvas)
Os Ascaris podem ser encontrados em todas as fases de produção, mas é mais patogênico para leitões e animais em fase de engorda.
Hyostrongylus é mais patogênico para animais adultos, principalmente porcas em lactação.
Oesophagostumum é mais patogênico para animais adultos, principalmente porcas.
Trichuris é mais importante em animais de engorda. 
Strongyloides tem importância em todas as fases.
Helmintos do Pulmão
Metastrongylus
Vermes brancos, finos, com até 6cm de comprimento e tem localização em brônquios e bronquíolos. São fáceis de visualizar macroscopicamente.
Necessita de hospedeiro intermediário que são anelídeos. Os ovos do parasito saem das fezes e no meio ambiente são ingeridos pelos anelídeos. No interior destes, os ovos são degradados e o animal quando vai se alimentar, ingere as minhocas contaminadas. No estômago, o ácido clorídrico degrada essa minhoca e as larvas migram para o pulmão, onde tornam-se adultos e reproduzem-se, os ovos saem nas fezes.
Patogenia
Promove hipertrofia Peri brônquica, promovendo fechamento/estenose do local, dificultando a respiração do animal. Causa um enfisema pulmonar. Hipersecreção de muco bronquiolar. Consolidação pulmonar. Hipertrofia muscular brônquica. 
Sintomatologia
Infecções leves: Assintomáticas
Infecções Intensas: Um dos primeiros sintomas é a tosse. Dispnéia, corrimento nasal.
Anamnese: Como são criados os animais? Soltos, fuçando o chão – contato com o HI (minhocas)
Diagnóstico
Exame de fezes.
Ovos de tamanho médio, cápsula grossa e de superfície rugosa. Contém larva L1. Suínos a campo.
Pode-se pegar algumas minhocas e macerar para procurar por larvas.
Tratamento
Benzimidazóis;
Levamisol;
Ivermectina;
Controle
Confinamento. Pastos infectados devem ser cultivados ou ocupados por outros animais (rotação de pasto).
Helmintos de Estômago
O mais importante/patogênico é o Hyostrongylus. 
Ascarops/Physocephalus
Também precisam de hospedeiros intermediário, que são “rola bostas” (besouros). Ovos no ambiente, larvas desses besouros ingerem os ovos e depois tornam-se besouros e, quando o suíno se alimenta, as vezes os besouros são ingeridos. No estômago degrada os besouros e as larvas fixam-se na mucosa intestinal, determinando uma gastrite catarral no estômago. Nenhum desses parasitos é muito patogênico
Sintomatologia
Anemia;
Inapetência;
Enterite Necrótica;
Diagnóstico
Exame de fezes.
Ovos de tamanho pequeno. Forma elíptica alargada, cápsula grossa e larva L1 no interior.
Controle
Remoção de fezes, rotação de pastagens, drenagem do campo, dosificações táticas em propriedade que conhecidamente tem a presença do parasito.
Hyontrongylus
Vermes avermelhados, finos, mais patogênicos.
Tem o ciclo direto, não precisa de hospedeiros intermediário.
No estômago determina edemas e nódulos na mucosa que pode provocar mudança de pH, liberação de ácido clorídrico, levando a gastrite catarral e, se o animal tem uma úlcera, o animal sente dor e consequentemente tem diminuição de apetite.
Sintomatologia
Síndrome da porca magra;
Anemia;
Inapetência;
Perda das condições físicas;
Alterações reprodutivas;
Diagnóstico
Exame de fezes.
Ovos de tamanho médio com paredes laterais similares. Apresenta 32 blastômeros. Na coprocultura, uma larva grossa com cauda longa. Diferenciar de oesophagostomum que é do intestino grosso.
Epidemiologia
Suínos que têm acesso a pastos contaminados mas, muitas vezes, estão presos e o produtor fornece cama contaminada. Muito comum em reprodutoras de primeira cria e existe um fenômeno que chama-se hipobiose sazonal onde os parasitos penetram na mucosa, ficam em estado de dormência e quando o animal tem queda de imunidade ou alimentação ou condições climáticas, o parasito exacerba-se e provoca a sintomatologia clínica. Hipobiose também pode ser observado pela ostertagia em bovinos.
Tratamento
Benzimidazóis;
Avermectina;
Milbemicinas;
Normalmente são associados à ração.
Controle
Rotação anual de pastos com outros animais ou culturas e medicações preventivas.
Helmintos do Intestino Delgado
Ascaris é o maior nematoide dos suínos. Fêmeas tem até 45cm de comprimento.
Ciclo Biológico: O parasito adulto encontram-se no ID. Suas fases larvais, principalmente no fígado e nos pulmões. No ID as fêmeas eliminam ovos nas fezes. No meio ambiente os ovos embrionam L2 e L3 e os suínos ingerem na ração no pasto ovos com larvas L3. No estômago são degradadas, ganham a circulação, ganham fígado, coração direito, pulmões, traquéia e, pela tosse, pode ser expelida ou deglutida novamente e as larvas vão até o ID onde tornam-se adultos. No ID, adultos podem fazer migração larval.
PPP: 6-8 semanas.
Patogenia
Do parasito adulto: 
Obstrução intestinal que pode causar estase venosa nesse área que não permite circulação sanguínea, que pode levar à morte celular e tecidual por falta de oxigênio e o tecido fica frágil, pré dispondo à ruptura intestinal, o que pode levar o animal a óbito;
Icteríscia obstrutiva;
Condenação de Carcaça;
Da migração larval:
A migração, principalmente pelo fígado, pode levar a fibroses difusas, causando pontos esbranquiçados (milk spots), causando insuficiência hepática. Nos pulmões pode levar a quadros de pneumonias.
Sintomatologia
Queda de produção;
Menor ganho de peso;
Pneumonias;
Distúrbios respiratórios;
Diagnóstico
Exame de fezes.
Ovo de tamanho médio, forma redonda e coloração castanho-amarelada. Contém grânulos e células não segmentadas.
Há relatos que pode haver infestação cruzada entre bovinos, ovinos e suínos. Recomenda-se ao produtor coloca-los em áreas separadas. 
Tratamento
Benzimidazóis;
Levamisol (injetável);
Ivermectina (Injetável);
Piperazina – Muito específica. É o de eleição.
Controle
Higiene na alimentação e cama;
Limpeza de paredes e pisos;
Rotação de piquetes;
Tratamento preventivo;
Strongyloides
Vermes capiliformes delgados. Muito pequenos. Apenas as fêmeas são parasitos. 
Extremamente importante para animais jovens. Pode ser passado através do leite.
O strongyloide no ID as fêmeas eliminam ovos larvados. No meio ambiente os ovos podem liberar larvas, machos e fêmeas, esses parasitos se acasalam, as fêmeas eliminam ovos no meio ambiente. Os ovos liberam larvas L1, L2 L3 que é larva infectante. A L3 é ingerida, ganha a corrente sanguínea, colonizam o ID ou atravessam a via intramamária e contaminar os suínos pela amamentação. Essas larvas podem penetrar ativamente pela pele de fêmeas ou leitões e vão para a corrente sanguínea até chegar ao ID.
Patogenia
Hemorragias múltiplas na maior parte da superfície pulmonar;
Obstrução brônquica;
Como o parasito penetra pela pele, pode-se observar:
Reação eritemadosa;
Podridão dos cascos;
Dermatite abdominal;
Pruridos;
No intestino:
Atrofia da vilosidade intestinal;
Enterites crônicas;
Necroses;
Diarréia sanguinolentas;
Sintomatologia
Dirréias severas;
Anorexia;
Apatia;
Perda de peso;
Crescimento reduzido;
Desidratação;Morte;
Diagnóstico
Exame de fezes.
Ovo de tamanho pequeno com parede fina, forma elíptica, sempre contendo larva L1. Severos casos em animais jovens.
Controle
Vermifugar as matrizes 30 dias antes do parto para evitar transmissão pelo leite;
Higiene das instalações;
Tratamento
Mesmo
Diagnóstico Diferencial: Coccidioses
Macracanthorynchus
São grandes.
Elimina ovos nas fezes. Tem HI que são besouros. Larvas iongerem ovos, tornam-se besouros. Animal come besouro, são degradados no estômago, larvas fixam-se na mucosa do intestino.
Causa inflamação, enterite e hemorragias (??)
Sintomatologia
Lesões intestinais;
Desconforto abdominal;
Perda de peso;
Vocalização (dor);
Animal deitado;
Diagnóstico
Exame de fezes.
Ovo oval com casca castanha e espessa. Contém a larva.
Controle
Evitar infecção do HI;
Remoção de dejetos;
Ideal seria o confinamento dos animais;
Helmintos de Intestino Grosso
Oesophagostumum
Grande, tem até 2cm de comprimento. Cápsula bucal pequena.
Ciclo direto. 
Patogenia
Fazem nódulos no intestino;
Ulceração da mucosa;
Grave enterite;
Colite ulcerativa;
Mucosa inflamada;
Sintomatologia
Infecções Agudas:
Diarréia;
Perda de peso;
Anemia;
Infecções Crônicas:
Inapetência;
Emagrecimento;
Diminuição da produção de leite;
Diagnóstico
Exame de fezes.
Ovos de tamanho médio. Na coprocultura: larva de cauda curta, largas e movimento lento. 
Diferenciar de Hyostrongylus.
Epidemiologia
Pode causar o fenômeno da hipobiose.
OPG no período de gestação é onde encontra-se, normalmente, o maior número de parasitos.
Controle
Higiene na alimentação e na cama, rotação de piquetes, limpeza da baia.
Trichuris
4 – 6 cm de comprimento. Extremidade posterior se afilando. Verme chicote. 
Ciclo direto, sendo que o animal se infesta com ovos larvados. No estômago são degradados, larvas ganham corrente sanguínea e habitam principalmente no ceco e colon.
Patogenia
Inflamação diftérica da mucosa cecal: Tiflite;
Prolapso retal – casos mais graves;
Diarréia;
Morte;
Sintomatologia
Principalmente animais em crescimento;
Diarreia persistente, aquosa com sangue;
Fezes com muco de sangue;
Emagrecimento;
Raquitismo;
Diagnóstico
Exame de fezes.
Ovo bem característico, em forma de limão, com opérculo em ambas extremidades.
Coloração amarela ou castanha.
Fazer amostragem diretamente da ampola retal de aproximadamente 10% da população;
Helmintos do Rim, Tecido perirrenal e Ureteres
Stephanurus
Grandes, fêmeas maiores que machos, coloração acizentada.
Ovos eliminados no meio ambiente através da urina. Saem as larvas que tem três caminhos para infestar o animal. De forma direta, e duas indiretas. Uma através de infecção cutânea e a outra através de HI que são as minhocas. Uma vez ingerido de forma direta as larvas ganham a corrente e migram para a região renal. Quando penetram por via cutânea também ganha a circulação, vão ao coração direito, passam pelos pulmões, ganham circulação e vão para os rins, principalmente direito.
Patogenia
Encapsulamento renal, cistos contendo exsudatos esverdeados, ureteres espessados, hidronefrose.
Quando migram, principalmente pelo fígado, provocam:
Cirrose grave, insuficiência hepática, lesões pulmonares, edemas, manchas esbranquiçadas. 
Sintomatologia
Paralisia;
Ascite;
Incapacidade de ganhar peso;
Gânglios linfáticos edematosos;
Irritação cutânea;
A contaminação do ambiente é através da urina.
Diagnóstico
Ovos na urina;
Presença de larvas e adultos em necropsia;
Fígados cirróticos;
Controle
Manutenção de higiene, pisos secos e limpos, isolamento de suínos jovens daqueles de mais de 9 meses. Esquema de “apenas marrãs para reprodução”. 
Helmintos do Tecido Muscular
Taenia
O suíno não tem Taenia porém abriga as formas larvais.

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