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04/11/2011 1 DIMENSIONAMENTO DE Equipamentos Equipamentos Os equipamentos complementam o planejamento da área física , uma vez que sua localização define o “lay- out” da área da UAN. Esta localização deve atender ao fluxo racional das operações , evitando cruzamento e retrocessos desnecessários já tão comentados. Deve – se evitar também procedimentos para evitar poluição sonora. Equipamentos • Classificação: Didaticamente, os equipamentos são classificados em básicos e de apoio. • Equipamentos básicos: São aqueles necessários a uma UAN, independentes de seu objetivo institucional ou social. Podem ser enumerados como: Fogão, forno, panelões, batedeira, amaciador de bifes, descascador de verduras, máquinas de lavar louças e bandejas, liqüidificador, fritadeira, unidades refrigeradas, cafeteira, coifas, bebedouros, filtros de parede. • Equipamentos de apoio: São aqueles que auxiliam ou facilitam o trabalho com os equipamentos básicos: Balcão, equipamentos sobre rodízio, etc. Tipos de equipamentos mais usados Balança plataforma Carros plataforma Anti- Câmara Câmara de carne Câmara de hortifrutigranjeiro Câmara de laticínios e massa Descascador de tubérculos Processador de alimentos Processador de legumes Extrator de suco Batedeira Cortador de frios Amassadeira Cortador de massas Cilindro de massas 04/11/2011 2 Picador de carne Serra fita Amaciador de bife Moedor de carne Cafeteira Liquidificador Refresqueira Caldeirão industrial (ou panelão industrial) Fogão industrial Sistema de exaustão Forno convencional Forno de convecção Fritadeira de imersão Frigideira basculhante Chapa bifeteira Salamandra Churrasqueira Chair – broillers Banho maria Pass – trough Estufa Carros isotérmicos Carro para lavagem de cereais Balcão de distribuição quente e frio Máquina de lavar louça Freezer Geladeira industrial horizontal e vertical Equipamentos • Salamandra Autoclave Equipamentos 04/11/2011 3 Equipamentos • Forno convecção forno combinado Pass Throught Monta Carga Equipamentos • Forno de convecção Carro isotérmico 04/11/2011 4 Seleção dos equipamentos Para se definir quais equipamentos necessários a serem adquiridos devemos observar: A natureza do estabelecimento; Tipo e complexidade do cardápio a ser servido; A qualidade e velocidade do serviço; A quantidade a ser servida e/ou a capacidade máxima de atendimento; Sistema de distribuição das refeições; Tipo de usuários, especialmente a sua atividade física , o que determina os per capitas e as porções a serem servidas; Utilização de alimentos pré – elaborados; Condições de espaços disponíveis; Disponibilidade financeira; Política de compra da empresa; Conforme a natureza e dimensão do estabelecimento, pode – se definir os equipamentos básicos a serem utilizados, e após feita a seleção deve- se verificar: Se o equipamento é multifuncional, ou seja, serve para preparação de vários tipos de alimentos; Qual a capacidade máxima de produção do equipamento correlacionar com a quantidade de refeições; Se o preço do equipamento e sua manutenção é vantajoso e sua utilização combinada com outras formas de trabalho; Forma de higienização do equipamento e material usado; Se o método de preparação com o equipamento pode ser substituído pela compra de produtos preparado; DIMENSIONAMENTO DE EQUIPAMENTOS O dimensionamento dos equipamentos de uma cozinha constitui tarefa que requer experiência do profissional da área, pois cada equipamento terá sua produção determinada por quantidade em kg por tempo de produção relacionada com a quantidade a ser produzida. Para conhecer essa capacidade é necessário que o profissional conheça o funcionamento do equipamento e sua produção máxima com eficiência sempre relacionando ao tempo. Também é necessário conhecer o per capita dos alimentos a serem produzidos, a quantidade total por turno e os fatores de correção (indicador da parte comestível) e cocção (indicador de conversão) que significam perda e ganho em uma preparação. Dimensionamento de alguns equipamentos MAIS USADOS 1) Caldeirões É necessário conhecer a capacidade máxima em litros do caldeirão; essa informação pode ser fornecida pelo fornecedor no ato da compra sendo colocada na ficha de controle do equipamento. Caso já possua o equipamento e não saiba sua capacidade; através da fórmula: V=Pi R² x h onde: V=Volume total Pi =3,14 R2= Metade do diâmetro h = altura 04/11/2011 5 Exemplo : Um caldeirão possui 1 metro de diâmetro e 0,63 m de altura .Qual será sua capacidade ? V= 3,14 x 0,50 m 2 x 0,63m V = 3,14 x 0,25 x 0,63 V = 0,785 m2 x 0,63 V= 0,49455 m3 para converter a litro x por 1000 V= 500 litros Caldeirões encontrados no mercado Modelos: autoclavados ou americanos, a gás ou caldeira. Tamanhos: 50, 100, 200, 300, 500 litros. Como calcular a capacidade de produção de um caldeirão Observar o pontos 1)Câmara de ar 2)Fator de cocção ou indicador de conversão 3) Tempo de preparo 1)Conseguindo o valor da capacidade do caldeirão devemos estimar o valor de 10% do volume total do caldeirão que corresponde a câmara de ar, espaço que o caldeirão necessita para circulação do ar no interior do equipamento 2)Todo alimento possui um fator de cocção (Indicador de conversão) que ocasiona ganho ou perda no processo . Normalmente caldeirões são muito usados para preparar arroz e feijão que apresentam ganhos quando o preparamos . Sendo assim devemos pegar a capacidade livre do caldeirão e dividir pelo fator de cocção dos alimentos . O tempo de preparação deverá ser testado na prática pois dependerá do funcionamento do caldeirão, do tipo de alimento a ser preparado e da forma como se pretende servir esse alimento. 04/11/2011 6 Exemplo: A)Qual a capacidade de produção de um caldeirão de 500 litros? Um caldeirão com capacidade máxima de 500 litros, é necessário deixar 10% livre para circulação do ar ; sendo assim: Capacidade livre do caldeirão será : 500 – 50 = 450 L Iremos preparar um arroz no caldeirão acima com fator de cocção 3, quantos quilos de arroz podemos fazer por caldeirão: Capacidade livre do caldeirão = 450 = 150 Kg Fator de cocção 3 B)Precisamos produzir em 2 horas, 600 kg de arroz in natura, Sabemos que o caldeirão citado anteriormente produz em 50 minutos, 150 kg de arroz. Sendo assim quantos caldeirões serão necessários? 150 Kg de arroz -------------50 minutos (1 panelão) X Kg de arroz ----------------120 minutos X= 360Kg de arrroz 1 panelão produz em 120 minutos Porém na verdade só podemos colocar 300 kg no caldeirão. 1 panelão -----------------------------300 Kg ( em 120 minutos) X panelões ----------------------------600 kg x-= 2 panelões 2)Balcão de distribuição Para definir o número de balcões necessários, será preciso estimar um tempo médio em que as refeições serão distribuídas e o horários que serão distribuídas . É importante também conhecer a quantidade de refeições no horário de pico para evitar formação de filas . Exemplo: Um restaurante serve em média em 1 minuto, 10 refeições O tempo de distribuição são de 2 horas para servir 2400 refeições, quantos balcões seriam necessários ? Resposta : 1minuto –------------------------- 10 pessoas em um balcão 120 minutos ( 2 horas )--------X pessoas X= 1200 refeições 1200 refeições -----------------1 balcão 2400 refeições -----------------x X= 2 balcões no tempo de 2 horas serve 2400 refeições Em caso de horários de picos também fazer cálculo para suprir a quantidade no determinado tempo. 04/11/20117 Supomos que o mesmo restaurante citado tenha que servir as 2400 refeições de 11:00h às 13:00h, sendo horário de pico 900 refeições entre 11:30 às 12:00h devido a composição da linha da fábrica. Quantos balcões precisaremos? Resposta 1minuto –------------------------- 10 pessoas (em um balcão ) 30 minutos ( pico )--------X pessoas X= 300 refeições 300 refeições -----------------1 balcão (em 30 minutos ) 900 refeições -----------------x X= 3 balcões no tempo de 30 minutos serve 900 refeições Antes e depois do horário de pico não é necessário manter os 3 balcões abertos ver de acordo com o fluxo 2.1)Recipientes para balcões O número de recipientes para balcões de distribuição será calculado de acordo com: Tipo de preparação a ser servida; Composição do cardápio; Peso de cada preparação; Modo de servir cada preparação; Capacidade do recipiente; Fluxo de comensais e reposição; 3)Fornos Para dimensionar o forno toma – se como parâmetro o tempo de cocção da preparação de maior “per capita” e estima- se a quantidade da preparação que vai ser assada por câmara . Exemplo : Iremos comprar um forno elétrico convencional para suprir uma produção de 300 Kg de coxa e sobrecoxa no qual o tempo de preparo deverá ser de 3 horas. A Câmara do forno em questão prepara aproximadamente 14,5 Kg de coxa em 25 minutos. Quantas câmaras serão necessárias? 04/11/2011 8 Resposta : 14,5 Kg (em uma câmara) ----------------------25 minutos X Kg ----------------------------------------------------180 minutos X=104,40 Kg (em 180 minutos por uma câmara) Sendo assim sabemos que em 3 horas uma câmara irar produzir 104,4 Kg 104,4 Kg ----------------------------1 câmara 300 Kg -------------------------------X câmaras X=3 câmaras Precisamos então de um forno com 3 Câmaras Supondo que o só temos fornos com 2 Câmaras para comprar, sendo assim quantos fornos devemos comprar com o mesmo tempo de preparação? 14,5 Kg (em uma câmara) ----------------------25 minutos X Kg ----------------------------------------------------180 minutos X=104,40 Kg (em 180 minutos por uma câmara) Sendo assim 1 forno produz 208,80 Kg como a produção é de 300 Kg devemos comprar dois fornos . 4)FRITADEIRA Modelo: Elétrica ou à gás, construída em aço inox, equipada com termostato, capacidade: 7,15, 20, 40, 60, 90, 180 litros. Dimensionamento: 0,05 litros/refeição 5)FRIGIDEIRA: Modelo: elétrica ou a gás, recipiente basculante, revestimento em inox, corpo em ferro fundido, aquecimento a gás ou elétrico, termostato, capacidade: 60, 80, 100 litros. Dimensionamento: 0,05 litros/refeição Os demais equipamentos básicos como amaciador , moedor , descascador , ...deverão ser dimensionados considerando alguns fatores como : Peso do gênero a ser processado; Tempo disponível para o processamento; Capacidade de produção em Kg x tempo do equipamento; 04/11/2011 9 Aquisição A solicitação do equipamento deve ser feita por escrito, e o nutricionista deverá especificar o tipo de equipamento desejado, sem deixar margem a duplas interpretações pelas firmas especializadas e pelo profissional envolvendo no recebimento da mercadoria. A especificação do material a ser adquirido deve conter as seguintes informações: Nome do equipamento, sua capacidade nominal, material usado para sua fabricação, fonte de alimentação e acessórios, se necessário. • Exemplo: Máquina para descascar verduras, com capacidade produtiva de 120 a 150 kg/h, com estrutura do corpo em ferro fundido, fonte de alimentação elétrica, com voltagem de 110/220 volts e acessórios: Ralador de queijo e cortador de verduras. Manutenção de equipamentos 1- Classificação: Preventiva e Corretiva. • Preventiva: feita periodicamente, total ou em etapas, de acordo com o cronograma estabelecido pelo Nutricionista. Vantagens: - Aumenta a vida útil do equipamento; - Segurança na operacionalização; - Retarda o aparecimento de avarias. • Corretiva: feita apenas quando o problema aparece, causando transtornos à operacionalização da UAN. Vantagem: - Baixo custo??? Sistema de Controle Quando não há possibilidade de se implantar na UAN, um sistema de manutenção preventiva, cabe ao nutricionista, objetivando minimizar os problemas ocasionados pelas quebras e avarias, implantar um sistema de controle, com registro da data e o tipo de conserto efetuado no equipamento. Através dessas observações ao longo do tempo, será possível, estatisticamente, prever a necessidade de reposição de peças, o que propiciará elementos seguros para calcular a vida útil dos equipamentos, independentemente dos referenciais do fabricante. Interessante que este sistema de controle seja implantado não apenas nestes casos, mas em todas as situações, pois, além de controlar a vida útil dos equipamentos, fornece subsídios para o cálculo de sua depreciação. Depreciação de equipamentos em UANs • Os Bens Patrimoniais, devido ao uso e pelo desgaste natural ao longo do tempo, sofre desvalorização de seu valor original, a qual se denomina “depreciação”. • Conforme a legislação a depreciação é a diminuição do valor dos bens tangíveis ou intangíveis, por desgastes, perda de utilidade por uso, ações da natureza ou obsolescência. • A depreciação é um componente do custo da refeição, que muitas vezes deixa de ser calculado por falta de informação ou pelo desconhecimento de sua importância. • É uma despesa não desembolsada, mas que deve ser contabilizada, por traduzir a perda do valor pelo desgaste do equipamento. 04/11/2011 10 Depreciação equipamentos : Para cada tipo de equipamento e material permanente, deve ser consultada a Norma de Execução n° 06, publicada no Diário Oficial da União de 30 de dezembro de 1993, conforme o item seguinte. EQUIPAMENTOS E MATERIAL PERMANENTE Itens Taxa Anual Máquinas e equipamentos de natureza industrial 10% Máquinas, utensílios e equipamentos diversos 10% Veículos diversos 20% Mobiliário em geral 10% Outros materiais permanentes 10% Cálculo para depreciação de equipamentos: 1- Método das Quotas Constantes: • Por este método a depreciação é calculada dividindo-se o valor a ser depreciado pelo tempo de vida útil do bem. D = valor do bem/vida útil • Ex 1: Um veículo com vida útil estimada de 5 anos tem valor contábil de R$ 20.000,00. Calcular o valor da conta Depreciação Acumulada ao final do terceiro ano. Resolução: • D= 20.000/5 = R$ 4.000,00. • Ao final do terceiro ano, o valor da Depreciação Acumulada = 3 x 4.000 = R$12.000,00. • Taxa de depreciação percentual: 20% ao ano. • Ao final do terceiro ano o veículo terá depreciado: 3x 20%= 60%. • 60% x 20.000 = R$12.000. Depreciação de equipamentos Ex. 2: Um equipamento tem custo de aquisição de R$ 12.000,00 com valor residual de R$ 2.000,00. A taxa de depreciação anual é de 20% ao ano. Calcular o valor contábil do equipamento após dois anos de utilização. • O valor a ser depreciado é de 10.000 (12.000 – 2.000). Após dois anos o equipamento terá depreciado 40%. Assim, 10.000 x 40% = 4.000. • O valor contábil é de R$ 8.000 ( 12.000 – 4.000). 2- Método da Soma dos Dígitos: • Ex: Um equipamento tem prazo de vida útil de 5 anos e custo de R$ 3.000,00. Calcular o valor da depreciação anual. Resolução: • Inicialmente somamos os algarismos que compõem o número de anos: 1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15. Assim, a depreciação é calculada como se segue: Ano 1: 5/15 X 3.000 = R$1.000,00 Ano 2: 4/15 X 3.000 = R$ 800,00 Ano 3: 3/15 X 3.000 = R$ 600,00 Ano 4: 2/15 X 3.000 = R$ 400,00 Ano 5: 1/15 X 3.000 = R$ 200,00 Depreciação de equipamentos 3- Método das Unidades Produzidas: Número de unidades produzidas no período Número de unidades estimadas a serem produzidas durante avida útil do bem. • Ex: Uma máquina, cujo custo é de R$ 10.000,00, produziu 3 milhões de peças no primeiro ano e 6 milhões no segundo ano. Estima-se que durante a vida útil do bem a máquina produzirá 30 milhões peças. Calcular o valor da depreciação acumulada após o segundo ano. Resolução: • No primeiro ano, a depreciação será: 3 milhões / 30 milhões = 10%. • 10% x 10.000 = R$1.000,00. No segundo ano: 6 milhões/30 milhões = 20%. 20% x 10.000 = R$ 2.000,00. Assim, a depreciação acumulada, após o segundo ano, é de R$ 3.000,00. 4- Método das Horas de Trabalho • A quota de depreciação é dada pela fórmula: Número de horas trabalhadas no período Número de horas de trabalho estimadas durante a vida útil do bem.
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