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Disciplina de genética básica para o curso de Zootecnia Técnicas de biotecnologia Alguns textos que auxiliarão a responder as algumas questões da apostila: A história da biotecnologia Plantas transgênicas Novas tecnologias: suínos Feijão transgênico Aplicações dos animais transgênicos Textos obtidos no seguinte endereço: http://www.biotecnologia.com.br/edicoes/materias.php Exercício 1 - trabalhando com enzimas de restrição: A enzima de restrição HpaII reconhece uma sequência específica na molécula de DNA, cortando-a conforme exemplificado na figura abaixo (A). Em (B) é mostrado uma mesma região do DNA, só que de dois cromossomos homólogos (CA e CB). Diante dessas informações responda: Identifique nos cromossomos CA e CB os sítios de corte para a enzima HpaII, bem como a quantidade e o tamanho dos fragmentos formados após o uso dessa enzima de restrição. Podemos perceber que, no cromossomo CA, existem dois pontos de corte para essa enzima, o que produzirá três fragmentos. Um deles terá uma sequência de 11 nucleotídeos (neste caso, se considerarmos apenas a fita maior), um outro com 15 e o terceiro com 19. Com relação ao cromossomo CB, este possui apenas um único ponto reconhecido por essa enzima. Assim, serão gerados dois fragmentos, um com 11 e o outro com 34 nucleotídeos. A técnica de eletroforese em gel separa o DNA de acordo com o tamanho dos seus fragmentos (os menores correm à frente e os maiores vão ficando para trás). Considerando o tamanho dos fragmentos produzidos nesses dois cromossomos, marque na figura abaixo como ficaria o padrão de bandamento de indivíduos com as combinações CACA, CACB e CBCB. Podemos perceber, nesse exemplo, que um indivíduo heterozigoto (o do meio) expressará os dois padrões de corte enzimático observados em cada um dos homozigotos. Ou seja, ele terá o fragmento de tamanho 11 (o menor de todos, por isso o mais rápido) gerado pelos dois cromossomos, mas também os fragmentos 19 e 15 gerados pelo corte do cromossomo CA e o 34 produzido pelo corte do cromossomo CB. Seria possível utilizar essa técnica para discriminar indivíduos, como uma espécie de impressão digital? Explique. Originalmente, essa técnica foi utilizada para a identificação dos indivíduos, tendo em vista que cada um de nós apresenta um padrão específico de corte para uma determinada enzima de restrição, como pode ser notado na figura anterior. Ou seja, neste exemplo, embora os três indivíduos apresentem bandas em comum, no conjunto, cada um deles apresentará um padrão específico de bandamento. Acontece que esse esquema é uma simplificação para podermos mostrar como se estabelece o padrão de herança dos fragmentos de DNA gerados pela ação de uma enzima de restrição e de como podemos usá-los para caracterizar os indivíduos. Porém, um número tão pequenos de bandas não é suficiente para discriminarmos os indivíduos, como é exigido nos casos de exames de paternidade ou nas investigações criminais. Mas, se formos considerar que uma mesma enzima de restrição irá atuar em todo nosso genoma, isso significa que deverão ser produzidos milhares de fragmentos de DNA de diferentes tamanhos. E se usarmos enzimas diferentes, teremos padrões diferentes de cortes. Assim, quando todo esse DNA for separado eletroforeticamente, será observado um padrão específico de bandamento - uma espécie de impressão digital - que terá pouca chance de se repetir para qualquer outro indivíduo da população (exceto para os gêmeos univitelinos), conforme podemos observar no esquema abaixo: Mas por que indivíduos diferentes não apresentarão os mesmos padrões de bandamento? Por conta da reprodução sexuada e das mutações no DNA: Devido a reprodução sexuada, herdaremos somente um conjunto genômico de cada um dos nossos progenitores. Então, o padrão de bandas que produzirermos será parcialmente idêntico ao dos nossos pais. E, graças a meiose com a segregação independente e a permuta, nossos irmãos e irmãs também não deverão ser geneticamente idênticos a nós (novamente, a não ser para os gêmeos univitelinos). Por outro lado, qualquer mutação que leve a uma troca de bases nos sítios de reconhecimento das enzimas fará com que elas não mais cortem o DNA nesse ponto. Assim, se herdamos dos nossos pais uma nova mutação, poderemos apresentar uma pequena alteração no padrão de bandamento do nosso genoma. Além disso, é interessante ressaltar que, ao mesmo tempo em que as mutações destroem os sítios de restrição, elas também podem gerar novos sítios em outras regiões do genoma. Observação: Atualmente os marcadores de microssatélites (veja a prática "Quem é o pai do bezerro", disponível na página desta disciplina) são os mais utilizados na identificação dos indivíduos, quer sejam nos exames de paternidade como nas investigações criminais.
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