Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TERAPÊUTICA DAS INTOXICAÇÕES Definição da Toxicidade Xenobióticos - Substância estranha, capaz de induzir efeitos sobre os organismos; Tóxico - Xenobiótico causador de efeitos deletérios Veneno - Tóxico causador de graves efeitos, por vezes mortais Toxina - Substância natural (biotoxina) que provoca efeitos tóxicos Exposição aguda - Envolve os efeitos nocivos no organismo através de uma única exposição a longo ou a curto prazo. Exposição subcrônica - São aquelas de curta duração, menores do que 10% do período vital Toxicidade / exposição crônica A capacidade de uma substância ou mistura de substâncias de provocar efeitos nocivos durante um período prolongado, geralmente após repetidas exposições, durando às vezes por toda a vida do organismo exposto. São as que duram entre 10% a 100% do período de vida do ser. Qual a primeira preocupação diante de um animal vítima de intoxicação? Manutenção da Vida !!! Para isso deve-se aplicar as seguintes medidas: Liberação das vias aéreas, com ventilação assistida se for o caso; Manutenção da função cardíaca, por reposição da volemia; Ressuscitarão Cardiopulmonar; Medidas de descontaminação Intoxicação por via cutânea : Reduzir a taxa de absorção do agente tóxico pelo animal Remoção do animal do local onde ocorreu a intoxicação; Lavar a pele do animal mas cuidado com temperatura corporal Animais com pelagem espessa devem ser tosados; Intoxicação por via respiratória Remoção do animal do local onde ocorreu a intoxicação Promover a ventilação forçada para “lavar” o trato respiratório Intoxicação por via digestiva: Remoção da fonte de intoxicação que o animal está ingerindo Promover êmese 1- Se a substância não tiver propriedades causticas 2- ingestão até no máximo 6 horas; 3- animal consciente Pode-se administrar: 1- Água oxigenada 10% PO na dose de 10 ml; 2- Xarope de ipeca PO 1 a 2mg/kg; 3- Apomorfina SC na dose de 0,08 mg/kg – emético potente- depressão respiratória; 4- Xilazina 1,0 mg/Kg Quando o agente tiver propriedades cáusticas e tiver sido ingerido até 6 horas ou animal inconsciente: Proceder a lavagem gástrica: sonda esofágica; administração de solução aquosa de carvão aditivado; (1g/5ml de água na dose de 1 a 5g/ kg) Repetir de 10 a 15 vezes; O agente tóxico foi ingerido há mais de 6 horas: Administrar solução de carvão ativado PO a cada 6 horas, durante três dias Associar laxante salino ou a base de óleo mineral; O carvão ativado tem propriedades de adsorção Terapia de Suporte Aumentar a filtração glomerular Aumentar Diurese com fluido terapia (sol. fisiológica 0,9% no fluxo de 6ml/kg/h) Se necessário utiliza-se diuréticos – furosemida na dose de 2-4 mg/kg IV,IM,SC, TID. Improviso pode ??? INTOXICAÇÃO POR PRAGUICIDAS Rodenticidas Anticoagulantes 1ª geração: Varfarina, dicumarol, valona 2ª geração: Brodifacoum, difaciona, bromadiolona Toxicocinética Absorção gastrointestinal; Ligam a albumina plasmática Biotransformação hepática; Excreção renal; O warfarim atravessa a barreira placentária e é excretado pelo leite; Toxicodinâmica Inibição da coagulação sanguínea; Interferência na síntese hepática dos fatores de coagulação dependentes de vit K; Interferência na transformação de protrombina em trombina Inibe os fatores II, VII, IX, X Aumentam a fragilidade vascular; Ação após 24 a 36 horas da ingestão; Sinais clínicos Apatia; Anorexia Intoxicação aguda: Hemorragias; Anemia; Choque; Morte Intoxicação crônica: Anemia; Icterícia; Hematemese; Epistaxis; Melena; Hematúria Aborto em bovinos; Morte fetal em suínos Sinais Neurológicos se o sangramento está no cérebro Diagnóstico Anamnese; Sinais Clínicos; Avaliação do tempo de protrombina; Tratamento Manipulação reduzida do paciente (se necessário sedar superficialmente; Medidas de descontaminação; Vitamina K1 por via oral/SC/IM na dose de 5mg/ kg a cada 12 horas, durante 7 dias ou mais*; Vitamina C – estabilização de membranas e fragilidade capilar; Tratamento sintomático; Prognóstico :È favorável se o quadro de hemorragia não for muito intenso e o protocolo terapêutico for realizado completamente; Estricnina Toxicocinética Absorsão: gastrointestinal rápida; Excreção renal; Meia-vida 10 horas; Toxodinâmica Potente convulsivante Aumenta a excitabilidade dos neurônios intercalares da medula espinhal; Compete pelos receptores da glicina (neurotransmissor inibidor motor da medula espinhal); Sinais clínicos Primeiros sinais ocorrem de 10min a 2h Contrações musculares; Dispnéia; Convulsões Hipereflexia; Hiperextenção Asfixia; Morte; Diagnóstico Anamnese Sinais Pesquisa por agente Tratamento Prevenção de asfixia; Medidas de descontaminação; Controle de convulsões (Diazepan 0,2-0,5 mg/Kg IV associado a Pentobarbital 30mg/Kg IV; Acidificação da urina com cloreto de amônio PO (150mg/Kg); Medidas Sintomáticas; Reduzir estímulos ambientais Ácido monofluroacético/ fluoracetamina (1080,1081 Substâncias consideradas das mais tóxicas existentes ! Toxicocinética e Toxicodinâmica Absorção: TGI, Trato respiratório e pele; Acumula-se principalmente nos tecidos cardíacos e nervosos e em menor quantidade no fígado; Bloqueia o ciclo de Krebs por competição com o citrato pelo local ativo da enzima aconitase. O excesso de citrato causa queda brusca no cálcio ionizado. Sinais Clínicos Aparecimento dos primeiro sinais clínicos de 30min a 25h, mesmo em dose altas raramente ocorre aparecimento súbito de sinais clínicos Sinais Cardíacos Arritmias ventriculares; Depressão do miocárdio ; Fibrilação e parada ventricular; Taquicardia; Sinais Nervosos Inquietude; Hiperirritabilidade; Aumento da excitabilidade; Alucinações; Andar ou corrida “delirante” em linha reta; Alterações de latido, granidos,que expressão dor; Fasciculações, tremores e contrações musculares; Convulsões tonico-clônicas; Hipertemia (41 a 42 graus)- Cães Hipotermia (<34 graus) Sinais Gastrointestinais Salivação Êmese Diarréia; Tenesmo; Sinais Respiratórios Taquipnéia; Dispnéia; Depressão neurológica Coma Morte por insuficiência respiratória geralmente após 2 a 12 h após o aparecimento dos sinais clínicos; Outros sinais Midríase Polaciúria Rigor mortis é instalado rapidamente Diagnóstico Anamnese Sinais clínicos Sinais Laboratoriais (aumento de citrato) Análise toxicológica Tratamento Pouco sucesso Medidas de descontaminação Uso precoce Monoacetin (0,55mg/Kg, IM a cada 30 mim Terapia de suporte; Utilização de Gliconato de Cálcio e succinato de cálcio/ antagoniza a hipocalcemia; Controle de Temperatura Deixar o animal em ambiente escuro. Inseticidas Organofosforados e Carbamatos Paration, diclovós, carbaril, aldicarb (chumbinho) Toxicocinética e Toxicodinâmica Absorção: Todas as vias; Distribuição: todos os organismos – não apresenta bioacumulação Biotranformação hepática Excreção renal; Mecanismo de ação: inibição da acetilcolinesterase (a acetilcolina não é degradada e se acumula nas sinapses nervosas, impedindo assim transmissão de impulsos; Organofosforados: Inibição irreversível Carbamatos: reversão espontânea e de curta duração; Sinais Clínicos Síndrome muscarínea: Respiratório: Broncoconstricção e broncorréia; Gastrointestinal : Vômito e diarréia; Glândulas exócrinas; sudorese e salivação Cardiovascular: diminuição da FC e PA Oculares: miose Síndrome nicotínica Fraqueza Tremores Ataxia Confusão Mental Insuficiência Respiratória Ações no SNC Convulsões Diagnóstico Histórico; Sinais; Laboratóriais: dosagem de acetilcolina no sangue total, plasma ou eritrócitos Tratamento Medidas de descontaminação Sulfato de atropina na dose de 1mg/kg IV a cada 15mim, até a supressão dos sinais, Um bom indicador é o controle das secreções. A atropina atua nos sinais muscarínicos. Pralidoxina Antídoto Verdadeiro: 20-50mg/Kg IV ou IM, associada a atropina. Promove hidrólise da colinesterase fosforiladae regeneração da colinestrerase ativa. ; Somente para Organofosforados; Terapia de Suporte Organoclorados Ingestão acidental Preparações fitossanitárias Cereais e sementes tratadas Embalagens Toxicidade Tóxicos neuromusculares Hepatptóxicos Nefrotóxicos Ativação enzimática Imunossupressor Carciogênico Sinais clínicos Intoxicação aguda ou superaguda: Fasciculações dos músculos faciais e cervicais; Tremores e fasciculações generalizadas; Salivação, Ataxia e nistagmo; Mudança de atitude; Convulsões clônicas e tônicas; Movimentos de pedalagem; Hiperestesia, opstótomo; Hipertermia; Intoxicação crônica Anorexia Emagrecimento Diminuição da produção láctea Convulsões e tremores menos evidentes; Óbito em várias semanas ou meses; Tratamento Não há antídoto Sintomático Acidificação da urina Medidas de descontaminação Analépticos cardiorrespiratórios Anticonvulsivantes (diazepam, barbitúricos e xilazina) Amitraz Toxicocinética Absorção: Oral e cutânea Distribuição: Pele fígado, olhos, bile, cerebelo, pulmões e gônadas; Biotransformação: Metabolização Hepática rápida. Excreção: Renal NÃO TOMAR SOL Sinais Clínicos Braquicardia Hiperglicemiaa Ataxia Parada do TGI Gases e Cólica Hipotensão Síncope Tratamento Medidas de descontaminação Laxantes Ioimbina 0,1 – 0,4mg/Kg IV Terapia de Suporte Manter o animal em ambiente sem estímulos nas primeiras 24 horas; Não usar atropina ( Secreções gastrintestinais) Prognóstico de moderado a Bom Piretróides Permetrina Cipermetrina Deltametrina Fenpropanato Sinais Nervosos; Vômitos, diarréia; Dispnéia, cianose; Irritação no local da absorção. Conduta Terapêutica Medidas de descontaminação; NÃO HÁ ANTIDOTOS! Terapia suporte; Diazepam – 0,1 – 0,5 mg/Kg I.V. INTOXICAÇÃO POR HERBICIDAS Derivados de Fenóis e Cresóis Dinoseb Dinitrofenol Dinitroortocresol MECANISMO DE AÇÃO Estimulo do metabolismo basal; Estimulo da celular; Inibição da síntese de ATP Aumento do consumo de oxigênio Diminuição de glicose; Morte celular; SINAIS: Hipertermia elevada Anorexia Sede intensa Dermatite Erosões de mucosa Polipnéia Sudorese Desidratação Cólicas Perturbação hepática e renal Coma e morte por esgotamento fisiológico Tratamento Não há antídotos !!! Baixar temperatura; Tratamento sintomático e de suporte; INTOXICAÇÃO POR FUNGICIDAS Sulfato de Cobre Mecanismo de ação Inibição enzimática Alterações hepáticas Hemólise Necrose renal Ação caústica Sinais Intoxicação aguda Diarréia; hemorragias; Ptialismo; Paralisia; Cardiovasculares; Intoxicação crônica Inapetência; Icterohemorrágicos; Morte em 1-4 dias; Tratamento Medidas de descontaminação; Solução albuminosa ou leite; BAL (dimercaprol): 3mg/kg I.M na posologia: a cada 4h por 2 dias; a cada 6h no 3º dia; a cada 12h por 10 dias; Molibdênio ou enxofre; Terapia de Suporte; INTOXICAÇÃO POR DROGAS Avermectinas Mecanismo de ação: Inibição neuronal, por alterações no GABA Sinais Clínicos Aparecem dentro de 24 horas após ao uso Ataxia Tremores Letargia Fraqueza Midríase Sialórréia Coma Maconha Mecanismo de Ação Afeta o funcionamento de neurotransmissores como a dopamina, serotonina e GABA, provoca inibição da neurotransmissão. Tratamento Medidas de descontaminação Terapia Suporte Sinais Ataxia Depressão Vômito Incontinência Urinária Bradicardia Tremores Hipotermia Estupor Acetoaminofeno Mecanismo de ação Hepatotoxicidade - Devido ao acúmulo de glutationa hepática; Metahemoglobina - Reações de oxidação transformam o ferro ferroso do grupo heme, em ferro férrico, convertendo assim a hemoglobina em metahemoglobina, a qual não é capaz de carrear oxigênio Sinais Depressão Fraqueza Dispnéia; Cianose; Icterícia; Vômito; Hipotermia; Edema de face ou patas; Necrose hepática; Morte; Diagnóstico Anamnese; Sinais clínicos; Mensurar níveis plasmáticos de acetominofeno; Presença de corpúsculos de Heinz, nas hemácias; Tratamento Medidas de descontaminação; N-acetilcisteína (NAC) na dose inicial de 140mg/Kg PO, seguida de doses de 70mg/Kg a cada 4 horas até completar cinco aplicações. Vit. C: na dose de 30 mg/Kg PO BID, exercesse ação antioxidante. Cimetidina: na dose de 5 a 10mg/kg PO a cada 6 horas. Visa reduzir a hepatotoxicidade por inibição da oxidação do citocromo p450. Ácido acetil salicílico (AAS) Disfunção do Equilíbrio Ácido-básico Sinais: Depressão Vômito Taquipnéia Hemorragias Convulsões Choque Diagnóstico Anamnese; Sinais; Adição de 2 gotas de cloreto férrico 10% à 2ml de urina = vermelho = presença de salicilatos na urina; Medidas de descontaminação Fluidoterapia Ringer lactato Tratamento sintomático INTOXICAÇÃO POR ALIMENTOS Uvas e passas Vômitos repetidos; Hiperatividade; Letargia e depressão; Falência renal em gatos; Nozes Macadâmia Fraqueza ou paralisia dos membros posteriores Tremores musculares Taquicardia Hiperterrmia Vômitos Morte Doces, Jujubas Pasta de dentes, Alimentos assados, Alimentos diet XILITOL Álcool Mesmo efeito sobre o fígado e cérebro de um gato ou um cão que tem sobre os seres humanos; Vômitos Diarréia Depressão do SNC Problemas de coordenação Dificuldade respiratória Coma e morte Apenas duas colheres de chá de whisky pode causar um coma em um gato; ...e mais uma colher de chá poderia matá-lo. Inquietação Respiração rápida Palpitaçõe Tremores musculares Convulsões Hemorragia NÃO HÁ ANTÍDOTO!!! Chocolate Teobromina Vômitos Dirréias Polidipsia Arritmia Tremores Convulsões Morte Tratamento Medidas de descontaminação; Barbitúricos – Pentobarbital Sódico 30mg/Kg I.V.; Terapia de Suporte Caquis, pêssegos, ameixas Pêssego e ameixa contêm cianeto; Caqui pode causar inflamação do intestino Sementes ou caroços; Ovos crus Há uma enzima em ovos crus que interfere na absorção de vitamina B. Problemas dermatológicos Abacate PersiN, vômitos e diarreia Cebolas Formação de corpúslos de Heinz; Hemólise extravascular e intravascular; Anemia hemolítica Diarréia Vômito Tratamento Remover a cebola da dieta; Antioxidantes – Vit C na dose; 30mg/Kg P.O. BID; Eritropoitina recombinante; Sulfato ferroso – 100 a 200; Terapia de suporte INTOXICAÇÃO POR PLANTAS Comigo-ninguém-pode Dieffenbachia sp Copo-de-leite Zantedeschia aethiopica Spreng Principio ativo: Oxalato de cálcio & Saponinas Sinais: Queimação local; Êmese e diarréia; Sialorréia; Edema de boca e glote; Asfixia; Lesão da córnea; Tratamento Medidas de descontaminação; Óleo, leite ou vinagre( Demulcentes) ; Evitar lavagem gástrica ou êmese; Anti-histamícos: Cimetidina na dose de 5-10mg /kg, TID Terapia de Suporte; Mamona Ricinus communis Princípio ativo: Toxalbumina (ricina) - Promove aglutinação das hemácias Ardor na boca e garganta; Náuseas; Cólicas; Tonturas; Fraqueza; Diarréia mucosa; Vômito; Hemorragias; Hemólise; Convulsões Degeneração renal; Morte após 4 dias. Tratamento: Medidas de descontaminação; transfusões de sangue Pião-roxo Jatropha curcas L Toxalbumina (curcina) Inibe a síntese de proteínas Vômitos Náuseas Diarreia Hipotensão Cólicas intensas Distúrbios hidroeletrolítico Torpor Insuficiência renal Arritmia Dispneia Hiporreflexia Coma Parada cardíaca Choque Tratamento Antiespasmódicos, antieméticos, antidiarréicos. Correção hidroeletrolítica Samambaia Características: Distribuída por todo o País; Áreas com maior altitude; Solos ácidos arenosos pobres em fósforo; Queimadas favorecem a brotação e proliferação, eleva a toxidez; Animais sensíveis à intoxicação: bovinos, bubalinos, eqüinos, coelhos, ovinos e suínos. Sintomas em BOVINOS Carbúnculo hemático; Leptospirose; Tristeza parasitária; Pasteurelose; Agudos Laríngeo: Emagrecimento, Pêlos arrepiados, Diátese hemorrágica, edema na garganta,Ataxia; Entérico: Anorexia, febre, mucosas pálidas, aplasia medular, enterite, diarréia fétida e escura com presença de coágulos, Crônica: Hematúria enzoótica dos bovinos Timpanismo; Anemia; Ulcerações na cavidade oral Hematúria; Carcinomas no esôfago, faringe e rúmen - tosse Disfagia; O que favorece a intoxicação Carência de pastagem fibrosa; Escassez alimentar; Bovinos que ingerem a samambaia acabam "viciados na planta", Sintomas em EQUINOS: sonolência, tremores, convulsões, posições anormais dos membros, quedas, andar incerto, incoordenação, apetite anormal até a morte. Ovinos: degeneração progressiva da retina “cegueira brilhante” Suínos: sinais neurológicos Tratamento NÃO existe nenhuma terapia específica para tratamento Transfusão de sangue Antibióticoterapia Controle da planta: Calagem do solo; Evitar queimadas INTOXICAÇÃO POR ANIMAIS PEÇONHENTOS E VENENOSOS Animais peçonhentos:Possuem veneno e são capazes de inocular de forma ativa; Serpentes Aranhas; Escorpiões; Vespas; Marimbondos; Arraias; Animais venenosos: Produzem veneno e o inoculam de forma passiva; Sapos; Taturana; Baiacu Serpentes BOTHROPS: Jararacas; Urutu-cruzeiro; Jararacussu - Ação hemorrágica e necrosante Cascavel: Ação neurotóxica e hemolítica Surucucu: Ação hemorrágica necrosante SERPENTES Corais: Neurotóxica O que fazer em caso de acidentes Manutenção das funções cardiorespiratórias; Corticoterapia: 10mg/Kg I.M. ou I.V. Antibióticoterapia; Fluidoterapia; Soro terapia específica: 5 ampolas por via S.C. seguida de mais 5 ampolas I.V., puro e por gotejamento (30-40/ min) NUNCA FAÇA GARROTES, CORTES OU PERFURAÇÕES! Identificação de acidentes com serpentes pelos sinais e seu tratamento GÊNERO AÇÃO DO VENENO SINAIS TRATAMENTO Brothops Jararaca Proteolítico Hemorrágico Necrosante Edema, hemorragias necrose Soro antibotrópico Corticóides Fluido terapia Crotalus Cascavél Neurotóxico Hemolítico Ptose palpebral hemoglobinúria Apatia Soro anticrotálico Corticóides Fluidoterapia Lachesis Surucucu Proteolítico Hemorrágico Necrosante Edema, hemoglobinúria Apatia Soro antilaquético Corticóides Fluidoterapia Micrurus Coral Neurotóxico Ptose palpebral Hemoglobinúria Soro antielapídico Corticóides Fluidoterapia ARANHAS Terapia nos acidentes com aranhas: Analgésicos – dipirona 25mg/Kg – SC ou IM Anestésico local – infiltrar lidocaína sem vaso constritor ao redor do local da picada Anti-histamínico – Prometazina 0,2 – 1,0mg/Kg PO Soroterapia especifica: Aplicar o soro antiaracnidico polivalente nos casos de acidente com aranha armadeira ou aranha marrom, ou ainda o soro antiloxoscélico nos acidentes com aranha marrom. Identificação de acidente com aranhas pelos sinais e seu tratamento ARANHA SINAIS TRATAMENTO Armadeira Dor intensa Infiltrar lidocaína, soro polivalente Marrom Dor, edema e necrose local, naúseas. Soro polivalente Soro Antiloxoscélico Tarântula Dor local Analgésicos Caranguejeira Dor intensa, Dificuldade respiratória Anti-histamínico ESCORPIÃO Terapêutica nos acidentes por escorpião Anestésico local - Lidocaína sem vasoconstritor Soroterapia específica - Soro antiescorpiônico ou soro antiaracnídeo polivalente = sintomatologia sistêmica Vespas Marimbondos Abelhas Formigas Alergênio Hemolíticas Cardiotóxicas Citotóxicas Partes mais atingidas: nasal, ocular e oral Sinais Inquietação Edema de pálpebras e lábios Agiodema Placas urticariformes Náuseas, êmese Fraqueza generalizada Perda da consciência Edema de glote Dispnéia, Asfixia Morte Tratamento Manutenção das vias aéreas; Não há antídoto; Adrenalina - 1:1000 na dose 0,1-0,5 ml S.C.; Antihistamínicos – Cimetidina 5 – 10mg/Kg P.O., I.V. ou S.C., T.I.D.; Corticoterapia – Succinato de predinisolona sódica 10mg/Kg I.V. repetir se necessário após 4 horas; Remover ferrões com auxílio de uma lâmina de bisturi fazendo movimentos de raspagem Sapos Bufotoxina – atua sobre a função cardíaca Sinais Sialorréia intensa; Náuseas Êmese Excitação Agitação Incoordenação motora Tratamento Lavar a boca com água corrente em abundância Casos graves = Veparamil na dose 8mg/kg I.V., minimiza os efeitos cardíacos INTOXICAÇÃO POR METAIS PESADOS CHUMBO MERCÙRIO ARSÊNICO Fontes de intoxicações: tintas, fluidos de baterias, águas com resíduos industriais, derivados de petróleo. CHUMBO Mecanismo de Ação: inibição enzimática e interfere na síntese de heme Sinais Intoxicações agudas Depressão Cardiorrespiratórios Dor abdominal Intoxicações crônicas Anemia Hemoglobinúria Diagnóstico: anamnese, pontilhado basofilico em hemácias, níveis de chumbo sanguíneo, pesquisa de chumbo em tecidos Tratamento Medidas de descontaminação Versene (CaEDTA) na dose de 20mg/Kg I.V. quatro vezes ao dia por 4 a 5 dias Barbitúricos – Pentobarbital 30mg/Kg I.V. Terapia de Suporte MERCÙRIO Fontes de intoxicação Alimentos ou água contaminados Contaminação cutânea Fungicidas Contaminação ambiental Drogas a base de sais de mercúrio Sinais Anorexia Incoordenação Sialorréia Fraqueza Morte Diagnóstico: Anamnese. Pesquisa de Hg no sangue e na urina Tratamento: Solução Albuminosa ou leite P.O, - Quelação do Hg a presente no T.G.I.; BAL 3mg/Kg (quelante), a cada 4h no 1º dia, a cada 6h até o 3º dia e a cada 12h até o 10º dia - Terapia de suporte! ARSÊNICO Fontes: Inseticidas Desfolhantes Herbicidas Rodenticidas Preservantes de madeira Indústria petroquímica Drogas Sinais: cólicas graves, sialorréia, tremores, ataxia, hipotemia, paralisia, colapso, morte 1-3 dias Tratamento: Solução Albuminosa ou leite P.O, - Quelação do Hg a presente no T.G.I. BAL 3mg/Kg (quelante), a cada 4h no 1º dia, a cada 6h até o 3º dia e a cada 12h até o 10º dia -Terapia de suporte!
Compartilhar