Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CCEN – DEPARTAMENTO DE MATEMA´TICA – A´REA 2 CA´LCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL 4 SEGUNDO EXERC´ICIO ESCOLAR PRIMEIRO SEMESTRE DE 2013 GABARITO - TURMAS Q3 e Q6 As resoluc¸o˜es conte´m apenas os passos principais. 1a Questa˜o: Resolva o problema de valor inicial y′′ + 4y = sec(2x), y(0) = 0, y′(0) = 1 Resoluc¸a˜o: As soluc¸o˜es da equac¸a˜o homogeˆnea associada sa˜o y1 = cos(2x) e y2 = sen(2x), cujo Wronskiano e´ W = 2. Pelo me´todo da variac¸a˜o dos paraˆmetros, uma soluc¸a˜o particular sera´ dada por yp = u1.y1 + u2.y2, onde u ′ 1 = −y2.g/W e u′2 = y1.g/W , com g(x) = sec(2x). Obtemos u′1 = − sen(2x) 2 cos(2x) , u′2 = 1/2 de onde u1 = ln(cos(2x)) 4 , u2 = x/2 Da´ı, yp = ln(cos(2x)) cos(2x) 4 + x sen(2x) 2 A soluc¸a˜o geral da equac¸a˜o sera´ portanto y = Asen(2x) +B cos(2x) + ln(cos(2x)) cos(2x) 4 + x sen(2x) 2 Em x = 0, obtemos y(0) = B, y′(0) = 2A. Pelas condic¸o˜es iniciais dadas, A = 1/2 e B = 0. y = sen(2x) 2 + ln(cos(2x)) cos(2x) 4 + x sen(2x) 2 2a Questa˜o: Encontre uma soluc¸a˜o particular da equac¸a˜o em cada item abaixo, usando o me´todo dos coeficientes a determinar. (a) y′′ − 3y′ + 2y = ex (b) y′′ − 3y′ + 2y = 10ex cos(2x) Resoluc¸a˜o: As soluc¸o˜es da equac¸a˜o homogeˆnea sa˜o y1 = e x e y2 = e 2x. (a) O formato inicialmente prescrito pelo me´todo seria yp = Ae x. Como esta e´ uma soluc¸a˜o da equac¸a˜o homogeˆnea associada, devemos multiplica´-la por x, ob- tendo yp = Axe x. Derivando e substituindo na equac¸a˜o, obtemos A = −1. Logo, yp = −xex . (b) O formato inicialmente prescrito pelo me´todo seria yp = Ae x cos(2x)+Bex sen(2x), que esta´ correto, pois na˜o envolve soluc¸a˜o da equac¸a˜o homogeˆnea associada. Derivando e subtituindo na equac¸a˜o, obtemos A = −2 e B = −1. Logo, yp = −2ex cos(2x)− ex sen(2x) 3a Questa˜o: (Ignore as unidades na resoluc¸a˜o) Uma massa de 2kg, presa a uma mola com con- stante ela´stica k = 20N/m, movimenta-se livre de est´ımulos externos. Suponha que a massa parta da posic¸a˜o de equil´ıbrio com velocidade inicial v > 0. (a) Se a constante de amortecimento do sistema for 4Ns/m, determine (i) a raza˜o entre a frequ¨eˆncia de oscilac¸a˜o do movimento e a frequ¨eˆncia natural do sistema, e (ii) o tempo necessa´rio para que a massa retorne a` posic¸a˜o de equil´ıbrio pela primeira vez. (b) Qual a menor constante de amortecimento que devemos ter, para que a massa jamais retorne a` posic¸a˜o de equil´ıbrio? Resoluc¸a˜o: (a) A equac¸a˜o que governa o movimento do sistema sera´ 2s′′ + 4s′ + 20s = 0 A soluc¸a˜o geral dessa equac¸a˜o e´ s = Ae−t cos(3t) + Be−t sen(3t). Usando que s(0) = 0 e s′(0) = v, obtemos A = 0, B = v/3, de onde s = (v/3)e−tsen(3t). A frequ¨eˆncia de oscilac¸a˜o e´ ω = 3 rad/s, enquanto a frequ¨eˆnca natural do sitema e´ ω0 = √ k/m = √ 10 rad/s. Portanto, ω/ω0 = 3 √ 10/10 . A massa retornara´ pela primeira vez a` posic¸a˜o de equil´ıbrio quando 3t = pi, ou seja, para t = pi/3s . (b) Se o amortecimento e´ subcr´ıtico (γ2 < 4km), enta˜o o movimento sera´ oscilato´rio, passando infinitas vezes pela posic¸a˜o de equil´ıbrio. Se o amortecimento e´ cr´ıtico (γ2 = 4km), o deslocamento sera´ dado por s = (At + B)ert, onde r e´ a u´nica raiz da equac¸a˜o caracter´ıstica. Neste caso, ha´ um u´nico zero para s(t), ou seja, a massa passa pela posic¸a˜o de equil´ıbrio uma u´nica vez. No caso, o amortecimento sera´ cr´ıtico quando γ2 = 4× 20× 2 = 160. Logo, γ = 4 √ 10Ns/m . 4a Questa˜o: Usando a transformada de Laplace, resolva o problema de valor inicial abaixo. Veja tabela no verso. y′′ + 4y = g(t) = { sen(t), t < pi 0, t ≥ pi , y(0) = 0, y ′(0) = 2 Resoluc¸a˜o: O termo na˜o homogeˆneo pode ser escrito como g(t) = sen(t)− upi sen(t) = sen(t) + upi sen(t− pi) Aplicando a transformada de Laplace aos dois lados da equac¸a˜o, obtemos (s2 + 4)Y (s)− 2 = 1 s2 + 1 + e−pis s2 + 1 onde Y (s) e´ a transformada de Laplace da soluc¸a˜o y(t). Da´ı, Y (s) = 2 s2 + 4 + 1 (s2 + 1)(s2 + 4) + e−pis (s2 + 1)(s2 + 4) Pelo me´todo das frac¸o˜es parciais, obtemos 1 (s2 + 1)(s2 + 4) = 1/3 s2 + 1 − 1/3 s2 + 4 Portanto, Y (s) = 2 s2 + 4 + 1/3 (s2 + 1) − 1/3 (s2 + 4) + e−pis/3 (s2 + 1) − e −pis/3 (s2 + 4) Conclui-se que Y (s) = L ( sen(2t) ) + 1 3 × L ( sen(t) ) − 1 6 × L ( sen(2t) ) + 1 3 × L ( upi(t) sen(t− pi) ) − 1 6 × L ( upi(t) sen(2(t− pi)) ) Portanto, y = sen(2t) + sen(t) 3 − sen(2t) 6 + upi(t) sen(t− pi) 3 − upi(t) sen(2t− 2pi) 6 Ou ainda, y = sen(t) 3 + 5 sen(2t) 6 − upi(t) sen(t) 3 − upi(t) sen(2t) 6
Compartilhar