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DIREITO CIVIL V - CCJ0111 Semana Aula: 13 Poder Familiar e Proteção dos Filhos Tema Poder Familiar e Proteção dos Filhos Palavras-chave Objetivos 1. Compreender o conceito de poder familiar e sua evolução no ordenamento brasileiro. 2. Entender os efeitos do poder familiar. 3. Analisar as causas de suspensão e de destituição do poder familiar. 4. Conceituar a guarda. 5. Identificar as espécies de guarda e seus efeitos. Estrutura de Conteúdo 1. Poder Familiar a. Breve histórico b. Conceito c. Efeitos do poder familiar d. Causas de suspensão e. Causas de destituição 2. Guarda a. Conceito b. Características c. Espécies: unilateral e compartilhada Procedimentos de Ensino O presente conteúdo pode ser trabalhado em uma aula, podendo o professor dosá-lo de acordo com as condições (objetivas e subjetivas) apresentadas pela turma. DO PODER FAMILIAR A Constituição Federal de 1988 ao igualar homem e mulher (arts. 5º., I e 226, CF) alterou significativamente, também, a relação paterno-filial até então pautada pelo pátrio poder (art. 380, CC/16 - concentrado na figura do pai, considerado chefe da sociedade conjugal) e em relação hierárquica. A Constituição derrogou, então, vários artigos do CC/16 que deferiam a condução da sociedade conjugal e familiar apenas ao pai. A partir de então o termo pátrio poder passa a ser substituído pelas expressões poder familiar, poder parental[1]1, responsabilidade parental ou autoridade[2]2 parental. Explica Eduardo de Oliveira Lei (1997, p. 192) que ?o termo autoridade parental ao termo pátrio poder, de conotação romana e que privilegia a ?potestas? masculina, inadmissível no atual estágio de evolução no direito brasileiro. Na realidade, hoje é unânime o entendimento de que o pátrio poder é muito mais pátrio dever, mas não só pátrio, na ótica do Constituinte de 1988, mas sim parental, isto é, dos pais, do marido e da mulher, igualados em direitos e deveres, pelo art. 226, §5º., da Constituição Federal?. Paulo Nader (2009, p. 401-402) afirma que o poder familiar ?é o instituto de ordem pública que atribui aos pais a função de criar, prover a educação de filhos menores não emancipados e administrar eventuais bens. [...]. O poder familiar, modernamente, é concebido como instituto de proteção e assistência à criança e ao adolescente e não como fórmula autoritária de mando para benefício pessoal.? Embora ainda haja certa polêmica com relação à adequação das expressões, certamente, pode-se afirmar que não se trata apenas de um poder conferido ao pai e à mãe, mas sim, de um dever que deve ser exercido em igualdade de condições e no interesse dos filhos. Sobre a natureza jurídica do poder familiar, conclui Arnaldo Rizzardo (2010, p. 355) que ?o pátrio poder não é uma ?auctoritas?, é um ?munus?. Trata-se de uma conduta dos pais relativamente aos filhos, de um acompanhamento para conseguir uma abertura dos mesmos, que se processará progressivamente, à medida que evoluem na idade e no desenvolvimento físico e mental, de modo a dirigi-los a alcançarem a sua própria capacidade para se dirigirem e administrarem seus bens. Não haveria tão-somente um encargo, ou um ?munus?, mas um encaminhamento com poder para impor uma certa conduta, em especial antes da capacidade relativa. Não há mais de se falar praticamente em poder dos pais, mas em conduta de proteção, de orientação e acompanhamento dos pais?. Trata-se, portanto, de função de ordem pública que não pode ser afastada ou negligenciada pelos pais, neste sentido, dispõe o art. 1.634, CC: ?compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores: I- dirigir- lhes a criação e educação [vide art. 19, ECA]; II- tê-los em companhia e guarda [vide art. 22, ECA]; III- conceder-lhe ou negar-lhes consentimento para casarem [vide art. 1.517, CC]; IV- nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar [vide arts. 1.729 e 1.730, CC]; V- representá-los, até aos 16 (dezesseis) anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento [vide art. 1.690, CC]; VI- reclamá-los de quem ilegalmente os detenha [vide arts. 33 e 237, ECA]; VII- exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição?. No entanto, os deveres-poderes dos pais não se esgotam apenas no elenco do art. 1.634, CC, abrangendo também a condução moral e espiritual capaz de promover o desenvolvimento das personalidades dos filhos; usufruto e administração dos bens (arts. 1.689 a 1.693, CC), etc. Por isso, pode-se afirmar, que é instituto personalíssimo marcado pela temporariedade[3]3 (art. 1.630, CC), pela irrenunciabilidade, pela indivisibilidade da titularidade[4]4-[5]5, pela imprescritibilidade, podendo ser exercido desde a gestação (art. 8º., ECA), uma vez que a lei não fixa termo inicial. Suspensão, modificação, perda e extinção do poder familiar O poder familiar é função (?munus?) irrenunciável, intransmissível e indelegável instituído em favor dos filhos e, por isso, sujeito a fiscalização e controle do Estado. A suspensão ou modificação do poder familiar pode ocorrer quando por ordem judicial se priva um ou ambos os pais, temporariamente, do exercício (total ou parcial) do poder familiar, em benefício do filho a quem poderá ser nomeado curador especial. Ensina Ana Carolina Silveira Akel (2009, p. 44) que ?havendo total restrição em relação ao exercício do poder familiar, a hipótese será de suspensão e, atingindo apenas determinadas faculdades ou deveres, de modificação. [...]. Ambas as hipóteses caracterizam uma sanção imposta àquele que deixar de cumprir, ou cumprir indevidamente, seu poder perante os filhos, devendo ser adotadas somente quando outra medida não tenha eficácia [...]?. Tratam-se, portanto, de restrições impostas ao poder familiar visando-se a proteção do bem-estar do filho menor ou incapaz, conforme dispõe o art. 1.637, CC (abuso de autoridade; prática de atos ruinosos ao patrimônio dos filhos; condenação dos pais por sentença irrecorrível, em virtude de crime cuja pena exceda dois anos de prisão) e art. 22, ECA. As medidas de suspensão e modificação são sempre temporárias e perdurarão enquanto durar as causas que lhe deram origem. Perda e extinção do poder familiar A perda ou destituição do poder familiar decorre de graves sanções impostas aos pais pela quebra no correto seu exercício. Dispõe taxativamente o art. 1.638, CC, que: ?perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que: I- castigar imoderadamente o filho [vide art. 227, CF]; II- deixar o filho em abandono [material e intelectual, vide arts. 244, 245, 247 e 133, CP]; III- praticar atos contrários à moral e aos bons costumes; IV- incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente?. A perda do poder familiar, em regra, é permanente e imperativa. No entanto, tem entendido a jurisprudência que embora permanente, não é definitiva, podendo o seu exercício ser restabelecido, se demonstrado judicialmente a regeneração do pai ou mãe ou o desaparecimento da causa que lhe deu origem. Frise-se, também, que a perda do poder familiar não exonera o destituído da obrigação alimentar. As causas de extinção do poder familiar vêm determinadas no art. 1.635, CC: a) morte dos pais ou do filho; b) emancipação; c) pela maioridade; d) pela adoção; e) por decisão judicial, nos casos de castigo imoderado, abandono do filho, prática de atos contrários à moral e aos bons costumes; f) prática reiterada de atos que levam à suspensão do poder familiar.Conclui Ana Carolina Silveira Akel (2009, p. 44) que ?[...] a extinção do poder familiar não se confunde com a sua destituição. A primeira marca o término do exercício do direito potestativo sobre o filho, enquanto a segunda significa o impedimento definitivo de seu exercício por decisão judicial?. DA GUARDA O termo guarda tem origem no termo alemão em ?wargen? que significa guarda, espera. Ensina o dicionário Plácido e Silva (2000, p. 365-366) que a guarda de filhos é ?locução indicativa, seja do direito ou do dever, que compete aos pais ou a um dos cônjuges, de ter em sua companhia ou de protegê-los, nas diversas circunstâncias indicadas na lei civil. E ?guarda? neste sentido, tanto significa custódia como a proteção que é devida aos filhos pelos pais?. Pode-se, então, afirmar que embora o vocábulo tenha significados plúrimos a guarda dos filhos é uma das atribuições do poder familiar e a dissolução da sociedade e do vínculo conjugal não modifica os direitos e deveres dos pais em relação aos filhos (art. 1.579, CC). Gustavo Tepedino (2004, p. 311) afirma que várias são as espécies de guarda adotadas nas decisões judiciais ou recepcionadas pela doutrina, podendo-se afirmar estar-se diante de um problema menos jurídico e mais psicológico, atinente ao comportamento, a personalidade, ao caráter e ao temperamento de cada genitor após a separação judicial [leia-se dissolução da sociedade ou do vínculo]?. O Código Civil brasileiro cuida da guarda em dois momentos: de filhos havidos fora do casamento (arts. 1.611 e 1.612, CC) e quando decorrente da dissolução matrimonial (arts. 1.583 a 1.590, CC). Os filhos havidos fora do casamento ficarão sob a guarda do genitor que o houver reconhecido (guarda unilateral); se ambos o houverem reconhecido e não houver acordo sobre a guarda, entende o art. 1.612, CC, que deverá ser decidido conforme o melhor interesse do menor ou incapaz. No entanto, se o reconhecimento for feito por pessoa casada, não poderá o filho residir no lar conjugal sem a autorização do outro cônjuge (art. 1.611, CC), norma, que segundo Maria Berenice Dias (2007, p. 394) é inconstitucional e discriminatória. Quando a guarda decorre de dissolução do casamento, o Código Civil prevê as seguintes modalidades (art. 1.583, CC): 1- Guarda Unilateral (exclusiva ou monoparental): é atribuída ao genitor que aparente melhores condições de exercê-la, observado o melhor interesse do filho [6]6. Embora unilateral, não prevê a cisão ou a diminuição dos atributos do poder familiar (art. 1.583, §3º., CC), mas acaba facilitando a degradação do laço familiar com o genitor que não a detém, bem como, facilita a alienação parental (Lei n. 12.318/10). 2- Guarda Compartilhada ou conjunta[7]7: foi instituída pela Lei n. 11.698/08, mas já era aceita e praticada pelos Tribunais brasileiros há significativo tempo. É modalidade que estabelece o exercício conjunto e igualitário do poder parental, embora o menor ou incapaz permaneça residindo com apenas um dos pais. Exige, portanto, relacionamento harmonioso entre os genitores. Gustavo Tepedino (2009, p. 18) afirma ser vantajosa esse tipo de guarda porque evita ?a desresponsabilização do genitor que não permanece com a guarda, além de assegurar a continuidade da relação de cuidado por parte de ambos os pais?, prevenindo ou impedido a prática da alienação parental (Lei n. 12.318/10). Qualquer das formas de guarda pode ser requerida[8]8 por consenso ou por qualquer dos genitores em ação de separação ou divórcio ou de forma autônoma (inclusive por meio de cautelar). Não havendo consenso, deve ser determinada pelo juiz[9]9 em atenção aos interesses e necessidades dos filhos, devendo, se possível, optar pela guarda compartilhada ? art. 1.584, CC. Alterações não autorizadas ou descumprimento imotivado dos deveres decorrentes da guarda importam sua perda e inversão ou compartilhamento, implicando a redução de prerrogativas atribuídas ao genitor faltoso. Vale por fim lembrar que: 1- as novas núpcias do genitor não lhe fazem perder o direito de ter consigo os filhos (art. 1.588, CC); 2- que o direito de (ou a) visita[10]10 é conferido ao genitor que não possui a guarda, mas, para além de um direito do pai, é um direito dos filhos em manter a convivência afetiva com o seu genitor (art. 1.589, CC); 3- o fator determinante na fixação de qualquer das modalidades de guarda deve ser o melhor interesse do menor ou incapaz, não sendo decisivos fatores econômicos ou eventual culpa apurada em processo de separação. Ao final da aula o professor deve perguntar se ainda existem dúvidas com relação aos tópicos abordados. Após, deve realizar breve síntese dos principais aspectos do poder familiar e da guarda trabalhados na aula, preparando o aluno para o tema da próxima aula: alimentos. NOTAS [1] Nesse sentido, destaca Eduardo de Oliveira Leite (2007, p. 277): ?poder parental (e não o poder familiar, como equivocadamente, consta no CC/02) é a expressão que revela com intensidade esta nova ordem de valores que passa a invadir o ambiente familiar. Poder parental, dos pais, e não mais pátrio poder que, inevitavelmente, sugeria o conjunto de prerrogativas conferidas ao pai (pater) na qualidade de chefe da sociedade conjugal?. [2] Alguns autores como Paulo Lôbo afirmam ser a expressão autoridade parental a que melhor se adequa ao sentido que se espera: exercício, função e dever exercido pelos pais no interesse dos filhos. [3] Vale lembrar que a dissolução do casamento não põe fim nem alteram o poder familiar ? art. 1.632, CC. [4] Lembre-se que havendo divergência entre os pais pode-se recorrer ao Judiciário para dirimi-la (art. 21, ECA e art. 1.631, CC). [5] No caso de filhos de pai não conhecido o poder familiar se concentrará nas mãos da mãe, salvo se incapaz quando se nomeará tutor ao menor (art. 1.633, CC). O filho havido fora do casamento fica sob o poder familiar do genitor que o reconheceu. Se ambos o tiverem reconhecido, serão igualmente titulares, mas a guarda ficará com aquele que revelar melhores condições de exercê-la. [6] Em levantamento realizado pelo IBGE no ano de 2007 em 89% dos divórcios a guarda foi atribuída à mãe (para maiores detalhes vide <http//www.ibge.gov.br>. [7] Não se confunde com a guarda alternada que, segundo ensina Maria Berenice Dias (2007, p. 397) ?é modalidade de guarda que não é bem vista pela doutrina e pela jurisprudência, sendo evitada pelos tribunais, porquanto atende muito mais ao interesse dos pais do que dos filhos, ocorrendo praticamente uma divisão da criança?. A criança reside por períodos pré-determinados com um dos pais de depois reside com o outro e assim vai se alterando, impedindo o estabelecimento de rotinas essenciais ao sadio desenvolvimento do menor ou incapaz. [8] A competência é das Varas de Família, em regra. Mas, será competente a Vara da Infância e Juventude se a criança ou adolescente tiver direitos fundamentais ameaçados ou violados por omissão ou abuso dos pais ou responsáveis em razão de sua conduta (art. 98, ECA). [9] Pode ocorrer de o juiz observar que nenhum dos pais tem condições de exercer a guarda. Nestes casos, deve determiná-la a quem revele melhor compatibilidade com a natureza da medida, considerados, de preferência, o grau de parentesco (observar o conceito de família extensa no art. 25, parágrafo único, ECA) e a relações de afinidade e afetividade. [10] O direito de visita é praticamente ignorado pela legislação codificada. Destaca Maria Berenice Dias (2007, p. 398) que ?o direito a visitas é um direito de personalidade na categoria do direito à liberdade, pelo qual o indivíduo, no seu exercício, recebe as pessoas com quem quer conviver. Funda-se em elementares princípios de direito natural, nanecessidade de cultivar o afeto, de firmar os vínculos familiares à subsistência real, efetiva e eficaz. É direito da criança de manter contato com o genitor com o qual não convive cotidianamente, havendo o dever do pai de concretizar esse direito?. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos quadro e pincel; datashow. Aplicação: articulação teoria e prática Caso Concreto (X Exame OAB) Luzia sempre desconfiou que seu neto Ricardo, fruto do casamento do seu filho Antônio com e Josefa, não era filho biológico de Antônio, ante as características físicas por ele exibidas. Vindo Antonio a falecer, Luzia pretende ajuizar uma ação negatória de paternidade. A respeito do fato apresentado, responda aos seguintes itens. a. Tem Luzia legitimidade para propor a referida ação? b. Caso Antonio tivesse proposto a ação negatória e falecido no curso do processo, poderia Luzia prosseguir com a demanda? Qual o instituto processual aplicável ao caso? Questão objetiva 1 (TJPR 2013) No que concerne ao poder familiar, assinale a alternativa correta. a. O pai ou a mãe que estabelecer nova união estável, não perde, quanto aos filhos do relacionamento anterior, os direitos do poder familiar, exercendo-os sem qualquer interferência do novo companheiro. b. Os pais, quanto à pessoa dos filhos menores, podem recomendar, não porém exigir, que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios da sua idade e condição. c. Durante o casamento ou a união estável, aos pais compete o poder familiar; na falta ou impedimento de um deles, dará o juiz tutor ou curador, conforme o caso. d. Os filhos estão sujeitos ao poder familiar, enquanto permanecem seus vínculos de dependência econômica. Questão objetiva 2 (Defensor Público RR 2013) No que se refere à guarda e ao direito de convivência entre familiares, assinale a opção correta. a. A guarda compartilhada não impede a fixação de alimentos em favor do filho. b. De acordo com a jurisprudência do STJ, a fixação da guarda compartilhada pressupõe, necessariamente, o consenso entre os pais. c. A guarda compartilhada está vinculada à repartição de tempo de permanência dos pais separados para com seus filhos comuns, conferindo-se de forma exclusiva o poder parental por períodos preestabelecidos, geralmente de forma equânime, entre as casas dos genitores. d. Atendendo à doutrina da preferência materna, o Código Civil prioriza a guarda unilateral em favor da mãe do menor. e. O inadimplemento da pensão alimentícia fixada em favor do menor impede o exercício do direito de visitar pelo genitor que não detiver a guarda. Avaliação Caso Concreto (X Exame OAB) Luzia sempre desconfiou que seu neto Ricardo, fruto do casamento do seu filho Antônio com e Josefa, não era filho biológico de Antônio, ante as características físicas por ele exibidas. Vindo Antonio a falecer, Luzia pretende ajuizar uma ação negatória de paternidade. A respeito do fato apresentado, responda aos seguintes itens. a. Tem Luzia legitimidade para propor a referida ação? b. Caso Antonio tivesse proposto a ação negatória e falecido no curso do processo, poderia Luzia prosseguir com a demanda? Qual o instituto processual aplica´vel ao caso? Gabarito (sugerido pela OAB): a. Luzia não tem legitimidade para propor a ação negatória de paternidade, pois se trata de ação personalíssima, conforme dispõe o Art. 1.601, caput, do Código Civil. b. Luzia poderia prosseguir com a ação negatória de paternidade ajuizada por seu filho, caso este viesse a falecer no curso da demanda por sucessão processual, nos termos dos artigos 1.601, parágrafo único, do Código Civil e/ou 6o, e/ou 43, e/ou 1055, e/ou 1056, e/ou 1060, do CPC. Questão objetiva 1 (TJPR 2013) No que concerne ao poder familiar, assinale a alternativa correta. a. O pai ou a mãe que estabelecer nova união estável, não perde, quanto aos filhos do relacionamento anterior, os direitos do poder familiar, exercendo-os sem qualquer interferência do novo companheiro. b. Os pais, quanto à pessoa dos filhos menores, podem recomendar, não porém exigir, que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios da sua idade e condição. c. Durante o casamento ou a união estável, aos pais compete o poder familiar; na falta ou impedimento de um deles, dará o juiz tutor ou curador, conforme o caso. d. Os filhos estão sujeitos ao poder familiar, enquanto permanecem seus vínculos de dependência econômica. Gabarito: A - art. 1632, CC. Questão objetiva 2 (Defensor Público RR 2013) No que se refere à guarda e ao direito de convivência entre familiares, assinale a opção correta. a. A guarda compartilhada não impede a fixação de alimentos em favor do filho. b. De acordo com a jurisprudência do STJ, a fixação da guarda compartilhada pressupõe, necessariamente, o consenso entre os pais. c. A guarda compartilhada está vinculada à repartição de tempo de permanência dos pais separados para com seus filhos comuns, conferindo-se de forma exclusiva o poder parental por períodos preestabelecidos, geralmente de forma equânime, entre as casas dos genitores. d. Atendendo à doutrina da preferência materna, o Código Civil prioriza a guarda unilateral em favor da mãe do menor. e. O inadimplemento da pensão alimentícia fixada em favor do menor impede o exercício do direito de visitar pelo genitor que não detiver a guarda. Gabarito: A - art. 1703, CC Considerações Adicionais Referências Bibliográficas: Nome do livro: Manual de Direito das Famílias Nome do autor: DIAS, MARIA BERENICE Editora: Revista dos Tribunais Nome do capítulo: Poder Familiar Número de páginas do capítulo: 35
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