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O Código Civil Brasileiro se divide em:
PARTE GERAL ( I – Das Pessoas; II – Dos Bens; III – Dos Fatos Jurídicos)
PARTE ESPECIAL ( I – Do Direito das Obrigações; II – Do Direito de Empresa;
III – Do Direito das Coisas; IV – Do Direito de Família; e V – Do Direito das Sucessões).
 
Direito das Coisas – Civil IV – Resumo Completo para Provas
DIREITO DAS COISAS: Conjunto de normas que regem as relações jurídicas concernentes aos bens corpóreos (móveis ou imóveis) ou incorpóreos (direitos autorais, propriedade industrial), suscetíveis de apropriação. Abrange: Aquisição; Exercício; Conservação; Perda de poder sobre os bens.
No Direito das Coisas estudaremos o que, modernamente, denominamos Direitos Reais.
 
Direitos Reais: a – Propriedade: é o mais importante direito real. Direito que tem o proprietário de usar as faculdades dispostas no Art. 1.228, CC, ou seja  Usar, Gozar, Dispor e Reaver sua propriedade , constituindo um direito perpétuo e/ou transmitido a herdeiros.
    b – Direitos reais sobre coisa alheia:
Gozo: enfiteuse (senhorio recebe laudêmio), superfície, servidão, usufruto, uso e habitação .
Garantia: penhor, hipoteca, anticrese (percepção dos frutos para pagar dívida), alienação fiduciária .
Direito real de aquisição: compromisso irretratável de venda.
 
OBS: Res nullius – coisa de ninguém  
Res derelictae – coisa abandonada
Res communes omnium – coisa comum aos homens
 
Usofruto: Tirar vantagem da coisa. É o direito real pelo qual o proprietário concede o uso e fruição a alguém, guardando para si o direito abstrato da propriedade
Nu proprietário: está sem o uso e fruto
Usufrutuário: Tem uso e fruto.
CARACTERÍSTICAS:  Apesar de não existir consenso na doutrina, podemos apontar as seguintes:
a) a oponibilidade erga omnes ( arts 1226 e 1227 CC): O seu direito é com a coisa, mas manifestado contra todos, que dele devem ter conhecimento.
b) o direito de seqüela (art. 1228 CC): Perseguir a coisa nas mãos de quem quer que a detenha
c) a exclusividade ( art. 1231 CC): A propriedade presume-se plena e exclusiva, até prova em contrário
d) a preferência (art. 1477 CC): Hipoteca (ônus real) tem preferência sobre aval.
e) a taxatividade (art. 1225 CC): Lista dos direitos reais
f) A possibilidade de abandono da coisa: Pode-se renunciar o direito sobre a coisa
g) Previsão da usucapião (arts. 1238 a 1244, 1260 a 1262 e 1379 CC);
h) Aplicação do princípio da publicidade dos atos: Títulos registrados são de conhecimento público
 
DIFERENÇA ENTRE DIREITO REAL E OBRIGACIONAL :
DIREITO REAL (ou das COISAS) : DIREITO OBRIGACIONAL (ou PESSOAL) :
Absolutos (eficácia erga omnes) Relativos (eficácia entre as partes)
Vincula o titular à coisa Vincula a pessoa do credor à pessoa do devedor Possuem sujeito passivo indeterminadoPossuem sujeito passivo determinado: devedor Princípio da publicidade (tradição e registro) Princípio da atonomia privada (liberdade)
A coisa é objeto imediato da relação A coisa é objeto mediato da relação
O exercício se dá sem intermediários O exercício se dá por intermédio de outro sujeito
Relação permanente; típica Ex. propriedade Relação transitória; atípica Ex. contratos
 
Direito das Coisas – Civil IV – Resumo Completo para Provas
Objeto do direito das coisas: – Corpóreas (móveis ou imóveis), e incorpóreas.
Produções nos domínios das letras, das artes, das ciências ou da indústria.
Direitos de propriedade intelectual é um direito sui generis (patrimonial + extrapatrimonial).
 
SUJEITOS DA RELAÇÃO JURÍDICA DE DIREITO REAL
Sujeito ativo: titular do direito subjetivo absoluto sobre o bem. Exerce direito de seqüela e é possuidor
Sujeito passivo: sobre quem ( toda a coletividade) recai o dever de respeito ao direito do sujeito ativo.
 
OBRIGAÇÕES RELACIONADAS AO DIREITO REAL
Obrigações propter rem: (acompanham a coisa). Ex. taxa de condomínio
Ônus reais: limitações impostas ao exercício de um direito real, constituindo gravames ou diretos oponíveis ergas omnes. Para existir o ônus real é necessário que o titular da coisa seja o devedor e não apenas o garantidor da dívida de terceiro.
Obrigações com eficácia real: relações obrigacionais que produzem eficácia erga omnes.
Ex: compromisso de compra e venda de imóvel, registrado do cartório imobiliário.
 
AÇÃO REIVINDICATÓRIA: O proprietário tem o poder de reaver a coisa das mãos daquele que injustamente a possua ou detenha. É a ação reivindicatória, tutela (poder conferido por lei para que uma pessoa capaz proteja a propriedade) específica da propriedade, que possui fundamento no direito de seqüela. A ação de imissão de posse, por exemplo, tem natureza reivindicatória. A ação reivindicatória é imprescritível, uma vez que a sua pretensão versa sobre o domínio, que é perpétuo, somente se extinguindo nos casos previstos em lei (usucapião, desapropriação etc.).
A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE Utilidade se dá através do exercício da posse. O direito de propriedade,assegurado constitucionalmente como um direito fundamental, apresenta a função social como elemento estrutural. Normas que asseguram o cumprimento da função social e as que reprimem seu descumprimento integram o conjunto que representa a instituição propriedade no direito brasileiro. O Art.1228, CC fala desapropriação do propriedade para utilidade pública ou interesse social.
 
EXTENSÃO DO DIREITO DE PROPRIEDADE: A) propriedade móvel: recai sobre a coisa por inteiro, delimitada espacialmente pelos próprios limites materiais da coisa. B) propriedade imóvel (arts. 1.229 e 1.230, CC): abrange o solo e o subsolo, em altura e profundidade úteis ao proprietário.
 
RESTRIÇÕES LEGAIS DE INTERESSE PARTICULAR E PÚBLICO: São várias as restrições, impostas pela Constituição Federal, pelo Código de Mineração, Florestal, Lei de Proteção ao Meio Ambiente etc. Ex.: Servidão administrativa; propriedade da União das jazidas e recursos minerais e os potenciais de energia elétrica; Tombamento
 
POSSE: É a exteriorização do direito de propriedade. Precisa ser protegida para evitar violência
Objeto da posse: Incide sobre bens corpóreos e incorpóreos. Ex: direitos do autor, propriedade intelectual, passe atlético, direito real de uso sobre linha telefônica.
Sujeitos da posse: São as pessoas naturais ou jurídicas. (Possuidor e o Confinante)
 
Entre os modernos há duas teorias importantes:
Teoria de Savigny (subjetiva): A posse é o poder de dispor fisicamente (corpus) da coisa, com ânimo de considerá-la(animus) sua propriedade e defendê-la contra a intervenção de outrem.
Teoria de Ihering (objetiva): Exige-se tão somente a conduta de proprietário. Não sendo necessária a apreensão física da coisa ou a vontade de ser dono dela
O C.C. adotou a Teoria de Ihering (objetiva) no Art 485 que considera possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno, ou não, de algum dos poderes inerentes ao domínio, ou propriedade.
 
Espécies e Qualificações da Posse:
1.Posse Direta e Indireta:  
Direta: A pessoa que tem a coisa em seu poder. Usufrutuário, depositário, o credor pignoratício, o locatário e o comodatário são possuidores diretos, pois todos detêm a coisa que lhes foi transferida.
Indireta: Quando o seu titular, afastando de si por sua própria vontade a detenção da coisa, continua a exercê-la imediatamente após haver transferido a outrem a posse direta.
Composse: Simultaneidade da existência da posse por mais de um possuidor. Ex. Cônjuges no regime de comunhão de bens e condôminos
Quanto aos vícios: Posse justa: É mansa, pacífica, pública e adquirida sem violência.
Posse injusta: Com pelo menos um dos vícios da posse (violência, clandestinidade ou precariedade).
Posse violenta: adquirida através do emprego de violência contra a pessoa.
Posse clandestina: adquirida às escondidas. Estas duas são relativas e podem virar de Boa-Fé
Posse precária: decorrente da violação de uma obrigação de restituir (abuso de confiança).
Não é posse jurídica, não produz efeitos contra o legítimo possuidor. Absoluta (C.P. Apropriação Indébita)
Posse de Boa Fée Posse de Má Fé: Art. 490, CC: É de boa fé a posse, se o possuidor ignora o vício ou o obstáculo que lhe impede a aquisição da coisa, ou do direito possuído.
É de má-fé: Quando o possuidor sabe que a posse tem vício
Detenção da Coisa: Simples detenção material não produzindo consequencias jurídicas
Aquisição e Perda da Posse:   Aquisição ou Início: Se dá quando ocorrem seus dois elementos constituintes: fato externo – o corpus (apreensão) e um fato interno – animus (intenção).
 
Aquisição da posse originária: Não há cadeia de produção. Ato unilateral e sem transmissão negocial.
Posse por apreensão da coisa:
a.1 “res nullius” (coisa sem dono): Por exemplo, caçar um animal para se alimentar. Este animal, tratado como coisa no Direito brasileiro, é tido como espécie de aquisição originária.
a.2 “res derelicta” (coisa abandonada): por exemplo, pertences encontrados no lixo.
a.3 Apreensão econômica ou em razão de violência ou clandestinidade
Aquisição unilateral pelo exercício de direito
Aquisição da posse derivada :
a.Tradição: É a entrega da coisa.
a.1 Tradição real: consubstancia-se por intermédio da entrega efetiva da coisa (é o caso do bem móvel).
a.2 Tradição simbólica: a transferência é por um ato representativo, ex. entrega das chaves de imóvel.
Sucessão (art. 1.207 CC/02): Ex. Herança pode ser transmitida sem nenhum ato do herdeiro.
 
Perda da posse:
Abandono: não basta a omissão do possuidor.
Tradição: é causa hibrida, pois, se de um lado gera perda da posse, do outro gera a aquisição
Perda, destruição ou colocação da coisa fora de comércio.
Desapossamento: Hipótese de perda ilícita, mas com efeitos práticos. Por exemplo, esbulho.
 
Os Efeitos da Posse: São as conseqüências jurídicas por ela produzidas, ou seja:
Dentre os efeitos da posse, destacam-se: percepção de frutos; O direito à percepção dos frutos varia conforme a classificação da posse quanto à subjetividade e está disciplinado nos arts. 1.214 a 1.216, CC
– Frutos; Colhidos; Pendentes; Percipiendos
– Boa-fé – Direito do possuidor à Restituição com o direito à dedução das despesas.
– Má-fé – Indenização ao possuidor legítimo, com direito à dedução das despesas. Só lhe assiste o direito às despesas. O pagamento feito ao possuidor de má-fé pelas despesas de produção e custeio é devido tendo em vista o princípio do direito civil que proíbe o enriquecimento sem causa.
 
DIREITO ÀS BENFEITORIAS: Assim como ocorre com os frutos, a indenização pelas benfeitorias depende da classificação da posse quanto à sua subjetividade (vide arts. 1.219 e 1.220, CC):
Boa-fé: Necessária – Indenização + Retenção
Útil – Indenização + Retenção
Voluptuária – Jus tollendi, sem direito de retenção
Má-fé: Apenas restituição do valor gasto pelo possuidor
Obs: as benfeitorias são compensadas com os danos.
 
Interdito possessório: Ações possessórias que visam combater as seguintes agressões à posse:
Esbulho: agressão que culmina da perda da posse. Interdito adequado: Reintegração de Posse (efeito restaurador). CPC, arts. 926 a 931.
Turbação: agressão que embaraça o exercício normal da posse. Interdito adequado: Manutenção de Posse (efeito normalizador). CPC, arts. 926 a 931.
Ameaça: risco de esbulho ou de turbação. Interdito adequado: Interdito Proibitório. CPC, 932 e 933.
Condições das ações possessórias: – Interesse de Agir e Legitimidade do Possuidor.
Detentor não tem legitimidade ativa nem passiva.
 
DESFORÇO POSSESSÓRIO: Desforço incontinenti: defesa imediata da posse pelo possuidor agredido. Deve estar assentado no binômio imediatismo-proporcionalidade. A doutrina costuma classificar a autotutela da posse em duas espécies:
desforço imediato: ocorre nos casos de esbulho, em que o possuidor recupera o bem perdido.
legítima defesa da posse: Casos de turbação, em que o possuidor normaliza o exercício de sua posse.
 
DISTINÇÃO ENTRE POSSE E DETENÇÃO : • Posse: exercício do poder de fato em nome próprio, usando a propriedade efazendo uso econômico da coisa e intenção de usar a coisa tal qual o proprietário.
Detenção (posse natural): exercício do poder de fato sobre a coisa em nome alheio.
Detentor é servo da posse, pois mantém uma relação de dependência com o verdadeiro possuidor.
 
INTERVERSÃO DO CARÁTER DA POSSE: Continuidade do caráter da posse (art. 1.203, CC): a posse que se inicia justa permanece justa; a posse que se inicia injusta, permanece injusta ao longo do tempo, a menos que se opere ainterversão do caráter da posse.
Inversão do caráter da posse: Violência e clandestinidade são vícios relativos, enquanto que a precariedade é vício absoluto. Cessada a violência ou a clandestinidade a posse pode deixar de ser injusta e passa a ser justa, mas a precariedade sempre será injusta.
 
PROPRIEDADE: Direito que a pessoa física ou jurídica tem, dentro dos limites normativos, de usar, gozar e dispor de um bem corpóreo ou incorpóreo, bem como de reivindica-lo de quem injustamente o detenha (direito de sequela).
AÇÃO REIVINDICATÓRIA: O proprietário tem o poder de reaver a coisa das mãos daquele que injustamente a possua ou detenha. A ação de imissão de posse tem natureza reivindicatória. Os pressupostos da ação reivindicatóriasão três: a) a titularidade do domínio, pelo autor, da área reivindicada, que deve ser devidamente provada; b) a individualização da coisa, com a descrição atualizada do bem, seus limites e confrontações; c) a posse ilegítima do réu, carece da ação o titular do domínio se a posse do terceiro (réu) for justa, como aquela fundada em contrato não rescindido.
O art. 1.228 do CC/02 fala em posse injusta, que deve ser compreendida como posse sem título. Não há necessidade que a posse ou detenção tenha sido obtida através de violência, clandestinidade ou precariedade. A ação reivindicatóriaé imprescritível, uma vez que o domínio é perpétuo, somente se extinguindo nos casos previstos em lei (usucapião, desapropriação etc.- Súmula 237 do STF).
 
Direito das Coisas – Civil IV – Resumo Completo para Provas
A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE: (Art. 1228, CC) Propriedade: A) Enquanto bem móvel ou imóvel; B) Direito sobre um bem corpóreo ou incorpóreo; C) Instituição.
A função social nestas três situações: a) Quanto a propriedade está relacionada à utilidade conferida ao bem móvel, imóvel, corpóreo ou incorpóreo, que se dá através do exercício da posse.
b) O direito de propriedade, assegurado constitucionalmente como um direito fundamental, apresenta a função social como elemento estrutural (propriedade enquanto direito).
c) A função social impõe uma série de limitações que devem ser respeitadas pelo proprietário.
Exemplos: Desapropriação Judicial pela Posse-Trabalho e Usucapião  
 
EXTENSÃO DO DIREITO DE PROPRIEDADE A) Móvel: recai sobre a coisa por inteiro, delimitada espacialmente pelos próprios limites materiais da coisa. B) Imóvel (arts. 1.229 e 1.230, CC): abrange o solo e o subsolo, em altura e profundidade úteis ao proprietário. Incluem as jazidas, minas, recursos minerais, energia hidráulica e monumentos arqueológicos (propriedade da União).
 
CARACTERÍSTICAS DA PROPRIEDADE: Art. 1.231, CC: a plenitude e a exclusividade. A doutrina soma outras três:perpetuidade, elasticidade e oponibilidade erga omnes.
Plena quando estão nas mãos do proprietário todas as faculdades que lhe são inerentes. Limitada (não plena) : a) Estiver sujeita a algum ônus real; b) For resolúvel (extinguível)
Exclusividade significa que a mesma coisa não pode pertencer com exclusividade e simultaneamente a duas ou mais pessoas. Isso não se choca com a idéia de condomínio, pois cada condômino é proprietário, com exclusividade, de sua parte ideal.
Perpétua, pois não se extingue pelo não-uso. Só se perde se o proprietário alienar ou ocorrer usucapião, desapropriação, perecimento etc. É transmissível aos herdeiros
Elasticidade:  Possibilidade de serem transferidos alguns dos poderes a terceiros. O fenômeno inverso chama-se retração. Por fim, a oponibilidade erga omnes (contra todos).
 
RESTRIÇÕES LEGAIS DE INTERESSEPARTICULAR E PÚBLICO: São restrições, impostas pela Constituição Federal, peloCódigo de Mineração, Florestal, Lei de Proteção ao Meio Ambiente etc.
Há limitações nos direitos de vizinhança e de cláusulas voluntárias que atingem, a inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade. Limitações de interesse público: – Servidão administrativa; Propriedade da União: Jazidas erecursos minerais e os potenciais de energia elétrica; Tombamento; Desapropriação por utilidade ou necessidade pública ou por interesse social; requisição de bens particulares.
Limitações de interesse privado: No Art. 1.228 c/c disposições acerca do direito de vizinhança.
 
DIREITOS DE VIZINHANÇA: Arts. 1.277 ao 1.313, CC. Estabelece limitações ao direito de propriedade, relativos aodireito de vizinhança. Nos direitos de vizinhança a norma jurídica limita as faculdades de usar e gozar por parte de proprietários e possuidores de prédios vizinhos, impondo-lhes um sacrifício para que a convivência social seja possível e para que a propriedade de cada um seja respeitada A noção de vizinhança remete à proximidade dos imóveis, independente de relação de contigüidade entre eles. Estabelecem regras para: a) controle e vedação do uso anormal da propriedade; b) propriedade das árvores limítrofes e seus frutos; c) criação de passagem forçada; d) servidão para passagem de cabos e tubulações; e) águas ; f) limites entre prédios e regular o direito de tapagem g) direito de construir .
 
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL – Modos de aquisição:
Bem imóvel: Registro de título:
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante registro do título no Registro de Imóveis.
1°. Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel.
2°. Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a decretação de invalidade do registro, e o respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser havido como dono do imóvel.
Art. 1.246. O registro é eficaz desde o momento em que se apresentar o título ao oficial do registro, e este o prenotar no protocolo.
Art. 1.247. Se o teor do registro não exprimir a verdade, poderá o interessado reclamar que se retifique ou anule.
Parágrafo único. Cancelado o registro, poderá o proprietário reivindicar o imóvel, independentemente da boa-fé ou do título do terceiro adquirente.
O registro tem natureza aquisitiva do domínio (forma derivada de aquisição da propriedade imóvel).                                                                                                                                                Sem registro, o direito do adquirente não é direito real, e sim direito pessoal de eficácia relativa entre os negociantes (adquirente e alienante), não produzindo efeitos, pois, contra terceiros.                                                                                                                                                                                             A eficácia erga omnes da propriedade imóvel só é atingida pelo registro, que confere a publicidade necessária à relação dominial.
 
O REGISTRO PÚBLICO: ( Lei de Registros Públicos – LRP)
Acepções da palavra registro: Registro de imóveis (LRP, Arts 167 a 171), tem duas acepções:                                                                                                                                      a) a primeira, referente ao ofício público,determinadora da publicidade dos direitos reais;                                                                       b) a segunda, relacionada ao ato ou assento praticado em livro desse ofício para realizar o referido fim. Finalidade do Registro Imobiliário: Conferir publicidade para que adquira eficácia perante terceiros.
Atributos do Registro: – publicidade; – presunção relativa de veracidade; fé pública. – legalidade
– obrigatoriedade  – continuidade  – força probante  – prioridade  – especialidade
 
Efeito do registro: Aquisição de direitos reais (propriedade, servidão, hipoteca etc.).
 
O REGISTRO PÚBLICO: Atos de Registro de Imóveis:
1) Matrícula: É o registro inaugural do imóvel (LRP Arts. 227 a 235), consistindo na especificação do estado de um imóvel, tanto em seus aspectos físicos (localização, dimensões etc.) quanto jurídicos (proprietário, forma de aquisição etc). A matrícula será efetuada por ocasião do primeiro registro A matrícula só pode ser cancelada por determinação judicial, desdobro ou fusão:
Desdobro: subdivisão de lotes.
Fusão: unificação de imóveis contíguos. No caso de fusão, o cancelamento da matrícula anterior e abertura de nova matrícula é uma faculdade do proprietário dos imóveis contíguos.
 
2) Registro: (Art. 167, I, LRP) Devem ser registrados todos os atos que influenciem no uso, gozo e disposição de um imóvel. O registro será feito sempre que houver alteração na titularidade de um imóvel ou quando houver limitação da propriedade pela formação de direitos reais limitados.
Devem ser registrados atos como: instituição de bem de família, hipotecas, servidões, usufruto, uso, habitação, contratos de compromisso de compra e venda, anticrese, superfície, incorporações, instituições e convenções de condomínio, compra e venda de imóvel, permuta, dação em pagamento, doação etc.
 
3) Averbação: Através da averbação é feita alteração em registro já existente. Assim, o art. 167, II da LRP determina que serão averbados atos como:                                                                                                                                       – mudança de denominação e de numeração dos prédios,  – da edificação, – da reconstrução, da demolição,                                                                                                                                  – do desmembramento e do loteamento de imóveis;  – restabelecimento da sociedade conjugal;                                                                                                                             – sentenças de separação judicial, – de divórcio e de nulidade ou anulação de casamento,                                                                                                        – quando nas respectivas partilhas existirem imóveis ou direitos reais sujeitos a registro;                                                                       – contrato de locação, para fins de exercício do direito de preferência;                                                                           – extinção do direito de superfície;                                                                                                                                                              – cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade impostas a imóveis.
 
Procedimento registral: Prenotação: é o protocolo de apresentação do título para registro. Determinada a preferência, eis que uma vez efetuado o registro, este retroagirá à data da prenotação. Tendo em vista a preferência, na prenotação deve conter data (e se possível, até hora) e número de ordem.
Registro: Feita a prenotação do título instruído com todos os documentos necessário e o pagamento dos emolumentos, o registro (ou a averbação, ou ambos) deverá ser efetuado em até 30 (trinta) dias.
A apresentação do título não significa que o registro será efetuado. Deverá o oficial do registro proceder análise acurada a respeito da validade e da possibilidade do título a ser registrado (respeito ao princípio da legalidade, atributo dos registros). Caso não haja qualquer óbice legal, o registro será regularmente feito. Na hipótese de conter alguma irregularidade no registro, o oficial redigirá nota explicativa e fornecerá as instruções necessárias para que tal irregularidade seja superada. Superando a irregularidade, o título poderá ser novamente apresentado e oprocedimento será iniciado novamente desde a prenotação.
Se o requerente não se conformar com a exigência do oficial do registro, deverá suscitar a chamada dúvida,cabendo ao oficial encaminhá-la ao juiz competente para resolve-la. O interessado pode impugnar a dúvida em 15 dias; aausência de impugnação não obsta o julgamento da dúvida através de sentença. A dúvida é procedimento de jurisdição voluntária.
O procedimento de dúvida é meramente administrativo, mesmo quando haja interesse da União, deve ser decidido pelo juiz corregedor competente, de acordo com a lei de organização judiciária do Estado.
Obs2: dúvida inversa, admitida pela doutrina e pela jurisprudência, é procedimento de jurisdição voluntária suscitada diretamente pelo interessado ao juiz, quando o oficial do registro se recusa a, ele mesmo, suscitá-la.
 
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE: Acessões imobiliárias: As acessões são consideradas como formas de aquisição da propriedade imóvel (art. 1.248, CC). Todavia, a doutrina destaca que a acessão pode ocorrer:
– de imóvel em imóvel; – de móvel em imóvel;
Para o CC, acessão ocorre na forma do art. 1.248; para a doutrina, há outras espécies de acessão também previstas no Código Civil, muito embora não tenha este assim categorizado.
A aquisição por acessão pode ocorrer por: 
 – formação de ilhas – aluvião – avulsão – álveo abandonado (Naturais)
– construções e plantações (Artificiais)
 
1: Formação de ilhas: Art. 1.249. As ilhas que se formarem em correntes comuns ou particulares pertencem aos proprietários ribeirinhos fronteiros, observadas algumas regras
 
2) Aluvião –Art. 1.250: Os acréscimos formados, sucessiva e imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização.
 
3) Avulsão – Art. 1.251: Por força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a outro, o dono deste adquirirá a propriedade do acréscimo, se indenizar o dono do primeiro ou, sem indenização, se, em um ano, ninguém houver reclamado.
4) Álveo Abandonado – Art. 1.252: O álveo abandonado de corrente pertence aos proprietários ribeirinhos das duas margens, sem que tenham indenização os donos dos terrenos por onde as águas abrirem novo curso, entendendo-se que os prédios marginais se estendem até o meio do álveo.
 
5) Construções e Plantações – Arts 1253 a 1259, CC;
Art. 1.253, fixa presunção relativa de propriedade das construções e plantações ao proprietário do imóvel.
Arts. 1.254 a 1.259: … se ficar comprovado que o solo e as sementes ou materiais utilizados nas plantações ou construções pertencem a pessoas distintas. A regra geral é a de que o proprietário do imóvel, dada a natureza acessória das plantações/construções com relações ao solo, adquirirá a propriedade das acessões.
 
Usucapião: Requisitos gerais e específicos
A) Pessoais: Características pessoais e atitudes do adquirente e do proprietário. Para usucapir é necessário que o adquirente tenha capacidade jurídica, na forma da lei civil. Também não corre o prazo da usucapião contra os absolutamente incapazes. USUCAPIÃO uma espécie de prescrição aquisitiva, há que serem observadas as causas obstativas, suspensivas e interruptivas da prescrição elencadas nos arts. 197 a 202, CC/02.
Art. 197. Não corre a prescrição:
I – entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;
II – entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;
III – entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela.
Art. 198. Também não corre a prescrição:
I – contra os incapazes de que trata o art. 3o;
II – contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios;
III – contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.
Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:
I – pendendo condição suspensiva; II – não estando vencido o prazo; III – pendendo ação de evicção.
Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva.
Art. 201. Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível.
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:
I – por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual;
II – por protesto, nas condições do inciso antecedente;
III – por protesto cambial;
IV – pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores;
V – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
VI – por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.
Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper.
 
B) Reais: Objeto da usucapião são os bens e direitos suscetíveis de usucapião. Podem ser usucapidos os bens apropriáveis, excluídos os bens fora do comércio, os bens públicos (Ver Súmula 340 do STF) e bens que, não podem ser usucapidos, exemplo: Condômino Usucapir Área Condominial.
Súmula 340: DESDE A VIGÊNCIA DO CÓDIGO CIVIL, OS BENS DOMINICAIS, COMO OS DEMAIS
BENS PÚBLICOS, NÃO PODEM SER ADQUIRIDOS POR USUCAPIÃO.
 
C) Formais: Posse (que deve ser exercida com animus domini), ao prazo e à sentença judicial (declaratória). A posse deve ser justa, não sendo condição essencial a boa-fé. A posse há de ser: mansa, pacífica, pública, contínua e duradoura. A continuidade tem possibilidade de soma de posses para efeito de usucapião. Usucapião de imóveis: da sentença deve ser extraída carta que será registrada no Cartório de Registro de Imóveis. Conforme súmulas 263 e 391,STF, tanto opossuidor quanto os confinantes devem ser citados pessoalmente para a ação de usucapião.
 
Espécies e respectivos prazos Usucapião de imóveis : ordinária, extraordinária ou especial
Especial: – urbana (pro misero) – Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até 250 m², por cinco anosininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
– rural (pro labore) – Art. 1.239. Não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a 50 hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
– coletiva (estatuto da cidade);
– matrimonial (art.1240-A):  Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m², propriedade divida com ex-cônjuge que abandonou o lar,utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
 
Conceito e natureza jurídica: Etimologia da palavra: usus (do latim, uso) + capionem (do latim, aquisição), que significaaquisição pelo uso.
A usucapião é a aquisição de direito real por meio do exercício da posse mansa, pacífica, continuada e duradoura.Outros direitos reais são adquiridos pela usucapião, tais como a servidão e o uso. Assim, a usucapião transforma um estado de fato (posse) em um estado de direito. A usucapião é forma originária de aquisição da propriedade.
Corrente subjetivista: – presunção de que o proprietário abandonou o bem, renunciando-o tacitamente.
Corrente objetivista: – consolidação da propriedade, dando jurisdicidade a uma situação de fato: a posse e tempo. A posse é o fato objetivo, e o tempo, a força que opera a transformação do fato em direito.
 
Prazos: Os prazos variam conforme a espécie de usucapião:     
– USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA – art. 1.238, caput: 15 anos – art. 1.238, parágrafo único: 10 anos.
Art. 1.238. Aquele que, por 15 anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentementede título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a 10 anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras / serviços decaráter produtivo.
 
– USUCAPIÃO ORDINÁRIA – Art. 1.242. Adquire a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos. Será de cinco anos o prazo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico.
 
– USUCAPIÃO ESPECIAL  – rural (art. 1.239, CC c/c art. 191, CR/88): 5 anos.  
Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a 50, tornando-a produtiva por seu trabalhoou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
– URBANA (art. 1.240, CC c/c art. 183, CR/88): 5 anos.- Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até 250 m², por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, não sendo proprietário de outro imóvel.
– USUCAPIÃO COLETIVA (Lei 10257/01, art. 10): 5 anos. Art. 10. As áreas urbanas com mais de 250 m², ocupadas por população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, onde não for possível identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, são susceptíveis de serem usucapidas coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários Alegação em defesa e seus efeitos: A proibição de exceção de domínio é suavizada quando a matéria de defesa for a usucapião, consoante entendimento sumulado pelo STF, Súmula 237, STF: Quando a usucapião for alegada como matéria de defesa, a decisão somente poderá ser usada para fins de registro se formulado pedido contraposto.
 
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL: 1) Ocupação:  É forma originária de aquisição da propriedade. Alguém se apodera de algo que não tem proprietário, de coisa sem proprietário (res nullius e res derelictae). Ex: caça e pesca.
1.1) Descoberta – Art. 1.233. Quem quer que ache coisa alheia perdida há de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor.Parágrafo único. Não o conhecendo, o descobridor fará por encontra-lo e, se não o encontrar, entregará a coisa achada à autoridade competente.
Ocorre descoberta quando alguém encontra coisa perdida por outrem. O descobridor ou inventor fará jus arecompensa de no mínimo 5% sobre o valor do bem encontrado, mais as despesas com conservação e transporte.
2) Usucapião: Art. 1.260. Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e incontestadamente durante três anos, comjusto título e boa-fé, adquirir-lhe-á a propriedade.
Art. 1.261. Se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco anos, produzirá usucapião, independentemente de título ouboa-fé.
Na usucapião ordinária exige-se, além da boa-fé, que a posse tenha por causa justo título, cuja noção já foi firmada na unidade referente à teoria da posse. O prazo para a usucapião ordinária é de 3 anos. 
Na usucapião extraordinária de bens móveis dispensa-se a prova da boa-fé. Mesmo de má-fé o possuidor poderá usucapir o bem. Neste caso o prazo da usucapião, que é de 5 anos.
Obs: Não se adquire por usucapião ordinário veículo furtado.
 
3) Tradição: Art. 1.268. Feita por quem não seja proprietário, a tradição não aliena a propriedade, Excessão: Coisa,oferecida ao público, em leilão ou estabelecimento comercial, for transferida ao adquirente de boa-fé, como a qualquer pessoa, o alienante se afigurar dono.
 
4) Especificação: Art. 1.269. Trabalhando em matéria-prima em parte alheia, obtiver espécie nova, desta será proprietário, se não se puder restituir à forma anterior.
Art. 1.271. Aos prejudicados, nos arts. 1.269 e 1.270, se ressarcirá o dano que sofrerem
 
5) CONFUSÃO, COMISTÃO E ADJUNÇÃO
5.1) Confusão – mistura entre coisas líquidas. Ex: água e vinho; álcool e gasolina; etc.
5.2) Comistão – mistura entre coisas sólidas ou secas.Ex. areia, cal e cimento, trigo e glúten, etc.
5.3) Adjunção – justa posição de uma coisa a outra. Ex. tinta em relação à parede, etc.
 
PERDA DA PROPRIEDADE: Modos de perda da propriedade
 Art. 1.275. Além das causas consideradas neste Código, perde-se a propriedade:
I – Alienação;  II – Renúncia;  III – por abandono;  IV – por perecimento da coisa;V – por desapropriação.
 
A) Alienação: É um negócio jurídico, gratuito ou oneroso, que causa a transferência de direito próprio sobre bem móvel ou imóvel a outrem. O termo alienação deve ser reservado apenas às transmissões voluntárias, provenientes denegócio jurídico bilateral. Estará subordinada à tradição, no caso de bens móveis (exceto navios e aviões) e ao registrodo título aquisitivo, sobre bens imóveis.
 
B) Renúncia: É o negócio jurídico unilateral pelo qual o proprietário declara formal e explicitamente o propósito dedespojar-se do direito de propriedade. Na renúncia nada se transmite a ninguém, simplesmente o titular abdica do direito real, que nesse instante se converte em res nullius.
 
C) Abandono: O abandono também implica em perda da propriedade por ato voluntário do seu titular, com a diferença que, nesse caso, o aninus de abandonar a coisa é presumido pela cessação dos atos de posse. Quando a coisa abandonada for imóvel, o Município, o Distrito Federal ou a União poderão arrecadar o bem e após três anos adquirir a propriedade
 
D) Perecimento: Perecimento material ou real: destruição da coisa.
Perecimento jurídico: a coisa continua a existir, mas uma situação jurídica superveniente faz com que se torne impossível o exercício do direito pelo seu titular. A doutrina diverge quanto a reconhecer o perecimento jurídico como modalidade de perda da propriedade. Ex: impossibilidade de o proprietário exercer seu direito sobre imóvel em que foi erguida uma favela, antes de expirado o prazo da usucapião.
 
E) Desapropriação: A desapropriação é estudada no Direito Administrativo, tendo o Código Civil se limitado a indicá-la como forma de perda da propriedade.
 
PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA: Art. 1.361. Considera-se fiduciária a propriedade resolúvel de coisa móvel infungível que o devedor, com escopo de garantia, transfere ao credor.
Art. 1.362. O contrato, que serve de título à propriedade fiduciária, conterá:
I – o total da dívida, ou sua estimativa; II – o prazo, ou a época do pagamento; III – a taxa de juros, se houver;
IV – a descrição da coisa objeto da transferência, com os elementos indispensáveis à sua identificação.
Sujeitos:  Fiduciário: credor que recebe a propriedade e a posse indireta do bem.
Fiduciante: devedor que entrega a propriedade do bem e guarda para si a posse direta.
 
Objeto: Bem móvel infungível. Há possibilidade de propriedade fiduciária incidente em bem imóvel.
A propriedade fiduciária tem por causa um negócio fiduciário, que é composto de dois elementos:
a) de natureza real, que determina a transmissão do direito ou da propriedade;
b) de natureza obrigacional, relativo à restituição, ao transmitente ou a terceiro, do bem, após exaurido o objeto do contrato.
São características da propriedade fiduciária:
a) resolubilidade (condição: adimplemento do contrato);
b) transmissão da propriedade ao credor do negócio fiduciário;
c) transmissão da posse indireta ao credor fiduciário, através de constituto possessório;
d) permanência do devedor fiduciante como possuidor direto;
e) o bem objeto da propriedade fiduciária é utilizado como garantia ao adimplemento do negócio fiduciário;
f) devolução da propriedade e da posse indireta (traditio brevi manu) ao devedor uma vez adimplida a obrigaçãoprincipal.
 
Direitos e deveres: Art. 1.363. Antes de vencida a dívida, o devedor, a suas expensas e risco, pode usar a coisa segundo sua destinação, sendo obrigado, como depositário:
I – a empregar na guarda da coisa a diligência exigida por sua natureza;
II – a entregá-la ao credor, se a dívida não for paga no vencimento.
Art. 1.364. Vencida a dívida, e não paga, fica o credor obrigado a vender, judicial ou extrajudicialmente, a coisa a terceiros, a aplicar o preço no pagamento de seu crédito e das despesas de cobrança, e a entregar o saldo, se houver, ao devedor.
Art. 1.365. É nula a cláusula que autoriza o proprietário fiduciário a ficar com a coisa alienada em garantia, se a dívida não for paga no vencimento.
Parágrafo único. O devedor pode, com a anuência do credor, dar seu direito eventual à coisa em pagamento da dívida, após o vencimento desta.
Art. 1.366. Quando, vendida a coisa, o produto não bastar para o pagamento da dívida e das despesas de cobrança, continuará o devedor obrigado pelo restante.
Para que o credor exerça o direito de executar a garantia, deve constituir o devedor em mora. Somente com tal constituição é que surge o interesse de agir para a ação de busca e apreensão. Não cabe falar em equiparação do devedor fiduciário com o fiel depositário, muito menos em prisão civil. Súmula Vinculante nº 25: É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito.
 
PROPRIEDADE SUPERFICIÁRIA (Art. 1369 a 1377 do CC): Direito real de construir e plantar em imóvel alheio,conferido pelo FUNDIEIRO (proprietário do solo) em benefício do SUPERFICIÁRIO (titular do direito), que passará a exercer a posse direta da coisa, dentro de prazo determinado. É o direito real de ter coisa própria incorporada em terreno alheio (exceção à regra de que o proprietário do solo torna-se proprietário de tudo o que for nele construído/plantado – princípio de acessão). 
Direito real sobre coisa alheia: pode ser transferido por ato inter vivos ou causa mortis;
– Finalístico: construir ou plantar. – Temporariedade;
– Há presunção de gratuidade, mas pode ser convencionado um pagamento, na concessão onerosa;
 
Código Civil x Estatuto da Cidade : O Estatuto da Cidade (Lei n° 10.257/01), Arts 21 a 23: regulam o direito real de superfície, de forma pouco diferenciada do tratamento conferido pelo CC.
Enunciado n° 93: As normas previstas no CC, regulando o direito de superfície, não revogam as normas relativas a direito de superfície constantes do Estatuto da Cidade
Art. 21. O proprietário urbano poderá conceder a outrem o direito de superfície do seu terreno, por tempo determinado ou indeterminado, mediante escritura pública registrada no cartório de registro de imóveis.
1oO direito de superfície abrange o direito de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo relativo ao terreno, na forma estabelecida no contrato respectivo, atendida a legislação urbanística.
Art. 23. Extingue-se o direito de superfície: I – pelo advento do termo;
II – pelo descumprimento das obrigações contratuais assumidas pelo superficiário.
 
SUJEITOS: Fundieiro ou concedente: proprietário do solo. Faz jus, na hipótese de concessão onerosa, ao cânon superficiário, que é o pagamento pela utilização de sua propriedade. Pelo art. 1.370, CC/02, o pagamento pode ser efetuado de uma só vez, ou parceladamente, conforme convencionado pelas partes.
Superficiário: proprietário das construções e/ou plantações. Possui o chamado direito de implante e tem a posse direta sobre o solo que exerce tal direito. Pessoa jurídica de direito público pode constituir superfície, que será regida pelo Código Civil e lei especial.
 
Constituição da Superfície: Consensual: neste caso, assume caráter contratual, podendo ser onerosa ou gratuita. Por decorrer da vontade das partes, está sujeita à autonomia privada.
Transferência da Superfície: Ato inter vivos;
Ato mortis causa. Admite-se a transmissão da superfície aos herdeiros do superficiário.
Ao fundieiro não assiste direito de remuneração sobre a transferência da superfície. Há, porém, direito de preferência, tanto ao superficiário, quanto ao fundieiro, nos casos de alienação.
– Extinção antecipada: desvio de finalidade.
– Desapropriação: indenização ao proprietário e ao superficiário.
 
DIREITO DE VIZINHANÇA: Refletem limitações ao direito de propriedade. Constituem obrigações propter rem, que nascem com a própria propriedade, com deveres impostos aos vizinhos, de maneira recíproca.
Princípios: a) função social da propriedade, como limite à autonomia privada dos proprietários;
b) solidariedade, sobretudo nas situações de passagem forçada e nas servidões de cabos e tubulações;
c) vedação do enriquecimento sem causa.
Natureza jurídica: a) teoria das servidões legais;
b) obrigações propter rem (teoria que prevalece).
Espécies: 1 – Uso anormal da propriedade (arts. 1.277 a 1.281, CC).
Utilização abusiva da propriedade que implica em abalo à saúde, sossego e/ou segurança da vizinhança. A doutrina destaca que os critérios para determinar o uso anormal da propriedade são:
A – grau de tolerabilidade da perturbação; B – localização do imóvel;
C – natureza da utilização ou da perturbação.
Os arts. 1.280 e 1.281, CC, possibilitam o manejo das ações demolitória e de dano infecto.
Art. 1.280. O proprietário ou o possuidor tem direito a exigir do dono do prédio vizinho a demolição, ou a reparação deste, quando ameace ruína, bem como que lhe preste caução pelo dano iminente.
Art. 1.281. O proprietário ou o possuidor de um prédio, em que alguém tenha direito de fazer obras, pode, no caso de dano iminente, exigir do autor delas as necessárias garantias contra o prejuízo eventual.
 
2 – Árvores limítrofes (arts. 1.282 a 1.284, CC)
Art. 1.282. A árvore, cujo tronco estiver na linha divisória, é comum aos donos dos prédios confinantes.
Art. 1.283. As raízes e os ramos de árvore, que ultrapassarem a estrema do prédio, poderão ser cortados, até o plano vertical divisório, pelo proprietário do terreno invadido.
Art. 1.284. Os frutos caídos em terreno vizinho pertencem ao dono do solo onde caíram.
 
3 – Passagem forçada: Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode,mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem.
1o Sofrerá o constrangimento o vizinho cujo imóvel mais natural e facilmente se prestar à passagem.
2o Se ocorrer alienação parcial do prédio, de modo que uma das partes perca o acesso a via pública, nascente ou porto, o proprietário da outra deve tolerar a passagem.
3o Aplica-se o disposto no parágrafo antecedente ainda quando, antes da alienação, existia passagem através de imóvel vizinho, não estando o proprietário deste constrangido, depois, a dar uma outra.
 
4 – Passagem de cabos e tubulações: Art. 1.286. Mediante indenização que atenda à desvalorização da área remanescente, o proprietário é obrigado a tolerar a passagem, através de seu imóvel, de cabos, tubulações e outros condutos subterrâneos de serviços de utilidade pública, em proveito de proprietários vizinhos, quando de outro modo for impossível ou excessivamente onerosa.
Art. 1.287. Se as instalações oferecerem grave risco, será facultado ao proprietário do prédio onerado exigir a realização de obras de segurança.
 
5 – Águas: Art. 1.288. O dono ou o possuidor do prédio inferior é obrigado a receber as águas que correm naturalmente do superior, não podendo realizar obras que embaracem o seu fluxo; porém a condição natural e anterior do prédio inferior não pode ser agravada por obras feitas pelo dono do prédio superior.
 
6 – Limites entre prédios e direito de tapagem:  Art. 1.297: O proprietário tem direito a cercar, murar, valar ou tapar de qualquer modo o seu prédio, urbano ou rural, e pode constranger o seu confinante a proceder com ele à demarcação entre os dois prédios, a aviventar rumos apagados e a renovar marcos destruídos ou arruinados, repartindo-se proporcionalmente entre os interessadosas respectivas despesas.
Art. 1.298. Sendo confusos os limites, se determinarão de conformidade com a posse justa; e, não se achando ela provada, o terreno contestado se dividirá por partes iguais entre os prédios, ou, não sendo possível a divisão cômoda, se adjudicará a um deles, mediante indenização ao outro.
 
Diferenças dos direitos de vizinhança e servidões prediais (art.  1378 a 1389 CC)
a) Direitos de vizinhança têm como fonte imediata a lei, não podendo o proprietário do prédio serviente se opor à utilização pelo prédio dominante. As servidões prediais são constituídas através de acordo entre as partes, dependendo de anuência expressa de ambos os proprietários dos prédios envolvidos;
b) Direitos de vizinhança são obrigações propter rem decorrentes do direito de propriedade. As servidões prediaissão direitos reais;
c) os direitos de vizinhança são, em regra, insuscetíveis de usucapião. As servidões prediais, em determinadas hipóteses, estão sujeitas a usucapião;
d) os direitos de vizinhança somente são extintos pela modificação objetiva da situação material que deu origem a eles. As servidões prediais podem ser extintas por acordo de vontades;
e) os direitos de vizinhança surgem da necessidade de assegurar o exercício útil e pacífico da propriedade por todos. As servidões prediais surgem pela comodidade e vontade dos proprietários.
 
Art. 1.378: A servidão proporciona utilidade para o prédio dominante, e grava o prédio serviente, que pertence a diverso dono, e constitui-se mediante declaração expressa dos proprietários, ou por testamento, e subseqüente registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Art. 1.379. O exercício incontestado e contínuo de uma servidão aparente, por dez anos, nos termos do art. 1.242,autoriza o interessado a registrá-la em seu nome no Registro de Imóveis, valendo-lhe como título a sentença que julgar consumado a usucapião.
Parágrafo único. Se o possuidor não tiver título, o prazo da usucapião será de vinte anos.
CONDOMÍNIO (art.1314 a 1326 CC): É uma exceção à exclusividade do direito de propriedade, cuja titularidade é plural. Cada condômino tem uma quota indivisa sobre o bem, de modo que seu direito de propriedade incide sobre esse bem por inteiro, na proporção de sua quota.                                                                                                              Todos os comunheiros têm direitos qualitativamente iguais sobre a totalidade da propriedade. Em caso de dúvida, presumem-se iguais os quinhões de cada condômino (presunção juris tantum).
Natureza Jurídica – Teoria da propriedade integral ou teoria individualista:  Cada condômino é proprietário de toda a coisa exercendo direito de propriedade limitado pelos direitos dos outros condôminos.  
– Teoria coletivista ou das propriedades plúrimas parciais: Condomínio é uma espécie de soma intelectual de propriedades.  
 
CLASSIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS
Quanto ao objeto
A)   Condomínio universal; B)   Condomínio parcial. 
Quanto à necessidade
A)   Condomínio transitório; B)   Condomínio permanente.
Quanto à forma
A)   Condomínio pro diviso B)   Condomínio pro indiviso.
Quanto à origem
A)   Condomínio Voluntário ou Convencional;
B)   Condomínio Incidente  (Eventual)  ou Acidental (doação ou testamento);
C)   Condomínio Forçado ou necessário(paredes, cercas, muros, valas, etc.)
 
Direitos e deveres dos condôminos:
1 – Condomínio necessário ou forçado (arts. 1.327 a 1.330 do CC).
Objeto: paredes, cercas, muros, valas, tapumes e formação de ilhas. Condomínio especial do Estatuto da Cidade (usucapião coletiva).
Todas as despesas com a conservação devem ser partilhadas e os comunheiros devem utilizar a coisa de modo a não prejudicar uns aos outros.
Feita a obra sem a anuência do confinante, este pode adquirir a meação através do depósito da despesa que lhe caberia. Enquanto não houver sido efetuado o depósito, não pode o confinante beneficiar-se a obra realizada pelo outro.
 
2- Condomínio voluntário (arts. 1.314 a 1.326, CC)
A) Poder de proteção da coisa comum contra qualquer pessoa.
B) Direito de uso conforme sua destinação e exercício de todos os direitos compatíveis com a indivisão.
Obs: o direito de usar importa em o condômino suportar os ônus da conservação, da perda e da deterioração da coisa, além de responder pelos frutos que percebeu sem o consenso dos demais.
C) Direito de alienar a respectiva parte indivisa. Direito de preferência ou prelação (prazo decadencial de 180 dias para anular o ato de transferência do domínio) e pluralidade de condôminos interessados (art. 504, CC/2002).
D) Direito de  gravar a parte indivisa com ônus reais.
E) Responder pelas dívidas contraídas em favor do condomínio, com respectivo regresso contra os demais  condôminos.
F) Renúncia à fração ideal.
G) Impossibilidade de dar posse, uso ou gozo da propriedade a estranho sem a anuência prévia dos demais comunheiros. Direito de retomada.
Administração do Condomínio  art. 1323 a 1326 CC.
A administração deve ser escolhida pela maioria dos condôminos, podendo recair sobre alguém estranho à comunhão. Todos os atos praticados pelo administrador do condomínio, obriga os demais. Em não havendo escolha do administrador, presumir-se-á como sendo este o condômino que, por iniciativa própria, pratica atos de gestão sem oposição dos demais.
Os votos são computados conforme o valor do quinhão do comproprietário.
As deliberações tomadas pela maioria absoluta dos votos, são obrigatórias a todos. Caso não seja alcançada a maioria absoluta, o juiz decidirá a requerimento de qualquer condômino, ouvidos os demais.
Os frutos serão partilhados na proporção dos quinhões.
Art. 1.323. Deliberando a maioria sobre a administração da coisa comum, escolherá o administrador, que poderá ser estranho ao condomínio; resolvendo alugá-la, preferir-se-á, em condições iguais, o condômino ao que não o é.
Art. 1.325. A maioria será calculada pelo valor dos quinhões.
1o As deliberações serão obrigatórias, sendo tomadas por maioria absoluta.
2o Não sendo possível alcançar maioria absoluta, decidirá o juiz, a requerimento de qualquer condômino, ouvidos os outros.
3o Havendo dúvida quanto ao valor do quinhão, será este avaliado judicialmente.
Art. 1.326. Os frutos da coisa comum, não havendo em contrário estipulação ou disposição de última vontade, serão partilhados na proporção dos quinhões.
 
Extinção do Condomínio: Por ser um estado anormal da propriedade, o condomínio pode ser extinto, com exceção dos casos de condomínio forçado e de coisa indivisível. Desta forma, extingue-se o condomínio ordinário:
A) Em 5 anos, nos casos de condomínio consensual. Este prazo pode ser prorrogado, conforme  art. 1320 parágrafo 10do CC.
Art. 1.320. A todo tempo será lícito ao condômino exigir a divisão da coisa comum, respondendo o quinhão de cada um pela sua parte nas despesas da divisão.
1o Podem os condôminos acordar que fique indivisa a coisa comum por prazo não maior de cinco anos, suscetível de prorrogação ulterior.
B)  Em 5 anos, nos casos de condomínio eventual estabelecido pelo doador ou testador.
C)  Antes do prazo estabelecido, pelo juizo, a requerimento do interessado, em decorrência de razões graves.
D)   Pela venda da coisa.
Extinto o condomínio, proceder-se-á a divisão da área condominial, que pode ser feita de forma amigável (escritura pública) ou judicialmente e tem efeito declaratório.  As regras de divisão do condomínio seguem, no que couber, as regras de partilha da herança.
 
CONDOMÍNIO EDILÍCIO: Constituído com um ato de edificação.
Referências legislativas: arts. 1.331 a 1.358, CC/02; Lei n° 4.591/64 (dispõe sobre o condomínio em edificações e as incorporações imobiliárias); Lei n° 4.864/65 (cria medida de estímulos à construção civil).
 
Natureza Jurídica: O condomínio edilício caracteriza-se pela justaposição de propriedades distintas e exclusivas com áreas comuns (art. 1331, caput), tais como o solo em que a edificação é erguida, as fundações, muros, corredores, terraço de cobertura(salvo estipulação contrária na convenção do condomínio (art. 1.331 § 5°) e tudo mais que se destinar ao uso comum. É um condomínio parcial, híbrido.
Personalidade jurídica do condomínio: O condomínio não tem personalidade jurídica, mas tão somente capacidade postulatória (ou personalidade judiciária). A compreensão do art. 12 do CPC é a de que o condomínio, embora possa compor relação jurídica processual, é entidade jurídica despersonalizada, assim como a massa falida, o espólio e a herança jacente. Essa posição é bastante questionável diante do princípio da operabilidade, uma das diretrizes do atual Código Civil.
Enunciado n° 90, I Jornada de Direito Civil, CJF: deve ser reconhecida a personalidade jurídica ao condomínio edilício.
 
Instituição do Condomínio: Art. 1.332. Institui-se o condomínio edilício por ato entre vivos ou testamento, registrado no Cartório de Registro de Imóveis, devendo constar, além do disposto em lei especial:
I – a discriminação e individualização das unidades de propriedade exclusiva, estremadas uma das outras e das partes comuns;
II – a determinação da fração ideal atribuída a cada unidade, relativamente ao terreno e partes comuns;
III – o fim a que as unidades se destinam.
O Condomínio edilício pode ser instituído por ato inter vivos ou mortis causa, registrado no cartório imobiliário, devendo conter: discriminação e individualização das unidades de propriedade exclusiva, estremadas umas das outras e das partes comuns; determinação da fração ideal atribuída a cada unidade, relativamente ao terreno e às partes comuns; o fim a que as unidades se destinam.
O condomínio é, então, instituído por:  a) Destinação do proprietário do edifício;
b)  Incorporação (proprietário do terreno, promitente comprador do terreno e o cessionário do terreno);
c)  Testamento.
 
Constituição do Condomínio (art. 1.333): A convenção que constitui o condomínio edilício deve ser subscrita pelos titulares de, no mínimo, dois terços das frações ideais e torna-se, desde logo, obrigatória para os titulares de direito sobre as unidades, ou para quantos sobre elas tenham posse ou detenção.
Parágrafo único. Para ser oponível contra terceiros, a convenção do condomínio deverá ser registrada no Cartório de Registro de Imóveis.
A lei distingue a instituição da constituição do condomínio. A constituição se dá pela convenção do condomínio, feita por escritura pública ou instrumento particular, subscrita por ao menos 2/3 das frações ideais (incluindo os promitentes compradores e os cessionários de direitos a elas relativos) e registrada no Cartório de Registro de Imóveis (oponibilidade erga omnes).
A convenção do condomínio é obrigatória tanto aos condôminos quanto aos possuidores e/ou detentores.
Convenção do Condomínio: Instrumento no qual são prefixadas as normas adotadas para o condomínio em plano horizontal, inclusive o modo como será administrado. Deve conter na convenção (art. 1.334):
– A quota proporcional e o modo de pagamento das contribuições dos condôminos para atender às despesas ordinárias e extraordinárias do condomínio;
–  A forma da administração;
– A competência das assembléias, a forma de sua convocação e o quorum exigido para as deliberações;
–  As sanções (condôminos ou possuidores);
–  Regimento interno (tudo o que não for essencial para a constituição e funcionamento do condomínio, possuindo cunho circunstancial e mutável). 
 
São direitos dos condôminos:
a) Sobre a unidade autônoma:
– Usar conforme sua destinação, embora o uso possa sofrer limitações;
–  Alienar independente do consentimento dos demais; –  Gravar com ônus reais.
Obs: o ato de alienação da parte divisa importa em igual transferência de titularidade sobre a parte indivisa.
b) Sobre a parte indivisa:
–  Utilização da área condominial conforme sua destinação (vestíbulo, corredores, escadas, elevadores);
– Votar nas deliberações da assembléia e delas participar, estando quite. Este mesmo direito também assiste aos compossuidores que estiverem em dia com as contribuições condominiais.           
 
Deveres dos condôminos:
– Contribuir para as despesas do condomínio, na proporção de suas frações ideais (obrigação propter rem). Em alguns casos, esta fixação é feita conforme a área da unidade autônoma do condômino (estipulação expressa na convenção);
– Não realizar obras que comprometam a segurança da edificação;
– Não alterar a forma e a cor da fachada, das partes e esquadrias externas;
– Dar às suas partes a mesma destinação que tem a edificação e não as utilizar de maneira prejudicial ao sossego, salubridade e segurança dos possuidores ou aos bons costumes;
– Responder o adquirente da unidade autônoma pelos débitos condominiais existentes, com os juros e a correção monetária.
Efeitos do inadimplemento relativo das contribuições condominiais:
– 1% ao mês a título de juros moratórios e multa de até 2% (cláusula penal). Esta multa, à luz do direito anterior (art. 12, Lei n° 4.591/64), era de 20% e foi reduzida conforme o parâmetro estabelecido pelo CDC.
Efeito do descumprimento dos deveres condominiais:
– multa de até 5 vezes o valor das contribuições condominiais, independente das perdas e danos. Esta multa deve estar prevista na convenção do condomínio; caso contrário, a assembléia deliberará, por 2/3 dos demais condôminos, o valor da multa.
 
Infrações reiteradas (incluindo a inadimplência): – multa de até o quíntuplo das contribuições condominiais, aprovada por deliberação de ¾ dos demais condôminos, tomando por parâmetros a reincidência e a gravidade das faltas; 
Comportamento incompatível com a convivência no condomínio:
– multa de até 10 vezes o valor das contribuições condominiais, podendo ser aplicada pelo síndico, independente de deliberação da assembléia, que precisa, apenas, ratificar o ato posteriormente, com votos de ¾ dos demais condôminos.
 
Administração do Condomínio: Assembléia geral
Órgão deliberativo formado pelos condôminos, equiparados a estes os promitentes-compradores e os cessionários de direitos relativos às unidades autônomas (art. 1.334, § 2°). Todos os condôminos devem ser convocados à Assembléia, sob pena de nulidade da mesma (art. 1354). Condômino inadimplente: discussão.
Poderá, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, destituir o síndico que praticar irregularidades, não prestar contas, ou não administrar convenientemente o condomínio.
–  Aprovar o orçamento das despesas, as contribuições dos condôminos e a prestação de contas;
–  Eleger substituto para o síndico;
–  Alterar a convenção, sob aprovação de 2/3 dos votos dos condôminos;
–  Alterar a destinação do edifício ou da unidade imobiliária, sob a aprovação unânime dos condôminos –  Eleger o conselho fiscal.
Convocações da Assembléia geral: –  Primeira convocação: maioria absoluta dos votos dos condôminos;
–  Segunda convocação: maioria dos votos dos presentes, salvo quorum especial
Administração do Condomínio: Órgão deliberativo formado pelos condôminos, equiparados a estes os promitentes-compradores e os cessionários de direitos relativos às unidades autônomas. Todos os condôminos devem ser convocados à Assembléia, sob pena de nulidade da mesma (art. 1354). Condômino inadimplente: discussão.
Compete à Assembléia geral: –   Escolher (art. 1.347) e destituir o síndico (art. 1.349);
–  Aprovar o orçamento das despesas, as contribuições dos condôminos e a prestação de contas;
–  Eleger substituto para o síndico;
–  Alterar a convenção, sob aprovação de 2/3 dos votos dos condôminos;
–  Alterar a destinação do edifício ou da unidade imobiliária, sob a aprovação unânime dos condôminos –  Eleger o conselho fiscal.
Convocações da Assembléia geral: –  Primeira convocação: maioria absoluta dos votos dos condôminos;
–  Segunda convocação: maioria dos votos dos presentes, salvo quorum especial
 
Extinção do Condomínio: O condomínio é extinto por:
– Destruição. Neste caso, a Assembléia pode, sob voto da maioria absoluta, optar pela reconstrução ou pela venda. Na hipótese de venda,o valor apurado será dividido entre os condôminos conforme o valor de sua unidade autônoma (art. 1.357, § 2°).
– Desapropriação.
 
Servidão predial: Aspectos Gerais: A servidão predial é o direito real de fruição ou de gozo (jus in re aliena) constituído, pela lei ou pela vontade das partes, em favor de um prédio dominante, sobre outro prédio serviente, pertencente a dono diferente. A servidão impõe ao prédio serviente um encargo, restringindo as faculdades de uso e de gozo do proprietário deste prédio.
Requisitos da servidão: – Existência de dois prédios
– Encargo imposto ao prédio serviente em benefício de outro prédio prédio (dominante);
– Prédios de propriedades distintas. 
 
Servidões prediais (servitutes preaediorum) x servidões pessoais (servitutes personarum)
Servidão predial: encargo imposto ao prédio. A servidão não se dá entre os titulares dos imóveis, mas entre os prédios.
Servidão pessoal: expressão em desuso que significava a relação entre a pessoa e a coisa sobre o mesmo objeto.
Servidões prediais x passagem forçada: As passagens forçadas pertencem ao direito de vizinhança, e referem-se exclusivamente aos prédios encravados, sem acesso à via pública, nascente ou porto, o que não ocorre com as servidões. Autores há que classificam a passagem forçada como uma espécie de desapropriação e outros como uma forma especial de servidão de passagem.
Sujeitos da relação de servidão: As servidões, uma vez instituídas, gravam (ônus reais) o prédio serviente em benefício do prédio dominante de forma perene, só podendo ser extintas mediante o cancelamento do registro.
Assim, há na servidão uma titularidade ativa indeterminada, que recai sobre o proprietário do prédio dominante (o dono da servidão), e uma titularidade passiva indeterminada, que recai sobre o proprietário do prédio serviente.
Finalidade: Limitando a faculdade de uso e de gozo do proprietário do prédio serviente, proporcionar um melhor aproveitamento do prédio dominante, tornando-o mais útil, agradável ou cômodo.
Características:– Indivisibilidade (art. 1.386). A servidão onera o prédio serviente, ainda que ele esteja em condomínio ou que venha a ser posteriormente parcelado. Neste caso, todos os imóveis decorrentes do parcelamento continuarão onerados com a servidão. Em decorrência da indivisibilidade, as servidões não se estendem, nem se ampliam, salvo hipóteses expressamente previstas na lei.
– Perpetuidade. A lei regula, contudo, algumas hipóteses de extinção da servidão.
– A servidão não se presume, devendo decorrer da lei ou da vontade das partes (art. 696, CC/16), sendo necessário seu registro no Cartório de Imóveis. Em alguns casos, o juiz determina a servidão.
– Inalienabilidade. Não pode ser vendida, total ou parcialmente, muito menos ser gravada com outra servidão.
Classificações: A) Quanto à natureza dos prédios:
– Urbanas (ex. não construir prédio além de determinada altura) ou rurais (ex. pastagem, trânsito).
B) Quanto ao modo do exercício:
– Contínuas (subsistem independente de ato humano direto, e.g. servidão de energia  elétrica) ou descontínuas (dependem de ação humana seqüencial, e.g. servidão de trânsito).
– C) Quanto à exteriorização:
– Aparentes ou não aparentes. Nas servidões aparentes há sempre marcas que indicam a existência da servidão, como obras e outras marcas visíveis.
D) Quanto à origem:
– Legais (coativas): Código de Águas, Código de Minas.
– Convencionais.
Obs: Súmula n° 415, STF: Servidão de trânsito não titulada, mas  tornada permanente, sobretudo pela natureza das obras realizadas, considera-se aparente, conferindo direito à proteção possessória.
 
Constituição das Servidões: As servidões podem ser constituídas por:
– Ato inter vivos. Neste caso, por força do art. 108, CC/02, a constituição se dará por escritura pública;
Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.
–  Testamento (mortis causa);
– Usucapião ordinário (prazo de 10 anos, no caso de posse com justo título e boa-fé) ou extraordinário (prazo vintenário).
– Sentença judicial  – Destinação do proprietário.
 
Exercício das Servidões: Cabe ao dono da servidão, exceto disposição expressa no título constitutivo, realizar todas as obras necessárias ao uso e conservação da mesma.
Ao proprietário do prédio serviente, assiste o direito de renúncia à propriedade ao dono da servidão. Ainda que o proprietário do prédio dominante não aceite a propriedade da servidão, ele continuará obrigado a custear as obras de uso e manutenção.
Restrição e ampliação da servidão – parâmetros legais (art. 1.385, CC/2002): finalidade, servidão de trânsito e necessidades de cultura ou indústria (indenização ao proprietário do prédio serviente).
 
SERVIDÃO: Extinção das Servidões:
–  Pela confusão; –  Por convenção;
–   Pela renúncia (feita por escritura pública e registrada no Cartório de Imóveis);
–  Pelo não uso contínuo por 10 (dez) anos; –  Pelo decurso do prazo ou implemento da condição;
–  Pela desapropriação; –  Uma vez cessada a utilidade ou a comodidade para o prédio dominante;
–  Resgate, feito por escritura pública;
–  Supressão das obras, nas servidões aparentes, por efeito de contrato ou outro título.
Obs: a extinção da servidão, exceto nas hipóteses de desapropriação, só produz eficácia erga omnes quando cancelada no Registro de Imóveis.
 
USUFRUTO: Aspectos Gerais: É direito real intransferível, personalíssimo, sobre coisa alheia, que atribui a uma pessoa a faculdade de usar e fruir (usufruir) da coisa de outrem, temporariamente, desde que não lhe altere a substância. Ao lado do uso e da habitação, o usufruto é considerado uma espécie de servidão pessoal, pois traduz a subordinação de um bem a uma determinada pessoa que não é seu titular.
É necessário o registro, no respectivo cartório, do usufruto de bens imóveis.
Características: – Direito real limitado: reúne apenas as faculdades de uso e gozo (fruição);
– Direito real sobre coisa alheia: o usufrutuário não possui as faculdades de disposição e de reivindicação (nu-proprietário);
– Direito personalíssimo: recai sobre a pessoa do usufrutuário, que não pode transmitir o direito a outrem, nem seus herdeiros podem suceder-lhe no usufruto (proibição do usufruto sucessivo).
– Temporariedade: o usufruto tem limitação temporal, diferente da perpetuidade dos direitos reais.
 
Sujeitos: – Usufrutuário: titular do direito real de usufruto. Reúne as faculdades de uso e gozo. Tem a posse direta, bem como a administração do bem objeto do usufruto. Art. 1.394.
Art. 1.394. O usufrutuário tem direito à posse, uso, administração e percepção dos frutos.
– Nu-proprietário: titular da propriedade do bem sobre o qual recai o usufruto sendo, por isso, possuidor indireto do mesmo. Reúne as faculdades de disposição e reivindicação.
Objeto:–  Imóveis e móveis infungíveis e inconsumíveis, podendo recair sobre um bem singular (usufruto particular) ou um patrimônio (usufruto universal). Art. 1.390, CC/2002.
Obs: pelo princípio da gravitação jurídica, o usufruto de um bem abrange seus acessórios e acrescidos, tendo, ao final do usufruto, o usufrutuário a obrigação de restitui-los, ou o valor equivalente ao tempo da restituição (art. 1.392, §1°). Por este princípio sujeitar-se à autonomia privada, as partes podem convencionar em sentido diverso (art. 1.392, caput).
 
Classificação: 1)    Quanto à origem: legal ou convencional.
2)    Quanto ao objeto: próprio ou impróprio (quase usufruto: recai sobre bens fungíveis ou consumíveis).
3)    Quanto à sua extensão: universal (recai sobre um patrimônio) ou particular (recai sobre um bem particular); pleno (abrange a totalidade dos frutos e utilidades) ou restrito (excluem-se, por força da autonomia privada, alguns ou todos os frutos e utilidades).
4)    Quanto à sua duração: temporário ou vitalício.Obs: usufruto simultâneo e usufruto sucessivo: no usufruto simultâneo, duas ou mais pessoas exercem direito de usufruto sobre o mesmo bem, No usufruto sucessivo um usufrutuário sucede ao outro.
Também não é possível o direito de acrescer no usufruto simultâneo, a não ser que ele seja inequivocamente previsto (art. 1.411, CC)
Art. 1.411. Constituído o usufruto em favor de duas ou mais pessoas, extinguir-se-á a parte em relação a cada uma das que falecerem, salvo se, por estipulação expressa, o quinhão desses couber ao sobrevivente.
Direitos do Usufrutuário: 1)   Posse. A posse do usufrutuário é direta, justa e de boa-fé, enquanto durar o usufruto. Caso o usufrutuário não cumpra a sua obrigação de restituir findo o usufruto, a posse passará a ser injusta (precária) e de má-fé
2)   Uso. A princípio, a faculdade de uso recai sobre todo o bem e seus acrescidos (usufruto pleno), incluindo as servidões, pertenças e animais. 3)   Administração.
4) Fruição. A faculdade de fruição traduz-se na possibilidade de percepção dos frutos decorrentes do bem objeto do usufruto.
–  Frutos naturais pendentes  início: usufrutuário: Deveres do usufrutuário (arts. 1.400 a 1.409)
Art. 1.400. O usufrutuário, antes de assumir o usufruto, inventariará, à sua custa, os bens que receber, determinando o estado em que se acham, e dará caução, fidejussória ou real, se lha exigir o dono, de velar-lhes pela conservação, e entregá-los findo o usufruto.
Parágrafo único. Não é obrigado à caução o doador que se reservar o usufruto da coisa doada.
Incumbem ao usufrutuário:
I – as despesas ordinárias de conservação dos bens no estado em que os recebeu;
II – as prestações e os tributos devidos pela posse ou rendimento da coisa usufruída.
 
Obrigações do Usufrutuário: 1) Determinação. O usufrutuário deve inventariar a coisa para que, findo o usufruto, a restitua tal qual a recebeu do nu-proprietário.
2) Prestar caução (real ou fidejussória) pela administração. Caso o usufrutuário não preste a caução exigida pelo nu-proprietário, este poderá administrar o bem, mediante caução feita em favor do usufrutuário. Pela administração, o nu-proprietário faz jus à remuneração fixada pelo juiz.
3) Conservação da coisa. O usufrutuário, porém, não pode ser compelido a pagar as deteriorações resultantes do exercício regular do bem, mas apenas das deteriorações resultantes do uso abusivo do mesmo, averiguado através da culpa do usufrutuário
4) Restituição do bem. 5) Pagamento de prestações  tributos devidos.
6) Defesa da coisa  7) Pagamento do seguro.
 
Extinção do Usufruto: –  Renúncia: No caso de bens imóveis, deverá ser feita por escritura pública.
–  Morte do usufrutuário. Por considerar o usufruto um direito personalíssimo, o direito brasileiro não admite usufruto sucessivo.  –  Findo o prazo.
–  Extinção da pessoa jurídica. O usufruto por pessoa jurídica tem duração máxima de 30 anos.
–  Cessação do motivo que originou o usufruto. –  Destruição da coisa (exceção: coisa segurada).
–  Consolidação; culpa do usufrutuário.;  não uso.
 
USO: Art. 1.412. O usuário usará da coisa e perceberá os seus frutos, quanto o exigirem as necessidades suas e de sua família.
1oAvaliar-se-ão as necessidades pessoais do usuário conforme a sua condição social e onde viver.
2oAs necessidades da família do usuário compreendem as de seu cônjuge, dos filhos solteiros e das pessoas de seu serviço doméstico.
Art. 1.413. São aplicáveis ao uso, no que não for contrário à sua natureza, as disposições relativas ao usufruto.
Tal qual o usufruto, o uso também é considerado um direito personalíssimo sendo, portanto, inalienável, impenhorável e intransferível. O uso deve ser registrado no registro imobiliário.
 
HABITAÇÃO: Art. 1.414. Quando o uso consistir no direito de habitar gratuitamente casa alheia, o titular deste direito não a pode alugar, nem emprestar, mas simplesmente ocupá-la com sua família.
Art. 1.415. Se o direito real de habitação for conferido a mais de uma pessoa, qualquer delas que sozinha habite a casa não terá de pagar aluguel à outra, ou às outras, mas não as pode inibir de exercerem, querendo, o direito, que também lhes compete, de habitá-la.
Art. 1.416. São aplicáveis à habitação, no que não for contrário à sua natureza, as disposições relativas ao usufruto.
É o direito real de habitar com a família em imóvel alheio. Também é direito personalíssimo e, por isso, inalienável, impenhorável e intransferível, sendo vedada, inclusive, a cessão, seja a título gratuito, seja a título oneroso.
Também são aplicadas à habitação as normas atinentes ao usufruto, no que couber.
Art. 1.831, CC/2002: habitação do cônjuge sobrevivente.
Art. 1.831. Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, será assegurado, sem prejuízo da participação que lhe caiba na herança, o direito real de habitação relativamente ao imóvel destinado à residência da família, desde que seja o único daquela natureza a inventariar.
Direito Penal IV – Resumo para Provas
por Mendonça Carvalho | dez 5, 2015 | Direito Penal, Material Estudo | 0 Comentários
Direito Penal IV – Resumo para Provas
Fonte: Universidade Estácio de Sá
 
Crimes contra a Administração Pública.
 
Crimes Praticados por Funcionário Público. Parte I
Crimes em espécie praticados por funcionário público. Peculato e Concussão. Elementos do tipo. Sujeitos do delito. Consumação e Tentativa. Modalidades culposas.  Figuras qualificadas, majoradas e privilegiadas.  O concurso de pessoas e a incidência do art. 30, do Código Penal: Comunicabilidade das Circunstâncias Pessoais.
– Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. 
 
 
Peculato.
 
Art. 312 – Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
  Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa.
1º – Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
1.1. Elementos do tipo: as condutas dolosas previstas descrevem figuras especiais dos delitos de apropriação indébita (caput) e de furto (§1º), caracterizando-se, portanto, como delitos funcionais impróprios ou mistos.
                 Por outro lado, no caso da conduta culposa, o agente público, por meio da quebra do dever objetivo de cuidado, concorre para a prática de peculato doloso por outrem.
1.2. Sujeitos do delito: configura-se como delito próprio, mas admite o concurso de pessoas, desde que o estranho à Administração Pública tenha conhecimento da condição do sujeito ativo.
      No que concerne ao sujeito passivo, o Estado figura tanto como sujeito passivo indireto, quanto direto, na medida em que ocorre a lesão ao seu patrimônio moral e patrimonial.  
 
1.3. Figuras típicas:
A)  Peculato Próprio    
Peculato-apropriação: configura delito especial de apropriação indébita, caracterizada pela qualidade do sujeito ativo, pela lesão ao patrimônio público, bem como à moralidade administrativa – à função exercida pelo Estado presentado pelo agente público.
Peculato-desvio (malversação): neste caso, o funcionário dá destinação diversa a res, em benefício próprio ou de terceiro. O referido benefício pode ser material ou moral, bem como a vantagem não será, necessariamente, de cunho econômico.
Peculato de uso: Da mesma forma que no delito de furto, caracteriza-se quando o agente utiliza-se de bem infungível, sem o especial fim de agir de assenhoreamento definitivo e o restitui de forma completa e integral. No caso de uso de bem público, discute-se se o denominado peculato caracterizar-se-ia como mero ilícito administrativo.
   
B) Peculato Impróprio –
PECULATO-FURTO:  Art.312, §1º, CP –  Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro,valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário     
Peculato Culposo – Art.312, §2º, CP      
2º – Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
Peculato mediante erro de outrem: Art.313, caput, CP      
Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem: Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
     No delito em exame o terceiro, mediante uma falsa percepção da realidade, entrega dinheiro ou utilidade – qualquer vantagem ou lucro a funcionário público que não esteja autorizado a recebê-los e este dolosamente não informa o terceiro e nem a Administração Pública acerca do erro com o fim de assegurar a sua apropriação.
  Pode ocorrer ainda a situação na qual o funcionário público seja competente para receber o valor, entretanto, o terceiro por erro, paga um valor a maior e o funcionário dolosamente, apropria-se da diferença.
1.4. Reparação do dano: perdão judicial ou causa de diminuição de pena:   
2º – Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
3º – No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.
          anterior  à sentença condenatória irrecorrível  : extinção de punibilidade;
          posterior à sentença condenatória irrecorrível : causa de diminuição de pena.
1.5. Confronto entre o delito de peculato e os delitos falsificação de documento e  uso de documento falso.
A partir da análise do caso concreto a concorrência entre a prática dos delitos de peculato e uso de documento falso pode ensejar as seguintes controvérsias:
a) Incidência do conflito aparente de normas a ser solucionado pelo princípio da absorção.
 Neste sentido, sendo caracterizado o delito de falso como crime meio para a prática do delito contra a Administração Pública
b) Caracterização do uso de documento falso como pós fato impunível.   
c) Incidência do concurso crimes (material ou formal imperfeito) e, conseqüente, cúmulo material de penas.
    Neste sentido já se pronunciou o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça face à pluralidade de bens jurídicos lesionados.
  
Peculato Eletrônico: Forma especial do delito de peculato e configura-se como delito de mera atividade. Inserção de dados falsos em sistema de informações
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
 
Concussão: Art. 316 – Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Elementos do tipo: a conduta dolosa prevista descreve figura especial do delito de extorsão caracterizando-se, portanto, como delito funcional impróprio ou misto.  
Diferencia-se do delito de corrupção passiva, art.317, do Código Penal, pois neste o núcleo do tipo descreve a conduta de “solicitar”, diferentemente do delito de concussão, no qual o agente “exige” para si ou para outrem a vantagem indevida, ou seja, impõe à vítima a prática de uma conduta que o beneficie e esta cede por “temor” a possíveis represálias.
  2.2.. Sujeitos do delito : configura-se como delito próprio, mas admite o concurso de pessoas, desde que o estranho à Administração Pública tenha conhecimento da condição do sujeito ativo.
    Em relação à figura típica prevista no §1º (excesso de exação), somente pode ser sujeito ativo o funcionário encarregado da arrecadação.
      No que concerne ao sujeito passivo, o Estado figura tanto como sujeito passivo indireto, quanto direto, na medida em que ocorre a lesão ao seu patrimônio moral e patrimonial.     
 2.3.Consumação e Tentativa: Configura-se como delito formal, logo consuma-se com a mera conduta de exigir, para si ou para outrem, mas em razão da função a vantagem indevida; caso esta ocorra, será caracterizada como mero exaurimento da conduta.
 2.4.  Excesso de exação: § 1º – Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:
Pena – reclusão, de três a oito anos, e multa.      
O excesso de exação, compreendida esta como a exigência rigorosa de tributos (imposto, taxa ou contribuição de melhoria) ou contribuição social e perfaz-se mediante duas modalidades: exigência indevida do tributo ou contribuição social e cobrança vexatória ou gravosa não autorizada em lei.
► Forma qualificada §2º
2º – Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos: Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa.
Obs. Caso o agente desvie a quantia após sua inclusão aos cofres públicos o delito será de peculato.
O excesso de exação, compreendida esta como a exigência rigorosa de tributos (imposto, taxa ou contribuição de melhoria) ou contribuição social e perfaz-se mediante duas modalidades: exigência indevida do tributo ou contribuição social e cobrança vexatória ou gravosa não autorizada em lei.
 
Crimes Praticados por Funcionário Público. Parte II.
 
Corrupção passiva: Art. 317 – Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: Pena– reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
 
O ordenamento jurídico prevê condutas típicas tanto para o agente que se corrompe, quanto para o terceiro à Administração Pública que o corrompe – corrupção passiva e corrupção ativa. Houve, desta forma, rompimento à teoria unitária do concurso de pessoas previsto no art.29, do Código Penal. Insta salientar que a bilateralidade de condutas nem sempre ocorrerá.  
 
1.1. Análise do tipo penal.
► Configura-se como tipo penal de ação múltipla ou tipo misto alternativo face à possibilidade da realização das seguintes condutas:
a) solicitar vantagem indevida – a proposta emana do agente público e consuma-se independemente da entrega da vantagem;
b) receber vantagem indevida – a proposta emana do terceiro e consuma-se no momento em que o agente recebe a vantagem indevida.
c) aceitar promessa de tal vantagem: neste caso, não é necessário o recebimento da vantagem; o delito restará consumado com o mero consentimento do agente público.
Obs. Nas condutas de receber vantagem indevida ou aceitar promessa de tal vantagem haverá bilateralidade de condutas – corrupção ativa e passiva.
 
► A vantagem indevida pode ser de cunho patrimonial, sexual, sentimental etc.
1.2.Incidência dos princípios da insignificância e adequação social.   A doutrina tem sustentado que as gratificações usuais de pequena monta e as pequenas doações ocasionais relacionadas às festas de fim de ano não configurariam a figura típica do art.317, do Código Penal face à incidência do princípio da adequação social
Por outro lado, os Tribunais tem se mostrado reticentes acerca da possibilidade do reconhecimento da atipicidade da conduta em decorrência da adoção do princípio da insignificância.
 
1.3. Figuras Típicas;
► Corrupção passiva privilegiada: nesta figura típica o agente público não visa atender interesse próprio, mas cede à solicitação de terceiro “comum na reciprocidade do tráfico de influência
2º – Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem: Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa.
 
► Corrupçãopassiva qualificada:
1º – A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
O agente público realiza o prometido ao terceiro na conduta prevista no caput do referido artigo. Neste caso, o exaurimento do delito foi considerado fato punível, na verdade, caracterizado como causa de aumento da figura típica.
Entretanto, caso esta conduta, no caso concreto, configure delito autônomo, restará caracterizado o concurso de delitos entre a corrupção passiva e esta suposta conduta, sem, contudo, a incidência da majorante do §1º, sob pena de incidência de bis in idem.
 
1.4 Confronto com o delito de concussão:
► a conduta prevista no delito de corrupção passiva compreende a “solicitação” do agente público sem que haja qualquer forma de constrangimento ou coação, diferentemente da conduta prevista no tipo penal de concussão.
 
1.5. Confronto com o delito de  e prevaricação:
► neste caso a conduta do agente público tem por motivo determinante a satisfação de interesse ou sentimento pessoal, enquanto na corrupção passiva, o agente visa a obtenção de vantagem indevida.
Art. 319 – Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa
 
Crimes Praticados por Funcionário Público. Parte II.
 
Facilitação de contrabando ou descaminho: Art. 318 – Facilitar, com infração de dever funcional, a prática decontrabando ou descaminho (art. 334): Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa
 
1.1. Análise do Tipo Penal:
► Nesta figura típica o legislador rompeu com a teoria unitária do concurso de pessoas na medida em que optou por tipificar a conduta do agente que, na verdade, realiza conduta acessória à conduta de contrabando ou descaminho.
 
► A expressão contrabando compreende toda a “importação ou exportação cujo ingresso ou saída do País seja absoluta ou relativamente proibida
 
► A expressão descaminho, compreende “toda fraude  empregada para iludir, total ou parcialmente, o pagamento de impostos de importação, exportação ou consumo (cobrável na própria aduaneira antes do desembaraço das mercadorias importadas)” (idem).
 
► Trata-se de delito formal e plurissubsistente, logo admite a modalidade tentada.
 
►Competência: Verbete de Súmula n. 151, do Superior Tribunal de Justiça. A competência para o processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho define-se pela prevenção do Juízo Federal do lugar da apreensão dos bens.   
 
1.2. Conflito aparente de normas: Estatuto do Desarmamento : Art. 18,da Lei n.10826/2003: Tráfico internacional de arma de fogo.  Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente: Pena – reclusão de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa
 
1.3. Incidência do Princípio da insignificância: caso o valor das mercadorias não ultrapasse R$ 10.000,00 questiona-se sobre a aplicação do princípio da insignificância.
Prevaricação: Art. 319 – Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra
disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa
 
2.1. Análise do Tipo Penal.
 
► Configura-se como delito especial próprio e admite o concurso de pessoas por particular no caso de participação.
 
► Tipo subjetivamente complexo: composto pelo dolo genérico de Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício ou praticá-lo contra disposição expressa de lei e pelo especial fim de agir de interesse ou sentimento pessoal.
 
► Configura-se como delito formal, ou seja, consuma-se independentemente da efetiva satisfação de interesse ou sentimento pessoal.
 
► Admite a modalidade tentada somente nas condutas comissivas.
 
► Por “interesse ou sentimento pessoal” compreende-se como interesse que não tenha caráter econômico, mas no qual o agente público coloca seu interesse acima do interesse público. “ Interesse pessoal é qualquer proveito, ganho ou vantagem auferido pelo agente e que não tenha natureza econômica” e “ Sentimento pessoal é a disposição afetiva do agente em relação a algum bem ou valor”
 
2.2. Confronto com o delito de corrupção passiva privilegiada – art.317§2º, CP.  Na prevaricação o agente pratica a conduta comissiva ou omissiva visando à satisfação de interesse próprio, sem que haja qualquer pedido por parte de terceiro; no delito de corrupção passiva privilegiada, o agente público atende ao pedido ou influência de outro.
 
2.3. Figuras Típicas Especiais de Prevaricação: • Lei n. 1079/1950: Presidente da República, Ministros de Estado, Ministros do Supremo,Tribunal Federal e Procurador Geral da República.• Lei n. 6766/1979 e Dec. Lei n. 201/1967: Prefeitos.• Lei n.7492/1986: Crimes contra o Sistema Financeiro Nacional.• Lei n.4737/1965: Crimes Eleitorais.
 
2.4. Prevaricação Imprópria: Prevaricação de agente penitenciário
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo:
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
 
Condescendência criminosa: Art. 320 – Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente: Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
 
3.1. Análise do Tipo Penal:
► Configura-se como delito especial próprio e admite o concurso de pessoas por particular no caso de participação.
 
► Configura-se como delito formal, ou seja, consuma-se independentemente da efetiva impunidade do subalterno.
 
► O elemento normativo “indulgência” pode ser compreendido como “clemência, tolerância para com a falta de subalterno
 
► O tipo penal também abarca a conduta omissiva do agente público ao deixar de responsabilizar subalterno que pratica infração, de natureza administrativa ou penal, no exercício da função – trata-se, neste caso, de interpretação extensiva.
 
► A conduta de condescendência criminosa pode apresentar-se sob os seguintes aspectos:
a) Refere-se a uma forma de conivência, que se traduz em omissão e supõe infração a ela conectada;
b) Emerge de considerações relativas ao direito disciplinar administrativo;
c) O conivente pode ser coautor do delito ocultado –  subalterno.
 
3.2.  Confronto com o delito de Prevaricação: Não se confunde com o delito de prevaricação, pois neste a conduta omissiva do agente público visa satisfazer interesse ou sentimento pessoal próprio, enquanto no delito de condescendência criminosa, a conduta do agente público tem por motivação a indulgência em relação a terceiro.
 
Advocacia administrativa: Art. 321 – Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração
pública, valendo-se da qualidade de funcionário: Pena – detenção, de um a três meses, ou multa.
Parágrafo único – Se o interesse é ilegítimo: Pena – detenção, de três meses a um ano, além da multa.
 
4.1. Análise do Tipo Penal:
► A expressão patrocinar compreende as condutas de proteger, beneficiar ou defender, direta ou indiretamente, interesse privado, que pode ser legítimo ou não
 
► O patrocínio como pode configurar-se como mero “favor”, não sendo exigido, portanto, que o agente público receba qualquer vantagem.
 
► Delito Formal.
 
► Admite-se o concurso formal de crimes com os delitos de concussão (art.316, CP), corrupção ativa (art.317, CP) e corrupção passiva (art.333, CP).
 
4.2. Concurso de Crimes:  Nos casos de crimes contra a Ordem Tributária ou relacionados à Licitação Pública, reger-se-ão pelas regras especiais contidas, respectivamente,na Lei n. 8137/1990(art.3º) e Lei n.8666/1993 (art.91).
 
4.3. Confronto com o delito de Prevaricação: No delito de advocacia administrativa o agente público não tem competência para a prática de determinado administrativo e se vale de sua função para influenciar aquele que possui a referida competência com o fim de auferir qualquer benefício a terceiro,  estranho à Administração Pública.
 
Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado: Art. 324 – Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso: Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
 
5.1. Análise do Tipo Penal:
► Configura-se como norma penal do mandato em branco no que concerne à expressão “exigências legais”.
 
► Configura-se como delito de mera atividade, sendo admissível a tentativa por tratar-se de delito plurissubsistente.
 
► A expressão “sem autorização” corresponde à elementar normativa do tipo a ser valorada no caso concreto.
 
► Nos casos de exoneração, remoção, substituição ou suspensão, para a caracterização do delito essencial que o agente público tenha sido comunicado pessoalmente pela autoridade superior, não sendo a publicação em Diário Oficial suficiente para a configuração do delito.
 
► Trata-se de delito formal, logo não exige para sua consumação o efetivo prejuízo à Administração Pública, todavia admite a tentativa, haja vista seu iter criminis ser fracionável.    
 
► Distinção entre exoneração remoção, substituição e suspensão:
Exoneração: perda do cargo.      
Remoção: mudança do funcionário de um posto para   outro, sendo mantido o cargo.
Substituição: colocação de um funcionário em local de outro.
Suspensão: sanção disciplinar na qual o funcionário é afastado temporariamente de seu cargo ou função.
 
► Distinção entre cargo público e função pública:
Cargo público: posto criado por lei na estrutura  hierárquica da Administração Pública, com denominação e padrão de vencimentos próprios    ocupado por servidor com vínco estatutário.
Função pública: denominação residual, que envolve todo aquele que presta serviços para a administração embora não seja ocupante de cargo ou emprego.
 
► Trata-se de delito formal, logo não exige para sua consumação o efetivo prejuízo à
Administração Pública, todavia admite a tentativa, haja vista seu iter criminis ser fracionável.
 
Questões relevantes:
6.1. Competência para processo e julgamento dos crimes praticados por funcionário público federal. Verbete de Súmula n.147, Superior Tribunal de Justiça. Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes praticados contra funcionário público federal, quando relacionados com o exercício da função.
 
6.2. Causa de aumento de pena. Art. 327 – Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
2º – A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.
 
Crimes Praticados por Particular. Parte I.
 
Usurpação de função pública: Art. 328 – Usurpar o exercício de função pública: Pena – detenção, de três meses a dois anos, e multa.
 
1.1. Análise da figura típica:
► A expressão “usurpar” compreende a conduta de exercício indevido, ou seja, a efetiva prática de ato específico de determinada função pública.
 
► Delito formal que se consuma no momento em que o agente pratica algum ato de ofício inerente ao exercício da função pública, independentemente da ocorrência de efetivo prejuízo à administração.
 
► Para a configuração do delito em exame é imprescindível a presença do funcionário público, ou seja, que este tome ciência da conduta desrespeitosa no momento de sua prática.
 
1.2. Questões relevantes:
► Caso a conduta seja praticada, no mesmo contexto fático, contra mais de um funcionário público, será caracterizado crime único, haja vista o Estado figurar como sujeito passivo direto.
 
► Agente que se encontra temporariamente suspenso de suas funções por força de ordem judicial: face ao princípio da especialidade sua conduta será incursa no tipo penal do art.359, do Código Penal.
No caso de reiteração de condutas, o delito pode caracterizar-se como delito permanente.
 
Desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito Art. 359 – Exercer função, atividade, direito, autoridade ou múnus, de que foi suspenso ou privado por decisão judicial: Pena – detenção, de três meses a dois anos, ou multa.
 
► Agente que finge ser funcionário público, mas não pratica qualquer ato: neste caso, não há que se falar em usurpação de função pública, pois o agente não “usurpou” qualquer função.
Desta forma, a conduta será prevista como contravenção penal. Art. 45. Fingir-se funcionário público: Pena – prisão simples, de um a três meses, ou multa
 
Confronto entre o delito de usurpação de função pública e estelionato:  Neste o agente induz ou mantém terceiro em erro para, fingindo-se de funcionário público, obter vantagem ilícita. Neste caso o agente não pratica qualquer ato de ofício.
     Por outro lado, no caso de usurpação de função pública, caso o agente venha a auferir alguma vantagem ilícita, esta será decorrente do exercício indevido de função pública e restará caracterizada a figura qualificada prevista no parágrafo único do Art. 328, do Código Penal.
Parágrafo único – Se do fato o agente aufere vantagem: Pena – reclusão, de dois a cinco anos, e multa
 
Resistência: Art. 329 – Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio: Pena – detenção, de dois meses a dois anos.
1º – Se o ato, em razão da resistência, não se executa: Pena – reclusão, de um a três anos.
2º – As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.
 
2.1. Análise da Figura Típica: ► Também denominada resistência ativa, na medida em que o agente opõe-se ao cumprimento de ato legal mediante o emprego de violência ou ameaça.
 
► A violência deve ser praticada durante a prática do ato legal com a finalidade de impedir sua execução. Caso seja praticada em momento anterior ou posterior à execução do referido ato legal, a conduta poderá configurar-se como outro delito, tal como lesão corporal
 
► Caso a violência seja praticada contra a coisa, não há que se falar no delito em exame, mas na figura típica de dano qualificado (art.163, parágrafo único, III, do Código Penal) Art.163, Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
 
Parágrafo único – Se o crime é cometido: III – contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista; Pena – detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
 
2.2. Questões relevantes:
► Questiona a doutrina se a embriaguez excluiria o delito de resistência. O melhor entendimento é no sentido de que, salvo nos casos de embriaguez completa e oriunda de caso fortuito ou força maior, consoante dispõe o art.28, do Código Penal, não há que se cogitar da exclusão de culpabilidade do agente. O ponto nodal reside na caracterização da “seriedade” da conduta do agente.
 
Crimes Praticados por Particular. Parte II.
 
1.Tráfico de influência: CP. Art. 332 – Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
 
1.1. Análise da figura típica:
► Configura-se como tipo de ação múltipla (alternativo) podendo a conduta do agente comportar desde a solicitação até a exigênciaou recebimento da vantagem indevida.
 
► O elemento normativo do tipo penal “vantagem indevida” não terá, necessariamente, natureza econômica.  Sobre o tema, vide trecho de decisão proferida pelo STJ constante no Informativo de Jurisprudência n.169:
 
► Em relação à conduta de obter, caracteriza-se como delito material.
 
► O delito configura verdadeiro estelionato perpetrado contra a Administração Pública, “pois o agente ilude e frauda o pretendente ao ato ou providência governamental, alegando um prestígio que não possui e assegurando-lhe um êxito que não está ao seu alcance […]”
 
1.2.  Requisitos para a configuração do delito:
     ► emprego de meio fraudulento, isto é, o agente se diz influente com determinado funcionário quando, na realidade, não exerce nenhum prestígio.
 
     ► deve tratar-se de funcionário público.
 
OBS. No caso de não cumprimento  de quaisquer destes requisitos a conduta restará tipificada
como incursa na figura de estelionato (art.171, do Código Penal)
Art. 171 – Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo
ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
 
1.3. Figura majorada:   A causa de aumento tem por fundamento o eventual desprestígio à conduta do agente público.
 
Art.332, […] Parágrafo único – A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário.
 
1.4. Questões relevantes:
► Confronto com o delito de exploração de prestígio, previsto no art.357, do CPl: O delito de exploração de prestígio configura espécie de tráfico de influência que recai sobre a conduta de magistrado, jurado, órgão do Ministério Público, perito, testemunha.  
 
Art. 357 – Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha: Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Parágrafo único – As penas aumentam-se de um terço, se o agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade também se destina a qualquer das pessoas referidas neste artigo.
 
Neste sentido, a Corte Especial do  Superior Tribunal de Justiça já se manifestou:
 
[…] crime de exploração de prestígio é, por assim dizer, uma “subespécie” do crime previsto no art. 332 do Código Penal (tráfico de influência). É a exploração de prestígio, a venda de influência, a ser exercida especificamente sobre pessoas que possuem destacada importância no desfecho de processo judicial
 
Art. 332 – Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
 
Art. 357 – Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir
em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor,
intérprete ou testemunha: Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa.
 
► Confronto com os delitos de corrupção ativa e passiva.     
 
        Caso o agente tenha, efetivamente, prestígio junto à Administração Pública e venha a corromper funcionário público, sua conduta restará caracterizada como incursano delito de corrupção ativa, prevista no art.333, do Código Penal e, a do funcionário público corrompido, no art.317, do Código Penal – corrupção passiva
 
    Ainda, cabe salientar que o terceiro que se beneficia da conduta do funcionário público será responsabilizado pelo delito de corrupção ativa.
 
Corrupção passiva: Art 317: Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa
 
Corrupção Ativa: Art. 333: Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:  Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa
Parágrafo único – A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.
 
► Sujeitos do delito: configura-se como delito próprio. No que concerne ao sujeito passivo, o Estado figura tanto como sujeito passivo indireto, quanto direto, na medida em que ocorre a lesão ao seu patrimônio moral e patrimonial.
A elementar “direta ou indiretamente” compreende a possibilidade do agente público obter a vantagem indevida mediante interposta pessoa, por exemplo se a vantagem for percebida por um familiar seu.
 
► A conduta obrigatoriamente deve guardar relação com a função exercida pelo funcionário público. Significa dizer que deve existir relação de causalidade entre a solicitação, o recebimento ou o aceite da promessa de vantagem indevida com a contraprestação do agente público, seja por meio de uma conduta comissiva ou omissiva, de sua competência específica.
Caso o agente pratique quaisquer destas condutas sem que tenha competência específica, mas valendo-se de sua função, a conduta restará caracterizada como tráfico de influência previsto no art. 332, do Código Penal.
Tráfico de Influência – Art. 332 – Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de
vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
 
2.1. Análise da Figura Típica:
  ► O elemento normativo do tipo penal “vantagem indevida” não terá, necessariamente, natureza econômica.
 
  ► Não necessita para sua configuração que haja a aceitação da vantagem indevida pelo funcionário público.
 
► O ato de ofício objeto da proposta de vantagem indevida deve, obrigatoriamente, ser de específica atribuição do funcionário público.
Delito formal que se consuma no momento em que o agente oferece ou promete a vantagem
indevida ao funcionário público, independentemente do aceite por parte deste.
 
► Por não caracterizar-se como delito bilateral em relação ao delito de corrupção passiva é
plenamente possível a ocorrência simultânea ou isolada das figuras típicas de corrupção ativa
e passiva.
 
2.2. Figura majorada:  Para a caracterização da causa de aumento prevista no parágrafo único do art.333, do
Código Penal é imprescindível que o agente pratique ato de natureza ilícita, ou seja,
infringindo dever funcional.
Art.333, Parágrafo único – A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.
 
2.3. Confronto com o delito de concussão:  A conduta prevista no delito de corrupção passiva compreende a “solicitação” do agente público sem que haja qualquer forma de constrangimento ou coação, diferentemente da conduta prevista no tipo penal de concussão.
 
2.4. Questões relevantes: ► A “carteirada” não configura delito de corrupção ativa, mas, no máximo, tráfico de influência. Assevera o autor que a “carteirada” compreende o “ato de autoridade que, fazendo uso de sua função, exibe seu documento funcional para conseguir algum préstimo de outra autoridade ou funcionário público.
De forma diversa, há entendimentos no sentido de que a “carteirada” configura delito de abuso de autoridade previsto no art.4º, h, da Lei n. 4898/1965 (Lei de Abuso de Autoridade).
 
Sobre tema, importante salientar que o delito de corrupção ativa consuma-se no momento em que o oferecimento ou promessa de vantagem chega a conhecimento do funcionário público sendo, desnecessário que ele o aceite ou receba. Em outras palavras significa dizer que os delitos de corrupção ativa e passiva nem sempre ocorrerão concomitantemente.
 
   A corrupção não é, necessariamente, crime bilateral de modo a ensejar três possíveis situações fáticas: corrupção ativa sem a passiva; corrupção passivasem a ativa e corrupção ativa e passiva.
 
Crimes contra a Administração da Justiça I
 
Favorecimento Pessoal: Art. 348 – Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão: Pena – detenção, de um a seis meses, e multa.
 
1º – Se ao crime não é cominada pena de reclusão:
Pena – detenção, de quinze dias a três meses, e multa.
 
2º – Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena.
 
1.1 Análise da Figura Típica:
► Tutela-se o regular funcionamento da Administração Justiça.
► O delito se consuma com a  efetiva subtração do favorecido, ainda que momentânea ou
provisória.
 
Requisitos:  – prática de crime anterior
       – crime anterior apenado com reclusão
 
► Caso o crime anterior seja apenado com detenção, restará caracterizado o favorecimento pessoal privil. (§ 1º ).
 
► Para a configuração do delito é essencial que haja efetivo auxílio prestado por terceiro com
vistas a beneficiar o autor do fato típico através da impossibilidade da atuação estatal.
O auxílio é prestado ao criminoso (para sua fuga ou ocultação) e não ao crime, sobpena de configurar-se o delito de favorecimento real.
 
Configura-se como delito subsidiário, ou seja, para sua configuração é imprescindível a prática de delito anterior.
 
► O auxílio deve ser posterior à prática do delito pelo agente, caso contrário, restará caracterizado o concurso de pessoas em relação ao delito anterior na modalidade de participação.
 
►Configura-se como infração penal de menor potencial ofensivo, logo a competência para processo e julgamento é do Juizado Especial Criminal (Lei n.9099/1995).
 
► Admite-se a suspensão condicional do processo, prevista no art.88, da Lei n.9099/1995.
Sobre o tema, vide decisão proferida pelo Tribunal de Justiça  do Rio de Janeiro:
 
Favorecimento pessoal – A efetiva participação da requerente afasta qualquer possibilidade de desclassificação. Oartigo 348, do CP, define a conduta daquele que, não sendo autor ou partícipe, presta auxílio, sempre posterior, ao criminoso.
 
1.2.  Questões relevantes.
► Alcance das escusas absolutórias:
Primeira corrente:  § 2º  do art.348, configura-se como causa excludente de culpabilidade e não escusa absolutória.
Segunda corrente: Pode ser visto como escusa absolutória a partir da interpretação extensiva do disposto no art.181, do Código Penal, ao considerar que o referido rol não é taxativo
 
Distinção entre favorecimento pessoal e facilitação de fuga de pessoa presa. CP. Art. 351 – Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente presa ou submetida a medida de segurança detentiva: Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
 
No delito de favorecimento pessoal o auxílio é prestado a agente que se encontre solto; já no delito previsto no art. 351, do Código Penal, a conduta configura-se como auxílio prestado a alguém preso para que este logre êxito na fuga.
 
Favorecimento Real: Art. 349 – Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime: Pena – detenção, de um a seis meses, e multa.
 
2.1 Análise da Figura Típica:
► A conduta caracteriza-se pela assistência dada ao autor do fato delitivo após a prática do crime com vistas a tornar seguro o proveito do crime. Distinção entre o delito de favorecimento real e concurso de pessoas no delito antecedente.
 
► O tipo penal expressamente exige que o agente preste o auxílio ao criminoso fora dos casos de coautoria. Similarmente ao que ocorre no delito de favorecimento pessoal, é necessário que o agente não tenha sido coautor ou partícipe do crime. Faz-se também necessário que o auxílio ao criminoso tenha sido prestado após a consumação do delito. Se foi prestado ou prometido antes ou durante a execução do crime, o agente será considerado coparticipante do delito praticado.
 
2.2.  Questões relevantes:
► Distinção entre favorecimento pessoal  e receptação.
Art. 180 – Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa
O delito de favorecimento pessoal não se confunde com o delito de receptação, previsto no art.180, do Código Penal, pois neste o agente presta auxílio com vistas a proveito próprio ou alheio, que não o do autor do delito anterior e de natureza patrimonial.
 
► Em síntese: Ao delito de favorecimento real aplica-se o mesmo raciocínio do delito de favorecimento pessoal, qual seja: “ o autor destes delitos não pode ter concorrido para a prática do delito anterior, sob pena de incidência do disposto no art.29, do Código Penal, caracterizando-se, desta forma, o concurso de pessoas.
Art. 29 – Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
Guardar a arma do crime não gera favorecimento real porque se trata de  instrumento e não de produto do crime, podendo caracterizar-se a conduta como favorecimento pessoal.
 
Distinção entre os delitos de favorecimento pessoal e real.
► O crime de favorecimento real, visa a tornar seguro o proveito do crime, ao passo que, no pessoal, o agente visa assegurar a fuga, a ocultação do autor do crime anterior.
 
Crimes Hediondos. Lei n.8072/1990
 
Aspectos Gerais. Parte I.
 
Movimento da Lei e da Ordem e Crimes Hediondos – confronto com o sistema Penal Garantista
consubstanciado na Constituição da República de 1988.
 
1.1. Movimento da Lei e da Ordem e a Teoria da Vidraça Quebrada: Face ao cenário de degradação social e alto índice de criminalidade vislumbrado na década de 80, os cientistas políticos americanos James Q. Wilson e George Kelling desenvolvem a denominada “teoria da vidraça quebrada” segundo a qual, se “uma vidraça quebrada em um edifício não é logo reparada, a aparência de abandono e descaso irá fazer com que os passantes se sintam encorajados a quebrar outras vidraças, de forma que, em breve, todas as janelas do edifício estarão também quebradas”.
 
     Desta forma, defendem que a repressão imediata e severa das menores infrações na via pública, a tolerância zero para com qualquer tipo de violação da lei, como forma de controle social penal e prevenção da prática de delitos mais graves, tendo tal Política criminal sido instituída, no início da décadade 90, pelo prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani.
 
Da teoria da Vidraça quebrada e da política criminal de tolerância zero surge o movimento da Lei e da Ordem como instrumento de Controle Social Penal no qual o Direito Penal deixa de ser de Intervenção Mínima e, portanto, preconiza a criação, pelo Estado, de Leis Simbólicas e que, consequentemente, restrinjam direitos e garantias fundamentais.
 
1.2. A Criação de Leis penais simbólicas:
         O maior poder do sistema penal não reside na pena, mas sim no poder de vigiar, observar, controlar
movimentos e idéias, obter dados da vida privada e pública, processá-los, arquivá-los, impor penas e
privar liberdade sem controle jurídico, controlar e suprimir dissidências, neutralizar as coalizações entre desfavorecidos etc.
 
1.3.Confronto entre a Função instrumental e simbólica:
Para Pierre Bourdieu: sistemas simbólicos são instrumentos de comunicação que tem como função política de imposição ou legitimação da dominação de uma classe sobre outra (domesticados).
 
Crimes Hediondos: Assento Constitucional e Momento Histórico:
Art. 5º, XLIII: a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura,o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem.
 
2.1. Critérios de tipificação:  O texto legal da Lei n. 8072/1990 não conceituou “crime hediondo”, tendo o legislador optado pela adoção de um critério taxativo, no qualselecionou figuras típicas previstas no Código Penal e as “rotulou” como hediondas.
► Não há que se falar em nova lei incriminadora, mas, sim, novatio legis in pejus, na medida em que
trouxe uma série de restrições aos direitos e garantias fundamentais, restrições estas, que, gradativamente, foram objeto de alteração face à incidência do Controle de Constitucionalidade.
 
► Para a doutrina, por sua vez, considera-se hediondo, o delito que se mostre “repugnante, asqueroso,
sórdido, depravado, abjecto, horroroso, horrível”
Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7
de dezembro de 1940 – Código Penal, consumados ou tentados:
 
I – homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido
por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, I, II, III, IV e V);
II – latrocínio (art. 157, § 3o, in fine);
III – extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o);
IV – extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o);
V – estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o);
VI – estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o);
VII – epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o).
VII-B – falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998).
Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de outubro de 1956, tentado ou consumado.
 
A Lei n. 8072/1990 e seu Controle de Constitucionalidade: alterações legislativas.
3.1. Direito Intertemporal e a Lei n.11.464/2007 – as denominadas normas “híbridas”.        
 
  Tal discussão tem relevância no que concerne à vedação à progressão de regimes, inicialmente prevista no art.2º, da Lei n.8072/1990, sua posterior alteração pela Lei n.11464/2007 e, consequente, conflito de Direito Intertemporal.
 
Qual a relevância do tema para a Lei de Crimes Hediondos?
Os critérios adotados para a progressão de regimes de cumprimento de pena aos  condenados por crimes hediondos ou  equiparados perpetrados antes da entrada em vigor da Lei n.11464/2007.
 
Redação original da Lei n.8072/1990:
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o
terrorismo são insuscetíveis de: § 1º A pena por crime previsto neste artigo será cumprida integralmente em regime fechado. Redação dada pela Lei n.11464/2007
1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado.
2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente.
Da referida alteração passamos a ter problemas em relação ao disposto no art.112, da Lei de Execuções Penais (Lei n.7210/1984), segundo o qual:
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para
regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto
da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do
estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão
 
EM SÍNTESE:   Com a entrada em vigor da lei n.8072/1990, passou a ser vedada a progressão de regimes aos condenados pela prática de delitos hediondos. Em 1997, com o advento da Lei n.9455 foi concedida a progressão de regimes aos condenados pelos crimes de tortura e, segundo o verbete de súmula n. 698 do Supremo Tribunal Federal, por força do princípio da especialidade, somente a estes seria possível a progressão de regimes.
     A celeuma a respeito era tanta em decorrência dos princípios da dignidade da pessoa humana,
individualização das penas, proporcionalidade, dentre outros, que a Lei de Crimes Hediondos foi alterada, vindo a permitir a referida progressão, desde que, preenchidos determinados requisitos específicos. Desta forma, o entendimento dominante é no sentido de que a lei n.11464/2007 configura novatio legis in mellius.
    A alteração legislativa ocorrida na Lei n. 8072/1990, passou a permitir a progressão de regimes de cumprimento de pena para os condenados a crimes hediondos e equiparados, todavia, a nova redação estabeleceu prazo diversodaquele previsto na lei de execuções penais (1/6 de cumprimento de pena), a saber: cumprimento de, no mínimo 2/5 de pena se o apenado for primário e, 3/5, se reincidente.
O STF declarou o art. 2º, § 1º da Lei 8.072/90, que vedava o cumprimento progressivo da pena, inconstitucional,tendo recebido nova redação pela Lei 11.464/07, sendo estabelecidos novos critérios para a progressão, que para os crimes praticados antes da vigência da Lei 11.464/07 a obtenção da progressão de regime ocorrerá na forma do art. 112 da L.E.P., mais benéfico, ou seja, a Lei 11.464/07, no que concerne à progressão de regimes, vem sendo considerada novatio legis in pejus de modo a não retroagir para atingir fatos praticados antes de sua vigência.
 
PARA EFEITO DE PROGRESSÃO DE REGIME NO CUMPRIMENTO DE PENA POR CRIME HEDIONDO, OU EQUIPARADO, O JUÍZO DA EXECUÇÃO OBSERVARÁ A INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 2º DA LEI N. 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990, SEM PREJUÍZO DE AVALIAR SE O CONDENADO PREENCHE, OU NÃO, OS REQUISITOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS DO BENEFÍCIO, PODENDO DETERMINAR, PARA TAL FIM, DE MODO FUNDAMENTADO, A REALIZAÇÃO DE EXAME CRIMINOLÓGICO.
 
Súmula 471, STJ, de 28/02/2011:  Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da Lei n.11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei n. 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) para a progressão de regime prisional.
 
LEI N.4898/1965. CRIMES DE ABUSO DE AUTORIDADE:
► Considerações Gerais: Bem jurídico-penal tutelado. Conceito de autoridade. Direito de representação: natureza jurídica.
 
► Figuras Típicas: Confronto entre as condutas ilícitas sujeitas às sanções de natureza administrativa ou civil. Confronto com os delitos previstos no Código Penal e na Lei n. 9455/97.
 
►  Consectários Penais e Processuais.
 
► Questões Controvertidas (entendimento dos Tribunais Superiores).
 
Crimes de violência doméstica contra a mulher. Lei da Maria da Penha. Lei n.11340/2006.
 
► Considerações Gerais: Política criminal e violência de gênero: Distinção entre Violência de Gênero e Violência Doméstica.
 
► Questões Controvertidas: Competência para processo e julgamento. A ação penal nos crimes de violência doméstica contra a mulher. As Medidas protetivas de urgência que obrigam o agressor. As Medidas protetivas de urgência à ofendida.
 
Lei n. 9503/1997. Código de Trânsito Brasileiro.
 
► Princípios norteadores do Código de Trânsito.  
 
 Bem jurídico tutelado: objetividade jurídica – imediata e mediata. Sociedade de Risco e o incremento de um risco não permitido. A Teoria do Risco e a Lei n. 9503/1997.Os crimes de perigo e de dano. Direito Intertemporal – as Leis n.11275/2006 e 11705/2008. Consectários Penais e processuais. Multa reparatória- aplicabilidade e natureza jurídica. A suspensão da permissão ou da habilitação, ou proibição de sua obtenção, para dirigir veículo automotor. Prisão em flagrante delito no caso de acidentes com vítimas.
 
Lei n. 9503/1997: ► Crimes de Trânsito: Crimes de Perigo e de Dano. A relevância da distinção entre Dolo Eventual e Culpa Consciente para os Crimes de Trânsito.
 
► Crimes em Espécie:
 
Homicídio Culposo na direção de veículo automotor. Lesão Corporal Culposa na direção de veículo automotor. Participação em competição não autorizada. Embriaguez ao Volante.
 
►Consectários Penais: Incidência da Lei n. 9099/1995 . Individualização das penas. O instituto do
Perdão Judicial.
Processo Civil II – Novo CPC – Prova Corrigida
Fonte: Universidade Estácio de Sá – Campus Menezes Côrtes
1aQuestão: É falso afirmar:
a) Quando o réu alega, na contestação, fato extintivo do direito do autor, o juiz deverá mandar ouvir o autor para apresentar manifestação sobre a questão;
b) Não há cerceamento de defesa, se o juiz faz o julgamento antecipado da lide, apesar de deferir provas, que posteriormente verifique serem desnecessária;
c) A fase processual das providências preliminares visa atender o princípio do contraditório e à eliminação dos vícios sanáveis;
falsa => d) A alegação de preliminar peremptória, na contestação, autoriza o juiz, sem ouvir o autor, a extinguir o processo sem resolução de mérito.
2a Questão: Maria Clara ajuizou ação contra Guilherme, requerendo a condenação deste em danos materiais, morais e pensão alimentícia em decorrência da morte de seu marido Virgílio (marido da autora), em acidente de trânsito provocado pela ré. Nessa situação hipotética, caracteriza-se cumulação de pedidos:
a) alternativa
b) sucessiva
c) eventual ou subsidiária
correta ⇒ d) simples
3a Questão: Correlacione as colunas:
a) Efeito da revelia                         (d) fato incontroverso
b) Defesa de mérito indireta        (e) matéria de ordem pública
c) Reconvenção                               (b) decadência
d) Desnecessidade de prova        (c) legitimidade da parte
e) Arguição de impedimento      (a) presunção da veracidade
 
4a Questão: Julio ingressou com ação de indenização por danos morais e materiais em face da Gráfica Bela Escrita, bem como do Ateliê Alta-Costura, sob alegação de que o seu casamento não pode ser realizado tendo em vista que a Gráfica escreveu o endereço errado do local da cerimônia em todos os convites confeccionados, e o Ateliê, por sua vez, não entregou o vestido da noiva no dia do seu casamento. Tendo sido ambos os réus regularmente citados, o Ateliê apresentou constestação tempestiva, em que afirmou se isentar de responsabilidade, uma vez que o vestido de noiva já estava praticamente pronto, quando, na véspera da cerimônia, a noiva subitamente solicitou inúmeras alterações no modelo da roupa, o que inviabilizou sua tempestividade da entrega. A Gráfica, por seu turno, não se manifestou nos autos. A respeito da situação descrita, é correto afirmar que a constestação apresentada pelo Ateliê:
a) Automaticamente aproveita à Gráfica, não se operando o efeito material da revelia contra este réu.
b) Reabre automaticamente o prazo para apresentação da contestação pela Gráfica, operando-se o efeito material da revelia somente se este réu, mesmo assim, permanece inerte.
correta ⇒ c) Não aproveita à Gráfica, operando-se o efeito material do revelia contra este réu.
d) Aproveita à Gráfica, não se operando o efeito da revelia contra este réu, desde que o Ateliê, uma vez intimado, manifeste expressa concordância
 
5a Questão: Ocorrendo quais das hipóteses abaixo o juiz declarará extinto o processo:
a) Quando o juiz declarar inepta a petição inicial, com resolução de mérito
b) Quando ocorrer confusão entre autor e réu, com exame de mérito
correta ⇒ c) Quando acolher alegação de decadência, com exame de mérito
d) Quando o juiz acolher coisa julgada, com resolução do mérito
 
6a Questão: Em uma ação judicial o réu foi regularmente citado. No prazo de defesa ele apresentou contestação, alegando a existência de convenção de arbitragem. Qual a providência imediata a ser adotada pelo juiz ?
correta ⇒ a) Oferecer o direito de réplica ao autor para não violar o princípio do contraditório.
b) Determinar a realização da audiência preliminar.
c) Determinar a realização de provas
d) Verificar a necessidade de providências preliminares
e) Extinguir o processo na forma do artigo 487, NCPC.
 
7a Questão: Jorge Lourenço procura um advogado e informa a ele que comprou um computador de última geração, no valor de R$ 12.500,00, mas o equipamento está apresentando defeitos. Isto fez com que o autor entrasse em contato diversas vezes com o fabricante, através da assistência técnica, sendo certo que que nada foi resolvido. Em uma conversa com um advogado Dr. Nicanor, recebeu a informação de que este prepararia uma petição inicial e que adotaria o procedimento comum sumário, sendo certo que o processo irá tramitar em uma das varas cíveis da localidade, já que este caso não admite ser ajuizado em sede de Juizado Especial. Responda:
a) A orientação do Dr. Nicanor está correta ?  Por quê ?
Resposta: Não o novo CPC não comtempla rito sumário somente o procedimento comum.
b) Haveria outra possibilidade de buscar reparação dos danos sofridos por Jorge Lourenço ? Explique
Resposta: Sim,  através do sistema do juizado especial, pois os valores em questão admitem este juizado
 
8a Questão: Carlos move ação com pedido declaratório de paternidade cumulado com pedido de alimentos em face de Alexandre. Uma vez citado, o advogado de Alexandre apresenta no prazo para a resposta uma simples petição afirmando que não há possibilidade de acordo, sem, contudo, impugnar especificamente os fatos alegados e os pedidos formulados. Diante deste fato o advogado de Carlos requer o julgamento antecipado do mérito uma vez que por nãoter havido contestação estava caracterizada a revelia do réu e denotado a imposição de julgamento procedente do pedido. Após estes fatos os autos vão conclusos ao juiz da causa. Responda:
a) Como deve agir o juiz. Justifique.
Resposta: Considerando a incorrência dos efeitos da revelia(direito indisponível), o juiz ordenará que o autor especfique as provas e pretende produzir.
b) Ocorrendo a revelia, poderá autor de uma ação modificar o pedido ? Explique
Resposta:  A regra é que não, salvo provendo nova citação do réu (Art. 329, II, NCPC) e que ainda não tenha ocorrido o saneamento do processo.
c) Neste caso seria possível realizar o julgamento parcial do mérito ? Por quê ?
Resposta: Não, pois a questão não se insere nas hipóteses do artigo 356, I e II, NCPC
 
9a Questão: Jorge Alberto, advogado do réu de uma determinada ação, após a realização da audiência de conciliação sem êxito, ofereceu sua contestação. Passados alguns dias, voltou a ler a peça de bloqueio e percebeu que alguns fatos não estavam bem impugnados. De imediato formulou uma petição complementar a sua defesa. Responda:
a) Depois da constestação o réu pode apresentar novas alegações ? Isto não estaria violando a preclusão consumativa ?
Resposta: Sim, mas só se estiverem presentes uma das hipóteses do artigo 342, NCPC. Desta forma não existe violação do contraditório e não ocorre a preclusão consumativa.
b) Quanto aos fatos eventualmente não impugnados podemos dizer que em relação a eles se operará a presunção de veracidade e, portanto, o autor está dispensado do ônus da prova ?
Resposta: Em regra sim, salvo nas hipóteses do artigo 345, incisos, NCPC
c) Admitindo que o réu não tenha contestado e queira reconvir contra o autor e um terceiro que não fazia parte da relação processual, isto será possível ? Explique
Resposta: Sim. O novo CPC permite a chamada ampliação dos limites subjetivos da lide em sede de reconvenção, § 3o, Art. 343, NCPC
Direito Civil V - Casos Concretos Corrigidos
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Direito Civil V - Casos Concretos Corrigidos
por Guilherme » Sáb Nov 28, 2015 1:55 pm
Direito Civil V - Casos Concretos Corrigidos
Fonte: Universidade Estácio de Sá - Campus Menezes Côrtes
Semana 1- Caso Concreto: Em outubro de 2012 uma mulher brasileira de 61 anos, casada com um homem de 55 anos, deu a luz a um casal de gêmeos em Santos (SP). A mulher desde 1992 era acompanhada pelo médico Orlando de Castro Neto e tentava engravidar sem sucesso. Inicialmente tentou engravidar pelos métodos naturais, mas não conseguiu. Após, foi submetida a duas tentativas de reprodução assistida que também restaram frustradas. Chateada, resolveu candidatar-se à adoção, mas foi rejeitada em razão da idade. Então, ainda em busca do sonho de ser mãe, passados dez anos, submeteu-se novamente a uma das técnicas de fertilização in vitro (utilizando embriões excedentes da primeiratentativa) que, desta vez, foi realizada com sucesso. Diante desta notícia e de tantas outras semelhantes no mundo, o Conselho Federal de Medicina decidiu rever a Resolução que tratava das técnicas de reprodução humana assistida em maio de 2013 publicou nova Resolução para tratar do assunto (n. 2013/2013). Nesta resolução o CFM proíbe expressamente que médicos utilizem as técnicas de reprodução humana assistida em pacientes mulheres com mais de cinquenta anos. Pergunta-se: à luz dos princípios constitucionais, essa vedação é constitucional? Fundamente sua resposta em no máximo dez linhas. 
Resposta: A luz dos princípios constitucionais, não se deve efetivar essa vedação, uma vez que se trata de uma ordem inconstitucional, onde feri o art. 5º X, inclui-se ainda o principio da dignidade da pessoa humana é um valor moral e espiritual inerente à pessoa, ou seja, todo ser humano é dotado desse preceito, e tal constitui o princípio máximo do estado democrático de direito. E também ainda vai contra a liberdade do planejamento familiar e da isonomonia.
Questão objetiva 1: Durante o primeiro semestre de 2013 um Promotor de Justiça do Estado de Santa Catarina reiteradas vezes negou autorização a diversas habilitações para o casamento de pessoas do mesmo sexo. As decisões do Promotor de Justiça, segundo aduz: 
correta ⇒ a. Estão em conformidade com a Constituição Federal que não prevê expressamente o casamento entre pessoas do mesmo sexo. (Art. 226 § 5, CF c/c Art. 1514, CC - expressa casamento entre homem e mulher)
b. Estão em conformidade com a interpretação extensiva das famílias realizada pelas decisões do STF e STJ e orientação do CNJ. 
c. Estão em conformidade com a interpretação teleológica da Constituição Federal. 
d. Estão em conformidade com as decisões do STF e do STJ que não autorizam o casamento e a união estável entre pessoas do mesmo sexo. 
Questão objetiva 2: Sobre o princípio da afetividade é possível afirmar que: 
a) Está expressamente previsto na Constituição Federal.
b) É princípio constitucional que determina que os pais e filhos podem ser obrigados judicialmente a dar e demonstrar afeto recíproco, sob pena de responsabilização civil. 
c) Não permite que o vínculo afetivo se sobreponha ao vínculo biológico nas relações paterno-filiais, quando o resultado do DNA for negativo. 
correta ⇒ d) A afetividade está na base da conduta humana e da conduta jurídica e, embora não expresso na Constituição Federal, deve ser entendido como princípio contido no princípio da dignidade da pessoa humana e correlato ao princípio da solidariedade. 
Semana 2 - Caso Concreto: Camila quando completou 18 anos de idade, descobriu ser irmã de Gabriel, 16 anos, filho de um relacionamento extraconjugal de seu pai com Eleonor. Gabriel por diversas vezes tentou se aproximar de Camila, que se nega a manter qualquer contato com ele afirmando não ser ele seu parente, pois não possuem qualquer grau de parentesco entre si. Camila tem razão? Explique.
Resposta: Não, pois é irmão unilateral De acordo com o código Civil atitude de Camila é considerada discriminatória já que a legislação não prevê diferença nos direitos de filhos concebidos dentro ou fora do casamento. Filiação é a relação de parentesco em primeiro grau e em linha reta e o direito a filiação foi positivada no art. 227, §6º da CF que consagra a igualdade jurídica entre os filhos. O formato tradicional de família cedeu lugar aos novos reclamos da sociedade e aos dispositivos constitucionais, as relações são muito mais de igualdade e de respeito mutuo, sendo o traço fundamental a lealdade e afetividade.
Questão objetiva 1 (DPE-SC Técnico Administrativo 2013) Assinale a alternativa incorreta de acordo com o Direito Civil brasileiro. 
incorreta ⇒ a. Na linha reta, considera-se o parentesco até o quarto grau. (não tem limite de graus)
b. São parentes em linha reta os pais, filhos, avós e netos. 
c. O parentesco pode ser natural ou civil. 
d. Com a dissolução do casamento ou da união estável, não se extingue o grau de parentesco por afinidade na linha reta. 
e. Vínculo de parentesco por afinidade é aquele em que cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro. 
Questão objetiva 2 (Defensor Publico TO 2013) Com base no que dispõe o Código Civil sobre as relações de parentesco, assinale a opção correta. 
a. O parentesco por afinidade se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável. (não se extingue).
b. O parentesco é natural ou civil, conforme resulte de consanguinidade ou da afinidade (ou adoção). 
correta ⇒ c. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade. Art. 1595, caput, CC
d. O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos colaterais do cônjuge ou companheiro, até o quarto grau. 
e. Consideram-se parentes em linha reta as pessoas que estejam umas para com as outras na relação de ascendência, descendência e colateralidade. 
Semana 3 - Caso Concreto: Luana tem 14 anos de idade e há seis meses, com o consentimento expresso de ambos os pais, reside com Danilo (17 anos), seu namorado há quase dois anos. Ambos resolveram que é hora de casar e seus pais não se opõe ao casamento por entenderem que ambos já compreendem quais são as obrigações matrimoniais. Ao dar entrada no processo de habilitação para o casamento foram informados pelo oficial que seria necessário o procedimento de suprimento judicial da idade. Feito o procedimento os nubentes tiveram negado o pedido, pois, segundo o juiz da Vara de Registros Públicos, o casamento não preenche os pressupostos estabelecidos em lei para o casamento de quem não atingiu a idade núbil. Explique para os nubentes quais são esses pressupostos e que recurso seria cabível visando a autorização. 
Resposta: Os pressupostos são: Maioridade Civil, Idade Núbil (entre 16 e 18 anos), com autorização dos pais ou gravidez. O recurso cabível seria comprovar maturidade para viver em matrimônio, através de reconsideração. Art. 1550, CC
Questão objetiva 1 (MPES 2013) Com relação à capacidade para o casamento, assinale a alternativa correta: 
a. A idade núbil é de 16 (dezesseis) anos, podendo-se contrair casamento com idade inferior para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal. 
b. A ausência de regular autorização para celebração do casamento é causa de nulidade absoluta. 
c. Celebrado o casamento mediante autorização judicial, os cônjuges podem eleger o regime de bens que julgarem mais conveniente. (Tem que fazer antes com pacto pré-nupcial)
d. A idade núbil é de 16 (dezesseis) anos, prescindindo de autorização de um dos pais, sob pena de anulação e. O casamento do menor, regularmente celebrado, é hipótese de cessação da incapacidade. 
correta ⇒ e. O casamento do menor, regularmente celebrado, é hipótese de cessação da incapacidade. Art. 5, P.U. , II
Questão objetiva 2 (PCMA 2012) A respeito do instituto do casamento, analise as afirmativas a seguir. 
I. Os pais, tutores ou curadores podem revogar a autorização até à data da celebração do casamento. 
II. Quando injusta, a denegação do consentimento, pode ser suprida pelo juiz.
III. Será permitido, excepcionalmente, o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez. 
Assinale: a. se somente a afirmativa I estiver correta. b. se somente a afirmativa II estiver correta. 
c. se somente a afirmativa III estiver correta. d. se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. correta ⇒ e. se todas as afirmativas estiverem corretas. 
Semana 4 - Caso Concreto: Quando eu tinha 18 anos minha mãe se casou com João, então com 50 anos. Por dois anos foram casados e felizes, mas minha mãe acabou morrendo em 2006 em virtude de um câncer de mama tardiamente descoberto e que lhe retirou a vida em pouquíssimos meses. Eu tinha um relacionamento muito bom com João e, após superarmos a morte prematura da minha mãe acabamos descobrindo que tínhamos muita coisa em comum.Resultado, começamos a namorar em 2008 e, em 2009 resolvemos casar. Fizemos todo o procedimento de habilitação para o casamento e, naquele mesmo ano, casamo-nos. Neste mês, no entanto, fomos surpreendidos por uma ação de anulação do casamento proposta pelo Ministério Público que afirma que a lei proíbe o nosso casamento em virtude do parentesco. Amo João e depois de tantos anos juntos não posso acreditar que nosso casamento esteja sendo questionado. O Ministério Público tem legitimidade para propor essa ação? Justifique suas explicações à cliente em no máximo dez linhas. 
Resposta: Sim, o M. P. tem legitimidade para propor a ação, com base no Art. 1521, CC. 
Depois de tanto tempo já casados este pedido não estaria prescrito? 
Resposta: Este pedido não prescreve, pois este casamento seria considerado nulo.
Nunca tive nenhum um vínculo de parentesco com João, como esse fato pode estar sendo alegado? 
Resposta: É causa de impedimento o casamento dos ascendentes natural ou civil, que é o caso de João, que é padrasto e ela enteada pois na linha reta sucessória é infinita e os laços de enteado não se rompem nem com divórcio e nem com a morte.
Questão objetiva 1 (TJPE Titular de Serviços de Notas e de Registros 2013) Em relação ao casamento, é correto afirmar: 
a. Não pode casar o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal, podendo o ato ser anulado por seu ex-cônjuge. 
b. O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio, data a partir da qual produzirá efeitos. 
c. Os impedimentos matrimoniais podem ser opostos, até cinco dias após a publicação dos proclamas, por qualquer pessoa capaz. 
correta ⇒ d. É defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir na comunhão de vida instituída pela família por meio do casamento. Art. 1513, CC
e. É nulo o casamento realizado por vício da vontade, se houve por parte de um dos nubentes, ao consentir, erro essencial quanto à pessoa do outro. 
Questão objetiva 2 (TJPE 2013) São impedidos de casar: 
a. o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal.
b. o tutor com a pessoa tutelada, enquanto não cessar a tutela e não estiverem saldadas as respectivas contas. 
c. os parentes colaterais até o quarto grau. 
d. os afins em linha reta e em linha colateral. 
correta ⇒ e. o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante. Art. 1523, III, CC
Semana 5 - Caso Concreto: Um agricultor do interior do Estado, ‘humilde e ingênuo’, casou-se há dois meses com bonita moça da cidade que havia conhecido numa das feiras de domingo. Após alguns meses de namoro, casaram-se pelo regime de comunhão universal de bens (sugerido pela própria moça). Mas, apenas um mês depois do casamento a moça saiu de casa, alegando que o marido lhe negava constantemente dinheiro para comprar roupas e sapatos. Neste mês que moraram juntos, chegou ao ponto da moça só manter relações sexuais com seu marido se este lhe desse dinheiro após o ato! O agricultor, chateado com toda essa situação, conversando com algumas pessoas descobriu que a moça tinha casado com ele única e exclusivamente por interesse econômico, tinha ela interesse (declarado) não só no dinheiro do marido, como principalmente, em ficar com parte da chácara do agricultor que era conhecida na região por ser produtora de ótimos produtos artesanais como queijos e geleias. Evidenciado o mero interesse econômico no casamento, pode o agricultor pedir sua anulação? Justifique sua resposta em no máximo cinco linhas e na resposta indique o prazo para a propositura da ação. 
Resposta: Pode sim ser anulado o casamento,o prazo para anulação do casamento e de 3 anos conforme art 1,560,III CC, pois o casamento e o modo que se unifica o amor entre as partes e com isso seja reconhecida como entidade familiar a partir da eficácia da união, conforme art. 1.556 (quanto a eficácia) e 1.557, I e do Código Civil: “O casamento contraído sob a égide do mero interesse patrimonial caracteriza erro essencial de pessoa, suscetível, portanto, de ser anulado”
No mesmo sentido o Acórdão da 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Processo nº 70052968930/2013 “
Questão objetiva 1 (TJRS 2013) Sobre o casamento: 
correta ⇒ I. O prazo para ser intentada ação de anulação do casamento, se houver coação, é de 4 anos a contar da data da celebração, e de 3 anos, na hipótese de erro essencial. Art. 1560, CC
correta ⇒ II. Não devem casar o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros. Art. 1523, CC
III. Não pode casar a viúva, até dez meses depois do começo da viuvez. 
IV. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser arguidas apenas pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consanguíneos ou afins. São verdadeiras as afirmativas:
a. III e IV, apenas. b. I, II e IV, apenas. correta ⇒ c. I e II, somente. d. I, II e III, somente 
Questão objetiva 2 (MPPR 2013) É hipótese de nulidade do casamento: 
a. O casamento do menor de 16 anos; (anulável)
correta ⇒ b. O casamento com infringência de impedimento; Art 1521 / 1548, CC
c. O casamento contraído com erro sobre a pessoa do outro nubente; (anulável)
d. O casamento do menor entre 16 e 18 anos não autorizado por seu representante legal; (anulável)
e. O casamento do menor emancipado, sem autorização de seu representante legal. (é legal)
Semana 6 - Caso Concreto: Thiago e Deise se casaram em maio deste ano, mas no processo de habilitação esqueceram de informar que Thiago adotaria o sobrenome de Deise. Realizado e registrado o casamento Thiago ainda pode pedir a inclusão do sobrenome da esposa? Em caso afirmativo, como deveria ele proceder? Explique sua resposta em no máximo cinco linhas. 
Resposta: Sim, conforme Art. 1565 § 1, CC, esquecido o pedido durante o procedimento de habilitação, o acréscimo pode ser requerido a qualquer tempo, por meio da ação de retificação de nome (Art. 57 e 109 da lei 6015/73), desde que demonstre que o casal ainda está junto e que haja concordância do outro conjuge.
Questão objetiva 1 (TJSP 2013) A respeito do casamento, é certo afirmar: 
a. É vedado, em qualquer circunstância, o casamento de pessoa menor de 16 anos. 
b. Enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal, não pode casar o divorciado, sendo nulo o casamento se assim contraído. 
correta ⇒ c. O casamento nuncupativo poderá ser celebrado na presença de seis testemunhas que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau, devendo ser comunicado à autoridade judicial mais próxima no prazo de 10 dias. Art. 1540
d. O casamento pode ser feito por procuração outorgada mediante instrumento particular, desde que com poderes especiais. 
Questão objetiva 2 (MPAP 2012 Analista) Ana Carolina e José Augusto casaram-se no dia 30 de Junho de 2012 na Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro uma vez que são católicos e pretendiam trocar seus votos de união e fidelidade perante Autoridade Religiosa. No dia 04 de Julho de 2012, eles registraram o respectivo casamento religioso no registro próprio objetivando a sua equiparação ao casamento civil. De acordo com o Código Civil brasileiro, neste caso, o respectivo casamento religioso produzirá efeitos a partir: 
a. da data do registro. 
correta ⇒ b. da data de sua celebração. 
c. do dia seguinte ao registro do referido casamento. 
d. do dia seguinte da data de sua celebração. 
e. do primeiro dia útil posterior a data do registro. 
Semana 7 - Caso Concreto: Estou em processo de divórcio cumulado com partilha de bens e ao longo da ação descobri que meu marido vem utilizando a empresa do qual é sócio majoritário para ocultar bens que deveriam compor a meação. Fomos casados por dez anos no regime legal de bens e já no primeiro ano decasamento ele constituiu a empresa e desde então todos os seus bens individuais foram constantemente utilizados para, supostamente, integralizar o patrimônio da empresa. O que posso fazer para garantir a minha meação? Explique a sua resposta à cliente em no máximo cinco linhas. 
É possível requerer a desconsideração inversa da pessoa jurídica (Art. 50, CC) para proteger o direito do conjuge meieiro, diante das provas do desvio de bens. A desconsideração permite a responsabilização da pessoa jurídica por obrigações pessoais do sócio.
Questão objetiva 1 (OAB X Exame 2013) Amélia e Alberto são casados pelo regime de comunhão parcial de bens. Alfredo, amigo de Alberto, pede que ele seja seu fiador na compra de um imóvel. Diante da situação apresentada, assinale a afirmativa correta. 
a) A garantia acessória poderá ser prestada exclusivamente por Alberto. 
b) A outorga de Amélia se fará indispensável, independente do regime de bens. 
correta ⇒ c) A fiança, se prestada por Alberto sem o consentimento de Amélia, será anulável. Arts. 1.647 a 1.649 do CC/02
d) A anulação do aval somente poderá ser pleiteada por Amélia durante o período em que estiver casada. 
Questão objetiva 2 (DPE-SC Técnico Administrativo 2013) Assinale a alternativa correta de acordo com o Código Civil brasileiro. 
a. Poderá ser anulado o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública. É nulo
b. As convenções antenupciais começam a vigorar desde a data do casamento. 
c. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento da pessoa maior de 60 anos. 
d. É admissível alteração do regime de bens, mediante pedido motivado de ambos os cônjuges ao Oficial de Registro Civil, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros. 
correta ⇒ e. Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores, exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição. Art. 634, CC
Semana 8 - Caso Concreto: (XI Exame OAB) Álvaro e Lia se casaram no dia 10.05.2011, sob o regime de comunhão parcial de bens. Após dois anos de união e sem filhos em comum, resolveram se divorciar. Na constância do casamento, o casal adquiriu um apartamento avaliado em R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) onde residem. Considerando o caso narrado e as normas de direito, responda aos itens a seguir. 
a. Quais os requisitos legais para que Álvaro e Lia possam se divorciar administrativamente? Fundamente. 
Resposta: Os requisitos para a realização do divórcio administrativo são:
a) consenso sobre todas as questões que envolvem o divórcio;
b) inexistência de filhos menores ou incapazes;
c) disposição na escritura pública sobre a partilha dos bens comuns, a pensão alimentícia, bem como a retomada do nome usado anteriormente ao advento do casamento;
d) lavratura da escritura pública por tabelião de notas; e
e) assistência de advogado ou defensor público, nos termos do Art. 1124-A, caput e § 2º, ambos do Código de Processo Civil.
b. Considerando que Álvaro tenha adquirido um tapete persa TabrizMahi de lã e seda sobre algodão, avaliado em R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais), mas não reste demonstrada a data em que Álvaro efetuou a referida compra, será presumido como adquirido na constância do casamento? Fundamente. 
Resposta: Como Álvaro e Lia se casaram sob o regime de comunhão parcial de bens e não houve comprovação da data da aquisição do tapete persa (bem móvel), haverá presunção de que o bem foi adquirido na constância do casamento, nos termos do Art. 1.662, do CC.
Questão objetiva 1 (Defensor Público RR 2013) Mara, na época com dezesseis anos de idade e autorizada por seus pais, casou com Jorge, à época com vinte e cinco anos de idade, não tendo os nubentes celebrado pacto antenupcial. No sexto mês de vigência do casamento, Mara apaixonou-se por uma amiga e com ela começou a se relacionar afetivamente. Nesse mesmo mês, desejando casar-se com essa amiga, Mara decidiu se separar do marido, saiu de casa levando seus objetos pessoais e ajuizou ação de divórcio com vistas a romper o vínculo conjugal. Na petição inicial da demanda, alegou não mais ser possível a reconciliação entre as partes e informou que o casal não teve filhos. Por outro lado, aduziu que os pais de Jorge, quando do casamento, doaram ao casal um bem imóvel. Além disso, durante o casamento, Jorge apostou e ganhou um prêmio de R$ 15.000.000,00 em uma loteria. Nesses termos, Mara pleiteou a decretação do divórcio do casal e a partilha dos bens amealhados pela entidade familiar. Considerando as disposições legais e constitucionais do casamento e de sua dissolução, assinale a opção correta relativamente à situação hipotética acima descrita. 
a. O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, após prévia separação judicial por mais de um ano nos casos expressos em lei, ou comprovada separação de fato por mais de dois anos. Dessa forma, o pedido de divórcio formulado por Mara não poderia ser acolhido, pois o casal não estava separado judicialmente por mais de um ano ou separado de fato há mais de dois anos. 
correta ⇒ b. Tanto o bem imóvel quanto o prêmio lotérico entram na comunhão de bens do casal, sendo, portanto, bens passíveis de partilha. 
c. Tendo Mara se casado com autorização dos pais, vigora o regime de bens da separação obrigatória, não havendo, portanto, bens a partilhar. 
d. De acordo com entendimento do STJ, não é permitido o casamento entre pessoas do mesmo sexo, sendo possível, entretanto, o reconhecimento de relação de união estável homoafetiva. Assim, ainda que obtenha o divórcio, Mara não poderá contrair casamento com sua amiga. 
e. O Código Civil não permite o casamento do menor de dezoito anos de idade, ainda que com autorização dos pais. Dessa forma, em vez do divórcio, Mara deveria ter pleiteado a anulação de seu matrimônio com Jorge. 
Questão objetiva 2 (TJPR 2013) Tendo em vista as disposições da lei civil com relação ao regime matrimonial de bens, assinale a alternativa INCORRETA: 
a. O regime de bens entre os cônjuges, seja o legal seja o contratual, este estabelecido por meio do denominado pacto antenupcial, somente começa a vigorar desde a data do casamento. 
b. Mesmo não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial. 
c. Nada interferindo no regime de bens, pode qualquer dos cônjuges, livremente, independente um da autorização do outro, reivindicar os bens comuns, sejam móveis sejam imóveis, doados ou transferidos pelo outro cônjuge ao concubino. 
incorreta ⇒ d. Estabelecido o regime matrimonial de bens, por força de pacto antenupcial ou adoção do regime legal, não é possível, por conta da imutabilidade, a alteração posterior do regime matrimonial de bens.
Semana 9 - Caso Concreto: Lucas e Juliana casaram-se no Brasil em 2010 e, logo após o casamento, Lucas recebeu irrecusável oferta de emprego que levou o casal a ir morar na Espanha. Passados três anos, o casal percebeu que entre eles não há mais amor e decidiram se divorciar. Explique suas respostas em no máximo seis linhas. 
O casal não possui filhos e lhe pergunta: para se divorciarem precisam vir ao Brasil ou podem fazer o pedido na Espanha mesmo? 
Resposta: Conforme lei 12.874/13, que alterou a LICC, dispõe sobre a possibilidade de as autoridades consulares brasileiras celebrarem a separação consensual e o divórcio consensual de brasileiros no exterior, não havendo filhos menores ou incapazes do casal.
Uma vez que o casal ainda não está separado de fato e que existem bens a partilhar, podem eles pedir o divórcio extrajudicialmente? 
Resposta: Podem sim, conforme LEI Nº 11.441/07 o Art. 982 da lei 5869/73, passou a vigorar com a seguinte redação: … se todos forem capazes e concordes, poderá fazer-se o inventário e a partilha por escritura pública, a qual constituirá título hábil para o registro imobiliário. O Art. 1.031 … A partilha amigável, celebrada entre partes capazes, será homologada de plano pelo juiz, mediante a provada quitação dos tributos relativos aos bens do espólio e às suas rendas. E o Art. 1.124-A: … o divórcio consensual, não havendo filhos menores ou incapazes do casal, poderão ser realizados por escritura pública, da qual constarão as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia § 1o A escritura não depende de homologação judicial e constitui título hábil para o registro civil e o registro de imóveis.
Questão objetiva 1 (Defensor Público AM 2013) O divórcio: 
a. não pode ser concedido sem prévia partilha dos bens. 
b. demanda prévia separação judicial, há pelo menos um ano, ou de fato, há pelo menos dois. 
c. só pode ser requerido se comprovada culpa de um dos cônjuges. 
correta ⇒ d. pode dar ensejo à obrigação de prestar alimentos, a qual não se extingue com novo casamento do alimentante. Art. 1719, CC
e. não importa restrição aos direitos e deveres decorrentes do poder familiar, salvo na hipótese de casamento de qualquer dos pais. 
Questão objetiva 2 (MPSP 2011) Quando os cônjuges decidem pôr fim à sociedade conjugal, pretendendo divorciar-se consensualmente, eles devem levar em consideração: 
a. o prazo de 2 (dois) anos a contar da separação judicial por mútuo consentimento. 
b. a possibilidade de o divórcio ser formalizado perante o Cartório de Registro Civil, inclusive com relação aos filhos menores de 16 (dezesseis) anos. 
c. a guarda compartilhada, com previsão de visita do pai em dias e horários alternados e opção de a mãe decidir sobre a educação. 
correta ⇒ d. o fato de as novas núpcias de um dos cônjuges não lhe retirar o direito de guarda antes fixado. Art. 1532, CC
e. a prestação de alimentos aos filhos, que poderá ser compensada com a proximidade e visitação do cônjuge. 
Semana 10 - Caso Concreto: Lourdes foi casada com Vitor por dez anos, casamento que foi dissolvido em 2006 e do qual não resultou nenhum filho. Após o divórcio Lourdes descobriu-se apaixonada por Ricardo, seu ex-sogro. Após alguns meses de namoro foram morar juntos e nesse ‘status’ se mantiveram até 2013 quando Ricardo faleceu em um acidente de carro. Lourdes, superada a dor da perda, deu entrada no instituto previdenciário pleiteando a pensão deixada por Ricardo uma vez que viviam em união estável inclusive reconhecida por instrumento particular por eles firmado em 2009. No instituto previdenciário Ricardo já havia incluído Lourdes como sua única beneficiária. O instituto previdenciário negou o pagamento do benefício sustentando que entre eles havia concubinato e não união estável. A negativa do instituto está correta? Explique sua resposta em no máximo cinco linhas. 
Resposta: Sim , a negativa do benefício está correta conforme dispõe o art. 1521, II c/c com o Art. 1723, §1, CC.
Art. 1.521. Não podem casar: I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; 
Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. § 1o A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; 
Questão objetiva 1 (MPES 2013) Considerando as normas que regem o instituto da união estável e o entendimento jurisprudencial dominante, assinale a alternativa correta. 
a. A pessoa casada, mas separada de fato, está impedida de constituir união estável até que se divorcie de seu cônjuge. 
correta ⇒ b. A união estável constituída quando um dos companheiros é maior de 70 (setenta) anos não prejudica a comunicação dos bens adquiridos na constância da união. Art. 1641,II, CC
c. Ao contrário do casamento, os companheiros não podem pedir uns aos outros alimentos de que necessitem 
d. Na união estável, aplica-se às relações patrimoniais o regime de comunhão universal de bens, salvo contrato escrito. 
e. As causas suspensivas para contrair casamento impedem a constituição de união estável. 
Questão objetiva 2 (Defensor Público AM 2013) A união estável: 
a. equipara-se, para todos os fins, ao casamento civil, inclusive no que toca à prova. 
correta ⇒ b. pode ser constituída entre pessoas casadas, desde que separadas judicialmente ou de fato. Art. 1726, §1, CC.
c. demanda diversidade de gêneros, de acordo com recente entendimento do Supremo Tribunal Federal. 
d. será regida, em seus aspectos patrimoniais, pelo regime da separação obrigatória, salvo disposição contrária em contrato firmado pelos companheiros. 
e. se dissolvida, não autoriza os companheiros a pedirem alimentos. 
Semana 11 - Caso Concreto: Dra. Ana Carolina, Jorge é meu enteado desde que tinha mais ou menos dois anos de idade. Sua mãe faleceu no parto e desde pequeno sempre cuidei dele como se fosse meu filho. Temos um relacionamento muito próximo e agora que ele já possui 19 anos gostaríamos de documentar nosso parentesco. Consultei outro advogado que disse-me que a única opção para reconhecê-lo como filho seria realizar a adoção, o que implicaria, automaticamente na retirada do nome da mãe biológica dele da certidão de nascimento. Mas não é isso que queremos. Quero ser reconhecida como a mãe afetiva de Jorge, sem que isso implique necessariamente a exclusão da mãe biológica em respeito à sua memória. Não há nenhuma outra alternativa para a nossa situação? O que você aconselharia à sua cliente? Explique sua resposta em até dez linhas. 
Resposta: Os tribunais brasileiros estão aceitando a coexistência da maternidade sócio-afetiva e biológica. De fato, a lei não preve a possibilidade de vículo pluri ou multi parental, no entanto, o reconhecimento de novos modelos familiares e a valorização dos vínculos afetivos, permite sustentar a coexistência da maternidade biológica e a sócio-afetiva.
Questão objetiva 1 (VII OAB) A respeito da perfilhação é correto dizer que: 
correta ⇒ a. constitui ato formal, de livre vontade, irretratável, incondicional e personalíssimo. Art. 1607 e 1610, CC
b. se torna perfeita exclusivamente por escritura pública ou instrumento particular. 
c. não admite o reconhecimento de filhos já falecidos, quando estes hajam deixado descendentes. 
d. em se tratando de filhos maiores, dispensa-se o consentimento destes. 
Questão objetiva 2 (TJRO 2012) Em relação ao registro de filhos, analise as assertivas em conformidade com o disposto no Código Civil. 
certa ⇒ I. A lei presume que os filhos de mulheres casadas há mais de 180 dias são do marido, sendo dispensável a presença do pai no dia do registro. Art.1597,I, CC
errada ⇒ II. Para registrar o filho nascido após a morte do marido, será necessária a concordância dos herdeiros, não recaindo nenhum tipo de presunção. Art.1597,III, CC
certa ⇒ III. O reconhecimento voluntário do filho pode ser tanto direto no registro, como em escritura pública apartada. Art.1609/cc
certa ⇒ IV. O reconhecimento voluntário do filho pode ser anterior ao seu nascimento, e é por natureza irretratável. Assinale a alternativa correta: Art.1610/cc
a. São verdadeiras apenas as assertivas III e IV. b. São verdadeiras apenas as assertivas I e II. 
c. Todas as assertivas são verdadeiras. 
correta ⇒ d. São verdadeiras apenas as assertivas I, III e IV. 
Semana 12 - Caso Concreto: Leonardo e Paula tiveram um relacionamento amoroso passageiro. Em 2004 Paula, enquanto ainda mantinham encontros esporádicos, Paula descobriu estar grávida e comunicou Leonardo. Diante da fragilidade emocional de Paula, Leonardo resolveu ir morar com ela. Após o nascimento, convencido por Paula de que a criança era sua filha Leonardo realizou o registro declarando a paternidade. No entanto, passado um ano após o nascimento, Leonardo não aguentando os ataques de ciúmes de Paula, resolve sair de casa. Comunicada a decisão Paula afirma que a criança não era sua filha, mas sim, de outro homem com quem ela havia tido um único encontro. Leonardo, então, propôs em 2008 anulatória de declaração de paternidade produzindo como provas: a) a confissão da mãe; b) o fato de não ter nenhum vínculo afetivocom a criança desde 2005, quando saiu de casa; c) que foi emocionalmente coagido pela mãe da criança a reconhecer a paternidade. Requerido o exame de DNA confirmou-se que a criança não é filha de Leonardo. Pergunta-se: diante das provas produzidas a paternidade deve ser desconstituída? Explique sua resposta em no máximo seis linhas. 
Resposta: A confissão de adultério, por si só, não é suficiente para afastar a paternidade (Art. 1.602, CC). A simples alegação de coação, sem provas, não é suficiente para viciar o ato de reconhecimento. O fato do vínculo afetivo ter sido rompido não é suficiente para extinguir a paternidade, ainda que não haja vínculo biológico, vez estar presente a posse do estado de filho. O fato do reconhecimento ter sido voluntário torna-o irrevogável e irretratável e, portanto, Leonardo não poderá afastar a paternidade. 
Art. 1.602. Não basta a confissão materna para excluir a paternidade. 
Questão objetiva 1 (MPAP 2012) Mauro e José contam, respectivamente, com dezoito e treze anos de idade. Paulo declara-se pai de Mauro e José neste ano de 2012 e pretende reconhecê-los como filhos, pois ambos seriam frutos de um relacionamento de oito anos que manteve com Ana, genitora de Mauro e José. Nesta hipótese, de acordo com o Código Civil, Paulo: 
a. não precisará do consentimento expresso de Mauro para o reconhecimento e José poderá impugnar o reconhecimento nos quatro anos que se seguirem à maioridade ou à emancipação. 
b. não precisará do consentimento expresso de Mauro para o reconhecimento e José poderá impugnar o reconhecimento nos dois anos que se seguirem à maioridade ou à emancipação. 
c. precisará do consentimento expresso de Mauro para o reconhecimento e José poderá impugnar o reconhecimento no prazo de até dois anos após à maioridade ou à emancipação. 
correta ⇒ d. precisará do consentimento expresso de Mauro para o reconhecimento e José poderá impugnar o reconhecimento nos quatro anos que se seguirem à maioridade ou à emancipação. Art. 1614/cc
e. precisará do consentimento expresso de Mauro para o reconhecimento e José poderá impugnar o reconhecimento no prazo de até três anos após à maioridade ou à emancipação. 
Questão objetiva 2 (OAB X Exame 2013) Rogério, solteiro, maior e capaz, estando acometido por grave enfermidade, descobre que é pai biológico de Mateus, de dez anos de idade, embora não conste a filiação paterna no registro de nascimento. Diante disso, Rogério decide lavrar testamento público, em que reconhece ser pai de Mateus e deixa para este a totalidade de seus bens. Sobrevindo a morte de Rogério, Renato, maior e capaz, até então o único filho reconhecido por Rogério, é surpreendido com as disposições testamentárias e resolve consultar um advogado a respeito da questão. A partir do fato narrado, assinale a afirmativa correta. 
a. Todas as disposições testamentárias são inválidas, tendo em vista que, em seu testamento, Rogério deixou de observar a parte legítima legalmente reconhecida a Renato, o que inquina todo o testamento público, por ser este um ato único. 
correta ⇒ b. A disposição testamentária que reconhece a paternidade de Mateus é válida, devendo ser incluída a filiação paterna no registro de nascimento; a disposição testamentária relativa aos bens deverá ser reduzida ao limite da parte disponível, razão pela qual Mateus receberá o quinhão equivalente a 75% da herança e Renato o quinhão equivalente a 25% da herança. 
c. Todas as disposições testamentárias são inválidas, uma vez que Rogério não poderia reconhecer a paternidade de Mateus em testamento e, ainda, foi desconsiderada a parte legítima de seu filho Renato. 
d. A disposição testamentária que reconhece a paternidade de Mateus é válida, devendo ser incluída a filiação paterna no registro de nascimento; é, contudo, inválida a disposição testamentária relativa aos bens, razão pela qual caberá a cada filho herdar metade da herança de Rogério. 
Semana 13 - Caso Concreto: (X Exame OAB) Luzia sempre desconfiou que seu neto Ricardo, fruto do casamento do seu filho Antônio com e Josefa, não era filho biológico de Antônio, ante as características físicas por ele exibidas. Vindo Antonio a falecer, Luzia pretende ajuizar uma ação negatória de paternidade. A respeito do fato apresentado, responda aos seguintes itens. 
a. Tem Luzia legitimidade para propor a referida ação? 
Resposta: Não , pois a ação e personalíssima , conforme dispõe art.1606/cc
b. Caso Antonio tivesse proposto a ação negatória e falecido no curso do processo, poderia Luzia prosseguir com a demanda? 
Resposta: Sim, conforme art 1055 e 1056,I/cpc e art. 43/cc
Qual o instituto processual aplicável ao caso? 
Resposta:
Questão objetiva 1 (TJPR 2013) No que concerne ao poder familiar, assinale a alternativa correta. 
correta ⇒ a. O pai ou a mãe que estabelecer nova união estável, não perde, quanto aos filhos do relacionamento anterior, os direitos do poder familiar, exercendo-os sem qualquer interferência do novo companheiro. Art.1632/cc 
b. Os pais, quanto à pessoa dos filhos menores, podem recomendar, não porém exigir, que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios da sua idade e condição. 
c. Durante o casamento ou a união estável, aos pais compete o poder familiar; na falta ou impedimento de um deles, dará o juiz tutor ou curador, conforme o caso. 
d. Os filhos estão sujeitos ao poder familiar, enquanto permanecem seus vínculos de dependência econômica. 
Questão objetiva 2 (Defensor Público RR 2013) No que se refere à guarda e ao direito de convivência entre familiares, assinale a opção correta. 
correta ⇒ a. A guarda compartilhada não impede a fixação de alimentos em favor do filho. Art. 1703/cc
b. De acordo com a jurisprudência do STJ, a fixação da guarda compartilhada pressupõe, necessariamente, o consenso entre os pais. 
c. A guarda compartilhada está vinculada à repartição de tempo de permanência dos pais separados para com seus filhos comuns, conferindo-se de forma exclusiva o poder parental por períodos preestabelecidos, geralmente de forma equânime, entre as casas dos genitores. 
d. Atendendo à doutrina da preferência materna, o Código Civil prioriza a guarda unilateral em favor da mãe do menor. e. O inadimplemento da pensão alimentícia fixada em favor do menor impede o exercício do direito de visitar pelo genitor que não detiver a guarda.
Semana 14 - Caso Concreto: (IX Exame OAB adaptada) Moema, brasileira, solteira, natural e residente em Fortaleza, no Ceara´, maior e capaz, conheceu Toma´s, brasileiro, solteiro, natural do Rio de Janeiro, também maior e capaz. Tomás era um próspero empresário que visitava o Ceara´ semanalmente para tratar de negócios, durante o ano de 2010. Desde então passaram a namorar e Moema passou a frequentar todos os lugares com Tomás que sempre a apresentou como sua namorada. Após algum tempo, Moema engravidou de Toma´s. Este, ao receber a notiícia, se recusou a reconhecer o filho, dizendo que o relacionamento estava acabado, que não queria ser pai naquele momento, razão pela qual não reconheceria a paternidade da criança e tampouco iria contribuir economicamente para o bom curso da gestação e subsistência da criança, que deveria ser criada por Moema sozinha. Moema ficou desesperada com a reação de Tomás, pois quando da descoberta da gravidez estava desempregada e sem condições de custear seu plano de saúde e todas as despesas da gestação que, conforme atestado por seu médico, era de risco. Como sua condição financeira também não permitia custear as despesas necessárias para a sobrevivência da futura criança, Moema decidiu procurar orientação jurídica. É certo que as fotografias, declarações de amigos e alguns documentos fornecidos por Moema conferiam indícios suficientes da paternidade de Tomás. Diante desses fatos, e cabendo a você pleitear em juízo a tutela dos interesses de Moema como poderia ela garantir condições financeiras de levar a termo sua gravidez e de assegurar que a futura criança, ao nascer, tenha condições de sobrevida? Justifique(em no máximo dez linhas) sua resposta e nela destaque o que aconteceria com eventuais alimentos pagos se após o nascimento, feito o exame de DNA, restasse consta que Tomás não é o pai da criança. 
Resposta: a) Moema poderá pleitear alimentos gravídicos em nome próprio, conforme Art. 1o e segts da Lei 11804 /08, com pedido de alimentos provisionais, haja vista os indícios de paternidade.
b) Negativa a paternidade, Tomás poderia solicitar a exoneração dos alimentos, mas não poderia cobrar o que já pagou.
Questão objetiva 1 (IX Exame OAB) Henrique e Natália, casados sob o regime de comunhão parcial de bens, decidiram se divorciar após 10 anos de união conjugal. Do relacionamento nasceram Gabriela e Bruno, hoje, com 8 e 6 anos, respectivamente. Enquanto esteve casada, Natália, apesar de ter curso superior completo, ser pessoa jovem e capaz para o trabalho, não exerceu atividade profissional para se dedicar integralmente aos cuidados da casa e dos filhos. Considerando a hipótese acima e as regras atinentes à prestação de alimentos, assinale a afirmativa correta. 
a. Uma vez homologado judicialmente o valor da prestação alimentícia devida por Henrique em favor de seus filhos Gabriela e Bruno, no percentual de um salário mínimo para cada um, ocorrendo a constituição de nova família por parte de Henrique, automaticamente sera´ minorado o valor dos alimentos devido aos filhos do primeiro casamento. 
b. Henrique podera´ opor a impenhorabillidade de sua única casa, por ser bem de família, na hipótese de ser acionado judicialmente para pagar débito alimentar atual aos seus filhos Gabriela e Bruno. 
correta ⇒ c. Natália podera´ pleitear alimentos transitórios e por prazo razoável, se demonstrar sua dificuldade em ingressar no mercado de trabalho em razão do longo período que permaneceu afastada do desempenho de suas atividades profissionais para se dedicar integralmente aos cuidados do lar. Art.1694/cc
d. Caso Nata´lia descubra, apo´s dois meses de separação de fato, que espera um filho de Henrique, serão devidos alimentos gravídicos ate´ o nascimento da criança, pois após este fato a obrigação alimentar somente sera´ exigida em ação judicial própria. 
Questão objetiva 2 (XI Exame OAB) Fernanda, mãe da menor Joana, celebrou um acordo na presença do Juiz de Direito para que Arnaldo, pai de Joana, pague, mensalmente, 20% (vinte por cento) de 01 (um) salário mínimo a título de alimentos para a menor. O Juiz homologou por sentença tal acordo, apesar de a necessidade de Joana ser maior do que a verba fixada, pois não existiam condições materiais para a majoração da pensão em face das possibilidades do devedor. Após um mês, Fernanda tomou conhecimento que Arnaldo trocou seu emprego por outro com salário maior e procurou seu advogado para saber da possibilidade de rever o valor dos alimentos fixados em sentença transitada em julgado. Analisando o caso concreto, assinale a afirmativa correta. 
a. Não e´ possível rever o valor dos alimentos fixados, pois o mesmo ja´ foi decidido em sentença com trânsito em julgado formal
b. Não e´ possível rever o valor dos alimentos fixados, pois o mesmo e´ fruto de acordo celebrado entre as partes e homologado por juiz de direito 
correta ⇒ c. E´ possível rever o valor dos alimentos, pois no caso concreto houve mudança do binômio “necessidade x possibilidade”. art.1694, § 1o
d. E´ possível rever o valor dos alimentos, pois o acordo celebrado entre as partes e homologado pelo juiz de direito esta´ abaixo do limite mínimo de 30% (trinta por cento) de 01 (um) salário mínimo, fixado em lei, como mínimo indispensável que uma pessoa deve receber de alimentos. 
Semana 15 - Caso Concreto: Dr. André, tenho um débito com um banco resultante de utilização do limite da conta corrente. Não consegui saldar essas dívidas e agora no processo de execução fui informado que o Banco requereu a penhora do imóvel em que residem minha ex-esposa com meus filhos de 12 e 14 anos. O imóvel é de minha propriedade exclusiva, mas há mais de cinco anos é utilizado para residência de meus filhos. Vivo em outro imóvel, também de minha propriedade, no qual mantenho minha nova família. 
Vou perder um destes dois imóveis? O que farei? Explique a resposta ao seu cliente em no máximo cinco linhas. Resposta: Embora o cliente tenha dois imóveis, ambos são considerados bens de família, utilizando um para sua própria residência e o outro dos seus filhos. A jurisprudência do STJ entende ser possível ampliar o conceito de bem de família para atingir os imóveis do devedor nesta situação.
Questão objetiva 1 (TRT 6a. Região 2013) Podem os cônjuges ou a entidade familiar destinar parte de seu patrimônio para instituir bem de família, desde que não ultrapasse um terço do patrimônio líquido existente ao tempo da instituição. 
a. mediante escritura pública ou testamento, que apenas consistirá do imóvel de menor valor, entre os de propriedade do instituidor, compatível com o padrão de vida da família, e esse bem ficará livre de penhora, salvo em execuções por dívidas de alimento, débitos trabalhistas, indenização por responsabilidade civil e para saldar hipoteca ou satisfazer obrigação decorrente de fiança locatícia. 
b. apenas por escritura pública, e consistirá em prédio residencial urbano ou rural, com suas pertenças e acessórios, e poderá abranger valores mobiliários, cuja renda será aplicada na conservação do imóvel e no sustento da família. 
c. mediante escritura pública ou instrumento particular, sem prejuízo das regras sobre a impenhorabilidade do imóvel residencial estabelecida em lei especial, que consistirá em prédio residencial urbano ou rural, com suas pertenças e acessórios, e poderá abranger valores mobiliários, cuja renda será aplicada na conservação do imóvel e no sustento da família. 
correta ⇒ d. mediante escritura pública ou testamento, sem prejuízo das regras sobre a impenhorabilidade do imóvel residencial estabelecida em lei especial, que consistirá em prédio residencial urbano ou rural, com suas pertenças e acessórios, e poderá abranger valores mobiliários, cuja renda será aplicada na conservação do imóvel e no sustento da família. Art.1711, CC
e. somente por testamento que consistirá em prédio residencial urbano ou rural, com suas pertenças e acessórios, mas não poderá abranger quaisquer bens móveis de elevado valor, nem aplicações financeiras, exceto para, com sua renda, conservar o imóvel. 
Semana 16 - Caso Concreto: 
1. (IX Exame OAB) Juliana, estudante de 17 anos, em comemoraçãoo a sua recente aprovação no vestibular de uma renomada universidade, saiu em viagem com Gustavo, seu namorado de 25 anos, funcionário público federal. Acerca de possíveis intercorrências ao longo da viagem, e´ correto afirmar que: correta ⇒ a. Juliana, por ser adolescente, independentemente de estar em companhia de Gustavo, maior de idade, não podera´ se hospedar no local livremente por eles escolhido, sem portar expressa autorização de seus pais ou responsável. Art. 1630, CC
b. Juliana, em companhia de Gustavo, poderá ingressar em um badalado bar do local, onde é realizado um show de mu´sica ao vivo no primeiro piso e ha´ um salão de jogos de bilhar no segundo piso 
c. Juliana, por ser adolescente e estar em companhia de Gustavo, maior de idade, poderá se hospedar no local livremente por eles escolhido, independentemente de portar ou na~o autorização de seus pais. 
d. Juliana podera´ se hospedar em hotel, motel, pensa~o ou estabelecimento congênere, assim como podera´ ingressar em local que explore jogos de bilhar, se portar expressa autorização dos seus pais ou responsável. 
2. (TJSP 2013) Com relação ao regime de bens do casamento, é correto afirmar que: 
a. qualquer que seja o regime de bens, nenhum cônjuge poderá, sem a autorização do outro, alienar ou onerar bens imóveis.
b. no regime da comunhão parcial, entram na comunhão todos os bens adquiridos na constância do casamento. 
correta ⇒ c. excluem-se da comunhão parcial as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversãoem proveito do casal. Art. 1659, IV, CC
d. a falta de autorização de um cônjuge para que o outro preste fiança, quando o regime não é o da separação absoluta de bens, torna nula a garantia, podendo essa nulidade ser alegada a qualquer tempo. 
3. (TJRR 2006) No tocante às relações de parentesco, assinale a opção correta. 
correta ⇒ a. No caso de falecimento de mãe que esteja com a guarda de filho menor, o pai deve assumir a responsabilidade de guarda, visto que, falecendo um dos pais, permanece o outro no exercício do poder familiar, exceto quando ficar devidamente provado que o sobrevivente não tem condições de ter a criança ou adolescente em sua companhia. Art. 1635, CC
b. Para o critério de classificação e de contagem do parentesco, adota-se, no ordenamento jurídico brasileiro, a linha como sendo a vinculação da pessoa a tronco ancestral comum. O grau de parentesco é o número de gerações existentes entre dois parentes. Assim, os irmãos são parentes em primeiro grau, e os primos e tios, em segundo grau. 
c. A afinidade é o parentesco que se estabelece entre cada cônjuge e os parentes do outro. Esse tipo de parentesco, no qual não há limitação de grau, não está sujeito à extinção, mesmo com a dissolução do casamento ou da união estável que o originou. 
d. A lei permite que um dos cônjuges adote o filho do outro, ainda que conste no assento de nascimento do adotando a filiação biológica, bastando, para tanto, que se comprove tão-somente a convivência com o menor e se demonstre que a medida visa ao interesse do adotando. 
4. (TJRJ 2013) Sobre a união estável, é correto afirmar que: 
a. na hipótese de falecimento, o companheiro sobrevivente terá direito à herança, inclusive sobre os bens que o falecido tiver recebido por doação. 
b. não pode ser reconhecida caso um dos conviventes seja casado ainda que esteja separado de fato. 
c. pode ser reconhecida nos casos das relações entre a adotada com o filho do adotante. 
correta ⇒ d. se houver contrato escrito dispondo de outro modo, não se aplicará às relações patrimoniais o regime da comunhão parcial de bens. Art. 1725, CC
5. (MPDTF 2013) Julgue os itens subsequentes, a respeito do direito de família, sob a ótica do Código Civil e a jurisprudência do STJ: 
I. A regra de separação obrigatória de bens prevista para casamentos se estende às uniões estáveis e deve ser aplicada em uniões com pessoas maiores de 70 anos. Art. 1641, CC
II. O cônjuge casado pelo regime da separação convencional de bens, por meio de pacto antenupcial, não é herdeiro necessário. Por isso, não tem direito à meação, tampouco à concorrência sucessória. Art. 1725
III. É admissível a alteração do regime de bens entre os cônjuges, para os casamentos celebrados sob a égide do Código Civil atual, desde que o pedido seja acompanhado de provas concretas do prejuízo na manutenção do regime de bens originário. 
IV. Ocorre a curatela compartilhada quando for nomeado, por disposição testamentária, mais de um curador a uma pessoa incapaz, devendo, nesse caso, os curadores exercerem conjuntamente o múnus público de forma mais vantajosa para o curatelado. 
V. O regime de bens aplicável na união estável é o da comunhão parcial, pelo qual há comunicabilidade ou meação dos bens adquiridos a título oneroso na constância da união. No entanto, exige-se, para tanto, prova de que a aquisição decorreu do esforço comum de ambos os companheiros. 
Estão CORRETOS os itens: correta ⇒ a) I e II b) I, II e III c) II e III d) I, III e IV e) IV e V 
6. (MPDFT 2013) Ainda a respeito do direito de família, julgue os itens a seguir: 
I. O casamento válido se dissolve pela morte de um dos cônjuges, pelo divórcio ou pela nulidade ou anulação do casamento.
II. Os cônjuges podem validamente constituir empresa entre si desde que não sejam casados pelo regime da separação obrigatória de bens.
III. Os nubentes com idade entre dezesseis e dezoito anos podem casar-se por qualquer dos regimes disponíveis ou de pacto antenupcial, desde que obtenham a autorização de seus representantes legais. Art. 1641, CC
IV. A administração do bem de família compete a ambos os cônjuges e, em sua falta, ao filho mais velho, se for maior, ou a seu tutor, se menor, salvo disposição em contrário do ato de instituição. Art. 1720, CC
V. A obrigação alimentar é recíproca e a sua extensão indefinida entre os parentes de linha reta, os mais próximos em primazia aos mais remotos. Na falta destes parentes, a obrigação transfere-se aos colaterais até o quarto grau. Podendo-se, no entanto, pleitear alimentos complementares ao parente de outra classe se o mais próximo não tiver condições de suportar o encargo. 
Estão CORRETOS os itens: a) I e II b) I, II e III c) II e IV correta ⇒ d) III e IV e) III, IV e V 
7. (MPPR 2013) Assinale a alternativa incorreta: 
a. Pai e filho são parentes em linha reta, 1º grau; 
b. Tio e sobrinho são parentes em linha colateral, 3º grau; 
incorreta ⇒ c. Irmãos são parentes em linha colateral, 1º grau; Art. 1641, CC
d. Cunhados são parentes por afinidade, em linha colateral, 2º grau; e. Genro e sogro são parentes por afinidade, em linha reta, 1º grau. 
8. (TJRR Titular de Serviços de Notas e Registros 2013) Em relação ao direito de família, assinale a opção correta: 
a. O casamento celebrado no Brasil prova-se pela certidão do registro, sendo tal regra absoluta, ou seja, em caso de falta ou perda do registro civil, não se admite nenhuma outra espécie de prova. 
b. É anulável o casamento contraído por enfermo mental sem o necessário discernimento para os atos da vida civil. 
correta ⇒ c. O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento pode ser feito por escritura pública ou por escrito particular, a ser arquivado em cartório. Art. 1609, II, CC
d. Novo casamento do cônjuge devedor dos alimentos pode extinguir a obrigação alimentar constante da sentença de divórcio. 
e. É ineficaz o pacto antenupcial que não for realizado mediante escritura pública. 
9. (TJSC 2013) Examine as proposições seguintes e assinale a alternativa correta: 
I. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser arguidas pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consanguíneos ou afins, e pelos colaterais em segundo grau, sejam também consanguíneos ou afins. Art. 1524, CC
II. É nulo o casamento do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento. 
III. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido. Art. 1597, III, CC
IV. Podem os cônjuges, independentemente de autorização um do outro, comprar, ainda a crédito, as coisas necessárias à economia doméstica, ou obter, por empréstimo, as quantias que a aquisição dessas coisas possa exigir, e as dívidas contraídas para esses fins obrigam solidariamente ambos os cônjuges. Art. 1643, CC
V. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão total de bens. 
a) Todas as proposições estão corretas. b) Somente as proposições II, III e IV estão corretas.
correta ⇒ c) Somente as proposições I, III e IV estão corretas. 
d) Somente as proposições I, II e V estão corretas. e) Somente as proposições I, IV e V estão corretas. 
10. (MPAC Analista 2013) Sobre o regime de bens entre os cônjuges, analise as seguintes assertivas. 
I- É admissível a alteração do regime de bens mediante disposição de ambos os cônjuges, após a celebração do casamento, desde que realizada por escritura pública. 
II- É obrigatório o regime da separação de bens no casamento celebrado entre nubentes menores de 18 anos, em razão da necessidade, para tanto, de autorização dos pais. 
III- No pacto antenupcial, que adotar o regime de participação final nos aquestos, poderse-á convencionar a livre disposição dos bens imóveis, desde que particulares. Art. 1656, CC
IV- No regime legal ou supletivo (artigo 1.640 do Código Civil), excluem-se da comunhão as pensões, meios-soldos, montepiose outras rendas semelhantes. Art. 1659, IV, CC
Quais são corretas? a) Apenas I e II. b) Apenas I e III. 
c) Apenas II e III. correta ⇒ d) Apenas III e IV. e) Apenas II, III e IV. 
11. (TJMA 2013) Assinale a opção correta em relação ao direito de família, segundo a jurisprudência do STJ. 
a. A pensão alimentícia é prevista legalmente como hipótese de exceção à impenhorabilidade do bem de família, todavia somente os alimentos decorrentes do vínculo familiar autorizam essa exceção, haja vista a interpretação teleológica e sistemática, o que justifica o tratamento da matéria no livro IV do Código Civil, referente ao direito de família. 
correta ⇒ b. Aos cônjuges é permitido incluir ao seu nome o sobrenome do outro, ainda que após a data da celebração do casamento, devendo o respectivo requerimento ser feito administrativamente no cartório onde tenha sido celebrado o casamento, para fins de averbação no assento de casamento, conforme disposição do Código Civil. Art. 1565, I, CC
c. A apelação contra decisão favorável ao alimentante, em ação de exoneração de alimentos, será recebida apenas no efeito devolutivo, não se aplicando ao caso, portanto, o efeito suspensivo. 
d. Em face do princípio do adimplemento substancial, considera- se suficiente para a revogação da prisão civil do devedor de alimentos o pagamento parcial dos alimentos devidos. 
12. (PCES 2013) Quanto à família e à relação de parentesco, é correto afirmar: 
I. É presumível (presunção iuris et iuris) a necessidade de os filhos continuarem a perceber alimentos após a maioridade, quando frequentam curso universitário ou técnico, porque se entende que a obrigação parental de cuidar dos filhos inclui a outorga de adequada formação profissional. 
II. O advento da maioridade não extingue, automaticamente, o direito à percepção de alimentos, mas esses deixam de ser devidos em razão do poder familiar, passando a ter fundamento nas relações de parentesco. Art. 1630, CC
III. A continuidade do pagamento dos alimentos após a maioridade, ausente a continuidade dos estudos, somente subsistirá caso haja prova da necessidade de continuar a recebê-los, o que caracterizaria fato impeditivo, modificativo ou extintivo desse direito, a depender da situação. Art. 1630, CC
IV. O Código Civil vigente, ao regular as relações de parentesco em linha reta, não estipula limitação dada sua infinidade, de modo que todas as pessoas oriundas de um tronco ancestral comum sempre serão consideradas parentes entre si, por mais afastadas que estejam as gerações. Art. 1630, CC
Estão corretas as afirmativas: a) I e II, apenas. b) II e III, apenas. 
c) III e IV, apenas. correta ⇒ d) II, III e IV, apenas. e) I, II, III e IV. 
12. (PCEGO 2013) De acordo com o Direito Civil, parte especial, família, e em conformidade com a Constituição Federal, o poder familiar existe de forma legal, sendo que, de acordo com o exercício do poder familiar: 
a. compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores, representá-los, até aos 18 anos, nos atos da vida civil. 
correta ⇒ b. suspende-se igualmente o exercício do poder familiar ao pai ou à mãe condenados por sentença irrecorrível, em virtude de crime cuja pena exceda a dois anos de prisão. Art. 1630, P.U., CC
c. divergindo os pais quanto ao exercício do poder familiar, é cabível, de acordo com o princípio da isonomia e da equidade, a diferenciação entre pais, não podendo recorrer ao juiz o pai, ou a mãe inadimplente em suas obrigações parentais. 
d. cabe ao juiz, requerendo algum parente, ou o Ministério Público, adotar a extinção do poder familiar em casos de abuso de autoridade ou de pai ou de mãe, que faltaram com os deveres a eles inerentes ou arruinaram os bens dos filhos. 
13. (PCEGO 2013) Na doutrina civilista atual, respeitando-se o estudo dos princípios constitucionais, tem-se que: 
a. em se tratando da prestação de alimentos, é estabelecido em Lei ser esta própria de pais e extensiva a terceiros, desde que interessados e membros lícitos da sociedade: tutores ou curadores, de acordo com o princípio da autonomia da vontade e da eticidade contratual, mediante sentença transitada em julgado. 
b. compete aos pais, e na falta de um deles ao outro, com exclusividade, representar os seus filhos menores de 18 anos, tanto em fatos jurídicos cíveis como em atos de responsabilidade penal, como responsáveis legais. 
correta ⇒ c. o pai e a mãe, enquanto de boa-fé e no exercício do poder familiar, são considerados usufrutuários dos bens dos filhos. Art. 1689, I, CC
d. se o parente que deve alimentos não estiver em condições de suportar totalmente o encargo, serão chamados os terceiros interessados, desprezando-se questões familiares, e a concorrência de graus imediatos, em prol da celeridade e da economia processual, são indicados os terceiros interessados no menor. 
14. (TJPE 2013) No regime de comunhão parcial: 
correta ⇒ a. entram na comunhão os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso do trabalho ou despesa anterior, bem como as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge. Art. 1660, II e IV, CC
b. excluem-se da comunhão os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, se a aquisição se deu em nome de um dos cônjuges. 
c. são comunicáveis os bens cuja aquisição tiver por título uma causa anterior ao casamento. 
d. a anuência de ambos os cônjuges é desnecessária para os atos, a título gratuito, que impliquem cessão do uso ou gozo dos bens comuns. 
e. a administração e a disposição dos bens constitutivos do patrimônio particular competem a ambos os cônjuges, salvo convenção diversa em pacto antenupcial. 
15. (TREMS Analista 2013) Em relação ao direito de família, assinale a opção correta. 
a. Em razão do caráter personalíssimo, o direito a alimentos é insuscetível de cessão mas admite-se a compensação. 
correta ⇒ b. Se o imóvel residencial for o único bem da família e estiver locado, não perderá o atributo da impenhorabilidade, desde que a renda auferida seja destinada à moradia e subsistência do núcleo familiar. c. Quando feito em testamento, o reconhecimento de filho pode ser revogado. Entendimento Jurisprudencial
d. A declaração de nulidade do casamento possui efeitos ex nunc, produzindo efeitos a partir da data da sentença que a pronunciar. 
e. O concubinato e a união estável são institutos jurídicos que se equivalem. 
16. (Defensor Público TO 2013) Acerca do regime de bens entre cônjuges, assinale a opção correta. 
correta ⇒ a. O regime de comunhão universal implica a comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com exceção, entre outras, dos bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar. Art. 1667, CC
b. O regime de participação final nos aquestos foi revogado do Código Civil, haja vista que o seu desuso desde a entrada em vigor do referido diploma legal demonstrou que os demais regimes de bens existentes eram suficientes para reger as relações patrimoniais entre os cônjuges. 
c. No casamento celebrado sob o regime da separação de bens, enquanto não sobrevier a separação ou divórcio, a administração dos bens é conjunta dos consortes, que não poderão aliená-los ou gravá-los de ônus real sem a anuência do outro. 
d. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento; da pessoa maior de sessenta anos e, ainda, de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial. 
e. No regime de comunhão parcial de bens, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal na constância do casamento, denominados bens aquestos, sem qualquer exceção. 
17. (MPTO 2012) Com referência ao direito de família, assinale a opção correta. 
a. Entre as inúmeras semelhanças apresentadas entre união estável e concubinato inclui-se a de serem ambos os institutos discutidos, no caso de dissolução, no âmbito do direito de família. 
b. Um imóvel instituído convencionalmente como bem de famíliaisenta o prédio da execução de qualquer dívida posterior ao ato da instituição do bem. 
c. Com a edição da Emenda Constitucional n.º 66, na qual são alteradas as formas de dissolução do casamento, o conceito de sociedade conjugal não encontra mais amparo no direito de família brasileiro. 
d. Só se admite o prolongamento dos efeitos do casamento putativo, após a publicação da sentença anulatória, quando as partes o celebrarem de boa-fé e existir pacto antenupcial, independentemente da existência de filhos; no caso de má-fé, os efeitos se mantêm apenas para justificar a concessão de alimentos. 
correta ⇒ e. Considere que Carlos, casado com Amanda sob o regime de comunhão parcial de bens, seja avalista do irmão em empréstimo bancário de alta monta. Nesse caso, para que o ato seja considerado válido, é necessário que Amanda conceda outorga uxória. Art. 1667, III, CC
18. (MPAP 2012) A Lei no 12.318/10 dispôs, definitivamente, e com grande importância, sobre a alienação parental, que já era muito debatida na doutrina e jurisprudência em nosso país. Especificamente sobre a alienação parental, é INCORRETO afirmar: 
correta ⇒ a. Caracterizados atos típicos de alienação parental, em ação autônoma ou incidental, o juiz poderá aplicar uma série de medidas, cumulativamente ou não, para prevenir e inibir a prática de atos de alienação parental, ou tolher-lhes a eficácia, sem prejuízo da responsabilização civil e criminal, mas não poderá estipular multa ao alienador. Lei 12318/11, Art 1o e segs.
b. A alteração de domicílio da criança ou adolescente é irrelevante para a determinação da competência relacionada às ações fundadas em direito de convivência familiar, salvo se decorrente de consenso entre os genitores ou de decisão judicial. 
c. A atribuição ou alteração da guarda dar-se-á por preferência ao genitor que viabiliza a efetiva convivência da criança ou adolescente com o outro genitor nas hipóteses em que seja inviável a guarda compartilhada. 
d. A omissão deliberada a genitor de informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço, caracteriza ato de alienação parental. 
e. Havendo indício da prática de ato de alienação parental, em ação autônoma ou incidental, o juiz, se necessário, determinará perícia psicológica ou biopsicossocial.
19. (MPAP 2012) Paulo é filho de Maria e Rolando, que foram casados até o ano de 2011, quando se divorciaram. Rolando sofreu um acidente grave de carro e ficou paraplégico, não conseguindo mais desenvolver atividade laborativa, impossibilitando-o de prestar alimentos a seu filho. Maria, por sua vez, passou a trabalhar como garçonete e saiu do Brasil para destino ignorado com um turista espanhol. Nesse caso, Paulo, que atualmente está sob a guarda da irmã de Maria, Joana, na impossibilidade de Rolando suportar o encargo alimentar, devidamente representado por Joana, 
correta ⇒ a. poderá ajuizar ação de alimentos contra os avós paternos e, no curso do processo, os avós maternos poderão ser chamados a integrar a lide. Art. 1698, CC
b. deverá ajuizar ação de alimentos contra os avós paternos e maternos, haja vista a existência de litisconsórcio passivo necessário. 
c. poderá ajuizar, dentro de sua livre escolha, ação de alimentos contra qualquer um dos avós paternos ou maternos, e os demais não poderão ser chamados a integrar a lide. 
d. poderá optar entre ajuizar ação de alimentos contra os avós paternos ou maternos ou contra os irmãos de Rolando. 
e. deverá ajuizar, necessariamente, ação de alimentos contra os avós paternos, tendo em vista que a obrigação alimentar que está faltando é do genitor Rolando, vedada a intervenção de terceiros. 
20. (MPAP 2012) Bernadete separou-se judicialmente de Ivan. Durante o longo casamento de trinta e cinco anos, Bernadete não exerceu atividade profissional e, hoje é portadora de doença cardíaca que a impossibilita para o labor. Dessa forma, na separação do casal, ficou estipulada pensão mensal para Bernadete. Ivan está inadimplente com o pagamento da pensão alimentícia estipulada para a ex-esposa. Neste caso, as prestações alimentares de Bernadete 
a. prescrevem em cinco anos a partir da data em que se vencerem. 
b. prescrevem em três anos a partir da data em que se vencerem. 
correta ⇒ c. prescrevem em dois anos a partir da data em que se vencerem. Art. 206, II, CC
d. são imprescritíveis, sujeita apenas aos prazos decadenciais previstos no Código Civil brasileiro. 
e. são imprescritíveis não estando, inclusive, sujeita aos prazos decadenciais previstos no Código Civil brasileiro. 
SIMULADO:
1a Questão: Sobre o procedimento de habilitação para o casamento é incorreto afirmar:
a) A autorização para o casamento dada pelos pais ou representantes legais pode ser revogada a qualquer tempo até a celebração do casamento.
b) O casamento religioso não levado a registro gera tão-somente união estável.
c) Aqueles que necessitarem de suprimento judicial da idade deverão averbar a autorização judicial no registro de casamento e não transcrever na escritura antenupcial.
d) A coação física é causa de inexistência do casamento.
incorreta ⇒ e) O procedimento de habilitação para o casamento é indispensável para qualquer espécie de casamento civil.
2a Questão: (DPE-SC Técnico Administrativo 2013) Assinale a alternativa incorreta de acordo com o Direito Civil brasileiro.
a) São parentes em linha reta os pais, filhos, avós e netos.
incorreta ⇒ b) Na linha reta, considera-se o parentesco até o quarto grau.
c) Com a dissolução do casamento ou da união estável, não se extingue o grau de parentesco por afinidade na linha reta.
d) Vínculo de parentesco por afinidade é aquele em que cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro.
e) O parentesco pode ser natural ou civil
3a Questão: (Questão 27 126º Exame OAB-SP)
O dever de mútua assistência moral entre cônjuges é descumprido quando um dos cônjuges
a) é condenado por crime infamante.
b) faz uso de entorpecentes.
correta ⇒ c) desconsidera os problemas pessoais do outro.
d) pratica adultério.
4a Questão: São regras que CORRESPONDEM ao sistema de princípios constitucionais vigentes para o Direito de Família:
I. A utilização da maternidade de substituição ou barriga de aluguel é expressamente vedada pelo ordenamento jurídico brasileiro porque fere o princípio da dignidade de pessoa humana.
II. O domicílio conjugal é determinado pelo marido uma vez que nele se concentra o que se denomina direção da sociedade conjugal.
III. O princípio da solidariedade é a superação do individualismo jurídico que levou à funcionalização dos direitos subjetivos e, por isso, importante princípio do Direito de Família brasileiro que perpassa princípios constitucionais como os da afetividade e da convivência familiar.
IV. Os alimentos são devidos também nas uniões homoafetivas em face das recentes decisões tomadas pelo STF.
V. A gravação telefônica feita pelo marido que suspeita de traição da esposa pode ser admitida como prova em processo de reparação por danos morais, ainda que esta gravação tenha sido feita sem autorização judicial, pois decorre o direito do marido da quebra do dever do casamento de respeito e consideração mútuos praticado pela esposa.
a) Apenas a alternativa III corresponde ao sistema de princípios constitucionais.
b) Apenas a alternativa IV corresponde ao sistema de princípios constitucionais.
c) Apenas as alternativas I e III correspondem ao sistema de princípios constitucionais.
d) Apenas as alternativas II e III correspondem ao sistema de princípios constitucionais.
correta ⇒ e) Apenas as alternativas III e IV correspondem ao sistema de princípios constitucionais.
5a Questão: Dimas Messias de Carvalho (2009, p. 281) define que " vínculo de parentesco é a relação das pessoas vinculadas pelo sangue, que se iriginam pela ascendência direta ou de um tronco comum, ou por outra origem como adoção e a socioafetividade. Trata-se desta forma, de relações humanas que assumem as mais diferenciadasformas (art. 1593, CC) e, por isso, assumem um caráter multifacetário e plural". Sendo assim, marque a alternativa INCORRETA com relação as relações de parentesco.
a) A afinidade é a relação que aproxima um cônjuge ou companheiro aos parentes do outro (art. 1.595 CC).
b) A natural é a relação de parentesco que vincula umas pessoas a outras que descendem do mesmo tronco ancestral.
c) O socioafetivo é o parentesco constituído por sentneça ou por ato voluntário das partes e resultante da afetividade, como é o caso da adoção.
d) O grau de parentesco é a distância em gerações que separam os parentes, sendo que em linha reta enumeram-se o número das gerações.
incorreta ⇒ e) O parentesco em linha reta é quando as pessoas são ligadas a um tronco comum, sem descenderem um do outro.
Processo Civil II - Novo CPC - Casos Concretos Corrigidos
por Guilherme » Sex Nov 20, 2015 1:39 pm
Processo Civil II - Novo CPC - Casos Concretos Corrigidos
Fonte: Universidade Estácio de Sá - Campus Menezes Côrtes
Semana 1 - Questão Discursiva: Jorge Lourenço procura um advogado e informa que comprou uma televisão de ultima geração (R$ 8.500,00) para sua residência, mas o equipamento não funciona corretamente. Apesar de inúmeros contatos e promessas do fabricante TV JÓIA e seu serviço autorizado de garantia, nenhuma visita técnica foi realizada. Na conversa com o advogado procurado, Jorge Lourenço informa que gostaria de ter o aparelho (ou outro equivalente) funcionando, além de danos materiais e morais pelo ocorrido. O advogado informa a Jorge Lourenço que irá elaborar a Petição Inicial e que o caso seguirá o procedimento comum sumário em Vara, pois de acordo com o novo CPC, este caso não poderia mais ir aos Juizados Especiais Cíveis da Lei 9099/95. 
a) Esta correta a orientação prestada pelo advogado no tocante ao rito ou procedimento adequado ao caso? 
Resposta: Está errado o procedimento adotado, pois a lei 9099/95 continua em vigor. Sendo assim o caso em questão poderia sim ser encaminhado aos juizados especiais cíveis, pela referida lei 9099/95. A luz do Art. 318 do novo CPC, quando existir legislação própria, a parte interessada poderá optar por este procedimento.
b) Sem prejuízo da resposta no item a), qual seria a outra opção para Jorge Lourenço pleitear em perante o Poder Judiciário uma reparação de seus danos? 
Resposta: Poderia optar pelo procedimento comum na vara civil ou pelo procedimento do juizado especial.
Questões Objetivas 1ª Questão: De acordo com o NCPC é correto afirmar que:
a) O procedimento comum sumário e ordinário foram transformados em procedimento especial. 
b) A petição inicial não pode mais ser emendada. 
correta ⇒ c) Na petição inicial pode haver indicação de interesse em realizar audiência de conciliação ou mediação. 
d) Não pode haver mais indeferimento da petição inicial antes da citação do réu. 
2ª Questão: Com relação ao pedido no processo civil, marque a opção incorreta: 
a) O pedido deve ser certo e determinado. 
b) É possível pedido alternativo nos casos em que o direito material permite. 
incorreta ⇒ c) A cumulação de pedidos diversos contra o mesmo réu só é possível quando houver conexão. Não necessariamente precisa ter conexão.
d) A cumulação de pedidos enquanto cumulação de ação gera economia processual.
Semana 2 - Questão Discursiva: Uma animada conversa entre dois estudantes de graduação em Direito a respeito de uma decisão judicial de 1a instância que julgou liminarmente improcedente o pedido (antes mesmo da citação do demandado) por estar frontalmente contrária a enunciado de súmula do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal chamou atenção de um terceiro estudante, representante de turma do 6o período que achou por bem intervir na conversar. Em dado momento, os três alunos fizeram as seguintes manifestações categóricas: Aluno do 4o Período - O Princípio da Inafastabilidade do Poder Judiciário está acima de qualquer lei ou código, de modo que não pode haver indeferimento liminar de Petição Inicial sem antes ocorrer a citação do demandado, futuro réu. Aluno do 5o Período - O Juiz pode sim decidir pela Improcedência Liminar do Pedido, mas apenas nos casos de súmula vinculante do STF. Aluno do 6o Período - O Princípio da Inafastabilidade do Poder Judiciário está acima de qualquer lei ou código, mas isto não torna inconstitucional determinado artigo do CPC, ou mesmo decisão judicial devidamente fundamentada em casos concreto no âmbito do Processo Civil brasileiro. 
a) Existe alguma manifestação correta acima? 
Resposta: A alegação do aluno do 6o período é a que mais se aproxima do Art. 332, NCPC, que traz a previsão legal para o deslinde da questão formulada, prevendo a possibilidade de julgar liminarmente improcedente um pedido, portanto não há que se falar de inconstitucionalidade neste ato.
b) Existe diferença entre Improcedência Liminar do Pedido e Indeferimento da Petição Inicial ? 
Resposta: Sim. Improcedência trata do mérito, portanto na improcedência liminar ocorreu a inspeção do mérito. Enquanto que o indeferimento da petição inicial trata da peça processual que não preenche os requisitos reclamados pelo lei, levando a extinção do processo sem exame do mérito.
Questões Objetivas 1ª Questão: A improcedência liminar do pedido pode ocorrer: 
a) apenas quando houver súmula vinculante ou declaração de inconstitucionalidade pelo STF em sentido contrário. 
b) em casos de enunciado de súmula do STF apenas. 
c) em casos de enunciado de súmula do STJ apenas. 
correta ⇒ d) na hipótese de entendimento firmado em incidente de demandas repetitivas. Art. 332, III, NCPC
2ª Questão A respeito da possível audiência de conciliação ou mediação prevista no NCPC para ocorrer antes da resposta do réu, marque a opção correta. 
a) Caso não ocorra, resta inviabilizada uma nova marcação para não afetar a celeridade processual. 
b) É optativa, não havendo qualquer sanção para a parte que faltar a referida audiência. 
c) O não comparecimento geral revelia automática, além de condenação por má-fé processual. 
correta ⇒ d) Trata-se dispositivo que tem por objetivo propiciar outros meios para a composição dos interesses das partes. Art. 319, VII, NCPC
Semana 3 - Questão discursiva: Juan é advogado e está terminando seus estudos complementares de pós-graduação fora do Brasil, razão pela qual resolveu contratar um advogado para a defesa de seus interesses em processo judicial no qual fora citado dias antes da viagem, de forma inesperada e, segundo ele, sem qualquer nexo de causalidade com as pessoas, fatos narrados na petição inicial. Segundo Juan, trata-se de pedido de reintegração de posse realizado por Jurema, tendo por objeto um sítio em Maricá, município do Rio de Janeiro, onde Juan afirma apenas frequentar em propriedades de seus primos e tios. O advogado contratado, Dr. Rafael, tranquiliza Juan e afirma ter descoberto em documentos cartorários na municipalidade o verdadeiro possuidor (ao menos de fato) do referido sítio e que irá realizar a resposta do réu, na modalidade de Contestação, tudo nos termos do CPC. 
a) Está correta a modalidade de defesa (resposta) indicada pelo Dr. Rafael ? 
Resposta: Sim, pois ofececeu a contestação, conforme o Art. 338, NCPC
Caso o Juiz entenda pela ilegitimidade passiva de Juan, o processo será extinto sem resolução do mérito? 
Resposta: Não, pois pelo Art. 338, NCPC, o autor poderá promover a substituição do réu quando este se declarar parte ilegitima.
b) Quais os significados dos Princípios da Eventualidade e Ônus da Impugnação Específica para fins do momento processual dos artigos 335 e seguintes do CPC? 
Resposta: Princípio da Eventualidade consiste na concentração de toda a matéria de defesa em um único ato processual denominado contestação. Vale lembrar que uma vez ofertada a constestação irá se consumar a preclusão. Com relação ao Princípio da Impugnação Específica, devemos entendê-lo, como obrigação que tem o réu de se manisfestar precisamente sob os fatos e fundamentos,articulados pelo autor na sua P.I . A inobservância deste princípio conduz a presunção de veracidade.
Questões Objetivas 1ª Questão Marque a alternativa correta dentre as opções abaixo. 
a) O NCPC eliminou a reconvenção, não sendo mais possível ao réu demandar o autor no mesmo processo. 
correta ⇒ b) A impugnação ao benefício da gratuidade de justiça agora é tema de contestação. 
c) A contestação no NCPC pode ser oral em qualquer procedimento. 
d) O revés não pode mais praticar atos processuais antes da sentença, salvo com anuência da outra parte. 
2ª Questão: Quando houver caso de incompetência relativa do juízo e impedimento do juiz, a defesa do réu dever ser por: 
correta ⇒ a) contestação e exceção respectivamente. 
b) apenas contestação. 
c) apenas uma única exceção de incompetência. 
d) duas exceções autônomas.
Semana 4 - 1ª Questão Discursiva: Marisa promove ação judicial de indenização por danos materiais e morais em face de Tinoco, seu vizinho. Segundo Marisa, Tinoco tem insistentemente atitude ilícita e desrespeitosa com seu animal preferido, um cavalo de estimação chamado "Ventania". Tais atitudes fez com que o mesmo ficasse em estado de grande agitação, vindo inclusive a se cortar na cerca da propriedade no último mês, o que gerou internação veterinária com cirurgia e medicamentos. Tinoco citado, não ofereceu contestação, o que foi certificado pelo cartório, conforme consta nos autos. Marisa, eufórica e, acompanhando seu andamento processual na internet, liga para seu advogado, informa da revelia e pergunta se com isso, o juiz irá proferir sentença de procedência do seu pedido. 
a) Sempre que houver Revelia haverá procedência do pedido ? 
Resposta: Não. A revelia quando de natureza relevante conduz a uma presunção relativa de veracidade. Vale destacar o inciso IV do artigo 345 do NCPC que diz “ as alegações de fato, formuladas pelo autor, forem inverossímeis ou estiverem em contradição com as provas constantes dos autos” , demonstrando assim a relatividade da presunção de veracidade. De outro lado quando estivermos diante de direito indisponível (por exemplo interdição de uma “velhinha”) também não há que se falar em procedência do pedido.
b) Caso Tinoco tivesse oferecido Contestação alegando que apenas se defendia de Ventania, pois o animal ameaçava atacá-lo quando passava rente à cerca, qual deveria ser a atitude do Juiz? 
Resposta: O juiz observando a regra do artigo 350, NCPC, deverá conceder ao autor o prazo de 15 dias para manisfestar-se a respeito da nova situação.
Questões Objetivas 1ª Questão João é citado em ação proposta por Pedro e realiza contestação alegando falta de pagamento para não cumprir com sua parte em contrato firmado pelas partes. Além disso, também aproveitou e está cobrando de Pedro determinada soma em dinheiro, oriundo do mesmo negócio jurídico. Marque a opção que indica as respostas apresentadas por João nos autos do processo. 
a) contestação e reconvencão em petições distintas. 
b) reconvenção e exceção de contrato não cumprido. 
correta ⇒ c) contestação e reconvenção na mesma peça processual. Art. 343, NCPC
d) apenas contestação, mas sem reconvenção ou qualquer exceção.
2ª Questão A revelia no processo civil é: 
a) ausência de qualquer modalidade de defesa do réu. 
b) o mesmo que efeito da revelia, isto é, toda vez que houver revelia o pedido será julgado procedente. 
correta ⇒ c) ausência de contestação. Art 344, NCPC
d) ausência de comparecimento à audiência de conciliação ou mediação.
Semana 5 - Questão discursiva: Pablo exerceu seu direito de ação em face de Rodrigo para obter a rescisão contratual de determinado negócio jurídico firmado entre as partes. Na Petição Inicial Pablo afirma que Rodrigo descumpriu três cláusulas contratuais distintas, causando danos materiais e morais e por tais razões, não mais deseja manter o vínculo contratual, requerendo ainda, além de seu desfazimento, o pagamento de multa contratual prevista em cláusula específica. Junta apenas documentos comprobatórios e afirma não necessitar de outros meios para sustentar o alegado. Rodrigo devidamente citado oferece Contestação, reconhece o fato em que se funda a ação, mas aponta razões e fatos não informados por Pablo para tentar justificar seu comportamento contratual em não cumprir o previsto em apenas uma das cláusulas citadas, não se manifestando sobre as demais suscitadas na Petição Inicial. Requereu ainda depoimento pessoal e de testemunhas que poderão confirmar os fatos por ele narrados. Após a certificação da tempestividade da defesa apresentada, os autos vão conclusos ao juiz. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Caso o Juiz entenda pertinente a defesa apresentada por Rodrigo será possível o julgamento antecipado do mérito ? 
Resposta: Não, tem em vista que o réu apresentando defesa de mérito indireta, em conformidade com o Art. 350, NCPC, deverá o juíz conceder ao autor o prazo de 15 dias para que este se manifeste, inclusive podendo juntar novas provas, sob pena de violar o contraditório.
b) Caso o Juiz entenda que existe fato incontroverso poderá haver julgamento antecipado parcial do mérito. 
Resposta: Sim, desde que antecipadamente tenha assegurado ao autor o prazo de 15 dias, conforme Art. 350, NCPC, caso contrário, não será possível admitir o julgamento antecipado parcial do mérito, mesmo que sob determinado fato não haja controvérsia.
Questões Objetivas 1ª Questão A incompetência absoluta pode ser declarada de ofício pelo Juízo. Tal informação é: 
a) Incorreta, pois deve ser alegada por peça própria de exceção. 
b) Correta, pois são as questões prejudiciais ao julgamento do mérito. 
c) Incorreta, pois deve ser declarada de ofício pelo Juiz. 
correta ⇒ d) Correta, pois trata-se de questão preliminar e matéria de ordem pública que pode ser alegada pelas partes ou declarada pelo juiz em momento de saneamento do processo. 
2ª Questão A respeito do direito de se manifestar em réplica no processo civil é correto afirmar que: 
a) é um direito constitucional e independe da resposta do réu. 
correta ⇒ b) depende do teor da resposta do réu e necessita de decisão do juiz. 
c) não foi mantido no NCPC. 
d) ocorre apenas quando existe questão preliminar suscitada na contestação. 
Semana 6 - Questão discursiva: André e Lívio figuram respectivamente como autor e réu em ação de cumprimento contratual que tem como objeto a prestação de serviços de manutenção de aparelhos de ar condicionado. O contrato foi firmado pelas partes e vinha sendo cumprido normalmente, até que em determinado mês, sem nenhuma razão específica, Lívio deixou de realizar o serviço. Após realizar duas notificações, André optou pelo Poder Judiciário para tentar resolver seu problema. O advogado de André distribuiu a petição inicial com a opção de não realizar audiência de conciliação ou mediação. Após a citação e apresentação de defesa, o Juiz determina a realização de Audiência de Instrução e Julgamento e intima as partes envolvidas. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Considerando que a audiência a ser realizada tem por finalidade instruir e proporcionar condições técnicas para o julgamento do Juiz, é possível ainda haver espaço para a conciliação ou mediação? 
Resposta: Sim, pois a mediação e conciliação podem ser tentadas não só nas audiências, mas a qualquer momento que o juiz vislumbre a possibilidade de obtenção de êxito.
b) O que significa dizer que a audiência de instrução e julgamento é una e indivisível? 
Resposta: Significa dizer que o referido ato processual é único, ainda que por qualquer motivo não se alcance a sua conclusão no mesmo dia de seu início.
Questões Objetivas 1ª Questão Sobre a audiência de instrução e julgamento é incorreto afirmar: 
correta ⇒ a) A apresentação de razões finais escritas (memoriais) independe complexidade da causa, nos termos da lei. 
b) A AIJ pode ser adiada em casos especiais. 
c) Finda a instrução,o juiz deve dar a palavra ao advogado do autor e réu, além do Ministério Público, quando for o caso. 
d) Se houver antecipação ou adiamento da audiência os advogados ou sociedade de advogados será intimada. 
2ª Questão A AIJ serve para: 
a) apenas para produzir provas em juízo, pois não pode haver conciliação. 
b) instruir o juiz, preparando-o para futuramente decidir. 
correta ⇒ c) instruir o juiz, mas também pode haver conciliação. 
d) apenas para produzir prova de depoimento pessoal e testemunhal, pois as demais podem ser juntadas aos autos.
Semana 7 - Questão discursiva: Raphael consulta Arthur (seu advogado de confiança) a respeito de uma questão jurídica envolvendo a compra de um veículo "Zero Quilômetro" que realizou recentemente, a menos de 3 (três) meses. O veículo apresenta defeitos que intermitentes, aparentemente relacionados à parte elétrica ou eletrônica do veículo. Rafael informa ao seu advogado que já tentou por todos os meios convencer os responsáveis da concessionária onde foi adquirido, assim como o próprio fabricante do problema. O máximo que conseguiu foi a marcação de mais uma visita e vistoria técnica do veículo e os resultados foram um gentil café em sala de espera refrigerada e a posição de que ele (Raphael) é quem deveria provar que o veículo está com problemas, pois, na vistoria, nada foi detectado. Assim, Raphael pergunta ao advogado se é possível levar o caso ao Poder Judiciário, já que ele não tem como provar tecnicamente o defeito, pois é mero consumidor e não conhece de componentes técnicos do veículo. Raphael também informa que pesquisou e encontrou outros casos similares, onde pessoas naturais e jurídicas conseguiram provar o mesmo problema em seus veículos de mesma marca e modelo. Arthur tranquiliza Raphael e informa que irá requerer em Juízo as medidas processuais necessárias para a melhor e mais rápida defesa de seus interesses. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) A quem incumbe, ordinariamente, o ônus da prova em juízo no processo civil brasileiro? 
Resposta: Em se tratando de fato constitutivo do direito, incumbira ao autor o ônus da prova. Todavia se a prova for referente a fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito, incumbirá ao réu a respectiva prova, substanciado nos incisos I, II do Art. 373, NCPC.
b) É possível alguma inversão no caso concreto? 
Resposta: Sim, se aplicarmos o CDC, Art 6o, VIII. Vale registrar a possibilidade de se aplicar a chamada carga dinâmica das provas, onde o juiz poderá atribuir o ônus da prova de modo diverso. Atente que a carga dinâmica do ônus da prova não se aplica em inversão do ônus da prova
Questões Objetivas 1ª Questão O princípio do livre convencimento motivado traduz a ideia de que: 
correta ⇒ a) o juiz tem liberdade para apreciar e decidir a causa, mas deve fundamentar apenas as sentenças que resolvem o mérito. 
b) a motivação interna de convencimento do magistrado legitima sua decisão, não havendo necessidade de externar nas decisões judiciais fundamentação específica da fonte jurídica para o julgamento. 
c) as partes tem total liberdade para convencer o juiz dos fatos jurídicos materiais e processuais. d) se houver súmula vinculante, não haverá necessidade de interpretação e decisão fundamentada do caso. 
2ª Questão. Marque a opção correta: 
correta ⇒ a) A parte que alegar direito municipal em juízo poderá ter que provar o teor e vigência, se assim determinar o juiz. 
b) O juiz não pode dispensar a prova, mesmo em fatos notórios. 
c) Após recente decisão do STF, agora é possível a produção forçada de provas, desde seja o último recurso ou expediente para se chegar à sentença de mérito.
d) A prova documental pode ser arguida como falsa a todo e qualquer tempo, não havendo preclusão a respeito de documentos que já poderiam ter sido juntado aos autos.
Semana 8 - Questão discursiva: Carla está desesperada e conversa com Dra. Suzana (sua advogada) que a principal testemunha de seu caso e que deverá comparecer em audiência de instrução futura ( mês seguinte) foi hospitalizada para passar por procedimento cirúrgico de alto risco em no máximo 3 (três) dias, conforme atestou o médico em documento próprio. Existe sério risco de morte, ou mesmo de vida com sequelas cerebrais diversas. O tempo de espera é apenas para os trâmites técnicos e administrativos para a cirurgia, pois trata-se de evento futuro e certo. Dra. Suzana lamenta o ocorrido com Carla, mas informa que nada pode fazer, pois o NCPC não prevê mais a medida cautelar existente no CPC/73, talvez no máximo peticionar nos autos informando do ocorrido e requerendo o adiamento da audiência para aguardar a melhor recuperação da testemunha enferma, ou mesmo conseguirem uma testemunha substituta. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Está correta a informação jurídica prestada pela Dra. Suzana ? 
Resposta: Não. Embora correta a informação de que não mais existe a cautelar de produção antecipada de provas o novo CPC estabeleceu procedimento próprio para estes casos, conforme artigo 381, NCPC.
b) É possível que Atas Notariais possam atestar ou documentar a existência de fatos jurídicos materiais e servirem de meio probatório em Juízo ? 
Resposta: Sim, o artigo 384, NCPC, estabelece a existência de atas notariais.
Questões Objetivas 1ª Questão Com o NCPC é correto afirmar que: 
a) no âmbito dos juizados especiais cíveis estaduais será agora possível provas mais complexas, além de documental, depoimento pessoal e testemunhal. 
correta ⇒ b) no âmbito do procedimento comum e de acordo com o princípio da concentração dos atos processuais, em regra as provas devem ser requeridas e produzidas em momentos pontuais, sob pena de preclusão, salvo casos especificados em lei. 
c) as provas documentais somente podem ser juntadas na audiência de instrução e julgamento. 
d) a ata notarial está formalizada como meio probatório, mas não houve previsão de prova emprestada. 
2ª Questão A prova realizada através de exame de DNA: 
a) é obrigatória para a parte contrária, pois trata-se de dignidade na pessoa humana. 
correta ⇒ b) não é obrigatória, mas pode geral consequências para quem não se submete ao mesmo. 
c) nao pode mais ser determinada pelos juízes, sob pena de violação de direito constitucional. 
d) deve obrigatoriamente ser seguida pelo juiz.
Semana 9 - Questão discursiva: A Administradora Joia Rara Ltda está em litígio com a empreiteira Obra Boa Ltda, contratada para reformar apartamento específico e não consegue se conformar com a decisão do juiz que indeferiu requerimento formulado por seu advogado para realização de prova pericial que comprovasse a má prestação dos serviços prestados, além da não prestação de outros. O juiz indeferiu o pleito, alegando já existir nos autos o requerimento tempestivo ( e deferido) do advogado da Administradora Joia Rara sobre produção de provas (documental e testemunhal), não havendo agora, em outro momento processual, possibilidade de novo requerimento para meio probatório distinto. O advogado da Administradora Joia Rara Ltda discorda da posição do juiz e pretende recorrer da decisão de qualquer jeito, pois vislumbra violação legal e constitucional no caso. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Está correta a posição juiz em relação ao momento requerimento de produção de provas ? 
Resposta: Em regra sim, pois segundo análise dos artigos destinados a produção de provas, existe um momento oportuno para seu requerimento. Contudo o próprio NCPC evidencia situações que podem ter entendimento contrário. Conforme artigo 370, NCPC, que permite ao juiz de ofício, requerer da parte as provas necessárias ao julgamento do mérito. Vale registrar o disposto no artigo 434, NCPC, no sentido de que a parte deverá instruir a petição inicial ou constestação com os documentos mínimos destinados a provar suas alegações.
b) Quais as diferenças entre prova periciale inspeção judicial ? 
Resposta: A prova pericial reclama do seu executor um conhecimento técnico, enquanto a inspeção judicial ocorre diretamente pelo juiz, não dependendo de um interlocutor.
Questões Objetivas 1ª Questão A respeito da confissão judicial e outras provas no NCPC, marque a opção correta: 
a) A confissão judicial deve ser exclusivamente espontânea, podendo a extrajudicial ser provocada. 
b) A confissão judicial poderá sempre ajudar ou prejudicar os litisconsortes. 
correta ⇒ c) A parte nao é obrigada a depor sobre fatos que coloquem sua vida em perigo. Art. 388, NCPC
d) A parte quando realiza confissão pratica um ato irrevogável. 
2ª Questão Ainda a respeito das provas e o NCPC, responda: 
a) A exibição de documento ou coisa pode ser ordenada por juiz de direito. 
b) O documento público faz prova apenas de sua formação, mas não dos fatos descritos. 
correta ⇒ c) Quando a lei exigir documento público como da substancia do ato, nenhuma outra prova, por mais especial que seja, poderá suprimir sua falta. Art. 406
d) Apenas considera-se autor do documento particular aquele que o fez e assinou, além de reconhecer firma, sob pena de quebra da presunção de autoria.
Semana 10 - Questão discursiva: Em ação de rescisão contratual, devolução de valores pagos e ainda indenização por danos morais movida por Júlio em face da Rei dos Móveis Ltda., a Juíza proferiu sentença onde julgou integralmente procedente o pedido autoral. Júlio questiona seu advogado a respeito da sentença, pois ao realizar a leitura em seu acompanhamento processual na internet, não entendeu o que seriam os termos fundamentação e dispositivo. Júlio também queria saber quais os efeitos práticos que a sentença teria no caso concreto dele. O advogado de Júlio respondeu que toda sentença tem como elementos ou partes obrigatórias : relatório, fundamentação e dispositivo. Informou também que o referido título judicial poderia constituir uma hipoteca judiciária. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Está correta a informação prestada pelo advogado de Júlio? 
Resposta: Sim, eis que a sentença realmente ostenta tais requisitos e quanto a seus efeitos, permite a instituição de hipoteca judiciária. Ver artigo 38 da Lei 9.099/95 (Juizados Especiais).
b) Qual o conceito jurídico de sentença de acordo com o NCPC/2015? 
Resposta: Segundo dispõe o artigo 203, § 1o, NCPC, a sentença é definida como pronunciamento, por meio do qual o juíz com fundamento nos artigos 485 e 487, NCPC, põe fim na fase cognitiva do processo comum ou extingue a execução.
Questões Objetivas 1ª Questão Com relação aos pedidos formulados pelas partes as sentenças podem ser classificadas em: 
correta ⇒ a) declaratórias, constitutivas ou condenatórias, segundo a classificação trinária. Art. 461 e 461-A, NCPC
b) declaratórias, mandamentais e constitutivas, segundo a classificação trinária. 
c) mandamentais apenas, pois todas possuem caráter coerctivo e força de lei. 
d) declamatórias ou não declaratórias, quando julgam procedente ou improcedente o pedido. 
2ª Questão: As sentenças condenatórias de prestação de fazer, não fazer e entregar coisa certa: 
correta ⇒ a) já eram previstas no CPC/73, furto de diversas reformas processuais que ocorreram a partir dos anos 1990. 
b) não existiam em nosso ordenamento jurídico. 
c) não podem ter solução por meio de mediação ou arbitragem. 
d) já podem ter solução por meio de arbitragem, desde que haja anuência das partes e do Ministério Público.
Semana 11 - Questão discursiva: A pessoa jurídica Show da Vida Ltda representa os interesses de famosa banda nacional, administrando toda sua agenda de shows, turnês e respectiva logística. Em razão disto, a Show da Vida Ltda. contratou os serviços da agência de publicidade Comunication Ltda. para fins de divulgação de uma série de espetáculos que ocorreriam em 6 (seis) meses em Salvador, capital da Bahia, durante os festivos de carnaval. A divulgação deveria ser imediata em todas as mídias sociais, televisão, rádio e algumas fontes impressas semanalmente. Após 15 dias da contratação, nada havia sido feito e a Comunication Ltda foi notificada. Passados mais 15 dias, a Show da Vida Ltda ingressa com ação judicial com pedido de obrigação de fazer, obtendo inclusive, tutela de urgência para o pronto cumprimento, sob pena de multa diária de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Infelizmente, mesmo com toda dedicação e diligência do patrono da Show da Vida, a divulgação não ocorreu, assim como a venda antecipada de ingressos e o espetáculo foi cancelado. Após tal comunicação nos autos do processo, a revelia e posterior não manifestação da ré, o juiz deu continuidade e proferiu sentença convertendo a obrigação de fazer em perdas e danos. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) É possível o juiz proferir sentença condenatória de pagar quantia certa quando o pedido inicial era de condenação de obrigação de fazer, tendo inclusive ocorrido deferimento de tutela de urgência? 
Resposta:Sim. A tutela de urgência tinha finalidade de proporcionar ao autor a realização da obrigação assumida pelo réu. Contudo, ao momento de proferir a sentença o juiz percebe que tal modalidade de prestação jurisdicional e, portanto, poderá mediante requerimento do autor, converter a obrigação principal em perdas e danos, conforme artigo 499, NCPC.
b) A sentença proferida no caso está sujeita ao Duplo Grau de Jurisdição Obrigatório? 
Resposta: Não tendo em vista que a situação em exame não se enquadra em nenhuma das hipoteses do artigo 496, NCPC
1ª Questão A remessa necessária prevista no NCPC: 
a) se aplica à toda decisão proferida contra Fazenda Pública. 
correta ⇒ b) às decisões condenatórias de pagar quantia certa contra a Fazenda Pública, nos termos do art. 496 do NCPC. 
c) também ocorre em sede de juizados especiais federais. 
d) também ocorre em sede de juizados especiais fazendários dos Estados. 
2ª Questão Sentença ultra petita é aquele que: 
a) julga totalmente improcedente o pedido autoral. 
b) deixa de analisar pedido formulado pelas partes. 
c) condena ao pagamento de astreintes. 
correta ⇒ d) concede direito pretendido pela parte, mas em quantidade superior. Art 492, NCPC
Semana 12 - Questão discursiva: Um espanhol foi condenado em segunda e última instância por um tribunal competente de seu país a pagar a quantia de 50 mil euros por conta de dívidas oriundas de cheques não honrados pelo sistema bancário ou pelo próprio emitente. O caso transitou em julgado e quando foi iniciada a execução, descobriu-se que o devedor tinha se mudado para o Brasil, especificamente para Fortaleza, capital do Ceará. O credor consulta seu advogado a respeito da possibilidade de cumprimento da sentença no Brasil, onde está claro o estabelecimento de nova residência e domicilio do espanhol devedor, inclusive com novos negócios em andamento, conforme relatos e documento obtidos pelas redes sociais. O advogado espanhol contrata os serviços do escritório onde você está estagiando para concretizar o direito material de seu cliente. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Quais os requisitos para a homologação de sentença estrangeira no Brasil? 
Resposta: Todos os requisitos do artigo 963, NCPC
b) Quais os órgãos judiciários competentes para e homologação e execução no Brasil ? 
Resposta: Execução pela justiça federal, Art. 109, X, CF e homologação do STJ, artigo 960, § 2o, NCPC
Questões Objetivas 1ª Questão No âmbito da homologação de sentença estrangeira no Brasil é correto afirmar que: 
a) existe novo juízo de mérito, com possibilidade de reversão do direito material. 
correta ⇒ b) existe apenas juízo de delibação. (apenas verificação contra as nossas leis, não entrando no mérito)
c) não existe juízo de mérito ou delibação, mas apenas tramitação burocrática para posterior cumprimento na Justiça Federal. 
d) pode haver anulação dojulgado, se houver violação de direito pátrio. 
2ª Questão A respeito da possibilidade de homologação de decisão arbitral do estrangeiro, marque a correta opção: 
a) Não é possível sua homologação, uma vez que o título executivo é extrajudicial. 
b) Não é possível sua homologação sem anuência prévia das partes. 
correta ⇒ c) Pode ser homologada de acordo com o NCPC. Art. 960, § 3o, NCPC
d) Trata-se de título executivo extrajudicial no Brasil e poder ser homologada.
Semana 13 - Questão discursiva: Joana está muito feliz pois foi informada por seu advogado do transito em julgado de sua sentença. Ela obteve uma sentença condenatória e também declaratória, referente à problemas de cumprimento contratual com Fábio. O réu foi condenado a pagar toda a quantia que lhe devia e ainda foi resolvida uma questão prejudicial que acabou surgindo nos autos após a resposta do réu, que realizou defesa indireta de mérito, suscitando nulidade de cláusulas contratuais referentes justamente ao tempo e modo de pagamento. No entanto, como Joana está cursando graduação em Direito, ficou com dúvida a respeito do conteúdo declaratório da sentença e seus efeitos após o transito em julgado. Seu advogado informou que de fato, apesar da vitória no caso, a coisa julgada só abrangeria o pedido formulado na petição inicial, pois eles não demandaram por ação declaratório incidental quando deveriam, no momento de manifestação sobre a contestação ofertada. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Está correta a orientação do advogado? 
Resposta: Não, segundo o Art. 503, § 1o, NCPC, a questão prejudicial será alcançada pela autoridade da coisa julgada como um todo, desde que sejam observados os incisos I, II e III 
b) No caso acima ocorre coisa julgada material e formal? 
Resposta: Sim, material também estabelece a imutabilidade e indisponibilidade da questão decidida nos autos, não admitindo revisão processual, seja em carácter endoprocessual (dentro) ou panprocessual (fora).
Questões objetivas 1ª Questão Existe coisa julgada material em sede de ação civil pública( Lei 7347/85) 
correta ⇒ a) Sim. Trata-se de ação de conhecimento que poderá ou não ter o direito material apreciado. 
b) Não, pois a coisa julgada aqui no caos procedência teria uma amplitude muito grande. 
c) Sim, mas apenas no caso de improcedência do pedido. 
d) Não, seja com procedência ou improcedência do pedido autoral. 
2ª Questão A coisa julgada é oponível: 
a) em sede de contestação, em matéria preliminar, sob pena de preclusão. 
b) em sede mandado de segurança apenas, pois viola-se direito liquido e certo. 
correta ⇒ c) em todo e qual momento ou fase processual, sendo certo que deve ser alegado na primeira hora em que parte fala nos autos, sob pena de ulterior responsabilização das custas e outros danos processuais.
d) apenas no âmbito dos tribunais, sendo vedada sua alegação em 1a instância,
Semana 14 - Questão discursiva: Marcelo foi réu em ação judicial movida pela Concessionária Auto Novo S.A onde foi proferida sentença de procedência total do pedido autoral. Augusto conseguiu a condenação de Marcelo ao pagamento de R$ 100.000,00 (cem mil reais) por danos materiais sofridos em razão de uma briga generalizada provocada por Marcelo dentro do estabelecimento comercial da parte autora, após negativa de crédito quando o réu tentava adquirir um veículo financiado. Após a sentença, houve recurso de Apelação que apesar de admitido, não teve provimento pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, sendo mantida a sentença de mérito. Não houve mais recurso e ocorreu o transito em julgado e após 2(dois) meses, a Concessionária Auto Novo S.A. iniciou a fase de execução do julgado em face de Marcelo. Neste meio tempo, Marcelo descobre que o juiz do caso é amigo íntimo dos sócios da Concessionária Auto Novo S.A e pergunta a seu advogado se existe alguma possibilidade de se reverter a decisão transitada em julgado e obtém resposta negativa, em razão da formação de coisa julgada material nos termos da lei processual civil em vigor que visa justamente garantir o mínimo de segurança jurídica aos jurisdicionados. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) A coisa julgada material realmente não pode ser atacada no caso concreto ? 
Resposta: Sim, porém em razão de que o fato destacado por Marcelo se caracteriza com a suspeição e não impedimento, artigo 145, NCPC, afastando o artigo 966, II, NCPC.
b) A autoridade da coisa julgada material afeta toda a sentença proferida que não esteja sujeita a recurso . Indaga-se: 
Resposta: Em regra sim, ressalvadas as hipóteses do artigo 966, § 4o, NCPC, que estarão sujeitas a ação anulatória do artigo 502, NCPC.
Questões Objetivas 1ª Questão Não fazem coisa julgada material: 
correta ⇒ a) os motivos e a verdade dos fatos no processo. Art. 504, NCPC
b) a questão incidental, ainda que decidia pelo juiz após contraditório. 
c) os resultados de laudos de provas periciais. 
d) as sentenças que resolvem o direito material. 
2ª Questão A respeito da relativização da coisa julgada no Brasil é correto afirmar que: 
a) Não vigora e não se aplica ao nosso direito teorias de relativização da mesma. 
b) Apenas encontra guarida na ação rescisória do art. 966 do NCPC. 
correta ⇒ c) Pode ocorrer, em caos extremos e pontuais, sob pena de banalização e enfraquecimento da segurança jurídica dos julgados. Art. 5o, XXV, CF/88
d) Pode ser feita por qualquer juiz ou tribunal, a livre distribuição. 
Semana 15 - Questão discursiva: Temístocles ingressou com ação em face da empresa de Telefonia Fone Fácil S.A formulando declaratório de inexistência de relação jurídica combinado com condenação por danos materiais e morais. Segundo o autor, a ré teria realizado inscrição indevida de seu nome no cadastro de inadimplentes em razão de suposta dívida de contas pretéritas de titularidade do autor. Após contestação da ré, o juiz, não havendo mais necessidade de realização de mais provas, resolveu o caso com julgamento antecipado da lide, julgando procedente o pedido autoral e estipulando a indenização total no valor de R$15.000,00 (quinze mil reais), entendo ser este valor suficiente para reparar os danos materiais e morais suscitados e provados nos autos. A decisão transitou em julgado e Temístocles inicia a fase de execução em face da agora executada, Telefonia Fone Fácil S.A. Em diligências internas na empresa, o advogado da Telefonia Fone Fácil S.A descobre que já havia uma decisão judicial transitada em julgado em face de Temístocles, envolvendo os mesmos fatos jurídicos suscitados na ação atual. Indignado, o advogado resolve ingressar com Ação Rescisória. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) É possível Ação Rescisória no presente caso ? 
Resposta:Sim, conforme artigo 966, IV, NCPC, uma vez que existia coisa julgada anterior que deve ser respeitada (protegida pela CF/88).
b) Qual o órgão competente para conhecer e julgar a Ação Rescisória. 
Resposta: Competência originária dos Tribunais, na forma de seus regimentos internos.
Questões Objetivas 1ª Questão São legitimados para ação rescisória: 
a) As partes originárias do processo judicial, com exceção do revel. 
b) As partes originárias do processo judicial, mas não seus eventuais sucessores. 
c) Apenas aquele que saiu derrotado e o terceiro interessado. 
correta ⇒ d) O Ministério Público como parte ou fiscal da lei. Art. 967, NCPC
2ª Questão. O prazo decadencial para propositura de ação rescisória é de: 
correta ⇒ a) 2 anos contados do transito em julgado da ultima decisão proferida no processo. Art. 975, NCPC
b) 5 anos contados sempre da primeira decisão de mérito nos autos. 
c) 2 anos contados da data de interposição de recursos. 
d) 5 anos contados da data da última decisão proferida no processo, salvo se houve prazo decadência menor no Código Civil. 
Semana 16 - Questão discursiva: Em Ação Rescisória propostapor Godofredo em face de Silas houve requerimento de de concessão de tutela provisória, considerando que Godofredo alega que em razão da flagrante nulidade do julgamento anterior ( violação manifesta de norma jurídica objeto de súmula de jurisprudência dominante do STF) e da fase em que se encontra a execução, é possível que seu bem imóvel seja levado à hasta pública, com demasiado perigo de dano irreparável ou mesmo de dificílima reparação. O relator admite a petição inicial e, incontinente, defere o requerimento de Godofredo para suspender a execução até a decisão final da Ação Rescisória. Silas inconformado, afirma que decisão antecipada do relator seria uma violação constitucional do contraditório e da ampla defesa, pelo que não se conformará com a decisão. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) A Ação Rescisória poderia ser admitida no presente caso? 
Resposta: Sim. Do que se depreende da análise do texto, a situação em exame está em consonância com o artigo 966, V, NCPC, e, portanto em um juízo provisório é cabível a ação rescisória.
b) Existe a possibilidade de concessão de tutela provisória em sede de Ação Rescisória. 
Resposta: Sim, conforme dispõe o artigo 969, NCPC
Questões Objetivas 1ª Questão Nos termos do NCPC, cabe ação rescisória: 
a) quando proposta pelo Ministério Público, caso não tenha sido ouvido em processo em que lhe era obrigatória a intervenção, salvo se a sentença de mérito for efeito de colusão das partes. 
b) na hipótese em que se verifique fundamento para invalidar confissão, ainda que nessa não tenha se baseado a sentença, ou quando em erro de fato for fundada a sentença de mérito. 
correta ⇒ c) depois de transitada em julgado a sentença de mérito, o autor obtiver documento novo, cuja existência ignorava, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável. Art. 969, NCPC
d) quando a sentença de mérito for proferida por juiz relativamente incompetente, ou for verificada que foi dada por concussão, prevaricação ou corrupção do juiz. 
2ª Questão A ação rescisória tem natureza de: 
a) conhecimento até sua admissibilidade, depois, cautelar. 
b) cautelar com procedimento especial 
correta ⇒ c) conhecimento com procedimento especial. 
d) conhecimento com decisão meramente declaratória.
Guilherme
 
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Direitos Reais - Civil IV - Casos Concretos Corrigidos
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Direitos Reais - Civil IV - Casos Concretos Corrigidos
por Guilherme » Sex Jun 05, 2015 8:17 pm
Direito Civil IV - Casos Concretos Corrigidos
Fonte: Universidade Estácio de Sá - Campus Menezes Cortês
Caso Concreto 1: Jarbas adquiriu de Jerônimo em julho de 2012 um apartamento localizado na praia de Balneário Camboriu. Após cinco meses morando no imóvel Jarbas foi notificado pelo condomínio para que pagasse as taxas condominiais atrasadas referentes ao período de janeiro de 2011 a junho de 2012. Jarbas contra-notificou o Condomínio afirmando que as taxas condominiais não lhe poderiam ser cobradas, uma vez que à época não era proprietário do imóvel. Pergunta-se: quem tem razão, o Condomínio ou Jarbas? Explique sua resposta e indique nela qual o prazo prescricional para a cobrança dessas taxas.
Resposta: O condomínio tem razão em cobrar de Jarbas, pois trata-se de uma obrigação Propter Rem (acompanha o imóvel), Art. 1345, CC ( O adquirente de unidade responde pelos débitos do alienante, em relação ao condomínio, inclusive multas e juros moratórios). O prazo prescricional é de 5 anos.
Objetiva 1: Sobre direitos reais e direitos obrigacionais é correto afirmar que:
a. A expressão Direitos Reais é mais abrangente do que a expressão Direito das Coisas e, por isso, aquela é a expressão adotada pelo Código Civil.
b. Tanto os direitos reais quanto os direitos obrigacionais são direitos subjetivos não patrimoniais e, por isso, o objeto de suas relações jurídicas são de natureza econômica.
c. Os direitos obrigacionais são absolutos, ou seja, impõem-se erga omnes; enquanto os direitos reais são relativas e impõem-se inter partes.
correta ⇒ d. Os direitos reais são numerus clausus, sendo vedada a criação de tipos inominados. Os direitos obrigacionais são numerus apertus, podendo a autonomia privada criar tipos inominados. Arts 1225 e 425, CC
e. Os direitos obrigacionais se extinguem com o perecimento da coisa. Os direitos reais permanecem, ainda que o objeto da prestação tenha deixado de existir.
Objetiva 2: Sobre as obrigações propter rem é correto afirmar que:
a. São obrigações que constituem verdadeiros direitos reais, uma vez que existem em função da existência desses. Portanto, o titular do direito real, será o titular da obrigação propter rem.
correta ⇒ b. São obrigações de natureza ambulatória, o que significa afirmar que a titularidade acompanha sempre o direito real, como é o caso da taxa condominial. Art. 1345, CC
c. Ocorrendo a transferência da coisa sobre a qual incide uma obrigação propter rem esta estará automaticamente extinta.
d. Renúncia ao direito real libera sempre o renunciante da obrigação propter rem.
e. Para a caracterização da obrigação propter rem importa identificar quem era o seu titular à época do fato gerador.
Caso Concreto 2: João, José e Júlio são compossuidores de uma chácara indivisa localizada na Região Metropolitana de Curitiba. No entanto, em outubro de 2011 João, sem consultar os demais possuidores resolveu cercar uma fração ideal da propriedade, declarando a área como exclusivamente sua. José e Júlio insurgiram-se contra a turbação e solicitaram a retirada da cerca.
a) Classifique a posse de João sobre a área cercada e explique as classificações escolhidas.
Resposta: A posse de João é direta, injusta e de má-fé.
b) José e Júlio podem ser considerados compossuidores para fins de defesa da área comum pro indiviso? Justifique sua resposta.
Resposta: Sim, composse é a posse compartilhada dos três, assim nenhum deles tem a posse do todo, com base no artigo 1199, cc.
Objetiva 2-1: Sobre as teorias subjetivista, objetivista e eclética da posse é correto afirmar que:
a. A teoria objetivista foi desenvolvida Savigny por e afirma que a posse é um poder de fato sobre a coisa, ou seja, a posse implica a possibilidade de alguém dispor fisicamente de uma coisa (corpus) com intenção de considerá-la sua (animus). Savigny desenvolveu a teoria subjetivista
b. A teoria subjetivista foi desenvolvida por Ihering e afirma que a posse consiste no exercício de algum dos direitos inerentes à propriedade, independente da intenção do possuidor. É, portanto, uma forma de exteriorização da propriedade. Ibehing desenvolveu a teoria objetivista
c. A teoria eclética foi desenvolvida por Saleilles que afirma que a posse contém os elementos corpus e animus, sendo a natureza da coisa ou sua apropriação econômica irrelevantes para determiná-la. Erro: Apropriação econômica é relevante sim.
d. Antes dos estudos de Savigny o animus domni era considerado elemento integrante da posse pela maioria da doutrina.Tinha que ter animus e corpus
correta ⇒ e. O Código Civil consagra a teoria objetivista, embora em alguns artigos se possam notar algumas concessões à teoria subjetivista presentes nos arts. 1238 e 1260.
Objetiva 2-2: Sobre a classificação da posse, pode-se afirmar que:
a. No usufruto a posse direta é exercida pelo nu-proprietário. Tem a posse indireta
b. O adquirente de imóvel não gravado não pode exercer todos os poderes inerentes ao domínio uma vez que sua posse não pode ser considerada plena. Tem posse plena sim
correta ⇒ c. Posse clandestina é a que se obtém sem o conhecimento do possuidor e sorrateiramente e às escondidas.
d. Posse precária é a que se adquire com a recusa da restituição da coisa, quando esta é entregue para posterior devolução. Trata-se de posse em que o vício se caracteriza no momento de sua aquisição.
e. A posse de boa-fé não pode em nenhuma circunstância ser convertida emposse de má-fé.
Caso Concreto 3: Carla e Josefina tinham entre si um contrato de comodato verbal, pelo qual a primeira emprestou à segunda uma casa localizada na Rua da Paz, por prazo indeterminado. Após cinco anos de vigência do contrato, Josefina foi notificada para sua desocupação em trinta dias, Vencido o prazo a comodatária não deixou o imóvel alegando que: o comodato não aceita resilição unilateral e tem direito de retenção porque no imóvel construiu (antes mesmo da notificação para devolução) uma garagem e uma piscina para utilizar nos finais de semana e que ambos lhe geram também direito à indenização. Diante dessa situação pergunta-se: a) Pode o comodante pedir a restituição do bem concedendo prazo ao comodatário para sua desocupação? Explique sua resposta. 
Resposta: Pode pedir sim, mas considerando que o contrato verbal é, portanto por prazo indeterminado, a solicitação deve ser motivada, e deve ser concedido um prazo de pelo menos 30 dias para a desocupação .
b) Josefina tem direito à indenização e a retenção pelas obras realizadas? Justifique sua resposta.
Resposta: Josefina tem direito a indenização pela garagem e de negociar o valor relativo a construção da piscina ou “levanta-la” se for possível ou viável.
Objetiva 3: (SEFAZ RJ 2010) Com relação aos efeitos da posse, analise as afirmativas a seguir.
correta ⇒ I. O reivindicante, obrigado a indenizar as benfeitorias ao possuidor de má-fé, tem o direito de optar entre o seu valor atual e o seu custo. Art 1222, cc
II. O possuidor de má-fé sempre responde pela perda ou deterioração da coisa. Art 1218, cc - Se provar que de igual modo se teriam dado, estndo na posse do reivindicante, não responde. 
correta ⇒ III. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por sua culpa deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu a má-fé, mas terá direito às despesas de produção e custeio. Art. 1216,cc Assinale:
a. se somente a afirmativa I estiver correta.
b. se somente a afirmativa II estiver correta.
correta ⇒ c. se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d. se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e. se todas as afirmativas estiverem corretas. 
Objetiva 3: Sobre os efeitos da posse assinale a alternativa correta:
correta ⇒ a. O possuidor de boa-fé somente responde pela perda total ou parcial da coisa quando culpado pela ocorrência. Art. 1217
b. O possuidor de má-fé tem direito à indenização exclusivamente das benfeitorias necessárias.
c. O possuidor de boa-fé tem direito de retenção das benfeitorias necessárias.
d. Havendo acessão durante o período de posse poderá o possuidor pleitear a respectiva indenização do proprietário.
e. Havendo avulsão poderá o possuidor pleitear a respectiva indenização do possuidor indireto.
Caso Concreto 4: Lucas preparando-se para uma viagem de um mês solicitou ao seu amigo José Carlos que guardasse durante esse período alguns pertences seus, a fim de evitar que fossem perdidos em eventual furto à sua residência. Entre os pertences entregues a José Carlos estavam: um automóvel, uma bicicleta, um computador e um tablet. José Carlos receberá pela guarda dos bens durante o mês da viagem o equivalente a R$ 200,00 (duzentos reais). Enquanto Lucas estava viajando sua irmã procurou José Carlos exigindo que lhe entregasse o computador, pois seria seu. José Carlos afirmou ser impossível a entrega, pois nada tinha lhe sido comunicado por Lucas. Priscila agrediu José Carlos física e verbalmente tentando fazer com que lhe entregasse o computador. Pergunta-se: pode José Carlos fazer uso da autodefesa dos bens? Explique sua resposta.
Resposta: José Carlos poderia sim fazer a autodefesa dos bens, pois conforma Art. 1210, CC, o possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse.
Objetiva 4 - 1: (TJPR 2010) A legislação estabelece os modos de aquisição e perda da propriedade, cujo instituto é considerado o mais amplo dos direitos reais, o mais completo dos direitos subjetivos, vez que a grande maioria dos conflitos de interesses envolve disputas de natureza patrimonial. Considerando a matéria acerca do instituto, avalie as seguintes assertivas e escolha a alternativa CORRETA:
I. A perda da propriedade imóvel pela renúncia se opera desde logo por qualquer modo expresso que indique a vontade do renunciante.
correta ⇒ II. A propriedade imóvel se realiza independentemente de ato translativo do possuidor precedente, se a aquisição não se der pelo modo derivado.
III. Se não houver entendimento entre os donos de coisas confundidas, misturadas, ou adjuntadas, o resultado do todo será dividido proporcionalmente entre eles, exceto se uma das coisas for a principal, hipótese em que o dono desta sê-lo-á do todo, desde que indenizado pelos demais.
correta ⇒ IV. A propriedade é em certa medida um direito ilimitado e por natureza irrevogável. Contudo, o princípio da irrevogabilidade comporta exceções. A ordem jurídica admite situações nas quais a propriedade torna-se temporária, hipótese em que uma vez implementada a condição resolve-se a propriedade, resolvendo também os direitos reais concedidos na sua pendência.
a. Apenas as assertivas II e III estão corretas. 
correta ⇒ b. Apenas as assertivas II e IV estão corretas.
c. Apenas a assertiva IV está correta. d. Todas as assertivas estão corretas
Objetiva 4 - 2: Sobre os modos de aquisição e perda da posse, pode-se afirmar que:
correta ⇒ a. Como se sabe, posse é fato e não direito, por isso, o modo de aquisição não influência na caracterização da posse, nem tampouco na proteção possessória. Os modos de aquisição são importantes para a definição do momento em que se iniciou a posse.
b. Se a coisa alienada, móvel ou imóvel, permanece em poder do alienante ou de terceiro as partes não podem se valer da cláusula constituti, para efeitos de transmissão da posse.
c. Atos de mera permissão ou tolerância podem induzir a posse, por exemplo, aquele que recebe um código para consultar um artigo está em relação de dependência com o proprietário do livro.
d. Quem encontra coisa abandonada e sem dono e a mantém sob seu poder de fato não adquire a propriedade.
e. Desaparecendo a coisa móvel não desaparece com ela a posse.
Caso Concreto 5: Afirmam Eroulths Cortiano Junior e Jussara Maria Leal de Meirelles (2007, p. 27) que a propriedade não é, assim, uma qualidade do homem, mas uma necessidade! Ora, se todas as coisas são objeto de um direito de propriedade, todas as coisas têm um proprietário. E até mesmo as eventuais contradições do sistema são resolvidas de maneira simples?. Pergunta-se:
a) Se todas as coisas têm dono, como explicar a res nullius? Explique sua resposta e nela conceitue res nullius. 
Resposta: Res Nullius é coisa sem dono. Afirmam os autores citados que como cada um tem a prerrogativa de apropriar-se dos objetos por ocupação, a situação da res nullius não é mais do que transitória, está apenas à espera de ser apropriada, o que por sinal, seria uma vocação natural da coisa, justificado estaria assim o aparente paradoxo presente no Código Civil.
b) O clássico conceito de propriedade atende as demandas modernas? Explique sua resposta.
Resposta: Afirmam alguns autores que um direito patrimonial destinado a regular o acesso e a utilização das coisas faz do mundo que nos rodeia um lugar fechado que se partilha entre proprietários. Então, classicamente, a noção de propriedade aparece atravessando todo nosso universo para manifestar um poder infindável do homem sobre as coisas. Então, está o Direito Civil paradoxalmente contribuindo para a mercadorização do homem, instituindo sua personalização, criando a figura do sujeito de direito, com capacidade ilimitada de apropriação de objetos. Dessa, forma, o processo de reificação das relações pessoais, em que o sujeito de direito é livre e somenteo indivíduo concreto é obrigado, compreende-se como ao homem é dada a possibilidade de ceder-se como coisa através de um contrato, por isso, nas atuais relações (em especial as originadas da Biotecnologia) o conceito clássico de propriedade já não mais atende às novas demandas e permite a reificação do ser humano.
c) A função social pode ser considerada elemento estrutural do direito de propriedade? Justifique sua resposta.
Resposta: Afirma Paulo Nader que ao efetivar a função social da propriedade, o legislador, ao mesmo tempo que estabelece mecanismos de conversão da posse em domínio, seja com a multiplicação das modalidades de usucapião ou com a chamada posse-trabalho, que é desapropriação indireta, penaliza a não utilização ou subutilização da coisa de variados modos, como a indenização, por exemplo, com títulos da dívida pública. Além disto, há diversas formas de intervenção na propriedade privada. Então, a função social deve ser considerada elemento estrutural do direito de propriedade., contemplada expressamente como direito fundamental na Constituição Federal e implicitamente no art. 1.228, CC, como cláusula geral. 
Objetiva 5 - 1: (DPE SE 2012) Com relação ao direito de propriedade, direito real por meio do qual o proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa e o direito de reavê-la do poder de quem injustamente a possua ou detenha, assinale a opção correta.
a. A lei admite a intervenção na propriedade, por meio da desapropriação, sempre que o agente público entendê-la conveniente e necessária aos interesses da administração pública, tendo, nesse caso, o proprietário direito a justa indenização.
b. Presume-se, até que se prove o contrário, que as construções ou plantações existentes na propriedade sejam feitas pelo proprietário e às suas expensas. Entretanto, aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio, ainda que tenha procedido de boa-fé, perde, em proveito do proprietário, as sementes, plantas e construções.
correta ⇒ c. Caso o invasor de solo alheio esteja de boa-fé e a área invadida exceda a vigésima parte do solo invadido, o invasor poderá adquirir a propriedade da parte invadida, mas deverá responder por perdas e danos, abrangendo os limites dos danos tanto o valor que a invasão acrescer à construção quanto o da área perdida e o da desvalorização da área remanescente.
d. Uma das formas de aquisição da propriedade de bens móveis ocorre por intermédio da usucapião: segundo o Código Civil brasileiro em vigor, aquele que possuir, de boa-fé, coisa alheia móvel como sua, de forma justa, pacífica, contínua e inconteste, durante cinco anos ininterruptos, adquirir-lhe-á a propriedade.
e. A propriedade do solo abrange também a do espaço aéreo e subsolo correspondentes, incluindo-se as jazidas, minas e demais recursos minerais, bem como os potenciais de energia hidráulica, mas não os monumentos arqueológicos, os rios e lagos fronteiriços e os que banham mais de uma unidade federativa.
Objetiva 5 - 2: (PGM PB 2012) O Código Civil brasileiro considera fiduciária a:
correta ⇒ a. propriedade resolúvel de coisa móvel infungível que o devedor, com escopo de garantia, transfere ao credor.
b. propriedade resolúvel de coisa imóvel que o devedor transfere ao credor visando fornecer espécie de garantia real.
c. propriedade resolúvel de coisa móvel fungível que o devedor, sem escopo de garantia, transfere ao credor.
d. posse precária de coisa imóvel que o devedor transfere ao credor visando fornecer espécie de garantia real.
e. posse precária de coisa móvel fungível que o devedor, com escopo de garantia, transfere ao credor.
Caso Concreto 6: Júlio é proprietário de um terreno cujos limites são demarcados por um pequeno córrego. Em setembro de 2011 obras da Prefeitura Municipal provocaram alteração permanente do curso natural das águas o que promoveu a seca definitiva do leito do córrego. Júlio, curioso por natureza, procura seu escritório, conta-lhe os fatos e lhe pergunta a quem pertencerá o leito do córrego seco: à Prefeitura ou pode incorporar ao seu terreno? Responda fundamentadamente a pergunta.
Resposta: Trata a hipótese de álveo abandonado, uma vez que o curso das águas foi alterado pelo Poder Público. Portanto, pertencerá ao expropriante Júlio a fração de terra (meio do álveo) correspondente ao álveo abandonado (ou alveus derelictus), conforme art. 1212, CC
Objetiva 6 - 1: Sobre a aquisição da propriedade imobiliária, pode-se afirmar que:
a. O usucapião e a acessão são exemplos de aquisição derivada.
b. Na aquisição originária o adquirente assume o domínio em lugar do transmitente e nas condições em que a propriedade se encontrava.
correta ⇒ c. Via de regra a aquisição imobiliária se opera pela transcrição do título em cartório do registro público e a mobiliária se faz pela tradição.
d. Na aquisição a título universal adquire-se um bem ou um conjunto individualizado de bens, mas não a totalidade do Patrimônio. Já na aquisição a título singular o objeto da aquisição é formado pela integralidade de um patrimônio.
e. Na transmissão de um fundo mercantil ou compra de uma herança a aquisição se dá a título universal.
Objetiva 6 - 2: (MPE SP 2012) A Lei de Registros Públicos (Lei no 6.015/73) estabelece que, apresentado o título ao registro imobiliário, o oficial, havendo exigência a ser satisfeita, a indicará por escrito. O apresentante do título, não se conformando com a exigência do oficial ou não a podendo satisfazer, requererá que o oficial suscite a dúvida imobiliária para o juiz dirimi-la, obedecendo-se o seguinte:
correta ⇒ I. No Protocolo, anotará o oficial, à margem da prenotação, a ocorrência da dúvida.
II. O oficial dará ciência dos termos da dúvida ao apresentante, fornecendo-lhe cópia da suscitação e notificando-o para impugná-la no próprio cartório de registro de imóveis, no prazo de 15 (quinze) dias, remetendo-se, em seguida, os autos ao juiz.
correta ⇒ III. Impugnada a dúvida com os documentos que o interessado apresentar, será ouvido o Ministério Público, no prazo de 10 (dez) dias.
IV. Da sentença, poderão interpor apelação, com os efeitos devolutivo e suspensivo, o oficial do cartório de registro, o interessado, o Ministério Público e o terceiro prejudicado.
correta ⇒ V. Transitada em julgado a decisão da dúvida, se for julgada procedente, os documentos serão devolvidos ao apresentante, dando-se ciência da decisão ao oficial, para que a consigne no Protocolo e cancele a Prenotação; se for julgada improcedente, o interessado apresentará, de novo, o título, com o respectivo mandado judicial, para que o oficial proceda ao registro anteriormente negado.
Está correto o que se afirma APENAS em :
a. II, IV e V.; b. I, III, IV e V. c. I, II e III. correta ⇒ d. I, III e V. e. III, IV e V.
Caso Concreto 7: (MPE AL 2012 adaptada) Manoel casou-se com Joaquina no ano de 2004 e teve com ela dois filhos, Pedro e Luana. O casal adquiriu um pequeno imóvel no bairro de Pitanguinha na cidade de Maceió, com 200 metros de área construída e nele passaram a residir. Além do imóvel, o casal adquiriu dois veículos durante o trâmite da relação conjugal e ambos não possuem outros bens imóveis. Joaquina passou a manter um relacionamento extraconjugal com um companheiro de trabalho e abandonou o marido Manoel no início do ano de 2012, mudando-se para o bairro do Farol, em Maceió. Manoel passou, então, a exercer sem oposição a posse direta com exclusividade sobre o imóvel de propriedade do casal no bairro de Pitanguinha, utilizando-o para sua moradia, bem como de seus filhos Pedro e Luana.
Pergunta-se: poderá Manoel adquirir o direito integral desse imóvel? Em caso afirmativo, por quanto tempo teria que exercer a posse sobre o bem? Explique suas respostas.
Resposta: Manoel poderá adquirir o domínio integral deste imóvel desde que sua posse seja exercida sem oposição de Joaquina e com exclusividade por um prazo mínimo ininterrupto de 02 anos conforme art. 1240-A, CC (usucapião familiar).
Objetiva 7 - 1: (MPE SP 2010) Assinalea alternativa correta:
a. Na usucapião urbana individual, prevista na Lei nº 10.257/01 (Estatuto da Cidade), não é possível levar-se a efeito aquisição de terreno inferior ao mínimo módulo urbano.
b. A usucapião rural consagrada no artigo 1.239 do Código Civil, que exige a chamada posse trabalho/moradia, não reclama animus domini da parte usucapiente.
c. A usucapião coletiva pode ter como objeto áreas particulares e públicas.
d. Os bens dominicais, à luz do novo Código Civil Brasileiro, podem ser usucapidos.
correta ⇒ e. Na usucapião coletiva, prevista na Lei nº 10.257/01 (Estatuto da Cidade), como regra geral, a cada possuidor será atribuída, por decisão judicial, igual fração ideal de terreno.
Objetiva 7 - 2: (MPE ES 2010) Com relação à usucapião da propriedade imóvel, assinale a opção correta.
a. Se um condômino ocupar área comum, como se sua fosse, e sem qualquer oposição, a duradoura inércia do condomínio, aliada ao prazo legal, poderá provocar a usucapião.
b. Diferentemente do que ocorre com a usucapião ordinária, o prazo para a aquisição de propriedade por usucapião extraordinária é igual ao prazo para a posse simples e qualificada.
c. O justo título que enseja a aquisição da propriedade por usucapião é aquele que foi levado a registro pelo possuidor.
d. De acordo com a jurisprudência dominante, não é possível usucapião voluntária de bem de família.
correta ⇒ e. Se determinado condomínio for pro indiviso e a posse recair sobre a integralidade do imóvel, é possível que um dos condôminos usucape contra os demais comproprietários.
Caso Concreto 8: Mário, contumaz receptador de veículos furtados, adquiriu um veículo Gol em fevereiro de 2003, alterando-lhe a placa e o chassi. Desde então, Mário vem utilizando contínua e ininterruptamente o veículo. No entanto, em maio de 2013 Mário foi parado em uma blitz que apreendeu o veículo, mesmo tendo este afirmado que como já estava na posse do bem há mais de dez anos, tinha lhe adquirido a propriedade por usucapião. Pergunta-se: bens furtados ou roubados podem ser objeto de usucapião por pessoa que conhece sua origem? Justifique sua resposta.
Resposta: Mário poderá adquirir a propriedade do veículo por meio de usucapião, ainda que conheça a origem ilícita do objeto e desde que preenchidos os requisitos dos arts. 1260 a 1264, CC
Objetiva 8 - 1: Sobre os modos de aquisição da propriedade mobiliária, pode-se afirmar que:
a. O pedreiro que realizando uma obra em terreno alheio encontra um baú de joias não terá direito a pleitear a divisão com o dono do terreno.
b. Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e incontestadamente, durante dois anos, com justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a propriedade por usucapião.
correta ⇒ c. Haverá especificação nos casos de escultura em relação à pedra nela utilizada, por isso, a espécie nova surgida será de propriedade do escultor. (art. 1269, CC)
d. O biodiesel é forma de comistão uma vez que tem origem da mistura de coisas líquidas em que não é possível a separação.
e. Quem quer que ache coisa alheia perdida res perdita deverá restituí-la ao seu dono ou legítimo possuidor, não podendo pela devolução exigir qualquer forma de recompensa.
Objetiva 8 - 2: Sobre a descoberta e ocupação, é correto afirmar que:
a. A apropriação de uma coisa sem dono (res nullius) constitui um negócio jurídico uma vez que resulta da intenção de assenhorar-se do bem.
correta ⇒ b. Para efetivar-se a ocupação é essencial a apreensão da coisa com as próprias mãos. (art. 1263, CC)
c. A coisa perdida é suscetível de ocupação.
d. O tesouro pode ser considerado na legislação brasileira uma forma de ocupação uma vez que pode ser caracterizado como res nullius ou res derelicta.
e. O usufrutuário não terá direito à parte do tesouro encontrado por outrem, quando o usufruto recair sobre universalidade ou quota-parte de bens.
Caso Concreto 9: Uma confecção de São Paulo encomendou a uma outra empresa a confecção de diversas etiquetas para serem acrescentadas aos seus produtos. Quanto às etiquetas, após costuradas nos produtos, pode-se afirmar que houve o fenômeno da adjunção ou da especificação? Justifique sua resposta.
Resposta: A adjunção é a reunião de duas coisas, pertencentes a diferentes donos, em um só todo, pois cada uma dessas coisas forma uma parte distinta e reconhecível. Portanto, é possível afirmar que houve adjunção na hipótese analisada, conforme art. 1274, CC.
Objetiva 9 - 1: Sobre as causas de perda da propriedade, pode-se afirmar que:
a. O abandono que dá origem à res derelicta não autoriza a perda da propriedade móvel ou imóvel.
b. A desapropriação é forma de perda da propriedade e só pode ter fundamento necessidade e interesse público.
c. A renúncia à propriedade é considerada negócio jurídico bilateral pelo qual o titular expressa a vontade de excluir a coisa de seu patrimônio, gerando efeitos independente do registro do ato renunciativo, ainda que o bem seja imóvel.
d. A desapropriação indireta não pode ser considerada forma de esbulho possessório, uma vez que o Poder Público não se sujeita aos interditos.
correta ⇒ e. Não há direito sem objeto, portanto, perecendo a coisa móvel ou imóvel extinta estará a respectiva propriedade. (art. 1275, IV, CC).
Objetiva 9 - 2: Sobre a desapropriação é correto afirmar que:
a. A desapropriação é uma das formas de perda voluntária do domínio para atender necessidade ou utilidade pública ou interesse social.
correta ⇒ b. Todos os bens móveis ou imóveis, corpóreos ou incorpóreos, podem ser objeto de desapropriação. No entanto, os direitos de personalidade não são passíveis de desapropriação.
c. O desapropriado não terá direito de preferência caso a Administração Pública desista de dar finalidade pública prevista no ato desapropriatório.
d. Utilidade pública possui a conotação de urgência, algo indispensável para suprir carências. Necessidade é a qualidade do que acrescenta, dá funcionalidade, mas não se revela imprescindível.
e. O apossamento administrativo é considerada prática lícita e admitida pelo ordenamento brasileiro.
Caso Concreto 10: Sônia e Heloisa são vizinhas há alguns anos. No entanto, Sônia tem reclamado constantemente à Heloisa de grimpas e galhos que caem da araucária localizada no terreno de Heloisa, em dias de chuvas ou vendavais. Sônia solicita a remoção da árvore, mas recebe de Heloisa a informação de que a árvore é protegida por lei municipal de Curitiba e que nada pode fazer a respeito. Sônia, inconformada com a resposta, acreditando estar havendo mau uso da propriedade, procura seu escritório e pergunta: quem tem razão? Explique sua resposta.
Resposta: Embora a lei municipal vede a remoção de araucárias na cidade, a vedação não é absoluta. No entanto, não havendo comprovação de prejuízos e sendo negativos os laudos de bombeiros, IBAMA e Secretaria do Meio Ambiente a árvore não poderá ser removida, devendo Sônia conviver com a sujeira, vez que se trata de árvore em extinção. A queda de galhos e grimpas quando ocorre em situações excepcionais não caracteriza mau uso da propriedade a ponto de autorizar a derrubada de árvores
Objetiva 10 - 1: (TJPE 2013) O direito de superfície é concedido a outrem pelo:
a. proprietário, por escritura pública registrada no Cartório de Registro de Imóveis, sempre outorgando àquele o direito de executar obras no subsolo.
b. proprietário, em decorrência de contrato de locação e de comodato, quando autorizadas construções ou plantações, devendo o instrumento ser registrado no Cartório de Registro de Imóveis.
c. proprietário ou possuidor, caracterizado pelo direito de construir ou de plantar em terreno do concedente, por tempo determinado, mediante escritura pública devidamente registrada no Cartório de Registro de Imóveis.
correta ⇒ d. proprietário, caracterizado pelo direito de construir ou de plantar em terreno do concedente, por tempo determinado, mediante escritura pública devidamente registrada no Cartório de Registro de Imóveis. (Arts. 1253 e ss., CC)
e. proprietário, porescritura pública ou escrito particular, conferindo àquele o direito de construir ou de plantar em terreno do concedente, por prazo determinado ou indeterminado, e independentemente do registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Objetiva 10 - 2: (DPE PI 2009) Norma alugou um apartamento no primeiro andar de um prédio e, dois dias após sua mudança, sentiu-se incomodada por ruído excessivo. Apurou o fato e descobriu que o ruído advinha de um assoalho de madeira instalado em apartamento do terceiro andar. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.
a. Norma deve procurar a locadora, para que esta proponha a ação cabível, já que detém apenas a posse do bem e esta é uma questão de vizinhança.
correta ⇒ b. A ação cabível deve versar sobre direito de vizinhança, sendo que a responsabilidade pelo distúrbio deve ser apurada sob o critério objetivo. (Art 1277, CC)
c. Não existe, nessa hipótese, típica situação que envolva direito de vizinhança, até porque os andares do prédio não são confinantes.
d. O barulho que incomoda Norma, na verdade, constitui um ato ilícito que desencadeia responsabilidade civil, independentemente da aplicação das regras do direito de vizinhança.
e. A hipótese deve ser tratada sob o crivo do direito de vizinhança, contudo, apurado que quem construiu o assoalho foi o antigo proprietário do apartamento, este deve responder pelo caso.
Caso Concreto 11: (MPE AL 2012 adaptada) Ricardo, Pedro, José, Maurício e Douglas são proprietários de um imóvel residencial indivisível, situado em bairro nobre de São Paulo, avaliado em aproximadamente R$ 2.000.000,00. Ricardo e Pedro querem vender o imóvel e desfazer o condomínio. Thalula, empresária, se interessa pelo imóvel e oferece aos condôminos a quantia de R$ 2.100.000,00. Contudo, José, Maurício e Douglas pretendem exercer o direito de preferência assegurado por lei, igualando a oferta de Thalula. Neste caso, entre estes condôminos, a preferência para aquisição do imóvel será primeiramente conferida quem? Explique sua resposta.
Resposta: O direito de preferência deverá ser conferido àquele que tiver as benfeitorias mais valiosas de acordo com o art. 504, CC.
Objetiva 11 - 1: (PC GO 2008) Na tutela dos direitos reais, distingue-se a proteção à posse daquela conferida especificamente ao domínio. Entretanto, admite o ordenamento jurídico brasileiro a tutela daquela com fundamento neste. Assim, considerando-se a disputa da posse com base no domínio, é CORRETO no direito brasileiro:
a. Não se deve julgar a posse em favor daquele a quem evidentemente não pertencer o domínio, em razão de dispositivo expresso de lei.
b. Não provado o domínio por qualquer das partes, não há que se aplicar, em caráter absoluto, o favor do domínio evidente.
c. A ação em que o autor pleiteia a posse fundada no domínio tem natureza possessória em razão do pedido.
correta ⇒ d. O pleito de posse fundado no domínio tem natureza petitória em razão da causa de pedir, além do pedido. 
Objetiva 11 - 2: (TJAL 2008) Silvana, Teresa e Sandra adquiriram uma casa em região praiana com o objetivo de lá se hospedarem em finais de semana, férias e feriados, exceto no período de março a agosto, em que nenhuma das três utilizará a casa. Diante dessa situação, assinale a opção correta.
a. Se ficar acordado que Silvana passará as férias de janeiro na casa, não é preciso autorização das demais condôminas para que ela empreste a casa a uma amiga naquele período.
b. Considerando que nenhuma das três utilize a casa no período de março a agosto, se Teresa resolver alugá-la temporariamente a uma clínica de estética, cujo imóvel esteja em reforma, nada obstará esse comportamento, desde que o lucro obtido seja repartido entre as três condôminas.
c. A situação descrita na situação hipotética é exemplo de elisão do princípio da exclusividade que se dirige ao domínio, dado o estado de indivisão do bem entre as três condôminas.
d. Se Silvana possuir o maior quinhão, terá preferência legal na administração do imóvel.
correta ⇒ e. Caso Sandra contraia dívida em proveito do condomínio durante sua estada no imóvel, só ela ficará obrigada ao pagamento diante do terceiro. (Art 1318,CC)
Caso Concreto 12: (OAB V 2011 adaptada) Durante assembleia realizada em condomínio edilício residencial, que conta com um apartamento por andar, Giovana, nova proprietária do apartamento situado no andar térreo, solicitou explicações sobre a cobrança condominial, por ter verificado que o valor dela cobrado era superior àquele exigido dos demais condôminos. O síndico prontamente esclareceu que a cobrança a ela dirigida é realmente superior à cobrança das demais unidades, tendo em vista que o apartamento de Giovana tem acesso exclusivo, por meio de uma porta situada em sua área de serviço, a um pequeno pátio localizado nos fundos do condomínio, conforme consta nas configurações originais do edifício devidamente registradas. Desse modo, segundo afirmado pelo síndico, podendo Giovana usar o pátio com exclusividade, apesar de constituir área comum do condomínio, caberia a ela arcar com as respectivas despesas de manutenção. Em relação à situação apresentada está correta a cobrança apresentada à Giovana? Justifique sua resposta.
Resposta: As despesas poderão ser cobradas de Giovana uma vez que ela possui uso exclusivo, conforme art. 1340, CC.
Ver Art. 1340, CC
Objetiva 12 - 1: (PGM PB 2012) Os moradores do Condomínio de apartamentos ?Pássaros Raros? localizado no Município de João Pessoa, pretendem construir no interior do Condomínio uma fonte de água, de grande porte e adequada iluminação visando o embelezamento do hall social. Segundo o Código Civil brasileiro, a realização desta obra:
a. pode ser realizada independentemente de autorização dos condôminos.
b. depende de voto de um terço dos condôminos.
c. depende de voto da totalidade dos condôminos.
correta ⇒ d. depende de voto de dois terços dos condôminos. (Art. 1341, CC)
e. só dependerá de voto dos condôminos se alterar a fachada do condomínio.
Objetiva 12 - 2:(TJSP 2008) Em relação ao condomínio edilício, assinale a alternativa correta.
a. O condômino pode dar à sua fração ideal destinação outra que não a destinação do condomínio, por sua condição de proprietário.
b. O proprietário ou titular de direito à aquisição de unidade poderá fazer obra que modifique a fachada do prédio, na dependência de obtenção de aquiescência de um terço dos votos dos condôminos.
c. A participação e voto nas deliberações dos condôminos nas assembleias nunca dependem de estarem quites quanto ao pagamento dos encargos a que estão sujeitos.
correta ⇒ d. As despesas originadas pelo condomínio edilício, a serem suportadas pelos condôminos, não devem ser consideradas relações de consumo, não se aplicando, portanto, as regras do Código de Defesa do Consumidor.
Caso Concreto 13: (OAB 2011 adaptada) Noêmia, proprietária de uma casa litorânea, regularmente constituiu usufruto sobre o aludido imóvel em favor de Luísa, mantendo, contudo, a sua propriedade. Inesperadamente, sobreveio uma severa ressaca marítima, que destruiu por completo o imóvel. Ciente do ocorrido, Noêmia decidiu reconstruir integralmente a casa às suas expensas, tendo em vista que o imóvel não se encontrava segurado. Noêmia poderá cobrar as benfeitorias de Luísa? Justifique sua resposta.
Resposta: Noêmia não poderá cobrar as benfeitorias da usufrutuária Luísa uma vez que a destruição da propriedade (sem culpa do proprietário) e a sua reconstrução exclusivamente às expensas do proprietário gerou a extinção do usufruto, consolidando-se a propriedade em favor de Noêmia, conforme art. 1.408, CC.
Objetiva 13 - 1: (TJRO 2012) Assinale a alternativa correta:
correta ⇒ a. O usufrutuário pode alugar o imóvel sob o qual detém o usufruto, e a renda deste obtida reverte em seu favor. (Art. 1394, CC)
b. O bem gravado com usufruto não pode ser alienado.
c. O usufruto não pode ser estipulado por tempo determinado.
d. Direito a usufruto e direito real de habitação são o mesmoinstituto.
Objetiva 13 - 2: (CEDAE RJ 2012) Caio, com justo título e boa-fé, pretende registrar determinada servidão imobiliária, aduzindo exercício incontestado e contínuo. Para que seja reconhecido o seu direito, o prazo para o exercício, segundo as regas do Código Civil, será de:
a. vinte anos
b. trinta anos
c. cinco anos
correta ⇒ d. dez anos (Art. 1370, CC)
e. quinze anos
Caso Concreto 14: (Analista de Promotoria VUNESP 2010 adaptada) João, pretendo alienar seu imóvel rural a seu vizinho José, firma contrato de compromisso de compra e venda com este. Por ocasião da transmissão da posse, José exige de João, além da entrega relacionada ao imóvel, um trator e equipamentos de utilização na lavoura, que João mantinha no local. Diante dos fatos narrados, deverá João realizar a entrega? Fundamente sua resposta.
Resposta: João não precisa entregar o trator e os demais, uma vez que, considerados pertenças estas, so seguem o principal havendo previsão expressa. 
Objetiva 14 - 1: (IAPJM Advogado 2010) Quanto aos efeitos dos direitos reais de garantia, assinale a opção correta.
a. No direito brasileiro, vigora a regra de que o crédito real prefere ao pessoal, salvo se este gozar de privilégio.
b. O credor de uma segunda hipoteca efetuada sobre determinado imóvel perderá a garantia do bem hipotecado.
c. Ainda que não convencionado, o pagamento parcial de uma dívida importará a liberação de garantia na proporção do pagamento efetuado.
d. Os herdeiros do devedor pignoratício poderão remir parcialmente o penhor, na proporção de seus quinhões.
correta ⇒ e. O credor tem o direito de penhorar o imóvel afetado ao pagamento da dívida de quem quer que o detenha.
Objetiva 14 - 2: (OAB II 2010) Por meio de uma promessa de compra e venda, celebrada por instrumento particular registrada no cartório de Registro de Imóveis e na qual não se pactuou arrependimento, Juvenal foi residir no imóvel objeto do contrato e, quando quitou o pagamento, deparou- se com a recusa do promitente-vendedor em outorgar-lhe a escritura definitiva do imóvel. Diante do impasse, Juvenal poderá
correta ⇒ a. Requerer ao juiz a adjudicação do imóvel, a despeito de a promessa de compra e venda ter sido celebrada por instrumento particular.
b. Usucapir o imóvel, já que não faria jus à adjudicação compulsória na hipótese.
c. Desistir do negócio e pedir o dinheiro de volta.
d. Exigir a substituição do imóvel prometido à venda por outro, muito embora inexistisse previsão expressa a esse respeito no contrato preliminar
Caso Concreto 15: Marcos e Camila possuem conta poupança conjunta tendo sido esta surpreendida pelo penhor em favor do Banco Poupe Aqui da totalidade do saldo da poupança. Alega o banco que os titulares da conta poupança são solidários entre si e, por isso, possível o penhor da totalidade do saldo como garantia de uma dívida contraída por Marcos. Pergunta-se: há solidariedade entre os titulares da poupança conjunta? Explique sua resposta e nela destaque se o penhor realizado pelo Banco é válido.
Resposta: Os titulares da conta poupança , são credores solidários do banco, mais não podem ser considerados devedores solidários, a solidariedade não se presume. Art. 1420 C.C ) 
Objetiva 15 - 1: (TJRJ 2012) Sobre hipoteca, analise as assertivas abaixo.
I. Pode ser objeto de hipoteca o domínio direto, mas não o domínio útil.
II. O dono do imóvel hipotecado pode constituir outra hipoteca sobre ele, mediante novo título, desde que em favor de outro credor.
correta ⇒ III. O adquirente do imóvel hipotecado, desde que não se tenha obrigado pessoalmente a pagar as dívidas aos credores hipotecários, poderá exonerar-se da hipoteca, abandonando-lhes o imóvel.
É correto o que se afirma em:
a. I, apenas. b. II, apenas. correta ⇒ c. III, apenas. d. I e III, apenas. e. II e III, apenas.
Objetiva 15 - 2: (OAB SP 2008) A anticrese constitui:
a. Modo de aquisição da propriedade imóvel.
correta ⇒ b. Direito real de garantia.
c. Direito do promitente comprador.
d. Direito ao uso de bem móvel de propriedade do devedor.
Aula 16: Revisão
1- (TJRS 2012) Considere as assertivas abaixo.
I. A servidão não se constitui se o dono do prédio dominante é proprietário em condomínio do prédio serviente.
correta ⇒ II. O prazo mínimo para o possuidor de um terreno urbano de 400 m2 , com intenção de dono, sem justo título, sobre o qual construiu uma casa que serve de sua residência, usucapi-lo, é de 10 (dez) anos.
correta ⇒ III. O condômino pode pedir, para uso próprio, a retomada do imóvel comum locado, mesmo sem a concordância dos demais condôminos.
Quais são corretas?
a. Apenas I b.Apenas II c. Apenas III correta ⇒ d. Apenas II e III e. I, II e III
2- (TJRR 2006) A respeito dos direitos das coisas, assinale a opção correta.
a. A preferência das hipotecas entre os vários credores hipotecários ocorre pela ordem cronológica do vencimento do título constitutivo, ou seja, paga-se integralmente ao credor hipotecário cujo título vença primeiro e, depois de satisfeito este, paga-se ao segundo credor ou ao terceiro, conforme a ordem cronológica do vencimento do título.
correta ⇒ b. O direito de retenção consiste na faculdade do possuidor de boa-fé de manter o poder fático sobre a coisa alheia, objetivando receber do retomante a indenização pelas benfeitorias necessárias e úteis nela realizadas.
c. No usufruto, a propriedade é fracionada, pois, enquanto o usufrutuário retira proveito econômico da coisa, remanesce em poder do nu-proprietário o conteúdo do direito, ou seja, a faculdade de disposição da coisa em sua substância, podendo este alienar, instituir ônus real ou dar qualquer outra forma de disposição ao objeto. Assim, o usufrutuário tem a posse direta e justa do bem alheio, podendo desfrutar da coisa como se fosse própria, contudo sem alterar-lhe a substância. Na defesa da posse, o usufrutuário pode valer-se dos remédios possessórios contra terceiros, mas não contra o nu- proprietário, que tem a posse indireta.
d. A tolerância do poder público quanto à ocupação dos bens públicos de uso comum ou especial por particulares faz nascer, para estes, direito assegurável pelos interditos possessórios, transmudando-se a posse precária em permissão de uso.
3- (CEDAE RJ 2012) O usufruto é disciplinado pelo Código Civil. Segundo o regime aplicado, leia as assertivas abaixo:
correta ⇒ I.O usufrutuário é obrigado a dar ciência ao dono de qualquer lesão produzida contra a posse da coisa, ou os direitos deste.
correta ⇒ II.Se a coisa estiver segurada, incumbe ao usufrutuário pagar, durante o usufruto, as contribuições do seguro.
III. Se o usufrutuário fizer o seguro, ao mesmo caberá o direito dele resultante contra o segurador.
IV. Se um edifício sujeito a usufruto for destruído sem culpa do proprietário, será este obrigado a reconstruí-lo.
V. Incumbem ao usufrutuário as despesas extraordinárias de conservação dos bens no mesmo estado em que os recebeu. 
A alternativa correta é:
correta ⇒ a. I e II são verdadeiras. b. I, II e III são verdadeiras c. I, IV e V são falsas
d. IV e V são verdadeiras e. I, II e V são falsas
4 - (TJRJ 2012) Quanto à servidão, é correto afirmar:
a. Constituída para certo fim, a servidão poderá ser ampliada para usos diferentes.
correta ⇒ b. A servidão pode ser removida, de um local para outro, pelo dono do prédio serviente e à sua custa, se em nada diminuir as vantagens do prédio dominante, ou pelo dono deste e à sua custa, se houver considerável incremento da utilidade e não prejudicar o prédio serviente.
c. Se as necessidades da cultura, ou da indústria, do prédio dominante impuserem à servidão maior largueza, o dono do serviente é obrigado a sofrêla, sem direito à indenização pelo excesso.
d. As servidões prediais têm como característica a divisibilidade, podendo ser instituídas em favor de parte ideal do prédio dominante e incidir sobre parte ideal do prédio serviente.
5- (TRE MS 2013) A respeito dos direitos reais, assinale a opção correta.
a. Aquele que, trabalhando em matéria-primatotalmente alheia, obtiver espécie nova a perderá para o dono do material utilizado, ainda que haja boa-fé.
correta ⇒ b. De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro, anterior ou posteriormente à celebração da promessa de compra e venda, não tem eficácia perante os adquirentes do imóvel.
c. O exercício do usufruto não pode ser transferido a título oneroso.
d. É possível a estipulação de cláusula que proíba o proprietário de alienar o imóvel hipotecado.
e. Os encargos e tributos que incidirem sobre imóvel que esteja sob o regime de exercício do direito de superfície permanecerão a cargo do proprietário e não do superficiário.
6- (MPE RR 2012) Assinale a opção correta com referência ao direito das coisas.
a. A venda a non domino não constitui exemplo de propriedade aparente.
b. A detenção irregular de bem público de uso comum do povo comporta indenização das benfeitorias.
correta ⇒ c. A coletividade desprovida de personalidade jurídica também pode ser possuidora.
d. O constituto-possessório ocorre quando o possuidor possui em nome alheio e passa a possuir em nome próprio.
e. É incabível a usucapião de bens pertencentes à sociedade de economia mista que explore atividade econômica.
7- (TJPR 2011) Aponte se as assertivas a seguir são verdadeiras (V) ou falsas (F) e assinale a única alternativa CORRETA:
(F) Ocorrendo turbação ou esbulho, o possuidor direto ou indireto tem o direito de ser mantido ou reintegrado na posse através dos interditos proibitórios.
(V) A ação de dano infecto é uma medida preventiva que o proprietário ou possuidor de um prédio pode propor contra o vizinho para assegurar segurança sossego e saúde aos moradores que o habitam.
(V) A lei civil consagra a usucapião extraordinária o prazo de 15 anos, sem interrupção e sem oposição para a usucapião extraordinária geral; são de 10 anos quando o possuidor estabelecer moradia habitual, ou nele realizar obras e serviços de caráter produtivo, denominando usucapião extraordinária de forma abreviada.
(V) O possuidor de área urbana com até 250 metros quadrados, que, por cinco anos ininterruptos e sem oposição, utilizar para guarnecer a sua família, poderá adquirir o domínio, desde que não seja proprietário de imóvel rural ou urbano.
a. V,F,F,V. b. V,V,V,V. correta ⇒ c. F,V,V,V . d. V,V,F,V.
8- (TJMS 2012) A construtora Y adquire terreno urbano para fins de edificação de prédio de apartamentos. Assim, leva a efeito a incorporação imobiliária e toma financiamento junto ao Banco X, de modo a permitir a edificação. Institui em favor do Banco X dupla garantia, que consiste na hipoteca do terreno e na alienação fiduciária dos créditos. Todas as unidades autônomas, três anos depois, já são objeto de compromissos de compra e venda com os adquirentes dos apartamentos. Ocorre que a construtora não paga o financiamento e o banco é negligente no que tange ao exercício de seus direitos frente à cessão fiduciária dos créditos. Ao fim e ao cabo, o Banco X decide excutir a hipoteca, promovendo a penhora do terreno e da totalidade da edificação, em sede de execução de título extrajudicial que tem no polo passivo apenas a incorporadora. O edifício já está, a essa altura, pronto, tendo a posse sobre as unidades autônomas sido entregue aos promitentes compradores. Diante desses fatos, afirma-se:
I. A excussão da hipoteca deverá afetar todas as unidades autônomas, que permanecem como garantia do débito, ante o princípio da indivisibilidade da garantia real.
II. O incorporador tinha o dever jurídico ? portanto, cogente - de constituir patrimônio de afetação destinado à consecução da incorporação correspondente e à entrega das unidades imobiliárias aos respectivos adquirentes.
III. A hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro, anterior ou posterior à celebração da promessa de compra e venda, não tem eficácia perante os adquirentes do imóvel, de modo que estes poderão desconstituir a penhora por meio de embargos de terceiro.
IV. Somente com expressa anuência do agente financiador poderiam os promitentes compradores excluir suas unidades autônomas do âmbito da hipoteca, exceto se assumissem pessoalmente a parcela da dívida do incorporador, hipótese em que estaria configurada a sub-rogação legal.
Está(ão) CORRETA(S):
a. Apenas as assertivas I, II e IV. correta ⇒ b. Apenas a assertiva III c. Apenas as assertivas I e IV.
d. Apenas as assertivas II e III. e. Apenas a assertiva II.
9- (MP AP Analista 2012) Considere:
correta ⇒ I. Clotilde é possuidora de um terreno na cidade de Macapá por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, não possuindo título e nem boa-fé.
II. Vera Lúcia é possuidora de área de terra em zona rural com cem hectares, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, tornando-a produtiva pelo seu trabalho e tendo nela sua moradia, não sendo proprietária de imóvel rural ou urbano.
correta ⇒ III. Tatiana exerce, por três anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre um apartamento de cem metros quadrados na cidade de Mazagão que utiliza como sua moradia e cuja propriedade dividia com seu ex-cônjuge, Lindoval, que abandonou o lar, não sendo proprietária de outro imóvel urbano ou rural.
De acordo com o Código Civil brasileiro, em regra, adquirirá o domínio integral dos respectivos imóveis aquelas indicadas APENAS em:
correta ⇒ a. I e III. b. II e III. c. I e II. d. I. e. III.
10- (PC GO 2008) O direito brasileiro oferece ampla tutela para os direitos sobre as coisas, disciplinando, inclusive, intervenções entre prédios. Considerando-se que as servidões prediais são restrições à propriedade, constituídas em favor de um prédio sobre outro, é CORRETO afirmar:
correta ⇒ a. A servidão não pode ser instituída em favor de parte ideal do prédio dominante ou incidir sobre parte ideal do prédio serviente.
b. A servidão não aparente pode ser estabelecida por meio de permissão de passagem, sendo dispensável a transcrição no registro de imóveis.
c. A servidão é obrigação do titular do domínio do imóvel serviente à prestação de fato negativo em favor do titular do imóvel dominante.
d. Nas servidões prediais, em razão da necessária relação entre si, é essencial a contiguidade entre prédios dominante e serviente.
11- (TCM BA 2011) Na hipoteca e no penhor é:
a. Válida a cláusula que autoriza o credor a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não for paga no vencimento, se o bem tiver o mesmo valor da dívida ou se o credor restituir a diferença do valor em dinheiro.
b. Nula a cláusula que autoriza o credor a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não for paga no vencimento, e, em nenhuma hipótese, poderá ocorrer a dação em pagamento.
c. Anulável a cláusula que autoriza o credor a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não for paga no vencimento, mas, após o vencimento, poderá o devedor dar a coisa em pagamento da dívida.
d. Anulável a cláusula que autoriza o credor a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não for paga no vencimento, e, em nenhuma hipótese, poderá ocorrer a dação em pagamento.
correta ⇒ e. Nula a cláusula que autoriza o credor a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não for paga no vencimento, mas, após o vencimento, poderá o devedor dar a coisa em pagamento da dívida.
12- (MPE SP 2012) "X" edificou casa, em área urbana, na certeza de lhe pertencer a totalidade da área descrita junto à matrícula imobiliária. Constatou, porém, já concluída a construção, que por um erro na descrição das linhas limítrofes, a edificação invadiu uma vigésima parte do terreno de seu vizinho. Considerando isso, assinale a seguir a alternativa correta.
a. "X" adquirirá a propriedade da área invadida, devendo pagar o décuplo do valor do terreno lindeiro e a desvalorização da área remanescente.
b. Embora "X" estivesse de boa-fé, deverá demolir a parte da construção que invadiu o terreno alheio, ainda que com grave prejuízo para a edificação.
c. Estando "X" de má-fé, adquire apropriedade da área invadida apenas se o valor da construção exceder o do terreno.
correta ⇒ d. Estando "X" de boa-fé, adquire a propriedade da parte do solo invadido e responde, por perdas e danos, correspondentes ao valor que a invasão acrescer à construção, mais o da área perdida e o da desvalorização da área remanescente.
e. A posse justa exercida por "X" e a boa-fé empreendida na construção serão suficientes para justificar pedido de usucapião da área invadida, o que deve ser requerido, porém, no lapso de 3 anos após a edificação.
13- (TJPB 2011) Com base na jurisprudência do STJ e na doutrina, assinale a opção correta acerca dos institutos da posse e dos direitos reais.
a. A confusão não extingue a hipoteca, pois a garantia pode incidir em bem próprio.
b. Um particular que ocupar, de boa-fé, lotes localizados em terras públicas terá direito a indenização pelas benfeitorias necessárias e úteis, sob pena de retenção.
c. O penhor convencional, que só pode decorrer de ato entre vivos, exige que as partes acordem sobre o valor e as condições de pagamento.
d. O direito real de uso é instituído pelas mesmas modalidades do usufruto e, tal como este, pode ser cedido a título gratuito.
correta ⇒ e. A renúncia ao usufruto não alcança o direito real de habitação, que decorre de lei e se destina a proteger o cônjuge sobrevivente, mantendo-o no imóvel destinado à residência da família.
14- (TJSE 2008) A respeito da propriedade e da posse, assinale a opção correta.
a. O direito de retenção consiste na faculdade do possuidor de boa-fé ou o detentor de coisa imóvel de manter o poder fático sobre a coisa alheia, objetivando proteger a sua posse ou receber a indenização pelas benfeitorias necessárias e úteis realizadas no imóvel.
correta ⇒ b. Se o proprietário, por meio de contrato verbal de comodato, permitir o uso gratuito de um imóvel por tempo indeterminado, o comodatário exerce legitimamente a posse e, sem a notificação necessária de que não mais tem interesse em manter o comodato, não há constituição em mora e, sem ela, também o proprietário não pode postular a reintegração de posse.
c. O convalescimento da posse adquirida de forma violenta, clandestina ou precária é permitido pela cessação da violência ou da clandestinidade e pelo decurso de ano e dia. Cessado o vício, a posse torna-se justa e o possuidor passa a ser considerado de boa-fé, reconhecendo-se-lhe o direito de retenção, seja por acessões seja por benfeitorias necessárias, úteis ou voluptuárias.
d. A descoberta é um modo de aquisição originária da propriedade móvel, segundo a qual aquele que encontrar coisa alheia, sem dono ou abandonada torna-se seu depositário e, transcorridos três anos sem que o proprietário a reclame, a propriedade consolida-se na pessoa do possuidor.
e. Adquire-se a propriedade por abandono de álveo quando houver acréscimo de terras às margens de um rio, provocado pelo desvio de águas ou afastamento dessas, descobrindo parte do álveo. 
15- (TRF 2a. Região 2009) Com referência à disciplina legal relativa à posse, assinale a opção correta:
correta ⇒ a. Havendo colheita antecipada, o possuidor deverá devolver os frutos colhidos no caso de ter cessado a boa-fé.
b. No que tange à indenização pelos danos causados ao bem, faz diferença ser a posse de boa-fé ou de má-fé.
c. Aquele que detiver a posse injustamente não poderá se utilizar dos interditos possessórios, mesmo em face de terceiros que não tenham posse.
d. O dono da posse deve indenizar as benfeitorias necessárias pelo seu valor atual, mesmo ao possuidor de má-fé, sob pena de enriquecimento sem causa.
e. O possuidor de boa-fé não responde pela perda da coisa, mas responde por sua deterioração, ainda que não lhe dê causa.
16- (OAB 2011) Félix e Joaquim são proprietários de casas vizinhas há cinco anos e, de comum acordo, haviam regularmente delimitado as suas propriedades pela instalação de uma singela cerca viva. Recentemente, Félix adquiriu um cachorro e, por essa razão, o seu vizinho, Joaquim, solicitou-lhe que substituísse a cerca viva por um tapume que impedisse a entrada do cachorro em sua propriedade. Surpreso, Félix negou-se a atender ao pedido do vizinho, argumentando que o seu cachorro era adestrado e inofensivo e, por isso, jamais lhe causaria qualquer dano. Com base na situação narrada, é correto afirmar que Joaquim:
a. Poderá exigir que Félix instale o tapume, a fim de evitar que o cachorro ingresse na sua propriedade, contanto que arque com metade das despesas de instalação, cabendo a Félix arcar com a outra parte das despesas.
correta ⇒ b. Poderá exigir que Félix instale o tapume, a fim de evitar que o cachorro ingresse em sua propriedade, cabendo a Félix arcar integralmente com as despesas de instalação.
c. Não poderá exigir que Félix instale o tapume, uma vez que a cerca viva fora instalada de comum acordo e demarca corretamente os limites de ambas as propriedades, cumprindo, pois, com a sua função, bem como não há indícios de que o cachorro possa vir a lhe causar danos.
d. Poderá exigir que Félix instale o tapume, a fim de evitar que o cachorro ingresse em sua propriedade, cabendo a Félix arcar com as despesas de instalação, deduzindo-se desse montante metade do valor, devidamente corrigido, correspondente à cerca viva inicialmente instalada por ambos os vizinhos.
17- (TJRO 2011) Acerca do Direito das Coisas, avalie as assertivas abaixo:
I. Os interditos possessórios previstos em nosso ordenamento são a Ação de Reintegração de Posse, a Ação de Manutenção de Posse, o Interdito Proibitório e a Ação Reinvidicatória.
II. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância, mas quando o detentor exerce poderes de fato sobre a coisa é considerado possuidor para todos os fins.
III. É de boa-fé a posse quando o possuidor, embora não ignore os vícios ou obstáculos que impedem a aquisição da coisa, está comprometido em sanar o vício ou remover os obstáculos em um prazo determinado.
correta ⇒ IV. O direito à indenização por benfeitorias necessárias é devido ao possuidor de má-fé.
Está(ão) CORRETA(S):
a. Apenas as assertivas I e IV. b. Apenas as assertivas II e III. c. Apenas a assertiva I.
correta ⇒ d. Apenas a assertiva IV. e. Todas as assertivas.
18- (TJMA Titular de Serviços de Notas e Registros 2011) Assinale a alternativa correta:
a. Considera-se fiduciária a propriedade resolúvel de coisa móvel fungível que o devedor, com escopo de garantia, transfere ao credor.
b. Nos condomínios edilícios, o condômino que não pagar a sua contribuição ficará sujeito aos juros moratórios convencionados ou, não sendo previstos, os de dois por cento ao mês e multa de até um por cento sobre o débito.
c. Aquele que por quinze anos, houver estabelecido no imóvel sua moradia habitual, sem interrupção, nem oposição, possuindo-o como seu, adquiri-lhe a propriedade, independentemente de título de boa fé, podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
correta ⇒ d. Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho, quando, tendo notícia dele, se abstém de retornar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é violentamente repelido.
19- (TJSE 2008) No que concerne aos direitos reais, assinale a opção correta.
correta ⇒ a. A garantia real, no direito civil, ocorre quando o devedor, ou alguém por ele, destina determinado bem do seu patrimônio para a garantia de uma dívida. Essa sujeição cria preferência, ou prelação, para o credor, que, na venda do bem, será o primeiro a receber, sem se sujeitar a concursos ou rateios.
b. Um pai poderá garantir a dívida de um seu descendente, hipotecando os seus bens particulares, sem a autorização de seu cônjuge e dos demais herdeiros. .
c. O direito de superfície é a concessão para se construir ou plantar em solo alheio. A constituição desse direito opera- se por contrato oneroso, durante a sua vigência, e o detentor da propriedade superficiária poderá modificar unilateralmente a destinação dautilização do terreno, quando essa não beneficiar a propriedade economicamente.
d. O direito real de servidão de passagem exige, para o seu reconhecimento, o encravamento do imóvel dominante, consistente na ausência de saída pela via pública, fonte ou porto. É passível de proteção possessória e pode ser adquirido por usucapião, mesmo que a posse seja descontínua e não aparente.
e. O penhor, por ser contrato real que só se aperfeiçoa com a tradição do bem, exige a transferência efetiva da posse pelo devedor ao credor do bem empenhado, qualquer que seja a espécie de penhor.
20- (TJPI 2007) Acerca da posse e da propriedade, assinale a opção correta.
a. Se os ramos de uma árvore, cujo tronco estiver na linha da divisa de duas propriedades, ultrapassarem a extrema de um dos prédios, o dono do prédio invadido deverá dar ciência ao seu confinante para que tome as providências necessárias para sanar o problema e, em caso de recusa ou omissão do vizinho, ele poderá cortar os ramos invasores, às expensas daquele.
b. Para que a posse exercida sobre um bem seja considerada de boa-fé, exige-se que seja examinada a inexistência de vícios extrínsecos que a infirmem ou, caso existentes, que o possuidor os ignore ou que tenha tomado conhecimento do vício da posse, em data posterior à sua aquisição, ou mesmo que, por erro inescusável, ou ignorância grosseira, desconheça o vício ou obstáculo jurídico que lhe impeça a aquisição da coisa ou do direito possuído.
c. A posse mantém o mesmo caráter de sua aquisição, podendo ser adquirida pelo próprio interessado, por seu procurador e pelo constituto possessório. Assim, se a aquisição foi violenta ou clandestina, esse vício se prende à posse enquanto ela durar, isto é, não convalesce, pois será sempre considerada posse injusta.
d. A posse ininterrupta e incontestada pelo prazo de 15 anos gera a propriedade de um bem imóvel por meio da usucapião ordinária, independentemente de título e de boa-fé, quando o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua morada, ou nele houver realizado obras ou serviços de caráter produtivo.
correta ⇒ e. Se o possuidor houver adquirido a posse do bem imóvel por meio de comodato verbal, por prazo indeterminado, a notificação ou interpelação do comodatário para a restituição e desocupação do imóvel é suficiente para constituí-lo em mora. Se o comodatário não desocupar o imóvel no prazo que lhe foi concedido, sua recusa constitui esbulho à posse do comodante, reparável por meio da ação reintegratória.
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Processo Trabalho I - Casos Concretos Corrigidos
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Processo Trabalho I - Casos Concretos Corrigidos
por Guilherme » Sex Nov 20, 2015 6:00 pm
Processo Trabalho I - Casos Concretos Corrigidos
Fonte: Universidade Estácio de Sá - Campus Menezes Côrtes
Semana 1- Caso Concreto: Numa ação trabalhista Leonardo Maia postulou sua reintegração ao emprego, com fundamento na estabilidade assegurada ao acidentado (art. 118, da Lei nº 8.213/91). Na sentença, o juiz não deferiu a reintegração postulada, apesar de não ter transcorrido o prazo da estabilidade, mas condenou a empregadora ao pagamento dos salários e demais parcelas do período da estabilidade, em virtude do grau de incompatibilidade resultante do dissídio, na forma do art. 496, da CLT. A empresa, inconformada, pretende recorrer da decisão sustentando a nulidade da sentença por julgamento extra petita, pois o obreiro em sua petição inicial não formulou pedido de indenização decorrente da estabilidade. Diante do caso apresentado, informe se a empresa está correta em sua argumentação, bem como aponte e explique qual o princípio do processo do trabalho envolvido na situação narrada: 
Resposta: Não. A empresa não está correta neste caso, pois conforme súmula 396 inciso II TST, não há nulidade da sentença neste caso concreto pois o juiz poderá converter a reintegração em indenização substitutiva quando houver incompatibilidade entre as partes ou tiver terminado o período da estabilidade conforme art. 496 CLT. Para a doutrina neste caso o juiz utilizou o principio da extra petição, ou seja quando o juiz autorizado a conceber pedido diverso do postulado.
QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV 2012.3 IX EXAME NACIONAL UNIFICADO) Um dos princípios norteadores do Processo do Trabalho é o da celeridade, dada a natureza salarial do crédito trabalhista. Entretanto, por força de Lei, algumas causas especiais possuem preferência na tramitação. Das situações listadas a seguir, assinale aquela que terá preferência em todas as fases processuais. 
A) a que será executada contra a União, Estados ou Municípios. 
correta ⇒ B) a que será executada perante o juízo da falência. Art. 768 CLT
C) a que será executada em face de empregador doméstico 
D) a que será executada em face de empresa pública. 
2ª QUESTÃO OBJETIVA: (FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário - Área Judiciária) - Considere: I. De acordo com o artigo 2º do Código de Processo Civil brasileiro: nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e formas legais. 
II. De acordo com o artigo 765 da Consolidação das Leis do Trabalho: os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas. 
Nas hipóteses apresentadas estão presentes, respectivamente, os princípios: 
A) Juiz natural e Inquisitivo. 
B) Imediação e Dispositivo. 
C) Imediação e Extrapetição. 
D) Dispositivo e Instrumentalidade. 
correta ⇒ E) Dispositivo e Inquisitivo. 
Semana 2 - Caso Concreto: O sindicato da categoria profissional dos bancários celebrou com a categoria econômica correspondente - sindicato dos bancos - convenção coletiva de trabalho fixando o reajuste salarial para os bancários no patamar de 8%, dentre outros benefícios. Já o sindicato da categoria profissional dos professores teve frustrada a tentativa de negociação coletiva junto ao sindicato dos estabelecimentos de ensino, o que resultou na propositura do Dissídio Coletivo perante o Tribunal Regional do Trabalho daquela localidade. Diante dos casos apresentados, indique e explique qual foi o método de solução dos conflitos coletivos utilizado pelo sindicato dos bancários e pelo sindicato dos professores. 
Resposta: Uma norma coletiva é o exemplo de auto composição pois celebrado entre as partes, já o dissidio coletivo por se tratar de uma ação judicial será uma forma de hetero composição porque necessitará de uma decisão judicial.
1ª QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/RJ/ CESPE - 2008.3) Manuel, contratado por uma empresa de comunicação visual, no dia 8/9/2005, para prestar serviços como desenhista, foi dispensado sem justa causa em 3/11/2008. Inconformado com o valor que receberia a título de adicional noturno, férias e horas extras, Manuel firmou, no dia 11/11/2008, acordo com a empresa perante a comissão de conciliação prévia, recebendo, na ocasião, mais R$ 927,00, além do valor que a empresa pretendia pagar-lhe. A comissão de conciliação prévia ressalvou as horas extras. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta. 
A) O título decorrente da homologação somente pode ser questionado perante a comissão de conciliação prévia. 
B) Manuel não poderá reclamar na justiça do trabalho nenhuma parcela, visto que o acordo ocorreu regularmente. 
correta ⇒ C) Manuel pode postular na justiça do trabalho o pagamento de horas extras, dada a ressalva apresentada pela comissão de conciliação prévia. 
D) A comissão de conciliação prévia não poderia firmar acordo parcial indicando ressalvas. 
2ª QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/RJ - CESPE 2009.1) Considere que, em determinado município, uma reclamação trabalhista tramite perante vara cível, dada a inexistência, na localidade, de vara do trabalho e dada a falta de jurisdição das existentes no estado. Nessa situação, caso venha a ser instalada umavara trabalhista nessa localidade, a ação deve 
A) continuar no âmbito da competência da justiça comum, caso ainda não tenha sido prolatada a sentença, cabendo à vara do trabalho a execução da decisão. 
B) continuar sendo processada e julgada junto à justiça comum em razão do princípio da perpetuatio jurisdictionis, independentemente da fase em que esteja. 
correta ⇒ C) ser remetida à vara do trabalho, seja qual for a fase em que esteja, para que lá continue sendo processada e julgada, sendo esse novo juízo o competente, inclusive, para executar as sentenças já proferidas pela justiça estadual. 
D) ser remetida à vara do trabalho apenas se ainda não tiver sido prolatada a sentença, cabendo à justiça comum executar a sentença proferida. 
Semana 3 - Caso Concreto: (OAB/FGV 2010.3) O Banco Ômega S.A. ajuizou ação de interdito proibitório em face do Sindicato dos bancários de determinado Município, nos termos do artigo 932 do CPC, postulando a expedição de mandado proibitório, para obrigar o réu a suspender ou a não mais praticar, durante a realização de movimento paredista, atos destinados a molestar a posse mansa e pacífica do autor sobre os imóveis de sua propriedade, com a retirada de pessoas, veículos, cavaletes, correntes, cadeados, faixas e objetos que impeçam a entrada de qualquer empregado ao local de trabalho, abstendo-se, também, de realizar piquetes com utilização de aparelhos de som, sob pena de aplicação de multa diária no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), por agência. Em contestação, o sindicato-réu sustentou que a realização de piquetes decorre do legítimo exercício do direito de greve assegurado pelo artigo 9º da Constituição da República e que o fechamento das agências bancárias visa a garantir a adesão de todos os empregados ao movimento grevista. Com base na situação hipotética, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
A) Qual será a Justiça competente para julgar essa ação de interdito proibitório? 
Resposta: Justiça do Trabalho - Súmula Vinculante 23 STF c/c Art. 114, II CF. 
B) Durante a greve, é lícita a realização de piquetes pelo Sindicato com utilização de carros de som? 
Resposta: Sim, conforme Art. 6, I Lei 7783/89
C) Procede a pretensão veiculada na ação no sentido de que o réu se abstenha de impedir o acesso dos empregados às agências bancárias?
Resposta: Sim procede uma vez que não pode impedir o acesso, nem ameaçar ou causar dano as pessoas e a propriedade conforme art. 6 § 3º da Lei 7783/89
1ª QUESTÃO OBJETIVA: (Procurador do Trabalho - 2006) - Em relação à competência da Justiça do Trabalho, é INCORRETO afirmar que: 
A) a Presidência do Supremo Tribunal Federal, em decisão liminar em sede de ação direta de inconstitucionalidade, suspendeu toda e qualquer interpretação que inclua na competência da Justiça do Trabalho a apreciação de causas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídicoadministrativo; 
B) compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações oriundas da relação de trabalho; 
C) é competência da Justiça do Trabalho a apreciação de ação proposta por empresa para anulação de penalidade imposta em auto de infração lavrado por auditor fiscal do trabalho, por inobservância da cota de contratação de pessoas com deficiência; 
incorreta ⇒ D) as ações de indenização por dano moral decorrentes da relação de trabalho são de competência da Justiça do Trabalho somente a partir da Emenda Constitucional 45, conforme a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, que antes não admitia o processamento de tais ações na Justiça Especializada; 
2ª QUESTÃO OBJETIVA: (OAB - SP - 126º EXAME) Em se tratando de empresa que promova realização das atividades fora do lugar da celebração do contrato de trabalho, a competência para julgamento da causa é do lugar da: 
correta ⇒ A) prestação de serviço ou da celebração do contrato, a critério do empregado. Art. 651 § 3º CLT
B) prestação de serviço ou do estabelecimento principal, a critério do empregado. 
C) prestação de serviço. 
D) celebração do contrato de trabalho. 
Semana 4 - Caso Concreto: As partes foram intimadas da sentença prolatada pelo juiz do trabalho em determinada ação trabalhista no dia 04/10/2013 (sexta-feira). Em 11/10/2013 o advogado da empresa opôs recurso de embargos de declaração via fac-símile. O recurso original foi protocolizado no dia 18/10/2013 (sexta-feira). Sabendo-se que o recurso de embargos de declaração tem prazo de 5 (cinco) dias e o prazo para juntada dos originais do recurso interposto via fac-símile também é de 5 (cinco) dias, informe, justificadamente, se foram observados os prazos processais para a apreciação do recurso. 
Resposta: Prazo final para juntada dos originais seria no dia 18/10/2013 conforme art. 84 CPC, pois o prazo final para os embargos de súmula 1 do TST que autoriza o inicio da contagem no dia útil subsequente quando a intimação cair numa sexta-feira. Contudo como o recurso foi enviado por fax na sexta-feira dia 11/10/2013 o recorrente teria mais 5 dias para juntar os originais na forma da Lei 9800/99. Toda via com base na súmula 387 do STT o prazo por fax será contado do dia subsequente mesmo que caia no sábado ou domingo, e assim o prazo final seria no dia 16/10/2013 uma quarta-feira. Desta forma o advogado recorreu intempestivamente.
1ª) QUESTÃO OBJETIVA: (Procurador do Trabalho 2006) - Em relação aos prazos processuais, é INCORRETO afirmar que: 
A) o início do prazo, quando a notificação é postal, é fixado pela presunção juris tantum de recebimento da correspondência quarenta e oito horas após a sua postagem; 
B) não se confundem início do prazo e início da contagem do prazo, já que a CLT manda excluir da contagem o dia do início e nela incluir o dia do término do prazo; 
C) se a notificação ocorrer no sábado, o início da contagem do prazo ocorrerá na terçafeira subsequente, em sendo dias úteis a segunda e a terça-feira; 
incorreta ⇒ D) constitui prerrogativa da fazenda pública o prazo em dobro para contestar e em quádruplo para recorrer; 
2ª) QUESTÃO OBJETIVA: (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região - Analista Judiciário - Área Judiciária) - Com relação às nulidades, o princípio da transcendência é aquele que prevê que 
A) deverão ser declaradas ex officio as nulidades fundadas em incompetência de foro, sendo considerados nulos os atos decisórios. 
B) o juiz, quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade. 
C) anulado o ato reputam-se de nenhum efeito todos os subsequentes, que dele dependam. 
D) a nulidade de uma parte do ato prejudicará as outras, mesmo que dela sejam independentes. 
correta ⇒ E) só haverá nulidade nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.
Semana 5 - Caso Concreto: Marcelo Antonio, por intermédio do seu advogado, ajuizou ação trabalhista postulando a condenação da ex-empregadora ao pagamento das horas extras. Na sentença o juiz do trabalho julgou improcedente o pedido condenando o Autor ao pagamento das custas processuais. O advogado de Marcelo, inconformado, interpôs recurso ordinário requerendo o deferimento da gratuidade de justiça, declarando, expressamente, no recurso que o Autor não tem condições financeiras para recolher o valor das custas sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, mas não juntou declaração de miserabilidade nem na petição inicial nem no recurso. Diante do caso narrado responda de forma justificada, se de acordo com o entendimento do Tribunal Superior do Trabalho, o advogado de Marcelo terá êxito quanto ao deferimento da gratuidade de justiça para o processamento do seu recurso. 
Resposta: Sim, pois o advogado tem fé pública e de acordo com as OJ 269 e 304 do SDI 1 do TST a gratuidade pode ser requerida até a faserecursal bastando a simples declaração da parte ou do seu advogado na petição sem a necessidade da juntada da declaração de hipossuficiência.
1ª QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV ? IX EXAME NACIONAL UNIFICADO 2012.3) Na Justiça do Trabalho, segundo o entendimento sumulado pelo TST, é correto afirmar-se que o jus postulandi 
correta ⇒ A) não se aplica à ação rescisória, à ação cautelar, ao mandado de segurança e aos recursos de competência do TST. 
B) não tem mais aplicação na Justiça do Trabalho desde o advento da emenda constitucional 45. 
C) aplica-se em todas as causas cujo valor seja inferior a 20 salários mínimos, porque, a partir deste patamar, o advogado é indispensável. 
D) aplica-se irrestritamente na seara trabalhista, em todas as esferas, instâncias e ações, sendo uma de suas características marcantes. 
2ª QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV - VI EXAME NACIONAL UNIFICADO 2011.3) Quanto à nomeação de advogado na Justiça do Trabalho, com poderes para o foro em geral, é correto afirmar que 
correta ⇒ (A) na Justiça do Trabalho, a nomeação de advogado com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada mediante simples registro na ata de audiência, a requerimento verbal do advogado interessado e com a anuência da parte representada. 
(B) as partes que desejarem a assistência de advogado sempre deverão outorgar poderes para o foro em geral por intermédio de instrumento de mandato, com firma devidamente reconhecida. 
(C) na Justiça do Trabalho, o advogado pode atuar sem que lhe sejam exigidos poderes outorgados pela parte, haja vista o princípio do jus postulandi. 
(D) somente o trabalhador poderá reclamar na Justiça do Trabalho sem a necessidade de nomeação de advogado, uma vez que o princípio do jus postulandi somente se aplica à parte hipossuficiente. 
Semana 6 - Caso Concreto: (OAB/FGV 2013.1) DEMÉTRIO ajuizou reclamação trabalhista pleiteando o pagamento de multas previstas no instrumento normativo de sua categoria, cujo destinatário é o empregado lesado, em virtude do descumprimento, pelo empregador, da quitação do adicional de 50% sobre as horas extras e do acréscimo de 1/3 nas férias. Em contestação, a reclamada sustentou que tais multas eram indevidas porque se tratava de meras repetições de dispositivo legal, sendo que a CLT não prevê multa para o empregador nessas hipóteses. Adiciona e comprova que, no tocante à multa pelo descumprimento do terço de férias, isso já é objeto de ação anterior ajuizada pelo mesmo reclamante e que tramita em outra Vara, atualmente em fase de recurso. Informe que fenômeno jurídico processual ocorreu em relação ao pedido de multa pela ausência de pagamento do terço das férias. 
Resposta: Ocorreu a litispendência conforme art. 301 CPC.
1ª QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV - 2013.2) Um determinado trabalhador ajuizou uma reclamação trabalhista e, na data designada, faltou injustificadamente à audiência. Seu advogado requereu o desentranhamento dos documentos, no que foi atendido. Dois meses depois, apresentou a mesma reclamação, mas posteriormente resolve desistir dela em mesa de audiência, o que foi homologado pelo magistrado, sendo extinto o processo sem resolução do mérito. Caso queira ajuizar uma nova ação, o trabalhador 
A) terá de aguardar o prazo de seis meses, pois contra ele será aplicada a pena de perempção. 
B) poderá ajuizar a nova ação de imediato, contanto que pague o valor de uma multa que será arbitrada pelo juiz. 
correta ⇒ C) não precisará aguardar nenhum prazo para ajuizar nova ação. 
D) deverá aguardar seis meses para ajuizar ação contra aquele empregador, mas não para outros que porventura venha a ter. 
2ª QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV - 2013.1) José ajuizou reclamação trabalhista contra a empresa Libertação Ltda., valendo-se do procedimento sumaríssimo. Contudo, José não liquidou os pedidos. De acordo com a CLT, o juiz deve 
A) conceder prazo de 10 dias para que José sane o vício. 
B) enviar os autos ao calculista da Vara, que liquidará o pedido. 
correta ⇒ C) arquivar a reclamação trabalhista e condenar o autor em custas. 
D) prosseguir na reclamação e enfrentar o assunto caso provocado pela ré. 
Semana 7 - Caso Concreto: José Augusto ajuizou ação trabalhista em face da empresa Megalinks S/A postulando o pagamento de horas e reflexos nas verbas trabalhistas. Na audiência de conciliação, instrução e julgamento o empregador se fez substituir pelo preposto Sr. João Alves, que era conhecedor dos fatos, mas não possuía vínculo trabalhista ou societário. O advogado do Reclamante requereu a aplicação da revelia e confissão ficta, o que foi acolhido pelo juiz pelo fato de o preposto não ser empregado do Reclamado. Considerando a situação hipotética acima apresentada, responda à luz da legislação aplicável na espécie e da jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, as seguintes indagações: 
a) O juiz agiu corretamente? Justifique.
Resposta: Sim, pois pela súmula 377 TST o preposto deverá ser empregado da reclamada, salvo empregador doméstico, micro empresa e empresa de pequeno porte.
b) Caso a ação tivesse sido ajuizada em face da empresa Netclub Ltda-EPP., empresa de pequeno porte, a solução seria a mesma? 
Resposta: Pela mesmo súmula 377 TST, o preposto poderá ser alguém que conheça os fatos sem necessidade de ser empregado da empresa, pois trata-se de pequeno porte.
1ª QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV - 2013.1) Em reclamação trabalhista movida contra um município, este não comparece à audiência inaugural. Diante dessa hipótese, assinale a afirmativa correta. 
A) Não se cogita de revelia porque o direito é indisponível. 
correta ⇒ B) Aplica-se a revelia contra o ente público. OJ 152 - SDI1 - TST
C) Não há revelia, mas se aplica a confissão. 
D) O juiz deve designar audiência de instrução, haja vista tratar-se de ente público. 
2ª QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV - 2011.3) Numa reclamação trabalhista, o autor teve reconhecido o direito ao pagamento de horas extras, sem qualquer reflexo. Após liquidado o julgado, foi homologado o valor de R$ 15.000,00, iniciando-se a execução. Em seguida, as partes comparecem em juízo pleiteando a homologação de acordo no valor de R$ 10.000,00. Com base no narrado acima, é correto afirmar que 
(A) o juiz não pode homologar o acordo porque isso significaria violação à coisa julgada. 
(B) é possível a homologação do acordo, mas o INSS será recolhido sobre R$ 15.000,00. 
(C) a homologação do acordo, no caso, dependeria da concordância do órgão previdenciário, pois inferior ao valor homologado. 
correta ⇒ (D) é possível a homologação do acordo, e o INSS será recolhido sobre R$ 10.000,00. OJ 372 - SDI1 - TST
Semana 8 - Caso Concreto: (OAB/FGV - 2011.2) Reginaldo ingressou com ação contra seu ex-empregador, e, por não comparecer, o feito foi arquivado. Trinta dias após, ajuizou nova ação com os mesmos pedidos, mas dela desistiu porque não mais nutria confiança em seu advogado, o que foi homologado pelo magistrado. Contratou um novo profissional e, 60 dias depois, demandou novamente, mas, por não ter cumprido exigência determinada pelo juiz para emendar a petição inicial, o feito foi extinto sem resolução do mérito. Com base no relatado, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
a) Para propor uma nova ação, Reginaldo deverá aguardar algum período? 
Resposta: Diante dos art. 731 e 732 da CLT se a perempção for entendida como apenas a extinção sem a resolução do mérito independentemente da causa, o autor deveria esperar o prazo de 6 meses ápos a 2ª extinção para propor nova ação.
Em caso afirmativo, qual seria? b) Quais são as hipóteses que ensejam a perempção no Processo do Trabalho? 
Resposta: Desta forma para a corrente doutrinaria que defende a interpretação literal do art. 732 CLT a perempção somente ocorreria quando o processo fosse extinto sem resolução do mérito em decorrência apenas do seu arquivamento pela ausência injustificada do autor na 1ª audiência.
1ª QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV - 2011.3– DUQUE DE CAXIAS) Em relação às exceções processuais, assinale a alternativa correta. 
(A) No processo trabalhista, entre as exceções previstas em lei, a de suspeição suspende o processo, com abertura de vista ao exceto por 24 horas improrrogáveis, devendo a decisão ser proferida na primeira audiência ou sessão que se seguir. 
(B) No processo trabalhista, em face dos princípios da celeridade e da simplicidade, as exceções não suspendem o processo, devendo ser decididas na sentença que a ele põe termo. 
(C) No processo trabalhista, são cabíveis as exceções de incompetência absoluta ou relativa e de suspeição, devendo ser decididas na sentença que põe termo ao processo. 
correta ⇒ (D) No processo trabalhista, a incompetência relativa e a suspeição do juiz devem ser arguidas como matéria de defesa e decididas somente na sentença que põe termo ao processo. 
2ª QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV - 2012.3) Uma das espécies de resposta é a reconvenção, que vem a ser a ação do réu contra o autor no mesmo feito e juízo em que é demandado. Malgrado não estar formalmente previsto na CLT, é pacífico o cabimento da reconvenção nas lides trabalhistas. Das hipóteses abaixo listadas, assinale aquela em que, pela natureza da pretensão deduzida, seria inviável a apresentação de reconvenção na Justiça do Trabalho. 
A) Quando a empresa pretender a condenação do empregado no valor do aviso prévio por ele não concedido, ao pedir demissão. 
B) Quando a empresa pretender o ressarcimento por dano causado pelo empregado no decorrer do contrato de trabalho. 
C) Quando a empresa pretender a devolução do valor de um curso pago em benefício do empregado e pelo qual o obreiro comprometeu-se a não pedir demissão durante determinado período, o que depois foi descumprido pelo trabalhador. 
correta ⇒ D) Quando a empresa pretender a devolução de valor pago pela compra de um bem do seu empregado que, após, verificou possuir vício redibitório. Art. 268 paragrafo único
Semana 9 - Caso Concreto: (OAB/FGV 2011.3) Tício ajuizou ação trabalhista em face da empresa Hora Certa Ltda., na qual pretendia receber horas extras e reflexos. Na própria petição inicial já havia impugnado os controles de ponto aduzindo que não havia variação de horário. Na audiência, a ré trouxe os documentos, juntando-os com a contestação e declarou que pretendia produzir prova testemunhal acerca do pedido do autor. O juiz, após examinar a documentação, indeferiu a prova testemunhal da ré. Na sentença, o juiz julgou procedente o pedido do autor. Considerando as regras de distribuição do ônus da prova, o juiz agiu corretamente? Fundamente. 
Resposta: O juiz não agiu de forma correta com base no item III da Súmula 338 do TST, pois no momento que a ré apresentou controle de frequência com jornadas uniformes (cartão britânico), o TST determina que eles são inválidos invertendo ainda o ônus ds prova para o empregador que no caso concreto pretendia produzi-la através das suas testemunhas. Sem justo motivo não foram ouvidas pelo juiz, violando assim o principio constitucional da ampla defesa.
1ª QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV - 2011.3 – DUQUE DE CAXIAS) No Processo do Trabalho, em relação ao ônus da prova, assinale a alternativa correta. 
correta ⇒ (A) É do empregador quanto à alegação de inexistência de vínculo de emprego, se admitida a prestação de serviços com outra qualidade. Art. 818 CLT c/c 333, II 
(B) É sempre do empregador nas reclamações versando sobre horas extras.(Só com mais de 10 empreg.)
(C) É sempre da parte que fizer a alegação, não importando o comportamento da parte contrária a respeito. (D) É sempre do empregador nas reclamações versando sobre equiparação salarial. 
2ª QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV 2012 – IPATINGA) - Em audiência inicial de uma ação trabalhista, infrutífera a proposta de conciliação, foi recebida a contestação e, ato contínuo, adiada a audiência em razão da ausência da testemunha indicada pelo réu. Foram intimadas as partes e patronos, sob as penas da lei, para comparecimento em nova data para produção das demais provas requeridas, isto é, oitiva de testemunhas e depoimento pessoal das partes. Na data e hora marcadas o autor se atrasou e não respondeu ao pregão quando chamado seu nome. Dados os fatos acima, assinale a afirmativa correta. 
A) A ausência do reclamante à audiência provoca a revelia. 
B) A ausência do reclamante provoca automaticamente a improcedência dos seus pedidos. 
C) A ausência do reclamante à audiência provoca o arquivamento do processo. (só na 1a audiência)
correta ⇒ D) A ausência do reclamante à audiência pode resultar na confissão em seu desfavor, se cominada. Súmula 74, I
Semana 10 - Caso Concreto: Expedito Rodrigues foi eleito membro do conselho fiscal do sindicato de sua categoria profissional. Logo após o término do mandato o empregador dispensou Expedito sem justa causa. Inconformado, Expedido ajuizou ação trabalhista em face da empresa Boa Sorte Ltda. postulando, liminarmente, a sua reintegração no emprego por ter sido dispensado sem justa causa no período da garantia de emprego assegurada ao dirigente sindical, nos termos do art. 659, X, da CLT. O juiz considerou preenchidos os requisitos legais e determinou, sem a oitiva da parte contrária, a imediata reintegração de Expedito. Na mesma decisão, o juiz determinou a notificação das partes para comparecimento à audiência inaugural. A empresa foi notificada para o cumprimento da ordem de reintegração deferida. Considerando a situação hipotética apresentada, na condição de advogado (a) da empresa Boa Sorte Ltda. especifique, de forma fundamentada, o instrumento processual hábil para buscar reverter a decisão do juiz. 
Resposta: O juíz agiu de forma incorreta, pois de acordo com a orientação jurisprudencial 365 da SBDI-1, os membros do conselho fiscal não gozam da estabilidade prevista no Art. 543, CLT
1ª QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV 2012.3 - IPATINGA) - Em sentença prolatada numa reclamação trabalhista, o juiz reconheceu a garantia no emprego do reclamante, que é membro eleito da CIPA, e nela deferiu a tutela antecipada requerida na petição inicial para retorno imediato, determinando o magistrado a expedição de mandado reintegratório. Assinale a alternativa que indica o procedimento que a empresa deverá adotar para neutralizar essa decisão. 
A) Interpor recurso ordinário que, por ser dotado de efeito suspensivo, automaticamente impedirá a expedição do mandado de reintegração. 
B) Impetrar mandado de segurança contra a determinação judicial de reintegração imediata. 
C) Interpor recurso ordinário e, paralelamente, impetrar mandado de segurança para desconstituir apenas a tutela antecipada. 
correta ⇒ D) Interpor recurso ordinário e ajuizar ação cautelar para conferir-lhe efeito suspensivo. 
2ª QUESTÃO OBJETIVA: (TRT/FCC 8ª Região 2010) - Débora ajuizou Ação Rescisória deixando de juntar com a inicial o documento comprobatório do trânsito em julgado da decisão rescindenda. Neste caso, o M.M. juiz deverá 
A) extinguir o processo sem julgamento do mérito em razão da inépcia da inicial. 
B) indeferir a inicial em razão da falta do documento essencial. 
correta ⇒ C) abrir prazo de dez dias para que Débora junte tal documento. 
D) abrir prazo de cinco dias para que Débora junte tal documento. 
E) abrir prazo de vinte e quatro horas prorrogável por igual período para que Débora junte tal documento. 
Semana 11- Caso Concreto: (OAB/FGV) Numa reclamação trabalhista movida em litisconsórcio passivo, o autor e a empresa reclamada “X” (sociedade de economia mista) foram vencidos reciprocamente em alguns pedidos, tendo ambos se quedado inertes no prazo recursal. Porém, a empresa reclamada “Y” (pessoa jurídica de direito privado), vencida também em relação a alguns pedidos na referida ação trabalhista, interpôs recurso ordinário, com observância dos pressupostos legais de admissibilidade, tendo inclusive efetuado o preparo. Em seguida, o Juiz do Trabalho notificou as partes para que oferecessem suas razões de contrariedade, em igualprazo ao que teve o recorrente. Considerando os fatos narrados acima, responda, de forma fundamentada, aos itens a seguir. 
A) Analise a possibilidade de o autor recorrer, ou não, dos pedidos em que foi vencido, e de que maneira isso se daria, se possível for. 
Resposta: Havendo sucumbência reciproca, à parte, nos prazos das contra razões adere ao recurso já interposto. Súmula 283, TST c/c Art. 997, NCPC
B) Caso ambas as empresas tivessem recorrido ordinariamente, e tendo a empresa “Y” requerido sua exclusão da lide, analise e justifique quanto à necessidade, ou não, de a reclamada “X” efetuar preparo. 
Resposta: De acordo com súmula 128 III TST será necessário realizar o depósito porque X postula o fato.
1ª QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV 2012.3) - Uma empresa é condenada em reclamação trabalhista à entrega do perfil profissiográfico previdenciário (PPP), único pedido formulado pelo ex-empregado, que está com dificuldade de obtenção da aposentadoria especial junto ao INSS pela ausência deste documento. Com relação à obrigação de fazer, caso a empresa queira recorrer, assinale a afirmativa correta. 
A) Deve pagar as custas e efetuar o depósito recursal na conta vinculada do empregado. 
B) Deve efetuar o depósito recursal no valor do salário mínimo e não pagará as custas. 
correta ⇒ C) Deve pagar as custas e ficará dispensada de efetuar o depósito recursal. Súmula 161
D) Não deve pagar as custas nem efetuar o depósito recursal, haja vista inexistir condenação em pecúnia. 
2ª QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV – 2011.2) No dia 22/7/2009 (quarta-feira), foi publicada a sentença de improcedência do pedido. O advogado do autor tomou ciência da decisão, mas, como estava viajando, localizando-se em outro Estado da federação, interpôs recurso ordinário via fac-símile no dia 27/7/2009 (segunda-feira). Ao retornar de viagem, o advogado do autor requereu a juntada do recurso original no dia 04/8/2009 (terça-feira). Entretanto, após este último ato do advogado do autor, o juiz considerou intempestiva a interposição do recurso ordinário, negando-lhe seguimento. Diante dessa situação concreta, é correto afirmar que o advogado do autor deve 
correta ⇒ A) interpor agravo de instrumento, uma vez que atendeu o prazo de oito dias para a interposição do recurso ordinário e o prazo de cinco dias para a juntada do original. 
(B) impetrar mandado de segurança, uma vez que o juiz violou o seu direito líquido e certo de interpor recurso ordinário no prazo de oito dias a contar da publicação. 
(C) ingressar com uma reclamação correicional, uma vez que o juiz praticou um ato desprovido de amparo legal. 
(D) ajuizar uma ação rescisória, uma vez que a sentença judicial se tornou irrecorrível diante da decisão judicial que negou seguimento ao recurso ordinário. 
Semana 12 - Caso Concreto: (OAB/FGV) Um recurso de revista é interposto em face de acórdão proferido por Tribunal Regional do Trabalho em recurso ordinário, em dissídio individual, sendo encaminhado ao Presidente do Regional. Diante desta situação hipotética, responda, de forma fundamentada, às seguintes indagações: 
A) Se o Presidente admitir o recurso de revista somente quanto a parte das matérias veiculadas, cabe a interposição de agravo de instrumento? 
Resposta: O agravo de instrumento não é cabível no caso concreto porque só é admissível quando o recurso principal não for conhecido na integridade, haja vista que segundo a súmula 285 TST o recurso de revista admitido parcialmente pelo TRT será enviado de forma plena para o TST que poderá apreciá-lo.
B) É cabível a oposição de embargos de declaração contra decisão de admissibilidade do recurso de revista? 
Resposta: Não. A admissibilidade de recurso é agravo OJ 377, SDI-1, TST
1ª QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV - 2011.3) Uma ação é movida contra duas empresas integrantes do mesmo grupo econômico e uma terceira, que alegadamente foi tomadora dos serviços durante parte do contrato. Cada empresa possui um advogado. No caso de interposição de recurso de revista, 
(A) o prazo será computado em dobro porque há litisconsórcio passivo com procuradores diferentes. 
correta ⇒ (B) o prazo será contado normalmente. OJ 310, SDI 1, TST
(C) o prazo será de 10 dias. 
(D) fica a critério do juiz deferir a dilação do prazo para não prejudicar os réus quanto à ampla defesa. 
2ª QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV 2012.3 – IPATINGA) - Ao receber decisão de agravo regimental que manteve o indeferimento de medida liminar postulada em mandado de segurança de competência originária do Tribunal Regional do Trabalho, o advogado pretende recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho. Assinale a afirmativa que indica o procedimento processual correto. 
A) O recurso cabível é o recurso de revista. 
B) O recurso cabível é o recurso ordinário. 
C) O recurso cabível é o agravo de instrumento. 
correta ⇒ D) O recurso é incabível, de forma que nada há a ser feito. 
Semana 13 - Caso Concreto: A empresa Brasiliense Ltda. foi condenada ao pagamento de verbas trabalhistas postuladas na ação trabalhista proposta por Maria Joaquina. Inconformada, a empresa interpôs recurso ordinário, que ainda esta pendente de julgamento no Tribunal Regional do Trabalho. Iniciou-se a execução provisória fixando-se o valor da execução em R$30.000,00 (trinta mil reais). Devidamente citada, na forma do art. 880, da CLT, a empresa nomeou a penhora uma máquina industrial avaliada em R$40.000,00 (quarenta mil reais), Contudo, a Reclamante não aceitou o bem nomeado e o juiz determinou a penhora online, o que afetou a situação financeira da empresa que ficou sem a quantia necessária para efetuar o pagamento do salário dos seus atuais empregados. Diante do caso apresentado, na qualidade de advogado (a) consultado (a) pela empresa Brasiliense Ltda. indique a medida processual adequada para a liberação do valor penhorado, considerando que não cabe a interposição de agravo de petição. Justifique. 
Resposta: O advogado da empresa deverá impetrar mandado de segurança conforme entendimento exposto no item III da súmula 417 do TST.
1ª QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV – 2012.1) Relativamente à execução trabalhista, assinale a afirmativa correta. 
A) Pode ser por título judicial ou extrajudicial. São títulos extrajudiciais os termos de ajuste de conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho, os termos de conciliação firmado perante as Comissões de Conciliação Prévia e os cheques sem fundo passados pelo empregador ao empregado. 
B) Pode ser por título judicial ou extrajudicial. São títulos judiciais unicamente as decisões passadas em julgado com efeito suspensivo e são títulos extrajudiciais os termos de ajuste de conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmado perante as Comissões de Conciliação Prévia. 
C) Dependem de prévia liquidação, pelo que só podem ser executados a sentença e o acordo não cumpridos. 
correta ⇒ D) Pode ser por título judicial, caso do acordo descumprido, e por título extrajudicial, caso do termo de ajuste de conduta firmado perante o Ministério Público do Trabalho. 
2ª QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV 2012.3) A liquidação tem por objetivo a apuração do quantum debeatur nas sentenças proferidas de forma ilíquida e que tenham deferido, ao menos em parte, a pretensão deduzida. De acordo com a CLT, assinale a alternativa que indica as formas possíveis de liquidação da sentença nas obrigações de dar (pagar) e, caso o juiz conceda prazo às partes para manifestação, o número de dias para a impugnação. 
A) Artigos, cálculo ou arbitramento. Prazo de 8 dias. 
correta ⇒ B) Cálculo, arbitramento ou artigos. Prazo de 10 dias. 879 CLT
C) Artigos ou arbitramento. Prazo de 15 dias. 
D) Cálculo ou arbitramento. Prazo de 5 dias
Semana 14 - Caso Concreto: (OAB/FGV 2012.3) A Fazenda Pública Estadual, na condição de tomadora de serviços terceirizados, é condenada pela Justiça do Trabalho ao pagamento de verbas trabalhistas devidas ao empregado da empresa prestadora de serviços. Diante disso, entendendoa Fazenda Pública a presença de algumas omissões no fundamento do julgado, responda, justificadamente, aos itens a seguir. A) Qual é o prazo que a Fazenda Pública Estadual terá para opor embargos de declaração? 
Resposta: A fazenda pública terá 10 dias para opor embargos de declaração uma vez que tem prazo em dobro para recorrer na forma do art. 188 CPC.
B) Confirmada a sentença e sobrevindo a execução, que prazo a Fazenda Pública Estadual terá, de acordo com a Lei, para ajuizar embargos de devedor? 
Resposta: De acordo com o art. 1º “B” da Lei 9494/97 a fazenda Pública especialmente terá o prazo de 30 dias para apresentar os embargos de devedor contudo o TST vem adotando a decisão do STF que declarou a medida provisória 2180/35 de 2001, que acrescentou o art. 1º “B” da citada Lei ineficaz porque o MP não foi convolada em lei, voltando assim o prazo a ser de 5 dias.
1ª QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV - 2013.1) A requerimento do credor e após não localizar bens da pessoa jurídica ex-empregadora, o juiz desconsiderou a personalidade jurídica numa reclamação trabalhista, incluiu um dos sócios no polo passivo e o citou para pagamento. Este sócio, então, depositou a quantia exequenda, mas pretende questionar o valor da execução. Assinale a alternativa que indica a maneira pela qual ele materializará seu inconformismo. 
A) Ação Rescisória. 
B) Embargos de Terceiro. 
C) Impugnação de Credor. 
correta ⇒ D) Embargos à Execução. 
2ª QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV 2011.3 – DUQUE DE CAXIAS) Carlos José Pereira teve julgados procedentes os pedidos de equiparação salarial e de pagamento das diferenças salariais daí decorrentes. Iniciada a execução provisória, Carlos apresentou seus cálculos de liquidação, requerendo a sua homologação. O juiz, contudo, abriu prazo para que a parte contrária se manifestasse sobre os cálculos. Feito o contraditório, o juiz acabou por homologar os cálculos apresentados pela demandada e, com base nesse valor, expediu o mandado de citação, penhora e avaliação. Vinte e quatro horas após a expedição, o executado garantiu o juízo e requereu a expedição de alvará para o exequente, com a consequente extinção da execução. O juiz indeferiu o requerimento do executado, sob o argumento de que deveria aguardar o decurso de cinco dias a contar da garantia efetuada. Passados os cinco dias, o juiz julgou extinta a execução pelo cumprimento da obrigação e determinou a expedição de alvará em favor do exequente, intimando-o dessa decisão. Com base na situação acima descrita, é correto afirmar que o exequente tem o direito de interpor 
(A) apelação no prazo de 15 dias, uma vez que não foi intimado da garantia do juízo e, portanto, não lhe foi dada a oportunidade de impugnar a sentença de homologação dos cálculos. 
correta ⇒ (B) agravo de petição no prazo de 8 dias, uma vez que não foi intimado da garantia do juízo e, portanto, não lhe foi dada a oportunidade de impugnar a sentença de homologação dos cálculos. 
(C) recurso ordinário no prazo de 8 dias, uma vez que não foi intimado da garantia do juízo e, portanto, não lhe foi dada a oportunidade de impugnar a sentença de homologação dos cálculos. 
(D) agravo de instrumento no prazo de 10 dias, uma vez que não foi intimado da garantia do juízo e, portanto, não lhe foi dada a oportunidade de impugnar a sentença de homologação dos cálculos. 
Semana 15 - Caso Concreto: (OAB/FGV 2012.1) Prolatada sentença, impugnada via recurso recebido apenas em seu efeito devolutivo, em processo judicial movido por ente coletivo obreiro em face de sindicato patronal, onde se busca o estabelecimento de normas coletivas, inclusive reajuste salarial, a empresa GAMA SERVIÇOS LTDA. deixou de implementar o reajuste salarial deferido. Sabendo-se que tal sentença foi prolatada em 05/07/2009 e o recurso interposto ainda não foi apreciado, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
A) Na qualidade de advogado procurado por empregado da referida empresa, após 06/07/2011, qual medida judicial deve ser proposta para garantir a imediata aplicabilidade do reajuste salarial concedido na sentença? 
Resposta: O meio cabível é a ação de cumprimento na forma do art. 872 da CLT e da súmula 246 TST que prevê a possibilidade da sentença normativa mesmo não estando ela transitada e julgada.
B) Qual o termo a quo prescricional a ser considerado para efeito de exigibilidade dos créditos referentes ao reajuste salarial concedido? 
Resposta: A prescrição somente corre a partir do transito em julgado. Conforme súmula 350 TST
1ª QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV - 2013.2) No acordo coletivo em vigor firmado pela empresa Pluma Comércio de Óculos Ltda. existe uma cláusula na qual os seus empregados podem adquirir as mercadorias lá produzidas a preço de custo. Emerson, empregado desta firma, pretendia comprar um par de óculos, mas o empregador exigiu que ele pagasse também o valor da margem mínima de lucro do comércio local. Diante do ocorrido, assinale a alternativa que contempla a ação que, de acordo com a CLT, deverá ser ajuizada por Emerson para fazer prevalecer o seu direito. 
A) Execução de Título Extrajudicial. 
B) Mandado de Segurança. 
correta ⇒ C) Ação de Cumprimento. Art. 872
D) Ação Monitória. 
2ª QUESTÃO OBJETIVA: (MPU/FCC 2007) Ação cujo objeto é desconstituir cláusula estabelecida em Convenção Coletiva que viola norma de proteção à segurança e à saúde do trabalhador: 
a) cautelar. 
b) rescisória. 
correta ⇒ c) anulatória. 
d) civil pública. 
e) civil coletiva. 
Semana 16 - Caso Concreto: (OAB/FGV 2012.2) O juízo trabalhista da 90ª Vara do Trabalho de Fortaleza comunicou à empresa X quanto à inserção do seu nome no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas. A respeito disso, responda às indagações abaixo: 
A) Em que situações o nome do devedor é inscrito no BNDT (Banco Nacional de Devedores Trabalhistas)?
Resposta: Quando o devedor não cumprir a obrigação estabelecidas em sentença condenatória transitada em julgado proferida pela justicça do trabalho, em acordos judiciais trabalhistas e acordos firmados perante o MPT ou Comissão de Consolidação Prévia, Art 642 A da CLT 
B) Qual(is) é(são) a(s) consequência(s) da inserção do nome de uma empresa no BNDT (Banco Nacional de Devedores Trabalhistas), com emissão de certidão positiva? 
Resposta: Ficará impossibilitada de participar de licitações, conforme lei no 8666/932, alterada pela lei no. 12440/11. 
1ª QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV – 2011.1) Quanto ao cabimento do mandado de segurança na Justiça do Trabalho, assinale a alternativa correta. 
correta ⇒ (A) O mandado de segurança impetrado contra decisão liminar que concedeu a tutela antecipada perde o objeto quando da superveniência de sentença nos autos originários. Súmula 414, III, TST:
(B) É permitido o exercício do jus postulandi das partes quando da impetração do mandado de segurança na Justiça do Trabalho. 
(C) Tratando-se de execução provisória, não fere direito líquido e certo do impetrante a determinação de penhora em dinheiro, ainda que nomeados outros bens à penhora, uma vez que obedece à gradação da lei processual. 
(D) Cabe a impetração de mandado de segurança da decisão que indefere liminar ou homologação de acordo. 
2ª QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV – 2011.1) Assinale a alternativa correta no que diz respeito à execução trabalhista. 
(A) As partes devem ser previamente intimadas para a apresentação do cálculo de liquidação, exceto da contribuição previdenciária incidente, que ficará a cargo da União. 
correta ⇒ (B) Tratando-se de prestações sucessivas, por tempo indeterminado, a execução compreenderá inicialmente as prestações devidas até a data do ingresso na execução. Art. 892, CLT
(C) Na execução por carta precatória, os embargos de terceiro serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los será sempre do juízo deprecante. 
(D) Em se tratando de execução provisória, não fere direito líquido e certo do impetrantea determinação de penhora em dinheiro, quando nomeados outros bens à penhora, uma vez que obedece à gradação prevista em lei. 
SIMULADOS:
1a Questão: A Consolidação das Leis do Trabalho autoriza que o Direito Processual Comum seja aplicado subsidiariamente ao Direito Processual do Trabalho, em determinadas situações específicas. Tendo em vista a legislação aplicável e as lições da doutrina especializada, pode-se afirmar que a aplicação subsidiária do Direito Processual Comum nos domínios do Direito Processual do Trabalho requer:
a) A simples omissão da legislação processual trabalhista, porquanto o juiz não poderá se eximir de sentenciar ou despachar alegando ausência de lei;
b) A simples omissão ontológica ou axiológica da legislação trabalhista, e não apenas a omissão normativa, segundo a Consolidação das Leis do Trabalho.
c) A conveniência e a oportunidade ensejadas por cada caso concreto, a serem avaliadas pelo juiz do trabalho de forma discricionária;
d) O pedido do interessado e a conveniência e a oportunidade de cada caso concreto, a serem avaliadas pelo juiz do trabalho;
correta ⇒ e) A omissão da lei processual trabalhista e a compatibilidade da legislação processual comum com os princípios que informam o processo do trabalho;
2a Questão: (Advogado da UERJ - 2001) No processo do trabalho, são prazos para a interposição de recurso de revista, juntada de ata de instrução e julgamento aos autos, designação de audiência (a contar da notificação do reclamado), defesa oral do reclamado, razões finais e cada parte, agravo de instrumento, respectivamente:
a) 8 dias, 24 horas, 5 dias, 30 minutos, 15 minutos, 15 dias;
b) 15 dias, 72 horas, 15 dias, 30 minutos, 15 minutos, 10 dias;
c) 8 dias, 5 dias, 48 horas, 20 minutos, 10 dias, 8 dias;
correta ⇒ d) 8 dias, 48 horas, 5 dias, 20 minutos, 10 minutos, 8 dias.
3a Questão: (Procurador do Banco Central - 2006) O prazos no processo do trabalho, como regra geral, contam-se
a) A partir de quarenta e oito horas depois da ciência real ou presumida, em qualquer caso.
b) A partir de quarenta e oito horas da ciência pessoal da notificação ou da publicação do jornal oficial ou no que publicar o expediente da justiça do trabalho, ou a partir de quarenta e oito horas a contar do dia em que for afixado o edital na sede do juízo;
c) Da juntada do mandado de citação aos autos pelo oficial de justiça;
d) Da data da publicação do ato processual no jornal oficial;
correta ⇒ e) Da ciência pessoal da notificação, da publicação no jornal oficial ou no que publicar o expediente da justiça do trabalho, ou do dia em que for afixado o edital na sede do juízo, conforme o caso;
4a Questão: (Técnico Judiciário TRT/RJ)Compete às varas do trabalho conciliar e julgar as causas trabalhistas, com exceção do seguinte tipo de dissídio:
a) de reconhecimento da estabilidade de empregado;
correta ⇒ b) coletivo;
c) decorrente de contrato individual de trabalho;
d) de remuneração, férias e indenizações por motivo de rescisão do contrato individual de trabalho.
e) resultante de contrato de empreitada em que o empreiteiro seja operário ou artífice;
5a Questão: Restaurante Paraiso da Comida distribuiu Ação de Consignação em Pagamento em 1/2/2012, objetivando o depósito judicial das verbas trabalhistas de sua ex empregada Jurema Silva, autuada na 10 Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. A trabalhadora distribuiu Ação Trabalhista em 2/2/2012, objetivando cobrar as verbas trabalhistas em face de sua ex empregadora autuada na 20 Vara do trabalho de São Paulo. Tendo em vista a continência entre as ações faz-se necessário a reunião das aludidas ações. O Juízo da 10 Vara do Trabalho do Rio de Janeiro entende ser prevento e portanto competente. O Juízo da 20 Vara do trabalho de São Paulo tem o mesmo entendimento, razão pela qual surgiu um conflito de competência. Nesta situação será competente para solucionar o conflito:
a) TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO
b) TRIBUNAL DE JUSTIÇA
c) SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
d) SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
correta ⇒ e) TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
CASO CONCRETO 13 CONTESTAÇÃO
          
CASO CONCRETO 13
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA CIVIL DA COMARCA DE SÃO PAULO/SP
Autos do Processo Nº...
Marcelo, brasileiro, solteiro, engenheiro, residente e domiciliado na Rua....., n.º ....., Bairro ....., São Paulo, Estado de São Paulo, por intermédio de seu advogado e bastante procurador com base no art.39, I do código de processo civil , com escritório profissional sito à Rua ....., nº ....., Bairro ....., São Paulo, Estado de São Paulo, onde receberá as  intimações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência oferecer /apresentar
CONTESTAÇÃO
á ação  de cobrança  de cotas condominiais , movido pelo Condomínio Bandeirantes , já qualificados nos autos, pelos motivos  e fundamentos que passa a expor :
I - PRELIMINARMENTE
A base legal  para a  defesa processual tem a sua fundamentação legal nos seus artigos , 301 ,VII , 301, X   e 267,VI todos do Código de Processo Civil.
I.I - DA CONEXÃO  :
Verifica – se na ação proposta  a preliminar  descrita no art.301 XII do código de processo civil , onde o Senhor Társio , atual  proprietário  do imóvel  em que se cobra  as cotas condominiais , ingressou  com AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO DE PAGAMENTOS com intuito de quitação das parcelas  das cotas condominiais  vencidas, perante a 18ª Vara Cível  da comarca de São Paulo / SP , a 10ª Vara Cível será preventa , tendo em vista que este proferiu  o primeiro despacho positivo , assim sendo não resta, portanto, dúvidas de que ocorre em ambas as medidas, a identidade do objeto, caracterizando a conexão, conforme previsto nos artigos 103 , 105 e 106 , todos do CPC :
"ART. 103. Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando lhes for comum o objeto ou a causa de pedir."
ART.105. Havendo conexão ou continência, o juiz, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, pode ordenar a reunião de ações propostas em separado, a fim de que sejam decididas simultaneamente.
ART. 106. “Correndo em separado ações conexas perante juízes que têm a mesma competência territorial, considera-se prevento aquele que despachou em primeiro lugar.”
II- PRELIMINAR
II-I CARÊNCIA DE AÇÃO POR LEGITIMIDADE PASSIVA
O objetivo da demanda é a cobrança de cotas condominiais, verificando –se ainda na segunda preliminar  , que falta uma das condições da ação, ou seja a  ILEGITIMIDADE PASSIVA DA PARTE RÉ , pois o imóvel  do qual se cobra as referidas cotas condominiais , foi vendido  em julho de 2012 ao Senhor Társio , sendo esse  o legitimado pra figurar no polo passivo da demanda, tendo começado a inadimplir  com o condomínio no mês de agosto de  2012  quando se imitiu  na posse , com base nos artigos  301,X e 267 VI  todos do Código de Processo Civil :
Art. 301. Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
X - carência de ação; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
 Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005)
VI - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual;
  Em virtude disso, requer que seja acolhida a preliminar, a fim de que estes autos sejam extintos sem a  resolução do mérito , tudo de acordo com o artigo supra citado.
III D- O MÉRITO
Defesa de Mérito  ´´ propter rem ´´
As dívidas condominiais tem natureza "propter rem" e acompanham o imóvel. Dessa forma, o atual proprietário é responsável por todas as verbas devidas, mesmo que anteriores à data da aquisição do bem, tudo de acordo com o artigo  1325  do código civil 2002 e Jurisprudência  TJ - DF:
Art. 1315. O condômino é obrigado, na proporção de sua parte, a concorrer para as despesas de conservação ou divisão da coisa, e a suportar os ônus a que estiver sujeita.
Parágrafo único. Presumem-se iguais as partes ideais dos condôminos.
TJ-DF - ApelaçãoCível APL 71174520068070007 DF 0007117-45.2006.807.0007 (TJ-DF) Data de publicação: 04/12/2007
Ementa: DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. COBRANÇA. TAXAS CONDOMINIAIS EM ATRASO. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA. OBRIGAÇÃO PROPTER REM. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA CESSÃO DE DIREITOS SOBRE O IMÓVEL. ART 333 , II , DO CPC . RECURSO IMPROVIDO. 1. AS DÍVIDAS CONDOMINIAIS TÊM NATUREZA PROPTER REM, OU SEJA, ADEREM À COISA E NÃO À PESSOA QUE AS CONTRAIU, DE FORMA QUE O PAGAMENTO RECAI SOBRE AQUELE QUE FIGURA COMO TITULAR DO DOMÍNIO. 2. NÃO COMPROVADA A EFETIVA CESSÃO DE DIREITOS DO IMÓVEL, CORRETA A COBRANÇA DAS TAXAS CONDOMINIAIS DAQUELE CUJO NOME ESTEJA CONSIGNADO NA MATRÍCULA DO IMÓVEL COMO PROPRIETÁRIO. 3. TENDO OS RÉUS ALEGADO DEFESA DE MÉRITO INDIRETA, CARREARAM PARA SI O ÔNUS DE PROVAR O FATO IMPEDITIVO, MODIFICATIVO OU EXTINTIVO DO DIREITO DO AUTOR, SENDO QUE, DESTE ÔNUS PROBATÓRIO, NÃO SE DESINCUMBIRAM. 4. APELO IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 
O réu alega que não deve o referido valor das cotas condominiais peticionado pelo autor  , visto que  o imóvel  da lide em questão  foi vendido ao Senhor Társio em julho de 2012 conforme escritura pública acostada aos autos e registrada no cartório de imóvel da cidade de São Paulo e sendo assim tudo dentro da mais estrita legalidade o Senhor Társio IMITIDO na posse do mesmo , passando a residir em sua nova residência.
IV – DO PEDIDO
Ante ao exposto, requer:
   a)      A concessão da preliminar  dilatória  de CONEXÃO  remetendo o processo para a 10ª Vara Cível da comarca da cidade  de São Paulo ;
  b)     Em não sendo escolhida  a primeira preliminar  , que seja ACATADA  a preliminarPEREMPTÓRIA DE CARÊNCIA DE AÇÃO POR ILEGITIMIDADE PASSIVA ,extinguindo o processo sem resolução do mérito ;
    c)      Que seja indeferido os pedidos autorais;
    d)     A condenação  do autor  no pagamento  dos ônus sucumbências ;
V – DAS PROVAS:
Requer todas as provas admitidas em direito , documentais , testemunhais e periciais  tudo com base na codificação processual civil em seu art.332 .
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Local.... data ....
                                               Advogado
                                             OAB ...UF..
COMO FAZER UMA CONTESTAÇÃO PLANO DE AULA 9
                  
Plano de Aula: Articulação Teoria e prática. 
PRÁTICA SIMULADA I - CCJ0045
Título 
Articulação Teoria e prática. 
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
9 
Tema
Articulação Teoria e prática. 
Contestação (princípios do contraditório, da ampla defesa, da concentração, da eventualidade), a preclusão; o ônus da impugnação especificada dos fatos; defesas processuais e defesas de mérito. Estrutura da contestação.
Objetivos
Articular os conhecimentos teóricos adquiridos na disciplina Processo Civis, no tocante às defesas do Réu.
Identificar as defesas preliminares (artigo 301 do CPC).
Reconhecer prejudiciais de mérito.
Elaborar defesa de mérito direta e indireta.
Formular pedido contraposto.
Propor reconvenção.
Opor exceções.
Estrutura do Conteúdo
1. A Defesa do Réu
1.1 Princípios:
1.1 a) constitucionais (ampla defesa e contraditório);
1.1 b) princípio da concentração;
1.1 c) princípio da eventualidade;
1.1 d) preclusão.
1.2 Revelia. Efeitos;
1.3 Contestação;
1.3 a) o ônus da impugnação especificada dos fatos; 
1.3 b) defesas processuais;
1.3 c) defesas de mérito;
1.3 d) prejudiciais do exame de mérito
1.4 Reconvenção
1.4 a) requisitos 
1.4 b) distinção do pedido contraposto
1.4 c) procedimento
1.5 Exceções
1.5 a) incompetência
1.5 b) suspeição
1.5 c) impedimento Aplicação Prática Teórica
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA (COLOCAR A VARA PARA A QUAL A AÇÃO FOI DISTRIBUÍDA)
Processo n° ...
(NOME DA PARTE RÉ), já qualificada, vem por seu advogado, com endereço profissional (endereço completo), nos autos da AÇÃO _________, que tramita pelo rito ________, movida por (NOME DA PARTE AUTORA), vem a este juízo, oferecer:
CONTESTAÇÃO,
para expor e requerer o que segue:
PRELIMINARMENTE (art. 301 do CPC; defesas processuais)
1- contestar as dilatórias
2- contestar as peremptórias
NO MÉRITO (arts. 300, 302 e 303 do CPC)
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer:
a
1 o acolhimento da preliminar (dilatória) com a consequente remessa dos autos ao juízo competente ou prevento (preliminares dilatórias do art. 301, II ou VII do CPC);
2 o acolhimento da preliminar (peremptória) com a extinção do processo sem julgamento do mérito (preliminares peremptórias do art. 267 do CPC);
3 o reconhecimento da (prejudicial de mérito) e a extinção do processo com julgamento do mérito;
4 no mérito, a improcedência do pedido autoral (art. 269 do CPC);
5 a condenação do Autor aos ônus da sucumbência (art. 20 do CPC).
DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 332 e seguintes do CPC, em especial documental superveniente, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do autor.
Pede deferimento.
Local e data.
ADVOGADO
OAB
Postado por Esdras Arthur Lopes Silva Pessoa às 10:26 Nenhum comentário: 
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CASO CONCRETO 13 CONTESTAÇÃO
          
CASO CONCRETO 13
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA CIVIL DA COMARCA DE SÃO PAULO/SP
Autos do Processo Nº...
Marcelo, brasileiro, solteiro, engenheiro, residente e domiciliado na Rua....., n.º ....., Bairro ....., São Paulo, Estado de São Paulo, por intermédio de seu advogado e bastante procurador com base no art.39, I do código de processo civil , com escritório profissional sito à Rua ....., nº ....., Bairro ....., São Paulo, Estado de São Paulo, onde receberá as  intimações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência oferecer /apresentar
CONTESTAÇÃO
á ação  de cobrança  de cotas condominiais , movido pelo Condomínio Bandeirantes , já qualificados nos autos, pelos motivos  e fundamentos que passa a expor :
I - PRELIMINARMENTE
A base legal  para a  defesa processual tem a sua fundamentação legal nos seus artigos , 301 ,VII , 301, X   e 267,VI todos do Código de Processo Civil.
I.I - DA CONEXÃO  :
Verifica – se na ação proposta  a preliminar  descrita no art.301 XII do código de processo civil , onde o Senhor Társio , atual  proprietário  do imóvel  em que se cobra  as cotas condominiais , ingressou  com AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO DE PAGAMENTOS com intuito de quitação das parcelas  das cotas condominiais  vencidas, perante a 18ª Vara Cível  da comarca de São Paulo / SP , a 10ª Vara Cível será preventa , tendo em vista que este proferiu  o primeiro despacho positivo , assim sendo não resta, portanto, dúvidas de que ocorre em ambas as medidas, a identidade do objeto, caracterizando a conexão, conforme previsto nos artigos 103 , 105 e 106 , todos do CPC :
"ART. 103. Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando lhes for comum o objeto ou a causa de pedir."
ART.105. Havendo conexão ou continência, o juiz, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, pode ordenar a reunião de ações propostas em separado, a fim de que sejam decididas simultaneamente.
ART. 106. “Correndo em separado ações conexas perante juízes que têm a mesma competência territorial, considera-se prevento aquele que despachou em primeiro lugar.”
II- PRELIMINAR
II-I CARÊNCIA DE AÇÃO POR LEGITIMIDADE PASSIVA
O objetivo da demanda é a cobrança de cotas condominiais, verificando –se ainda na segunda preliminar  , que falta uma das condições da ação, ou seja a  ILEGITIMIDADE PASSIVA DA PARTE RÉ , pois o imóvel  do qual se cobra as referidas cotas condominiais , foi vendido  em julho de 2012 ao Senhor Társio , sendo esse  o legitimado pra figurar no polo passivo da demanda, tendo começado a inadimplir  com o condomínio no mês de agosto de  2012  quando se imitiu  na posse , com base nos artigos  301,X e 267 VI  todos do Código de Processo Civil :
Art. 301.Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
X - carência de ação; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
 Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005)
VI - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual;
  Em virtude disso, requer que seja acolhida a preliminar, a fim de que estes autos sejam extintos sem a  resolução do mérito , tudo de acordo com o artigo supra citado.
III D- O MÉRITO
Defesa de Mérito  ´´ propter rem ´´
As dívidas condominiais tem natureza "propter rem" e acompanham o imóvel. Dessa forma, o atual proprietário é responsável por todas as verbas devidas, mesmo que anteriores à data da aquisição do bem, tudo de acordo com o artigo  1325  do código civil 2002 e Jurisprudência  TJ - DF:
Art. 1315. O condômino é obrigado, na proporção de sua parte, a concorrer para as despesas de conservação ou divisão da coisa, e a suportar os ônus a que estiver sujeita.
Parágrafo único. Presumem-se iguais as partes ideais dos condôminos.
TJ-DF - Apelação Cível APL 71174520068070007 DF 0007117-45.2006.807.0007 (TJ-DF) Data de publicação: 04/12/2007
Ementa: DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. COBRANÇA. TAXAS CONDOMINIAIS EM ATRASO. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA. OBRIGAÇÃO PROPTER REM. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA CESSÃO DE DIREITOS SOBRE O IMÓVEL. ART 333 , II , DO CPC . RECURSO IMPROVIDO. 1. AS DÍVIDAS CONDOMINIAIS TÊM NATUREZA PROPTER REM, OU SEJA, ADEREM À COISA E NÃO À PESSOA QUE AS CONTRAIU, DE FORMA QUE O PAGAMENTO RECAI SOBRE AQUELE QUE FIGURA COMO TITULAR DO DOMÍNIO. 2. NÃO COMPROVADA A EFETIVA CESSÃO DE DIREITOS DO IMÓVEL, CORRETA A COBRANÇA DAS TAXAS CONDOMINIAIS DAQUELE CUJO NOME ESTEJA CONSIGNADO NA MATRÍCULA DO IMÓVEL COMO PROPRIETÁRIO. 3. TENDO OS RÉUS ALEGADO DEFESA DE MÉRITO INDIRETA, CARREARAM PARA SI O ÔNUS DE PROVAR O FATO IMPEDITIVO, MODIFICATIVO OU EXTINTIVO DO DIREITO DO AUTOR, SENDO QUE, DESTE ÔNUS PROBATÓRIO, NÃO SE DESINCUMBIRAM. 4. APELO IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 
O réu alega que não deve o referido valor das cotas condominiais peticionado pelo autor  , visto que  o imóvel  da lide em questão  foi vendido ao Senhor Társio em julho de 2012 conforme escritura pública acostada aos autos e registrada no cartório de imóvel da cidade de São Paulo e sendo assim tudo dentro da mais estrita legalidade o Senhor Társio IMITIDO na posse do mesmo , passando a residir em sua nova residência.
IV – DO PEDIDO
Ante ao exposto, requer:
   a)      A concessão da preliminar  dilatória  de CONEXÃO  remetendo o processo para a 10ª Vara Cível da comarca da cidade  de São Paulo ;
  b)     Em não sendo escolhida  a primeira preliminar  , que seja ACATADA  a preliminarPEREMPTÓRIA DE CARÊNCIA DE AÇÃO POR ILEGITIMIDADE PASSIVA ,extinguindo o processo sem resolução do mérito ;
    c)      Que seja indeferido os pedidos autorais;
    d)     A condenação  do autor  no pagamento  dos ônus sucumbências ;
V – DAS PROVAS:
Requer todas as provas admitidas em direito , documentais , testemunhais e periciais  tudo com base na codificação processual civil em seu art.332 .
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Local.... data ....
                                               Advogado
                                             OAB ...UF..
Ensaio: “Ativismo judicial” interpretado à luz da Constituição Republicana de 1988 Propõe-se ensaio preliminar de um dos capítulos que será discutido na obra "Controle de Constitucionalidade e Temáticas Afins" que restará lançada no início de 2015 Publicado por Leonardo Sarmento
JusBrasil - Artigos
16 de dezembro de 2014
Ensaio: “Ativismo judicial” interpretado à luz da Constituição Republicana de 1988
Propõe-se ensaio preliminar de um dos capítulos que será discutido na obra "Controle de Constitucionalidade e Temáticas Afins" que restará lançada no início de 2015 
Publicado por Leonardo Sarmento - 1 semana atrás
No presente ensaio se entenderá “ativismo judicial” como sinônimo de um judiciário pró-ativo a partir do momento em que for provocado a sair de sua inércia, nos termos daCF/1988, e não no sentido pejorativo que muitos emprestam a expressão. Nestes termos, uma das vigas mestras do espírito neoconstitucionalista do qual somos ferrenhos simpatizantes.
É de fato, hodiernamente, um dos mais badalados assuntos, de maior rodagem entre as instituições de poder, na imprensa, e consequentemente na sociedade. Falo do que se convencionou denominar de "ativismo judicial", que alcunho como sinônimo de “judicialização”, com a devida máxima vênia aos discordantes, muito em razão da Justiça Constitucional que se faz interveniente e capital em sua derradeira palavra final de dizer o direito dentro um Estado Democrático de Direito, mas também pelo incômodo promovido às funções políticas de poder, que deixaram de ter em mãos o poder capital do “xeque-mate”.
Judicialização quer representar que algumas questões de grande repercussão político-social estão sendo decididas por órgãos do Poder Judiciário, e não pelas forças políticas tradicionais: Congresso Nacional e o Poder Executivo, em cujo âmbito se encontram o Presidente da República, seus ministérios e a administração pública em geral. Como intuitivo, a judicialização envolve uma transferência de poder para juízes e tribunais, com alterações significativas na linguagem, na argumentação e no modo de participação da sociedade. O fenômeno tem causas diversas. Algumas delas expressam uma tendência global; outras estão diretamente relacionadas ao modelo institucional brasileiro.
A primeira grande causa da judicialização foi a redemocratização do país, que teve como ponto culminante a promulgação da Constituição de 1988. Nas últimas décadas, com a recuperação das garantias da magistratura, o Judiciário deixou de ser um departamento técnico-especializado e se transmudou em verdadeiro poder técnico-político, capaz de fazer valer a Constituição e as leis, inclusive em confronto com os outros Poderes. No Supremo Tribunal Federal, uma geração de novos Ministros já não deve seu título de investidura aos regimes autocráticos de outrora. A ambiência democrática fez ressurgir a cidadania, dando maior nível de informação e de consciência de direitos a amplos segmentos da população, que passaram a buscar a proteção de seus interesses perante magistrados e tribunais. Nesse mesmo ínterim, deu-se a expansão institucional ao Ministério Público, com aumento da relevância de sua atuação além da área estritamente penal, bem como a presença crescente da Defensoria Pública em diferentes partes do Brasil. Em parcas palavras: a redemocratização fortaleceu e expandiu o Poder Judiciário, bem como aumentou a demanda por justiça na sociedade brasileira.
A segunda causa foi a constitucionalização abrangente, que trouxe para a Constituiçãoinúmeras matérias que antes eram deixadas para o processo político majoritário e para a legislação ordinária. Essa foi, igualmente, uma tendência mundial, iniciada com as Constituições de Portugal (1976) e Espanha (1978), que foi potencializada entre nós com aConstituição de 1988. A Carta brasileira é analítica e ambiciosa, desconfiada do legislador constituído. Neste pensar, constitucionalizar uma matéria significa transformar Política em Direito. Na medida em que uma questão, seja um direito individual, uma prestação estatal ou um fim público é disciplinada em uma norma constitucional, ela se transforma, potencialmente, em uma pretensão jurídica, hábil para ser prestada sob a forma de ação judicial. Se a Constituição assegura o direito de acesso ao ensino fundamental ou ao meio-ambiente equilibrado, é possível judicializar a exigência desses dois direitos, levando ao Judiciário o debate sobre ações concretas ou políticas públicas praticadas nessas duas áreas.
A terceira e última causa que gostaríamos de avocar ao presente ensaio da judicialização, é o sistema brasileirode controle de constitucionalidade, um dos mais abrangentes do mundo. Referido como eclético, ele combina aspectos de dois sistemas diversos: austríaco e americano. Assim, desde o início da República, adota-se entre nós a fórmula americana de controle incidental e difuso, pelo qual qualquer juiz ou tribunal pode deixar de aplicar uma lei em um caso concreto que lhe tenha sido submetido caso a considere inconstitucional. Por outro lado, trouxemos do modelo austríaco o controle por ação direta, que permite que determinadas matérias sejam levadas em tese e imediatamente ao Supremo Tribunal Federal. A tudo isso se soma o direito de propositura amplo, previsto no art. 103, pelo qual quantidade substancial de órgãos, bem como entidades públicas e privadas, as sociedades de classe de âmbito nacional e as confederações sindicais, podem ajuizar ações diretas. Nesse contexto, quase qualquer questão política ou moralmente relevante pode ser judicializada e levada a Corte mais elevada do país.
De fato, à título exemplificativo-estatístico, somente no ano de 2008, foram decididas pelo Supremo Tribunal Federal, no âmbito de ações diretas, que compreendem a ação direta de inconstitucionalidade (ADI), a ação declaratória de constitucionalidade (ADC) e a arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) – questões como: a) o pedido de declaração de inconstitucionalidade, pelo Procurador-Geral da República, do art. 5º da Lei de Biosseguranca, que permitiu e disciplinou as pesquisas com células-tronco embrionárias (ADI 3.150); (ii) o pedido de declaração da constitucionalidade da Resolução nº 7, de 2006, do Conselho Nacional de Justiça, que vedou o nepotismo no âmbito do Poder Judiciário (ADC 12); (iii) o pedido de suspensão dos dispositivos da Lei de Imprensa incompatíveis com a Constituição de 1988 (ADPF 130). No âmbito das ações individuais, a Corte se manifestou sobre temas como quebra de sigilo judicial por CPI, demarcação de terras indígenas na região conhecida como Raposa/Serra do Sol e uso de algemas, dentre milhares de outros.
Ao se lançar o olhar para trás, pode-se constatar que a tendência não é nova e se renova. Nos últimos anos, o STF pronunciou-se ou iniciou a discussão em temas como: (i) Políticas governamentais, envolvendo a constitucionalidade de aspectos centrais da Reforma da Previdência (contribuição de inativos) e da Reforma do Judiciário (criação do Conselho Nacional de Justiça); (ii) Relações entre Poderes, com a determinação dos limites legítimos de atuação das CPIs (como quebras de sigilos e decretação de prisão) e do papel do Ministério Público na investigação criminal; (iii) Direitos fundamentais, incluindo limites à liberdade de expressão no caso de racismo e a possibilidade de progressão de regime para os condenados pela prática de crimes hediondos. Deve-se mencionar, ainda, a importante virada da jurisprudência no tocante ao mandado de injunção, em caso no qual se determinou a aplicação do regime jurídico das greves no setor privado àquelas que ocorram no serviço público.
É importante assinalar que em todas as decisões referidas acima, o Supremo Tribunal Federal foi provocado a se manifestar e o fez nos limites dos pedidos formulados. O Tribunal não tinha a discricionariedade de conhecer ou não das ações, de se pronunciar ou não sobre o seu mérito, uma vez preenchidos os requisitos de cabimento das ações. Não se pode imputar aos Ministros do STF a ambição ou a pretensão, em face dos precedentes referidos, de criar um modelo juriscêntrico, de hegemonia judicial. Limitou-se ela a cumprir, de modo estrito, o seu papel constitucional, em conformidade com o desenho institucional vigente.
Vivencia-se um período de inexorável descrédito das instituições políticas de poder do país. Com um Legislativo material e moralmente incapacitado a toda vista, vem representando mais as ambições da função Executiva de Estado que propriamente o povo que nosso regime constitucional elegeu como o titular do poder de um modelo de democracia representativa. O Legislativo tornou-se uma função de poder carcomida pela ausência de identidade própria que se voltasse ao interesse público legítimo, e já por manifestação volitiva expressa do próprio Poder Constituinte, fez-se iniciar um processo de espraiamento da supremacia constitucional, elegendo o Judiciário, em especial o STF, como o guardião e último efetivador da vontade constitucional.
A Constituição de 1988 adotou o modelo Social Democrata ao talante da tendência mundial, elevando os direitos fundamentais ao patamar de prioridade de Estado nos termos dos Direitos Humanos incorporados a Carta Maior de quase todos os países do mundo contemporâneo. Percebe-se nítido caráter de Estado-Constituição voltado aos Direitos de 2ª Dimensão (Direitos Sociais, Econômicos e Culturais), com especial proteção ao primeiro deles.
Um Estado Social, prestador, interveniente, não se negando por obvio os Direitos de 1ª Dimensão, as liberdades públicas, mas indubitavelmente priorizando o modelo de um Estado intervencionista na ordem social. Com a incorporação dos Direitos Humanos a CR/88 pelo Poder Constituinte na forma de direitos fundamentais protegidos como Cláusulas Pétreas, já se proporcionou um espaço de blindagem onde o volátil Poder Constituído (à exemplo do Congresso Nacional) não poderia mais manipular ao seu livre talante o destino de seus representados. Já naquele momento deu-se o "start" para um gradual processo de deslegitimação do Legislativo, que já contava com uma história pouco estimulante, e que o tempo só fez corroborar o inicial acerto do Constituinte originário "deslegitimador".
Quando digo “deslegitimador”, refiro-me ao seu papel preponderante de outrora, papel hoje indubitavelmente atribuído pela Carta maior ao Supremo Tribunal Federal, nos termos do princípio da Separação de Poderes e da teoria dos “checks in balances”.
Ao se perpetrar uma Constituição fortemente principiológica (com abertura axiológica), repleta de mandamentos de otimização nos termos dos ensinamentos de Alexy e Dworkin, abriu-se espaço a um maior ativismo do Tribunal Constitucional que, como função precípua, deveria tutelar a supremacia da constituição, efetivando-a, realizando-a, não mais como mero legislador negativo (expressão cunhada de Kelsen), mas como agente implementador último, capaz de no momento que fosse provocado a sair de seu estado de inércia pela ineficiência das demais Funções de Poder (Legislativa e Executiva) pudesse restabelecer a vontade constitucional de um Estado socialdemocrata que deve efetivamente assegurar ao cidadão os direitos fundamentais constitucionalizados, a partir da tábua rasa do mínimo existencial, em respeito à dignidade da pessoa humana.
Não haveria "ativismo judicial" caso os direitos fundamentais restassem prestados nos termos da Constituição, pois a Função Jurisdicional de Poder só se ativa quando provocada a partir da ineficiência da Função Executiva em prestar os direitos fundamentais por suas políticas públicas, ou do legislativo, de legislar. Em última ratio a judicialização da política funciona como remédio necessário modo a conferir eficácia aos mandamentos fundamentais.
A exclusão da Justiça Constitucional do cenário de implementação, em uma mera cogitação, ainda que hipoteticamente inviável nos termos da CRFB/88, transformaria o Estado social em um Estado liberal de fato, permitir-se-ia um imponderável retrocesso que em um Estado capitalista marcado pelas desigualdades extremas, que não mais se compatibilizaria tomado nosso momento histórico atual. O chamado "mínimo existencial" não seria mais sindicável pelo Estado-juiz, e a argumentação da "reserva do possível" passaria a ser automaticamente a tônica de um jogo de não implementação dos onerosos Direitos Fundamentais prestacionais, âmbito onde o orçamento público encarna o papel que procura deslegitimar as necessidades fundamentais impostas pelo constituinte em tutela aos hipossuficientes. Claro, aqui não se exclui a necessidade de se ponderar os direitos fundamentais requeridos,mas sempre guardando a necessidade de respeito de um mínimo existencial “quase que intangível” representativo da dignidade da pessoa humana.
Neste cenário de horror hipotético, segundo as nossas hipossuficientes realidades, o parlamento voltaria a preponderar com suas decisões majoritárias, e as minorias seriam sumariamente esmagadas sem direito a pleito. O Estado liberal encabularia a Justiça Constitucional quando chamada a fazer prevalecer os Direitos sociais fundamentais nas omissões materialmente imputadas ao Estado-Executor e ao Estado-Legislador. Propostas de emendas à Constituição andam vagando tendentes a exatamente reduzir o papel de protagonismo do Judiciário em um Estado Democrático de Direito, inclusive, ventilou-se calar o Ministério Público por meio da PEC 37, essencial colaborador para o funcionamento de um Judiciário eficaz e fundamental fiscal da ordem jurídico-social. Dentro da estrutura do Judiciário, o STF tornou-se a bola da vez a partir do estouro do mensalão, onde Executivo e Legislativo praticaram crimes que tentaram chamar de política, uma rebelião de poder contra a moralidade pública e a efetiva aplicação do princípio da Supremacia da Constituição, que por obvio não pode ser tolerada. Assim tentou-se reduzir o papel do STF com a PEC 33, o que viria a representar inegável retrocesso ao poder de efetivação da Constituição e um atentado ao poder constituinte.
Argumentos pouco persuasivos são alçados como forma de deslegitimar algumas atuações de "ativismo judicial". Procuram incutir dentro da sociedade que as decisões legítimas e democráticas devem ter a participação preponderante do Legislativo e/ou do Executivo, eleitos pelo povo.
A estes não custa lembrar, que a Constituição é obra preponderante do Poder Constituinte, representantes do povo de maior importância na história de um Estado Constitucional, retalhada, é verdade, pelo "Poder Constituído", que também goza de legitimação popular. A partir da criação de ambos que se construiu a atuação da Função Jurisdicional, que se atribuiu o papel de efetivador último das vontades do legislador constitucional, entre elas o papel de aplicador subsidiário dos direitos fundamentais não prestados a sociedade, de moralizador da política quando esta se torna instrumento para a perpetração criminosa e desvios das legítimas finalidades públicas, enfim o grande sustentáculo de um Estado Democrático de Direito constitucional, e por isso, com indelével carga de legitimação popular, inquestionável. Não há nada mais legítimo do que agir nos termos da Constituição.
Deixo exemplos aclaradores, capazes de diferençar um Estado Social Constitucional de um liberal de defesa, com um Judiciário despido de seu ônus efetivador dos mandamentos constitucionais, onde o Estado-juiz está vocacionado basicamente para a manutenção das liberdades públicas, por vejam:
Quando um hipossuficiente encontra-se necessitado de um medicamento que vai além de suas posses, e este não restou fornecido por meio de políticas públicas ineficazes, ou quando o hipossuficiente vai aos hospitais públicos e não encontra leito para se internar, é a Função Jurisdicional, que provocada diante da ineficiência do Estado-Administração, será capaz de obrigá-lo a pagar o remédio e a providenciar o leito, ainda que em hospital privado caso não haja realmente leitos disponíveis em hospitais públicos, para que desta forma se faça cumprir o direito fundamental à saúde.
Em um Estado liberal, onde não teríamos um Estado intervencionista na ordem social caso nossa Constituição não tivesse as balizas de uma Constituição-Cidadã, não teríamos um protagonismo da Função Judisdicional tendente a prestações positivas de direitos fundamentais, o Estado-Administração estaria livre para negar tais Direitos por não ser este o seu papel fundamental, que vale dizer, provavelmente, nem na Constituição estariam elencados esses direitos na forma de direitos fundamentais protegidos como cláusula pétrea, já que promover-se-ia um modelo de Estado não-prestador, de garantidor mínimo das liberdades públicas.
Especulando um modelo de Estado Social como é o nosso, mas sem o protagonismo da Função Jurisdicional, o Estado-Administração simplesmente poderia perpetrar as ineficácias de suas políticas públicas que estaria livre de uma intervenção jurisdicional como eficaz garantidora do direito fundamental à saúde.
O Direito fundamental a educação não fica excluído da mais completa ausência de critério no que tange a implementação de políticas públicas. Com uma política desastrada, incompetente e irresponsável, em 2010, por exemplo, o Brasil já possuía 1.240 cursos de Direito, pasmem, quando o número total de cursos de Direito no restante do mundo, excluído o Brasil somava 1.100. O Brasil sozinho possuindo mais cursos de Direito autorizados que a soma dos cursos de Direito de todo o mundo, repetido pelo absurdo que representa. (Os dados foram importados do portal IG, no blog Lei e Negócios).
Como resultado, temos uma absurda saturação de advogados quase irreversível, onde a oferta de oportunidades de empregos é risível se comparada a necessidade de colocação de profissionais no mercado. Nem a prova da OAB, que reprova muito mais que aprova, pela baixíssima qualidade do ensino no país, é capaz de dignificar o mercado. Aos advogados sobram a quase desumana peneira dos concursos públicos, já que a mão-de-obra aproveitada para advocacia privada resta subvalorizada pelo mercado consumidor, o mercado da oferta e da procura.
Hoje a qualquer profissional de nível médio é oportunizado salário maiores que a maior parte dos profissionais do Direito, em uma inelutável inversão de valores pela incompetência das políticas públicas perpetradas. São cinco anos de curso que não se revertem em um produto hábil a gerar o retorno esperado, ao contrário, capacita os profissionais para o fracasso e a frustração.
Neste ponto, onde a jurisdicionalização da questão é de difícil cogitação, onde a discricionariedade do mérito administrativo caminha com superlativa liberdade, é a sociedade quem paga a conta da incompetência do Estado-Administração.
E contra um Legislativo ineficaz, há remédios? E quando o Legislativo não legisla, e normas constitucionais com eficácia limitada (não auto-executáveis) não conseguem cumprir seu papel pela falta de eficácia proporcionada pela omissão legislativa? Sem a preponderância do Judiciário constitucionalizada como é hoje, não haveríamos instrumentos como o Mandado de Injunção ou a Ação Direta de Inconstitucionalidade por omissão, que vale dizer, possuem uma eficiência menor que a desejável, mas agrega valor se cogitada suas inexistências como instrumento concretizadores.
Digo isto, pois a tutela jurisdicional não pode ser difundida sem provocação, e sim prestada materialmente a quem procurou o judiciário, e este (Judiciário) não possui meios normativos para obrigar o Legislativo a cumprir o seu papel de legislador positivo. O Judiciário apenas dá ciência da mora legislativa, mas não pode obrigar a legislar em determinado prazo sobre um direito fundamental não regulamentado. Diria que, a intervenção jurisdicional neste caso é menor que a desejável no tocante ao Legislativo, já que com relação ao Executivo a política pública terá que ser implementada no prazo de 30 dias, gerando uma maior eficácia "erga omnes" do Direito material fundamental sonegado.
É nesta esteira, que infirmo o quanto pífio são os argumentos de "ativismo judicial", de separação de poderes, por despidos de qualquer cognoscibilidade minimamente aferível à partir de uma razoável e imparcial ponderação. O princípio da Separação de Poderes é fundamento ao Estado Federativo e deve ser respeitado nos estritos termos da Constituição. Pretendeu-se demonstrar que a preponderância interventiva do Judiciário é o espírito do Estado Democrático de Direito previsto na Constituição Republicana de 1988, e assim deve permanecer. Certo porém, é que, tanto o Executivo como o Legislativo, omissos em seu deveres funcionais, não são sancionados por

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