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Jurisdição: Função do Estado

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TEORIA GERAL DO PROCESSO – II BIMESTRE
JURISDIÇÃO
A jurisdição é exercida pelo Poder Judiciário.
A jurisdição é uma espécie de heterocomposição.
A ideia que se tinha era:
O processo é realizado pela função jurisdicional do Poder Judiciário e esta função jurisdicional era tida como função do Estado, porém ela tem uma série de qualidades que a individualizam.
Como se distingue uma jurisdição de outra atividade estatal? Através do conceito de Jurisdição.
Conceito: função atribuída a terceiro imparcial de realizar o Direito de modo imperativo e criativo, reconhecendo, enfatizando ou protegendo situações jurídicas concretamente deduzidas em decisão insuscetível*(incapaz, não possível, que não se melindra facilmente) de controle externo e com aptidão para tornar-se indiscutível *(evidente).
1. Função atribuída a terceiro imparcial: através deste conceito percebe-se então que a jurisdição é uma espécie de heterocomposição. 
*Existem várias formas classificadas pelo Direito para resolver o conflito(lide) que podem ser classificadas basicamente em 3 grupos que são:
Heterocomposição: é uma forma de resolução de conflito em que quem decide é um Juiz, terceiro imparcial, onde a vontade do terceiro substitui a vontade das partes, prevalece sobre a vontade das partes. Ex.: Ana tem um contrato com a FIBRA, que não paga as horas extras devida. Ana move uma ação trabalhista contra FIBRA. Quem vai decidir é o Juiz que é o terceiro, que está alheio a relação de Ana e da FIBRA, pois não faz parte da relação jurídica que está sendo questionada, porém a decisão dele vai prevalecer sobre a vontade das partes.
Autocomposição: o conceito AUTO=PRÓPRIO, são as próprias partes quem decidem. Existe um acordo entre as partes. A vontade própria das partes prevalece. EX.: Mediação.
No NCPC, existe um capítulo bem detalhado sobre Mediação e Conciliação, que os estudiosos dizem que: ...Não é recomendável que o Juiz faça mediação, é bom ter um servidor conciliador treinado para isso, porque este conciliador terá que ter um jogo de cintura, para fazerem as partes chegarem em um acordo, porque se as partes NÃO quiserem...NÃO TEM SOLUÇÃO! Na heterocomposição o Juiz é quem decide, porém na autocomposição NÃO. O juiz não tem jogo de cintura, não é treinado para isso. Não existe autocomposição na ação penal mais grave.
Autotutela: eu mesmo protejo os meus direitos com a minha força. Olho por olho, dente por dente. Em REGRA, é proibida pelo Direito, mas se houver autorização legislativa, pode ser admitida. Ex.: greve, legítima defesa, esbulho processório*(é o ato pelo qual uma pessoa perde a posse de um bem que tem consigo – sendo proprietário ou possuidor- por ato de terceiro que toma forçadamente, sem ter qualquer direito sobre a coisa que legitime seu ato).
Bom isto é para lembrar que Jurisdição é uma espécie de heterocomposição. A função atribuída a terceiro imparcial (Ex.: Juiz, Ana e FIBRA), a vontade deste terceiro imparcial substitui a vontade das partes, por isso que se fala que basicamente na heterocomposição existe a ideia de SUBSTITUTIVIDADE.
ATENÇÃO esta classificação é clássica, da década de 70.
Na heterocomposição a vontade do Juiz substitui a vontade das partes.
Na autocomposição as vontades das partes prevalecem.
Lembrando que HOJE...NÃO pode ter o elemento surpresa e que as partes constroem junto com o juiz a decisão final (Juiz quem assina).
2. Imparcial ...a ideia de imparcialidade tem dois aspectos:
Objetivo: o Juiz não pode ser parte. Ex.: o Juiz bateu no carro de uma pessoa e vai decidir quanto vai pagar para reparar o dano. O Juiz NÃO pode decidir, NÃO pode fazer parte, assim como não pode ter vínculo....
Subjetivo: NÃO pode ser parente, NÃO pode ser melhor amigo, também NÃO pode ser o pior inimigo.
3. Modo Imperativo: Imperatividade e Inevitabilidade – A Jurisdição por ser uma função do Estado é uma coação imperativa (coercitiva), pois não podemos evitar a jurisdição, que é uma manifestação de poder, e temos que nos submeter a ela. Ex.: se eu for citada, tenho que ir lá responder, não posso me negar a responder o processo, porque a Jurisdição é inevitável, e esta inevitabilidade da jurisdição é consequência do fato dela ter uma função de poder, de ser imperativa, de ser obrigatória, é reflexo do que chamamos de jus imperium do estado e tem reflexo em outras áreas, como a função legislativa - somos obrigados a obedecer a lei – reflexo na função administrativa...ex.: construir uma escola onde está construída sua casa –interesse público, então sua casa vai ser desapropriada. Decisão judicial, se recorre e cumpre. Não pode deixar de cumprir.
Aula do dia 15/04
4. Criativa: A função jurisdicional é criativa, cria-se a norma jurídica do caso concreto, bem como se cria muitas vezes a própria regra abstrata que deve regular o caso concreto. O Juiz ao julgar, CRIA tem um papel criativo. Ele não é um mero reprodutor do que está na Lei. Ele parte da Lei para criar a solução jurídica do caso concreto. A norma jurídica do caso concreto não estava na Lei. Foi criada pelo Juiz.
Jurisdição como Atividade criativa
	Poder Legislativo
	Poder Judiciário
	Poder Executivo
	Cria o Direito
	Aplica o Direito
	Administra o Direito
	CONTROLE EXTERNO
	ATIVIDADE LEGISLATIVA
	ATIVIDADE JURISDICIONAL
	ATIVIDADE DO EXECUTIVO
 ADMINISTRATIVA
	
	
	
	*Controla o orçamento
*É suscetível de controle externo
	*Controla as leis inconstitucionais
* quem controla o judiciário?
Ele mesmo.
Este controle é Interno
	*Nomear Ministros
*Construir escola
* Fazer um Hospital
*É suscetível de controle externo
Aula do dia 22/04
A Jurisdição é a ÚNICA atividade do Poder Público que não é submetida a CONTROLE EXTERNO. O controle da jurisdição é interno.
Outra qualidade da Jurisdição é a aptidão para se tornar indiscutível. Aqui precisa ter cuidado com a coisa julgada.
Coisa Julgada: Lembrando que as decisões administrativas e legislativas são mutáveis, se ocorrer uma decisão legislativa por exemplo, ela não é perene, não é definitiva, não é para sempre, tanto porque se pode recorrer em uma decisão administrativa perante a própria administração pública, tanto porque se pode controlar uma decisão administrativa pelo poder judiciário, que pode dizer que uma decisão administrativa é ilegal – há um controle.
Então sempre se pode questionar uma atuação administrativa.
A mesma coisa acontece com a Lei. É editada uma Lei, regulando determinado direito, se esta lei tornar-se inconveniente para a sociedade o que faz? Revoga-se por meio de outra Lei. Ou se esta Lei viola um direito constitucional declara-se que ela é inconstitucional. Esta lei NÃO é imodificável.
A atividade jurisdicional é a última, e recebe uma qualidade chamada de COISA JULGADA. Essa coisa julgada é uma qualidade da decisão judicial – que pode adquirir esta qualidade de coisa julgada- tornando-se indiscutível, imodificável, inimutável, perene. NUNCA mais esta questão jurídica da coisa que já foi definida vai poder ser novamente questionada. Porque quando se ajuíza uma ação, se tem uma lide, vem o poder judiciário e define a questão chegando no ponto da coisa julgada, ou seja, não pode mais recorrer, não pode mais alterar a decisão.
Ex.: Maria ajuizou ação contra João, pedindo 3 meses de aluguel atrasado. O juiz decide: condeno João a pagar para Maria os 3 meses de aluguel, mais multa, mais os juros. Quando o juiz condena João a pagar, João vai poder recorrer. João recorre para mudar a decisão inicial, para reformar a decisão inicial. Quando não tem mais onde recorrer, não tem mais viabilidade de recurso, esta situação, este processo, transita em julgado, ou seja esta questão jurídica não pode mais ser discutida em juízo, só resta cumprir. – Coisa Julgada! Artigo 485 cpc
Coisa julgada é estabilidade exclusiva da atividade jurisdicional por causa da Segurança Jurídica.
A coisa julgada se classifica em 02 situações:
Material: se dá quando o Juiz decide o processo julgando o mérito.
Formal: é a impossibilidade de revera questão judicial no mesmo processo.
O que é o mérito do processo? É a lide nos limites do pedido.
Quando olhamos para o processo verificamos que ele tem 2 tipos de questões:
Questão de Mérito – quando estamos diante da questão de Mérito, o que queremos saber com o mérito? – Saber sobre o pedido do processo. Ex.: Maria ajuíza uma ação contra João (Todo processo quer o reconhecimento de um direito material). Sempre se tem um pedido no processo e esse pedido sempre diz respeito a um direito material, seja civil, consumidor, empresarial e esse pedido que é feito e a resposta do réu a esse pedido ou seja a lide nos limites do pedido configuram o Mérito. Ex.: quando Maria ajuíza uma ação contra João ela está dizendo que quer que o juiz reconheça que João lhe deve 3 meses de aluguel e que quer que o juiz condene João a pagar estes aluguéis. Foi feito o pedido. João vai responder e alegar que não deve 3 meses porque fez um depósito antecipado de 2 meses e pede que abata um mês de aluguel – esses argumentos que dizem respeito ao pedido dentro da lide, são argumentos de mérito, a lide envolve questões além do mérito, mas o mérito é o que diz respeito ao pedido, não só ao pedido que o autor faz quando ele ajuíza a ação mas também a resposta que o réu dá sobre esse pedido – é diferente de quando se reconhece uma questão processual no processo ou quando se enfrenta uma questão processual.
Questões Processuais- O que é uma questão processual?
Ex.: quando Joaozinho de 13 anos, resolve mover uma ação contra o fabricante do Xbox dele. Joaozinho pode sozinho mover uma ação contra o fabricante? NÃO...pois o mesmo não tem capacidade processual. Essa questão de capacidade processual é uma questão de mérito? Tem a ver com o pedido que ele faz? NÃO pois é uma questão puramente processual, é um pressuposto processual.
Então quando analisamos um processo temos que distinguir o que é questão processual do que é questão de mérito.
Lembrando que as questões de mérito dizem respeito ao pedido e o pedido sempre diz respeito ao Direito Material, porém as questões de mérito não se restringem ao pedido, elas também abarcam a resposta do réu quanto ao pedido, não é só o que autor pede, mas é também o que o réu responde em relação ao que o autor pede. O autor alega ter um direito e o réu responde dizendo que ele não tem aquele direito, isso é o pedido, é o núcleo do processo. O mérito é a parte mais importante do processo, é o que vale a pena no processo, é o que deu origem ao conflito e o que o Juiz precisa decidir para pacificar a relação, solucionar a questão.
Porém existem outras questões também, como ex. a capacidade processual, a legitimidade, ex.: a professora A está sem receber suas férias da FIBRA e resolve ajuizar uma ação contra o coordenador, porém seu contrato de trabalho não foi com o coordenador, não foi ele quem assinou sua carteira, logo o coordenador não é parte legítima para responder, esta não é uma questão de mérito e sim uma questão processual. O juiz sempre analisa as questões processuais primeiro para saber se o processo tem viabilidade e depois analisa o pedido em si. Então o juiz vai dizer professora vc ajuizou a ação contra a pessoa errada, o juiz não vai nem olhar se a professora tem direito a receber ou não. Então sua decisão será sem resolução de mérito.
Extingue-se o processo sem solucionar o mérito. Quando isso acontece se diz que o Juiz acolhe uma preliminar, porque ele analisa antes.
Nas questões processuais pode ser ajuizado novamente a ação até 3 vezes, o processo foi resolvido sem resolução do mérito, foi feito coisa julgada formal.
Quando se decide o mérito se faz coisa julgada material e a coisa julgada material nunca mais pode ser ajuizada em outra ação.
Então a coisa julgada Material é esta que torna a questão indiscutível.
Porque uma coisa é a improcedência do pedido que julga coisa julgada material e outra coisa é o não conhecimento da ação que julga coisa julgada formal. Se nós adotássemos a Teoria Concretista a improcedência do pedido seria igual ao não conhecimento da ação, só tem direito de ação quem tem direto material, porém não é isto que adotamos, separamos, o direito de ação não é vinculado/dependente do direito material, mas para verificar a existência de ação no caso concreto, utilizamos alguns elementos da relação jurídica material. Então temos duas condições em relação as partes: Condição da Ação
A coisa julgada formal é a impossibilidade de rever a questão/decisão jurídica no mesmo processo. Voltando o exemplo da Maria. Maria ajuizou ação contra João, na sentença o Juiz condenou o João, que recorre ao TJ que mantem a decisão, ainda insatisfeito com a decisão recorre novamente ao STJ, que mantém a decisão, João não tem mais onde recorrer, quando isso acontece teve coisa julgada material e coisa julgada material, porque não tem possibilidade de recorrer no mesmo processo.
Vamos a outro exemplo: ao invés do Juiz condenar João, sua sentença foi prá dizer que João não é parte legítima no processo, porque apesar de Maria ter negociado o apartamento com João e ser ele morador do apartamento, o contrato foi feito no nome de seu pai Saulo, pois João não tinha renda suficiente, então o juiz relata que Maria ajuizou a ação contra a pessoa errada. Inconformada Maria recorre pois Saulo é um senhor de idade, o TJ mantém a decisão, Maria recorre ao STF que também mantém a decisão. Coisa Julgada imaterial.
A coisa julgada formal é a impossibilidade de rever a decisão no próprio processo.
Maria poderá ajuizar uma outra ação neste caso contra Saulo.
Obs.: A coisa julgada Material pressupõe a formal
Outro exemplo: Maria ajuizou ação contra João pedindo os três meses de aluguel veio a sentença e condenou João a pagar, ou seja o pedido foi procedente. João recorre ao TJ, alegando que o contrato foi feito com seu pai ou seja ilegitimidade passiva e o TJ reconhece, dando razão a João, pois o contrato foi com Saulo, então João não pode ser parte no processo. O Acórdão não manteve a sentença, então ele substitui a sentença. Coisa julgada formal. Maria neste caso pode ajuizar uma nova ação contra Saulo que é a pessoa certa. 
Uma decisão administrativa não faz coisa julgada. Não existe coisa julgada na administração pública
A coisa julgada é estabilidade exclusiva da atividade jurisdicional, a ideia é esta não se pode ficar remoendo o processo prá sempre, tem que ter segurança jurídica.
A jurisdição atua no caso concreto. O julgador não decide sobre abstração.
Aula do dia 28/04/16
Arbitragem
Sabemos que existem vários métodos/formas de solução de conflitos, Temos a jurisdição, os equivalentes jurisdicionais, que são formas alternativas de solução de conflitos (a conciliação, a mediação, a autotutela) chamamos de equivalentes jurisdicionais, porque eles resolvem o conflito mas não são jurisdição.
Na arbitragem só se leva direitos disponíveis, direitos patrimoniais. Não se leva para arbitragem direito de família, direito de personalidade, direito da criança porque são direitos indisponíveis.
Ex.: Temos 2 empresas discutindo o contrato que elas fizeram, onde uma fornece um determinado material para outra, estas empresas chegaram nesta relação jurídica contratual que tem e nasceu um conflito, uma quer pagar menos a outra quer receber mais – o conflito foi instalado – elas poderiam resolver o conflito por acordo, porém não conseguiram resolver, poderiam resolver o conflito também no judiciário, porém foi dado a elas desde 1996 uma alternativa no judiciário que é a arbitragem, por meio da arbitragem essas partes que tem este conflito, podem escolher um Juiz Arbitral, que é uma pessoa “privada”, ele não é um servidor público, não é remunerado pelo poder público. Então as partes vão escolher este árbitro para solucionar este conflito e vão se submeter a decisão deste arbitro, lembrando que este árbitro precisa ser uma pessoa bastante qualificada. Então primeiro eles vão acordar/convencionar se eles querem resolver este conflito por meio da arbitragem, que é meio alternativo ajurisdição estatal e um dos fatores para não escolher a jurisdição estatal é o tempo e a confidencialidade, por não quererem expor um segredo industrial, ou por não quererem que este processo fique exposto a publicidade, querem algo mais reservado, por isso fazem a opção por arbitragem. Bom, mas antes de escolher este juiz precisam fazer uma convenção de arbitragem, que é o acordo de que vão resolver o conflito por meio da arbitragem, após isto vão a câmara de arbitragem e verificam qual, arbitro irão escolher para ser o árbitro deste processo arbitral e daí inicia-se o processo arbitral, ressaltando que quando eles decidem que o processo vai ser por meio de arbitragem eles abrem mão da jurisdição estatal. Quem recorre a arbitragem abre mão da jurisdição estatal. Se uma das partes não concordar com a decisão do juiz arbitral ele não pode pedir ao juiz estatal que intervenha.
P.S- quando veio a lei da arbitragem em 96, muita gente questionou isso...espera lá…temos um problema aqui...como é isso de as partes poderem optar pela arbitragem e o fato de optar pela arbitragem significa dizer que elas abrem mão da jurisdição estatal? Qual o problema que temos aqui? Ora sabemos que quando escolhemos o juiz estamos ferindo o princípio do juiz natural. Mas qual é o problema de dizer que não pode ter acesso ao poder judiciário? Neste caso ferirá o princípio da inafastabilidade conforme o art. 5 XXI da CF “a lei não excluirá de apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”? o STF entende que no caso da arbitragem houve uma voluntariedade, por isso é preciso uma manifestação de vontade expressa. É por isso que não é possível instituir arbitragem em contrato de adesão (contrato que em regra não lemos e só clicamos no “li e aceito”).
Toda clausula que institui arbitragem no contrato de adesão é NULA de pleno direito.
Então ... 2 empresas estão discutindo o caso delas e resolveram levar o conflito para arbitragem, então se dirigem a câmara arbitral (conjunto de árbitros nomeados e contratados para decidir a demanda) do Estado e escolhem o arbitro que seja especialista no que se refere ao conflito que estão querendo solução. Esta é uma das vantagens da arbitragem, as partes podem escolher um arbitro que seja expert no assunto.
A arbitragem é uma espécie de jurisdição não estatal, chamada de jurisdição arbitral, mesmo ela sendo feita por um árbitro que é particular, não é um servidor público. Então se contrato um arbitro e tem com ele uma relação contratual, paga-se honorários para ele.
E como se dá este processo arbitral? Depende…foi acordado/convencionado de que o processo terá por exemplo uma petição inicial, uma contestação? Vai ter uma audiência para levar as provas e vai ter uma sentença. O acordo ficou assim. E o recurso?? Ora se a opção escolhida foi a arbitragem por ela ser rápido...prá que recurso?? Pode até ter recurso mas o honorário do Juiz terá que ser pago novamente. Pode haver em um processo mais de um juiz arbitral, desde que seja em número ímpar...3 juízes, 5 juízes...
Recentemente em 2015 foram feitas uma series de adaptações nesta lei de arbitragem de 96 prá facilitar algumas coisas com relação ao processo arbitral. Lembrando das espécies de jurisdição, que tem a Tutela e dessas tutelas, tem a tutela cognitiva, tutela executiva e tutela cautelar. Então quando falamos nestas espécies de tutela, aqui é importante que saibam que o Juiz Arbitral só pode fazer a tutela cognitiva (só reconhece o direito), ou seja vai dizer que a parte A tem razão ou a parte B tem razão, vai condenar o A a pagar alguma coisa pro B ou o B pagar alguma coisa pro A. Mas e as tutelas executivas e cautelares? Na Tutela executiva o direito é efetivado...voltando ao exemplo...A foi condenado a pagar determinada quantia para B, e se A não pagar? O que se faz? EXECUTA. E quem executa? O Poder Judiciário que é função pública do Estado tem poder prá executar, vai bloquear bens, contas de A, até dar o valor suficiente para pagar B. o Juiz arbitral NÃO pode fazer isso, NÃO tem poder de execução. Então se uma sentença arbitral for descumprida se executa através do Poder Judiciário.
Então vejamos: começa o processo arbitral. Como vai ser este processo as partes vão decidir. (O NCPC veio com esta característica tem uma proposta sobre isso que é o de Negócio Processual, onde as partes podem fazer um acordo com relação ao calendário processual, isto é uma influência da arbitragem que tem a liberdade de dizer quando começa e quando termina o processo) ao final deste processo tem uma sentença arbitral dada ao final do processo onde obriga as partes, não é uma recomendação ...é uma sentença! Tanto que ela é Titulo executivo Judicial, equivale a uma sentença judicial, por isso que a arbitragem é um tipo de heterocomposição, ela é Jurisdição, aqui existe o mesmo elemento da subjetividade (vontade do terceiro substitui a vontade das partes) a vontade do arbitro substitui a vontade das partes.
IMPUGNAÇÃO DA SENTENÇA
Proferida a sentença por um Juiz arbitral, pergunta-se: Ela pode ser revista pelo Poder Judiciário? NÃO. Mas é possível se houver vicio no processo – um vício processual –haverá a impugnação da sentença. Ex.: A tinha combinado com b que iriam fazer a petição inicial, depois a contestação, depois uma audiência para apresentação de provas, outra audiência para ouvir testemunhas e depois a sentença. Porém o Juiz arbitral cancelou a audiência para ouvir testemunhas, porque achava que era desnecessário ouvir testemunhas. A tem uma testemunha que quer que ele a ouça. O Juiz veio e anulou um ato que estava previsto no procedimento que foi acordado por A e B, isso fere o Devido Processo Legal, e A tem o direito do devido processo legal na arbitragem, se foi acordado que teria um dia para ouvir testemunha, tem que ouvir testemunha, logo essa anulação configura-se como um vício processual. Havendo um vício processual A pode ajuizar uma ação no Poder Judiciário, que seria uma ação anulatória no prazo de 90 dias. Ajuíza uma ação para desconstituir a sentença ou seja a sentença não vai mais existir. Neste caso pode o Juiz estatal já divulgar a questão? Lembrando a questão foi resolvida pelo Juiz arbitral. Anulada a sentença arbitral deverá começar um novo processo arbitral, porque neste caso o que foi anulado foi a sentença e não o ato arbitral, por isso não poderá ajuizar uma ação estatal. Pois eles tinham um conflito e haviam convencionado que este conflito seria resolvido por meio de arbitragem. Existem duas espécies de convenção de arbitragem que são:
Cláusula compromissória: é sempre um contrato realizado antes do conflito, onde fica convencionado que qualquer desavença proveniente da relação contratual vai ser resolvida por meio da arbitragem
Compromisso arbitral: é pós conflito, é o termo de compromisso onde ambas as partes querem resolver um conflito específico por meio de arbitragem.
Sentença arbitral, o resultado de um processo arbitral NÃO precisa ser homologado pelo poder judiciário.
A sentença arbitral só pode ser anulada se houver vício processual.
Outro exemplo: A e B firmaram uma convenção de arbitragem com uma cláusula compromissória no contrato deles, tudo direitinho, direito disponível, A e B são empresas. Surgiu um conflito no contrato, B está achando que A não está cumprindo o contrato direito, enfim...aí ao invés de iniciarem um processo de arbitragem, escolher o árbitro, B ajuíza uma ação contra A no poder judiciário. O que vai acontecer é que o Juiz vai extinguir o processo sem resolução de mérito. Art. 485, VII “acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência.”
Aula do dia 29/04
Processo – jurisdição - Ação
Processo- é o procedimento em contraditório, ou seja a ideia de processo é que se tem uma sucessão de atos intercalados e que um ato depende, de um ato anterior. Existe uma ordem no processo, e cada ato deve ter como premissa a realização do contraditório. Existe processo no âmbito administrativo, no âmbito legislativo,para fazer uma lei, uma emenda constitucional existe um processo legislativo. Porém o que vai nos interessar neste momento é o processo jurisdicional, que é o processo feito na jurisdição como meio de exercício dessa função estatal que é a jurisdição. 
Agora vamos falar de AÇÃO.
A ação hoje é entendida como um direito, Direito de Ação. 
A ação é um direito que é exercido para que a pessoa possa provocar o Poder Judiciário e realizar assim o direito pleiteado. (Ada Pellegrini), hoje entendemos ação como direito, Ação é direito!
Então existe um direito a Ação, que já estudamos quando vimos as fases do processo, onde falamos que direito de ação independe do direito material. Este direito está previsto no ordenamento jurídico, no Art. 5 XXXV CF – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário, lesão ou ameaça ao direito – este artigo foi apresentado como princípio da inafastabilidade do poder judiciário, este princípio também é conhecido como direito de ação. Isso significa que:
- o poder judiciário não pode se negar a analisar um caso, ele tem poder de analisar o caso e nós temos o direito de provocar o poder judiciário TODA vez que acharmos que o nosso direito está sendo lesado ou ameaçado. Então este princípio da inafastabilidade corresponde a um direito para nós, que é o direito de ação. Este direito é diferente do direito material. Ex.: Eu moro a 50 anos de aluguel em um terreno, e resolvo ajuizar uma ação de usucapião sobre este terreno. Como não tenho posse originária não posso ajuizar usucapião. Então direito de ação independe do direito material. Em que fase do processo o direito de ação era ligado ao direito material? No sincretismo. Essa ideia corresponde a teoria da ação.
Existem as teorias:
Concretista da ação – o direito a ação depende da existência do direito material, depende da procedência do pedido – para esta teoria só existe ação se o pedido for procedente se o autor tiver razão.
Abstrata da ação– o direito de ação independe (é separado) do direito material. É como se a ação só fosse possível se o mérito fosse viável.
Mista/eclética – nesta teoria se tem tantos elementos da teoria abstrata quanto da teoria concretista
Elementos da ação
Existem 3 elementos da ação:
Elemento subjetivo (sujeito) da ação que são as partes.
Elemento objetivo (objeto) da ação que é o pedido
Elemento jurídico da ação que é a causa de pedir
Na estrutura da ação a primeira coisa que se faz na petição inicial é a qualificação das partes, onde é identificado quem é autor e quem é réu ou seja qualifica-se as partes, primeiro elemento da ação, depois passa-se para dos fatos, ou seja conta-se o caso, após coloca-se dos fundamentos ou dos direitos, e no final coloca-se do pedido.
Os três elementos da ação são facilmente identificados na petição inicial e na sentença também, pois o juiz começa falando quem são as partes, depois ele vem com os fundamentos da sentença e pôr fim a parte dispositiva quando ele responde ao pedido, mas na petição inicial é muito mais visível.
Este quadro vai nos lembrar dos elementos das relações jurídicas que são: 
Sujeitos
Objeto
Vínculo jurídico
Qualquer semelhança não é mera coincidência.
Ex.: Maria comprou uma geladeira na Yamada, a geladeira chegou com defeito. Maria ajuíza uma ação contra Yamada. 
Pergunta-se: Quem são os sujeitos da relação jurídica material? Maria
	 Quem vai ser a parte no processo? Maria e Yamada
	 Qual é o objeto da relação jurídica material? A compra da geladeira (compra e venda do bem móvel)
	 Qual é o vínculo jurídico? O contrato de compra e venda
Perceba que os sujeitos vão virar parte no processo, o objeto vai virar pedido e o vínculo jurídico que é o contrato vai virar causa de pedir.
Já reparou como é dividida a parte geral do código civil? 
Da pessoa
Dos bens
Fato jurídico composto por negócio jurídico, ato ilícito, ato meramente ilícito
Isso tem uma razão de ser. Porque se tem na parte geral do código civil da pessoa, dos bens e o fato jurídico? Porque temos esses três elementos? Porque cada um representa os elementos da relação jurídica, por isso que a parte geral do código é assim e quando se olha para os elementos da ação – partes, pedido e causa de pedir, isso corresponde aos elementos da relação jurídica.
Vamos ver um por um:
Partes- é o elemento subjetivo da ação e a parte precisa preencher condições da ação que são referentes à parte. Para que a ação seja viável existem condições que dizem respeito as partes que são:
1. Legitimidade: chama-se legitimidade ad causam ou para a causa- ela fala da titularidade do direito material. Vamos ver novamente o exemplo da Maria.
Maria comprou a geladeira na Yamada, a geladeira veio com defeito. Maria reclamou para o seu marido João, que resolveu ajuizar uma ação contra a Yamada. Pode João ajuizar esta ação? A resposta é NÃO. João não pode ajuizar esta ação porque ele não tem legitimidade, ele não é sujeito na relação jurídica material, a relação de consumo que é a relação jurídica de direito material foi entre Maria e Yamada, então João não tem legitimidade para a causa. 
Obs.: quando o autor é ilegítimo chamamos para isso de ilegitimidade ativa (ilegitimidade do autor). Quando a ilegitimidade é do réu chamamos de ilegitimidade passiva. 
Então vejamos ... na Teoria Mista temos tantos elementos da Teoria Abstrata como da Teoria Concretista, separamos o direito de ação, pois ele tem uma certa independência do Direito Material, mas a verificação desse direito de ação no caso concreto depende de elementos da relação jurídica processual, temos o corpo das duas teorias. Existe uma separação, mas esta separação do direito material com o direito da ação não é absoluta, porque no caso concreto pra minha ação ser viável essa análise da viabilidade se dá a partir de elementos da relação jurídica material, é preciso saber se as partes são sujeitos vinculados por uma relação jurídica material para garantir a legitimidade que é uma condição da ação. A ideia da legitimidade é que podemos ajuizar uma ação pleiteando direito próprio em nome próprio. A legitimidade ordinária é isso, a pessoa está em juízo em nome próprio para defender um direito próprio. 
Este é o grande problema da teoria abstrata da ação, que diz: o direito de ação independe do direito material. Mas e agora??? Se eu digo que João não pode ajuizar ação, porque não foi ele quem comprou, não é ele que é parte na relação de direito material. Como é que o direito de ação está ligada ao direito material? Para isso tem a Teoria Mista, que pega um pouco da Teoria Concretista e um pouco da Teoria Abstrata. Se uma parte sem legitimidade, ou seja uma parte ilegítima ajuíza uma ação. Se João parte ilegítima, ajuíza uma ação. O que o Juiz faz?? Extingue a sentença sem resolução de mérito. Se tivesse legitimidade o Juiz conheceria a ação, e conhecendo a ação aí sim iria analisar o pedido e julgar o pedido procedente ou improcedente.
Vamos analisar agora um exemplo envolvendo usucapião. Ana mora em um terreno onde é empregada do proprietário do terreno, resolve ajuizar uma ação de usucapião. Existe algum problema de legitimidade? Ana pode ajuizar esta ação? Pode. O Juiz vai conhecer da ação? Vai. Porém quando o juiz for analisar o pedido, que é o mérito, ele vai dar como improcedente.
Então existem estas duas etapas e estas duas etapas é parte da Teoria Abstrata, uma coisa é a viabilidade da ação, ela ser conhecida ou não, outra coisa é o pedido. O pedido é o mérito da ação.
A ideia da legitimidade é que se pode ajuizar uma ação pleiteando direito próprio em nome próprio. A regra é esta!
Existem situações excepcionais de legitimidade extraordinária. Ex.: o sindicato dos rodoviários de Belém, resolvem entra em greve, depois vão ajuizar uma ação para pedir um reajuste. Pergunta-se: este reajuste é para o sindicato ou para os rodoviários? Para os rodoviários. O sindicato tem legitimidade para ajuizar ação em nome próprio para defender direito alheio. Isso é legitimidade extraordinária.Tem que estar previsto em lei.
Então recapitulando: Temos uma fase do processo que diz respeito ao conhecimento da ação, nesse conhecimento é analisado se a ação é viável, se estão presentes as condições da ação e temos a segunda fase do processo que quando o pedido é analisado, o dito Mérito. Adotamos a Teoria Mista, porque temos duas partes, onde é separado a fase de conhecimento da ação da fase de análise do pedido. Se por um acaso a ação não for reconhecida, isso se faz coisa julgada formal, e se a ação for reconhecida e o pedido for julgado procedente ou improcedente se faz coisa julgada material
Adota-se a Teoria Mista 
Outra condição da ação, chama-se: 
2.Interesse de agir – É uma condição da ação representada por um binômio Necessidade + Utilidade.
Quando ajuizamos uma ação o Juiz precisa verificar, como uma das condições de viabilidade desta ação se o autor (interesse do autor), quando ele ajuíza esta ação, se ele tem interesse nessa ação, se ela é necessária, se ela é útil para o autor e se é necessária para atingir o objetivo dele, o resultado que ele quer com esta ação. Ex. de uma ação que foi julgada em 2014 pelo Supremo, foi com relação ao INSS. O INSS era réu de várias ações previdenciárias, as pessoas ajuizavam querendo revisão de benefício, mas elas ajuizavam as ações contra o INSS sem fazer um pedido administrativo no INSS. Então a pessoa queria uma revisão do seu benefício sem ir no INSS protocolar um pedido de revisão antes de ir para o judiciário. Os advogados do INSS começaram a reclamar, alegavam que a pessoa não tinha interesse de agir, pois nem foi ao INSS com sua pretensão de pedir para fazer uma revisão em seu benefício ou seja não tem nem lide para fazer resistência, então torna-se desnecessário abarrotar o judiciário, sem antes ter tentado administrativamente no INSS. O primeiro passo é pedir administrativamente, e se o INSS negar aí sim vai na justiça, porque já tem a lide, já existe o conflito. Neste caso quem ajuíza uma ação previdenciária sem antes fazer um pedido administrativo no INSS, não tem interesse de agir. Se não tem interesse de agir, estas ações serão julgadas sem resolução de mérito, ou seja não vão ser conhecidas. Porém se a parte provar que fez o pedido no INSS e o INSS está demorando muito prá responder, pode ajuizar a ação. Não precisa o INSS negar expressamente. A demora em responder já configura a lide, o interesse de agir.
O próximo elemento da ação é:
Pedido- é o elemento objetivo. É o que vc quer com o seu processo, afinal não existe processo vazio. A doutrina faz uma divisão do pedido entre o pedido mediato e o pedido imediato.
O pedido é o núcleo do processo, da ação, é o que vc quer com aquela ação. Não se pede bloqueio de bens, nem tão pouco tutela antecipada pois isso é requerimento e não pedido. Estas questões que pedimos no processo e que não é o que queremos no final não são núcleo do processo é chamado de requerimento
Pedido Imediato – é o que é direto. É o pedido do autor a prestação jurisdicional pelo poder judiciário (Juiz). Meu pedido imediato é o meu pedido ao juiz. Ex.: Juiz estou exercendo meu direito de ação e eu quero uma prestação jurisdicional e o meu pedido mediato (por meio de) é que o réu pague o que me deve.
Pedido Mediato- é o indireto. É o que vai alcançar o réu por meio do juiz.
O mérito é a lide nos limites mediatos do pedido. Ou seja é o que o autor pede contra o réu e o que o réu resiste com relação ao pedido. Só se fala de mérito quando se fala de argumentos relativos ao pedido, afinal meu pedido que é um direito material sempre!
Se o argumento for em relação a uma condição da ação ou a uma pretensão preliminar do processo ou requisito processual, esse argumento não é de Mérito.
Lembrando que a lide é a pretensão do autor contra o réu, mais a resistência do réu contra o autor. A pretensão resistida. O autor quer alguma coisa do réu que resiste em não dar.
Causa de Pedir- É o fato jurídico + o direito subjetivo. Existem fatos da vida Ex.: ah...choveu hoje! É um fato da vida.
Porém se sobre um fato da vida incide um direito chamamos isso de fato jurídico. Este fato jurídico dá origem em regra a uma relação jurídica, que tem direitos e deveres. Mas se um direito é violado, ajuizamos uma ação/demanda judicial. No art. 319 “ a petição inicial indicará:” III – o fato e os fundamentos jurídicos do pedido. Isso é causa de pedir. Vamos lembrar da estrutura da petição inicial, que vimos anteriormente. Qualificação das partes, dos fatos, dos direitos e do pedido. Esse dos fatos e do direito é a causa de pedir. 
Que fato? O fato jurídico. E que direito?
O que é um direito subjetivo? É um direito titularizado por um sujeito. 
O ordenamento jurídico prevê o direito a propriedade? Sim. 
Então a minha causa de pedir é o fato jurídico mais o direito subjetivo, esse direito subjetivo titularizado por alguém em uma relação jurídica é o elemento da causa de pedir.
O fato jurídico é a causa de pedir remota e o direito de pedir é a causa de pedir próxima, pois ela está mais próxima da ação.
A causa de pedir é elemento da ação.
Aula do dia 05/05/16
O estudo destes elementos da ação, é um estudo teórico, ele tem uma razão de ser porque alguns institutos no processo, só identificamos a partir da análise destes elementos alguns vícios processuais e os 4 institutos processuais que vamos ver. Lembrando que toda ação temos que identificar: Partes, Pedido e Causa de Pedir. 
Porque temos que identificar isso?
Existem alguns institutos jurídicos, cuja caracterização é saber se foi implementado ou não, saber se o instituto está presente ou não e para isso precisamos olhar para os elementos da ação
	04 Institutos
	Coisa Julgada
	Litispendência
	Conexão
	Continência
	Duas ações idênticas 
A primeira já transitou em julgado.
A segunda será extinta sem julgamento do mérito
	Duas ações idênticas tramitando, a segunda será extinta sem julgamento de mérito.
	Pedido ou a causa de pedir idênticos entre duas ou mais ações.
Celeridade e Isonomia Processual
	Mesmas partes, mesma causa de pedir, mas o pedido de um está contido no pedido da outra.
	
	Art. 485 V
	Art. 286 I
	Art. 57
Lembrando:
Coisa Julgada: A Maria ajuizou uma ação conta a Oi, porque foi cobrado uma fatura indevida. A Oi foi condenada a pagar um determinado valor por conta desta cobrança indevida. A Oi recorreu e foi condenada novamente, recorreu ao STJ, acabou não pode mais recorrer. Esta ação fez coisa julgada! Por conta desta decisão, esta ação jurídica não poderá voltar a ser discutida no judiciário. Isso significa que se vier uma ação com o mesmo pedido e com a mesma parte não poderá mais ser julgada, ela não será viável, não se discute ação que já foi julgada!
Quando identificamos os elementos da ação, podemos verificar se a ação jurídica já foi julgada.
Litispendência = lide+pendente - ou seja existe uma lide pendente. Ocorre litispendência quando uma ação é ajuizada com as mesmas partes, o mesmo pedido e a mesma causa de pedir de outra em trâmite no Poder Judiciário, a primeira vai tramitar e a segunda será extinta. O parâmetro é sempre a primeira ação em relação a segunda a segunda ação.
Art. 485 NCPC – O juiz não resolverá o mérito quando:
V – reconhecer a existência de perempção (espécie de prescrição ou extinção de um processo), de litispendência ou de coisa julgada.
Conexão: se percebe a conexão quando o pedido ou causa de pedir forem idênticos entre duas ou mais ações, em regra é a causa de pedir.
Ex.: imagine um posto de gasolina e um taxista está em seu carro abastecendo, e uma terceira pessoa está passando perto do posto quando ocorre uma explosão. Esta explosão atingiu o carro, atingiu o dono do carro, e atingiu bastante a pessoa que passava na hora. A primeira ação foi ajuizada pelo motorista contra o dono do posto, pedindo danos materiais pelo carro além de lucros cessantes (se refere aos danos materiais efetivos sofridos por alguém, em função de culpa, omissão, negligência, dolo, imperícia de outrem.) vamoschamar de ação 1. A pessoa que estava passando e que foi atingida demora um pouco mais para ajuizar a ação que chamaremos de ação 2. Pergunta-se: Estas ações tem as mesmas partes? Não. Tem o mesmo pedido? Não
Mesma causa de pedir? SIM. Afinal o que deu origem a estas duas ações está no fato jurídico da explosão que deu origem ao direito subjetivo de cada um. Temos duas ações idênticas? NÃO Temos duas ações conectas porque elas têm a mesma causa de pedir. E o que vai acontecer com elas? A segunda é extinta? NÃO. Elas vão ser julgadas. Vão ser reunidas em um juízo só. Então no caso de conexão, elas serão distribuídas por conexão e estarão na mesma vara cível, elas estarão reunidas para o mesmo juízo, para o mesmo juiz julgar e quem vai determinar qual juízo é este é a primeira ação porque a segunda vai acompanhar a primeira. As ações são conexas porque tem a mesma causa de pedir. 
Porque isso? Qual fundamento disso? Porque o Direito escolheu isso? Porque se opta por reunir ações desconexas? Para não ter decisões dispares. Tem que haver Isonomia, no sentido de não ter decisões contraditória, assim como celeridade processual.
Continência: a ideia da continência é a seguinte: estamos falando de duas ações também, com as mesmas partes, a mesma causa de pedir, só que o pedido de uma está contido no pedido da outra. O pedido de uma é inserido no pedido da outra, o pedido de uma abrange o pedido da outra. Vamos voltar ao nosso caso da Maria com a Oi. Maria ajuizou uma ação contra a Oi, a primeira ação, nesta primeira ação Maria pediu danos materiais, ou seja ela pediu ressarcimento da fatura que foi cobrada indevidamente. Não satisfeita Maria ajuizou outra ação, ação dois, e pediu dano material mais danos morais. Mesmas partes? SIM. Mesma causa de pedir? SIM. Mesmo pedido? NÃO. Podemos perceber que o pedido da primeira ação está inserido no pedido da segunda ação. O que se faz? Lembrando que NUNCA se extingue a primeira ação. A segunda ação que engloba a primeira chamamos de ação continente. A primeira ação que é menor e pelo fato de ser menor ela é chamada de ação contida, porque ela está contida na segunda. Temos a ação continente que é mais ampla com o pedido mais extenso. Então vejamos: na primeira ação foi pedido apenas danos materiais e na segunda ação danos materiais e danos morais. Tem coincidência de parte deste pedido? Quando se tem coincidência de pedido, da causa de pedir e das partes se tem uma litispendência, neste caso teremos uma litispendência parcial, porque é parte só do pedido que já está pendente. Esta segunda ação pode ser extinta? Não pode porque o pedido de dano moral é inédito, ele não está na primeira ação. Então este pedido tem que ser julgado. O que acontece quando temos a mesma causa de pedir e pedidos diferentes? Conexão. E o que se faz na conexão? Reúne-se os processos.
Então no caso de continência se a ação contida for a primeira ação ajuizada, reúne-se os processos. Quando se tem o inverso, ou seja se a primeira ação for a continente a segunda ação (contida) será extinta sem julgamento de mérito.
Art. 57 - Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
Para isso é que precisamos saber os elementos da ação, para poder identificar estes institutos, dos quatro o que mais se vê é conexão.
Sempre a primeira ação servirá de parâmetro!
Obs.: quando a primeira ação for a contida
Ex.: Ação 1 - José ajuizou ação contra Maria, pediu danos morais mais danos materiais
 Ação 2 – José ajuizou ação contra Maria e só pediu danos morais
Neste caso a ação continente será a 1ª ação e a ação contida será a segunda ação.
O que vai acontecer neste caso? Extingue-se a 2ª 
Ex. Ação 1- José ajuizou ação contra Maria e pediu danos morais.
 Ação 2- José ajuizou ação contra Maria e pediu danos materiais mais danos morais.
Neste outro caso a ação continente será a 2ª ação e a ação contida será a 1ª ação.
O que vai acontecer neste outro caso? Reúne-se os processos. E quando reunimos os processos temos uma conexão.
06/05 começa aos 4:09 min.
Condições da ação
Quando falamos do assunto Ação temos 3 pilares importantes que são: As Teorias da ação, os Elementos da Ação e as Condições da ação. Os mais importantes são os elementos e as condições da ação.
Esta Teoria das Condições da Ação, foi uma teoria formulada pelo processualista Italiano Tulio Leibman , boa parte do nosso processo tem influência do Italiano.
Lembrando que quando analisamos um processo, temos duas análises a serem feitas no processo. A primeira análise diz respeito ao conhecimento da ação, que ação ela pode ser conhecida, é o primeiro juízo, o primeiro julgamento que se faz, que o juiz tem que fazer.
Vamos ver se o juiz pode conhecer esta ação. Pergunta-se: como saberemos se o Juiz pode conhecer uma ação? Se não tiver nenhum vício processual. Porque se houver algum vício processual esta ação não segue adiante. Porém se não houver nenhum vício processual, o Juiz conhece da Ação e parte para o segundo juízo ou segunda análise do mérito, que é a base do pedido efetivamente do que o autor está querendo. Então primeiro analisamos se não tem nenhum vício processual. Vejamos:
A parte que está ajuizando a ação tem capacidade processual?
Se ela não tiver capacidade processual ela está representada?
Tem algum problema processual faltando na condição da Ação?
Se tiver TUDO bem nesta parte formal/processual a ação será conhecida e então partiremos para a análise do Mérito. Então o pedido que é o Mérito vai poder ser julgado procedente ou improcedente. Este aqui já é um outro juízo porque aqui vai ser analisado se o Autor tem ou não razão, se tem ou não direito. Ex.: João filho de Joaquim está ajuizando uma ação de alimentos contra Joaquim, como ele é filho logo pode ajuizar uma ação de alimentos. Pergunta-se: 
Esta ação pode ser conhecida? PODE
Mas João tem mais de 26 anos e não é mais universitário. Ele tem direito a alimentos? NÂO
Esta análise de ter ou não direito a alimentos, é a análise do pedido, análise do Mérito ou seja a segunda análise.
Quando falamos das condições da Ação elas estão no primeiro plano, são exigências que a ação deve cumprir para ela ser viável e para uma ação ser viável Liebman nos fala que esta ação tem que ter a Legitimidade, o Interesse e a possibilidade jurídica do pedido. Ele nos fala que não importa que ação seja, qualquer ação para ser viável, para passar para a segunda análise que é a análise do pedido, onde vai se ver se o autor tem ou não direito do que ele está pedindo, precisa-se saber se esta ação tem condições mínimas para seguir adiante. E quais são estas condições que Liebman criou? Legitimidade, o Interesse e a possibilidade jurídica do pedido.
Vamos analisar cada um:
Legitimidade: é uma condição da Ação relativa as partes e quais são as partes em um processo? Autor e Réu. A legitimidade é SEMPRE uma condição da parte, ou do Autor ou do Réu. Quando falamos do Autor, estamos falando de uma Legitimidade Ativa, e quando falamos do Réu estaremos falando da Legitimidade Passiva. E o que é esta Legitimidade? Esta legitimidade diz respeito a titularidade do direito na relação material. Ex.: Existe um empregado e um empregador, o empregado quer cobrar as horas extras por estar trabalhando além do horário convencionado. Pergunta-se: Pode o empregado ajuizar uma ação contra o empregador? PODE. Este empregado tem Legitimidade para ser autor de uma ação trabalhista contra o empregador? SIM. Agora este empregado vai poder ajuizar uma ação trabalhista contra o dono do shopping, onde está localizado a loja em que trabalha? NÃO. Porque? O vínculo que é a relação do direito material é do empregado com o dono da loja.
Então para analisarmos a legitimidade temos que olhar para a relação de direito material. Neste caso só o empregador/dono da loja tem legitimidade passiva, só ele pode ser Réu e o dono doshopping teria ilegitimidade passiva.
Toda vez que tivermos que analisar legitimidade temos olhar para a relação de direito material.
A LEGITIMIDADE em regra é ORDINÁRIA. Porque só se pode ajuizar uma ação para defender um direito próprio.
Existem situações em que algumas pessoas/sujeitos estão autorizadas a ajuizar ação em nome próprio para defender direitos alheios é o que chamamos de LEGITIMIDADE EXTRAORDINÁRIA, ela advém da Lei, tem autorização legal. Sindicatos, associações, o próprio Ministério Público. Ex.: o Ministério Público ajuíza uma ação contra o Estado para que ele forneça medicamento para uma determinada doença. Pergunta-se: O Ministério Público está ajuizando uma ação em nome próprio para defender um direito dele? NÃO. Para defender o direito do outro. Quem é o autor desta ação? Ministério Público. Quem é Réu? O Estado. E a pessoa doente que vai receber o medicamento? Ela é parte no processo? NÃO, ela é só o titular do direito. Nesse caso ela é o SUBSTITUIDO PROCESSUAL.
Vejamos: na Legitimidade Ordinária ajuizamos uma ação em nome próprio para defender direito próprio, na Legitimidade Extraordinária ajuizamos uma ação em nome próprio para defender direitos alheios.
A Legitimidade Extraordinária é também chamada de Substituição Processual. A pessoa que detém legitimidade Extraordinária, está em uma relação de substituição processual. Nas relações de substituição processual temos duas figuras que são o substituto e o substituído.
Vejamos: O Sindicato dos rodoviários ajuíza uma ação contra o Estado. 
Quem é o Autor? Sindicato.
Quem é o Réu? O Estado.
O Estado que é réu tem legitimidade ordinária ou extraordinária? Legitimidade Ordinária. 
Ele está em juízo em nome próprio defendendo direito próprio. E o Sindicato, tem legitimidade para ajuizar uma ação? TEM, todavia a Legitimidade do Sindicato é Extraordinária, porque ele está em juízo em nome próprio defendendo direito alheio. O Sindicato é o Substituto Processual.
Lembrando que esta ação poderia ser ajuizada diretamente por apenas um rodoviário contra o Estado e este rodoviário teria Legitimidade Ordinária para ajuizar esta ação.
Só que no exemplo o sindicato que tem Legitimidade extraordinária é o substituto processual, ele é a parte no processo, o substituto é SEMPRE a parte no processo. 
E o substituído? Ele é o titular do direito, porque afinal de contas o direito que o sindicato está discutindo é do próprio sindicato? NÃO. E sim dos rodoviários e esses rodoviários são os substituídos, eles são os titulares do direito.
Outro exemplo: sindicato tem um contrato de locação com a dona de uma casa, que reajustou o aluguel muito além do que estava previsto no contrato. Neste caso o Sindicato vai ajuizar uma ação contra a dona da casa. O sindicato tem legitimidade para propor esta ação? TEM. Ordinária ou Extraordinária? Ordinária. O contrato é dele e ele está na relação de direito material. 
No primeiro exemplo acima: o sindicato tem uma relação material com o Estado? Não.
Para se olhar a legitimidade temos que olhar a relação de direito material, quem está na relação de direito material tem direito subjetivo, ou seja tem legitimidade para propor ação contra outro sujeito. Podem os dois polos serem partes, mas algumas pessoas tem uma Legitimidade Extraordinária ou seja elas podem propor ação mesmo elas não fazendo parte da relação de direito material e esta legitimidade chama-se extraordinária. A relação que existe entre eles é de substituição processual. Temos o substituto processual que vai ser a parte e o substituído processual que vai ser o titular do direito. Não se deve confundir substituição processual com sucessão processual.
Substituição processual ocorre quando uma parte está em juízo em nome próprio defendendo direito alheio por ter Legitimidade Extraordinária. Essa parte vai ser o substituto processual e o titular do direito pela qual ela está brigando é o substituído. Outra coisa é a sucessão processual, ela ocorre na seguinte situação. Ex.: Um pai que trabalhou a vida inteira para juntar dinheiro para comprar um apartamento. Comprou o apartamento e a três anos a construtora não entrega o apartamento e resolve ajuizar uma ação contra a construtora. Esta ação demora 5 anos na justiça e este pai acaba morrendo. Quando o pai morre e por ser um direito patrimonial que não é personalíssimo a ação não acaba. O que acontece? Quem fica no polo ativo desta ação? Os filhos sucedem o pai no polo ativo da ação. Isso é Sucessão Processual.
A sucessão processual é a alteração de um dos polos da ação, ou do polo Ativo do autor ou do polo passivo do réu. Sai um entra outro, pode ser por morte, pode ser porque vendeu, houve sucessão no direito, a sucessão na ação. Poderíamos dizer assim: “Ah! Mas o filho substitui o Pai na ação”. Não. O filho sucede o Pai, Substituição é outra coisa. Substituição se dá quando temos uma parte com legitimidade extraordinária tratar em juízo em nome próprio defendendo direito alheio. E a substituição também não se confunde com a representação. Ex.: Joãozinho 6 anos ajuíza ação de alimento contra o João pai. Joaozinho é o autor, João pai é o réu. Pergunta-se: o Joãozinho de 6 anos tem legitimidade para ser autor em uma ação de alimento contra o pai? TEM. Para onde olhamos para saber se a pessoa tem legitimidade ou não? Para a relação de direito material, neste caso Joãozinho tem legitimidade. Esta legitimidade é Ordinária ou Extraordinária? Ordinária. E João tem legitimidade passiva para estar como réu nesta ação? TEM. Joãozinho não pose sozinho ajuizar esta ação, ele precisa ser representado, porque ele não tem capacidade processual. Temos duas figuras o representante e o representado, neste caso o representante do Joãozinho é a mãe. Temos então o Joãozinho, o João Pai e a Mãe. Observando estas 3 pessoas pergunta-se: quem é o autor da ação? Joãozinho. Quem é o réu? João. E a mãe é o que? Representante. E o representado é quem? Joãozinho. O representado é SEMPRE parte. A mãe é parte? NÃO. Ela está em juízo em nome alheio para defender direito alheio. O representante é a pessoa que está em juízo em nome alheio para defender direito alheio não sendo parte no processo, não se fala em legitimidade do representante porque ele não é parte. Só é parte quem está em juízo em nome próprio. Só tem legitimidade quem está em juízo em nome próprio, seja para defender seu próprio direito, seja para defender o direito do outro.
Representado: o representado é sempre parte
Representante: está em juízo em nome alheio, defendendo direito alheio.
Substituto: é parte. Está em nome próprio defendendo direto do substituído. Tem legitimidade extraordinária
Substituído: é o titular do direito
Interesse de agir: sempre se fala no binômio Necessidade + Utilidade
Alguns autores falam em Adequação.
Quando ajuizamos uma ação, temos que analisar se o autor desta ação tem interesse nesta ação, interesse jurídico na ação, ou seja, o que significa este interesse de agir. Tem que verificar se esta ação é necessária para atingir o resultado/objetivo que o autor quer e se a ação é útil para atingir o resultado pretendido. Vamos lembrar do exemplo do INSS. Ação que foi julgada em 2014 pelo Supremo, foi com relação ao INSS. O INSS era réu de várias ações previdenciárias, as pessoas ajuizavam querendo revisão de benefício, mas elas ajuizavam as ações contra o INSS sem fazer um pedido administrativo no INSS. Então a pessoa queria uma revisão do seu benefício sem ir no INSS protocolar um pedido de revisão antes de ir para o judiciário. Os advogados do INSS começaram a reclamar, alegavam que a pessoa não tinha interesse de agir, pois nem foi ao INSS com sua pretensão de pedir para fazer uma revisão em seu benefício ou seja não tem nem lide para fazer resistência, então torna-se desnecessário abarrotar o judiciário, sem antes ter tentado administrativamente no INSS. O primeiro passo é pedir administrativamente, e se o INSS negar aí sim vai na justiça, porque já tem a lide, já existe o conflito. Neste caso quem ajuíza uma açãoprevidenciária sem antes fazer um pedido administrativo no INSS, não tem interesse de agir. Se não tem interesse de agir, estas ações serão julgadas sem resolução de mérito, ou seja não vão ser conhecidas. Porém se a parte provar que fez o pedido no INSS e o INSS está demorando muito prá responder, pode ajuizar a ação. Não precisa o INSS negar expressamente. A demora em responder já configura a lide, o interesse de agir.
Possibilidade jurídica do pedido é a adequação ou possibilidade do pedido se adequar ao ordenamento jurídico, ou seja o pedido tem que ser juridicamente possível. Não se pode ajuizar uma ação cobrando uma dívida de um fato ilícito (vendas de drogas) cobrando uma dívida que a pessoa não pagou. Isto é um pedido juridicamente impossível. O exemplo de Liebman era com o divórcio, lembrando que ele construiu esta teoria na década de 60 e seu exemplo de pedido era juridicamente impossível.
Em 1979 no Brasil entrou a Lei de Divórcio
Hoje no Novo CPC no art. 17 que diz: “para postular em juízo é necessário ter Interesse e Legitimidade”, e para maioria da doutrina, existem duas condições da ação. Embora exista uma minoria que não adota esta doutrina. A possibilidade jurídica do pedido foi extinta.
Aula do dia 13/05
Pressupostos Processuais
Os pressupostos Processuais são os de Existência e os de Validade 
Os de Existência são: Orgão Jurisdicional, Demanda e Capacidade para ser Parte.
Dentro do processo
Intrínsecos
						Objetivos
Todo o processo/ Fora
Extrínsecos
Os de Validade podem ser: Capacidade Processual
Partes
 Subjetivos
Imparcial
Suspeição
Impedimento
Competência
Juiz
Intrínsecos - quando olhamos para dentro do processo.
Extrínsecos – quando olhamos o Processo por fora, como um todo. São os 3 itens negativos:
Não ter Convenção de Arbitragem
Não ter Litispendência 
Não ter Coisa Julgada
Considerando que o processo existe temos os Pressupostos de Validade, lembrando que o plano da validade é saber se os atos processuais estão de acordo com o direito. Lembrando as aulas passadas quando foi falado da TEORIA DO ATO JURÍDICO, onde se tem a NULIDADE do ato, pois bem a NULIDADE está sempre no plano da Validade. Relembrando a escada Pontiana: 
 Eficácia 
 Validade 
 Existência
Quando sabemos que alguma coisa é válida? Sabemos que o Ato é válido, que o negócio Jurídico é válido, quando ele está de acordo com o direito e se tiver um vício de validade, vamos ter Nulidade ou Anulablidade. Então vejamos o Ato Nulo, não é que ele não exista, o Ato Nulo é Inválido. O Ato Nulo está no segundo degrau, ele existe mas ele é nulo ou anulável, porque ele está em desacordo com o direito. O Plano da Validade é o plano da perfeição do Ato, pois iremos ver se o Ato é perfeito, se o Ato foi feito de acordo com o direito, seja um Ato Processual, seja uma Ato Jurídico.
Existem pressupostos de Validade de cada Ato Jurídico, lembrando que o Processo é uma sucessão de atos Temos a Petição Inicial, a Citação, a audiência de conciliação, etc... 
Então o processo é assim: Uma sucessão ordenada de Atos, que é o procedimento feito em contraditório. Os Pressupostos de Validade do processo, podem ser analisados um por um, quando olhamos para cada Ato Processual. Exemplo: A Petição Inicial tem uma formalidade, precisamos ajuizar uma ação, fazer uma Petição Inicial de uma determinada forma, temos que qualificar a parte, temos que dizer quem é o Autor. E o que precisamos dizer sobre o autor? Nome completo, Nacionalidade, Estado Civil, Endereço, CPF, RG, email. Estes são requisitos da validade do Ato específico da Petição Inicial. Poderemos analisar a Validade de cada Ato quando olhamos para dentro do Processo ou podemos analisar a Validade do Processo como o todo. É por isso que falamos de Pressupostos Processuais de Validade de Objetivos Intrínsecos e Extrínsecos.
E os subjetivos? Os sujeitos. Quem são? As partes e o Juiz. Então os Pressupostos Processuais de Validade que são Subjetivos eles podem se referir as Partes e podem se referir ao Juiz.
Qual é o Pressuposto de Validade que diz respeito as Partes? Capacidade Processual. Não confunda a Capacidade Processual com a Capacidade de ser Parte.
A Capacidade Processual é aquela aptidão para estar em juízo sozinho, defendendo em nome próprio sem representação, lembre-se do exemplo: O menino de 5 anos tem Legitimidade porém não tem capacidade, precisa da mãe para representa-lo. E se a mãe não assinar o que acontece?? Protocola-se uma ação de um menino de 5 anos, que a mãe não assinou. O Juiz vai intimar o Advogado para regularizar o processo e se não for regularizado, extingue-se o processo sem julgamento de mérito por ausência de um Pressuposto Processual de Validade subjetivo que é a Capacidade Processual. E o Juiz? O que se exige do Juiz para que o processo tenha Validade? Imparcialidade, que são os casos de suspeição e impedimento, ou seja o Juiz não pode ser suspeito ou impedido e o Juiz tem que ter Competência. O que Juiz impedido? Ex.: O Juiz é irmão da parte, irmão da parte, pai da parte. Não pode. Juiz suspeito, quando o Juiz é amigo íntimo da parte ou é inimigo mortal da parte. Não pode. Juiz Parcial neste caso não tem o Pressuposto Processual de Validade. E a Competência? O que é a Competência? É a parcela da jurisdição específica de cada Juiz, de cada órgão jurisdicional. Vejamos, temos a jurisdição, o Poder Judiciário, o Juiz tem jurisdição mas ele não tem competência para todo e qualquer processo, o Juiz do trabalho só vai ter competência para as ações trabalhistas, se ajuizarmos uma ação trabalhista na Justiça Federal, o Juiz Federal não poderá julgar esta ação trabalhista, neste caso o Juiz se declara incompetente, ou seja ele não tem competência para julgar este tipo de causa. Lembrando que a competência do Juízo é um Pressuposto Processual de Validade do Processo.
Quando falamos que orgão jurisdicional ou orgão investido da jurisdição é um Pressuposto Processual de Existência e a Competência é um Pressuposto Processual de Validade, nos referimos que para um processo existir ele tem que estar em um orgão investido de Jurisdição, no poder judiciário ou na Arbitragem, aí temos Pressuposto de Existência, agora esse orgão ser competente é Pressuposto de Validade, ou seja a incompetência do Juízo é Pressuposto de Validade.
Bom já vimos duas capacidades no Direito Civil e duas capacidades no Direito Processual.
As capacidades no Direito civil são: Capacidade de Direito que é aquela; nasci, respirei tenho capacidade e a Capacidade de Fato – capacidade de exercício.
As capacidades no Processo são: Capacidade de ser parte, que é um Pressuposto Processual de Existência e a Capacidade Processual, que é Pressuposto Processual de Validade.
Na capacidade para ser parte analisamos a Parte, o Autor e o Réu. Na Capacidade Processual também analisamos a parte, ou seja o Autor e o réu pois se eles têm que ter capacidade processual, se não tiver capacidade processual tem que ser representado.
Existe uma outra capacidade no processo chamada de Capacidade Postulatória, que é a capacidade de postular em juízo, de requerer, de contestar.
Jus Postulandi é a capacidade exclusiva do profissional do direito habilitado de postular em juízo.
Na justiça do trabalho, no juizado não precisa de advogado. Para impetrar um Habeas Corpus também não precisa de advogado. São exceções em que a capacidade postulatória é atribuída ao autor, porém em regra a Capacidade Postulatória é do profissional do Direito.
Capacidade Postulatória é um Pressuposto Processual de Existência.
Questões vistas em sala:
1. (OAB/SP 123) Em processo civil, capacidade postulatória é:
a) a plena capacidade de uma pessoa estar em juízo. (Plena capacidade quer dizer que a pessoa tem capacidade de estar em juízo)
b) a capacidade deferida pela lei ao profissional do direito: ao advogado devidamente inscrito na OAB. (X)
c) de poder agir e falar em nomedas partes em juízo.
d) a capacidade que uma pessoa tem de pleitear em juízo o reconhecimento do seu direito. (essa ideia de pleitear em juízo o reconhecimento de seu direito tem mais haver com legitimidade do que capacidade)
O momento processual adequado para ser examinada, pelo julgador, questão envolvendo ilegitimidade das partes será:
I. quando do despacho da petição inicial;
II. no despacho saneador;
III. no despacho saneador ou na sentença;
IV. quando do julgamento do recurso. Quanto às afirmativas acima,
a)	apenas a I é correta. (x)
b)	apenas a IV é correta.
c)	I, II, III e IV são corretas.
d)	apenas II, III e IV são corretas.
Comentário: A natureza jurídica da Legitimidade é a condição da ação, analisamos se o autor é parte legítima, se o réu é parte legitima. Como saberemos se o Réu tem Legitimidade e se o Autor tem Legitimidade? Olhando para a relação jurídica material. Em que momento este fato é analisado no Processo? No início, no despacho da Petição Inicial. ATENÇÃO!! A Legitimidade deve ser olhada no início do Processo, mas a Ilegitimidade pode ser reconhecida a qualquer tempo depois, até em grau recursal.
São elementos que identificam a ação
a) o mesmo Juiz, as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. 
b) somente a causa de pedir e o pedido. 
c) as partes, a causa de pedir e o pedido. (x)
d) somente as partes e o pedido. 
e) o nome que o autor der à ação, as mesmas partes e o mesmo pedido.
Leia o fragmento a seguir.
O Código de Processo Civil estabelece que a jurisdição deve ser exercida pelos juízes em todo território nacional e que a tutela jurisdicional será prestada quando a parte ou interessado a requerer, o que se convencionou chamar de princípio _______ . As condições da ação são elementos indispensáveis para que o Estado preste jurisdição e são elas a legitimidade, possibilidade jurídica do pedido e _______ que pode se limitar à declaração de inexistência de relação jurídica. Por fim, ninguém poderá pleitear em nome próprio direito alheio, salvo quando autorizado por lei, tal como ocorre na _______ . 
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do fragmento acima.
 a) do impulso oficial - interesse - legitimidade ordinária
 b) do processo legal - citação válida - representação processual
 c) da inércia da jurisdição - competência - representação processual.
 d) do processo legal - capacidade postulatória - legitimidade extraordinária
 e) da inércia da jurisdição - interesse - legitimidade extraordinária (x)
Lembrando que no NCPC a Possibilidade jurídica do pedido foi extinta.
Analise as proposituras abaixo e responda:
I) A Jurisdição é uma função do Estado, por meio da qual ele soluciona os conflitos de interesse de forma coercitiva, aplicando a lei geral e abstrata aos casos concretos que lhe são submetidos.
Certo. A jurisdição tem que ser provocada, porém ele tem a ideia da substutividade da jurisdição, a vontade se impõe, não podemos simplesmente dizer ...não quero obedecer. Em que obedecer, ser constrangido a obedecer. (Coercitivamente)
II) A Jurisdição possui como características a substitutividade, a definitividade, imperatividade, inafastabilidade, a inércia e indelegabilidade.
Certo. Vamos analisar um por um:
Substitutividade- Jurisdição não é uma espécie de Heterocomposição? Qual a característica da Heterocomposição? Substitutividade, onde a vontade de um terceiro substitui a vontade das partes. A jurisdição tem a qualidade da substitutividade.
Definitividade- também é característica da jurisdição por fazer coisa julgada, definitiva.
Imperatividade- a jurisdição é Ato de poder – Imperativo. Quando falamos de Imperatividade temos que lembrar que existe outra característica que é a Inevitabilidade. O que é Inevitabilidade? Temos que ter cuidado para não confundir Inevitabilidade com a Inafastabilidade. A diferença é que uma é direito – Inafastabilidade e a outra Inevitabilidade é ônus/dever. Não podemos deixar de nos submeter ao poder judiciário. A Inevitabilidade é consequência da Imperatividade. Não podemos evitar o exercício da jurisdição. Não podemos evitar de nos submeter a jurisdição. É dever!
Inafastabilidade- Todos tem direito de recorrer ao Judiciário conforme art. 5º XXXV, a qualquer momento. Se precisarmos poderemos recorrer ao judiciário!
Inércia- O princípio da inércia é aquele que orienta no sentido de que a jurisdição somente poderá ser exercida caso seja provocada pela parte ou pelo interessado. 
O Estado não pode conceder a jurisdição a alguém se esta não tenha sido solicitada.
Indelegabilidade- Em regra geral a jurisdição é Indelegável. Porém sabemos que nem todo ato do juiz é indelegável, somente os atos decisórios.
Com relação à capacidade processual é correto afirmar:
a) No atual sistema jurídico pátrio, os cônjuges não necessitam do consentimento do outro para a propositura de ação de qualquer natureza. Errado. A prestação real imobiliária precisa do consentimento.
b) Ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, em nenhuma hipótese. Errado. Legitimidade Extraordinária.
c) A substituição processual constitui espécie de legitimação ordinária. Errado. 
d) A substituição processual é espécie de substituição extraordinária. Certo
Para propor ou contestar ação é necessário ter interesse e legitimidade. O postulado refere-se:
a) às condições da ação do interesse processual de agir e da legitimidade para a causa, que em regra dirá respeito à legitimação ordinária. (x)
b) aos pressupostos processuais do interesse processual de agir e da legitimidade ordinária para a causa.
c) às condições da ação do interesse processual de agir e da legitimidade para a causa, que em regra tratará da legitimação extraordinária.
d) aos pressupostos processuais do interesse processual de agir e da legitimidade extraordinária para a causa.
Conforme a teoria da asserção, majoritariamente adotada pela doutrina, na análise das condições da ação, deve-se considerar o que foi afirmado pela parte autora na inicial. Essa análise permite que o magistrado, ao ter contato com o processo, pronuncie-se a respeito das condições da ação.
Resposta: CERTO.
A teoria da asserção preconiza que a verificação da presença das “condições da ação” se dá à luz das afirmações feitas pelo demandante em sua petição inicial, devendo o julgador considerar a relação jurídica deduzida em juízo à vista do que se afirmou. Deve o juiz raciocinar admitindo, provisoriamente, e por hipótese, que todas as afirmações do autor são verdadeiras, para que se possa verificar se estão presentes as condições da ação
	.
Quando falamos em Acepção da Ação o STJ reconhece esta teoria. O que é esta Teoria da Acepção? Sabemos que o Juiz analisa a ação no início do processo para verificar se tem Legitimidade e Interesse, porém quando uma ação é ajuizada esse Juiz não conhece as partes e nem tão pouco ajuizou o processo. Como ele pode saber se vai ter interesse e Legitimidade? Nos termos da Teoria da Acepção se presume que é verdadeiro o que está sendo alegado pelo autor. O Juiz lê a petição inicial e ele presume que é verdadeiro tudo o que o autor está falando, com base no que o autor está falando é que ele vai analisar se estão presentes as condições de Legitimidade e de Interesse, pode ser que depois ele verifique que não é verdade que não tenha Legitimidade e Interesse, porém no início do processo para o Juiz avaliar a necessidade e o interesse quando ele despacha a petição inicial, presume-se verdadeiro o que o autor está alegando isso é chamado de Teoria da Acepção.
Por engano, Donato propõe ação de cobrança de um título de crédito, antes do vencimento deste. Falta a Donato
a) o pressuposto processual de validade da demanda.
b) a titularidade do direito e, portanto, legitimidade para agir.
c) a condição da ação relativa à possibilidade jurídica do pedido.
d) a condição da ação relativa ao interesse processual de agir. (x)
e) o pressuposto processual de eficácia da demanda.
Comentário: Não há interesse processualde agir. Lembre-se do binômio Necessidade + Utilidade. Movimentar o judiciário para cobrar uma dívida que ainda não foi vencida é uma condição da ação relativa ao Interesse processual de Agir.
Aula proferida pelo Phillipe
Parte teórica da evolução da Concepção da Ação
Direito de ação- é compreendido como direto de buscar a jurisdição um reparo sofrido pela violação de um direito material

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