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Introdução Marcadores e Lesoes Musculares

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TEMA APS: FISIOTERAPIA
Interferentes da contração muscular. Marcadores de lesão muscular e principais patologias envolvidas. 
INTRODUÇÃO
O que são marcadores? 
 Quando se questiona lesão muscular, associamos na nossa imaginação para esportes de alto rendimento e esportistas em geral, a vida pratica demonstra que os marcadores de lesão muscular, podem sim ser desenvolvidos para finalidade esportiva, mas em muito contribuem para avaliações de casos clínicos, onde o paciente necessita de uma avaliação especifica e um tratamento para evitar o inicio ou desenvolvimento de diversas patologias. Desde 1950 a bioquímica tem contribuído para elucidação do mecanismo patológico e fisiológico da saúde, vários compostos bioquímicos, métodos de diagnósticos e tratamentos tense desenvolvidos com base nos estudos bioquímicos, elucidando os motivos, as implicações e os possíveis tratamentos. 
 Marcadores biológicos são elementos, que podem ser moléculas enzimas hormônios ou até genes, que quando medidos e indicam uma ocorrência de uma determinada função normal ou patológica, podem ser conseguidos a partir de fluidos corporais. Os marcadores podem fisiológicos (referente ao funcionamento dos órgãos), físicos (características das estruturas do organismo), histológicos (tecidos) e anatômicos. Na medicina são usados para identificar, avaliar a gravidade de uma doença, orientar o diagnostico e o tratamento e prever possíveis reações adversas.
Os biomarcadores em medicina podem ser classificados em três categorias:
Tipo 0 - Marcadores de história natural de doença
Tipo 1 - Marcadores de atividade de fármacos
Tipo 2 - Surrogate markers
Lesões Musculares 
 As lesões musculares podem ocorrer por diversos mecanismos, seja por trauma direto, laceração ou isquemia. As principais causas de lesão são treinamentos físicos inadequados, retração muscular acentuada, desidratação, nutrição inadequada e a temperatura ambiente desfavorável. As lesões musculares podem ser classificadas em traumáticas e não traumáticas. Entre as traumáticas, estão o estiramento, a contusão e a laceração (ou ruptura, sendo esta parcial ou total). Entre as não traumáticas, estão a cãibra e a dor muscular tardia. 
A maior parte das lesões musculares são classificadas como estiramento e estão divididas em três graus: 
Lesão muscular de grau 01 é uma lesão com ruptura de poucas fibras musculares, mantendo-se intacta a fáscia muscular, é o estiramento de uma pequena quantidade de fibras musculares. Ocorre dor quando o músculo é solicitado pela contração, especialmente contra a resistência. A dor se localiza em um ponto específico, mas manobras extremas da articulação também podem causar desconforto e o atleta pode ter dores somente em manobras extremas da articulação, o edema pode estar presente, porém pode não ser notado no exame físico. O movimento é doloroso, mas em geral, é possível a amplitude de movimento total. É frequente em atletas com altas cargas de treinamento e a recuperação pode acontecer em apenas uma semana. 
Lesão muscular de grau 02 é uma lesão parcial de fibras, acompanhada de lesão parcial da fáscia muscular. A contração ativa do músculo é extremamente dolorosa. Em geral, há uma depressão palpável no ventre muscular e possível ouvir crepitação, como um “estalo”. Os sintomas têm maior intensidade nesse tipo de lesão. Presença de dor e hemorragia, com hematoma na região da lesão. A recuperação é mais lenta e pode afastar o atleta da prática esportiva por um período de duas a três semanas.
Lesão muscular de grau 03 ocorre quando há lesão completa do músculo e da fáscia muscular, ocorrendo assim, perda total de movimento. A dor é intensa no início, mas diminui com rapidez, devido à completa separação das fibras nervosas. O diagnóstico é realizado pelo exame clínico, em que se percebe a nítida impotência funcional e pelos exames complementares que podem auxiliar também no tratamento e na prevenção de novas lesões, como de Sódio, Potássio, Cálcio, Fosfato, Magnésio, VHS, podem ser úteis em determinadas situações, a critério do médico. Na suspeita de uma doença da tireoide, em que podem ocorrer lesões musculares de repetição, pode se solicitar exames de marcadores desta glândula, a recuperação muscular e, estas podem ser observadas por meio de avaliação bioquímica.
O uso de proteínas marcadoras de lesão muscular tem sido largamente usado na ciência bem como na clínica para identificar e quantificar lesões musculares, infarto agudo do miocárdio, hepatite, alcoolismo, entre outras doenças. Tradicionalmente, para tentar estimar o grau de uma microlesão muscular usa-se um protocolo composto por enzimas presentes em grande quantidade no citoplasma de células musculares: a creatina quinase (EC 2.7.3.2; CK) e a lactato desidrogenase (EC 1.1.1.27; LDH). A creatina quinase (CK) é extensivamente usada como marcador de microlesão muscular, tanto esquelética quanto cardíaca para o diagnóstico de infarto agudo do miocárdio. Há três isoformas descritas de CK: MM-CK, MB-CK e BB-CK. A quantidade das isoformas de CK varia de acordo com o tecido, mas todas estão presentes em grandes sítios de liberação, por isso a identificação somente dessa enzima não é conclusiva, fazendo-se necessária a análise de outros marcadores, como a lactato desidrogenase (LDH). A monitoração dos níveis de LDH tem aplicações na ciência do exercício, onde recentemente foi demonstrado que a cinética do aparecimento de LDH no sangue após o exercício é mais rápida que a de CK. A análise clínica da LDH, no sangue ou na urina, encontra utilidade no controle de doenças neuromusculares e do trato urinário.
 Alterações nas enzimas hepáticas transaminase oxalacética (TGO), transaminase pirúvica (TGP) e gama glutamil transferase (GGT), acompanhadas de alterações na desidrogenase lática (DHL), creatina fosfoquinase (CPK) e aldolase são comumente observadas em atletas que possuem um período de recuperação inadequado. Outra substância que pode se apresentar alterada é o HDL, em nível superior a faixa de normalidade, indicando estresse oxidativo, além do hormônio inflamatório cortisol.
 Além de estar presente em grandes quantidades nas alterações hepáticas, a enzima TGO encontra-se alterada em conjunto com a TGP nas patologias musculares. A TGO é encontrada no músculo esquelético, rins, cérebro, pulmões, leucócitos, baços e pâncreas. Dentre outras circunstâncias, valores elevados ocorrem na deficiência de piridoxina (vitamina B6), patologias musculoesqueléticas e nas esteatoses e hepatites não alcoólicas. Vale ressaltar que drogas que sofrem destoxificação hepática (a maioria sofre) também podem causar aumento espúrio da TGO e TGP.
 A TGP é encontrada principalmente no fígado e mais sensível que a TGO na detecção de injúria do hepatócito. Encontra-se também elevada nas doenças musculoesqueléticas e esteatoses não alcoólicas. Em miopatias severas, pode estar aumentada em conjunto com a TGO.
 A GGT catalisa a transferência do ácido glutâmico de um peptídeo para outro, ligando-o sempre ao grupo gama carboxílico e encontra-se elevada em situações de estresse oxidativo. A atividade física, por si só, gera aumento na produção de radicais livres e, se não tivermos uma boa capacidade antioxidante, o processo oxidativo e inflamatório é favorecido.
 A DHL catalisa a conversão reversível de lactato muscular em piruvato e este é um passo essencial nos processos metabólicos que implicam em produção de energia celular. Encontra-se em excesso na presença de danos celulares. Quando alterada, suporta os resultados de CPK, que é uma enzima com alta concentração no músculo esquelético, miocárdio e cérebro. Os níveis aumentados de CPK se correlacionam com o desenvolvimento de alterações musculares degenerativas.
 A enzima aldolase está envolvida na produção de energia via glicose. É utilizada na avaliação dos quadros de fraqueza muscular e valores reduzidos podem ser encontrados nas fases avançadas das miopatias. Já o cortisol pode estar elevado em indivíduos que não possuemum bom período de recuperação. É um hormônio catabólico com papel contrário ao da insulina, anabólica. Ou seja, com o cortisol elevado a recuperação das miofibrilas musculares fica inviabilizada.
OBJETIVO
DISCUSSÃO 
CONCLUSÃO
Os marcadores de lesões musculares, em sua maioria estão associados a marcadores biológicos e estão ligados às reações do organismo na formação de enzimas e hormônios, desenvolvem um importante papel na identificação prematura das lesões como também orientam quanto ao tratamento e a prevenção, parecem muito ligados a tratamento de atletas, mas também a doenças do coração e debilidades motoras.
REFERENCIAS
 BIBLIOGRAFICA: 
Ricardo Vieira, Fundamentos da Bioquímica, Textos Didáticos, 2003.
Hedges, 1995; Puoti, 2004; Harasymiw e Bean, 2007; Bessa, Nissembaum et al., 2008
Bassini-Cameron, Sweet et al., 2007; Bassini-Cameron, Monteiro et al., 2008
Valter T. Motta, Bioquímica Clínica: Princípios e Interpretações. 2003
Links:
http://www.roche.pt/portugal/index. cfm/investigacao_ps/novos-desafios---biomarcadores/
http://www.medicinapratica.com.br/tag/marcadores-de-lesao-miocardica/
http://www.proximus.com.br/news/node/101

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