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seminário fisio tgi 12 06 08

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Hospital Geral da Santa Casa da 
Misericórdia/ RJ
Instituto de Nutrição
Direção: Prof. Isaac Vaissman
Fisiologia Gastrointestinal
Componentes do Grupo:
• Gertrudes da C. Béu
• Juliana M. Galvão
• Mônica S. de Carvalho
INTRODUÇÃO
 O trato gastrointestinal (TGI) é o responsável por reduzir
nutrientes em unidades menores e por converter as
moléculas insolúveis em formas solúveis, para que possam
ser absorvidos no intestino.
 Os papéis primários do trato GI são:
 Extrair macronutrientes - proteínas, carboidratos, lipídeos -
água e etanol dos alimentos e bebidas ingeridos;
 Absorver micronutrientes e oligoelementos necessários;
 Servir como uma barreira física e imunológica aos
microrganismos, material estranho e antígenos potenciais
consumidos com os alimentos ou formados durante a
passagem de alimentos pelo trato GI;
 Além de seus papéis primários, também participa de
muitas outras funções reguladoras, metabólicas e
imunológicas que afetam todo o corpo.
 O trato GI se estende da boca ao ânus e inclui as
estruturas orofaríngeas, esôfago, estômago, fígado
e vesícula biliar, pâncreas e os intestinos delgado e
grosso. Ele é um dos maiores órgãos do corpo. As
células que recobrem o trato GI possuem um ciclo
de vida de aproximadamente 3-5 dias, sendo
depois recicladas.
 Está se tornando cada vez mais aparente que a
saúde do corpo depende de um trato GI saudável e
funcionante. Mas a função máxima do trato GI
humano depende do consumo frequente de
alimentos saudáveis ao invés de alimentações
intercaladas com jejuns prolongados.
VISÃO GERAL DOS PROCESSOS 
DIGESTIVO E ABSORTIVO
 O movimento dos conteúdos e secreções GI dentro
do trato GI é regulado principalmente por
hormônios peptídeos, nervos e músculos entéricos.
 ENZIMAS NA DIGESTÃO
A digestão dos alimentos é realizada pela hidrólise
sob a ação de enzimas.
 ENZIMAS SALIVARES:
 PTIALINA (amilase salivar):
Hidrolisa o amido para formar dissacarídeos,
dextrinas e oligossacarídeos ramificados.
ENZIMAS PRESENTES NO SUCO GÁSTRICO
 PEPSINA:
Hidrolisa proteínas (na presença de ácido 
hidroclorídrico) para formar polipeptídeos e 
aminoácidos. 
 LIPASE GÁSTRICA:
Hidrolisa gordura, especialmente de cadeia 
mais curta para formar ácidos graxos livres.
SECREÇÃO EXÓCRINA DO PÂNCREAS
 LIPASE:
Hidrolisa gordura (na presença de sais biliares) para
formar monoglicerídeos e ácidos graxos, incorporam as
micelas.
Produto final absorvido: ácidos graxos nas células da
mucosa; reesterificados como triglicerídeos.
 COLESTEROL ESTERASE:
Hidrolisa colesterol para formar ésteres de colesterol e
ácidos graxos; incorporam as micelas.
Produtos finais absorvidos: colesterol nas células da
mucosa; são transferidos para os quilomícrons.
 α-AMILASE:
Hidrolisa amido e dextrinas para formar dextrina e
maltose.
 TRIPSINA (tripsinogênio ativado):
Hidrolisa proteínas e polipeptídeos para formar
polipeptídeos.
 QUIMIOTRIPSINA (quimiotripsinogênio ativado):
Hidrolisa ligações peptídicas interiores de proteínas e
peptídeos para formar polipeptídeos.
 CARBOXIPEPTIDASE:
Hidrolisa ligações peptídicas terminais (terminação
carboxila) para formar aminoácidos.
Produtos finais absorvidos: aminoácidos.
 RIBONUCLEASE E DESOXIRRIBONUCLEASE:
Hidrolisam ácidos nucléicos e desoxirribonucléicos para
formar mononucleotídeos.
Produto final absorvido: mononucleotídeos.
 ELASTASE:
Hidrolisa proteína fibrosa para formar peptídeos e
aminoácidos.
ENZIMAS DO INTESTINO DELGADO 
(PRINCIPALMENTE NA BORDA EM ESCOVA):
 CARBOXIPEPTIDASE, AMINOPEPTIDASE E 
DIPEPTIDASE:
Hidrolisa terminações carboxila e terminações amino ou
ligações peptídicas interiores de polipeptídeos.
Produto final absorvido: aminoácidos.
 ENTEROCINASE:
Ativa a tripsina do tripsinogênio.
Produto final absorvido: dipeptídeo e tripeptídeos.
 SACARASE:
Hidrolisa sacarose para formar glicose e frutose.
Produto final absorvido: glicose e frutose.
 α-DEXTRINASE (isomaltase):
Hidrolisa dextrina para formar glicose.
Produto final absorvido: glicose.
 MALTASE
Hidrolisa maltose para formar glicose.
Produto final absorvido: glicose.
 LACTASE:
Hidrolisa lactose para formar glicose e galactose.
Produto final absorvido: glicose e galactose.
 NUCLEOTIDASES:
Hidrolisa ácidos nucléicos, formando nucleotídeos e
fosfatos.
Produto final absorvido: nucleotídeos.
 NUCLEOSIDASE E FOSFORILASE
Hidrolisa nucleosídeos para formar purinas,
pirimidinas e pentose fosfato.
Produto final absorvido: bases de purina e pirimidina.
REGULADORES DA ATIVIDADE 
GASTROINTESTINAL
 MECANISMOS NEURAIS
 Responsáveis pelos movimentos GI que incluem:
contração, mistura e propulsão do conteúdo luminal.
 Incluem: um sistema intrínseco, que consta de 2 camadas
de nervos incrustados na parede intestinal, e um sistema
externo de fibras nervosas indo e vindo dos sistemas
nervoso central e autônomo.
 Os receptores mucosos na parede intestinal (sensíveis à
composição do quimo e à distensão do lúmen) enviam
impulsos através dos nervos submucosos e mioentéricos.
 Neurotransmissores e neuropeptídeos (peso molecular
pequeno) informam aos nervos para contrair ou relaxar os
músculos, aumentar ou diminuir as secreções de fluidos ou
mudar o fluxo sanguíneo.
INERVAÇÃO AUTÔNOMA
 FIBRAS SIMPÁTICAS
Correm junto aos vasos sanguíneos, tornam mais
lento o trânsito do conteúdo GI pela inibição dos
neurônios que afetam a contração muscular e
inibem as secreções.
 FIBRAS PARASSIMPÁTICAS
Correm nos nervos vago e pélvico: inervam áreas
específicas do trato alimentar.
 EX. visão ou odor de alimentos → ativação vagal
→ secreção de ácido.
HORMÔNIOS NEUROPEPTÍDICOS
 O trato GI secreta mais de 30 famílias de hormônios
neuropeptídicos, o que o torna o maior órgão
endócrino do corpo.
 GASTRINA:
Liberada pela mucosa gástrica e duodenal,
principalmente células do antro.
Estimulada por peptídeos e aminoácidos, cafeína,
distensão do antro, algumas bebidas alcoólicas, nervo
vago.
Estimula a secreção de ácido hidroclorídrico e
pepsinogênio, aumenta a motilidade gástrica antral e o
tônus do esfíncter esofágico inferior. Estimula
fracamente a contração da vesícula biliar, e a secreção
pancreática de bicarbonato.
 SECRETINA:
Liberada pela parede duodenal na corrente sanguínea.
Estimulada pela presença de substância ácida no intestino
delgado.
Opõe-se tanto à ação quanto à secreção de gastrina.
Estimula o pâncreas a secretar água e bicarbonato no
duodeno, aumenta a liberação de insulina e algumas
secreções de enzimas pancreáticas. Diminui a motilidade e
aumenta a eliminação de muco.
 COLECISTOCININA (CCK):
Liberada pela mucosa do intestino delgado proximal.
Estimulada por peptídeos, aminoácidos, gordura e ácido
hidroclorídrico.
Estimula a secreção se enzimas pancreáticas. Causa a
contração da vesícula biliar. Torna mais lento o
esvaziamento gástrico. Aumenta a motilidade intestinal e a
saciedade.
 POLIPEPTÍDEO INIBIDOR GÁSTRICO (GIP):
Liberado pela mucosa do intestino delgado.
Estimulada pela presença de glicose e gordura.
Inibe a secreção de ácido gástrico, estimulada pela
gastrina, e a motilidade do intestino delgado.
 PEPTÍDEO 1 SEMELHANTE AO GLUCAGON
(GLP-1) e o PEPTÍDEO 2 SEMELHANTE AO
GLUCAGON (GLP-2)
Tornam mais lento o esvaziamento gástrico,
diminuem as concentrações de glucagon,
estimulam a síntese de proinsulina, aumentam a
sensibilidade à insulina (hormônios incretinas).
 MOTILINA:
Liberado pela mucosa do estômago, intestinos
delgado e grosso.
Estimulada pelas secreções biliar e pancreática no
duodeno.
Promove o esvaziamento gástrico e aumenta a
motilidade GI.
 SOMATOSTATINA:
Liberado pelo estômago, pâncreas e porção
superior do intestino delgado.
Estimulada pela acidez gástrica e duodenal e
produtos da digestão de proteínae gordura.
Inibe a liberação de gastrina, motilina e secreções
pancreáticas, além de diminuir a motilidade e as
contrações do trato GI.
Digestão
O sistema digestório humano é formado
por um longo tubo musculoso, ao qual estão
associados órgãos e glândulas que participam
do processo digestivo. Apresenta as seguintes
regiões: boca, faringe, esôfago, estômago,
intestino delgado, intestino grosso e ânus.
Digestão
Disponível em: <http://www.afh.bio.br>
Cólon sigmóide
Fases Digestivas
 Fase Cefálica – Resulta do ato de pensar em alimentos
somado à expectativa puramente mental da ingestão
de alimentos, à visão e ao odor dos mesmos. Os
impulsos dos receptores sensitivos seguem pelas vias
aferentes e estimulam o centro do nervo vago no
bulbo. Daí, os impulsos descem pelo vago para
estimular as glândulas gástricas.
 Fase Gástrica – Gerada pelos estímulos oriundos de
alimentos, antes mesmo da chegada ao estômago. Os
dois principais fatores envolvidos são a distensão do
antro e o conteúdo químico dos alimentos. A distensão
promove a liberação de gastrina por reflexos entéricos
- mediados pelo SN parassimpático.
Fases Digestivas
 Fase Intestinal – Desencadeada logo que o alimento
penetra no duodeno. Como na fase anterior, os
estímulos são conseqüentes ao estiramento da
parede intestinal e ao conteúdo químico dos
alimentos. Tanto reflexos como hormônios são
mediadores desses efeitos da composição das
refeições sobre a atividade intestinal.
Digestão
 Na boca
- Moagem e tritura dos alimentos pela
ação dos dentes.
- Lubrificação da massa alimentar pela
saliva produzida por três tipos de
glândulas.
Em média 1,5 L de secreção salivar
diariamente. Mantém pH bucal entre 6,7
a 7,0.
Digestão
 Na boca
- Início da digestão do amido: amilase
salivar (ptialina).
- Digestão lipídica quase ausente: lipase
lingual pouco ativa no adulto
- Contribuições da língua:
. percepção de quatro sabores primários
. mastigação e movimentação do bolo
alimentar em direção à faringe para
deglutição
(A)amargo
(B)azedo ou ácido
(C)salgado
(D)doce
Digestão
 No esôfago
- Propulsão do alimento
parcialmente processado até o
estômago através de ondas
peristálticas.
5 a 10 s 
para o bolo 
alimentar 
percorrer o 
esôfago
Digestão
 No estômago
- Em torno de 2.000 a 2.500 ml de
suco gástrico é secretado por dia.
- As secreções gástricas contêm:
. HCl (pH 1 a 4): antibactericida
. protease
. lipase gástrica (tributirinase)
. muco
. fator intrínseco
. gastrina (hormônio GI)
Renina  enzima proteolítica que
age sobre a proteína do leite, a
caseína, provocando a coagulação
da mesma, facilitando a ação de
outras enzimas que agem sobre as
proteínas.
- Formação do quimo alimentar
(50% de água)
Digestão
Extraído de:<http://www.biocourse.com/mhhe/bcc/domains/quad/topic.xsp?id=000270>
H+ Cl-
Digestão
 No estômago
- A cada contração do antro e
piloro, liberação da mistura
alimentar em pequenas porções
no ID.
- Tempo de esvaziamento gástrico
para refeições:
. líquidas: 1 a 2 h
. sólidas: 2 a 3 h
Os glicídeos deixam mais
rapidamente o estômago,
seguidos pelas proteínas,
lipídeos e fibras. Alimentos
calóricos abandonam o órgão
mais lentamente.
Digestão
 No intestino 
delgado
- Principal zona de digestão e
absorção de nutrientes.
- Dividido em três partes:
. duodeno: 0,5 m
. jejuno: 2 a 3 m
. Íleo: 3 a 4 m
- Digestão do quimo:
predominante no duodeno e no
segmento proximal do jejuno.
- Secreções atuantes no duodeno
. suco pancreático contendo
água, enzimas digestivas e
bicarbonato de sódio (pH 8,5 a 9)
. bile (pH entre 8 e 8,5)
 No intestino 
delgado
- Enzimas, presentes na secreção
exócrina pancreática, lançadas no ID:
. amilase
. lipase
. nucleases
. tripsinogênio e quimiotripsinogênio,
formas inativas em que são secretadas as
enzimas proteolíticas tripsina e
quimiotripsina.
A mucosa do ID secreta o suco entérico,
solução rica em enzimas e de pH
aproximadamente neutro. Uma das enzimas é
a enteroquinase. Há também dissacaridades
(sacarase, lactase, maltase), que hidrolisam
dissacarídeos em monossacarídeos e
peptidases que convertem polipeptídeos em
aminoácidos.
 No intestino 
delgado
- Contrações rítmicas e o peristaltismo
das paredes musculares, movimentam o
quimo, ao mesmo tempo que este á
atacado pela bile, enzimas e demais
secreções, sendo transformado em quilo.
- Conteúdo intestinal: movimenta-se ao
longo do ID em uma taxa de 1 cm/min,
levando de 3 a 8 h para chegar até a
válvula ileocecal. (KRAUSE, 2005)
Absorção
O intestino delgado (ID) é o órgão
primário de absorção, o que é atribuído ao seu
extenso comprimento e à disposição da
mucosa que o recobre em convoluções ou
válvulas coniventes. Tais dobras são cobertas
com projeções semelhantes a dedos, as
vilosidades, que, por sua vez, apresentam nas
extremidades as chamadas microvilosidades
(borda em escova). Todo esse conjunto
confere uma enorme superfície absortiva de
200 a 250 m2. (KRAUSE, 2005)
Absorção
Importância da integridade das estruturas intestinais
Absorção
Mecanismos Absortivos
. Pinocitose: macroproteínas, lipoproteínas, fosfolipídeos, imunoglobulinas
Água, ácidos graxos, 
vitaminas lipossolúveis, 
carboidratos com PM < 1.000
Glicídeos
Aas, glicose, galactose, íons, vitaminas hidrossolúveis
Intestino Grosso
O intestino grosso é o local em que ocorre
absorção de água e sais restantes, bem como
das vitaminas sintetizadas pelas bactérias da
flora intestinal. Possui cerca de 1,5 m de
comprimento.
A estimulação da motilidade do IG durante
a fase gástrica é denominada reflexo
gastrocólico.
Quanto à proteção contra escoriações e
atividade bacteriana, é feita pelo muco secretado
pela parede intestinal. Já os íons bicarbonato
neutralizam os produtos ácidos provenientes do
metabolismo de bactérias.
FLORA BACTERIANA COLÔNICA
Anaeróbios
Bacteroides
Bifidobacterium
Clostridium
Eubacterium
Lactobacillus
Peptostreptococcus
Peptococcus
Porphyromonas
Ruminococcus
Anaerobios facultativos (aeróbios)
Enterococcus
Escherichia coli
Enterobacteriaceae (otros que Escherichia coli)
Staphylococcus
Extraído de: P., Rodrigo Quera; QUIGLEY, Eamonn; S., Ana María Madrid. El rol de
los prebióticos, probióticos y simbióticos en gastroenterología. Gastr Latinoam. v. 16,
n. 3, p. 218-228, 2005. (1)
Particularidades da flora intestinal
 Formação, por vezes, de substâncias tóxicas, como
amônia, indóis, aminas e compostos fenólicos.
 Produção de nutrientes: vitaminas B1, B2 e B12 (são
apenas para manter o trofismo dos enterócitos; não
servem para suprir as necessidades orgânicas)
 Fermentação de carboidratos e peptídeos mal
absorvidos ou material resistente à digestão (fibras) 
ácidos graxos de cadeia curta (SCFA) e gases
(hidrogênio, dióxido de carbono, nitrogênio e metano).
Salvamento Colônico
combustível 
(colonócitos)
proliferação e diferenciação
(colonócitos)
↓ carga osmótica
↑ absorção 
água e eletrólitos
SCFA: butirato, propionato, acetato e lactato
A saúde do cólon depende de:
 consumo diário de 20-35 g/dia de fibra díetética
na forma de frutas, hortaliças, cereais e grãos
integrais
 ingestão regular de produtos contendo agentes
probióticos (Lactobacillus acidophilus, L.
bulgaricus, L. casei, L. lactis, Bifidobacterium
bifidum, B. lactis, etc.)
“Estudos experimentais mostram que Lactobacillus salivarus
pode reduzir prevalência de cáncer de cólon associado a colite”. (1)
 ↓ ingesta de alimentos com tendência putrefativa,
como carnes, gorduras
RESUMO DE DIGESTÃO E ABSORÇÃO ENZIMÁTICA DOS 
MACRONUTRIENTES
Boca
(Digestão inicial dos carboidratos)
Ptialina ou Amilase salivar (enzima secretadapelas glândulas 
salivares)
Por ser uma amilase, ela vai atuar no amido.
Gerando sacarídeos menores.
Dissacarídeos ,dextrinas e oligossacarídeos ramificados 
(carboidratos compostos basicamente por sub unidades de glicose).
No Estômago
Quando o bolo alimentar atinge o estômago, nós temos a 
secreção de outras enzimas.
Enzimas pepsina e lipase gástrica
A lipase gástrica age somente nas gorduras pequenas, ou seja,
com poucas unidades de carbono (vai atuar em lípideos com cadeias
mais curtas liberando ácidos graxos livres), a Krause não diz quantas
sub-unidades são, mas sub entende-se de 2 a 6 unidades de carbono,
dependendo do tipo de ácido graxo de cadeia curta.
Estômago
(Início da digestão das proteínas)
Primeira hidrólise protéica, com ação da pepsina.
A pepsina é uma protease que atuará mediante a presença
de ácido clorídrico e vai quebrar as ligações peptídicas para
formar polipeptídeos e aminoácidos (lembrando que a hidrólise
proteica sempre ocorrerá primeiro nas ligações internas para
depois quebrar as ligações terminais).
A pepsina e secretada pelas nossas células do estômago na
forma de pepsinogênio (forma inativa). O pepsinogênio em
contato com o ácido clorídrico é ativado em pepsina, que é a
enzima ativa.
RESUMO DE DIGESTÃO E ABSORÇÃO ENZIMÁTICA DOS 
MACRONUTRIENTES
RESUMO DE DIGESTÃO E ABSORÇÃO ENZIMÁTICA DOS 
MACRONUTRIENTES
Intestino Delgado
O quimo ácido atinge intestino e estimula as secreções
biliopancreáticas.
Além disso , o quimo ácido vai estimular a liberação da
secretina (hormônio) pelo pâncreas, na mucosa duodenal,
liberando água e bicarbonato, logo o bicarbonato vai alcalinizar
esse pH, criando um ambiente protetor para mucosa e favorável
para atuação das enzimas.
Nas secreções biliares temos a presença de bile que é um
emulsificante (que permite a solubilização das gorduras maiores
em unidades menores chamadas de micelas, para que estas
sofram a ação das enzimas).
E essas enzimas são secretadas pela parte exócrina do
pâncreas, pois a endócrina fará somente a secreção de
hormônios.
RESUMO DE DIGESTÃO E ABSORÇÃO ENZIMÁTICA DOS 
MACRONUTRIENTES
Na secreção exócrina do pâncreas temos:
A presença de lipases e estas vão hidrolizar lipídios em lipídios
menores, ou seja, vai hidrolisar os diglicerídeos e os triglicerídeos em
monoglicerídeos e ácidos graxos livres que serão incorporados nas micelas.
Temos também a presença da colesterol esterase que é responsável
pela hidrólise do colesterol, formando ésteres de colesterol e ácidos graxos.
Estes serão incorporados pelos enterócitos e mandados para o linfático na
forma de quilomicrons, na parte baixa do intestino (íleo terminal).
A presença da α-amilase que quebrará amido e dextrinas em resíduos
menores, em resíduos de maltoses. A α-amilase seria considerada a enzima
intermediária do processo digestivo de carboidratos. Nós temos a digestão
inicial que é feita pela amilase salivar, que quebra amido em dextrinas. Estas
dextrinas atingem intestino delgado, sofrem ação da α-amilase (amilase
pancreática) e estas são quebradas em resíduos de maltose. Se for amido
será quebrado em dextrinas.
São 5 enzimas de digestão protéica:
Tripsina é secretada pelo pâncreas na forma de tripsinogênio,
este será ativado em tripsina pela enzima enteroquinase, vai atuar
nas proteína e polipeptídeos. A tripsina vai quebrar as ligações
internas , assim como a pepsina.
As enzimas de borda em escova, que veremos mais a frente,
quebram as ligações terminais, para liberar só os aminoácidos.
A quimiotripsina é secretada na forma de quimiotripsinogênio,
este é ativado em quimiotripsina pela ação da tripsina. A
quimiotripsina vai também atuar em proteínas e peptídeos menores.
E também vai quebrar as ligações interiores para formar
polipeptídeos.
RESUMO DE DIGESTÃO E ABSORÇÃO ENZIMÁTICA DOS 
MACRONUTRIENTES
A Carboxipeptidase também vai atuar nos polipeptídeos quebrando
as ligações terminais , em especial as terminações carboxila, liberando
aminoácidos para absorção.
Então , eu preciso, no mínimo, ter atuação até carboxipeptidase para
ter absorção protéica. Ao ingerir uma PTN intacta eu tenho que ter ação
inicial de pepsina, tripsina e quimiotripsina para quebrar as ligações
interiores e eu tenho a presença da carboxipeptidase para quebrar as
ligações terminais, ao quebrar as terminais eu libero aminoácidos livres,
dipeptídeos e tripeptídeos. Logo eu tenho produtos de absorção.
Além disso, temos mais 3 enzimas, destas 2 atuam em proteínas com
material genético (proteínas contendo DNA e RNA), que são as
nucleoproteases: desoxirribonuclease e ribonuclease e 1 enzima que é a
elastase que atua na hidrólise somente de protéinas fibrosas (colágeno,
elastina).
A elastase faz proteólise de proteínas fibrosas liberando peptídeos e
aminoácidos livres.
Já a desoxiribonuclease vai atuar em proteínas contendo DNA e a
ribonuclease vai atuar em proteínas contendo RNA. Com isso eu tenho a
formação de mononucleotídeos. E estes serão clivados mais a frente.
Enzimas do intestino delgado 
( principalmente de borda em escova)
As principais enzimas produzidas pelas células de borda
em escova são as chamadas dissacaridases. Elas são
responsáveis pela digestão dos carboidratos, dos nossos
dissacarídeos. Nos casos de atrofia de mucosa, ocorrerá um
prejuízo absortivo, já que as dissacaridases são enzimas
presentes em borda em escova.
Nós também temos as enzimas que atuam na digestão
protéica, como: a carboxipeptidase, aminopeptidase e
dipeptidases. Elas atuam em polipeptídeos na hidrólise de
terminações carboxila e de terminações amino ou de ligações
peptídicas interiores (no caso das dipeptidases) liberando
aminoácidos livres. Porém nós também podemos absorver
dipeptídeos e tripeptídeos em grandes quantidades.
RESUMO DE DIGESTÃO E ABSORÇÃO ENZIMÁTICA DOS 
MACRONUTRIENTES
RESUMO DE DIGESTÃO E ABSORÇÃO ENZIMÁTICA 
DOS MACRONUTRIENTES
As dissacaridases são:
A sacarase que atua na sacarose liberando os resíduos de
glicose e frutose.
A lactase que atua na lactose liberando glicose e galactose.
Temos também duas grandes enzimas que atuam em resíduos
de maltose e isomaltose. São elas a maltase, que atua na maltose
liberando 2 unidades de glicose e a isomaltase ou α-dextrinase
que atua na dextrina, também chamada de isomaltose, liberando 2
resíduos de glicose.
As nucleotidases e nucleosidases atuam em produtos de
metabolismo protéico. Lembrando que as nucleotidases vão atuar
somente em ácidos nucléicos liberando nucleotídeos e fosfatos.
Já as nucleosidases e fosforilase vão atuar nos nucleosídeos
liberando purinas, pirimidinas e um radical pentose.
Lembrando que nós só absorvemos 
carboidratos na forma de monossacarídeos 
(glicose, frutose e galactose), lipídeos na 
forma de ácidos graxos, ésteres de colesterol 
e lipídeos derivados ou compostos (das 
vitaminas lipossolúveis) e proteínas na 
forma de dipeptídeo, tripeptídeos e 
aminoácidos livres.
RESUMO DE DIGESTÃO E ABSORÇÃO ENZIMÁTICA DOS 
MACRONUTRIENTES
PROCESSO DE TRANSPORTE TRANS-MEMBRANA
Digestão e absorção de lipídeos
ABSORÇÃO DE PROTEÍNAS
A absorção de aminoácidos é um processo ativo, isto é,
consome energia. Por meio de mecanismos mediados por
carreadores, alguns aminoácidos são absorvidos em processo
sódio dependente.
Certos aminoácidos competem entre si, durante a
absorção, pelos transportadores presentes na membrana
luminal.
Outros mecanismos de transporte também estão
presentes, como a proteína transportadora de oligopeptídeos
(PepT-1) que transporta ativamente (rapidamente e sem
competição, por ser um transporte facilitado) dipeptídeos e
tripeptídeos, expresso exclusivamente na membrana apical
(lúmen) de enterócitos e não transporta AA livres nem
peptídeos com mais de três resíduos.
No citoplasma dos enterócitos ocorre adigestão dos
dipeptídeos e tripeptídeos, liberando assim aminoácidos livres
para circulação portal.
Há a absorção de proteínas intactas . Isso é importante
em muitas espécies de mamíferos para estabelecer a imunidade
passiva, no período de lactação.
Nessa fase da vida, a junção entre os enterócitos ainda
não está completa, o que permite a passagem de
macromoléculas, como as imunoglobulinas. Em humanos, há
transferência de imunoglobulinas tanto pela placenta como pelo
colostro.
A absorção de proteínas íntegras, embora em pequena
escala, é um fator importante no desenvolvimento de alergias
alimentares e intolerâncias.

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