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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO ● FONTES E INTEGRAÇÃO Fontes formais: CLT; CF88; Lei 5.58470 Integração ↳Art. 769 CLT: permite a aplicação subsidiária do CPC na falta de uma norma na CLT, desde que ocorra na fase de conhecimentoe que haja a omissão da norma e a compatibilidade entre os dispositivos. ↳Art. 889 CLT: estabelece regraa para a aplicação subsidiária do CPC na fase de execução ( necessário que haja a omissão e a compatibilidade). Na falta da CLT, aplicase a Lei de Execuções Fiscais e em último caso, na sua falta, aplicase o CPC. ↳ Lacunas: A) Normativa: quando falta uma norma; B) Antológica: quando há a norma mas ela é desatualizada, não gerando efeitos; C) Axiológica: quando há a norma mas a sua aplicação gera, dentro do processo, uma injustiça. Forma de aplicação das fontes subsidiárias no processo do trabalho ↳Teoria restritiva: dispõe que as fontes subsidiárias, principalmente o CPC, só poderão ser aplicadas, se houver uma lacuna normativa e compatibilidade. ↳Teoria ampliativa: permite aplicar subsidiariamente outras fontes, não só nos casos em que houver lacunas normativas, mas também nos casos em que a norma existente for desatualizada ou gerar uma injustiça no processo. ↳ Entendimento jurisprudencial TST: entende que devese aplicar a teoria restritiva. Eficácia da lei no tempo: a lei não retroage. Se o ato não foi praticado, aplicase a lei nova, mas se o ato já foi praticado, a retroatividade não irá atingílo. ↳No processo do trabalho os prazos são contados em dias corridos e não em dias úteis como ocorre no direito do trabalho. Isso porque se contados em dias úteis, o prazo será prolongado, indo, consequentemente, contra o princípio da celeridade e gerando uma incompatibilidade. ↳Teoria dos atos isolados: analisa cada ato para ver se a lei nova se aplica ou não ao caso, e se o for, aplicandoa apenas aos atos que serão praticados. A lei nova regulará apenas os atos processuais que serão praticados após a sua vigência, não alcançando aqueles já realizados sob a égide da lei anterior, os quais serão considerados válidos, produzindo todos os efeitos previstos pela lei velha, uma vez que constituem ato jurídico perfeito e acabado. Eficácia da lei no espaço: princípio da territorialidade: vigora em todo o território nacional e se aplica tanto aos brasileiros quanto aos estrangeiros residentes no Brasil. ● PRINCÍPIOS Aplicamse os princípios gerais fundamentais (legalidade, isonomia, etc) e os princípios específicos do direito processual do trabalho, aos quais tem três funções: interpretativa (interpretar as normas da CLT para aplicar adequadamente ao processo do trabalho), informativa ( auxiliar na construção das normas do processo do trabalho) e integrativa ( suprir as lacunas do ordenamento jurídico). Princípios específicos: ↳Princípio da simplicidade: por eles, as regras do processo do trabalho são mais flexíveis do que as do direito processual comum. Isso porque, eles vem para auxiliar a parte hipossuficiente, para que haja um equilíbrio processual e um bom resultado. ↳Princípio do Jus Postulandi: Princípio que permite que as partes atuem no processo sem a necessidade de um advogado. È uma excessão à capacidade postulatória. Na prática, este princípio tem efeito contrário do seu cunho, vez que há uma grande dificuldade de dar continuidade ao processo quando as partes não tem conhecimento técnico suficiente para ir por si só, pleitear seus interesses. Por isso é muito comum que o juiz ‘’advogue’’ ou convença a parte a desistir da ação e entrar com uma nova, representado por um advogado. * Súmula 425 do TST: limita o alcance do jus postulando até o TRT com a interposição de recurso ordinário. Após o TRT, será obrigatório um advogado para interpor o recurso de revista e o recurso extraordinário, pois se trata de uma discussão extremamente técnica, de cunho jurídico. * O TST vem tentando tirar este princípio, já que, atualmente, ele é inviável. ↳Princípio da oralidade: não é totalmente específico do direito processual do trabalho, pois aplicase também ao processo civil. Busca com que os atos processuais se deem oralmente, sempre que possíveis. * A reclamação trabalhista poderá, inicialmente, ser feita de forma oral, ainda que posteriormente seja leva a termo. * Subprincípios: A) Concentração dos atos processuais em audiência: audiências feitas oralmente B) Irrecorribilidade de imediato das decisões interlocutórias: a princípio, as decisões interlocutórias são irrecorríveis para dar mais celeridade ao processo, ou seja, não caberá recurso ao longo do processo para que ele flua até o fim. Prolatada a sentença, poderá recorrer com recurso ordinário. Nos casos em que houver uma decisão interlocutória irrecorrível e que pode gerar um dano irreparável ou de difícil reparação caso não impetrado o recurso de imediato, podese impetrar o mandado de segurança, a fim de evitar a ocorrência do possível dano. C) Identidade física do juiz: o juiz que presidiu a audiência de instrução ou que colheu a prova, deverá ser o juiz que vai sentenciar o processo, salvo as excessões previstas no art. 132CPC. Isso porque é este juiz quem terá a percepção da prova produzida (se verdadeira, falsa, viciada…). Para o TST este princípio não é obrigatório, uma vez que ele provém de uma aplicação subsidiária do CPC e não diretamente da CLT. (Súmula 222 STF e Súmula 136TST) ↳Princípio da celeridade: visa uma duração razoável do processo, buscando agilizálo, já que tem cunho indireto de caráter alimentar. ↳Princípio da conciliação: apesar de presente em outras disciplinas, é um princípio bem típico do direito processual trabalhista, principalmente nos conflitos que versam sobre interesses pecuniários. As partes vão buscar a solução do conflito da melhor e mais rápida maneira possível, através de um conciliador, não havendo vínculo entre as partes. A própria CLT prevê que o juiz deverá sempre buscar a conciliação como primeira forma de resolução do conflito e uma vez homologada, faz coisa formal e material, gerando sentença e assim, sendo obrigatória em dois momentos do processo: I na audiência inaugural, antes de apresentada a constestação do réu ( art 846CLT) II na audiência de instrução, após as razões finais e antes de decretada a sentença ( art 850CLT). Noprocedimento sumaríssimo pode ser aplicada a qualquer momento. ↳Princípio do protecionismo temperado do trabalhador: decorre do princípio da proteção material, que pressupõe uma desigualdade entre empregado e empregador. No direito processual do trabalho, essa proteção é moderada. Ex: Execução de sentença transitada em julgado feita ‘’ ex officio’’, ou seja, o juiz convoca a parte vencedora para saber se houve o cumprimento da sentença e em caso negativo, o próprio juiz poderá buscar a execução. Ex 2: Depósito recursal: função de garantia do juízo a fim de que hajam bens para executar no processo. Apesar de requisito para interpor recurso, no caso do empregador, o depósito recursal poderá ser dispensado. ↳Princípio busca da verdade real:necessidade do juiz de buscar a verdade formal e material. Decorre do princípio da primazia da realidade, sobrepondo a verdade formal a verdade material. ↳Princípio da indisponibilidade: corresponde ao princípio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas. O juiz deve zelar para garantir os direitos mínimos do trabalhador, ainda que em uma conciliação. ↳Princípio da normatização coletiva: fundamentase no poder normativo da justiça do trabalho, permitindo que esta possa criar normais gerais e abstratas, quando houver negociações coletivas ou interesse coletivo. È necessário, entretanto, que haja o acordo entre as partes. Se não houver as negociações coletivas, as partes poderão recorrer ao judiciário propondo o dessídio coletivo, e nele, a justiça do trabalho irá estipular as normas coletivas aplicáveis àquela situação, através de uma sentença normativa. Nas negociações coletivas, as partes debatem , entram em acordo e define as normas, criando um dispositivo que deverá ser aplicado a todos no âmbito de sua abrangência. Se em decorrência de convenção, terá efeito apenas entre os sindicatos. Se proveniente de convenção, o efeito será entre o sindicato da classe profissional e entidade empregadora (médico e hospital por exemplo). ↳Princípio da extra partição: em via de regra, a sentença não pode julgar nem a mais, nem a menos, nem coisa diversa daquela pleiteada na reclamação trabalhista. Contudo, há alguns casos em que o juiz poderá julgar além do que foi pedido, como por exemplo, nos casos em que houver uma demissão de empregado estável e este pede apenas a sua reintegração, na impossibilidade de fazêlo, pode o juiz sentenciar deferindo uma indenização ou no caso de multa prevista no art 467 da CLT, em que, quando houver verbas incontroversas, o reclamado deverá efetuar o pagamento na audiência inaugural, sob pena de o juiz aplicar como forma de punição, multa de 50% sobre o valor. ● ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO TST: Órgão máximo, composto por 27 ministros; TRT: Órgão de segunda instância, composto por até 7 juizes, atuando em cada estado. Juízes do trabalho: atuam nas varas do trabalho, em cada cidade. Art 112CF: trata da investidura da jurisdição trabalhista aos juízes de direito. Se a competência for da justiça do trabalho e em uma cidade não houver vara do trabalho, o juiz comum poderá julgar conforme a justiça do trabalho, passando a competência recursal para o TRT ou TST e não para TJ ou STJ. Súmula 10 STJ: trata da transferência de competências. Se em uma cidade não há vara do trabalho e posteriormente criase uma, as ações que transitavam na justiça comum de caráter trabalhista deverão ser transferidas para a justiça do trabalho. ● COMPETÊNCIA Critérios de fixação: A) Critério material: conforme a natureza jurídica por trás do conflito de interesses é que se estabelecerá a competência, ou seja, com base no pedido exposto na petição inicial. Se de natureza trabalhista, será competência da justiça do trabalho. B) Em razão da pessoa: o que se considera é quem está nos polos da demanda. Assim, se a parte é um sindicato ou um trabalhador, compete á justiça do trabalho. C) Critério funcional: verificase a função dos órgãos jurisdicionais que poderão atuar em um mesmo processo. No caso da justiça do trabalho, serão o TRT, TST e os juizes do trabalho. D) Critério territorial: limite territorial a que o juiz poderá atuar, ou seja, apenas dentro do âmbito de sua competência ( municipal, regional, estadual ou federal). E) Critério do valor da causa: não é regra na justiça do trabalho, uma vez que não é critério de definição de competência, mas é importante para definir o procedimento. ● COMPETÊNCIA MATERIAL EM RAZÃO DA PESSOA Antes a CF só previa a competência da justiça do trabalho quando houvesse ações de relações de emprego. Após a EC 4504, a relação passou a ser de trabalho, limitandoa em alguns casos, como na relação de consumo e dos profissionais liberais, em que a competência deverá permanecer na justiça comum, salvo se fundadas na relação de trabalho. A justiça do trabalho não tem competência para julgar ações penais ainda que fundadas na relação de trabalho. Para os entes da administração pública, o STF interpretou que justiça do trabalho será competente desde que o funcionário tenha sido regido pela CLT. Os que possuem vínculo estatutário ou vínculo jurídicoadministrativo serão julgados pela justiça comum. Em casos de estado estrangeiro ou organismo internacional, devese analisar dois pontos: a imunidade de jurisdição e a imunidade de execução ↳Estado Estrangeiro: não possui imunidade jurisdicional quando se tratar de matéria trabalhista, para evitar o indevido enriquecimento sem causa do Estado Estrangeiro ás custas do trabalhador domiciliado no Brasil. Contudo, possui imunidade de execução salvo se renunciar o seu direito a intangibilidade de seus bens ou se existir no território brasileiro bens a que lhe pertençam e que não tenham vínculo com as finalidades essenciais inerentes às ligações diplomáticas ou representações consulares mantidas no Brasil. ↳Organismos Internacionais: OJ 416: preceitua que os organismos internacionais terão imunidade absoluta de jurisdição quando amparado por norma internacional incorporada ao direito brasileiro e terão imunidade de execução, salvo em caso de renúncia. Competência material no direito de greve: basta que a ação verse sobre matéria de cunho trabalhista, independentemente das partes, se individual ou coletiva. ↳ Ações possessórias: ações para questionar a legitimidade dagreve, podendo ser: A) de reintegração possessória: quando há a perda total da posse, como nos casos de esbulho possessório; B) de manutenção possessória: quando há a limitação da posse, como nos casos de turbação possessória; C) de interdito proibitório: quando há a iminência de sofrer a perda total ou parcial da posse, como nos casos de ameaça de turbação ou esbulho possessório. ↳Súmula vinculante n 23: se aplica apenas aos trabalhadores da iniciativa privada, incluindo sociedades e empresas estatais. ↳Art. 114 §3 CF: casos de exercício abusivo do direito de greve: compete aos tribunais julgar, uma vez que versa sobre dessídio coletivo de greve. Representação sindical: se envolver matéria sindical ou a pessoa do sindicato, a ação será julgada pela justiça do trabalho. ↳Possibilidade de manejo na justiça do trabalho de dessídios individuais sindicais, envolvendo sindicatos e trabalhadores e sindicatos e empregadores. ↳ É necessário que o sindicato tenha abrangência de ao menos, a nível municipal. ↳Não engloba sindicato de servidor público, pois este é de competência da justiça comum. ↳Se houver mais de um sindicato, a ação para decidir qual seles irá representar o município será proposta e julgada na justiça do trabalho. ↳Fraciona as representações em sindicatos, federações, confederações e centrais sindicais. Todos englobam na justiça do trabalho. Dos remédios constitucionais: os remédios constitucionais envolvidos direta ou indiretamente no direito do trabalho, será de competência da justiça do trabalho. ↳Mandado de segurança: impetrado contra uma autoridade pública, contra um ato judicial ou administrativo que não caiba recurso e que esteja sujeito a jurisdição trabalhista. Por exemplo, em uma decisão que trouxe um dano irreparável por ter sido praticado com abuso de poder. Assim: A) Será competência do juiz de primeira instância julgar os mandados de segurança contra um ato administrativo; B) Será competência do TRT julgar os mandados de segurança contra os atos do juiz de primeira instância; C) Será competência do TST julgar os mandados de segurança contra os atos do TRT e do próprio TST. ↳Habeas Corpus: contra ato público ou particular em que haja uma limitação do direito de ir e vir, envolvendo matéria trabalhista mas passando a ser julgado pela justiça comum. Assim, a competência será igual a exposta no mandado de segurança, porém, os atos praticados pelo TST, aqui serão feitos pelo STF. Ex: impetrado contra quem reduz outrem a condição análoga a de escravo, prendendo o trabalhador para pagar suas dívidas. ↳ Habeas Data: o objetivo do habeas data é salvaguardar os direitos da personalidade por meio da autodeterminação informativa, protegendo o direito a intimidade e vida privada. È aplicado contra entidades governamentais ou de caráter público, autarquias… Não cabe contra empresas particulares, ainda que exerçam uma função pública. A competência é a mesma do habeas corpus. Conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista: o conflito de competência ocorre quando existe dúvida quanto ao juízo competente para julgar, podendo ser suscitado pelas partes, ministério público ou pelo próprio juiz, assim, poderá ocorrer quando: A) 2 ou mais juizes se dizerem competentes (conflito positivo) B) 2 ou mais juizes se dizerem incompetentes (conflito negativo) C) entre 2 ou mais juizes surgir controvérsias sobre a reunião ou separação de processos ( conflito pode ser tanto positivo quanto negativo, dependendo da ação) Desta forma, devese analisar a origem do conflito para que se possa estabelecer a competência para julgar, assim: A) se o conflito for entre varas de uma mesma região, na qual houver um juiz de direito investido na jurisdição trabalhista e um juiz do trabalho, a competência será do TRT. B) se o conflito for entre TRT’s ou entre um TRT e varas do trabalho de regiões diferentes, a competência será do TST. C) se o conflito for entre um TRT ou vara do trabalho e um TJ ou juiz subordinado (sem jurisdição trabalhista), a competência será do STJ. D) se o conflito for entre o TST e qualquer outro juizo, a competência será do STF. E) se o conflito for sobre o direito do trabalho (empregador x empregado ou sindicato), a competência será do juiz do trabalho. * OBS: Não existe conflito entre tribunal e juizo a ele subordinado (vara do trabalho a ele vinculado), neste caso, há conflito de hierarquia, conforme dispõem as súmulas 59, 180 e 236 do STJ. Ações de dano moral que envolvam acidente de trabalho: Súmula vinculante 22: as ações que versem sobre dano moral ou patrimonial que ainda não foram sentenciados na justiça comum, devem ser submetidos á justiça do trabalho. ↳Se o empregado sofreu um dano por acidente de trabalho, ele poderá pleitear a indenização por danos morais ou materiais perante a justiça do trabalho, sendo aplicada também, em caso de morte. ↳No caso de acidente de trabalho em que irá se pleitear um direito previdenciário, deverá ser proposta na justiça comum estadual. Ações que envolvam penalidades administrativas aplicadas por órgãos de fiscalização: se a parte passiva quiser questionar as penalidades administrativas, deverá fazêlo na justiça do trabalho. ↳Excessões: as penalidades impostas pelos órgãos de classes trabalhistas deverão ser impostas na justiça comum, uma vez que se trata de órgão de classe penalizando um membro da profissão por ato contrário ao regimento da profissão. Ex: OAB que penaliza um advogado por ato que infringe o estatuto da OAB. Execuções de ofício das contribuições sociais: em via de regra geral, as contribuições devem ser recolhidas mensalmente. ↳Antes, o juiz poderia recolher de ofício as contribuições previdenciárias, contudo, o Art. 876CLT passou a estabelecer que serão executadas de ofício as contribuições sociais devidas em decorrência de decisão proferida pelos juizes e tribunais do trabalho, resultantes de condenação ou homologação de acordos, inclusive sobre salários pagos durante o período contratual reconhecido. Logo, admitese executar de ofício, pelo período de trabalho sem registro na CTPS, as contribuições previdenciárias devidas em função do salário pago á época. OUTRAS CONTROVÉRSIAS: repetição do art 114, inciso I da CF. No regime anterior cabia á justiça do trabalho mediante lei, reconhecer outros litígios decorrentes da relação de trabalho, só que isso não funciona mais devido ao textonovo da CF, que passou a estipular como competência da justiça do trabalho, atuar em qualquer ação que envolva relação de trabalho. ● COMPETÊNCIA TERRITORIAL Regra geral: é o local de prestação do serviço, ainda que contratado em outro local ou no estrangeiro, uma vez que é mais benéfico para o empregado e para a produção de provas (evitar que elas sejam feitas por correspondência, de forma demorada). Nos casos em que a prestação do serviço ocorreu em mais de um local, a corrente majoritária entende que o órgão competente será o do último local onde o serviço foi prestado, salvo se o objeto da ação seja a própria transferência do local da prestação do serviço. Neste caso, a ação poderá ser pleiteada no local escolhido pelo empregado e, por prevenção (onde o juiz conhecer primeiro). Isso porque pode ser que o empregado tenha trabalhado 10 anos em um determinado local, foi transferido, ficou 1 mês neste local e foi demitido, assim, seria melhor que a ação tramitasse no local em que ele passou os 10 anos, para que ele não tivesse que ficar indo e voltando, uma vez que a maior parte das provas iria se concentrar naquele local. A jurisprudência do TST entende que, para benefício do empregado, a ação poderá ser proposta no local escolhido por ele, desde que prove que isso irá afetar o próprio acesso á jurisdição. Excessões: A) Quando for contratado em um local e prestar serviços em vários outros locais: a competência neste caso será onde houver filial ou agência da empresa e a esta o trabalhador estiver subordinado. Caso não exista filial ou agência, o empregado poderá propor a ação no local de seu domicílio ou na localidade mais próxima. B) Quando o empregador for viajante: ficará a critério do empregado propor no local da contratação ou no local da prestação do serviço. C) Quando for contratada no Brasil para prestar um serviço no exterior: em caso de demissão no exterior e retorna ao Brasil, a ação poderá ser julgada por um órgão brasileiro desde que a pessoa seja um brasileiro nato ou naturalizado. Lei 706482: Teoria do conglobamento mitigado: analisase o instituto em seu conjunto de normas e aplicase a mais benéfica, independente do local de prestação do serviço. Em relação aos dessídios ocorridos no exterior, aplicase o direito processual brasileiro, já que a demanda será submetida á justiça do trabalho brasileira. Contudo, a regra do direito material aplicada é a do estrangeiro, ou seja, os direitos a que o trabalhador fará jus é o do pais onde prestou o serviço). Já em relação as empresas que promovem atividades fora do local da celebração do contrato, o obreiro deve apresentar a reclamação trabalhista no local de prestação do serviço ou da celebração do contrato. Foro de eleição: Há uma incompatibilidade com o CPC, pois as normas de processo do trabalho são de ordem pública, logo, não modificáveis pelas partes. Também pelo falo de ser objetivo da justiça do trabalho facilitar o acesso do obreiro hipossuficiente a justiça do trabalho, não se pode ser instituído cláusula de eleição de foro, salvo se for benéfico para o empregado. ● PARTES Reclamante ou suscitante: aquele que se diz titular de um direito que está sendo pleiteado. Reclamado ou suscitado: contra quem se exige o cumprimento do direito pleiteado. Capacidade de ser parte: é a capacidade para figurar nos polos da ação trabalhista, como reclamante ou reclamado (autor e réu), ou seja, é a pessoa física ou a pessoa jurídica, desde que tenha personalidade jurídica. A lei civil permite que alguns entes despersonalizados tenham capacidade para atuar na demanda, como ocorro com o espólio e a massa falida. Capacidade processual: é a capacidade para estar em juizo sem a necessidade de representação ou assistência. No caso da pessoa física, terão capacidade processual os que possuem a maioridade civil e a capacidade civil. Já no caso das pessoas jurídicas, elas nunca terão capacidade processual, devendo sempre ser representadas. ↳Quanto aos emancipados: a corrente majoritária defende que os emancipados podem sim atuar em juízo sem representação. Contudo, as normas de saúde e segurança do trabalho continuam a ser aplicadas como se de menor fossem, uma vez que, a maioridade civil não implica em uma evolução biológica. Capacidade postulatória: é a capacidade de postular em juízo. No CPC, é privativa dos advogados, mas não exclusiva. Na justiça do trabalho, não é tão forte, podendo ser afastada devido ao princípio do jus postulandi. Representação: A) Incapazes: quando se tratar de absolutamente incapazes, devem ser representados sob pena de invalidade dos atos processuais. Mas, se tratando de relativamente incapazes, os atos só serão válidos se ratificados pelos assistentes. ↳ Art. 793CLT: menores: a reclamação trabalhista deverá ser feita pelos representantes legais e na falta deles, pelo MPT. Na falta do MPT, pelo MPE e na falta deste, pelo curador especial. B) Pessoas jurídicas: as regras do CPC são aplicadas subsidiariamente, sendo os representantes da PJ, aqueles estipulados no contrato social ou estatuto e na sua falta, pelo seu diretor. ↳Nos casos das pessoas jurídicas de direito público, serão representadas pelo seu procurador, salvo os municípios, que além de seu procurador, também poderá ser representado pelo prefeito. ↳Súmula 436: exige a comprovação do título de procurador e a apresentação do número de inscrição na OAB para atuar como representante. ↳OJ 218: autarquias e fundações públicas serão representadas por seus próprios procuradores ou advogados, constituídos no quadro de trabalhadores. Nunca por entes do município. C) Representação em audiência: na justiça do trabalho, é obrigatório o comparecimento pessoal das partes na audiência, uma vez que pelos princípios da oralidade e da conciliação, quando de forma pessoal, a fluição do processo poderá ocorrer mais rápido. ↳ Art. 843: Excessões ao comparecimento pessoal: I) Ação de reclamatória plurital: ocorre quando há um grande número de reclamantes, permitindo que seja dispensado o comparecimento de todos eles, exigindo apenas o comparecimento de uma comissão de representantes acompanhados do sindicato. II) Ação de cumprimento: quando o empregador não está cumprindo com as normascoletivas, o sindicato vai atuar com legitimidade extraordinária, ou seja, irá atuar em nome próprio, pleiteando direito alheio. III) Representação do empregador: em regra geral, poderá ser representado por seu gerente ou preposto, desde que este seja seu empregado, e que tenham conhecimento dos fatos. São requisitos cumulativos, portanto, na falta de um, considerarseá como não comparecimento à audiência, podendo ser submetido aos efeitos da revelia. ↳Súmula 377: excessões: nos casos do empregador doméstico ou micro ou pequeno empresário, já que não costumam possuir um grande quadro de funcionários que poderiam atuar nos cargos estabelecidos pela lei (gerente ou empregado), bastará que o preposto tenha conhecimento dos fatos, logo poderá ser um dos filhos, cônjuge, sócio, etc. ↳Para evitar que a ação seja extinta por não comparecimento por parte do empregado na audiência, admitese que ele seja representado por seu advogado, por outro empregado ou pelo sindicato. ● PROCURADORES Jus Postulandi: analisase a capacidade postulatória, que na justiça do trabalho é atribuída as partes, se aplicando às relações de emprego e aos dessídios. ↳A corrente majoritária rege que o jus postulandi não se aplica nas relações de trabalho, devendo haver representação por parte de um advogado sob pena de nulidade. Procuração: A) Mandato: contrato entre a parte e o advogado exteriorizado pela procuração, estabelecendo poderes ao advogado. B) Substabelecimento: transferência de poderes entre advogados, podendo ser de forma total, não voltando a atuar no processo (ser reserva de poderes) ou de forma parcial, atuando junto a outro advogado no processo (com reserva de poderes). ↳Súmula 395 TST: se na procuração é estabelecido um prazo para a validade da representação, e contar cláusula autorizando a representação até o fim do processo, a representação seŕa válida ainda que vencido o prazo. ↳ A procuração deve ser juntada dentro do prazo legal, sob pena de invalidade. ↳Não é necessário cláusula expressa no corpo da procuração, autorizando o substabelecimento. Manado tácito: quando a parte comparece com o advogado a uma audiência e conste o nome dele na ata, presumese que ele possui poderes gerais de representação, ainda que não haja uma declaração expressa ( esta será obrigatória e necessária em casos de poderes de foro especial como por exemplo, para poder substabelecer). Súmula 383TST: o art. 104 do CPC autoriza a prática de alguns atos processuais urgentes em nome de uma das partes a fim de evitar a a preclusão, sem que haja procuração, desde que ela seja juntada em até 15 dias. A súmula proíbe a atuação em recurso sem a presença de um advogado, uma vez que não o considera como ato urgente. Honorários advocatícios: quando o advogado atua no processo de ações de relação de emprego, a princípio não caberá honorários de sucumbência. Só haverá honorários quando o empregado estiver representado pelo sindicato da categoria e for beneficiário da justiça gratuita (deve receber até 2 salários mínimos e não ter meios de arcar com as despesas processuais). Neste caso, quem receberá os honorários é o sindicato e não o advogado propriamente dito. ↳Os honorários são fixados em até 15% do valor da causa. ↳Teoria dos honorários obrigacionais: defende que os honorários pagos deveriam ser restituídos. Não foi acolhida, mas é comum alguns advogados colocarem no pedido. Assistência judiciária: quando o reclamante não tem condições de arcar com as despesas processuais e nem com as custas advocatícias. ↳Para receber o benefício, o reclamante não precisa ser sindicalizado, basta apenas pertencer a uma categoria, pois a partir do momento em que é categorizado, ele deverá pagar as taxas de contribuições sindicais, e por elas, já lhe será garantido o direito a representação. ↳Lei 558070: traz requisitos para receber o benefício, englobando assistência pelo sindicato mais o benefício da justiça gratuita. ↳Se o reclamante ganha a ação, os honorários advocatícios serão convertidos e repassados para o sindicato. ↳ Apenas o empregado é beneficiário. Justiça gratuita: será beneficiado o reclamante que recebe até 2 salários mínimos e declara que não possui condições de arcar com as despesas processuais sem que lhe implique prejuízos. ↳ Art. 90 § 3 CLT: estabelece os requisitos para a concessão da justiça gratuita. I) Pode ser requerido e concedido a qualquer momento do processo, unclusive em grau de recurso, sem que sofra preclusão. II) Necessário que seja claramente manifestado que se é beneficiário da justiça gratuita. Se julgado em 2 instância, deve ser pedida na fase recursal para que o juiz tenha conhecimento de que a fase de preparo foi cumprida, ou seja, que as taxas processuais já foram pagas ou isentas, caso contrário, o juiz não irá reconhecer o mérito por falta de requisitos de condição da ação. ↳A justiça gratuita poderá ser aplicada ao empregador quando este for pessoa física e declarar que não tem condições de arcar com as despesas e se for pessoa jurídica, além da declaração, será necessário a comprovação da saúde financeira da empresa, demonstrando que ela não possui meios de arcar com as despesas, por estarem quebrados ou porque teriam mais prejuízo. Litisconsórcio: é possível no direito processual do trabalho em ambos os polos, ainda que pouco comum quanto ao polo ativo. ↳ Ocorre quando várias partes atuam no processo. ↳Aplicase subsidiariamente o CPC, salvo quando a lei trabalhista versar sobre a matéria ou quando houver incompatibilidade. ↳Não irá aplicar o prazo em dobro para demandas com mais de um advogado, por ser incompatível com os princípios da celeridade e da simplicidade. Litigância de máfé: aplicase subsidiariamente o CPC, ainda que os juizes quase não o apliquem, uma vez que existe uma linha tênue entre ela e a ampla defesa, o que poderia gerar um prejuízo processual. Assédio processual: ocorre quando qualquer sujeito do processo pratica reiterados atos contra uma das partes, a fim de prejudicar o processo. Pode ser causa de indenização. ↳Ex: quando o juiz é bem incisivo para que as partes se valam da conciliação, reiteradamente, ou seja, insistindo demais e até mesmo dando a entender que se não a aceitarem, serão prejudicados. ↳ Requisitos: I) Atos reiterados: série de vários atos queferem a dignidade da parte para que ela desista da ação. II) Qualquer pessoa: não há critério, qualquer um pode praticar, inclusive as autoridades (juiz, promotor, etc). III) Atos que desestimulem: deve gerar um prejuízo e desgaste para a parte, a ponde de desestimular a continuidade da ação. ↳Nos casos em que a autoridade competente é quem está assediando o processo, recomendase entrar com uma nova ação, alegando o assédio e pedindo para que outra autoridade possa realizar o julgamento, uma vez que se feito no mesmo processo, a autoridade assediante não irá se autoprejudicar. ● ATOS PROCESSUAIS São atos praticados dentro do processo e durante o seu curso, que do seu encadeamento, vão visar a obtenção de uma sentença. Todos os atos trabalhistas devem ser públicos princípio da publicidade Liberdade de formas e documentação: em geral são de forma livre. Os atos processuais devem ser realizados nos dias úteis, das 6 ás 20 horas, podendo a penhora ser feita aos domingos e feriados, desde que haja autorização expressa do juiz ou presidente, assim como aqueles que não puderem ser praticados no horário estabelecido. ↳Poderá ser feita em dias não úteis desde que respeitem a inviolabilidade de domicílio e haja autorização expressa. ↳Prazo especial: quando se tratar de pessoa jurídica de direito público, o prazo para contestar poderá ser quadruplicado e dobrado para recorrer. Quando se tratar do ministério público, ambos serão duplicados. Os atos e termos processuais devem ser assinados pelas partes. Em caso de impossibilidade de fazêlo, serão firmados a rogo na presença de duas testemunhas, desde que não haja procurador legalmente constituído. ↳Se a pessoa se recusa a assinar, poderá a ocorrência ser certificada. Nesse caso, é importante a assinatura do juiz ou diretor de secretaria ou secretário, atestando a veracidade do contido na ata. Se a parte tem procurador, ele poderá assinar, sem que haja a necessidade da assinatura do recusante. Os documentos juntados ao processo só podem ser desentranhados após o término do processo, porém, ficará cópia nos autos. Isso para promover uma maior segurança e evitar a danificação de algum ato ou documento importante, que poderia comprometer o processo. ↳Os processos podem ser livremente consultados pelas partes e seus procuradores mas não por outros que não estão envolvidos nele. ● COMUNICAÇÃO DE ATOS PROCESSUAIS Dos atos: A) Citação: ato pelo qual se chama a juízo o réu ou interessado para se defender. B) Notificação: ato pelo qual se dá conhecimento a uma pessoa de algo. C) Intimação: ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe de fazer algo. A CLT utiliza o termo ‘’notificação’’ para todos os atos ( citar, notificar e intimar). Todos os atos são feitos por cartas. No direito processual do trabalho, a citação do réu (reclamado) independe de requerimento do autor (reclamante) feito na petição inicial ( reclamação trabalhista) e de qualquer ato do juiz, ao contrário do que ocorre no direito processual civil. Notificação: poderá ser feita por: I) Meio postal: fase de conhecimento, feita pelo correio; ↳ aplicase subsidiariamente o CPC ( art 217) ↳se o correio devolver a citação após decretada a revelia do reclamado, o juiz deve anular o processo a partir da sentença e fazer nova citação, já que ela não foi, de fato feita. II) Edital: quando os demais meios forem frustrados, não encontrando a parte. III) Oficial: fase de execução, não sendo necessário ser pessoal ( pode fazêlo através dos filhos, vizinhos, empregado, cônjuge, etc). ↳Nos casos de pessoa jurídica de direito público e ministério público, é obrigatório ser feita por oficial em qualquer fase. III) Meio eletrônico: feito aos que se cadastram em portal próprio, dispensando publicação em órgão oficial. Será considerado pessoal. ● INTERRUPÇÃO E SUSPENSÃO DOS ATOS Inexistência: não possui um dos requisitos mínimos para que o ato seja feito. Nulidade: contém todos os requisitos mínimos mas violam algum ato legal. Irregularidade: vício que não atinge a validade ou legitimidade do ato. Princípios: A) Princípio da finalidade ou instrumentalidade das formas: o juiz deve considerar válido o ato praticado, ainda que de forma diferente da prescrita na lei, desde que a sua inobservância não atinja sua finalidade. B) Princípio da transcendência ou prejuízo: não haverá nulidade se não houver prejuízo processual à parte ‘’ pas de nullité sans grief’’. C) Princípio da convalidação ou preclusão: não havendo reação da parte, o ato nulo não arguido no tempo oportuno, vem a se convalidar, permanecendo válido. ↳Se a parte não arguir a nulidade na audiência quando tiver a oportunidade, ela poderá fazer posteriormente, sem que haja prejuízo de nulidade. ↳Só é aplicado aos casos de nulidade relativa ( que dependem da provocação da parte interessada). Não se aplicando a nulidade absoluta ou quando a parte provar legítimo o impedimento para a prática do ato. D) Princípio da economia processual: visa obter o máximo resultado na atuação da lei, com o mínimo emprego possível de atos processuais e tempo. ↳ Princípios da celeridade e da primazia da decisão de mérito. ↳ Não pronuncia a nulidade se o ato puder ser suprido ou repetido. E) Princípio do aproveitamento dos atos processuais ou da conservação dos atos processuais úteis: não anula todo o processo se houver a possibilidade de se aproveitar ao menos uma ato válido, nele praticado. ↳Anulase apenas os atos que não podem ser aproveitados, desde que não gerem prejuízo à parte. ↳ Economia processual: anula a parte e não o todo. F) Princípio do interesse: não há nulidade se a parte prejudicada não a arguir. ↳Só a parte prejudicada poderá arguir, uma vez que se feita pela beneficiada, presumese que há máfé. ↳O juiz não pode declarála de ofício pois não é regra de ordem pública absoluta, sendo dirigida à própria parte e não ao juiz. G) Princípio da utilidade: devese aproveitar ao máximo os atos processuais posteriores, desde que eles não tenham sido atingidos pela nulidade (se forem atingidos, vão se tornar nulos também). ↳ O juiz deverá verificar até onde os atos podem ser aproveitados. ↳Se não houver incompatibilidade entre a invalidade e os atos subsequentes, estes serão válidos e eficazes, não sendo excluídos do processo. ↳ Princípios do prejuízo e do máximo aproveitamento e conservação dos atos. ● DESPESAS PROCESSUAIS: Fase de conhecimento: Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas açõese procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e serão calculadas: I – quando houver acordo ou condenação, sobre o respectivo valor; II – quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, ou julgado totalmente improcedente o pedido, sobre o valor da causa; III – no caso de procedência do pedido formulado em ação declaratória e em ação constitutiva, sobre o valor da causa; IV – quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar. § 1o As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão. No caso de recurso, as custas serão pagas e comprovado o recolhimento dentro do prazo recursal. § 2o Não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrarlheá o valor e fixará o montante das custas processuais. § 3o Sempre que houver acordo, se de outra forma não for convencionado, o pagamento das custas caberá em partes iguais aos litigantes. § 4o Nos dissídios coletivos, as partes vencidas responderão solidariamente pelo pagamento das custas, calculadas sobre o valor arbitrado na decisão, ou pelo Presidente do Tribunal. Fase de execução: Art. 789A. No processo de execução são devidas custas, sempre de responsabilidade do executado e pagas ao final, de conformidade com a seguinte tabela: I – autos de arrematação, de adjudicação e de remição: 5% (cinco por cento) sobre o respectivo valor, até o máximo de R$ 1.915,38 (um mil, novecentos e quinze reais e trinta e oito centavos); II – atos dos oficiais de justiça, por diligência certificada: a. em zona urbana: R$ 11,06 (onze reais e seis centavos); b. em zona rural: R$ 22,13 (vinte e dois reais e treze centavos); III – agravo de instrumento: R$ 44,26 (quarenta e quatro reais e vinte e seis centavos); IV – agravo de petição: R$ 44,26 (quarenta e quatro reais e vinte e seis centavos); V – embargos à execução, embargos de terceiro e embargos à arrematação: R$ 44,26 (quarenta e quatro reais e vinte e seis centavos); VI – recurso de revista: R$ 55,35 (cinqüenta e cinco reais e trinta e cinco centavos); VII – impugnação à sentença de liquidação: R$ 55,35 (cinqüenta e cinco reais e trinta e cinco centavos); VIII – despesa de armazenagem em depósito judicial – por dia: 0,1% (um décimo por cento) do valor da avaliação; IX – cálculos de liquidação realizados pelo contador do juízo – sobre o valor liquidado: 0,5% (cinco décimos por cento) até o limite de R$ 638,46 (seiscentos e trinta e oito reais e quarenta e seis centavos). Sucumbência recíproca: ambos pagam conforme sua parte. ↳ Se x ganhou 70% da demanda, ele arca com apenas 30% dela. ↳ Não se aplica às relações de emprego, apenas às relações de trabalho. ↳Excessões: são isentos de pagar a sucumbência recíproca os beneficiários da justiça gratuita ou assistência judiciária, além do ministério público, pessoas jurídicas de direito público que não exploram atividade econômica e os previstos no art. 790A da CLT. ↳ Momento de recolhimento: I) Na fase de conhecimento será nos recursos ou após o trânsito em julgado da sentença. II) Na fase de execução será ao final do processo. Honorários periciais: deverão ser pagos por aquele que perdeu a demanda da perícia. ↳ Se beneficiário da justiça gratuita, quem arca é a união. ● PETIÇÃO INICIAL No processo do trabalho, a petição inicial é chamada de reclamação trabalhista e as partes de reclamante (autor) e reclamado (réu). Função: que a parte interessada movimente a jurisdição uma vez que não é feita de ofício. È um ato processual formal ( excessão ao princípio da liberdade formal dos atos processuais), já que serve de base para a formulação de uma sentença que deve ser limitada e subordinada ao pedido nela constado. Assim, limita a atuação do juiz (limites objetivos) e das partes (limites subjetivos), garantindo que o juiz não atue além ou a menos do que foi pedido. Ao contrário do processo civil, no processo do trabalho, a reclamação trabalhista poderá ser feita de forma oral > princípio do jus postulandi Verbal: o interessado deve falar para algum oficial da atermação os fatos que fundamentam os pedidos queridos. 1) distribui a ação trabalhista 2) 5 dias para reduzir a termo a reclamação = atermar 3) Se comparecer: há a atermação e o processo vai correr. Se não comparecer: ocorre a perempção ( perda do direito de ação no prazo de 6 meses para propor nova ação com mesmo objeto). Escrita: O interessado apresenta 2 vias da reclamação e distribui, após, irá anexála ao processo e fará cópias para encaminhar aos reclamados na citação (contrafé). ↳ A prova documenta deve ser apresentada junto da reclamação trabalhista. ↳ Art. 853 e 856 CLT: tratam das reclamações exclusivamente escritas: 1) Instauração de inquérito judicial para apuração de falta grave 2) Mandado de segurança, ação rescisória, etc. Art. 840: Requisitos: A) Endereçamento ao juizo competente B) Qualificação das partes C) Fatos D) Pedidos: devem ser certos e determinados (princípio da congruência) ↳ Art 327 NCPC: cumulação de pedidos: a princípio devem ser compatíveis. O juizo competente deve ser o mesmo (ambos na JT) e que o tipo de procedimento utilizado seja o adequado para todos os pedidos (mesmo procedimento). No caso do procedimento sumaríssimo, os pedidos devem ser líquidos. Data e assinatura (art. 772 CLT) Ainda que haja divergência doutrinária, considerase que deve aplicar subsidiariamente o CPC conforme for conveniente, assim: A) Quanto aos fundamentos jurídicos: considerase necessário constar na inicial trabalhista, dispensando menção no dispositivo legal, bastando apenas que seja apresentado as consequências jurídicas > Princípio da substenciação. B) Quanto ao valor da causa: considerase requisito imprescindível, uma vez que vai estipular o procedimento que será utilizado e além disso, vai mesurar as custas processuais. Se o juiz perceber que não foi colocado o valor da causa, ele poderá fazêlo de ofício conforme a Lei 558470, mas na prática, se não estipular o valor da causa, não se distribui a ação trabalhista. C) Quanto as provas: considerase como pedido genérico. No processo do trabalho há norma que estipula que as provas serão requeridas em audiência, logo, a não apresentação na reclamação trabalhista não vicia o ato. Mas também não tem problema colocar na reclamação. D) Quanto a audiência de conciliação ou mediação: após a distribuição da ação,o juiz irá marcar a audiência inaugural para que nela, tentese fazer a conciliação, apresentar defesa, etc. Logo, não é necessário fazer de imediato a conciliação ou mediação, já que de qualquer forma ela será feita primeiramente na audiência inaugural. Distribuição: se houver apenas uma vara, não será necessário fazer a distribuição, ela ocorrerá por sorteio quando houver mais de uma vara. Alteração: fazse por A) Aditamento: quando o próprio autor toma a iniciativa para pedir a alteração. Poderá ser feita até a defesa do réu, ou seja, até antes da defesa em audiência, sem o consentimento dele. Após apresentada a defesa, só poderá ser feita com o consentimento do réu e até o prazo estipulado pelo juiz. ↳ Até a citação: alteração unilateral ↳ Após a citação do réu: alteração consensual ( 15 dias) ↳ Após o saneamento: não caberá alteração. B) Emenda: quando o próprio juiz é quem determina a alteração da reclamação trabalhista. Ele só o fará se a reclamação trabalhista constar um vício sanável ou ausência de algum documento imprescindível. ● AUDIÊNCIA TRABALHISTA A audiência trabalhista é um processo solene, ao qual, após a análise da reclamação trabalhista, o réu antes de apresentar a sua defesa, deve comparecer a uma audiência inaugural. Características: A) Publicidade: assim como os demais atos do processo, a audiência trabalhista é aberta a todos, salvo nos casos em que tramitase em segredo de justiça. Não se pode impedir ou restringir o comparecimento de alguém a ela, porém, é permitido o estabelecimento de um determinado número de pessoas para assistíla, a fim de se ter mais organização. B) Local, horário e duração: a lei estabelece como limitação de tempo, que seja feita dentro do horário de expediente, contudo, esta é só para fins de situação, podendo a audiência ultrapassar o horário desde que necessário. Normalmente as audiências ocorrem na própria sede do juizo, mas podem ocorrer em outro local, se permitido pelo juiz e levado a conhecimento público com antecedência mínima de 24 horas. Quanto ao tempo de duração, a lei estabelece que seja feita em até 5 horas. Há divergências quanto a esse tema, pois ao generalizar as audiências a esse tempo, dependendo do caso, algumas poderiam ser prejudicadas, visto a sua complexidade que poderiam demandar um pouco mais de tempo. Outra divergência diz respeito ao fracionamento dessas 5 horas ou se elas devem ser consideradas corridas, e se devem ser contadas como 5 horas diárias ou 5 horas totais. Ana Lúcia entende que são 5 horas totais, independente se corridas ou fracionadas. C) Tolerância: Para o juiz, tolerase até 15 minutos de atraso, se ele não estiver no local da audiência. Caso esteja no local, e atrase por estar em outra audiência anterior, as partes são obrigadas a aguardar pelo tempo necessário. Quanto as partes, inexiste tolerância em relação a elas, não podendo portanto atrasar (OJ 245). D) Poder de polícia: o juiz não só pode controlar os atos processuais mas também pode zelar pelo bom andamento da audiência, podendo requerer força policial para retirar aqueles que atrapalharem ou ameaçarem a ordem e a segurança. Audiência Una e fracionamento: tecnicamente, a audiência deveria ser una, ou seja, apenas uma para definir tudo, mas na prática, essa audiência acaba sendo fracionada. No caso do procedimento ordinário, normalmente temse 3 audiências (inaugural/ inicial/ conciliação; de instrução/ prosseguimento; e a de julgamento). Após o chamamento das partes para a audiência, o juiz tenta a conciliação, se for feita, ele já resolverá a ação com a resolução do mérito. Se não conseguir a conciliação, o réu tem 20 minutos para apresentar a sua resposta e após, designase nova audiência (instrução) para apresentar provas, ouvir testemunhas e apresentar as rezões finais. Após as razões finais, o juiz tenta novamente a conciliação e já estabelece a audiência de julgamento para proferir a sentença. Nesta audiência, dispensase a presença das partes, uma vez que é apenas uma data em que o juiz irá sentenciar e tornar a sua decisão pública. ↳OBS: o juiz tem 48 horas a contar da data da audiência de julgamento para sentenciar e tornar pública a sua decisão. No caso do procedimento sumarissimo, temse apenas duas audiências, uma vez que a audiência inaugural e a de instrução são condensadas em uma só, justamente para dar mais celeridade ao processo e por fim, ocorre a audiência de julgamento. Comparecimento: o reclamado deve comparecer a audiência e pode ser representado pelo seu gerente ou preposto, sob pena de revelia. O reclamante deve comparecer ou ser representado por seu advogado sob pena de arquivamento. Além da revelia, se o reclamado não comparece, presumese que há a confissão quanto a matéria de fato, ou seja, presumese verdadeiros os fatos apresentados pelo reclamante e viceversa (também se aplica ao reclamante). Quando ambas as partes não comparecem, aplicase o princípio do ônus da prova, devendo o juiz analisar as provas juntadas e por quem foram feitas, e a relevância das mesmas, a fim de chegar a uma conclusão. Tentativa obrigatória de conciliação: A) Audiência inaugural: após aberta a seção e antes da apresentação de defesa, o juiz deve buscar a conciliação. ↳ Se houver acordo, formaliza o mesmo no termo de acordo. ↳Se o acordo abranger todo o objeto do pedido, o processo vai ser extinguido com resolução do mérito e a sentença será irrecorrível, uma vez que as partes definiram e concordaram com tudo o que foi estabelecido. ↳ Se não houver acordo, o juiz procede com o processo normalmente. ↳O juiz não é obrigado a homologar acordo entre as partes, uma vez que se trata de direito incerto e ilíquido. B) Audiência de instrução e julgamento: após apresentadas as razões finais orais, o juiz deve tentar novamente a conciliação. ↳Normalmente consegue essa conciliação, pois as partes já terão meios de saber a tendência pela qual o juiz irá julgar. ↳Protesto antipreclusivo: busca evitar a preclusão em relação á aquela matéria. Não é um recurso, apenas uma manifestação para a parte demonstrar a sua irresignação, podendo ser feito de forma oral ou escrita, desde que seja fundamentado. ● RESPOSTAS DO RECLAMADO As respostas do reclamado se baseiam em um ônus, ou seja, uma faculdade de praticar um ato mas quea sua omissão gera um resultado negativo. Ele não é obrigado a se defender, mas se não o fizer, se torna revel e presumirseão verdadeiros os fatos. A apresentação da resposta poderá ser escrita ou oral (20 min), sendo que, se de forma escrita, deverá ser apresentada na audiência inaugural, no prazo mínimo de 5 dias (entre a notificação e a audiência inaugural). Espécies de resposta do réu: A) Contestação: resposta por excelência de todo e qualquer processo. Atinge o mérito da pretensão, logo é uma defesa direta. ↳Princípio da impugnação específica: o reclamado deve impugnar fato por fato na contestação sob pena de presunção de veracidade e incontrovérsia do fato específico não impugnado. ↳↳Excessões: I) Pedido adicional de insalubridade ou periculosidade: uma vez que as normas de saúde e medicina do trabalho são de ordem pública, necessitando de comprovação por provas. II) Provas de atos: algumas provas de atos só podem ser feitas por documentos específicos, devendo ser juntadas ao processo. Se o documento não for juntado, não haverá presunção de veracidade. III) Quando o conjunto da contestação impugna por si só todos os fatos. Ex: Reclamante alega que não houve reconhecimento da relação de emprego (não assinou a carteira) e cobrou horas extras. O reclamado contesta falando que não houve prestação do serviço. Se não houve prestação do serviço, não há que se falar em relação de emprego ou em horas extras, não presumindo a veracidade dos fatos e tendo a necessidade de buscar a verdade real dos fatos. IV) Qualidade da pessoa: advogados dativos, defensores públicos e curador especial não precisam impugnar especificamente cada fato apresentado. ↳Princípio da eventualidade: na contestação, devese apresentar todas as teses de defesa, ainda que contraditórias, sob pena de preclusão. Ex: a pessoa pede danos morais. Na contestação, o réu deve pedir o não acolhimento falando que não houve danos e, por prevenção, fala também que se o juiz entender que de fato houve o dano, que ele reduza o valor, etc. ↳↳È importante fazer pois nunca se sabe como será o trâmite da ação e se não fizer na constestação, não vai poder fazer em outro momento. ↳↳ Princípio da concentração de defesa. ↳↳ Defesas: I) Defesas processuais ou preliminares: tem conteúdo apenas formal, assim, é uma defesa indireta, uma vez que visa atacar a pretensão do autor através da extinção do processo, sem que se resolva o mérito. Podem ser subdivididas em: 1) Defesa preliminar dilatória: ainda que acolhidas, não levam o processo á extinção, mas sim, aumentam o curso do processo, como por exemplo, quando se alega incompetência do juizo, há nulidade de citação, conexão... 2) Defesa preliminar peremptória: uma vez acolhidas, levam a extinção do processo, como por exemplo, inépcia da inicial, litispendência, perempção... II) Defesas de mérito: ocorrem quando o réu ataca o fato jurídico que constitui o mérito da causa. È uma defesa direta, pois visa atacar a pretensão do autor através da destruição de seus fundamentos. Podem ser subdivididas em: 1) Defesa de mérito direta: quando há a negativa dos fatos ou dos efeitos jurídicos queridos pelo reclamante. O ônus da prova cai sobre o reclamante. 2) Defesa de mérito indireta: quando não há a negativa dos fatos, mas alegase outro fato que modifica, impede ou extingue os efeitos queridos. O ônus da prova cai sobre o reclamado. *Princípio da primazia da sentença de mérito: sempre que possível, o juiz deve buscar a correção do ato viciado ao invés de extinguir o processo sem resolução do mérito. Ex: quando o réu alega ilegitimidade passiva, o reclamante tem o dever de substituir ou incluir um novo réu, indicado pelo reclamado. No caso de inclusão, ocorrerá litisconsórcio ulterior. *Mérito: > Prescrição: quando ocorre a perda do direito de ingresso. Deve ser a primeira matéria a ser alegada na defesa de mérito, pois aos ser acolhida, afasta a análise das outras matérias. > Compensação: quando ambas as partes são credoras e devedoras ao mesmo tempo. Deve ser alegada na contestação, em sede de defesa (na audiência inaugural), sob pena de preclusão. Só ocorrerá entre verbas trabalhistas, por exemplo, quando o reclamado deve horas extras e o reclamante não deu aviso prévio, o devendo. Assim, o reclamado pode pedir a compensação. > Dedução: quando pressupõese que há a dedução das verbas trabalhistas pleiteadas. O reclamante pede horas extras, se for pedida a dedução, irá analisar as verbas devidas e abater as horas já pagas, a fim de evitar o enriquecimento ilícito sobre o mesmo título. B) Revelia: quando o réu deixa de apresentar sua contestação no prazo estipulado. No processo do trabalho, devese apresentar a defesa na audiência inaugural, se o reclamado não aparecer, ocorrerá a revelia. ↳ Efeitos: I) Presunção de veracidade: confissão ficta: presumemse verdadeiros os fatos alegados, salvo quando houver pluralidade de réus e um deles contesta. obs: Se essa contestação também servir para o outro réu (defesa comum), ele será revell por não comparecer mas não vai sofrer com seu principal efeito que é essa presunção de veracidade dos fatos. II) Quando o litígio versar sobre direito indisponível: pois impede a confissão ficta; III) Quando faltar um documento indispensável; IV) Quando as alegações feitas forem inverossímeis ou em contraditório com a prova toda. ↳Julgamento antecipado: o juiz poderá antecipar a análise do mérito quando houver presunção de veracidade, não sendo, portanto, necessário a realização de audiências de instrução e julgamento. ↳ Ausência de intimação: ocorrendo a revelia, o réu não será intimado acerca dos atos processuais, salvo da sentença, ao qual ocorrerá a notificação postal, informando acerca da sentença. ↳Se revel, o réu poderá recorrer mas não poderá fazer inovações processuais ou recursais, salvo se importar em algum vício. Normalmente não acolhe o pois não consta da inicial, já que não houve contestação. ● EXCESSÕES Espécies: de suspeição, de impedimento; Serão apresentadas no corpo da contestação, durante a audiência inaugural, no prazo de 20 minutos. ↳ A apresentação das excessões gera uma suspensão do processo até que seja resolvida a questão da excessão. Procedimento: buscam afastar o juiz devido a questões pessoais legalmente previstas e que podem afetar a sua imparcialidade. A CLT não prevê o impedimento, pois foi regida conforme o CPC de 1939que só dizia respeito a suspensão. Com a reforma do CPC, a CLT passou a adotar as mesmas formas de excessões, ainda que não previstas no texto do dispositivo legal. Impedimento Suspeição Questões objetivas ( presunção absoluta). Questões subjetivas (dúvidas). Feita de ofício, a qualquer momento. Feita de ofício, na 1 oportunidade, sob pena de preclusão. È arguida contra o juiz e cabe tanto as partes quanto ao próprio juiz fazêlo, deixando claro qual é o motivo do impedimento ou da suspeição. Uma vez apresentada a excessão, temse o prazo de 48 horas para designar uma nova audiência para instruir e julgar o pedido. Às vezes parece que o próprio juiz é quem vai julgar, mas não é. Há a aplicação subsidiária do CPC, onde irão ouvir o juiz e ele poderá apresentar documentos, testemunhas, etc que desconstruam o motivo alegado. Quem vai julgar, é o tribunal ao qual está subordinado. Se o tribunal entender que houve incidente, o processo será encaminhado para o juiz substituto e o juiz excipiente será condenado ao pagamento de multa, pois era de sua competência alegar a incompetência e por não fazêlo, gerou um atraso processual, já que o processo ficou parado enquanto se formava o entendimento. Excessão de incompetência: apresentadas nos casos de incompetência relativa, ou seja, quando houver o descumprimento das normas de competência territorial. ↳ 20 minutos para alegar, se não o fizer, há a prorrogação de competência. O juiz antes incompetente, se torna competente para julgar a causa. ↳Procedimento: o reclamado apresenta suas alegações, abrindo o prazo de 24 hrs para o reclamante se manifesta, designando a audiência inaugural para uma nova data e dentro dela, haverá a instrução e o julgamento. ↳ Se julgar incompetente, o processo é remetido ao juizo competente. ↳ Por se tratar de decisão interlocutória, não cabe recurso de imediato, salvo nos casos em que há incompetência do juiz de diferentes Estados. Ex: MG remete o processo para SP que caberá recurso para o TRT. Mantém a decisão proferida pelo juiz competente, salvo se o juiz competente quiser alterála. Reconvenção: reclamante e reclamado são credores e devedores simultâneos. ↳ Amplia o objeto do processo. ↳ Pleitear verbas e instrumentos de trabalho. ↳ Compensação x Reconvenção: utilizase a reconvenção quando houver uma proximidade de valores ou o valor a ser pago pelo reclamado ao reclamante for superior ao valor a ser pago pelo inverso (reclamante ao reclamado). Se o valor a ser pago pelo reclamante ao reclamado for superior ao inverso (reclamado ao reclamante), aplicase a compensação. ↳ Uma vez apresentada a reconvenção, ela tem autonomia em relação a ação, de modo que, em caso de desistência da ação, a reconvenção não será afetada (pedido autônomo). ↳ Requisitos: A) Deve haver uma ação trabalhista em curso; B) Deve haver unidade procedimental; C) A competência deve ser absoluta; D) Deve haver conexão com a ação e com a defesa (fundamento compatível entre a reclamação trabalhista e a contestação). ● COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA Para que uma empresa forme uma comissão de conciliação, ela precisa ter no mínimo 2 e no máximo 10 empregados para compôla. No caso dos empregados, seus representantes são eleitos de forma secreta. A partir do momento em que tiverem a posse e até um ano após o seu fim, terão estabilidade provisória, não podendo ter seus contratos rescindidos. Aplicase subsidiariamente o CPC, tendose o prazo de 10 dias para firmar a conciliação. ↳O termo tem eficácia liberatória geral para verbas, ou seja, o que constar no termo que foi acordado não poderá ser alterado, salvo se houver ressalvas. Assim, se o empregado se arrependeu de algo, o problema será dele, a não ser que tenha ressalvas. ● PROVAS Aplicação subsidiária do CPC. Objeto da prova: fatos controvertidos que tenham relevância para o processo. ↳ Nem todo fato é objeto de prova, apenas os relevantes e controversos (apresentados por uma parte e impugnados pela outra). ↳ Se for fato incontroverso de testemunha, por exemplo, o juiz indeferirá de imediato. ↳Direito não é objeto de prova salvo nos casos do art. 376ncpc (direito municipal, estadual, estrangeiro, consuetudinário…) ou normas coletivas. Independem de prova: A) Fato de conhecimento público; B) Fatos afirmados por uma parte e confessados pela outra; C) Fatos admitidos no processo como incontroversos; D) Quando houver presunção de veracidade. Princípios: A) Necessidade:há a necessidade de se comprovar todas as alegações do processo, principalmente os controversos, devendo ser documentados (princípio da documentação), já que nem sempre o juiz que colheu a prova será o juiz que vai julgar. B) Oralidade: os atos processuais, na medida do possível, devem ser praticados de forma oral, a fim de garantir os princípios da celeridade e simplicidade. C) Mediação ou imediatividade: o juiz deve ter contato direto com as provas colhidas, para que possa ter mais percepção da mesma quando houver o julgamento. ↳ Quanto à prova oral: fazse a pergunta para o juiz e ele repassa para as testemunhas, isso para garantir que o juiz possa ter controle das perguntas, podendo filtrálas como pertinentes ou não. D) Persuasão racional: o juiz te liberdade na valoração das provas. Uma vez que não há hierarquia entre relevância de provas, cabe ao juiz valorálas, desde que apresente os motivos pelos quais ele está julgando daquela forma. E) Proibição de provas ilícitas: típico do direito processual como um todo. Não se aproveitam as provas obtidas ilicitamente, tais quais seus frutos e derivados. ↳ Excessões: I) Quando não há outro meio de prova a não ser a ilícita; II) Princípio da razoabilidade: devese colocar na balança o que será analisado e o que pesa mais, a garantia de um direito como por exemplo da dignidade da pessoa humana ou uma mera formalidade. F) Aquisição processual: uma ez que a prova foi produzida no processo, ela passa a fazer parte do processo e não da parte, assim, esta não poderá afastar iu desconsiderar algo que não lhe for benéfico. G) Busca da verdade real: o juiz tem ampla liberdade na busca pela verdade real por meio das provas, ainda que as partes não a requeiram, o juiz tem ampla liberdade para buscar novas provas. Ônus da prova: Cabe ao reclamante provar os fatos alegados e constitutivos de seu direito alegado, recaindo a ele o ônus
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