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APOSTILA SOBRE INVENTÁRIO

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APOSTILA 
SOBRE 
INVENTÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÍNDICE: 
 
1.0- Inventário 
1.1-Requisitos do Inventário Judicial 
1.2 Requisitos do Inventário Extrajudicial 
1.3 Documentos para Inventário Extrajudicial 
1.4 Petição Inicial: Filho pede abertura de inventário judicial pelo falecimento de seu pai 
1.5 Petição Inicial pleiteando Álvara Judicial 
1.6 Petição Inicial: Viúva apresenta as primeiras declarações 
1.7 Minuta de Inventário Administrativo e Plano de Partilha 
1.8 Petição de apresentação das primeiras declarações em Inventário 
1.9 Procedimento para apuração do ITCMD, ou recolhimento de sua isenção, nos casos de 
transmissão”causa mortis”, relativo a processos judiciais no rito de Inventário 
2.0 Jurisprudências sobre Inventário 
2.1 Súmulas sobre Inventário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.0- INVENTÁRIO: 
 
Quando ocorre o óbito de uma pessoa, é feito o seu inventário e a partilha dos bens entre os 
herdeiros. O inventário pode ser judicial ou extrajudicial. 
O inventário extrajudicial é mais rápido, sendo feito através de uma escritura pública em um 
cartório. 
 Por outro lado, o inventário judicial, é feito no fórum com a supervisão do juiz. O inventário é 
judicial quando não há acordo entre os herdeiros na partilha, quando os herdeiros são 
menores ou quando a pessoa falecida expressou a sua vontade através de um testamento. 
A matéria está regulada pelos artigos 982 e 983 do CPC, os quais, com as alterações 
introduzidas pela L. 11.441/07, passaram a ter a seguinte redação: 
 
”Art. 982. Havendo testamento ou interessado incapaz, proceder-se-á ao inventário judicial; se 
todos forem capazes e concordes, poderá fazer-se o inventário e a partilha por escritura 
pública, a qual constituirá título hábil para o registro imobiliário. Parágrafo único. O tabelião 
somente lavrará a escritura pública se todas as partes interessadas estiverem assistidas por 
advogado comum ou advogado de cada uma delas, cuja qualificação e assinatura constarão do 
ato notarial. 
 
Art. 983.” O processo de inventário e partilha deve ser aberto dentro de 60 (sessenta) dias a 
contar da abertura da sucessão, ultimando-se no 12 (doze) meses subseqüentes, podendo o 
Juiz prorrogar tais prazos, de ofício ou a requerimento das partes.” 
 
 
1.1-Requisitos do Inventário Judicial: 
 
-Herdeiros menores, incapazes, 
-Quando não há consenso entre os herdeiros quanto a partilha de bens, 
-Falecido deixou testamento 
1.2-Requisitos do inventário extrajudicial: 
-Todos os herdeiros são maiores e capazes, 
-Consenso entre os herdeiros quanto à partilha de bens, 
-Falecido não pode ter deixado testamento 
1.3-Documentos para o Inventário Extrajudicial: 
A)Referentes aos bens: 
 Bens imóveis:Certidão de ônus expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis(atualizada até 
30 dias), 
Carnê IPTU, 
Certidão de tributos municipais sobre imóveis 
Pagamento do ITCMD-Prazo de 180 dias da data do óbito 
Bens móveis: documentação dos veículos, extratos bancários,notas fiscais de bens, jóias, 
certidão da Junta Comercial ou do cartório de registro civil de pessoas jurídicas 
B)Referentes ao falecido: 
-RG, CPF,Certidão de óbito, certidão de casamento(atualizada até 90 dias), escritura de pacto 
antinupcial se houver, certidão comprobatória de inexistência de testamento, certidão 
negativa da Receita Federal. 
C)Referentes aos cônjuges, herdeiros: 
RG, CPF, endereço, profissão,certidão de nascimento, certidão de casamento atualizada 
 
1.2 REQUISITOS DO INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL 
1.2-Requisitos do inventário extrajudicial: 
-Todos os herdeiros são maiores e capazes, 
-Consenso entre os herdeiros quanto à partilha de bens, 
-Falecido não pode ter deixado testamento 
1.3-Documentos para o Inventário Extrajudicial: 
A)Referentes aos bens: 
 Bens imóveis:Certidão de ônus expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis(atualizada até 
30 dias), 
Carnê IPTU, 
Certidão de tributos municipais sobre imóveis 
Pagamento do ITCMD-Prazo de 180 dias da data do óbito 
Bens móveis: documentação dos veículos, extratos bancários,notas fiscais de bens, jóias, 
certidão da Junta Comercial ou do cartório de registro civil de pessoas jurídicas 
B)Referentes ao falecido: 
-RG, CPF,Certidão de óbito, certidão de casamento(atualizada até 90 dias), escritura de pacto 
antinupcial se houver, certidão comprobatória de inexistência de testamento, certidão 
negativa da Receita Federal. 
C)Referentes aos cônjuges, herdeiros: 
RG, CPF, endereço, profissão,certidão de nascimento, certidão de casamento atualizada 
 
 
 
 
 
1.4-PETIÇÕES INICIAIS: 
 
Filho pede a abertura de inventário judicial pelo falecimento do seu pai. 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ Vara da Família e Sucessões da Comarca de 
(especificar) 
 
(Espaço de 15 linhas) 
 
 
 
Dados do requerente(nome, nacionalidade, profissão, estado civil, portador da Cédula de 
Identidade nº e do CPF nº, residente e domiciliado endereço completo), por seu advogado (a) 
que esta subscreve (mandato incluso), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência 
requerer ABERTURA DE INVENTÁRIO dos bens deixados por falecimento de (nome completo 
do de cujus), com fulcro no artigo 988, II, do Código de Processo Civil, pelos seguintes fatos e 
fundamentos: 
 
DOS FATOS : 
 
1 - O Requerente é filho de nome completo do genitor do requerente, falecido em data, nesta 
cidade, conforme certidões de nascimento e de óbito anexas. 
2 - O de cujus, à época do falecimento, era viúvo, deixando nº herdeiros maiores e capazes e 
bens a inventariar, não deixando testamento ou declaração de última vontade. 
 
 
DO DIREITO 
 
De acordo com o art. 983, do Código de Processo Civil: “O processo de inventário e partilha 
deve ser aberto dentro de 60 (sessenta) dias a contar da abertura da sucessão, ultimando-se 
nos 12 (doze) meses subseqüentes, podendo o juiz prorrogar tais prazos, de ofício ou a 
requerimento de parte”. 
Tendo em vista que o Requerente tem legitimidade para requerer a abertura do inventário, 
nos termos do art. 988, II, do mesmo diploma legal, pede-se a instauração de tal 
procedimento. 
 
DA NOMEAÇÃO DE INVENTARIANTE 
Como já dito acima, o Requerente é herdeiro do "de cujus", estando, desde o seu falecimento, 
na posse e administração de seus bens. 
O art. 990, inciso II, do CPC, preceitua: 
"O juiz nomeará inventariante: II - o herdeiro que se achar na posse e administração do 
espólio, se não houver cônjuge ou companheiro sobrevivente ou estes não puderem ser 
nomeados." 
Assim, tendo em vista que o "de cujus" era viúvo quando de seu falecimento, requer a 
nomeação do Requerente como inventariante dos bens de seu genitor, prestando 
compromisso para tanto. 
DO PEDIDO 
 
Diante do exposto, no prazo do art. 983 do Código de Processo Civil, requer de Vossa 
Excelência: 
A)A abertura do inventário; 
B) Seja o Requerente nomeado Inventariante, prestando compromisso, para após, serem 
apresentadas as primeiras declarações. 
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em Direito admitidos, especialmente, 
pela juntada de documentos. 
 
04 
Dá-se à causa o valor de R$ valor em reais. 
 
Nesses termos, 
Pede deferimento. 
 
 Local, dia de mês de ano. 
 
Assinatura do Advogado 
Número de Inscrição na OAB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.5 PETIÇÃO PLEITEANDO ÁLVARA JUDICIAL EM INVENTÁRIO 
 
 
 
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA .... VARA DA FAMÍLIA E DAS SUCESSÕES DO FORO 
REGIONAL DE....................................SÃO PAULO/SP 
 
 
 
 
 
Qualificação do menor impúbere, nascido em ...., neste ato representado por sua mãe ...., 
(qualificação), residente e domiciliada na Rua .... nº ...., nesta Cidade, por sua Advogada que 
esta subscreve conforme procuração em anexo(doc.01), com escritório profissional sito na Rua 
.... nº ...., nesta Cidade, onde recebe intimações, vêm,mui respeitosamente, perante V. Exa., 
requerer a expedição de ALVARÁ JUDICIAL pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas: 
1) O pai do Requerente, Sr. ...., veio a falecer no dia .....(conforme certidão de óbito anexa), 
deixando como único herdeiro e dependente o ora Requerente (documentos comprobatórios 
em anexo). 
2) Não existem bens sujeitos a inventário, salvo o valor de R$ .... na conta de caderneta de 
poupança nº ...., agência ...., Banco...., de titularidade do "de cujus" do ora Requerente. 
3) A mãe do Requerente é pessoa sobremaneira carente, recebendo a quantia de R$ .... (....) 
mensais, a título de pensão do marido, perante o Órgão Previdenciário (conforme 
Demonstrativo anexo). Quantia esta que torna extremamente difícil a manutenção de sua 
família e, notadamente, o sustento do Requerente. 
 
4) Conforme observado nos fatos acima descritos, a situação financeira da genitora do 
requerente é precária, necessitando o mesmo do levantamento da quantia depositada na 
referida conta da caderneta de poupança, para que estes valores sejam destinados à 
subsistência do menor. 
5)O Requerente é o único herdeiro do Sr. ...., posto que era o único filho. Em anexo, junta-se 
certidão de inexistência de outros dependentes perante a Previdência Social. 
 
 
Pelo exposto requer: 
I - Que seja expedido o competente Alvará Judicial, para que a representante legal do 
Requerente possa efetuar o levantamento dos valores depositados na referida caderneta de 
poupança, visto que estes valores são necessários e serão utilizados para a subsistência do 
menor; 
 
II - Que seja concedido o benefício da Justiça Gratuita, nos termos do artigo 5º, inciso LXXIV, da 
Constituição Federal e da Lei 1.060/50, visto que o requerente é pobre na acepção jurídica do 
termo (declaração de situação econômica em anexo); 
III - A intervenção do Digno representante do Ministério Público; 
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidas, especialmente, 
pela prova documental. 
Dá-se à causa o valor de R$ .... 
Nestes Termos, 
Pede Deferimento. 
...., .... de .... de .... 
.................. 
Advogado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.6 PETIÇÃO INICIAL VIÚVA 
 
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da ...... Vara da Família e das Sucessões do Foro ........ 
 
 
 
 
 
 
Processo nº .......... 
 
 
Fulana de tal, inventariante nomeada nos autos do INVENTÁRIO dos bens deixados por 
FULANO DE TAL , por seu advogado que esta subscreve,vem respeitosamente perante V. Exa., 
apresentar as PRIMEIRAS DECLARAÇÕES, nos termos que seguem: 
 
 I - INVENTARIADO: 
 Fulano de tal, falecido no dia ...... de ..... de ....., em seu 
domicílio, na Rua ..............., nesta cidade. Qualificação . 
 II - VIÚVA-MEEIRA: 
 Qualificação, residente e domiciliada ........ foi casada com o 
autor da herança no regime de...................................... 
 
 III - HERDEIROS – 
Qualificação dos herdeiros(filhos) 
 
 
 
 
 
IV- BENS 
 
Descrição dos bens imóveis e bens móveis com os respectivos valores 
 
 
V- DÍVIDAS ATIVAS E PASSIVAS 
 A inventariante desconhece a existência de créditos a receber ou 
de dívidas. 
 
 VI – VALOR TOTAL DOS BENS: R$................ 
 
 Pelo exposto requer: 
 Requer sejam tomadas por termo as primeiras declarações, 
prosseguindo-se com abertura de vista ao Ministério Público. 
 
 A juntada dos documentos referentes aos herdeiros, bens imóveis e 
móveis. 
 
 Nestes Termos 
 Pede Deferimento 
 
 Local/ data/ advogado 
 
 
 
 
 
 
1.7 MINUTA DE INVENTÁRIO ADMINISTRATIVO E PLANO DE PARTILHA 
 
I - DO DE CUJUS - Qualificação do de cujus. Faleceu em(data), deixou dois filhos maiores e 
capazes, e bens a inventariar. 
II – VIÚVA MEEIRA-Qualificação da viúva meeira 
III – DOS HERDEIROS-Qualificação 
IV – DO ADVOGADO ASSISTENTE 
O interveniente na posição de advogado comum das partes, o Dr(A) qualificação do advogado 
das partes acompanhando todos os atos até o final da lavratura da escritura, conferindo-a em 
todos os seus termos. 
V – DA NOMEAÇÃO DE INVENTARIANTE 
As partes nomeiam o herdeiro tal inventariante, conferindo-lhe os poderes para representar o 
espólio judicial ou extrajudicialmente e administrar todos os seus bens, bem como para 
contratar advogado, a fim de defender os interesses do espólio em juízo, ativa ou 
passivamente, e ele declara aceitar o encargo, compromissando-se de cumpri-lo fielmente e 
prestar contas quando solicitado pelos interessados, esclarecendo que tem ciência da 
responsabilidade civil e penal de todas as declarações que forem prestadas. 
05 
VI - DA INEXISTÊNCIA DE TESTAMENTO E HERDEIROS MENORES OU INCAPAZES 
O inventariante declara que o de cujus faleceu sem deixar testamento ou qualquer outra 
disposição com eficácia post mortem, e que todos os herdeiros são capazes. 
VII– DO MANDATO OUTORGADO DA VIÚVA MEEIRA AO INVENTARIANTE 
A viúva meeira nomeia como mandatário o seu filho herdeiro tal, com poderes especiais para 
assinar eventual sobrepartilha, retificar quaisquer erros ou omissões e ratificar os demais 
dados, representá-la perante repartições Públicas Federais, Estaduais, Municipais e 
Autarquias, Cartórios, e onde com esta se apresentar, requerer e participar de todos os demais 
atos necessários ao dito fim, podendo inclusive substabelecer. 
VIII- DOS BENS (Descrição dos bens) 
IX - DA PARTILHA 
As partes acordam a partilha dos bens deixados pelo autor da herança que fiquem em 
condomínio, na proporção de 50% para a meeira e 25% para cada herdeiro, conforme 
apresentado abaixo: 
Monte mor ------------------------------------------------------------------------------.- R$ ............ 
Meação - 50% -VIÚVA MEEIRA........R$ ........... 
Herdeiro – quinhão - 25% - filho x .R$ .................. 
Herdeiro – quinhão - 25% - filho Y- R$ ........................ 
Seja recebido e homologado o presente INVENTÁRIO E O PLANO DE PARTILHA acordado por 
todas às partes por acharmos justos e contratados, fizemos este instrumento, que vai por 
todos assinados em duas vias para surtam todos os efeitos legais 
Nestes Termos; 
Pede Deferimento. 
Data 
 
1.9-PETIÇÃO DE APRESENTAÇÃO DAS PRIMEIRAS DECLARAÇÕES EM INVENTÁRIO: 
 
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da ...... Vara da Família e das Sucessões do Foro ........ 
 
 
 
 
 
 
Processo nº .......... 
 
 
Fulana de tal, inventariante nomeada nos autos do INVENTÁRIO dos bens deixados por 
FULANO DE TAL , por seu advogado que esta subscreve,vem respeitosamente perante V. Exa., 
apresentar as PRIMEIRAS DECLARAÇÕES, nos termos que seguem: 
 
 
 
 
I - INVENTARIADO: 
 Fulano de tal, falecido no dia ...... de ..... de ....., em seu 
domicílio, na Rua ..............., nesta cidade. Qualificação . 
 II - VIÚVA-MEEIRA: 
 Qualificação, residente e domiciliada ........ foi casada com o 
autor da herança no regime de...................................... 
 
 III - HERDEIROS – 
Qualificação dos herdeiros(filhos) 
07IV- BENS 
 
Descrição dos bens imóveis e bens móveis com os respectivos valores 
 
 
V- DÍVIDAS ATIVAS E PASSIVAS 
 A inventariante desconhece a existência de créditos a receber ou 
de dívidas. 
 
 VI – VALOR TOTAL DOS BENS: R$................ 
 
 Pelo exposto requer: 
 Requer sejam tomadas por termo as primeiras declarações, 
prosseguindo-se com abertura de vista ao Ministério Público. 
 
 A juntada dos documentos referentes aos herdeiros, bens imóveis e 
móveis. 
 
 Nestes Termos 
 Pede Deferimento 
 
 Local/ data/ advogado 
 
 
 
 
1.9-Procedimento para apuração do ITCMD ou reconhecimento de sua isenção, nos casos de 
transmissão “causa mortis”, relativo a processos judiciais no rito de INVENTÁRIO. 
 
Fonte: http://www.fazenda.sp.gov.br/guia/itcmd/inventario_judicial.shtm 
A Declaração do ITCMD e os documentos pertinentes deverão ser apresentados nos seguintes 
locais, conforme o Foro onde tramitam os autos: 
Local: 
a)Autos judiciais que tramitam na Comarca da Capital, nos Foros: Central, Itaquera, Penha de 
França, São Miguel Paulista, Tatuapé e Vila Prudente: 
- Posto Fiscal da Capital – PFC 11 Tatuapé, situado na Rua Francisco Marengo, 1932 – Tatuapé, 
CEP: 03313-001 - São Paulo – SP; 
b) Autos judiciais que tramitam na Comarca da Capital, nos Foros da Lapa e Santana: 
- Posto Fiscal da Capital – PFC 11 Lapa, situado na Rua Afonso Sardinha n° 67, Lapa – CEP 
05076-000; 
c) Autos judiciais que tramitam na Comarca da Capital, nos Foros: Ipiranga, Jabaquara, 
Pinheiros, Santo Amaro e Parelheiros: 
- Posto Fiscal da Capital – PFC 11 Butantã, situado na Rua Butantã n° 260, Pinheiros – CEP 
05424-000; 
d) Autos judiciais que tramitam em outros Estados, na hipótese de o “de cujus” possuir bens 
imóveis neste Estado, quando óbito ocorrer a partir de 01/01/2001: 
- Posto Fiscal da Capital – PFC 11 Tatuapé, situado na Rua Francisco Marengo, 1932 – Tatuapé, 
CEP: 03313-001 - São Paulo – SP; 
Observação: Nesse caso, admite-se que a entrega da declaração e demais documentos seja 
efetuada via postal, por conta e risco do interessado; 
e) Demais casos: 
- Posto Fiscal: mais próximo da Comarca deste Estado onde estiver tramitando o processo 
judicial. 
 Taxa 
Não há taxa. 
 Documentos 
 
1. Declaração do ITCMD (Inventário), datada e assinada pelo inventariante ou pelo 
representante legal, reproduzindo os dados constantes das Primeiras Declarações prestadas 
em juízo; 
2. Demonstrativo de Cálculos desta declaração; 
3. RG e CPF do inventariante; 
4. Procuração para cumprimento das obrigações acessórias previstas na legislação do ITCMD, 
se a declaração for assinada por procurador; 
5. Prova de nomeação do inventariante; 
6. Certidão de óbito; 
7. Certidão de casamento ou comprovante do reconhecimento judicial do início da sociedade 
de fato do “de cujus”, em caso de união estável; 
8. Capa do processo de inventário; 
9. Petição inicial; 
10. Primeiras declarações; 
11. Relativamente aos bens inventariados, os seguintes documentos: 
 
 
 
 
 
 
11.1 – Imóveis: 
11.1.1 - Urbanos – carnê do IPTU do ano do óbito, onde conste o valor venal, o endereço do 
imóvel o número do contribuinte, ou certidão de valor venal emitida pelo órgão municipal 
competente; 
Nota 1: Para imóveis localizados no município de São Paulo, tendo em mãos o número do 
cadastro do imóvel da Prefeitura e a data do fato gerador, consultar o valor venal de 
referência, que reflete o valor de mercado, diretamente no site 
http://www3.prefeitura.sp.gov.br/tvm/. Esta consulta é válida apenas para óbitos/doações a 
partir de 01/01/2005. Para fatos geradores anteriores a essa data, deve-se utilizar o valor venal 
do IPTU. 
Nota 2: No caso de transmissão de direitos relativos a compromisso de venda e compra de 
imóvel não integralmente quitado em vida pelo “de cujus”, deverão ser informados os valores 
pagos até a data da abertura da sucessão. 
Nota 3: Para imóvel em construção, apresentar documentos que comprovem o valor pago pelo 
“de cujus” até a data da abertura da sucessão; 
11.1.2 - Rurais – Declaração de Informação e Atualização Cadastral – DIAC e Declaração de 
Informação e Apuração do ITR – DIAT, que compõem a Declaração do ITR – DITR, do ano do 
óbito, protocolizada na Secretaria da Receita Federal. 
Nota 1: Os documentos DIAC e DIAT poderão ser relativos ao do ano anterior ao do óbito 
quando, na data do óbito, ainda não tenha decorrido o prazo final para entrega da Declaração 
do Imposto territorial Rural. 
Nota 2: Em se tratando de imóvel rural, poderão ser adotadas os valores médios da terra-nua e 
das benfeitorias divulgados pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São 
Paulo ou por outro órgão de reconhecida idoneidade, vigentes à data da ocorrência do fato 
gerador, quando for constatado que o valor declarado pelo interessado é incompatível com o 
de mercado (Parágrafo Único do artigo 16, Decreto n° 46.655/2002). 
11.1.3 - Matrícula do Cartório de Registro de Imóveis contendo a averbação da transmissão do 
imóvel ao “de cujus” ou cópia do instrumento, particular, público ou judicial, da mencionada 
transmissão, caso a averbação não tenha sido providenciada; 
11.1.4 - Documento comprobatório do valor pago pelo “de cujus” até a data do óbito, quando 
o imóvel estiver em construção; 
11.1.5 - Compromisso de compra e venda, quando o imóvel estiver compromissado à venda 
pelo “de cujus”; 
11.2 – Ações, cotas, participações ou quaisquer títulos representativos de capital social: 
11.2.1 - Relativamente a ações negociadas em Bolsa de Valores, cotações de jornais ou 
documentos emitidos pela Bolsa de Valores em que figure a cotação média alcançada na data 
do óbito, ou na imediatamente anterior, quando não houver pregão ou quando a mesma não 
tiver sido negociada naquele dia, regredindo-se, se for o caso, até o máximo de 180 dias; 
11.2.2 - Relativamente a ações, cotas, participações ou quaisquer títulos representativos do 
capital social não enquadrados no item anterior: 
a) atos constitutivos da entidade atualizados até a data da abertura da sucessão; Balanço 
Patrimonial da entidade relativo ao exercício anterior à data da abertura da sucessão e 
Demonstrativo do Valor Contábil das Cotas, Participações, Ações ou Títulos, atualizado, 
segundo a variação da Unidade Fiscal do Estado de São Paulo – UFESP, da data do Balanço 
Patrimonial até o momento do fato gerador, podendo tal demonstrativo ser elaborado 
mediante a divisão do valor do patrimônio líquido pelo número de cotas, ações ou títulos, ou 
pela multiplicação do valor do 
patrimônio líquido pela fração da participação (Decreto 46.655/02, artigos 13 e 17, § 3°); 
b) na hipótese de entidades dispensadas da elaboração do Balanço Patrimonial, nos termos da 
legislação federal, ou quando o patrimônio líquido indicar valor negativo, será considerado, 
para fins de base de cálculo do imposto, o valor nominal das ações, cotas participações ou 
quaisquer títulos representativos de capital; 
 
c) na hipótese de elaboração de Balanço Patrimonial por ordem judicial, será considerado, 
para fins de base de cálculo do imposto, o valor das 
ações, cotas, títulos ou participações obtido com base no Balanço de Determinação elaborado 
pelo perito contábil; 
11.3 – Depósitos bancários e aplicações financeiras: extratos ou demonstrativos de saldos na 
data do óbito; 
11.4 – Veículos: tabela de periódico, de revista especializada, Imposto sobre a Propriedade de 
Veículos Automotores ou qualquer outro meio idôneo de avaliação que tenha dado base ao 
valoratribuído ao bem; 
11.5 – Títulos de clubes ou associações, jazigos ou túmulos: declaração da Administração da 
entidade sobre o valor do bem; 
11.6 – Créditos oriundos de processos judiciais: cópias das peças elementares do processo 
judicial relativo; 
11.7 – Demais bens: cotações de preços (no mínimo três), avaliações de peritos ou outros 
documentos que comprovem o valor corrente de mercado do bem, sendo o valor definido pela 
média simples das cotações/avaliações; 
12 – Em caso de transmissão “causa mortis” isenta nos termos da alínea “a” do inciso I do 
artigo 6° da Lei n° 10.705/00, alterada pela Lei n° 10.992/01, juntar declaração de cada um dos 
beneficiários de que atendem às condições legais de isenção, ou seja, de que residiam no 
imóvel objeto da isenção e de que não possuíam outro imóvel, à data da abertura da sucessão. 
Atenção: A isenção a que se refere o item anterior restringe-se apenas ao quinhão recebido 
pelos herdeiros relativo ao imóvel objeto do benefício. Portanto, os demais herdeiros que não 
satisfizerem plenamente as condições legais, deverão recolher o imposto correspondente aos 
seus quinhões desse imóvel. 
Nota 1 – Os documentos indicados nos itens 3 a 11 e subitem 11.1 deverão ser apresentados 
em cópias simples, legíveis e sem cortes, extraídos das peças constantes do processo judicial, 
contendo o número da folha do processo e a rubrica do serventuário do Poder Judiciário. 
Nota 2 – A apresentação desses documentos, constantes do Anexo VIII da Portaria CAT 15/03, 
com exceção dos referidos nos itens 1, 2 e 8, poderá ser dispensada, desde que o 
representante legal do contribuinte declare, conforme modelo constante do Anexo XVII, 
constarem do processo judicial e estarem corretamente informados na Declaração do ITCMD, 
sem prejuízo de exigência posterior, a critério da autoridade fiscal; 
Nota 3 – Para bens objeto de financiamento ou de consórcio, apresentar documento 
comprobatório do valor efetivamente pago até a data do óbito; 
Nota 4 – Para bens objeto de arrendamento mercantil (“leasing”), apresentar o contrato 
correspondente. 
 
Procedimentos 
 
I) Preenchimento da Declaração de Inventário 
O contribuinte deverá preencher a Declaração, acessando o sistema ITCMD da Secretaria da 
Fazenda do Estado de São Paulo. Há duas formas de acesso: 
1) Através do link ITCMD existente no Posto Fiscal Eletrônico, cujo endereço eletrônico é 
http://pfe.fazenda.sp.gov.br/ 
2) Diretamente no Portal Webshere: https://www60.fazenda.sp.gov.br/wps/portal 
 
Observação: Para acesso ao manual com orientações de Preenchimento da Declaração de 
Inventário clique aqui. Este material também está disponível para download no link: 
http://www.fazenda.sp.gov.br/download/default.shtm, item ITCMD. 
 
 
 
14 
II) Confirmação da Declaração 
Após o preenchimento de todos os formulários da declaração, ao clicar na aba “Confirmação”, 
o sistema ITCMD faz uma análise completa de todas as informações da declaração. Se houver 
alguma informação obrigatória não preenchida, ou se houver alguma informação incorreta 
ou inconsistente, o sistema exibirá mensagens indicando quais os problemas que não estão 
permitindo que a declaração seja confirmada. 
Confirmada a declaração, o sistema ITCMD exibirá a tela de emissão de documentos, que no 
caso de Arrolamento, são os seguintes: 
- Imprimir Declaração 
- Imprimir Demonstrativo 
Observação: Na tela de emissão de documentos não será exibida a opção “Imprimir Gare”, 
tendo em vista que no rito de Inventário as GAREs do ITCMD devem ser emitidas depois da 
homologação da partilha na Justiça. 
III) Emissão dos documentos pelo sistema ITCMD 
Clicando nos links “Imprimir Declaração”, “Imprimir Demonstrativo” e “Imprimir Gare”, o 
sistema emite os seguintes documentos: 
Declaração de Inventário – Esse documento contém, dentre outras, as informações relativas 
ao “de cujus”, inventariante, procurador, herdeiros e bens. 
Demonstrativo de Cálculos – Esse documento contém a base de cálculo, a alíquota, juros, 
multa e os descontos para cada um dos herdeiros informados na declaração, com valores em 
UFESP, que serão convertidos em Reais posteriormente, quando da confirmação da 
homologação da partilha. 
IV) Emissão de GARE para pagamento 
Com a homologação da partilha pelo juiz, na hipótese de haver apuração de imposto a pagar, o 
contribuinte deverá efetuar o recolhimento, mediante a emissão das GAREs correspondentes. 
 
15 
 
Para isso, o contribuinte deverá acessar o sistema ITCMD na forma descrita no item I, clicando 
no menu “Serviços Eletrônicos > ITCMD > Outros > Emitir GARE para Inventário 
Observações: 
a) As GAREs-ITCMD só terão validade se emitidas pelo sistema ITCMD, existente no Posto 
Fiscal Eletrônico. Dessa forma, o contribuinte não poderá se utilizar de impressos adquiridos 
em papelaria ou emitir esse documento em sistemas automatizados preparados para esse fim; 
b) Do ponto de vista do recolhimento, a diferença entre INVENTÁRIO e ARROLAMENTO é o 
momento do pagamento. No arrolamento, o imposto é pago antes da homologação da 
partilha, Já no inventário, aguarda-se a homologação de partilha pelo juiz para depois emitir as 
GAREs e efetuar o pagamento. 
V) Variação patrimonial – Declaração retificadora 
Após a apresentação da Declaração de ITCMD, se houver qualquer variação patrimonial 
decorrente de emenda, aditamento ou inclusão de novos bens nas últimas declarações, deverá 
o contribuinte, no prazo de 15 dias contados da comunicação ao juízo, cientificar o Fisco 
mediante a apresentação de “Declaração Retificadora” ao Posto Fiscal que acolheu a 
Declaração de ITCMD inicial, acompanhada dos documentos relativos aos bens que ensejaram 
a variação patrimonial. 
Para preparar a Declaração Retificadora, o contribuinte deverá acessar um dos endereços 
eletrônicos, clicando no menu "Serviços Eletrônicos>>ITCMD>>Outros>>Retificar Declaração 
do ITCMD”. 
 
2.0 JURISPRUDÊNCIAS: 
 
Jurisprudência: CSM/SP: Inventário e partilha extrajudicial. União estável – regime de bens – 
comunhão parcial. Universalidade de Direitos. 
 
“Havendo universalidade de direitos em relação aos bens que compõem a união estável, 
bem como aos que integram a herança, é necessário inventariar a totalidade do patrimônio 
e proceder sua partilha.” O Conselho Superior da Magistratura do Estado de São Paulo 
(CSMSP) julgou a Apelação Cível nº 0000974-65.2011.8.26.0062, onde se decidiu pela 
necessidade de se inventariar a totalidade dos bens havidos em comunhão na união estável, 
tendo em vista a universalidade de direitos. O recurso, julgado improvido por unanimidade, 
teve como Relator do acórdão o Desembargador José Renato Nalini. 
 
Trata-se de apelação interposta contra r. sentença proferida pelo juízo a quo, que 
reconheceu a impossibilidade do registro de Escritura Pública de Inventário e Partilha de 
bens em razão do imóvel da propriedade do de cujus e sua companheira haver sido 
inventariado na metade ideal. O apelante sustenta, em suas razões, a possibilidade de 
registro em razão da regularidade da partilha extrajudicial efetuada. 
 
Ao analisar o caso, observou o Relator que na escritura pública em questão constaram dois 
imóveis, sendo um deles inventariado em sua totalidade e o outro na metade, uma vez que, 
a outra quota parte é da propriedade da companheira do falecido que também integrou sua 
vontade na formação do título. Ademais, a propriedade em comunhão do imóvel 
inventariado na metade ideal pertence ao Espólio e à companheira, motivo pelo qual se 
questiona, no presente recurso, a necessidade de inventariar tal bem imóvel em sua 
totalidade, haja vista o direito do falecido apenas à metade.Posto isto, o Relator entendeu que, no caso de união estável, o regime de bens aplicável é o 
da comunhão parcial, conforme art. 1.725 do Código Civil e orientação jurisprudencial 
majoritária, determinando-se a formação de uma comunhão de direitos entre os 
conviventes, havendo, desta forma, uma universalidade de direitos relativamente ao 
patrimônio constituído na união. 
Portanto, de acordo com o entendimento exposto pelo Relator, “é necessário inventariar a 
totalidade das duas universalidades de direito existentes – os bens da união estável e os 
integrantes da sucessão hereditária e proceder sua partilha, pois, antes da partilha o direito 
dos titulares da universalidade não é sobre bens específicos e sim sobre a totalidade do 
patrimônio.” 
 
TJ-SP - Apelação APL 30001126720138260581 SP 3000112-67.2013.8.26.0581 (TJ-SP) 
Data de publicação: 19/09/2014 
Ementa: Reivindicatória. Bens móveis. Veículos deixados por ocasião do falecimento do 
marido da autora. Distribuição que não se vincula ao juízo do inventário. Espólio que não 
figura no polo passivo da ação, na qual não se discute questão de fato ou de direito atinente 
à herança. Partilha ainda não efetivada. Legitimidade ativa da herdeira. Exegese dos artigos 
1314 e 1791 , parágrafo único , do Código Civil . Propriedade dos bens que restou 
devidamente demonstrada pela autora. Réus que se recusam a proceder a entrega, alegando 
a existência de dívidas do de cujus. Inadmissibilidade. Autora que, além de sucessora, 
ostenta a condição de inventariante dos bens deixados por seu falecido marido, de modo 
que cabe a ela proceder ao acertamento de eventuais dívidas no inventário. Procedência da 
ação. Recurso provido. 
 
 
 
 
 
 
 
TJ-RS - Embargos de Declaração ED 70060326303 RS (TJ-RS) 
Data de publicação: 16/09/2014 
Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO, PROCEDÊNCIA. CONCESSÃO DE EFEITO 
INFRINGENTE. PARTILHA DE BEM ARROLADO EM INVENTÁRIO. QUESTÃO DE ALTA 
INDAGAÇÃO. Procede a alegação do embargante/agravante quando refere omissão no 
acórdão, em relação ao seu segundo argumento para pedir a partilha do direito de uso do 
lote urbano nº 28, arrolado dentre os bens da sua falecida companheira, em inventário. Em 
que pese a união estável entre o agravante e a autora da herança ser incontroversa, a 
partilha dos bens, especificamente da concessão do direito real de uso de lote urbano, é 
controversa e, ainda, de alta indagação. Caso em que o agravo de instrumento principal deve 
ser modificado, em sede de embargos, para determinar que a partilha do lote seja definida 
em ação pelo rito ordinário, nos termos do artigo 984 do CPC. ACOLHERAM OS EMBARGOS. 
COM EFEITO INFRINGENTE E DERAM PARCIAL PROVIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO. 
(Embargos de Declaração Nº 70060326303, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, 
Relator: Rui Portanova, Julgado em 11/09/2014) 
 
TJ-PE - Apelação APL 3533224 PE (TJ-PE) 
Data de publicação: 15/04/2015 
Ementa: DIREITO CIVIL E DIREITO PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO. AÇÃO DE INVENTÁRIO. 
APELAÇÃO CÍVEL. ERROR IN PROCEDENDO. NÃO DELIBERAÇÃO SOBRE DIVERGÊNCIAS. 
SENTENÇA BASEADA TÃO SOMENTE NO ESBOÇO DE PARTILHA. INOBSERVÂNCIA DO ARTIGO 
1.024 DO CPC. SENTENÇA ANULADA. RECURSO PROVIDO. 1. Nos termos do artigo 1.024 do 
CPC: "Feito o esboço, dirão sobre ele as partes no prazo comum de 5 (cinco) dias. Resolvidas 
as reclamações, será a partilha lançada nos autos". 2. Sendo a partilha judicial, não é 
permitido ao juízo de piso tão somente homologar o plano de partilha apresentado pelo 
inventariante, sem antes resolver as questões controvertidas. 3. O Juízo "a quo" incorreu em 
erro de procedimento, visto que não houve análise fundamentada das reclamações dos 
herdeiros, ensejando o cerceamento de defesa, conforme alegado pelos apelantes. 4. 
Recurso a que se dá provimento. 
Encontrado em: a jurisprudência pátria: APELAÇÃO CÍVEL. SUCESSÕES. INVENTÁRIO. 
SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA DE PARTILHA.... ROBERTO DA SILVA MAIA EMENTA: DIREITO 
CIVIL E DIREITO PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO. AÇÃO DE INVENTÁRIO.../54, os herdeiros 
solicitaram nova avaliação dos bens objeto do inventário, o que não fora apreciado pelo 
MM. Juízo... 
 
 
 
 
2.1-SÚMULAS 
 
INVENTARIO. IMPOSTO SOBRE A TRANSMISSAO DE BENS (CAUSA MORTIS). MULTA. NAO 
INCIDENCIA. SUMULA 114, DO S.T.F. Agravo de Instrumento. Inventário. Impostos de 
transmissão "causa mortis" e doação. ITD. Multa de 50%. Não incidência. O entendimento 
consolidado do Supremo Tribunal Federal é no sentido de que o pagamento do imposto 
somente pode ser exigido após a homologação judicial dos cálculos (Verbete de Súmula 114, 
do STF). Assim, apesar de o artigo 18, I C/C 20, I da Lei 1.427/89 mencionar a incidência de 
multa de 50% sobre o valor do imposto em caso de não pagamento após 180 dias da 
avaliação, a interpretação que deve ser dada é que a multa só incide após 180 dias da 
homologação judicial. Recurso provido. (TJRJ. AI - 2007.002.20200. JULGADO EM 
26/09/2007. VIGESIMA CAMARA CIVEL - Unanime. RELATORA: DESEMBARGADORA ODETE 
KNAACK DE SOUZA) APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA. PREVIDENCIÁRIO. LEI ESTADUAL 
N.º 12.398/98. CONTRIBUIÇÃO 
PREVIDENCIÁRIA DOS INATIVOS. VALOR DA CAUSA AO TEMPO DA CONDENAÇÃO INFERIOR 
A SESSENTA SALÁRIOS MÍNIMOS. MATÉRIA NÃO SUJEITA A REEXAME NECESSÁRIO. 
PRELIMINARES. ILEGITIMIDADE ATIVA "AD CAUSAM". INOCORRÊNCIA. CREDOR FALECIDO. 
REPRESENTAÇÃO PELOS HERDEIROS ATÉ EFETIVA ABERTURA DO INVENTÁRIO. PRETENDIDA 
SUSPENSÃO DO PROCESSO ATÉ SOLUÇÃO DE ADIN SOBRE O TEMA. QUESTÃO SUPERADA 
FACE A EDIÇÃO DA SÚMULA N.º 14 DO TJ/PR. MÉRITO. DESCONTOS INCIDENTES SOBRE A 
APOSENTADORIA DA SERVIDORA. IMPOSSIBILIDADE. VEDAÇÃO CONSTITUCIONAL. ARTS. 40, 
§ 12º E 195, II, DA CARTA DA REPÚBLICA. RECONHECIMENTO DO DIREITO À REPETIÇÃO DOS 
VALORES PAGOS INDEVIDAMENTE. EMENDA CONSTITUCIONAL N.º 41/03 QUE NÃO TEM 
EFEITOS REPRISTINATÓRIOS. ADVENTO QUE NÃO ALTERA SITUAÇÃO JURÍDICA DA PARTE 
CUJOS PROVENTOS NÃO ULTRAPASSAM O TETO. PRETENDIDA REDUÇÃO DOS JUROS 
MORATÓRIOS PARA 0,5% AO MÊS. CASO QUE NÃO COMPORTA APLICAÇÃO DO ART. 1º-F DA 
LEI Nº 9.494/97, COM REDAÇÃO DADA PELA MP 2.180-35/2001. RECURSO DA 
PARANAPREVIDÊNCIA DESPROVIDO. TAXA SELIC PARA OS JUROS INCIDENTES SOBRE OS 
ÔNUS SUCUMBENCIAIS. INADEQUAÇÃO, PORQUANTO CUMULADA COM CORREÇÃO 
MONETÁRIA PELO INPC. APELO DA PARANAPREVIDÊNCIA DESPROVIDO E RECURSO DO 
ESTADO DO PARANÁ PARCIALMENTE PROVIDO. (TJPR - 6ª C.Cível - AC 0411016-3 - Foro 
Central da Região Metropolitana de Curitiba - Rel.: Des. Sérgio Arenhart - Unanime - J. 
04.12.2007) 
 
RECURSO ESPECIAL Nº 1.143.642 - SP (2009/0107388-8) RELATOR : MINISTRO LUIS FELIPE 
SALOMÃO RECORRENTE : THEREZA LUSACE ADVOGADO : CÉLIA MARIA ANDERAOS E OUTRO 
(S) RECORRIDO : IRACEMA CAMPILONGO KONO E OUTRO ADVOGADO : WELLENGTON 
CARLOS DE CAMPOS E OUTRO (S) PROCESSO CIVIL. PARTILHA. COMUNICABILIDADE DOS 
SALDOS BANCÁRIOS ADVINDOS DE VERBA TRABALHISTA E APOSENTADORIA. 
INTERPRETAÇÃO DOS ARTS. 1.658 E 1.659, VI, DO CC E ART. 5º DA LEI N. 9.278/1996. 1. No 
regime de comunhão parcial ou universal de bens, o direito ao recebimento dos proventos 
não se comunica ao fim do casamento, mas, ao serem tais verbas percebidas por um dos 
cônjuges na constância do matrimônio, transmudam-se em bem comum, mesmo que não 
tenham sido utilizadas na aquisição de qualquer bem móvel ou imóvel (arts. 1.658 e 1.659, 
VI, do Código Civil). 2. O mesmo raciocínio é aplicado à situação em que o fato gerador dos 
proventos e a sua reclamação judicial ocorrem durante a vigência do vínculo conjugal, 
independentemente do momento em que efetivamente percebidos, tornando-se, assim, 
suscetíveis de partilha. Tal entendimento decorre da ideia de frutos percipiendos, vale dizer,aqueles que deveriam ter sido colhidos, mas não o foram. Precedentes. 3. Na hipótese, os 
saldos bancários originam-se de economias advindas de salários e aposentadoria do falecido, 
sendo imprescindível que o montante apurado seja partilhado com a companheira no 
tocante ao período de vigência do vínculo conjugal. 4. Reconsideração da decisão de fl. 357, 
tornando-a sem efeito, em juízo de retratação. 5. Recurso especial provido. DECISÃO 1. 
Cuida-se de pedido de reconsideração aduzido por Thereza Lusace contra decisão deste 
relator (fl. 357), que declarou a perda superveniente de objeto do presente recurso especial 
ante a ausência de manifestação da recorrente acerca de seu interesse no julgamento do 
feito. Nas razões do petitório pede a reforma da decisão e o julgamento do recurso especial. 
DECIDO. 2. Com razão a ora peticionante. Observa-se que o prazo estabelecido para 
manifestação da recorrente no despacho de fl. 352 não pode ser qualificado como 
peremptório, tendo por objetivo, tão somente, impedir a análise de recurso quando não 
mais persistisse interesse no julgamento do mesmo. Assim, reconsidero a decisão de fl. 357 
tornando-a sem efeito, e passo à análise do especial. 3. Cuida-se de recurso especial 
interposto por THEREZA LUSACE, com fundamento no art. 105, III, a e c, da Constituição 
Federal de 1988, contra acórdão proferido pelo TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO - 
CONSELHEIRO FURTADO, assim ementado: Ementa: Inventário - União estável reconhecida - 
Desnecessidade de reserva de bens -Saldos bancários excluídos (art. 1659 do CC)- Imóvel 
constituído durante a união estável - Metade do imóvel em pagamento da meação e 1/4 
pela sucessão - Decisão parcialmente mantida - Recurso provido em parte. (fls. 280-290) 
Opostos embargos de declaração, foram rejeitados (fls. 368-369). Em suas razões recursais, 
aponta a parte recorrente, além de dissídio jurisprudencial, ofensa ao disposto nos arts. 5º 
da Lei 9.278/96 e 535 do CPC Sustenta que o acórdão recorrido não poderia ter excluído a 
recorrente da partilha dos saldos bancários disponíveis na conta corrente do de cujus, haja 
vista que o numerário foi amealhado e acrescido ao patrimônio comum durante a união 
estável (16 anos de relação), não havendo falar-se simplesmente em fruto do trabalho do 
falecido. Afirma que há presunção da participação na formação do patrimônio por parte da 
companheira Contrarrazões ao recurso especial às fls. 345-366. Salienta que "os saldos 
bancários em contas correntes e poupança, bem como as aplicações financeiras, são 
oriundos dos salários e proventos de aposentadoria, frutos do esforço e trabalho individual 
dd falecido como funcionário público durante anos". Crivo positivo de admissibilidade na 
origem (fls. 368-369). Instado a se manifestar, o Ministério Público Federal na pessoa do 
Subprocurador-Geral da República, Antônio Carlos Pessoa Lins, opinou pelo provimento do 
recurso, nos termos da seguinte ementa: RECURSO ESPECIAL. UNIÃO ESTÁVEL. DIREITO 
SUCESSÓRIO. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AO ARTIGO 535, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. 
ARTIGO 5º, DA LEI 9.278/96. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL CARACTERIZADA. 
PATRIMÔNIO. CONSTITUIÇÃO. CONTRIBUIÇÃO DE AMBOS CONVIVENTES. COMPANHEIRO 
SOBREVIVENTE. DIREITO À PARTILHA. PARECER PELO PROVIMENTO DO RECURSO. (fls. 336-
341) É o relatório. DECIDO. 4. A irresignação merece prosperar. O acórdão recorrido, 
modificando decisão interlocutória do magistrado de piso que determinara a partilha dos 
saldos bancários do de cujus assentou que: Ocorre, que a agravante, filha e inventariante, 
interpõe o presente recurso de r. decisão que determinou a retificação do plano de partilha, 
para que nele constasse que: 1- dos saldos bancários e do imóvel adquirido durante a união 
estável mantida pelo "de cujus" e a agravada (Av. Lins de Vasconcelos, n1 162, apto 32), 
caberá à companheira 75%, sendo 50% em pagamento de sua meação e 25% por sucessão 
(art. 1.790,1li, do CPC) e às filhas Iracema e Sueli o percentual de 12,5% para cada uma delas. 
Quanto aos saldos bancários, no mesmo percentual, observou o d. Juiz não se aplicar a esses 
valores o disposto no art. 1659, VI, do Código Civil, por não se cuidar de provento de 
trabalho do "de cujus", mas de valores já incorporados ao seu patrimônio; no mais, 
permanecendo inalterado o plano de partilha. O que quer a agravante é a reserva desses 
bens para posterior sobrepartilha. Mas, pondere-se que a própria inventariante, já nas 
primeiras declarações, reconheceu que o apartamento foi adquirido pelo "de cujus" e pela 
companheira, em metade ideal para cada um deles. O falecido iniciou relacionamento com a 
agravada em 1988 e viveu com ela por 16 anos, ininterruptos, até quando de seu 
falecimento, em 12/07/2004. Essa união se mostrava pública e notória, fato reconhecido 
pelas próprias herdeiras legítimas, filhas do falecido, quando na abertura da sucessão 
reconheceram a união estável havida entre o pai e a agravada. Ora, pelo simples fato de a 
agravada, reconhecidamente, ter vivido em união estável com o autor da herança por, 
aproximadamente, 16 anos, contribuiu ela não só de maneira presumida, mas por 
participação efetiva até na aquisição do aludido apartamento. Esse imóvel foi adquirido na 
constância da união estável pelo "de cujus" e pela agravada, na proporção de 50% para cada 
um deles, aquisição documentada por escritura pública, ao que informa a contraminuta. Não 
há dúvida e nem se mostra necessária a reserva e sobrepartilha desse bem, quanto ao 
direito da meação da agravada, seja pelo fato de o apartamento ter sido adquirido no 
período em que conviviam, seja pelo fato do regime de bens aplicado à situação, o da 
comunhão parcial. Quanto às contas correntes e aplicações financeiras, deve-se levar em 
conta o disposto no artigo 1659 do Código Civil, no sentido de que se excluem da comunhão: 
VI - "os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge". Assim, como se verifica dos 
documentos de fis. 38/48, os saldos bancários originam-se de economias exclusivas do "de 
cujus", advindas de salários e aposentadoria, sendo imprescindível que o montante apurado 
seja excluído da pretensão da agravada quanto à meação e herança dos bens do "de cujus". 
Não havendo, nesse ponto, nada a ser resguardado à agravada. Assim, merece parcial 
reforma a r. decisão recorrida, no tocante aos saldos bancários, cuja participação da 
agravada fica excluída, o que leva a que se dê parcial provimento ao recurso. Houve 
declaração de voto parcialmente divergente, verbis: 1 . Peço vênia para divergir 
parcialmente da douta maioria quanto à solução final dada ao recurso, por reconhecer 
cabível seu acolhimento parcial, porém em menor extensão. 2. Explico. No tocante à forma 
de partilha do imóvel localizado na Avenida Lins de Vasconcelos, 162 - apto. 132, nada a ser 
alterado na decisão de Primeiro Grau, posto que as próprias herdeiras do de cujus 
manifestaram sua concordância quanto à atribuição a estas de somente 12,5% ideal desse 
bem (fls. 126/135). No tocante ao numerário que compõe o monte, a divergência decorre do 
fato de que a d. maioria reconheceu que a agravada não faz jus à partilha desses bens 
porque oriundos de salários e aposentadorias recebidos exclusivamente pelo autor da 
herança. No entanto, data venha, quero crer que essa solução esbarra no dispositivo contido 
no artigo 5º da Lei 9.278/96, que prevê a aplicação do regime de comunhão parcial de bens 
às relações estáveis. Sendo assim, à agravada deveria ser deferida a partilha dos frutos e 
rendimentos, além de outros valores eventualmente acrescidos ao saldo bancário e 
aplicação financeira em nome do espólio, acrescidos após a vigência da união estável, com o 
esclarecimento de que a renda decorrente desalário, ou aposentadoria integra o monte 
partível, não se aplicando a esta a restrição contida no parágrafo único do citado artigo de 
lei, salvo celebrado o pacto prévio de que trata a parte final do caput daquele. É que se o 
casal tivesse formado qualquer outro tipo de patrimônio, não haveria dúvida de que teria 
sido reconhecida a contribuição da mulher. Por que negá-la, sendo o patrimônio apenas 
financeiro ? É tranquilo o entendimento de que a colaboração dada pela mulher nos tratos 
das questões caseiras é suficiente para caracterizar contribuição para a aquisição de 
patrimônio. Em decisão constante de RSTj, 194/437, menciona-se acórdão deste Tribunal 
relatado pelo hoje ministro Cezar Peluso, onde se assinala que tanto contribui para a 
formação do patrimônio quem trabalha, como quem economiza, e que a simples presença 
da mulher pelo estímulo, amparo e refúgio possibilita todas as aquisições inclusive as de 
ordem patrimonial financeira na aventura da parceria. Por outro lado, persistindo 
divergência acerca da real data do início da união estável (1.988 ou 1.998), o deslinde dessa 
questão, se não puder ser conhecida pelo próprio juízo da sucessão com base nos 
documentos constantes dos autos, deveria ser delegado à via ordinária. 3. Por todo o 
exposto, data venha, meu voto dava igualmente parcial provimento ao recurso, porém em 
Em recente oportunidade, mais especificamente, no julgamento do Resp n. 1.358.916/SP, de 
minha relatoria, decidiu-se a matéria que ora se analisa. Naquele recurso a verba que se 
pretendia fosse declarada comunicável era indenizatória trabalhista, percebida 
posteriormente à separação conjugal, aqui, "saldos bancários" advindos de "salários e 
aposentadoria" recebidos pelo falecido. Vale, neste momento, a transcrição de trecho do 
voto proferido, que traduz o entendimento firmado pela Quarta Turma naquela ocasião, 
cujos fundamentos podem ser adotados perfeitamente ao caso dos autos. Confira-se: É 
preciso esclarecer, para logo, que o art. 1.659, VI, do Código Civil prevê que os proventos do 
trabalho pessoal de cada cônjuge são excluídos da comunhão parcial de bens. O vocábulo 
"proventos" tem amplo significado, abrangendo: (i) as remunerações do trabalho 
assalariado público ou privado; (ii) as remunerações decorrentes do trabalho prestado na 
condição de empresário; (iii) as remunerações da aposentadoria, como trabalhador inativo; 
(iv) os honorários do profissional liberal; (v) o pro labore do serviço prestado (NETO, Caetano 
Lagrasta; TARTUCE, Flávio; SIMÃO, José Fernando. Direito de família: novas tendências e 
julgamentos emblemáticos. São Paulo: Ed. Atlas, 2012, p. 258). A interpretação do 
dispositivo legal mais consentânea com a justiça, a equidade e a realidade social é a de que o 
direito de recebimento dos salários não se comunica com o cônjuge em virtude de seu 
caráter personalíssimo. Nessa linha, a exclusão prevista no art. 1.659, VI, do diploma civil 
deve ser considerada tão somente no caso de separação do casal, quando então as suas 
remunerações pessoais não serão objeto de partilha. Contudo, configura situação 
absolutamente diversa a percepção do provento na constância do casamento, quando ele 
passa a integrar o patrimônio comum, quer em espécie quer por meio da aquisição de outros 
bens (PELUSO, Cezar. Código civil comentado. São Paulo: Ed. Manole, 2014, p. 1.726). Isso 
porque a interpretação das normas jurídicas deve observar a preservação da harmonia do 
ordenamento jurídico, afastando-se, assim, todo entendimento tendente a criar eventual 
antinomia. De outra parte, é bem de ver que o regime de comunhão parcial de bens tem 
como essência a comunicação dos aquestos, de modo que, nos termos dos arts. 1.658 e 
1.660, I, do Código Civil, se deve entender que os bens adquiridos a título oneroso depois do 
casamento - ainda que por apenas um dos cônjuges - são comunicáveis. Entendimento 
diverso descaracterizaria o instituto, gerando o absurdo de só haver comunicação dos 
aquestos adquiridos com o produto de bens comuns ou decorrente de fato eventual. [...] Em 
suma, o direito ao recebimento dos proventos não se comunica ao fim do casamento, mas, 
ao serem percebidas tais verbas por um dos cônjuges na constância do matrimônio, 
transmudam-se em bem comum, mesmo que não tenham sido utilizadas na aquisição de 
qualquer bem móvel ou imóvel. O mesmo raciocínio é aplicado à situação em que o fato 
gerador dos proventos e a reclamação judicial ocorrem durante a vigência do vínculo 
conjugal - independentemente do momento em que efetivamente percebidos -, tornando-
se, assim, suscetíveis de partilha. Tal entendimento decorre da ideia de frutos percipiendos, 
vale dizer, aqueles que deveriam ter sido colhidos, mas não o foram. Abaixo, ementa do 
julgado: PROCESSO CIVIL. PARTILHA. COMUNICABILIDADE DE VERBA INDENIZATÓRIA 
TRABALHISTA. INTERPRETAÇÃO DOS ARTS. 1.658 E 1.659, VI, DO CC. VIOLAÇÃO DO ART. 535 
DO CPC CONFIGURADA. 1. No regime de comunhão parcial ou universal de bens, o direito ao 
recebimento dos proventos não se comunica ao fim do casamento, mas, ao serem tais 
verbas percebidas por um dos cônjuges na constância do matrimônio, transmudam-se em 
bem comum, mesmo que não tenham sido utilizadas na aquisição de qualquer bem móvel 
ou imóvel (arts. 1.658 e 1.659, VI, do Código Civil). 2. O mesmo raciocínio é aplicado à 
situação em que o fato gerador dos proventos e a sua reclamação judicial ocorrem durante a 
vigência do vínculo conjugal, independentemente do momento em que efetivamente 
percebidos, tornando-se, assim, suscetíveis de partilha. Tal entendimento decorre da ideia 
de frutos percipiendos, vale dizer, aqueles que deveriam ter sido colhidos, mas não o foram. 
Precedentes. 3. No caso, conquanto alegue a recorrente que o ex-cônjuge ficou 
desempregado durante a constância do casamento, é certo que o Tribunal de origem (TJ/SP), 
a despeito da determinação anterior deste Superior Tribunal de Justiça (REsp 1.193.576/SP) 
para que explicitasse qual o período em que teve origem e em que foi reclamada a verba 
auferida na lide trabalhista, negou-se a fazê-lo, em nova e manifesta ofensa ao art. 535 do 
Código de Processo Civil. 4. Recurso especial provido. (REsp 1358916/SP, Rel. Ministro LUIS 
FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, DJe 15/10/2014) No mesmo sentido, outros 
precedentes das Turmas integrantes da Segunda Seção, que também trataram de verba 
trabalhista: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO (ART. 544 DO CPC)- SEPARAÇÃO LITIGIOSA - 
REGIME DE COMUNHÃO PARCIAL DE BENS - PARTILHA - COMUNICABILIDADE DOS IMÓVEIS - 
SÚMULA N. 7 DO STJ - VERBAS TRABALHISTAS SURGIDAS NA CONSTÂNCIA DO CASAMENTO - 
DIREITO À MEAÇÃO - PRECEDENTES DO STJ - RECURSO DO CÔNJUGE VARÃO, AUTOR DA 
AÇÃO, DESPROVIDO. [...] 2. A indenização trabalhista correspondente a direitos adquiridos 
na constância do casamento integra o acervo patrimonial partilhável. Precedentes. [...] 4. 
Agravo regimental desprovido. (AgRg no AREsp 1152/DF, Rel. Ministro MARCO BUZZI, 
QUARTA TURMA, julgado em 07/05/2013, DJe 13/05/2013) AGRAVO REGIMENTAL NO 
RECURSO ESPECIAL. CIVIL. DIREITO DE FAMÍLIA. REGIME DE BENS DO CASAMENTO. 
COMUNHÃO PARCIAL DE BENS. CRÉDITOS TRABALHISTAS ORIGINADOS NA CONSTÂNCIA DO 
CASAMENTO. COMUNICABILIDADE. 1. A jurisprudência da Terceira Turma é firme no sentido 
de que integra a comunhão a indenização trabalhista correspondente a direitos adquiridos 
na constância do casamento. 2. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. (AgRg 
no REsp 1250046/SP, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, 
julgado em 06/11/2012, DJe 13/11/2012) Direito civil. Família. Recurso especial. Divórcio 
direto. Embargos de declaração. Multa prevista no art. 538, parágrafo único, do CPC, 
afastada. Partilhade bens. Crédito resultante de execução. Ausência de interesse recursal. 
Eventuais créditos decorrentes de indenização por danos materiais e morais proposta por 
um dos cônjuges em face de terceiro. Incomunicabilidade. Créditos trabalhistas. 
Comunicabilidade. Fixação dos alimentos. Razoabilidade na fixação. Comprovação da 
necessidade de quem os pleiteia e da possibilidade de quem os presta. [...] - A tônica sob a 
qual se erige o regime matrimonial da comunhão parcial de bens, de que entram no 
patrimônio do casal os acréscimos advindos da vida em comum, por constituírem frutos da 
estreita colaboração que se estabelece entre marido e mulher, encontra sua essência 
definida no art. 1.660, incs. IV e V, do CC/02. - A interpretação harmônica dos arts. 1.659, inc. 
VI, e 1.660, inc. V, do CC/02, permite concluir que, os valores obtidos por qualquer um dos 
cônjuges, a título de retribuição pelo trabalho que desenvolvem, integram o patrimônio do 
casal tão logo percebidos. Isto é, tratando-se de percepção de salário, este ingressa 
mensalmente no patrimônio comum, prestigiando-se, dessa forma, o esforço comum. - "É 
difícil precisar o momento exato em que os valores deixam de ser proventos do trabalho e 
passam a ser bens comuns, volatizados para atender às necessidades do lar conjugal." - Por 
tudo isso, o entendimento que melhor se coaduna com a essência do regime da comunhão 
parcial de bens, no que se refere aos direitos trabalhistas perseguidos por um dos cônjuges 
em ação judicial, é aquele que estabelece sua comunicabilidade, desde o momento em que 
pleiteados. Assim o é porque o "fato gerador" de tais créditos ocorre no momento em que se 
dá o desrespeito, pelo empregador, aos direitos do empregado, fazendo surgir uma 
pretensão resistida. - Sob esse contexto, se os acréscimos laborais tivessem sido pagos à 
época em que nascidos os respectivos direitos, não haveria dúvida acerca da sua 
comunicação entre os cônjuges, não se justificando tratamento desigual apenas por uma 
questão temporal imposta pelos trâmites legais a que está sujeito um processo perante o 
Poder Judiciário. - Para que o ganho salarial insira-se no monte-partível é necessário, 
portanto, que o cônjuge tenha exercido determinada atividade laborativa e adquirido direito 
de retribuição pelo trabalho desenvolvido, na constância do casamento. Se um dos cônjuges 
efetivamente a exerceu e, pleiteando os direitos dela decorrentes, não lhe foram 
reconhecidas as vantagens daí advindas, tendo que buscar a via judicial, a sentença que as 
reconhece é declaratória, fazendo retroagir, seus efeitos, à época em que proposta a ação. O 
direito, por conseguinte, já lhe pertencia, ou seja, já havia ingressado na esfera de seu 
patrimônio, e, portanto, integrado os bens comuns do casal. - Consequentemente, ao 
cônjuge que durante a constância do casamento arcou com o ônus da defasagem salarial de 
seu consorte, o que presumivelmente demandou-lhe maior colaboração no sustento da 
família, não se pode negar o direito à partilha das verbas trabalhistas nascidas e pleiteadas 
na constância do casamento, ainda que percebidas após a ruptura da vida conjugal. - No que 
se refere aos alimentos arbitrados em favor da recorrente, ao analisar a prova e definir como 
ocorreram os fatos, que se tornam imutáveis nesta sede especial, constou do acórdão a 
conclusão, pautada no binômio necessidades da alimentanda e possibilidades do 
alimentante, bem como esquadrinhando residual capacidade para o trabalho da recorrente, 
que o percentual de 25% sobre os proventos auferidos pelo recorrido junto ao INSS coaduna-
se com a realidade social vivenciada pelas partes, de modo que não merece reparo, nesse 
aspecto, o julgado. Recurso especial parcialmente provido. (REsp 1024169/RS, Rel. Ministra 
NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 13/04/2010, DJe 28/04/2010) Na hipótese, 
os saldos bancários originam-se de economias advindas de salários e aposentadoria, sendo 
imprescindível que o montante apurado seja partilhado com a companheira no tocante ao 
período de vigência do vínculo conjugal. 5. Ante o exposto, dou provimento ao recurso 
especial para, restabelecendo a decisão de 1º grau, determinar a inclusão da companheira 
na partilha dos saldos bancários do falecido. Publique-se. Intimem-se. Brasília (DF), 13 de 
abril de 2015. MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃO Relator

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