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SLIDE LINGUAGEM E PENSAMENTO

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Curso de Psicologia 
UCL 
Profa Ms. Cristina M. C. Dias 
LINGUAGEM E 
PENSAMENTO 
Bibliografia: 
• OLIVEIRA, M. K. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento: 
 um processo sócio-histórico. 4. ed. São Paulo: Scipione, 2006. 
• PENNA,A.G. Introdução à Psicologia da Linguagem e do 
 Pensamento. RJ: Imago, 2003. 
• PRETTE, Z. A. P. Notas sobre Pensamento e Linguagem em 
 Skinner e Vygotsky. Psicologia: Reflexão e 
crítica , Porto Alegre, 1995 v.8, n1,p 147-164. 
•TOMASELLO,M. Origens Culturais da Aquisição do 
 Conhecimento Humano. SP: Martins Fontes, 2010 
 
http://www.youtube.com/watch?v=ciVdRahNsn0 
Conceitos Centrais 
 na Psicologia do Pensamento 
Linguagem e Pensamento 
A Linguística e seu objeto de 
investigação 
LINGUÍSTICA, 
 
 LÍNGUA 
 E 
 
LINGUAGEM 
Cristina M. C. Dias 
LÍNGUA 
O que há de melhor do que a língua, senhor? A 
língua é que nos une a todos, quando falamos. 
Sem a língua não poderíamos nos entender. A 
língua é a chave das ciências, o órgão da 
verdade e da razão. .. 
ESOPO é uma figura da Grécia antiga, um escravo 
liberto de grande sabedoria. Mais lendário do que 
histórico. A Esopo é atribuída a invenção da fábula 
como gênero literário. 
Linguística é o estudo 
científico da Linguagem 
Procura estudar questões sobre como as pessoas, 
usando suas linguagens, conseguem comunicar-se; 
quais propriedades todas as linguagens têm em 
comum; qual conhecimento uma pessoa deve possuir 
para ser capaz de usar uma linguagem e como a 
habilidade linguística é adquirida pelas crianças. 
Cristina M. C. Dias 
A língua dá a possibilidade da subjetividade 
e o discurso, sua realização, sua efetivação. 
Assim, a fala nos leva ao plano do discurso 
 como representante da subjetividade 
A língua é mais que um instrumento do pensamento, 
 é o lugar onde o sujeito habita, 
pois este sujeito se torna ativo ao estar 
presente no que diz. 
A LINGUAGEMA LINGUAGEM 
Faculdade cognitiva do homem 
 que se manifesta em ações comunicativas 
Formas de Comunicação 
A Música 
Os Símbolos 
A Maneira de Vestir 
A linguagem corporal e as Expressões faciais 
Cristina M. C. Dias 
Língua 
Linguagem 
Fala 
De que linguagem estamos falando? 
 Sistema abstrato de regras gramaticais 
domínio de regras fonológicas, morfossintáticas .... 
 ... É um instrumento de representação da 
linguagem..... 
 
 
Atos motores que se formulam nas estruturas corticais 
e que dão forma aos aspectos segmentais 
e supra segmentais da língua ... 
São todas as formas de comunicação , sejam elas 
cognitivas (internas), socioculturais (externas) 
ou da natureza como um todo ... 
Cristina M. C. Dias 
Orais-auditivas - quando a forma de 
recepção não grafada (não-escrita) é a audição 
e a forma de reprodução (não-escrita) é a 
oralização – é o caso do português, e todas as 
línguas oralizáveis. 
Espaço-visuais - são naturalmente 
reproduzidas por sinais manuais e sua 
recepção é visual. Inclui todas as línguas de 
sinais, usadas, principalmente pelos surdos. 
As línguas podem ser:As línguas podem ser: 
 
Cristina M. C. Dias 
A FALA 
Área motora da falaÁrea motora da fala 
Cristina M. C. Dias 
Falar pressupõe a aquisição de um sistema 
lingüístico que envolve aspectos: 
• Fonéticos e fonológicos (os sons da língua) 
• Morfológicos (formação das palavras) 
• Sintáticos(formação das sentenças) 
• Semânticos(o sentido das palavras) 
• Sociais(o ambiente, a comunidade de fala) 
• Pragmáticos(o contexto, a situação 
comunicativa) 
 
 
 
Cristina M. C. Dias 
Cristina M. C. Dias 
Como o cérebro processa a Como o cérebro processa a 
linguagem?linguagem? 
Teorias de linguagem 
A linguagem do tônus muscular 
A linguagem das posturas 
A linguagem das atitudes 
A linguagem da língua 
As diversas formas de linguagemAs diversas formas de linguagem 
O termo Linguagem pode ser concebido comoO termo Linguagem pode ser concebido como: 
Função mental superior (Luria) 
Manifestação de conhecimento cognitivo (Piaget) 
Função social (Vygotsky) 
Cristina M. C. DiasCristina M. C. Dias 
Autor Signo Significante Significado 
Saussure Social vocábulo imutável 
Peirce Social / 
individual 
vocábulo interpretante 
Pottier Social / 
individual 
vocábulo Interpretante+co
ntexto 
Vygotsky Social / 
individual 
vocábulo mutável de 
acordo com o 
desenvolviment
o dos processos 
cognitivos 
Esquema de conceito de signo 
na visão de vários teóricos: 
 
 
Saussure - o signo é imutável. 
 
Peirce – interpretação própria de cada signo, referências 
particulares do signo em seus processos mentais. Ex: floresta – 
cada indivíduo idealizará uma imagem diferente da palavra 
floresta. 
 
Pottier – não admite o conceito de signo fora de um contexto. Ex: 
a luz da minha vida 
 
Vygotsky – capacidade de compreensão relativa ao estágio de 
maturação de seu desenvolvimento cognitivo. 
 
 
 
Fernandes, E. Teorias de Aquisição da Linguagem. In: Goldfeld, M. Fundamentos em 
Fonoaudiologia – Linguagem. RJ: Guanabara Koogan, 1998. 
Ferdinand de Saussure 
Jacques Lacan 
Signos = unidades significativas 
 
 Significante  Significado 
 Ste Sado Para Lacan, o significante 
tem um peso maior do 
que o significado. 
Lacan utiliza os elementos da linguística, em 
diversos planos e níveis, e desconstrói a concepção 
do signo saussureano. A linguagem, entendida a 
partir do signo, fica aprisionada nessa relação 
necessária, inicial, entre significado e significante, 
provocando, desse modo, aponta Lacan, “...a ilusão 
de que o significante responde à função de 
representar o significado” 
 (Bleichimar & Bleichimar) 
O SUJEITO NA TEORIA DO SIGNIFICANTE 
 
Do dito até o momento, pode-se deduzir o sentido 
radical que possui o enunciado lacaniano:"O sujeito é 
falado pelo Outro". O Outro é a lei, as normas e, em 
última instância, a estrutura da linguagem. O sujeito, 
enquanto o é não existe mais do que no e pelo 
discurso do Outro. Somos alienados pela linguagem, 
pois somos efeito dela. O primeiro axioma – o 
significante não significa nada – corresponde ao 
algoritmo lacaniano que se constitui a partir do 
tratamento que Lacan faz incidir sobre o signo 
saussuriano. É nesse sentido a afirmativa de 
Lacan: “... o sujeito é instalado pelo Outro no seio da 
linguagem como convenção significante” 
 (Bleichimar & Bleichimar) 
Para Saussure, o signo o significante 
está congelado com o significado. 
Lacan opõe-se a esta idéia, pois não reconhece 
que os signos se fecham sobre o significado, 
 o significante é entendido sem significação (um 
significante por si só, sempre é sem sentido). 
 
 
Lacan toma o signo de Saussure, 
privilegiando o significante(S) 
e tornando relativo o significado (s). 
Apresentação das vertentes teóricas 
da psicolinguística. 
O comportamentalismo, o estruturalismo, 
 o inatismo, o interacionismo e seus principais 
representantes: 
 Saussure - estruturalismo 
 Skinner – behaviorismo radical 
 Staats - behaviorismo social 
 Chomsky - inatismo 
 Piaget - interacionismo 
 Vygotsky - interacionismo 
Cristina M. C. Dias 
Constituintes do Signo Linguístico 
segundo Saussure 
Significante 
Significado 
Parte física do signo 
IMAGEM ACÚSTICA 
Conceito, idéia que resideem nossa mente 
/kaza/ /o ʎo/ 
Cristina M. C. Dias 
? 
Sujeito sem 
dificuldades… 
Sujeito com 
dificuldades… 
Cristina M. C. Dias 
Aprendizado da linguagem 
como qualquer outro aprendizado, 
baseia-se na experiência 
.... “reduz a linguagem 
 a um comportamento obsevável”... 
B. F. Skinner 
Teoria de Condicionamento aplicada a linguagem 
(Behaviorismo Radical) 
Skinner explorou de maneira muito sistemática o 
princípio do “reforço” ou “condicionamento operante” 
para a aprendizagem. – Uma mãe fala a seu bebê 
(estímulo) – o bebê vocaliza com sorrisos (resposta) 
– a mãe está contente, o acaricia, apresenta 
comportamentos que encorajam o bebê a continuar 
suas vocalizações. A resposta da criança recebe um 
“esforço positivo” que encoraja sua repetição ou seu 
prolongamento. – Uma criança de 2 anos e meio 
pergunta sem fim: “o que é isto? Como se chama?” 
(estímulo). A mãe: “deixa-me tranqüila, não tenho 
tempo, estou cheia de tuas perguntas”. (resposta). 
A resposta é inibidora, desencoraja a criança que 
pode parar de fazer perguntas. 
 
Staats apresenta análises teóricas e empíricas sobre a 
linguagem. Tal como Skinner não apresenta a 
linguagem como algo de natureza diferente dos outros 
fenômenos psicológicos, mas aprendida e mantida 
como qualquer outro comportamento, mas sem 
desprezar o papel das emoções. 
... As palavras têm funções emocionais 
por meio do condicionamento clássico. 
Arthur Staats – Behaviorismo Social (1970) 
Gramática Gerativa 
Novos rumos para o estruturalismo 
COMPETÊNCIA X DESEMPENHO 
DAL 
Dispositivo de Aquisição de Língua 
A Linguística de Noam Chomsky 
Cristina M. C. Dias 
Gramática Gerativa 
“Gerativismo” 
• Estrutura profunda: forma criadora de formas 
 unidades básicas e regras de combinação- número 
infinito de palavras, conceitos, frases e discursos. 
 
 
 
• Crítica à lingüística estruturalista por 
permanecer em um nível muito empírico e 
descritivo (tomou como objeto apenas a forma 
aparente) 
• Não dá conta da criatividade humana: é 
possível inventar e entender uma quantidade 
ilimitada de novas mensagens 
Cristina M. C. Dias 
A língua permite uma 
 relação de amor com as 
palavras 
A linguagem fere ou seduz... 
Cristina M. C. Dias 
Jean Piaget 
Nascimento 
C 
O 
G 
N 
I 
Ç 
à 
o 
Lev Semenovich Vygotsky 
(1896 – 1934) 
 
Seus trabalhos pertencem ao 
campo da psicologia genética – 
estudo da gênese, formação e 
evolução dos processos psíquicos 
superiores do ser humano. 
foi pioneiro na noção de que o 
desenvolvimento intelectual 
das crianças ocorre em função 
das interações sociais e 
condições de vida. 
Cristina M. C. Dias 
Cristina M. C. Dias Cristna M. C. Dias 
LINGUAGEM E COGNIÇÃO DE MÃOS DADASLINGUAGEM E COGNIÇÃO DE MÃOS DADAS 
Fase 
 Sensório- motora 
(de 0 a 2 anos) 
LinguagemLinguagem 
ReceptivaReceptiva 
INDEPENDENTESINDEPENDENTES 
L. S. L. S. VygotskyVygotsky, 1998, 1998 
Organização de estruturas linguisticas e cognitivas 
 
INTERDEPENDENTESINTERDEPENDENTES 
Para Vygotsky... 
A linguagem ocupa um papel central, possibilitando: 
• o intercâmbio entre os indivíduos; 
• a abstração e a generalização do pensamento; 
• a simplificação e generalização da experiência 
“O pensamento não é simplesmente expresso em palavras, 
é por meio delas que ele passa a existir.” 
Para Vygotsky..... 
Há um processo gradual de internalização da linguagem 
Fala socializada 
Fala egocêntrica 
Fala 
interior 
Para Vygotsky o processo de pensamento 
passa por vários estágios: 
 # ações externas sucessivas (tentativas e 
erros) - inteligência prática 
# fala interna expandida 
# processo interno específico - a existência 
de códigos internos bem assimilados 
(lingüísticos, lógicos e numéricos que 
formam a base operante do “ato mental”, 
fornecendo um alicerce sólido para o 
estágio operante do pensamento. 
Antes de o pensamento e a linguagem se associarem, 
a criança apresenta uma fase pré-verbal no 
 desenvolvimento do pensamento e uma fase 
 “pré- intelectual” no desenvolvimento da linguagem. 
 
•pensamento prático ou construtivo: 
-organiza-se à partir dos primeiros reflexos inatos. 
 (vai funcionar muito mais na experenciação). 
 
•pensamento verbal-lógico (discursivo): 
 a solução de problemas 
-existência de uma palavra que vai permitir 
 a percepção. 
 
Desenvolvimento 
da fala 
Desenvolvimento 
dos conceitos 
• Fala do adulto •Conceito propriamente dito 
•Crescimento interior 
•Fala egocêntrica social 
•Psicologia ingênua 
•Pensamento por complexos 
•pseudoconceito 
•difuso 
•cadeia 
•coleções 
•associativo 
•Amontoado 
•Primeiros enunciados completos 
•Primeiras palavras 
•Balbucio 
•Distinção dos sons da fala 
Esquema do desenvolvimento Linguístico e Cognitivo da criança 
segundo Vygotsky Fernandes, E.2000. 
Segundo Vygotsky o desenvolvimento dos conceitos se 
dividem em três fases: 
 
1. Pensamento sincrético ou amontoado: muitas 
informações 
 
2. Pensamento por complexos: 
• Complexo associativo – agrupamento por semelhanças 
• Complexo por coleções – objetos com diferenças, mas que se 
complementam 
• Complexo por cadeia – junção de elos isolados 
• Complexo difuso – conexões indeterminadas 
• Pseudoconceito – ponte entre o pensamento por complexos e o 
pensamento por conceitos 
 
3. Pensamento por conceitos - abstração 
Desenvolvimento do pensamento conceitual 
 Pensamento sincrético (amontoado) 
 a criança forma um amontoado de objetos sem nenhuma 
relação factual ou concreta real. 
 
 Pensamento por complexos (A, C, C, D, P) 
 as ligações entre seus componentes são concretas e factuais 
Produzidas pela experiência da criança com o mundo. 
 
 Pensamento por conceitos 
 para que se fale em conceitos é necessário que, além da 
generalização, se fale em abstração. 
Em outras palavras: a generalização é resultado de um emprego funcional 
da palavra. Porém, é importante que se perceba que a palavra é também 
um signo que pode ser aplicado de diferentes maneiras e que podem 
servir como meio para diferentes operações intelectuais. 
Sincretismo 
A criança não forma classes entre os diferentes 
atributos dos objetos. Ela apenas os agrupa de 
forma desorganizada formando amontoados. 
Complexos 
O agrupamento não é formado por um pensamento 
lógico abstrato e sim por ligações concretas entre 
seus componentes que podem ser os mais diferentes 
possíveis. Ex: agrupar qualquer relação percebida 
Entre os objetos. 
 
Conceitual 
a criança agrupa objetos com base em um único 
atributo, sendo capaz de abstrair características 
isoladas da totalidade da experiência concreta. 
Nesta fase temos o 
aparecimento de duas 
características que 
diferenciarão o pensamento 
por conceitos do pensamento 
por complexos: as 
capacidades de síntese e 
análise que não estão 
presentes no pensamento por 
complexos. 
Estudo Dirigido 
As crianças são biologicamente programadas 
 para adquirir linguagem? Por que? 
 
Diferencie língua, linguagem e fala. 
 
Como os teóricos da linguística compreendem 
 o signo? 
 
De acordo com as teorias de linguagem, 
quais as principais divergências entre os 
teóricos, sobre a aquisição da linguagem? 
 
Como se dá o pensamento, segundo Vygotsky, 
 e o desenvolvimento dos conceitos? 
 
Linguagem e Pensamento 
Resolução de Problemas e Criatividade 
Pensar é formar conceitosque organizam 
nosso mundo, resolvem problemas, tomam 
decisões eficientes e efetuam julgamentos. 
Pensamento ou cognição é a atividade mental 
associada com o processamento, a 
compreensão e a comunicação de informação. 
A capacidade de um indivíduo de resolver 
problemas a ele apresentados, é um 
importante campo de pesquisa da 
psicologia geral, sobretudo da psicologia 
cognitiva. O processo de resolução de 
problemas possui três características 
básicas:tomada de decisão, valores e 
desenvolvimento 
Resolução de Problemas 
Áreas cerebrais responsáveis 
pela resolução de problemas e criatividade 
O lobo frontal, que inclui o córtex motor e pré-motor e o 
córtex pré-frontal, está envolvido no planejamento de 
ações e movimento, assim como no pensamento abstrato. A 
atividade no lobo frontal aumenta nas pessoas normais 
somente quando temos que executar uma tarefa difícil em 
que temos que descobrir uma sequência de ações que 
minimize o número de manipulações necessárias. A parte da 
frente do lobo frontal, o córtex pré-frontal, tem que ver 
com estratégia: decidir que sequências de movimento ativar 
e em que ordem e avaliar o seu resultado. As suas funções 
parecem incluir o pensamento abstrato e criativo, a 
fluência do pensamento e da linguagem, respostas afetivas 
e capacidade para ligações emocionais, julgamento social, 
vontade e determinação para ação e atenção seletiva. 
Traumas no córtex pré-frontal fazem com que uma pessoa 
fique presa obstinadamente a estratégias que não 
funcionam ou que não consigam desenvolver uma sequência 
de ações correta. 
Tomada de decisão 
É o processo pelo qual são escolhidas algumas 
ou apenas uma entre muitas alternativas 
para as ações a serem realizadas. O 
conceito do vocábulo decisão é constituído 
por de (que vem do latim e significa parar, 
extrair, interromper) que se antepõe à 
palavra caedere (que significa cindir, 
cortar). Sendo assim, literalmente significa 
“parar de cortar” ou “deixar fluir”. 
VALORES: De forma genérica, são informações 
que seres biológicos são capazes de sentir nas 
situações que vivenciam. Por exemplo, medo uma 
informação de que há risco, ameaça ou perigo 
direto para o próprio ser ou para interesses 
correlatos. 
DESENVOLVIMENTO: De uma forma geral é um 
processo dinámico de melhoria, que implica uma 
mudança, uma evolução, crescimento e avanço. 
Tomada de decisão Controle de impulso 
A capacidade de controlar impulsos está 
intimamente relacionada à tomada de decisão, e 
no modelo tríplice de Patton et al. a impulsividade 
por ausência de planejamento reflete justamente 
a tendência a tomar decisões imediatistas, sem 
avaliar consequências de médio e longo prazo. 
Assim, pode-se considerar que a tomada de 
decisão é indispensável para a adaptação social do 
indivíduo e particularmente difícil quando há maior 
necessidade de ponderação de recompensas e/ou 
perdas imediatas e futuras. 
Rev. psiquiatr. clín. vol.38 no.3 São Paulo 2011 
Crianças com transtornos externalizantes do 
comportamento, como o transtorno do déficit de 
atenção e hiperatividade (TDAH) e o transtorno de 
conduta, são suscetíveis a apresentar tomada de 
decisão desvantajosa como resultado de impulsividade, 
aversão ao atraso da gratificação, sensibilidade 
intensificada à recompensa imediata e propensão para 
comportamentos de risco. Essas condições contribuem 
para maior incidência de transtornos relacionados ao uso 
de substâncias nesses adolescentes que na população em 
geral, o que exemplifica a relação entre dificuldades na 
tomada de decisão e comportamentos desadaptativos em 
crianças e adolescentes com psicopatologia. 
Rev. psiquiatr. clín. vol.38 no.3 São Paulo 2011 
Os estudos com os pacientes com lesão 
ventromedial no córtex pré-frontal têm ressaltado 
a importância da circuitaria 
ventromedial/orbitofrontal para o sucesso nas 
habilidades relacionadas à tomada de decisão. Além 
dos pacientes com lesão ventromedial, estudos 
demonstram que outros grupos clínicos 
caracterizados por alterações fisiopatológicas em 
circuitos pré-frontais, como os pacientes com 
esquizofrenia, transtorno do déficit de atenção e 
hiperatividade (TDAH), transtorno afetivo bipolar e 
transtorno obsessivo compulsivo. Em populações não 
clínicas, comportamentos caracterizados por 
alterações da impulsividade (por exemplo, 
envolvendo múltiplas suspensões na escola) também 
têm sido relacionados às escolhas desvantajosas na 
tomada de decisão . 
DIMENSÕES DA LINGUAGEM 
 Verbal e não verbal 
 função social 
 de comunicação 
 Escrita 
necessário habilidades cognitivas, 
 linguísticas e discursivas. 
 Discurso “... não é o sistema abstrato de formas 
linguísticas, nem uma enunciação 
monológica e isolada, mas o 
acontecimento social de interação 
discursiva...” 
O termo discurso admite muitos significados: 
 Um conjunto de ideias organizadas por meio da linguagem 
 de forma a influir no raciocínio, ou quando menos, 
 nos sentimentos do ouvinte ou leitor. 
 
 Há ainda aproximações do termo discurso com conceitos 
 como o de texto e o de gênero textual, 
 
 E ainda um outro significado corrente, muito 
usado entre os linguistas, cientistas sociais e 
estudiosos da Comunicação , como Michel Foucault 
e Émile Benveniste , porém menos difundido. 
 O discurso, na concepção destes estudiosos é algo 
que sustenta e ao mesmo tempo é sustentado pela 
ideologia de um grupo ou instituição social. Ou seja, 
ele é baseado em um conjunto de pensamentos e 
visões de mundo derivados da posição social desse 
grupo ou instituição que permitem que esse grupo . 
 Linguagem subjetiva 
... a concepção de subjetividade 
implica entender a linguagem 
não como comunicação e nem 
como transmissão de 
mensagens, mas como efeito de 
sentido. 
 
A língua é mais que um instrumento do pensamento, 
 é o lugar onde o sujeito habita, 
pois este sujeito se torna ativo ao estar presente no 
que diz 
Os estudos relativos à compreensão do conceito de 
subjetividade têm se ampliado e levado a mudanças 
 teóricas e metodológicas no âmbito dos estudos 
 filosóficos e linguísticos. 
Para este linguista francês, é na e pela linguagem 
que o homem se constitui como sujeito. 
No âmbito da Linguística... 
Emile Benveniste traz a questão da subjetividade para 
o primeiro plano da abordagem da língua : o discurso 
No âmbito da Filosofia... 
Para Kant a questão da subjetividade é 
algo que não está fora do homem, mas em sua 
consciência.. A subjetividade designa a consciência 
interior de si 
Assim, a língua dá a possibilidade da subjetividade 
e o discurso, sua realização, sua efetivação. 
Assim, a fala nos leva ao plano do discurso 
 como representante da subjetividade 
No âmbito da Psicanálise... 
Para Lacan, é na intersubjetividade 
do “nós” que o [sujeito] assume, 
que se mede em uma linguagem seu valor de palavra. 
Lacan (1953, 1954) compreende a intersubjetividade 
como sendo um meio pelo qual a palavra pode ser reconhecida. 
Para que seja uma palavra plena, é preciso ser reconhecida 
por alguém. Na análise, esse alguém é o analista. 
“Uma palavra não é palavra a não ser na medida exata em 
que alguém acredita nela” (Seminário I, 1972, 
p.272). 
 Linguagem Terapêutica 
A compreensão da subjetividade abre espaço 
para a prática de uma intersubjetividade, que cada 
vez mais se mostra presente e necessária na clínica 
 
As influências, que interferem e modelam os 
sujeitos, contribuem para uma subjetividade 
que habita em suas relações afetivas, 
lingüísticase sociais. 
A Subjetividade no pensamento, na 
linguagem e no discurso 
 Subjetividade:Uma propriedade da consciência – 
“ a subjetividade designa a consciência interior de si” 
...”Tudo o que diz respeito a mim, chega à minha 
consciência por meio da palavra dos outros, com sua 
entonação valorativa e emocional”. 
 M. Bakhtin 
Ao retornar para si o olhar e as palavras 
impregnadas de sentidos que o outro lhe 
transmite, a criança acaba por construir sua 
subjetividade a partir dos conteúdos sociais e 
afetivos que esse olhar e essas palavras lhe 
revelam 
A linguagem na construção do sujeito 
O mito do patinho feio metaforizado na Dislexia 
A metáfora do “patinho feio”, mostrada neste caso 
clínico, coloca em questão não apenas o simbolismo 
lingüístico mas, o processo simbólico desta 
subjetividade que constitui a expressão do 
inconsciente. 
“O escutar para além da palavra e do silêncio” 
As frases e os desenhos apresentados a seguir, 
sugerem o uso da metáfora conceitual, representada 
pelo mito do patinho feio, como forma de organização 
mental. A metáfora, neste caso, manifesta-se sob a 
forma de uma subjetividade estruturada 
cognitivamente e baseada em uma realidade de 
experiências e vivências frustradas, diante do fracasso 
para a aprendizagem da leitura e escrita. Ao observar 
atentamente a frase, 
Construída pela criança, pode-se perceber que as 
palavras, impregnadas de sentido, contribuem para 
construir esta subjetividade, levando a compreender 
o que elas revelam sobre o sujeito. 
 
Dislexia 
“Ana é uma menina que brinca na rua” 
O pato é feio ninguém gosta dele e ele não sabe o que ele é”. 
 
02/08/1999 
 
“ Uma palavra nova é como uma 
semente viçosa lançada à terra no 
campo da discussão “ 
 “Wittgenstein” 
 
 
 
 diascmc@ig.com.br

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