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Parte 5 - Hortícolas

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PARTE IV 
 
PRAGAS DAS HORTÍCOLAS 
 
 
MIP DO ALHO E CEBOLA 
 
 
I. PRAGAS-CHAVE 
 
I.1. Tripes: Thrips tabaci (Thysanoptera: Thripidae) - Cebola 
 
Características: 
Ovos - postura endofítica na parte mais tenra das folhas; 
Ninfas - coloração branco amarelada com pernas e antenas quase incolor. 
Localizam-se na bainha das folhas, sendo ativas nos dois primeiros ínstares 
e, inativos nos dois posteriores (“pupas”); 
Adultos - pequenos (± 1mm), de coloração variável de amarelo-claro a 
marrom e pernas mais claras que o corpo; 
 
Injúrias - ninfas e adultos raspam e sugam o exsudado, o que causa áreas 
esbranquiçadas (prateamento das folhas), secamento das plantas, redução do 
peso dos bulbos. Podem transmitir viroses. Maiores perdas nos períodos de 
plântula e início da maturação. As perdas podem atingir 23%. 
 
 
VIA RURAL HGICTAMU
Thrips tabaci Ninfas e Adultos Injúrias
VIA RURAL HGICTAMU
Thrips tabaci Ninfas e Adultos Injúrias
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
I.2. Ácaro: Aceria tulipae (Acari: Eriophyidae) - alho 
 174
 
 
Características: 
São alongados, vermiforme e invisíveis a olho nu. Localizam-se nas dobras 
das folhas e sobre os bulbilhos; 
 
Injúrias - provoca retorcimento, estrias cloróticas e secamento das folhas, 
causando nanismo das plantas. Ataca os bulbilhos provocando seu 
“chochamento” no campo e no armazém. 
 
II. PRAGAS SECUNDÁRIAS 
 
II.1. Mosca minadora: Liriomyza spp. (Diptera: Agromyzidae) 
 
Características: 
Ovos - ovos isolados em postura endofítica nas folhas; 
Larvas - amarela à marrom; abrem galerias nas folhas (minas) de forma 
serpenteada, deixando os excrementos no seu interior; 
Pupas - geralmente ocorre no solo, mas também pode constatá-las na 
superfície foliar ou nas minas; 
Adultos - ± 2 mm de comprimento, escuros com parte ventral amarelada; 
 
Injúrias - minam as folhas, pela destruição do mesófilo foliar. O ataque é 
mais freqüente na parte apical das folhas. 
 
 
 
Rockefeller Omafra
Liriomyza
Larva e injúria
Pupa Adulto
Rockefeller Omafra
Liriomyza
Larva e injúria
Pupa Adulto
II.2. Lagarta rosca: Agrotis ipsilon (Lepidoptera: Noctuidae) 
 
Características 
 175
 
Ovos - branco, globular, depositado isoladamente em solo úmido dos 
canteiros; 
Lagartas - marrom acinzentada, capsula cefálica lisa com a sutura adfrontal 
chegando ao vértice da cabeça; 
Pupas - marrom brilhante, em câmaras no solo; 
Adultos - adultos com asas anteriores marrom com algumas manchas 
pretas e posteriores semitransparentes; 
Hornet.nz Hornet.nz OSUUGA
Agrotis ipsilon
Hornet.nz Hornet.nz OSUUGA
Agrotis ipsilon
 
 
Injúrias - as lagartas cortam as plântulas no início do desenvolvimento, 
causando redução do stand. 
 
III. ESTRATÉGIAS E TÁTICAS DE MANEJO E CONTROLE 
 
III.1. Amostragem 
 
.Coleta ao acaso de 15 plantas por área e acondicioná-las em sacolas 
plástica; 
.Colocar as folhas em bandeja com água e contar o número de insetos 
(ninfas e adultos); 
.NC = 3 insetos (ninfas e adultos), em média, por folha; 
 
III.2. Controle cultural (tripes) 
 
a. Plantio antecipado em relação ao período recomendado para a cultura, 
evitando altas populações da praga; 
b. Adubação equilibrada com NPK; 
c. Irrigação adequada da cultura (déficit hídrico favorece à praga); 
 176
 
d. Destruição dos restos culturais; 
e. Rotação com culturas não hospedeiras. 
 
III.3. Resistência de plantas 
 
a. Variedades de crescimento com folhas abertas e circulares, na seção 
transversal apresentam menor densidade de tripes por não proporcionar 
proteção adequada à praga; 
b. As variedades Granex 33, Bai do Cedo e Texas Grano, apresentam certo 
grau de resistência ao tripes. 
 
III.4. Controle químico 
 
Tripes - geralmente, são efetuadas de duas a três pulverizações no período 
crítico da cultura (fase de plântula e, na fase de maturação); 
Ácaro - imersão dos bulbilhos de alho, 24 h antes do plantio por 10 minutos, 
em calda acaricida e expurgo dos bulbos no armazém. 
 
Alguns inseticidas e acaricidas recomendados no controle de pragas do alho 
e cebola 
 
Praga Nome Técnico 
Nome 
Comercial 
Carência 
(dias) 
Classe 
Toxicológica 
Grupo 
Químico1 
Tripes carbaryl Sevin 850 PM 14 II CB 
 dichlorvos Nuvan 1000 CE 7 I F 
 diazinon Diazinon 600 CE 4 II F 
 dimetoato Dimetoato CE 14 I F - S 
 deltametrina Decis 25 CE 14 II P 
Ácaro fosfina Gastoxin2 - I - 
 thiometon Ekatin1 - II F - S 
1CB = carbamato; F = fosforado; S = sistêmico; P = piretróide; 
2Produtos recomendados pela pesquisa, mas não registrados. 
 
 
Literatura recomendada: 
 
Botelho, W. & A.I. Ciociola. 1980. Pragas da cebola e seu controle. Informe 
Agropecuário, 6: 44-46. 
Gallo, D. et al. Manual de entomologia agrícola. 3a ed., Piracicaba: Fealq, 
2002. 920p. 
Menezes Sobrinho, J.A. 1978. Pragas do alho. Informe Agropecuário, 4: 41-
44. 
 177
 
 
MIP DA BATATA-DOCE 
 
 
I. PRAGAS-CHAVE 
 
 
I.2.Broca-do-tubérculo: Euscepes postfasciatus (Coleoptera: Curculionidae) 
 
Características: 
Ovos - depositados em orifícios confeccionados pelas fêmeas nos tubérculos 
e nas ramas, próximo ao colo da planta, cobertos por mucilagem. O local 
escurece devido a oxidação dos exsudatos dos tubérculos (incubação, 6 a 10 
dias); 
Larvas - ápodas, branco leitosa com cápsula cefálica quitinizada. Abrem 
galerias nos tubérculos, provocando uma reação da planta, tornando as 
paredes rígidas, sendo facilmente destacadas. Desenvolve-se em cinco 
ínstares (15 dias); 
Pupas - coloração branca, tornando-se pigmentada. Ocorre em câmaras 
próximo às galerias (8 a 10 dias); 
Adultos - medem 3 a 4 mm, coloração castanha escura a preto. Apresenta 
os élitros estriados e com pontuações claras. Possuem o corpo coberto por 
escamas, semelhanes a espinhos. Ocorre em todo o Brasil e durante todo o 
ano; 
 Eusceps postifaciatus
O´Sullivan JB Torres
Eusceps postifaciatus
O´Sullivan JB Torres
 
 
 
 
 
 
 
Injúrias - as larvas atacam as ramas e tubérculos. Nas ramas, impedem 
translocação de seiva provocando murcha e até secamento. Nos tubérculos, 
as galerias podem ser superficiais ou profundas, tornam-os imprestáveis 
para o consumo, devido ao cheiro e sabor desagradáveis. 
 
I.2. Brocas-do-colo: 
 
Megastes grandalis (Lepidoptera: Pyralidae) 
 178
 
Megastes pusialis (Lepidoptera: Pyralidae) 
 
Características: 
Ovos - coloração verde brilhante e de forma oval. São depositados nas 
ramas próximo à inserção com as raízes e/ou no solo e raízes (incubação, 7 
dias); 
Lagartas - coloração parda a rósea com manchas escuras na base das 
cerdas. As lagartas penetram nas ramas, abrindo galerias que podem atingir 
os tubérculos, sendo que na presença de duas lagartas por rama, as galerias 
são independentes (desenvolvimento, 5 a 7 semanas); 
Pupas - ocorre interna às ramas, protegidas por um casulo de seda 
confeccionado pelas lagartas (13 a 16 dias); 
Adultos - medem 40 a 50 mm de envergadura, asa anterior de coloração 
parda com os bordos escuros e, ainda, apresentando linhas transversais da 
mesma cor. Asa posterior clara; 
 
JB Torres
JB Torres
JB Torres
JB Torres
JB Torres
JB Torres
JB Torres
JB Torres
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Injúrias - lagartas confeccionam galerias nas ramas próximo às raízes, 
constatado pelos excrementos sobre o solo próximo ao local de ataque. 
Devido ao ataque, ocorre hipertrofia no local, murchamento, redução do 
desenvolvimento e até a morte das plantas, principalmente, quando novas. 
Também, podem atacar os tubérculos, tornando-os imprestáveis para o 
consumo. 
 
 
II. PRAGAS SECUNDÁRIAS 
 
 179
 
II.1. Cigarrinha verde: Empoasca sp. (Homoptera: Cicadellidae) 
 
Características (Ver MIP feijoeiro): 
Ovos - postura endofítica, isoladamente,nas folhas, pecíolos e caules; 
Ninfas - coloração amarelo esverdeada, localiza-se na face inferior das 
folhas (5 ínstares); 
Adultos - verde, muito ágil. Ninfas e adultos deslocam-se com rapidez e não 
raros em movimentos laterais. Ciclo completo ± 3 semanas; 
 
Injúrias - Sucção de seiva e injeção de toxinas provocando amarelecimento 
e, consequente, seca dos bordos das folhas. 
 
II.2. Vaquinha-da-batatinha: Epicauta atomaria (Coleoptera: Meloidae) 
 
Ovos - alongado e depositados no solo; 
Larvas - desenvolvem por hipermetabolia, sendo nesta fase predadora de 
ovos e outros insetos do solo; 
Pupas - protegida por uma câmara pupal, enterrada na superfície do solo; 
Adulto - cinza com élitros mole e com pontuações pretas; 
 
Injúrias - adultos provocam desfolha por perfuração das folhas. 
 
II.3. Lagarta-das-folhas: Syntomeida melanthus (Lepidoptera: Amatidae) 
 
Características: 
Mariposas de coloração azul escura metálica, possuindo uma manha amarela 
na base da asa posterior. As lagartas são escuras e pilosas. 
 
Injúrias - desfolha, deixando apenas as nervuras. 
 
II.4. Outros insetos e ácaros associados à cultura 
 
Ácaro rajado, Tetranychus urticae (Acari: Tetranychidae) 
Vaquinhas, Diabrotica speciosa (Coleoptera: Chrysomelidae) 
Conoderus scalaris (Coleoptera: Meloidae) 
 
III. ESTRATÉGIAS E TÁTICAS DE MANEJO E CONTROLE 
 
III.1. Controle cultural 
 
 180
 
a. Rotação de culturas; 
b. Seleção dos tubérculos e ramas para o plantio; 
c. Uso de tubérculos iscas; 
d. Amontoa bem feita, cobrindo ostubérculos; 
e. Eliminação de hospedeiros alternativos das pragas; 
f. Plantio no início das chuvas para rápido desenvolvimento inicial das 
plantas, suportando o ataque; 
g. Colheita precoce; 
h. Destruição dos restos culturais. 
 
III.2. Variedade resistente 
 
a. Variedades que produzem tubérculos superficiais e, em pencas, são mais 
atacadas, bem como aquelas de ramas longas e moles (a.1. variedades 
mais suscetíveis à broca-do-tubérculo: “batata vermelha” e “coração 
magoado”; a.2. variedades menos suscetíveis: “rama curta roxa”, 
“mineira”, “brazilândia roxa” e “caboatã”); 
 
III.2. Controle químico 
 
a. Aplicação de inseticidas sistêmicos (aldicarb) após 50 dias do plantio, 
controla eficientemente a broca-do-tubérculo. Produto não registrado 
para a cultura. 
 
 
Literatura recomendada: 
 
Bondar, G. 1954. Pragas da batata-doce na Bahia. Bahia Rural 22(6):18-19. 
Gallo, D. et al. Manual de entomologia agrícola. 3a ed., Piracicaba: Fealq, 
2002. 920p. 
Garcia, M.S. Aspectos biológicos da broca da raiz Euscepes postifasciatus 
(Fairmaire, 1849) (Coleoptera, Curculionidae) e resistência de cultivares 
de batata-doce (Ipomoea batatas (L.) Lam.), no Estado de Pernambuco. 
Recife: UFRPE, 1989. 148p. (Tese de Mestrado). 
Martinez, C.D. Comportamento e mecanismos de resistência de cultivares 
de batata-doce (Ipomoea batatas (L.) Lam.), à broca do caule, Megastes 
grandalis (Guenée, 1854) (Lepidoptera, Pyralidae). Recife: UFRPE, 1985. 
109p. (Tese de Mestrado). 
 
 
 181
 
 
MIP DA BERINJELA, PIMENTÃO E JILÓ 
 
I. PRAGAS-CHAVE 
 
I.1. Ácaros: 
 
Ácaro branco, Polyphagotarsonemus latus (Acari: Tarsonemidae) 
Ácaro rajado,Tetranychus urticae (Acari: Tetranychidae) 
Ácaro vermelho, Tetranychus ludeni (Acari: Tetranychidae) 
 
Características: 
P. latus - acaro polífago. Adultos branco-esverdeado, atacam os ponteiros, 
alojando-se nas face inferior das folhas e não produzem teia. Praticamente 
invisíveis a olho nú. Os ovos são de coloração branca ou pérola, 
depositados isoladamente na face inferior das folhas. As larvas são 
hexápodas e de coloração branca, sendo bastante móvel. Os machos são 
menores e hialinos, possuem o quarto par de pernas modificado para 
carregar a “pupa” da fêmea, sendo um meio de dispersão, além do vento, 
insetos, etc. Alojam na face inferior das folhas, principalmente da parte 
apical. Ciclo ovo-adulto para fêmeas, varia de 2,5 a 6,0 dias à 30 e 20oC; 
T. urticae - ácaro polífago, adultos esverdeado com dois pares de manchas 
escuras no dorso. Localizam-se na face inferior das folhas, onde tecem 
teia. As colônias concentram-se na parte mediana a superior das plantas 
de algodão. Os machos são menores que as fêmeas e com a extremidade 
do abdome afilada. Os ovos são esféricos, de coloração branco-amarelada, 
sendo depositados nos fios de teia ou no substrato. 
T. ludeni - coloração vermelha intensa, podendo ser visualizados a olho nu, 
com ± 0,45 mm de tamanho; 
 
Injúrias - as folhas atacadas, apresentam-se com manchas brancas a 
prateadas na face inferior. Na face superior as folhas tornam-se bronzeadas, 
podendo secar e cair. Em ataque intenso nas plantas novas, pode ocorrer a 
morte da planta. 
 
II. PRAGAS SECUNDÁRIA 
 
II.1. Pulgões: 
 
Pulgão do algodão: Aphis gossypii (Homoptera: Aphididae) 
 182
 
Pulgão verde: Myzus persicae (Homoptera: Aphididae) 
 
Características: 
A. gossypii - colônias de insetos com 2 a 3 mm de tamanho e corpo mole. 
Apresentam sifúnculos, coloração amarela-esverdeada a verde escuro. 
Ocorrem na face inferior das folhas e, nas brotações novas, sugando seiva; 
M. persicae - prefere folhas mais velhas. Forma áptera (ninfa) verde-claro e 
com ± 2 mm. Alados possuem abdome verde amarelado, cabeça e tórax 
pretos; 
 
Injúrias - sugam seiva, provocando murchamento e secamento das plantas; 
encarquilhamento de folhas e deformação de brotações. 
 
II.2. Vaquinhas: 
 
Burrinho, Epicauta atomaria (Coleoptera: Meloidae) 
Larva alfinete, Diabrotica speciosa (Coleoptera: Chrysomelidae) 
 
Características: 
Ovos - alongado e 
depositados no solo; 
Larvas: 
E. atomaria - 
desenvolve por 
hipermetabolia, 
sendo predadora de 
ovos e outros 
insetos; 
JB Torres
Epicauta Epicauta
JB TorresJB Torres
Epicauta Epicauta
JB Torres
D. speciosa - larva branca, cabeça marrom, placa quitinizada escura no último 
segmento do abdome; 
Pupas - protegida por uma câmara pupal, enterrada na superfície do solo; 
 
Adultos: 
E. atomaria - cinza com élitros mole e com pontuações pretas ou sem 
pontuações; 
D. speciosa - besourinho de coloração esverdeada com três manchas amarelas 
em cada élitro. Ocorre praticamente durante todo o ano; 
 
Injúrias - adultos das duas espécies provocam desfolha, sendo que adultos 
de E. atomaria, podem desfolhar a planta totalmente em pouco tempo. 
 183
 
 
II.3. Broca-pequena-do-fruto: Neoleucinodes elegantalis (Lepidoptera: 
Pyralidae) 
 
Características: 
Ver pragas do Tomateiro 
 
 Injúrias - broqueamento de frutos de 
pimentão e berinjela, podendo haver 
aborto ou não dos mesmos. Com o orifício 
de saída possibilita a penetração de 
umidade e saprófitas, tornando-os 
imprestáveis. 
 
 
Entrada
Saída
Neoleucinodes
JB Torres
Entrada
Saída
Neoleucinodes
JB Torres
II.4. Percevejo-de-renda: Corythaica cyathicollis (Heteroptera: Tingidae) 
 
Características: 
Pequeno percevejo com ± 3,3 mm de tamanho, coloração castanha escura e 
apresenta as asas reticuladas. Ocorrem na face inferior das folhas, com 
ninfas e adultos sugando seiva; 
 
Injúrias - devido ao ataque, as folhas tornam-se esbranquiçadas, podendo 
secar e cair, além de predispor a planta à doenças. Na colônia pode-se 
observar, também, manchas pretas decorrente dos excrementos. É 
importante, principalmente, na cultura da berinjela. 
 
II.5. Lagarta rosca: Agrotis ipsilon (Lepidoptera: Noctuidae) 
 
Características: 
Vide pragas do Feijoeiro, Milho e Figuras pragas do alho e cebola. 
 
Injúrias - as lagartas cortam as plântulas no início do desenvolvimento, 
causando redução do stand. 
 
II.6. Tripes: Frankliniella schultzei (Thysanoptera: Thripidae) 
 
Características: 
Insetos com ± 3 mm, coloração marrom escura, quase preta.Asas franjadas 
e aparelho bucal picador-raspador. Postura endofítica. Suas ninfas são 
 184
 
amareladas e ativas nos dois primeiros ínstares e, inativos nos dois 
posteriores (“pupas”). Localizam-se nas folhas novas, flores e frutinhos 
novos de berinjela; 
 
II.7. Lagartas: 
 
Lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae 
Lagarta-da-espiga, Helicoverpa zea (Lepdoptera: Noctuidae) 
 
Características: 
Vide pragas do Milho 
 
Injúrias - as lagartas desfolham as plantas de pimentão, principalmente, 
além de broquear os frutos. 
 
 
III. ESTRATÉGIAS E TÁTICAS DE MANEJO E CONTROLE 
 
III.1. Controle cultural 
 
a. Rotação de culturas; 
b. Destruição dos restos culturais; 
c. Controle de ervas daninhas; 
d. Colheita antecipada, principalmente dos frutos atacados por pragas; 
e. Adubação e irrigação equilibradas; 
f. Plantios com mudas de boa qualidade e, em época apropriada para bom 
estabelecimento da cultura. 
 
III.2. Controle biológico 
 
a. C. B. Natural: 
 
A ocorrência de moscas Tachinidae e vespas Braconidae, além de besouros 
Carabidae e joaninhas, são comuns no agroecossistema estudado. Abaixo 
citamos alguns deles: 
 
 
Grupo Praga Inimigo Natural Ordem: Família 
Predadores Pulgões 
 
 
Chrysopa sp. 
Chrysoperla sp. 
Cycloneda sp. 
Neuroptera: Chrysopidae 
 
Coleoptera: Coccinellidae 
 185
 
 
 
Hippodamia sp. 
Baccha sp. 
 
Diptera: Syrphidae 
 Ácaros ácaros predadores Acariformes: Phytoseiidae 
 Lagarta rosca e 
outras 
Polistes sp. 
Calosoma sp. 
Zelus sp. 
Hymenoptera: Vespidae 
Coleoptera: Carabidae 
Heteroptera: Reduviidae 
Parasitóides Pulgões 
 
 
Percevejo 
Aphidius spp. 
Lysiphlebus sp. 
Aphelinus mali 
Mymar sp. 
Hymenoptera: Aphidiidae 
Hymenoptera: Braconidae 
Hymenoptera: Aphelinidae 
Hymenoptera: Mymaridae 
Patógenos Pulgões Enthomophthora 
 
 
III.3. Controle químico 
 
a. Iscas tóxicas: Utilizadas para lagarta rosca, grilos e paquinhas (320 ml de 
Dipterex 500 + 500 g de açúcar + 10 Kg de farelo e água até tornar 
granulometria); 
b. Pulverizações com os produtos recomendados como: 
 
Pragas Princípio Ativo 
Produto 
comercial 
Classe 
Toxicológica 
 
Carência 
Ácaros, tripes e pulgão dimethoato 
thiometon 
ethion 
tetradifon 
pirimicarb 
Dimetoato 500 CE 
Ekatin 
Ethion 500 
Tedion 80 
Pi-rimor 500 PM 
I 
II 
I 
III 
II 
14 
30 
7 
2 
3 
Vaquinha, burrinho, broca 
pequena, percevejo, tripes e 
pulgões 
triclorfon 
 
 
carbaryl 
 
fenitrothion 
Dipterex 500 
Anticar 
Tamaron BR 
Carbaryl 480 SC 
Sevin 75 
Sumithion 500 CE 
II 
II 
I 
II 
III 
II 
7 
7 
21 
3 
3 
14 
Pulgão pirimicarb 
diazinon 
Pi-Rimior 500 PM 
Diazinon 600 CE 
II 
II 
3 
14 
Lagartas acephate Cefanol 
Orthene 750 BR 
III 
III 
14 
14 
Ácaros, pulgões e lagartas dichlorfos DDVP 1000 CE I 7 
Lagartas, vaquinhas, 
percevejo 
decametrina Decis 25 CE II 3 
Mosca branca thiamethoxam 
imidacloprid 
pyriproyfen 
Thiamethoxam 
Confidor 
Cordial 100 
I 
IV 
I 
14 
 
7 
 
III.4. Controle alternativo 
 
a. Uso de extrato de fumo ou calda de fumo para pulgões. 
 
Literatura recomendada: 
 186
 
 
Correio Agrícola. Especial horticultura, p. 750-787. 
Gallo, D. et al. Manual de entomologia agrícola. 3a ed., Piracicaba: Fealq, 
2002. 920p. 
Latorre, B.A. Plagas de las hortalizas. Santiago: FAO, 1990. 520p. 
Silva, E.A. Biologia e determinação dos níveis de infestação de 
Polyphagotarsonemus latus (Banks, 1904) (Acari: Tarsonemidae) na cultura 
do pimentão (Capsicum annuum L.). Recife: UFRPE, 1995. 69p. (Tese de 
Mestrado). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 187
 
 
MIP DAS BRÁSSICAS 
 
I. PRAGAS-CHAVE 
 
I.1. Pulgões: 
 
Pulgão das brássicas, Brevicoryne brassicae (Homoptera: Aphididae) 
Pulgão verde, Myzus persicae (Hom.: Aphididae) 
 
Características: 
B. brassicae - colônias com muitos insetos e com presença de pulverulência 
esbranquiçada. Coloração geral verde com cabeça e tórax preto. Sifúnculo 
curto e preto. Presente, em geral, na face superior das folhas; 
M. persicae - colônias com menor número de insetos e sem presença de 
pulverulência. Ninfas ápteras verde-claro e ± 2 mm e, os alados possuem 
abdome verde amarelado, cabeça e tórax pretos. Presença, em geral, na 
face inferior das folhas; 
 
 Brevicoryne Myzus 
 
 
 
 
 
 
 
 
Injúrias - “engruvinhamento” das folhas provocado pela sucção de seiva, o 
que leva a redução no crescimento e produção das plantas. 
 
I.2. Traça-das-crucíferas: Plutella xylostella (Lepidoptera: Plutellidae) 
 
Caraterísticas: 
Ovos - depositados na face inferior das folhas, isolados ou em grupos de 2 a 
3. São arredondados e esverdeados (incubação, 3 a 4 dias); 
Lagartas - após a eclosão, penetra no mesófilo, alimentando-se, 
posteriormente, abandona o mesófilo e, passa a alimentar na face inferior 
das folhas. São de coloração verde clara e com a cápsula cefálica marrom. 
 188
 
Atingem até 1 cm de comprimento num período de 8 a 10 dias de 
desenvolvimento; 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pupas - em um casulo, facilmente, 
reconhecido na face inferior das folhas (± 
4 dias); 
Adultos - coloração cinza a parda com 
mancha branca ou parda nas asas 
formando uma faixa quando em repouso; 
 
Injúrias - desfolha. Em repolho, 
perfuração das folhas no sentido ao centro da “cabeça”, depreciando-a. 
NYASES NYASESNYASESC Torres
JB Torres
NYASES NYASESNYASESC TorresNYASES NYASESNYASESC Torres
JB Torres
 
I.3. Curuquerê-da-couve, Ascia monuste orseis (Latr., 1819) (Lepidoptera: 
Pieridae) 
 
Características: 
Ovos - são amarelados, depositados na face inferior da folha, em grupos não 
muito próximos (incubação, 4 a 5 dias); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ♀♂ Google.com
JB Torres JB Torres JB Torres
JB Torres
♀♂ Google.com
JB Torres JB Torres JB Torres
JB Torres
Ascia monuste orseisAscia monuste orseis
 189
 
Lagartas - possuem listras amarelas e verdes e cápsula cefálica marrom. 
Podem atingir 3,5 mm de comprimento num período de 20 a 25 dias; 
Crisálidas - podem ocorrer no solo, porém, sendo mais comum nas plantas 
e de coloração marrom esverdeada (± 11 dias); 
Adultos - branco amarelada com bordos das asas escuros; 
 
Injúrias - desfolha parcial ou total das plantas. 
 
 
II. PRAGAS SECUNDÁRIAS 
 
II.1. Falsa medideira ou broca-da-couve: Trichoplusia ni (Lepidoptera: 
Noctuidae) 
 
Características: 
Ovos - arredondado e verde, depositados isoladamente nas folhas; 
Lagartas - verde clara com três listras brancas longitudinais. Caminha 
medindo palmo e com três pares de pernas abdominais; 
Pupas - verde com manchas marrom, presa à folha com fios de seda; 
Adultos - ± 30 mm de envergadura. Coloração parda com asas anteriores 
apresentando manchas prateadas e, posteriores claras, sem manchas; 
 
Injúrias - atacam as folhas das brássicas, provocando orifícios e 
inutilizando-as. 
 
II.2. Broca-da-couve: Hellula phidilealis (Lepidoptera: Pieridae) 
 
Mariposa de ± 16 mm de envergadura, de asas pardacentas com faixas 
brancas e vários pontos negros. As lagartas são verde clara, com listras 
marrom no sentido longitudinal. 
 
Injúrias - broqueia as hastes das plantas, podendo decepá-las totalmente. 
 
II.3. Outros insetos associados às brássicas: 
 
Praga Ordem: Família Injúrias 
Agrotis ipsilon Lepidoptera: Noctuidae Corte de plantas recém transplantadas 
Grillotalpa hexadactyla Orthoptera: Gryllotalpidae Corte de plantas novas e ataca as raízes 
Gryllus assimilis Orthoptera: Gryllidae Danifica haste, folhas e raízes das plantas 
Vaquinhas Coleoptera: Chrysomelidae Desfolha 
 
 190
 
III.ESTRATÉGIAS E TÁTICAS DE MANEJO E CONTROLE 
 
I.3. Amostragem 
 
Para pragas do repolho: 
 
• Pulgões - amostrar 15% das plantas do talhão; NC = 15% das plantas 
atacadas, tanto na pré-formação como na formação da cabeça; 
• Lagartas - amostrar 15% das plantas, sendo o NC = 20% das plantas com 
lagartas grandes na pré-formação da cabeça e; NC = 10% na fase de 
formação da cabeça. 
 
I.2. Controle cultural 
 
a. Uso de casca de arroz como cobertura morta (“dificulta” a localização da 
cultura por pulgões); 
b. Plantio em policultivo (dificulta a colonização por pragas específicas e 
favorece os inimigos naturais); 
c. Plantio próximo à matas ou com refúgio para predadores, especialmente, 
vespas predadoras; 
d. Manejo da água, favorecendo o estabelecimento rápido das plantas e 
diluição da seiva; 
e. Adequar a época de plantio para a região, visando o escape de picos 
populacionais; 
f. Rotação de culturas com culturas não hospedeiras, quebrando o nicho de 
pulgões e lagartas. 
 
I.4. Controle biológico 
 
a. C. B. Natural 
 
Praga Inimigo Natural Grupo - Fase 
Pulgões joaninhas (Coleoptera: Coccinellidae) 
bicho-lixeiro (Neuroptera: Chrysopidae) 
vespas (Hymenoptera: Vespidae) 
mosca sírfide (Diptera: Syrphidae) 
vespinha parasitóide (Hymenoptera: Braconidae) 
fungos (Entomophthora spp.) 
Predador - ninfas e adultos 
Predador - ninfas 
Predador - ninfas e adultos 
Predador - ninfas e adultos 
Parasitóide - ninfas 
Patógeno - ninfas 
Lagartas vespa predadora (Hymenoptera: Vespidae) 
vespa parasitóide (Hymenoptera: Braconidae) 
vespa parasitóide (Hymenoptera: Eulophidae) 
vespa parasitóide (Hymenoptera: Ichneumonidae) 
mosca taquínidae (Diptera: Tachinidae) 
Predador - ovos e lagartas 
Parasitóide - lagartas 
Parasitóide - lagartas e pupas 
Parasitóide - lagartas 
Parasitóide - lagartas e pupas 
 191
 
 
b. C. B. Aplicado 
 
- Uso de Bacillus thuringiensis para controle de lagartas. 
 
I.4. Controle mecânico 
 
a. Catação e esmagamento de ovos e lagartas. 
 
I.5. Resistência de plantas 
 
a. Clone de couve comum “joenes” é mais resistente a pulgões e lagartas; 
b. As variedades de repolho de folhas “roxa” são mais resistentes às lagartas 
e pulgões que as variedades de folhagem “verde”; 
c. Cultivares de repolho de folhas escuras, cerosas e ricas em sinigrina são 
menos preferidas pelas lagartas e, aquelas com folhas escuras, pouco 
cerosas e com baixo teor de sinigrina possui resistência por não-
preferência a B. brassicae. 
d. Plantas transgênicas de repolho com o gene de Bt (Bacillus thuringiensis), 
são resistentes a P. xylostella, ainda não em uso no Brasil. 
 
I.6. Controle químico 
 
a. Inseticidas registrado para o controle de pragas das brássicas 
 
Nome 
Técnico 
Nome 
Comercial 
Carên- cia 
(dias) 
Classe 
Toxicológica 
Grupo 
Químico Pragas 
diazinon Diazinon 400 PM 4 II F pulgões 
acephate Acefato Fersol 750 PS 14 II F - S pulgões 
fenvalerato Belmarck 75 CE 15 I P pulgões e 
curuquerê 
deltametrina Decis 25 CE 3 II P pulgões, 
traça, lagartas 
e vaquinhas 
B. thuringiensis Dipel PM* - IV IB lagartas 
pirimifos-methyl Actellic 500 CE 2 II F lagartas 
carbaryl Carbaryl 480 SC* 14 II CB lagartas, traça 
e vaquinhas 
*Produtos recomendados como seletivos a IN do agroecossistema das 
brássicas. 
CB = carbamato; F = fosforado; S = sistêmico; P = piretróide; IB = 
biológico. 
 
 192
 
I.7. Controle químico alternativo 
 
a. Calda de fumo (100 L de H2O; 100 a 200 g de soda cáustica; 1 a 2 L de 
nicotina a 10%; 200 a 300 g de sabão branco), recomendado para pulgões, 
ou o preparado de fumo (200 g de fumo-de-rolo em 1,0 L de álcool por 
24 h), 200 g de sabão de coco e 200 ml de querosene em 20 L de água. 
Dissolva o sabão em ”banho-maria”, adicione o querosene e, 
posteriormente, no pulverizador, adicione 500 mL do extrato de fumo. 
 
Literatura recomendada: 
 
Gallo, D. et al. Manual de entomologia agrícola. 3a ed., Piracicaba: Fealq, 
2002. 920p. 
Gonçalves, N.P. Níveis de ação para lepidópteros desfolhadores do repolho. 
Viçosa: Imprensa Universitária, 1988. 27p. (Tese de Mestrado). 
Guerra, M.S. Receituário caseiro. Brasília: EBRATER, 1985. 166p. 
Salgado, L.O. 1983. Pragas das brássicas, características e métodos de 
controle. Informe Agropecuário, 9(98): 43-47. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 193
 
 
MIP DAS CUCURBITÁCEAS 
(abóbora, pepino, melancia, melão, chuchú) 
 
I. PRAGAS-CHAVE 
 
I.1. Broca-das-cucurbitáceas: 
 
Diaphania nitidalis (Lepidoptera: Pyralidae) 
Diaphania hyalinata (Lepidoptera: Pyralidae) 
 
Características: 
 
Ovos - de coloração branca a creme, depositados nas folhas, ramos, flores e 
frutos (incubação, 4 a 5 dias); 
Lagartas - D. hyalinata, coloração esverdeada, podendo atingir 25 mm de 
comprimento e apresentam duas linhas brancas longitudinais; D. nitidalis, 
um pouco maior (até 30 mm), totalmente verde e cabeça escura, possuindo 
no quarto ínstar, manchas escuras (desenvolvimento, 14 a 21 dias); 
Pupas - sobre as folhas secas ou no solo (5 a 10 dias); 
 
 
LAGARTA 
D. nitidalis
LAGARTA 
D. hyalinata
ADULTO 
D. nitidalis
D. hyalinataADULTO 
Fotos: JB Torres
LAGARTA 
D. nitidalis
LAGARTA 
D. hyalinata
ADULTO 
D. nitidalis
D. hyalinataADULTO 
Fotos: JB Torres
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Adultos - D. nitidalis, mariposas de 30 cm de envergadura, coloração 
marron-violácea, com as asas apresentando um área central amarelada 
 194
 
semitransparente, e os bordos marrom; D. hyalinata; semelhante a espécie 
anterior, porém com as asas apresentando a área semitransparente branca 
com os bordos retilíneos. Ciclo ± 25 dias; 
 
 
Injúrias - as lagartas atacam as folhas, brotos novos, ramos e 
principalmente os frutos. Nos frutos, abrem galerias ocasionando destruição 
da polpa (apodrecimento do fruto). As lagartas de D. nitidalis atacam 
flores, folhas, ponteiros, e frutos, onde penetram rapidamente; enquanto as 
lagartas de D. hyalinata atacam, principalmente, as folhas, mas atacam o talo 
das folhas, causando murcha. 
 
II. PRAGAS SECUNDÁRIAS 
 
II.1. Moscas-das-frutas: Anastrepha grandis (Diptera: Tephritidae) 
 
Características: 
Larvas - são ápodas, coloração branca e atingem até 12 mm de 
comprimento; 
Pupas - no solo; 
Adultos - moscas de coloração amarelada, com 10 a 11 mm de 
comprimento, médio-térgito preto e uma mancha em forma de “V” 
incompleta na asa; 
 
Injúrias - as larvas destroem a polpa, consequentemente, o fruto apodrece. 
Problemas maiores, onde cultiva melão para exportação (praga 
quarentenária nos países compradores). 
 
II.2. Pulgão: Aphis gossypii (Homoptera: Aphididae) 
 
Características (Ver MIP algodão): 
A. gossypii – ocorrem em colônias de ninfas e adultos na face inferior das 
folhas, possuem de 2-3 mm de tamanho e são de corpo mole, apresentam 
sifúnculos, coloração amarela esverdeada; 
M. persicae - ninfas ápteras verde claro de ± 2 mm de tamanhho; os alados 
possuem abdome verde-amarelado, cabeça e tórax pretos; 
 
Injúrias - ambos ocorrem na face inferior das folhas e, nas brotações novas, 
sugando seiva. Os brotos e ramos novos, tornando-os engruvinhados e 
prejudicando o desenvolvimento das plantas. Podem transmitir virose. Em 
 195
 
consequência do ataque, pode ocorrer fumagina sobre as plantas e frutos 
(melão), depreciando-os. 
 
II.3. Mosca branca: Bemisia tabaci e Bemisia argentifolii (Homoptera: 
Aleyrodidae) 
 
Características (Ver algodoeiro e tomateiro): 
Ovos - coloração amarela, com formato de pera e mede cerca de 0,2 a 0,3 
mm. São depositados isoladamente na parte inferior da folha e presos por 
um pedicelo (± 6,8 dias de incubação); 
Ninfas - translúcidas de coloração amareloa amarelo-pálido. Locomove-se 
no 1o ínstar, posteriormente, fixando-se na planta e, não locomovendo nos 
dois ínstares subsequentes. O 4o ínstar é chamado de pseudo-pupa ou 
pupário, devido a redução do metabolismo (duração da fase ± 27 dias a 
25oC); 
Adultos - reproduz-se sexuadamente ou por partenogênese. Medem de 1 a 
2 mm; coloração geral branca e, quando em repouso as asas permanecem 
levemente separadas, voando rapidamente quando molestados. A fêmea 
deposita de 100 a 300 ovos durante uma vida de 38 a 74 dias. Ciclo ovo-
adulto à 32oC ocorre ± 19 dias. 
 
Injúrias - encarquilhamento das folhas do melão, ocorrência de fumagina, 
causando redução no desenvolvimento e deformação dos frutos, os quais 
perdem o sabor e o valor comercial. Na abóbora, B. argentifolii, causa 
prateamento na face superior das folhas e, ambas espécies, reduzem o 
desenvolvimento da planta. Ocorrência de fumagina. 
 
II.4. Vaquinhas: 
 
Diabrotica speciosa (Coleoptera: Chrysomelidae) 
Cerotoma spp. (Coleoptera: Chrysomelidae) 
Alcalina bivitula (Coleoptera: Chrysomelidae) 
Epilachna cacica (Coleoptera: Coccinellidae) 
 
Características: 
D. speciosa e Cerotoma spp. (Ver MIP Feijoeiro) 
A. bivitula - besouros de 5 a 6 mm de comprimento, coloração geral preta 
com listras amarelas nos élitros; 
E. cacica - besouros de 100 mm de comprimento, de forma esférica, 
coloração marrom, com uma faixa preta contornando os élitros. Suas 
 196
 
larvas podem atingir 10 mm de comprimento, com o corpo revestido por 
espinhos pretos e longos; 
 
Injúrias - os adultos alimentam-se de folhas, deixando orifícios bem típicos 
de seu ataque. A. bivitula pode transmitir viroses. As larvas de E. cacica 
atacam as folhas, enquanto as larvas das outras espécies vivem no solo e não 
tem importância para as cucurbitáceas. 
 
II.5. Ácaro rajado: Tetranychus urticae (Acari: Tetranychidae) 
 
Características (Ver MIP algodoeiro): 
Ovos - são esféricos, translúcido e hialinos. Depositados nas reentrâncias da 
face inferior das folhas nos fios de teia ou no substrato; 
Larvas - são amarelo-esverdeada, ovaladas e com três pares de pernas; 
Protoninfas - amarelo-esverdeada, maior que as larvas e mais ativas e, 
possuem quatro pares de pernas; 
Deuteronifas - são inativas, sendo que as fêmeas, liberam feromônio que 
induz vigília pelos machos; 
Adultos - esverdeado com dois pares de manchas escuras no dorso. 
Localizam-se na face inferior das folhas e ponteiros, onde tecem teia. As 
fêmeas são mais globosas. 
 
Injúrias – destruição das células e sucção do conteúdo celular. Inicialmente, 
a folha apresenta como se tivesse uma pulverulência devido a teia produzida 
e, posteriormente, apresenta clorose, amarelecimento e manchas bronzeadas 
na face superior, ocorrendo redução de crescimento e até morte de plantas. 
Plantas adultas suportam até 30% de desfolha. 
 
II.6. Broca da haste: Adetus fuscoapicalis (Coleoptera: Cerambycidae) 
 
Características: 
Coleópteros de cor castanha, com cerca de 10 mm. Deposita os ovos, 
isoladamente, nas hastes verdes, dos quais eclodem larvas esbranquiçadas. 
Completam o desenvolvimento na parte interna das hastes, onde empupam. 
Os adultos são encontrados em restous culturais, hastes e folhas secas. 
 
Injúrias - as larvas broqueiam as hastes, causando murchas e seca das 
partes atacadas, podendo ocasionar a morte da planta. Também, suspeita-se 
de ataque em plantas de pepino. A espécie Adetus muticus, ocorre atacando 
além do chuchuzeiro, pecíolos de abóbora. 
 197
 
 
III. ESTRATÉGIAS E TÁTICAS DE MANEJO E CONTROLE 
 
III.1. Amostragem 
 
Para as brocas, amostrar semanalmente, folhas, flores e frutos e, adotar o 
NC na proporção de 1 folha, 1 gema e 1 fruto atacados, em 6 folhas (16%), 
15 gemas (7%) e, 30 frutos (3,5%) amostrados; 
 
III.2. Controle cultural 
 
a. Rotação de culturas; 
b. Preparo do solo; 
c. Controle de plantas daninhas no interior e, em faixa de bordadura à 
cultura; 
d. Destruir e incorporar os restos culturais após a colheita ou parte da 
planta atacada; 
e. Evitar a entrada de pessoas, carros e caixas nas áreas de plantio; 
f. Evitar comercialização nas estradas próximo às áreas de plantio; 
g. Cultivo intercalares (policultivo) com culturas não hospedeiras e de porte 
ereto. 
h. Plantio dos talhões no sentido contrário ao vento dos mais velho para o 
mais novo, para desfavorecer o transporte de pragas dos talhões velhos 
para os novos. 
 
III.3. Controle por comportamento 
 
a. Planta isca - cultivo intercalar com abobrinha italiana (CV Caserta), que 
funciona como planta isca para as brocas, sobre a qual aplica-se 
inseticidas; 
b. Uso de placas amarelas contendo substância adesiva transparente, para 
monitoramento de mosca branca; 
c. Curcubitácea amarga, Caiaponia tayuya como isca, na qual é aplicado 
inseticidas (especialmente, para D. speciosa). 
 
III.4. Controle físico 
 
a. Uso de armadilhas luminosas (adultos brocas); 
b. Cobertura do solo com superfície refletora, casca de arroz (pequenas 
áreas), dificulta a colonização por pulgões. 
 198
 
 
III.5. Resistência de plantas 
 
a. Variedade Caserta é altamente preferida e a Híbrida Duda, é menos 
atacada pelas brocas; 
b. Resistência às brocas é constatada em Curcubita moschata; 
c. Melão 91213 e LJ90234 são resistentes ao pulgão A. gossypii. 
 
III.6. Controle biológico 
 
a. C. B. Natural: 
Praga alvo Inimigo Natural Grupo 
Ácaro rajado Phytoseiulus persimilis 
Typhlodromalus occidentalis 
Amblyseius californicus, etc. 
ácaro predador 
 Stethorus spp. joaninha - predador 
 Chrysoperla carnae bicho lixeiro - predador 
 Orius sp. 
Geocoris sp. 
percevejo - predador 
Brocas Apantelis sp. 
Brachymeria sp. 
Polistes sp. 
Trichogramma spp. 
vespa - parasitóide/larvas 
vespa - parasitóide/larvas 
vespa - predadora/larvas 
vespa - parasitóide/ovos 
 
b. C.B. Aplicado: 
Uso de Bacillus thuringiensis (Dipel PM), em pulverizações dirigidas às flores 
e frutos novos para controle das brocas; 
c. Produção e liberação de ácaros predadores em casa-de-vegetação na 
Europa, com cultivos de pepino salada. O mesmo com Encarsia formosa, 
parasitóide de mosca branca; 
d. Ácaros predadores Phystoseiidae e fungos, ocorrem naturalmente, em 
colônias do ácaro rajado. 
 
III.7. Controle legislativo 
 
a. Barreira fiscal empregada nas áreas de produção de melão no Rio Grande 
do Norte. 
 
III.8. Controle químico 
 
a. As pulverizações devem ser realizadas no período da tarde, devido a 
maior atividade dos insetos polinizadores pela manhã (durante a noite, 
evaporação mais lenta da calda); 
 199
 
b. Cuidado com inseticidas carbamatos, enxofre e malation, etc, aos quais as 
cucurbitáces são sensíveis; 
c. Em cultivo de melão e melância, em áreas com histórico de ocorrência de 
pragas, efetuar o plantio com granulados sistêmicos no solo, por ocasião 
do plantio; 
d. Uso de isca tóxica para controle de mosca das frutas. A isca é preparada 
da seguinte forma: para 100 L de H2O, colocar 10 L de melaço ou 2 L de 
proteina hidrolizada ou, ainda 5 Kg de açúcar e inseticida (fenthion 50% 
na dosagem de 75 ml). A solução é pulverizada sobre as plantas da 
perifería. Pode-se também, aplicar fenthion através de pulverizações, 
enquanto os frutos estão verdes; 
e. Ter cuidado com fitotoxidez de inseticidas e acaricidas as plantas. 
 
Alguns inseticidas recomendados para pragas das Cucurbitáceas 
 
Nome 
Técnico 
Nome 
 Comercial 
Carência 
(dias) 
Classe 
Toxicológica 
Grupo 
Químico 
 
Pragas 
dimetoato Dimetoato 
500 CE 
3 I F-S Brocas, vaquinhas, 
vaquinhas, moscas-
das-frutas (como isca) 
triclorfon Dipterex 500 7 II F Brocas 
deltametrina Decis 25 CE 2 II P Brocas 
fenthion Lebaycid 500 21 II F Brocas, moscas-das-frutas, vaquinhas 
B. thuringiensis Dipel PM1 - IV IB Brocas 
diazinon Diazinon 400 PM 4-142 III F Pulgão 
pyriproxyfen Cordial 100 7 I IF mosca branca 
thiamethoxam Thiamethoxam 14 I mosca branca e 
sugadores 
imidacloprid 
F = fosforados; S = sistêmicos; P = piretróides, IB = biológico, IF = 
fisiológico. 1Produto recomendado pela pesquisa, mas não registrado; 24 
dias para pepino e, 14 dias para as demais cucurbitáceas. 
 
Literatura recomendada: 
 
Gallo, D. et al. Manual de entomologia agrícola. 3a ed., Piracicaba: Fealq, 
2002. 920p. 
Pragas sugadoras na olericultura. Coreio Agrícola, Jan/Jun. 1997. 23p. 
Latorre, B.A. Plagas de las hortalizas. Santiago: FAO, 1990. 520p. 
 
 
 
 
 200
 
MIP DO TOMATEIRO 
 
 
Fenologia da planta x ocorrência de pragas 
 
 
0 7 25 60 70 90 100 150
dias
S
em
ea
du
ra
E
m
er
gê
nc
ia
Tr
an
sp
la
nt
e
1a Flor
1o Fruto
Florescimento
Frutificação
Maturação
Desenvolvimento
vegetativo
Pragas do
viveiro
Pulgão e tripes
Mosca branca e mosca minadora
Traça-do-tomateiro
Ácaros (micro ácaro e ácaro rajado)
Broca pequena
Vaquinhas
 
I. PRAGAS-CHAVE 
 
I.1. Traça-do-tomateiro: Tuta absoluta (Lepidoptera: Gelechiidae) 
 
Características: 
Ovos - amarelo-palha a avermelhado, depositados isoladamente ou, em 
grupos, nas folhas e ramos (4 a 7 dias); 
Lagartas - verde claro a arroxeado, próximo a pupação (± 14 dias); 
Pupas - marrom a esverdeada, ocorre em um pequeno casulo, dentro da 
mina, nas folhas, caules e no solo (± 8 dias); 
Adultos - coloração cinza prateada, com numerosos pontos escuros na parte 
dorsal e, bordos das asas posteriores franjadas. Ciclo de 26 a 30 dias; 
 
 
 
 
 
 
INIAJB Torres
Tuta absoluta
JB TorresJB Torres
PosturasPosturas
INIAJB Torres
Tuta absoluta
JB TorresJB Torres
PosturasPosturas
 201
 
Injúrias - confecção de minas nas folhas, broqueamento de ramos novos e 
frutos, consequentemente, causa queda de folhas, botões florais e frutinhos e 
deformação de frutos. As perdas podem chegar a 100% da produção. 
 
I.2. Mosca branca: Bemisia spp. e Bemisia argentifolii (Homoptera: 
Aleyrodidade) 
 
Características: 
Ovos - coloração amarela, com formato de pera e mede cerca de 0,2 a 0,3 
mm. São depositados isoladamente na parte inferior da folha e presos por 
um pedicelo (± 6,8 dias de incubação); 
 
 
 
 
 
 S Bauer P. BielzaJB Torres JB Torres P. BielzaS Bauer P. BielzaJB Torres JB Torres P. Bielza
Ninfas - translúcidas de coloração amarelo a amarelo-pálido. Locomove-se 
no 1o ínstar, posteriormente, fixando-se na planta através do estilete e, não 
locomovendo nos dois ínstares subsequentes. O 4o ínstar é chamado de 
pseudo-pupa, devido a redução do metabolismo (duração da fase ± 27 dias a 
25oC); 
Adultos - reproduz-se sexuadamente ou por partenogênese. Medem de 1 a 
2 mm; coloração geral branca e, quando em repouso as asas permanecem 
levemente separadas, voando rapidamente quando molestados. A fêmea 
deposita de 100 a 300 ovos durante uma vida de 38 a 74 dias. Ciclo ovo-
adulto à 32oC, ± 19 dias. 
 
Injúrias - sucção de seiva, injeção de toxinas com consequente maturação 
irregular dos frutos (frutos isoporizados). Devido a seiva liberada pode 
ocorrer fumagina sobre as folhas e frutos. No entanto, as perdas maiores são 
devido a transmissão do geminivirus (“tomato yellow leaf curl virus” e, 
“tomato leaf curl virus”). Os prejuízos podem variar de 40 a 70%, 
dependendo da fase da cultura por ocasião da infestação. 
 
 
 
 
 
 
 202
 
I.3. Broca-pequena: Neoleucinodes elegantalis (Lepidoptera: Pyralidae) 
 
Características: 
Ovos - são de coloração branca, globular, depositados à noite, isoladamente, 
no cálice e face inferior das sépalas, podendo ocorrer, também, na lateral do 
fruto; 
Lagartas - após eclosão, a lagartinha, confecciona galerias superficiais no 
fruto e, posteriormente, penetra deixando com o desenvolvimento do fruto 
uma cicatriz de penetração. O desenvolvimento ocorre internamente no 
fruto. São rosadas com até 20 mm; 
Pupas - após o desenvolvimento, a lagarta abandona o fruto, deixando o 
orifício de saída e forma uma pupa marrom, entre as folhas secas ou detritos 
existentes em torno das plantas; 
Adultos - coloração geral branca. Asas anteriores com manchas marrom 
avermelhadas na base e na lateral. Quando em repouso, normalmente, fica 
com com o abdome voltado para cima. Ciclo ± 50 dias; 
 
 
Injúrias - broqueamento de frutos, podendo haver aborto ou não. Com o 
orifício de saída possibilita a penetração de umidade e saprófitas. Devido a 
estas injúrias podem reduzir a produção em até 80%. 
 
 Fotos: Gravena Ltda JB TorresFotos: Gravena Ltda JB Torres
II. PRAGAS SECUNDARIAS 
 
II.1. Micro-ácaro ou ácaro do bronzeamento: Aculops lycopersici (Acari: 
Eriophyidae) 
 
Características: 
Ácaro vermiforme de coloração rosada com ± 0,2 mm de comprimento. As 
fêmeas efetuam postura nas nervuras ou base dos pêlos das folhas. Dispersa 
na lavoura, principalmente, pelo vento. Ocorre no período mais seco com 
temperatura mais elevada e umidade relativa menor. O ciclo completa em ± 
6 dias; 
 
Injúrias - provoca bronzeamento e secamento das folhas, principalmente, da 
extremidade. Redução do desenvolvimento dos frutos, os quais apresentam 
pele áspera. 
 
 
 203
 
II.2. Mosca minadora, Liriomyza spp. (Diptera: Agromyzidae) 
 
Características (Ver MIP Alho): 
Ovos - ovos isolados em postura endofítica nas folhas; 
Larvas - amarela à marrom; abrem galerias no mesófilo foliar (minas) de 
forma serpenteada, deixando os excrementos nas galerias; 
Pupas - geralmente ocorre no solo, mas também pode constatá-las na 
superfície foliar ou nas minas; 
Adultos - ± 2 mm de comprimento, escuros com parte ventral amarelada; 
 
Injúrias - minam a folha, pela destruição do mesófilo foliar. O ataque é mais 
frequente na parte basal das plantas. 
 
II.3. Pulgões 
 
Myzus persicae (Homoptera: Aphididae) 
Macrosiphum euphorbiae (Homoptera: Aphididae) 
 
Características (Ver MIP Brássicas): 
M. persicae - forma áptera (ninfa) verde-claro e com ± 2 mm. Alados 
possuem abdome verde amarelado, cabeça e tórax pretos; 
M. euphorbiae - forma áptera de coloração geral verde com ± 4 mm, porém 
com cabeça e tórax amarelados e com antenas escuras. Alados menores 
que as formas ápteras e de coloração semelhante; 
 
Injúrias - sucção de seiva, afetando a planta quando em altas populações. 
Transmissão das viroses (vírus “Y”, topo amarelo, amarelo baixeiro). Essas 
viroses podem reduzir a produção de 20 a 70%. 
 
II.4. Tripes: Frankliniella schultzei (Thysanoptera: Thripidae) 
 
Características: 
Ovos - postura endofítica; 
Ninfas - são amareladas e ativas nos dois primeiros ínstares e, inativos nos 
dois posteriores (“pupas”); 
Adultos - ± 3 mm, coloração marrom escura, quase preta. Asas franjadas e 
aparelho bucal picador-raspador; 
 
Injúrias - raspagem e sucção de seiva da planta. Transmite a virose do vira-
cabeça. O adulto só transmite a virose caso tenha-se alimentado na fase de 
 204
 
ninfa de algum hospedeiro doente (picão, beldroega, maria pretinha, fumo, 
berinjela, pimentão e outras). 
 
II.5. Broca-gigante: Helicoverpa zea (Lepidoptera: Noctuidae) 
 
Características (Ver MIP do Milho): 
Ovos - branco, depositado isoladamente no cálice; 
Lagartas - coloração variável, com faixas escuras pelo corpo e manchas 
escuras na base das cerdas. Ocorre, geralmente, uma por fruto e desenvolve 
em 6 ínstares; 
Pupas - marrom e no solo a até 20 cm de profundidade; 
Adultos - asa anterior amarelada ou verde amarelada e, asa posterior, mais 
clara com uma faixa escura na margem lateral e outra no centro da asa; 
 
Injúrias - broqueia o fruto superficialmente, destruindo parcial ou 
totalmente o fruto. Sendode maior problema em tomate salada. 
II.6. Outros insetos: 
 
Praga Ordem : Família Injúria 
Traça-da-batatinha 
(Phthorimaea operculella) 
Lepdoptera: Gelechiidae Desfolha, mas ataca principalmente, os 
tubérculos 
Lagarta-rosca 
(Agrotis ipsilon) 
Lepidoptera: Noctuidae Corte de plantas novas 
Vaquinhas (Complexo) Coleoptera: Chrysomelidae Desfolha 
Ácaro rajado 
(Tetranychus urticae) 
Acari: Tetranychidae Raspagem e sucção de seiva 
Percevejo 
(Phithia picta) 
Heteroptera: Coreidae Puncturas nos frutos 
 
III. ESTRATÉGIAS E TÁTICAS DE MANEJO E CONTROLE 
 
III.1. Amostragem e Nível de Controle 
 
Amostrar 20 pontos/talhão com 5 plantas/ponto. 
 
• Vetores de viroses (pulgões, tripes e mosca branca). Balançar o ponteiro 
da planta em uma “bandeja” branca; NC = 1 adulto/ponteiro. 
 
• Minadores de folhas (traças e mosca minadora). 3a folha a partir do ápice; 
NC = 20% folhas minadas. 
 
 205
 
• Broqueadores de frutos (traça, broca pequena e gigante). 1 penca de 
frutos; NC = 1% de frutos broqueados. 
 
III.2. Controle cultural 
 
a. Uso de telados nos viveiros e sementeiras (produção de mudas em casas 
teladas e, em tubetes, reduz problemas com pragas de sementeira - solo, 
bem como com a traça e mosca branca); 
b. Retardar o transplante das mudas (após ± 25 dias); 
c. Plantio de barreiras (sorgo, milho ou crotalária) ao redor do plantio; 
d. Destruição dos restos culturais e frutos com orifícios da broca pequena; 
e. Uso de cobertura morta (palha de arroz); 
f. Policultivo: 1 fileira de sorgo ou milho a cada 5 fileiras de tomate; 
g. Poda apical: deixar 4 a 5 pencas de frutos/planta (facilita as pulverizações 
e melhora a classificação dos frutos); 
h. Manejo de plantas invasoras (cultura no limpo até frutificação) - plantas 
como beldroega, caruru, mostarda, erva-de-santa-maria, são hospedeiras 
do virus vira-cabeça, transmitido pelo tripes; 
i. Uso de sementes de boa qualidade e seleção de mudas; 
j. Eliminação de plantas doentes, para eliminar fontes de inóculo; 
k. Fazer rotação de culturas, evitando solanaceas que são hospedeiras, 
também, das viroses “Y” e amarelo baixeiro, transmitida pelos pulgões). 
No entanto, a couve flor é resistente ao vira-cabeça; 
l. Plantio de couve, que são mais preferidas, podendo ser utilizada como 
planta isca para mosca branca. 
 
III.3. Controle físico 
 
a. Uso de armadilhas luminosas (captura de adultos das traças e brocas). 
 
III.4. Resistência de plantas 
 
a. Variedades de tomate resistentes a viroses - Híbrido “Carmem” e 
Variedade “Angela”, são resistentes ao mosaico e, a última ao vírus “Y”; 
b. Existem estudos de variedades resistentes à traça-do-tomateiro, bem 
como tolerante as moscas branca, a partir das espécies selvagens 
(Lycopersicon hirsutum e L. glabrum). 
 
III.5. Controle biológico 
 
 206
 
a. Uso de Bacillus thuringiensis adicionado com óleo mineral; 
b. Uso de Trichogramma pretiosum (microhimenóptero), em liberações 
semanais de 1000 cm2 de cartela com ovos parasitados por ha, começando 
com a constatação do ataque da praga (traça); 
c. Alguns inimigos naturais importantes no agroecossistema do tomateiro. 
 
Nome comum Nome Científico Ordem: Família 
Predadores 
Percevejos predadores Nabis sp. Heteroptera: Nabidae 
 Orius sp. Heteroptera: Anthocoridae 
 Geocoris sp. Heteroptera: Lygaeidae 
Joaninhas Cicloneda sanguinea Coleoptera: Coccinellidae 
 Eriops sp. Coleoptera: Coccinellidae 
Tesourinhas Doru lineare Dermaptera: Forficulidae 
Bicho lixeiro Chrysoperla externa Neuroptera: Chrysopidae 
 Ceraeochrysa cubana Neuroptera: Chrysopidae 
Besouros carabídeos Calosoma granulatum Coleoptera: Carabidae 
 Lebia concina Coleoptera: Carabidae 
Vespas predadoras Polybia sp. Hymenoptera.: Vespidae 
 Brachygastra sp. Hymenoptera: Vespidae 
Formigas, Aranhas, Tripes, etc 
 
Parasitóides 
PRAGA ALVO 
Tripes Tetrastichus tripophomus Hymenoptera: Eulophidae 
Mosca branca Eretmocerus paulistus Hymenoptera: Aphelinidae 
 Propaltella brasiliensis Hymenoptera: Aphelinidae 
 Encarsia formosa Hymenoptera: Aphelinidae 
Broca pequena Calliephialtes dimorphus Hymenoptera: Ichneumonidae 
 Trichogramma sp. Hymenoptera: Trichogrammatidae 
Traça-do-tomateiro Apanteles gelechiidivorus Hymenoptera: Braconidae 
 Trichogramma sp. Hymenoptera: Trichogrammatidae 
Mosca minadora Diglyphus begini Hymenoptera: Eulophidae 
 Chrysocaris sp. Hymenoptera: Braconidae 
Broca gigante Trichogramma sp. Hymenoptera: Trichogrammatidae 
 
III.6. Controle por comportamento 
 
a. Embora, ainda, não passível de utilização em grande escala por 
produtores, o uso do feromônio sexual da traça-do-tomateiro para o 
monitoramento, poderá ser uma alternativa com grande potencialidade, 
como tem mostrado as pesquisas; 
b. Também, pesquisas sobre o feromônio sexual da broca-pequena, será uma 
ferramenta promissora para amostragem dessa praga; 
c. Uso de armadilhas de cor amarela para mosca branca e azul para tripes, 
com cola adesiva ou óleo; 
 
 
 207
 
III.7. Controle legislativo 
 
a. Plantio em única época na região (para evitar que uma cultura sirva como 
fonte de indivíduos para colonização); 
b. Evitar plantio de culturas hospedeiras próximas ou simultaneamente 
(jiló, berinjela, os quais são hospedeiros da broca pequena); 
c. Não efetuar plantios no período de estiagem; 
 
III.8. Controle químico 
 
a. Evitar uso indiscriminado de fungicidas (efeito deletérico sobre fungos 
entomopatogênicos e outros IN); 
b. Adotar o NC; 
c. Efetuar rotação de grupos dos produtos químicos; 
d. Preferir produtos biológicos ou, aqueles seletivos; 
 
Alguns inseticidas e acaricidas utilizados no controle de pragas do 
tomateiro 
 
Nome Técnico Nome Comercial Pragas 
Classe 
Toxicológica 
e carência 
 
Grupo 
Químico 
acephate Cefanol 
Orthene 750 BR 
pulgões, tripes, broca gigante 
e ácaro vermelho; 
III (7 dias) 
III (7 dias) 
F - S 
clorpirifós Losban 480 BR broca pequena, mosca 
mindadora e lagarta rosca 
II (21 dias) 
diafentiuron Polo 500 PM Ácaros I (7 dias) Tiouréia
s 
cyromazine Trigard 750 PM mosca minadora IV ((7 dias) Triazina
s 
dimetoato Agritoato 400 ácaros e pulgões I (14 dias) F -S 
triflumuron Alsystin 250 PM broca grande e traça IV (10 dias) IF 
betacyflutrin Turbo traça e broca pequena 
cipermetrina Arrivo 200 CE 
Ripicord 100 
broca pequena, traça-do-
tomateiro e tripes 
II (10 dias) P 
clorfluazuron Atrabron 50 CE traça-do-tomateiro I (-) IF 
cyfluthrin Baytroid CE traças e brocas I (4 dias) P 
fenvalerate Belmark 75 CE 
Sumicidin 200 
traças e broca pequena I (4 dias) P 
lambdacyhalothrin Karate 50 CE brocas e traças II (7 dias) P 
enxofre Thiovit Sandoz Ácaros IV (-) Enxofre 
carbaryl Carbaryl 480 SC brocas, vaquinhas, tripes, 
percevejo 
II (3 dias) CB 
imidacloprid Confidor mosca branca, pulgão IV (-) - S 
permethrin Corsair 500 CE 
Pounce 384 CE 
Ambush 500 CE 
broca pequena, traças, tripes e 
pulgões 
II (3 dias) P 
 208
 
Talcord 250 CE 
deltamethrine Decis 25 CE broca pequena, traça-da-
batata, percevejo, vaquinhas, 
besouros, mosca minadora, 
lagarta rosca 
 
III (3 dias) 
 
P 
Bacillus 
thuringiensis 
Dipel 
Agree 
traça-do-tomate, broca 
gigante, lagartas, 
IV (1) IB 
enxofre Enxofre PM e 
Microsulfan 
Ácaros IV (2 dias) I 
metamidophos Hamidop 600 
Tamaron BR 
pulgões, brocas, vaquinhas e 
traças 
I (21 dias) 
II (21 dias) 
F 
carbofuran Ralzer 50 GR tripes, pulgões, vaquinhas I (90dias) CB 
cartap Thiobel 500 
Cartap BR 500 
broca pequena e traça-do-
tomateiro 
II (14 dias) CB 
abamectin Vertimec 18 CE mosca minadora, ácaros e 
traças 
III (3 dias) - 
methomyl Lanate BR tripes, pulgões, broca pequenaI (3 dias) CB 
pirimicarb Pi-Rimor pulgões II (7 dias) CB 
propargite Omite 720 CE ácaros III (4 dias) - 
teflubenzuron Nomolt 150 traça-do-tomateiro IV (1 dia) IF 
pyriproxyfen Cordial 100 mosca branca I (7 dias) IF 
thiamethoxam Thiamethoxam mosca branca, pulgões, tripes, 
vaquinhas 
I ( - ) - 
buprofezin Applaud mosca branca - - 
spinosyn Tracer 480 CE traça e brocas - - 
lufenuron Match CE broca-pequena e traça IV (10 dias) IF 
CB = carbamato; I = inorgânico; P = piretróide; F = organofosforado; S = 
sistêmico; IF = fisiológico; IB = biológico. 
 
Literatura recomendada: 
 
Gallo, D. et al. Manual de entomologia agrícola. 3a ed., Piracicaba: Fealq, 
2002. 920p. 
Gravena, S. Manejo integrado de pragas do tomateiro. Anais do I Encontro 
Nacional de Produção e Abastecimento de Tomate, p. 36-54. Setembro, 
1989. 
Haji, F.N.P. Manejo de pragas do tomateiro no Submédio São Francisco, p. 
341-352. In: Fernandes, O.A. et al. (Eds). Manejo integrado de pragas e 
nematóides, v. II, Jaboticabal: FUNEP, 1992. 352p. 
Souza, J.C. & P.R. Reis. Traça-do-tomateiro - histórico, reconhecimento, 
biologia, prejuízos e controle. Belo Horizonte: EPAMIG, 1992. 20p. 
Villas Bôas, G.L., F.H. França, A.C. Ávila & I.C. Bezerra. Manejo integrado 
da mosca-branca Bemisia argentifolii. Brasília: EMBRAPA/CNPH, 1997. 
(Circular Técnica, 9) 11p. 
Zucchi, R.A., S. Silveira Neto & O. Nakano. Guia de identificação de pragas 
agrícolas. Piracicaba: FEALQ, 1993. 139p. 
 209

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