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PARTE IV PRAGAS DAS HORTÍCOLAS MIP DO ALHO E CEBOLA I. PRAGAS-CHAVE I.1. Tripes: Thrips tabaci (Thysanoptera: Thripidae) - Cebola Características: Ovos - postura endofítica na parte mais tenra das folhas; Ninfas - coloração branco amarelada com pernas e antenas quase incolor. Localizam-se na bainha das folhas, sendo ativas nos dois primeiros ínstares e, inativos nos dois posteriores (“pupas”); Adultos - pequenos (± 1mm), de coloração variável de amarelo-claro a marrom e pernas mais claras que o corpo; Injúrias - ninfas e adultos raspam e sugam o exsudado, o que causa áreas esbranquiçadas (prateamento das folhas), secamento das plantas, redução do peso dos bulbos. Podem transmitir viroses. Maiores perdas nos períodos de plântula e início da maturação. As perdas podem atingir 23%. VIA RURAL HGICTAMU Thrips tabaci Ninfas e Adultos Injúrias VIA RURAL HGICTAMU Thrips tabaci Ninfas e Adultos Injúrias I.2. Ácaro: Aceria tulipae (Acari: Eriophyidae) - alho 174 Características: São alongados, vermiforme e invisíveis a olho nu. Localizam-se nas dobras das folhas e sobre os bulbilhos; Injúrias - provoca retorcimento, estrias cloróticas e secamento das folhas, causando nanismo das plantas. Ataca os bulbilhos provocando seu “chochamento” no campo e no armazém. II. PRAGAS SECUNDÁRIAS II.1. Mosca minadora: Liriomyza spp. (Diptera: Agromyzidae) Características: Ovos - ovos isolados em postura endofítica nas folhas; Larvas - amarela à marrom; abrem galerias nas folhas (minas) de forma serpenteada, deixando os excrementos no seu interior; Pupas - geralmente ocorre no solo, mas também pode constatá-las na superfície foliar ou nas minas; Adultos - ± 2 mm de comprimento, escuros com parte ventral amarelada; Injúrias - minam as folhas, pela destruição do mesófilo foliar. O ataque é mais freqüente na parte apical das folhas. Rockefeller Omafra Liriomyza Larva e injúria Pupa Adulto Rockefeller Omafra Liriomyza Larva e injúria Pupa Adulto II.2. Lagarta rosca: Agrotis ipsilon (Lepidoptera: Noctuidae) Características 175 Ovos - branco, globular, depositado isoladamente em solo úmido dos canteiros; Lagartas - marrom acinzentada, capsula cefálica lisa com a sutura adfrontal chegando ao vértice da cabeça; Pupas - marrom brilhante, em câmaras no solo; Adultos - adultos com asas anteriores marrom com algumas manchas pretas e posteriores semitransparentes; Hornet.nz Hornet.nz OSUUGA Agrotis ipsilon Hornet.nz Hornet.nz OSUUGA Agrotis ipsilon Injúrias - as lagartas cortam as plântulas no início do desenvolvimento, causando redução do stand. III. ESTRATÉGIAS E TÁTICAS DE MANEJO E CONTROLE III.1. Amostragem .Coleta ao acaso de 15 plantas por área e acondicioná-las em sacolas plástica; .Colocar as folhas em bandeja com água e contar o número de insetos (ninfas e adultos); .NC = 3 insetos (ninfas e adultos), em média, por folha; III.2. Controle cultural (tripes) a. Plantio antecipado em relação ao período recomendado para a cultura, evitando altas populações da praga; b. Adubação equilibrada com NPK; c. Irrigação adequada da cultura (déficit hídrico favorece à praga); 176 d. Destruição dos restos culturais; e. Rotação com culturas não hospedeiras. III.3. Resistência de plantas a. Variedades de crescimento com folhas abertas e circulares, na seção transversal apresentam menor densidade de tripes por não proporcionar proteção adequada à praga; b. As variedades Granex 33, Bai do Cedo e Texas Grano, apresentam certo grau de resistência ao tripes. III.4. Controle químico Tripes - geralmente, são efetuadas de duas a três pulverizações no período crítico da cultura (fase de plântula e, na fase de maturação); Ácaro - imersão dos bulbilhos de alho, 24 h antes do plantio por 10 minutos, em calda acaricida e expurgo dos bulbos no armazém. Alguns inseticidas e acaricidas recomendados no controle de pragas do alho e cebola Praga Nome Técnico Nome Comercial Carência (dias) Classe Toxicológica Grupo Químico1 Tripes carbaryl Sevin 850 PM 14 II CB dichlorvos Nuvan 1000 CE 7 I F diazinon Diazinon 600 CE 4 II F dimetoato Dimetoato CE 14 I F - S deltametrina Decis 25 CE 14 II P Ácaro fosfina Gastoxin2 - I - thiometon Ekatin1 - II F - S 1CB = carbamato; F = fosforado; S = sistêmico; P = piretróide; 2Produtos recomendados pela pesquisa, mas não registrados. Literatura recomendada: Botelho, W. & A.I. Ciociola. 1980. Pragas da cebola e seu controle. Informe Agropecuário, 6: 44-46. Gallo, D. et al. Manual de entomologia agrícola. 3a ed., Piracicaba: Fealq, 2002. 920p. Menezes Sobrinho, J.A. 1978. Pragas do alho. Informe Agropecuário, 4: 41- 44. 177 MIP DA BATATA-DOCE I. PRAGAS-CHAVE I.2.Broca-do-tubérculo: Euscepes postfasciatus (Coleoptera: Curculionidae) Características: Ovos - depositados em orifícios confeccionados pelas fêmeas nos tubérculos e nas ramas, próximo ao colo da planta, cobertos por mucilagem. O local escurece devido a oxidação dos exsudatos dos tubérculos (incubação, 6 a 10 dias); Larvas - ápodas, branco leitosa com cápsula cefálica quitinizada. Abrem galerias nos tubérculos, provocando uma reação da planta, tornando as paredes rígidas, sendo facilmente destacadas. Desenvolve-se em cinco ínstares (15 dias); Pupas - coloração branca, tornando-se pigmentada. Ocorre em câmaras próximo às galerias (8 a 10 dias); Adultos - medem 3 a 4 mm, coloração castanha escura a preto. Apresenta os élitros estriados e com pontuações claras. Possuem o corpo coberto por escamas, semelhanes a espinhos. Ocorre em todo o Brasil e durante todo o ano; Eusceps postifaciatus O´Sullivan JB Torres Eusceps postifaciatus O´Sullivan JB Torres Injúrias - as larvas atacam as ramas e tubérculos. Nas ramas, impedem translocação de seiva provocando murcha e até secamento. Nos tubérculos, as galerias podem ser superficiais ou profundas, tornam-os imprestáveis para o consumo, devido ao cheiro e sabor desagradáveis. I.2. Brocas-do-colo: Megastes grandalis (Lepidoptera: Pyralidae) 178 Megastes pusialis (Lepidoptera: Pyralidae) Características: Ovos - coloração verde brilhante e de forma oval. São depositados nas ramas próximo à inserção com as raízes e/ou no solo e raízes (incubação, 7 dias); Lagartas - coloração parda a rósea com manchas escuras na base das cerdas. As lagartas penetram nas ramas, abrindo galerias que podem atingir os tubérculos, sendo que na presença de duas lagartas por rama, as galerias são independentes (desenvolvimento, 5 a 7 semanas); Pupas - ocorre interna às ramas, protegidas por um casulo de seda confeccionado pelas lagartas (13 a 16 dias); Adultos - medem 40 a 50 mm de envergadura, asa anterior de coloração parda com os bordos escuros e, ainda, apresentando linhas transversais da mesma cor. Asa posterior clara; JB Torres JB Torres JB Torres JB Torres JB Torres JB Torres JB Torres JB Torres Injúrias - lagartas confeccionam galerias nas ramas próximo às raízes, constatado pelos excrementos sobre o solo próximo ao local de ataque. Devido ao ataque, ocorre hipertrofia no local, murchamento, redução do desenvolvimento e até a morte das plantas, principalmente, quando novas. Também, podem atacar os tubérculos, tornando-os imprestáveis para o consumo. II. PRAGAS SECUNDÁRIAS 179 II.1. Cigarrinha verde: Empoasca sp. (Homoptera: Cicadellidae) Características (Ver MIP feijoeiro): Ovos - postura endofítica, isoladamente,nas folhas, pecíolos e caules; Ninfas - coloração amarelo esverdeada, localiza-se na face inferior das folhas (5 ínstares); Adultos - verde, muito ágil. Ninfas e adultos deslocam-se com rapidez e não raros em movimentos laterais. Ciclo completo ± 3 semanas; Injúrias - Sucção de seiva e injeção de toxinas provocando amarelecimento e, consequente, seca dos bordos das folhas. II.2. Vaquinha-da-batatinha: Epicauta atomaria (Coleoptera: Meloidae) Ovos - alongado e depositados no solo; Larvas - desenvolvem por hipermetabolia, sendo nesta fase predadora de ovos e outros insetos do solo; Pupas - protegida por uma câmara pupal, enterrada na superfície do solo; Adulto - cinza com élitros mole e com pontuações pretas; Injúrias - adultos provocam desfolha por perfuração das folhas. II.3. Lagarta-das-folhas: Syntomeida melanthus (Lepidoptera: Amatidae) Características: Mariposas de coloração azul escura metálica, possuindo uma manha amarela na base da asa posterior. As lagartas são escuras e pilosas. Injúrias - desfolha, deixando apenas as nervuras. II.4. Outros insetos e ácaros associados à cultura Ácaro rajado, Tetranychus urticae (Acari: Tetranychidae) Vaquinhas, Diabrotica speciosa (Coleoptera: Chrysomelidae) Conoderus scalaris (Coleoptera: Meloidae) III. ESTRATÉGIAS E TÁTICAS DE MANEJO E CONTROLE III.1. Controle cultural 180 a. Rotação de culturas; b. Seleção dos tubérculos e ramas para o plantio; c. Uso de tubérculos iscas; d. Amontoa bem feita, cobrindo ostubérculos; e. Eliminação de hospedeiros alternativos das pragas; f. Plantio no início das chuvas para rápido desenvolvimento inicial das plantas, suportando o ataque; g. Colheita precoce; h. Destruição dos restos culturais. III.2. Variedade resistente a. Variedades que produzem tubérculos superficiais e, em pencas, são mais atacadas, bem como aquelas de ramas longas e moles (a.1. variedades mais suscetíveis à broca-do-tubérculo: “batata vermelha” e “coração magoado”; a.2. variedades menos suscetíveis: “rama curta roxa”, “mineira”, “brazilândia roxa” e “caboatã”); III.2. Controle químico a. Aplicação de inseticidas sistêmicos (aldicarb) após 50 dias do plantio, controla eficientemente a broca-do-tubérculo. Produto não registrado para a cultura. Literatura recomendada: Bondar, G. 1954. Pragas da batata-doce na Bahia. Bahia Rural 22(6):18-19. Gallo, D. et al. Manual de entomologia agrícola. 3a ed., Piracicaba: Fealq, 2002. 920p. Garcia, M.S. Aspectos biológicos da broca da raiz Euscepes postifasciatus (Fairmaire, 1849) (Coleoptera, Curculionidae) e resistência de cultivares de batata-doce (Ipomoea batatas (L.) Lam.), no Estado de Pernambuco. Recife: UFRPE, 1989. 148p. (Tese de Mestrado). Martinez, C.D. Comportamento e mecanismos de resistência de cultivares de batata-doce (Ipomoea batatas (L.) Lam.), à broca do caule, Megastes grandalis (Guenée, 1854) (Lepidoptera, Pyralidae). Recife: UFRPE, 1985. 109p. (Tese de Mestrado). 181 MIP DA BERINJELA, PIMENTÃO E JILÓ I. PRAGAS-CHAVE I.1. Ácaros: Ácaro branco, Polyphagotarsonemus latus (Acari: Tarsonemidae) Ácaro rajado,Tetranychus urticae (Acari: Tetranychidae) Ácaro vermelho, Tetranychus ludeni (Acari: Tetranychidae) Características: P. latus - acaro polífago. Adultos branco-esverdeado, atacam os ponteiros, alojando-se nas face inferior das folhas e não produzem teia. Praticamente invisíveis a olho nú. Os ovos são de coloração branca ou pérola, depositados isoladamente na face inferior das folhas. As larvas são hexápodas e de coloração branca, sendo bastante móvel. Os machos são menores e hialinos, possuem o quarto par de pernas modificado para carregar a “pupa” da fêmea, sendo um meio de dispersão, além do vento, insetos, etc. Alojam na face inferior das folhas, principalmente da parte apical. Ciclo ovo-adulto para fêmeas, varia de 2,5 a 6,0 dias à 30 e 20oC; T. urticae - ácaro polífago, adultos esverdeado com dois pares de manchas escuras no dorso. Localizam-se na face inferior das folhas, onde tecem teia. As colônias concentram-se na parte mediana a superior das plantas de algodão. Os machos são menores que as fêmeas e com a extremidade do abdome afilada. Os ovos são esféricos, de coloração branco-amarelada, sendo depositados nos fios de teia ou no substrato. T. ludeni - coloração vermelha intensa, podendo ser visualizados a olho nu, com ± 0,45 mm de tamanho; Injúrias - as folhas atacadas, apresentam-se com manchas brancas a prateadas na face inferior. Na face superior as folhas tornam-se bronzeadas, podendo secar e cair. Em ataque intenso nas plantas novas, pode ocorrer a morte da planta. II. PRAGAS SECUNDÁRIA II.1. Pulgões: Pulgão do algodão: Aphis gossypii (Homoptera: Aphididae) 182 Pulgão verde: Myzus persicae (Homoptera: Aphididae) Características: A. gossypii - colônias de insetos com 2 a 3 mm de tamanho e corpo mole. Apresentam sifúnculos, coloração amarela-esverdeada a verde escuro. Ocorrem na face inferior das folhas e, nas brotações novas, sugando seiva; M. persicae - prefere folhas mais velhas. Forma áptera (ninfa) verde-claro e com ± 2 mm. Alados possuem abdome verde amarelado, cabeça e tórax pretos; Injúrias - sugam seiva, provocando murchamento e secamento das plantas; encarquilhamento de folhas e deformação de brotações. II.2. Vaquinhas: Burrinho, Epicauta atomaria (Coleoptera: Meloidae) Larva alfinete, Diabrotica speciosa (Coleoptera: Chrysomelidae) Características: Ovos - alongado e depositados no solo; Larvas: E. atomaria - desenvolve por hipermetabolia, sendo predadora de ovos e outros insetos; JB Torres Epicauta Epicauta JB TorresJB Torres Epicauta Epicauta JB Torres D. speciosa - larva branca, cabeça marrom, placa quitinizada escura no último segmento do abdome; Pupas - protegida por uma câmara pupal, enterrada na superfície do solo; Adultos: E. atomaria - cinza com élitros mole e com pontuações pretas ou sem pontuações; D. speciosa - besourinho de coloração esverdeada com três manchas amarelas em cada élitro. Ocorre praticamente durante todo o ano; Injúrias - adultos das duas espécies provocam desfolha, sendo que adultos de E. atomaria, podem desfolhar a planta totalmente em pouco tempo. 183 II.3. Broca-pequena-do-fruto: Neoleucinodes elegantalis (Lepidoptera: Pyralidae) Características: Ver pragas do Tomateiro Injúrias - broqueamento de frutos de pimentão e berinjela, podendo haver aborto ou não dos mesmos. Com o orifício de saída possibilita a penetração de umidade e saprófitas, tornando-os imprestáveis. Entrada Saída Neoleucinodes JB Torres Entrada Saída Neoleucinodes JB Torres II.4. Percevejo-de-renda: Corythaica cyathicollis (Heteroptera: Tingidae) Características: Pequeno percevejo com ± 3,3 mm de tamanho, coloração castanha escura e apresenta as asas reticuladas. Ocorrem na face inferior das folhas, com ninfas e adultos sugando seiva; Injúrias - devido ao ataque, as folhas tornam-se esbranquiçadas, podendo secar e cair, além de predispor a planta à doenças. Na colônia pode-se observar, também, manchas pretas decorrente dos excrementos. É importante, principalmente, na cultura da berinjela. II.5. Lagarta rosca: Agrotis ipsilon (Lepidoptera: Noctuidae) Características: Vide pragas do Feijoeiro, Milho e Figuras pragas do alho e cebola. Injúrias - as lagartas cortam as plântulas no início do desenvolvimento, causando redução do stand. II.6. Tripes: Frankliniella schultzei (Thysanoptera: Thripidae) Características: Insetos com ± 3 mm, coloração marrom escura, quase preta.Asas franjadas e aparelho bucal picador-raspador. Postura endofítica. Suas ninfas são 184 amareladas e ativas nos dois primeiros ínstares e, inativos nos dois posteriores (“pupas”). Localizam-se nas folhas novas, flores e frutinhos novos de berinjela; II.7. Lagartas: Lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae Lagarta-da-espiga, Helicoverpa zea (Lepdoptera: Noctuidae) Características: Vide pragas do Milho Injúrias - as lagartas desfolham as plantas de pimentão, principalmente, além de broquear os frutos. III. ESTRATÉGIAS E TÁTICAS DE MANEJO E CONTROLE III.1. Controle cultural a. Rotação de culturas; b. Destruição dos restos culturais; c. Controle de ervas daninhas; d. Colheita antecipada, principalmente dos frutos atacados por pragas; e. Adubação e irrigação equilibradas; f. Plantios com mudas de boa qualidade e, em época apropriada para bom estabelecimento da cultura. III.2. Controle biológico a. C. B. Natural: A ocorrência de moscas Tachinidae e vespas Braconidae, além de besouros Carabidae e joaninhas, são comuns no agroecossistema estudado. Abaixo citamos alguns deles: Grupo Praga Inimigo Natural Ordem: Família Predadores Pulgões Chrysopa sp. Chrysoperla sp. Cycloneda sp. Neuroptera: Chrysopidae Coleoptera: Coccinellidae 185 Hippodamia sp. Baccha sp. Diptera: Syrphidae Ácaros ácaros predadores Acariformes: Phytoseiidae Lagarta rosca e outras Polistes sp. Calosoma sp. Zelus sp. Hymenoptera: Vespidae Coleoptera: Carabidae Heteroptera: Reduviidae Parasitóides Pulgões Percevejo Aphidius spp. Lysiphlebus sp. Aphelinus mali Mymar sp. Hymenoptera: Aphidiidae Hymenoptera: Braconidae Hymenoptera: Aphelinidae Hymenoptera: Mymaridae Patógenos Pulgões Enthomophthora III.3. Controle químico a. Iscas tóxicas: Utilizadas para lagarta rosca, grilos e paquinhas (320 ml de Dipterex 500 + 500 g de açúcar + 10 Kg de farelo e água até tornar granulometria); b. Pulverizações com os produtos recomendados como: Pragas Princípio Ativo Produto comercial Classe Toxicológica Carência Ácaros, tripes e pulgão dimethoato thiometon ethion tetradifon pirimicarb Dimetoato 500 CE Ekatin Ethion 500 Tedion 80 Pi-rimor 500 PM I II I III II 14 30 7 2 3 Vaquinha, burrinho, broca pequena, percevejo, tripes e pulgões triclorfon carbaryl fenitrothion Dipterex 500 Anticar Tamaron BR Carbaryl 480 SC Sevin 75 Sumithion 500 CE II II I II III II 7 7 21 3 3 14 Pulgão pirimicarb diazinon Pi-Rimior 500 PM Diazinon 600 CE II II 3 14 Lagartas acephate Cefanol Orthene 750 BR III III 14 14 Ácaros, pulgões e lagartas dichlorfos DDVP 1000 CE I 7 Lagartas, vaquinhas, percevejo decametrina Decis 25 CE II 3 Mosca branca thiamethoxam imidacloprid pyriproyfen Thiamethoxam Confidor Cordial 100 I IV I 14 7 III.4. Controle alternativo a. Uso de extrato de fumo ou calda de fumo para pulgões. Literatura recomendada: 186 Correio Agrícola. Especial horticultura, p. 750-787. Gallo, D. et al. Manual de entomologia agrícola. 3a ed., Piracicaba: Fealq, 2002. 920p. Latorre, B.A. Plagas de las hortalizas. Santiago: FAO, 1990. 520p. Silva, E.A. Biologia e determinação dos níveis de infestação de Polyphagotarsonemus latus (Banks, 1904) (Acari: Tarsonemidae) na cultura do pimentão (Capsicum annuum L.). Recife: UFRPE, 1995. 69p. (Tese de Mestrado). 187 MIP DAS BRÁSSICAS I. PRAGAS-CHAVE I.1. Pulgões: Pulgão das brássicas, Brevicoryne brassicae (Homoptera: Aphididae) Pulgão verde, Myzus persicae (Hom.: Aphididae) Características: B. brassicae - colônias com muitos insetos e com presença de pulverulência esbranquiçada. Coloração geral verde com cabeça e tórax preto. Sifúnculo curto e preto. Presente, em geral, na face superior das folhas; M. persicae - colônias com menor número de insetos e sem presença de pulverulência. Ninfas ápteras verde-claro e ± 2 mm e, os alados possuem abdome verde amarelado, cabeça e tórax pretos. Presença, em geral, na face inferior das folhas; Brevicoryne Myzus Injúrias - “engruvinhamento” das folhas provocado pela sucção de seiva, o que leva a redução no crescimento e produção das plantas. I.2. Traça-das-crucíferas: Plutella xylostella (Lepidoptera: Plutellidae) Caraterísticas: Ovos - depositados na face inferior das folhas, isolados ou em grupos de 2 a 3. São arredondados e esverdeados (incubação, 3 a 4 dias); Lagartas - após a eclosão, penetra no mesófilo, alimentando-se, posteriormente, abandona o mesófilo e, passa a alimentar na face inferior das folhas. São de coloração verde clara e com a cápsula cefálica marrom. 188 Atingem até 1 cm de comprimento num período de 8 a 10 dias de desenvolvimento; Pupas - em um casulo, facilmente, reconhecido na face inferior das folhas (± 4 dias); Adultos - coloração cinza a parda com mancha branca ou parda nas asas formando uma faixa quando em repouso; Injúrias - desfolha. Em repolho, perfuração das folhas no sentido ao centro da “cabeça”, depreciando-a. NYASES NYASESNYASESC Torres JB Torres NYASES NYASESNYASESC TorresNYASES NYASESNYASESC Torres JB Torres I.3. Curuquerê-da-couve, Ascia monuste orseis (Latr., 1819) (Lepidoptera: Pieridae) Características: Ovos - são amarelados, depositados na face inferior da folha, em grupos não muito próximos (incubação, 4 a 5 dias); ♀♂ Google.com JB Torres JB Torres JB Torres JB Torres ♀♂ Google.com JB Torres JB Torres JB Torres JB Torres Ascia monuste orseisAscia monuste orseis 189 Lagartas - possuem listras amarelas e verdes e cápsula cefálica marrom. Podem atingir 3,5 mm de comprimento num período de 20 a 25 dias; Crisálidas - podem ocorrer no solo, porém, sendo mais comum nas plantas e de coloração marrom esverdeada (± 11 dias); Adultos - branco amarelada com bordos das asas escuros; Injúrias - desfolha parcial ou total das plantas. II. PRAGAS SECUNDÁRIAS II.1. Falsa medideira ou broca-da-couve: Trichoplusia ni (Lepidoptera: Noctuidae) Características: Ovos - arredondado e verde, depositados isoladamente nas folhas; Lagartas - verde clara com três listras brancas longitudinais. Caminha medindo palmo e com três pares de pernas abdominais; Pupas - verde com manchas marrom, presa à folha com fios de seda; Adultos - ± 30 mm de envergadura. Coloração parda com asas anteriores apresentando manchas prateadas e, posteriores claras, sem manchas; Injúrias - atacam as folhas das brássicas, provocando orifícios e inutilizando-as. II.2. Broca-da-couve: Hellula phidilealis (Lepidoptera: Pieridae) Mariposa de ± 16 mm de envergadura, de asas pardacentas com faixas brancas e vários pontos negros. As lagartas são verde clara, com listras marrom no sentido longitudinal. Injúrias - broqueia as hastes das plantas, podendo decepá-las totalmente. II.3. Outros insetos associados às brássicas: Praga Ordem: Família Injúrias Agrotis ipsilon Lepidoptera: Noctuidae Corte de plantas recém transplantadas Grillotalpa hexadactyla Orthoptera: Gryllotalpidae Corte de plantas novas e ataca as raízes Gryllus assimilis Orthoptera: Gryllidae Danifica haste, folhas e raízes das plantas Vaquinhas Coleoptera: Chrysomelidae Desfolha 190 III.ESTRATÉGIAS E TÁTICAS DE MANEJO E CONTROLE I.3. Amostragem Para pragas do repolho: • Pulgões - amostrar 15% das plantas do talhão; NC = 15% das plantas atacadas, tanto na pré-formação como na formação da cabeça; • Lagartas - amostrar 15% das plantas, sendo o NC = 20% das plantas com lagartas grandes na pré-formação da cabeça e; NC = 10% na fase de formação da cabeça. I.2. Controle cultural a. Uso de casca de arroz como cobertura morta (“dificulta” a localização da cultura por pulgões); b. Plantio em policultivo (dificulta a colonização por pragas específicas e favorece os inimigos naturais); c. Plantio próximo à matas ou com refúgio para predadores, especialmente, vespas predadoras; d. Manejo da água, favorecendo o estabelecimento rápido das plantas e diluição da seiva; e. Adequar a época de plantio para a região, visando o escape de picos populacionais; f. Rotação de culturas com culturas não hospedeiras, quebrando o nicho de pulgões e lagartas. I.4. Controle biológico a. C. B. Natural Praga Inimigo Natural Grupo - Fase Pulgões joaninhas (Coleoptera: Coccinellidae) bicho-lixeiro (Neuroptera: Chrysopidae) vespas (Hymenoptera: Vespidae) mosca sírfide (Diptera: Syrphidae) vespinha parasitóide (Hymenoptera: Braconidae) fungos (Entomophthora spp.) Predador - ninfas e adultos Predador - ninfas Predador - ninfas e adultos Predador - ninfas e adultos Parasitóide - ninfas Patógeno - ninfas Lagartas vespa predadora (Hymenoptera: Vespidae) vespa parasitóide (Hymenoptera: Braconidae) vespa parasitóide (Hymenoptera: Eulophidae) vespa parasitóide (Hymenoptera: Ichneumonidae) mosca taquínidae (Diptera: Tachinidae) Predador - ovos e lagartas Parasitóide - lagartas Parasitóide - lagartas e pupas Parasitóide - lagartas Parasitóide - lagartas e pupas 191 b. C. B. Aplicado - Uso de Bacillus thuringiensis para controle de lagartas. I.4. Controle mecânico a. Catação e esmagamento de ovos e lagartas. I.5. Resistência de plantas a. Clone de couve comum “joenes” é mais resistente a pulgões e lagartas; b. As variedades de repolho de folhas “roxa” são mais resistentes às lagartas e pulgões que as variedades de folhagem “verde”; c. Cultivares de repolho de folhas escuras, cerosas e ricas em sinigrina são menos preferidas pelas lagartas e, aquelas com folhas escuras, pouco cerosas e com baixo teor de sinigrina possui resistência por não- preferência a B. brassicae. d. Plantas transgênicas de repolho com o gene de Bt (Bacillus thuringiensis), são resistentes a P. xylostella, ainda não em uso no Brasil. I.6. Controle químico a. Inseticidas registrado para o controle de pragas das brássicas Nome Técnico Nome Comercial Carên- cia (dias) Classe Toxicológica Grupo Químico Pragas diazinon Diazinon 400 PM 4 II F pulgões acephate Acefato Fersol 750 PS 14 II F - S pulgões fenvalerato Belmarck 75 CE 15 I P pulgões e curuquerê deltametrina Decis 25 CE 3 II P pulgões, traça, lagartas e vaquinhas B. thuringiensis Dipel PM* - IV IB lagartas pirimifos-methyl Actellic 500 CE 2 II F lagartas carbaryl Carbaryl 480 SC* 14 II CB lagartas, traça e vaquinhas *Produtos recomendados como seletivos a IN do agroecossistema das brássicas. CB = carbamato; F = fosforado; S = sistêmico; P = piretróide; IB = biológico. 192 I.7. Controle químico alternativo a. Calda de fumo (100 L de H2O; 100 a 200 g de soda cáustica; 1 a 2 L de nicotina a 10%; 200 a 300 g de sabão branco), recomendado para pulgões, ou o preparado de fumo (200 g de fumo-de-rolo em 1,0 L de álcool por 24 h), 200 g de sabão de coco e 200 ml de querosene em 20 L de água. Dissolva o sabão em ”banho-maria”, adicione o querosene e, posteriormente, no pulverizador, adicione 500 mL do extrato de fumo. Literatura recomendada: Gallo, D. et al. Manual de entomologia agrícola. 3a ed., Piracicaba: Fealq, 2002. 920p. Gonçalves, N.P. Níveis de ação para lepidópteros desfolhadores do repolho. Viçosa: Imprensa Universitária, 1988. 27p. (Tese de Mestrado). Guerra, M.S. Receituário caseiro. Brasília: EBRATER, 1985. 166p. Salgado, L.O. 1983. Pragas das brássicas, características e métodos de controle. Informe Agropecuário, 9(98): 43-47. 193 MIP DAS CUCURBITÁCEAS (abóbora, pepino, melancia, melão, chuchú) I. PRAGAS-CHAVE I.1. Broca-das-cucurbitáceas: Diaphania nitidalis (Lepidoptera: Pyralidae) Diaphania hyalinata (Lepidoptera: Pyralidae) Características: Ovos - de coloração branca a creme, depositados nas folhas, ramos, flores e frutos (incubação, 4 a 5 dias); Lagartas - D. hyalinata, coloração esverdeada, podendo atingir 25 mm de comprimento e apresentam duas linhas brancas longitudinais; D. nitidalis, um pouco maior (até 30 mm), totalmente verde e cabeça escura, possuindo no quarto ínstar, manchas escuras (desenvolvimento, 14 a 21 dias); Pupas - sobre as folhas secas ou no solo (5 a 10 dias); LAGARTA D. nitidalis LAGARTA D. hyalinata ADULTO D. nitidalis D. hyalinataADULTO Fotos: JB Torres LAGARTA D. nitidalis LAGARTA D. hyalinata ADULTO D. nitidalis D. hyalinataADULTO Fotos: JB Torres Adultos - D. nitidalis, mariposas de 30 cm de envergadura, coloração marron-violácea, com as asas apresentando um área central amarelada 194 semitransparente, e os bordos marrom; D. hyalinata; semelhante a espécie anterior, porém com as asas apresentando a área semitransparente branca com os bordos retilíneos. Ciclo ± 25 dias; Injúrias - as lagartas atacam as folhas, brotos novos, ramos e principalmente os frutos. Nos frutos, abrem galerias ocasionando destruição da polpa (apodrecimento do fruto). As lagartas de D. nitidalis atacam flores, folhas, ponteiros, e frutos, onde penetram rapidamente; enquanto as lagartas de D. hyalinata atacam, principalmente, as folhas, mas atacam o talo das folhas, causando murcha. II. PRAGAS SECUNDÁRIAS II.1. Moscas-das-frutas: Anastrepha grandis (Diptera: Tephritidae) Características: Larvas - são ápodas, coloração branca e atingem até 12 mm de comprimento; Pupas - no solo; Adultos - moscas de coloração amarelada, com 10 a 11 mm de comprimento, médio-térgito preto e uma mancha em forma de “V” incompleta na asa; Injúrias - as larvas destroem a polpa, consequentemente, o fruto apodrece. Problemas maiores, onde cultiva melão para exportação (praga quarentenária nos países compradores). II.2. Pulgão: Aphis gossypii (Homoptera: Aphididae) Características (Ver MIP algodão): A. gossypii – ocorrem em colônias de ninfas e adultos na face inferior das folhas, possuem de 2-3 mm de tamanho e são de corpo mole, apresentam sifúnculos, coloração amarela esverdeada; M. persicae - ninfas ápteras verde claro de ± 2 mm de tamanhho; os alados possuem abdome verde-amarelado, cabeça e tórax pretos; Injúrias - ambos ocorrem na face inferior das folhas e, nas brotações novas, sugando seiva. Os brotos e ramos novos, tornando-os engruvinhados e prejudicando o desenvolvimento das plantas. Podem transmitir virose. Em 195 consequência do ataque, pode ocorrer fumagina sobre as plantas e frutos (melão), depreciando-os. II.3. Mosca branca: Bemisia tabaci e Bemisia argentifolii (Homoptera: Aleyrodidae) Características (Ver algodoeiro e tomateiro): Ovos - coloração amarela, com formato de pera e mede cerca de 0,2 a 0,3 mm. São depositados isoladamente na parte inferior da folha e presos por um pedicelo (± 6,8 dias de incubação); Ninfas - translúcidas de coloração amareloa amarelo-pálido. Locomove-se no 1o ínstar, posteriormente, fixando-se na planta e, não locomovendo nos dois ínstares subsequentes. O 4o ínstar é chamado de pseudo-pupa ou pupário, devido a redução do metabolismo (duração da fase ± 27 dias a 25oC); Adultos - reproduz-se sexuadamente ou por partenogênese. Medem de 1 a 2 mm; coloração geral branca e, quando em repouso as asas permanecem levemente separadas, voando rapidamente quando molestados. A fêmea deposita de 100 a 300 ovos durante uma vida de 38 a 74 dias. Ciclo ovo- adulto à 32oC ocorre ± 19 dias. Injúrias - encarquilhamento das folhas do melão, ocorrência de fumagina, causando redução no desenvolvimento e deformação dos frutos, os quais perdem o sabor e o valor comercial. Na abóbora, B. argentifolii, causa prateamento na face superior das folhas e, ambas espécies, reduzem o desenvolvimento da planta. Ocorrência de fumagina. II.4. Vaquinhas: Diabrotica speciosa (Coleoptera: Chrysomelidae) Cerotoma spp. (Coleoptera: Chrysomelidae) Alcalina bivitula (Coleoptera: Chrysomelidae) Epilachna cacica (Coleoptera: Coccinellidae) Características: D. speciosa e Cerotoma spp. (Ver MIP Feijoeiro) A. bivitula - besouros de 5 a 6 mm de comprimento, coloração geral preta com listras amarelas nos élitros; E. cacica - besouros de 100 mm de comprimento, de forma esférica, coloração marrom, com uma faixa preta contornando os élitros. Suas 196 larvas podem atingir 10 mm de comprimento, com o corpo revestido por espinhos pretos e longos; Injúrias - os adultos alimentam-se de folhas, deixando orifícios bem típicos de seu ataque. A. bivitula pode transmitir viroses. As larvas de E. cacica atacam as folhas, enquanto as larvas das outras espécies vivem no solo e não tem importância para as cucurbitáceas. II.5. Ácaro rajado: Tetranychus urticae (Acari: Tetranychidae) Características (Ver MIP algodoeiro): Ovos - são esféricos, translúcido e hialinos. Depositados nas reentrâncias da face inferior das folhas nos fios de teia ou no substrato; Larvas - são amarelo-esverdeada, ovaladas e com três pares de pernas; Protoninfas - amarelo-esverdeada, maior que as larvas e mais ativas e, possuem quatro pares de pernas; Deuteronifas - são inativas, sendo que as fêmeas, liberam feromônio que induz vigília pelos machos; Adultos - esverdeado com dois pares de manchas escuras no dorso. Localizam-se na face inferior das folhas e ponteiros, onde tecem teia. As fêmeas são mais globosas. Injúrias – destruição das células e sucção do conteúdo celular. Inicialmente, a folha apresenta como se tivesse uma pulverulência devido a teia produzida e, posteriormente, apresenta clorose, amarelecimento e manchas bronzeadas na face superior, ocorrendo redução de crescimento e até morte de plantas. Plantas adultas suportam até 30% de desfolha. II.6. Broca da haste: Adetus fuscoapicalis (Coleoptera: Cerambycidae) Características: Coleópteros de cor castanha, com cerca de 10 mm. Deposita os ovos, isoladamente, nas hastes verdes, dos quais eclodem larvas esbranquiçadas. Completam o desenvolvimento na parte interna das hastes, onde empupam. Os adultos são encontrados em restous culturais, hastes e folhas secas. Injúrias - as larvas broqueiam as hastes, causando murchas e seca das partes atacadas, podendo ocasionar a morte da planta. Também, suspeita-se de ataque em plantas de pepino. A espécie Adetus muticus, ocorre atacando além do chuchuzeiro, pecíolos de abóbora. 197 III. ESTRATÉGIAS E TÁTICAS DE MANEJO E CONTROLE III.1. Amostragem Para as brocas, amostrar semanalmente, folhas, flores e frutos e, adotar o NC na proporção de 1 folha, 1 gema e 1 fruto atacados, em 6 folhas (16%), 15 gemas (7%) e, 30 frutos (3,5%) amostrados; III.2. Controle cultural a. Rotação de culturas; b. Preparo do solo; c. Controle de plantas daninhas no interior e, em faixa de bordadura à cultura; d. Destruir e incorporar os restos culturais após a colheita ou parte da planta atacada; e. Evitar a entrada de pessoas, carros e caixas nas áreas de plantio; f. Evitar comercialização nas estradas próximo às áreas de plantio; g. Cultivo intercalares (policultivo) com culturas não hospedeiras e de porte ereto. h. Plantio dos talhões no sentido contrário ao vento dos mais velho para o mais novo, para desfavorecer o transporte de pragas dos talhões velhos para os novos. III.3. Controle por comportamento a. Planta isca - cultivo intercalar com abobrinha italiana (CV Caserta), que funciona como planta isca para as brocas, sobre a qual aplica-se inseticidas; b. Uso de placas amarelas contendo substância adesiva transparente, para monitoramento de mosca branca; c. Curcubitácea amarga, Caiaponia tayuya como isca, na qual é aplicado inseticidas (especialmente, para D. speciosa). III.4. Controle físico a. Uso de armadilhas luminosas (adultos brocas); b. Cobertura do solo com superfície refletora, casca de arroz (pequenas áreas), dificulta a colonização por pulgões. 198 III.5. Resistência de plantas a. Variedade Caserta é altamente preferida e a Híbrida Duda, é menos atacada pelas brocas; b. Resistência às brocas é constatada em Curcubita moschata; c. Melão 91213 e LJ90234 são resistentes ao pulgão A. gossypii. III.6. Controle biológico a. C. B. Natural: Praga alvo Inimigo Natural Grupo Ácaro rajado Phytoseiulus persimilis Typhlodromalus occidentalis Amblyseius californicus, etc. ácaro predador Stethorus spp. joaninha - predador Chrysoperla carnae bicho lixeiro - predador Orius sp. Geocoris sp. percevejo - predador Brocas Apantelis sp. Brachymeria sp. Polistes sp. Trichogramma spp. vespa - parasitóide/larvas vespa - parasitóide/larvas vespa - predadora/larvas vespa - parasitóide/ovos b. C.B. Aplicado: Uso de Bacillus thuringiensis (Dipel PM), em pulverizações dirigidas às flores e frutos novos para controle das brocas; c. Produção e liberação de ácaros predadores em casa-de-vegetação na Europa, com cultivos de pepino salada. O mesmo com Encarsia formosa, parasitóide de mosca branca; d. Ácaros predadores Phystoseiidae e fungos, ocorrem naturalmente, em colônias do ácaro rajado. III.7. Controle legislativo a. Barreira fiscal empregada nas áreas de produção de melão no Rio Grande do Norte. III.8. Controle químico a. As pulverizações devem ser realizadas no período da tarde, devido a maior atividade dos insetos polinizadores pela manhã (durante a noite, evaporação mais lenta da calda); 199 b. Cuidado com inseticidas carbamatos, enxofre e malation, etc, aos quais as cucurbitáces são sensíveis; c. Em cultivo de melão e melância, em áreas com histórico de ocorrência de pragas, efetuar o plantio com granulados sistêmicos no solo, por ocasião do plantio; d. Uso de isca tóxica para controle de mosca das frutas. A isca é preparada da seguinte forma: para 100 L de H2O, colocar 10 L de melaço ou 2 L de proteina hidrolizada ou, ainda 5 Kg de açúcar e inseticida (fenthion 50% na dosagem de 75 ml). A solução é pulverizada sobre as plantas da perifería. Pode-se também, aplicar fenthion através de pulverizações, enquanto os frutos estão verdes; e. Ter cuidado com fitotoxidez de inseticidas e acaricidas as plantas. Alguns inseticidas recomendados para pragas das Cucurbitáceas Nome Técnico Nome Comercial Carência (dias) Classe Toxicológica Grupo Químico Pragas dimetoato Dimetoato 500 CE 3 I F-S Brocas, vaquinhas, vaquinhas, moscas- das-frutas (como isca) triclorfon Dipterex 500 7 II F Brocas deltametrina Decis 25 CE 2 II P Brocas fenthion Lebaycid 500 21 II F Brocas, moscas-das-frutas, vaquinhas B. thuringiensis Dipel PM1 - IV IB Brocas diazinon Diazinon 400 PM 4-142 III F Pulgão pyriproxyfen Cordial 100 7 I IF mosca branca thiamethoxam Thiamethoxam 14 I mosca branca e sugadores imidacloprid F = fosforados; S = sistêmicos; P = piretróides, IB = biológico, IF = fisiológico. 1Produto recomendado pela pesquisa, mas não registrado; 24 dias para pepino e, 14 dias para as demais cucurbitáceas. Literatura recomendada: Gallo, D. et al. Manual de entomologia agrícola. 3a ed., Piracicaba: Fealq, 2002. 920p. Pragas sugadoras na olericultura. Coreio Agrícola, Jan/Jun. 1997. 23p. Latorre, B.A. Plagas de las hortalizas. Santiago: FAO, 1990. 520p. 200 MIP DO TOMATEIRO Fenologia da planta x ocorrência de pragas 0 7 25 60 70 90 100 150 dias S em ea du ra E m er gê nc ia Tr an sp la nt e 1a Flor 1o Fruto Florescimento Frutificação Maturação Desenvolvimento vegetativo Pragas do viveiro Pulgão e tripes Mosca branca e mosca minadora Traça-do-tomateiro Ácaros (micro ácaro e ácaro rajado) Broca pequena Vaquinhas I. PRAGAS-CHAVE I.1. Traça-do-tomateiro: Tuta absoluta (Lepidoptera: Gelechiidae) Características: Ovos - amarelo-palha a avermelhado, depositados isoladamente ou, em grupos, nas folhas e ramos (4 a 7 dias); Lagartas - verde claro a arroxeado, próximo a pupação (± 14 dias); Pupas - marrom a esverdeada, ocorre em um pequeno casulo, dentro da mina, nas folhas, caules e no solo (± 8 dias); Adultos - coloração cinza prateada, com numerosos pontos escuros na parte dorsal e, bordos das asas posteriores franjadas. Ciclo de 26 a 30 dias; INIAJB Torres Tuta absoluta JB TorresJB Torres PosturasPosturas INIAJB Torres Tuta absoluta JB TorresJB Torres PosturasPosturas 201 Injúrias - confecção de minas nas folhas, broqueamento de ramos novos e frutos, consequentemente, causa queda de folhas, botões florais e frutinhos e deformação de frutos. As perdas podem chegar a 100% da produção. I.2. Mosca branca: Bemisia spp. e Bemisia argentifolii (Homoptera: Aleyrodidade) Características: Ovos - coloração amarela, com formato de pera e mede cerca de 0,2 a 0,3 mm. São depositados isoladamente na parte inferior da folha e presos por um pedicelo (± 6,8 dias de incubação); S Bauer P. BielzaJB Torres JB Torres P. BielzaS Bauer P. BielzaJB Torres JB Torres P. Bielza Ninfas - translúcidas de coloração amarelo a amarelo-pálido. Locomove-se no 1o ínstar, posteriormente, fixando-se na planta através do estilete e, não locomovendo nos dois ínstares subsequentes. O 4o ínstar é chamado de pseudo-pupa, devido a redução do metabolismo (duração da fase ± 27 dias a 25oC); Adultos - reproduz-se sexuadamente ou por partenogênese. Medem de 1 a 2 mm; coloração geral branca e, quando em repouso as asas permanecem levemente separadas, voando rapidamente quando molestados. A fêmea deposita de 100 a 300 ovos durante uma vida de 38 a 74 dias. Ciclo ovo- adulto à 32oC, ± 19 dias. Injúrias - sucção de seiva, injeção de toxinas com consequente maturação irregular dos frutos (frutos isoporizados). Devido a seiva liberada pode ocorrer fumagina sobre as folhas e frutos. No entanto, as perdas maiores são devido a transmissão do geminivirus (“tomato yellow leaf curl virus” e, “tomato leaf curl virus”). Os prejuízos podem variar de 40 a 70%, dependendo da fase da cultura por ocasião da infestação. 202 I.3. Broca-pequena: Neoleucinodes elegantalis (Lepidoptera: Pyralidae) Características: Ovos - são de coloração branca, globular, depositados à noite, isoladamente, no cálice e face inferior das sépalas, podendo ocorrer, também, na lateral do fruto; Lagartas - após eclosão, a lagartinha, confecciona galerias superficiais no fruto e, posteriormente, penetra deixando com o desenvolvimento do fruto uma cicatriz de penetração. O desenvolvimento ocorre internamente no fruto. São rosadas com até 20 mm; Pupas - após o desenvolvimento, a lagarta abandona o fruto, deixando o orifício de saída e forma uma pupa marrom, entre as folhas secas ou detritos existentes em torno das plantas; Adultos - coloração geral branca. Asas anteriores com manchas marrom avermelhadas na base e na lateral. Quando em repouso, normalmente, fica com com o abdome voltado para cima. Ciclo ± 50 dias; Injúrias - broqueamento de frutos, podendo haver aborto ou não. Com o orifício de saída possibilita a penetração de umidade e saprófitas. Devido a estas injúrias podem reduzir a produção em até 80%. Fotos: Gravena Ltda JB TorresFotos: Gravena Ltda JB Torres II. PRAGAS SECUNDARIAS II.1. Micro-ácaro ou ácaro do bronzeamento: Aculops lycopersici (Acari: Eriophyidae) Características: Ácaro vermiforme de coloração rosada com ± 0,2 mm de comprimento. As fêmeas efetuam postura nas nervuras ou base dos pêlos das folhas. Dispersa na lavoura, principalmente, pelo vento. Ocorre no período mais seco com temperatura mais elevada e umidade relativa menor. O ciclo completa em ± 6 dias; Injúrias - provoca bronzeamento e secamento das folhas, principalmente, da extremidade. Redução do desenvolvimento dos frutos, os quais apresentam pele áspera. 203 II.2. Mosca minadora, Liriomyza spp. (Diptera: Agromyzidae) Características (Ver MIP Alho): Ovos - ovos isolados em postura endofítica nas folhas; Larvas - amarela à marrom; abrem galerias no mesófilo foliar (minas) de forma serpenteada, deixando os excrementos nas galerias; Pupas - geralmente ocorre no solo, mas também pode constatá-las na superfície foliar ou nas minas; Adultos - ± 2 mm de comprimento, escuros com parte ventral amarelada; Injúrias - minam a folha, pela destruição do mesófilo foliar. O ataque é mais frequente na parte basal das plantas. II.3. Pulgões Myzus persicae (Homoptera: Aphididae) Macrosiphum euphorbiae (Homoptera: Aphididae) Características (Ver MIP Brássicas): M. persicae - forma áptera (ninfa) verde-claro e com ± 2 mm. Alados possuem abdome verde amarelado, cabeça e tórax pretos; M. euphorbiae - forma áptera de coloração geral verde com ± 4 mm, porém com cabeça e tórax amarelados e com antenas escuras. Alados menores que as formas ápteras e de coloração semelhante; Injúrias - sucção de seiva, afetando a planta quando em altas populações. Transmissão das viroses (vírus “Y”, topo amarelo, amarelo baixeiro). Essas viroses podem reduzir a produção de 20 a 70%. II.4. Tripes: Frankliniella schultzei (Thysanoptera: Thripidae) Características: Ovos - postura endofítica; Ninfas - são amareladas e ativas nos dois primeiros ínstares e, inativos nos dois posteriores (“pupas”); Adultos - ± 3 mm, coloração marrom escura, quase preta. Asas franjadas e aparelho bucal picador-raspador; Injúrias - raspagem e sucção de seiva da planta. Transmite a virose do vira- cabeça. O adulto só transmite a virose caso tenha-se alimentado na fase de 204 ninfa de algum hospedeiro doente (picão, beldroega, maria pretinha, fumo, berinjela, pimentão e outras). II.5. Broca-gigante: Helicoverpa zea (Lepidoptera: Noctuidae) Características (Ver MIP do Milho): Ovos - branco, depositado isoladamente no cálice; Lagartas - coloração variável, com faixas escuras pelo corpo e manchas escuras na base das cerdas. Ocorre, geralmente, uma por fruto e desenvolve em 6 ínstares; Pupas - marrom e no solo a até 20 cm de profundidade; Adultos - asa anterior amarelada ou verde amarelada e, asa posterior, mais clara com uma faixa escura na margem lateral e outra no centro da asa; Injúrias - broqueia o fruto superficialmente, destruindo parcial ou totalmente o fruto. Sendode maior problema em tomate salada. II.6. Outros insetos: Praga Ordem : Família Injúria Traça-da-batatinha (Phthorimaea operculella) Lepdoptera: Gelechiidae Desfolha, mas ataca principalmente, os tubérculos Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon) Lepidoptera: Noctuidae Corte de plantas novas Vaquinhas (Complexo) Coleoptera: Chrysomelidae Desfolha Ácaro rajado (Tetranychus urticae) Acari: Tetranychidae Raspagem e sucção de seiva Percevejo (Phithia picta) Heteroptera: Coreidae Puncturas nos frutos III. ESTRATÉGIAS E TÁTICAS DE MANEJO E CONTROLE III.1. Amostragem e Nível de Controle Amostrar 20 pontos/talhão com 5 plantas/ponto. • Vetores de viroses (pulgões, tripes e mosca branca). Balançar o ponteiro da planta em uma “bandeja” branca; NC = 1 adulto/ponteiro. • Minadores de folhas (traças e mosca minadora). 3a folha a partir do ápice; NC = 20% folhas minadas. 205 • Broqueadores de frutos (traça, broca pequena e gigante). 1 penca de frutos; NC = 1% de frutos broqueados. III.2. Controle cultural a. Uso de telados nos viveiros e sementeiras (produção de mudas em casas teladas e, em tubetes, reduz problemas com pragas de sementeira - solo, bem como com a traça e mosca branca); b. Retardar o transplante das mudas (após ± 25 dias); c. Plantio de barreiras (sorgo, milho ou crotalária) ao redor do plantio; d. Destruição dos restos culturais e frutos com orifícios da broca pequena; e. Uso de cobertura morta (palha de arroz); f. Policultivo: 1 fileira de sorgo ou milho a cada 5 fileiras de tomate; g. Poda apical: deixar 4 a 5 pencas de frutos/planta (facilita as pulverizações e melhora a classificação dos frutos); h. Manejo de plantas invasoras (cultura no limpo até frutificação) - plantas como beldroega, caruru, mostarda, erva-de-santa-maria, são hospedeiras do virus vira-cabeça, transmitido pelo tripes; i. Uso de sementes de boa qualidade e seleção de mudas; j. Eliminação de plantas doentes, para eliminar fontes de inóculo; k. Fazer rotação de culturas, evitando solanaceas que são hospedeiras, também, das viroses “Y” e amarelo baixeiro, transmitida pelos pulgões). No entanto, a couve flor é resistente ao vira-cabeça; l. Plantio de couve, que são mais preferidas, podendo ser utilizada como planta isca para mosca branca. III.3. Controle físico a. Uso de armadilhas luminosas (captura de adultos das traças e brocas). III.4. Resistência de plantas a. Variedades de tomate resistentes a viroses - Híbrido “Carmem” e Variedade “Angela”, são resistentes ao mosaico e, a última ao vírus “Y”; b. Existem estudos de variedades resistentes à traça-do-tomateiro, bem como tolerante as moscas branca, a partir das espécies selvagens (Lycopersicon hirsutum e L. glabrum). III.5. Controle biológico 206 a. Uso de Bacillus thuringiensis adicionado com óleo mineral; b. Uso de Trichogramma pretiosum (microhimenóptero), em liberações semanais de 1000 cm2 de cartela com ovos parasitados por ha, começando com a constatação do ataque da praga (traça); c. Alguns inimigos naturais importantes no agroecossistema do tomateiro. Nome comum Nome Científico Ordem: Família Predadores Percevejos predadores Nabis sp. Heteroptera: Nabidae Orius sp. Heteroptera: Anthocoridae Geocoris sp. Heteroptera: Lygaeidae Joaninhas Cicloneda sanguinea Coleoptera: Coccinellidae Eriops sp. Coleoptera: Coccinellidae Tesourinhas Doru lineare Dermaptera: Forficulidae Bicho lixeiro Chrysoperla externa Neuroptera: Chrysopidae Ceraeochrysa cubana Neuroptera: Chrysopidae Besouros carabídeos Calosoma granulatum Coleoptera: Carabidae Lebia concina Coleoptera: Carabidae Vespas predadoras Polybia sp. Hymenoptera.: Vespidae Brachygastra sp. Hymenoptera: Vespidae Formigas, Aranhas, Tripes, etc Parasitóides PRAGA ALVO Tripes Tetrastichus tripophomus Hymenoptera: Eulophidae Mosca branca Eretmocerus paulistus Hymenoptera: Aphelinidae Propaltella brasiliensis Hymenoptera: Aphelinidae Encarsia formosa Hymenoptera: Aphelinidae Broca pequena Calliephialtes dimorphus Hymenoptera: Ichneumonidae Trichogramma sp. Hymenoptera: Trichogrammatidae Traça-do-tomateiro Apanteles gelechiidivorus Hymenoptera: Braconidae Trichogramma sp. Hymenoptera: Trichogrammatidae Mosca minadora Diglyphus begini Hymenoptera: Eulophidae Chrysocaris sp. Hymenoptera: Braconidae Broca gigante Trichogramma sp. Hymenoptera: Trichogrammatidae III.6. Controle por comportamento a. Embora, ainda, não passível de utilização em grande escala por produtores, o uso do feromônio sexual da traça-do-tomateiro para o monitoramento, poderá ser uma alternativa com grande potencialidade, como tem mostrado as pesquisas; b. Também, pesquisas sobre o feromônio sexual da broca-pequena, será uma ferramenta promissora para amostragem dessa praga; c. Uso de armadilhas de cor amarela para mosca branca e azul para tripes, com cola adesiva ou óleo; 207 III.7. Controle legislativo a. Plantio em única época na região (para evitar que uma cultura sirva como fonte de indivíduos para colonização); b. Evitar plantio de culturas hospedeiras próximas ou simultaneamente (jiló, berinjela, os quais são hospedeiros da broca pequena); c. Não efetuar plantios no período de estiagem; III.8. Controle químico a. Evitar uso indiscriminado de fungicidas (efeito deletérico sobre fungos entomopatogênicos e outros IN); b. Adotar o NC; c. Efetuar rotação de grupos dos produtos químicos; d. Preferir produtos biológicos ou, aqueles seletivos; Alguns inseticidas e acaricidas utilizados no controle de pragas do tomateiro Nome Técnico Nome Comercial Pragas Classe Toxicológica e carência Grupo Químico acephate Cefanol Orthene 750 BR pulgões, tripes, broca gigante e ácaro vermelho; III (7 dias) III (7 dias) F - S clorpirifós Losban 480 BR broca pequena, mosca mindadora e lagarta rosca II (21 dias) diafentiuron Polo 500 PM Ácaros I (7 dias) Tiouréia s cyromazine Trigard 750 PM mosca minadora IV ((7 dias) Triazina s dimetoato Agritoato 400 ácaros e pulgões I (14 dias) F -S triflumuron Alsystin 250 PM broca grande e traça IV (10 dias) IF betacyflutrin Turbo traça e broca pequena cipermetrina Arrivo 200 CE Ripicord 100 broca pequena, traça-do- tomateiro e tripes II (10 dias) P clorfluazuron Atrabron 50 CE traça-do-tomateiro I (-) IF cyfluthrin Baytroid CE traças e brocas I (4 dias) P fenvalerate Belmark 75 CE Sumicidin 200 traças e broca pequena I (4 dias) P lambdacyhalothrin Karate 50 CE brocas e traças II (7 dias) P enxofre Thiovit Sandoz Ácaros IV (-) Enxofre carbaryl Carbaryl 480 SC brocas, vaquinhas, tripes, percevejo II (3 dias) CB imidacloprid Confidor mosca branca, pulgão IV (-) - S permethrin Corsair 500 CE Pounce 384 CE Ambush 500 CE broca pequena, traças, tripes e pulgões II (3 dias) P 208 Talcord 250 CE deltamethrine Decis 25 CE broca pequena, traça-da- batata, percevejo, vaquinhas, besouros, mosca minadora, lagarta rosca III (3 dias) P Bacillus thuringiensis Dipel Agree traça-do-tomate, broca gigante, lagartas, IV (1) IB enxofre Enxofre PM e Microsulfan Ácaros IV (2 dias) I metamidophos Hamidop 600 Tamaron BR pulgões, brocas, vaquinhas e traças I (21 dias) II (21 dias) F carbofuran Ralzer 50 GR tripes, pulgões, vaquinhas I (90dias) CB cartap Thiobel 500 Cartap BR 500 broca pequena e traça-do- tomateiro II (14 dias) CB abamectin Vertimec 18 CE mosca minadora, ácaros e traças III (3 dias) - methomyl Lanate BR tripes, pulgões, broca pequenaI (3 dias) CB pirimicarb Pi-Rimor pulgões II (7 dias) CB propargite Omite 720 CE ácaros III (4 dias) - teflubenzuron Nomolt 150 traça-do-tomateiro IV (1 dia) IF pyriproxyfen Cordial 100 mosca branca I (7 dias) IF thiamethoxam Thiamethoxam mosca branca, pulgões, tripes, vaquinhas I ( - ) - buprofezin Applaud mosca branca - - spinosyn Tracer 480 CE traça e brocas - - lufenuron Match CE broca-pequena e traça IV (10 dias) IF CB = carbamato; I = inorgânico; P = piretróide; F = organofosforado; S = sistêmico; IF = fisiológico; IB = biológico. Literatura recomendada: Gallo, D. et al. Manual de entomologia agrícola. 3a ed., Piracicaba: Fealq, 2002. 920p. Gravena, S. Manejo integrado de pragas do tomateiro. Anais do I Encontro Nacional de Produção e Abastecimento de Tomate, p. 36-54. Setembro, 1989. Haji, F.N.P. Manejo de pragas do tomateiro no Submédio São Francisco, p. 341-352. In: Fernandes, O.A. et al. (Eds). Manejo integrado de pragas e nematóides, v. II, Jaboticabal: FUNEP, 1992. 352p. Souza, J.C. & P.R. Reis. Traça-do-tomateiro - histórico, reconhecimento, biologia, prejuízos e controle. Belo Horizonte: EPAMIG, 1992. 20p. Villas Bôas, G.L., F.H. França, A.C. Ávila & I.C. Bezerra. Manejo integrado da mosca-branca Bemisia argentifolii. Brasília: EMBRAPA/CNPH, 1997. (Circular Técnica, 9) 11p. Zucchi, R.A., S. Silveira Neto & O. Nakano. Guia de identificação de pragas agrícolas. Piracicaba: FEALQ, 1993. 139p. 209
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