FICHAMENTO NUTRIÇÃO DIÉTÉTICA

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AGES 
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
LICENCIATURA EM NUTRIÇÃO
A DIETA DOS NOSSOS ANCESTRAIS: GUIA NUTRICIONAL PARA PERDA DE PESO E MANUNTENÇÃO DA SAÚDE
Fichamento apresentado no curso de Licenciatura em Educação Física da Faculdade AGES como um dos pré-requisitos para a obtenção de nota parcial da disciplina Nutrição e Dietética, no período.
Orientadora:
Paripiranga – BA 
 
FLEURY, Caio Augusto. A Dieta dos nossos Ancestrais: Guia nutricional para perda de peso e manutenção da saúde. 3ª Ed. São Paulo: Matrix, 2012.
A obra apresenta diversas características que são direcionadas ao contexto histórico da alimentação, mais precisamente da saúde nutricional, que ao escrever, o autor destaca desde o começo da evolução até a reeducação alimentar atual, em que, contrapõe os interesses individuais ou coletivo que a sociedade assemelha. O autor também apresenta receitas que podem melhorar o modo de alimentação, conduzindo o ser humano à uma vida mais saudável, bem como o ato de indagar sobre as dietas convencionais que se faz presente desde o século passado. Vale ressaltar a importância que o mesmo dar aos benefícios que certos alimentos têm e o poder dos mesmos, no que se refere à bem estar natural, seguindo na mesma premissa, o escritor menciona os efeitos que os suplementos emagrecedores contém, assim como os planos de emagrecimento e os prós e contras a esses métodos adversos.
Nos primeiros capítulos, Caio Augusto, disserta sobre os primórdios da evolução, tratando em todos os sentidos e aspectos, o sistema de adaptação dos animais comparado com os seres humanos, as semelhanças que os seres ancestrais tinham com os seres irracionais. A alimentação dos ancestrais em comparação com os seres da atualidade é um assunto recorrente, portanto, é compreensível encontrar trechos que dissertem sobre tal assunto, porém não só de alimentação em especifico é visto nos primeiros capítulos, assim como também não trata-se apenas da seara nutricional. É perceptível as inúmeras indagações sobre a dieta dos ancestrais, se a forma de alimentação dos povos antigos se assemelham com o povo atual e se necessariamente seria a forma mais adequada de usufruir de um alimento. 
Não há dúvidas de que, para que o ser humano ter evoluído como espécie, ele precisou desenvolver uma estratégia alimentar para consumir alimentos mais energeticamente densos. O alimento mais denso encontrado na natureza, do qual seres humanos e hominídeos puderam se alimentar por muito tempo, foram os animais, que estavam mais disponíveis para eles ao longo da evolução. (AUGUSTO, 2012, p. 25 e 26)
Notoriamente o autor dá uma ênfase maior num dos alimentos essenciais para a construção e desenvolvimento do corpo humano, a carne, um alimento que contem proteínas e carboidratos, além de fibras e outras substancias que estimulam o crescimento. Como foi supracitado acima, a carne contribui excessivamente para que o ser humano pudesse se desenvolver, o consumo da mesma traria posteriormente uma série de benefícios para o corpo, não só para a estética, mas também ao condicionamento físico e mental, o que é muito importante quando direcionado a espécie humana. Diante do exposto, fica fácil de compreender sobre a evolução humana, assim como é fácil a reeducação alimentar, tópico central da obra presente.
Os seguintes capítulos ainda retratam sobre o comportamento das populações que se mantem afastadas por qualquer outro motivo, mas que são estudadas de forma a compreender o sistema de alimentação. Ainda sobre a nutrição ancestral, enfatizando a dieta como marco principal, Caio Augusto (2012) deixa claro que a dieta dos ancestrais compunham de alimentos saudáveis, complementando: “Embora todos os aspectos dessa “filosofia” sejam importantes, a dieta é o ponto fundamental na transição para adotarmos o estilo de vida de nosso ancestrais, já que 80% da sua composição corporal é determinada pelo que comemos.” Certamente ele quer passar a ideia de que o consumo dos alimentos naturais são bem mais importantes que quaisquer outros produtos industrializados, ou seja, o ser racional que se alimenta de produtos industriais certamente não terá uma condição física agradável e consequentemente aparecerá doenças relacionadas ao contexto alimentar.
Atualmente, os principais fatores levados em conta pelos médicos ao analisar o risco de desenvolvimento de doenças cardíacas nos pacientes são: os níveis de colesterol LDL (“colesterol ruim”) e a presença de sintomas da síndrome metabólica. (AUGUSTO, 2012, p.93)
É evidente que o consumo exagerado de alimentos gordurosos e glicêmicos trará uma má formação de nutrientes para o organismo, pela compreensão controvertida de tal posicionamento é que muitas pessoas acabam se tornando infelizes com o próprio corpo, seja pelo aumento do peso ou por outros defeitos estéticos. No que tange a síndrome metabólica, Augusto (2012) deixa evidente que: “o consumo de carboidratos de alta carga glicêmica, principalmente o açúcar e os grãos (trigo, arroz, aveia), resulta em acumulo de gordura corporal”. Nitidamente é exposto os alimentos que influenciam na formação da gordura, desta forma, faz-se necessário um reajuste sobre o consumo e a quantidade usufruída. Muito embora, tem gorduras que são benéficas a saúde humana, elas são encontradas nas carnes vermelhas, nas sementes ricas em fibra, portanto, há um consumo de gordura pertinente, lembrando que todo e qualquer consumo exagerado é considerado prejudicial à saúde. 
Alguns fatores interferem na perda de peso, como o nível de gordura corporal atual e a genética da pessoa. Porém, quanto maior o consumo de carboidratos de alta carga glicêmica atual, maior será a perda de peso com a dieta, uma vez que somos todos geneticamente destinados a ser magros se não consumirmos grãos (trigo, arroz, milho etc,), alimentos que não estavam disponíveis para nosso ancestrais. (AUGUSTO, 2012, p. 139 e 140)
O que o escritor pretende afirmar neste trecho é que o consumo de grãos é excessivamente direcionado ao aumento de gordura corporal, ou seja, os derivados do trigo, principalmente, são os que compõe o quadro de carboidratos pesados, logo o mesmo deixa claro que a redução ou extinção dos carboidratos desta natureza e os alimentos com alto teor glicêmico é importante para diminuir o nível de gordura. Já o consumo da proteína, seja ela advinda de carnes vermelhas ou brancas, é essencial para construção de músculos, que para os nosso ancestrais era algo primordial, ser forte era necessário para ir em busca da caça, e nos dias atuais, necessário para a estética. Sobre as particularidades da dieta e da alimentação adequada, segundo Caio Augusto (2012): “A parte mais importante do dia na dieta dos nossos ancestrais é o café da manhã.” [...] “É importante que você consuma quantidades suficientes de proteína e gorduras saudáveis nessa refeição, para que o corpo se mantenha bem saciado até a hora do almoço e você não sinta vontade de beliscar alimentos ricos em açúcar”. Então, é importante que o consumo de gorduras saudáveis sejam consumidas no café da manhã, primeira refeição do dia, pois é a parte do dia em que se consome mais energia, e que continue a alimentação sem carboidratos pesados e produtos glicêmicos.
Não é possível exercitar somente para alcançar excelência cognitiva, porém a atividade física otimiza os funções cognitivas durante atividades que demandam raciocínio lógico. (AUGUSTO, 2012, p.154)
Com tantas distrações em nossa sociedade atual – como trabalho, televisão, computador e vídeo games –, estamos nos tornando habituados a esse estilo de vida. Além disso, temos o fato de o subconsciente poder usar o sentimento de fadiga como uma resposta antecipada de regulação ao exercício, afim de preservar a homeostase (equilíbrio do organismo), possivelmente, assim, desencorajando a continuação do exercício pelo tempo necessário de resposta. (AUGUSTO, 2012, pp. 155 e 156)
É sabido que as atividades físicassão fundamentais para o desenvolvimento do corpo humano, como também para a saúde mental, por isso, o autor busca influenciar a nova geração a praticar exercícios regularmente e principalmente manter a alimentação saudável na medida do possível, destacando as proteínas e os legumes em geral, deixando de lado os carboidratos e derivados, bem como os alimentos industrializados que contém alto teor glicêmico. O acompanhamento de um nutricionista se faz necessário quando a alimentação do indivíduo se encontra se encontra em desacordo com o corpo e a saúde do mesmo, afinal, alimentar-se bem é a característica que mais é encontrada nesta obra, mencionado juntamente com os exercícios físicos que é de fundamental importância tanto para saúde quanto para o corpo. Responsável também pelo humor, a alimentação adequada tem de ser controlada para que posteriormente não traga frutos infelizes, como explica Augusto (2012): “A serotonina é um regulador de humor responsável por manter a harmonia entre áreas do nosso cérebro, e ainda nos ajuda a pegar no sono. Esse efeito normalmente é transitório e, para a maioria das pessoas, essa queda temporária não chega a ser um problema”. Obviamente que estar mal humorado não é natural do ser humano, senão o mesmo viveria em conflito constantemente, mas é pertinente salientar que o consumo de certos alimentos ajudam a regularizar esse disparate “natural”, muito embora, ás vezes, não esteja relacionado a forma de alimentação.
Em suma, devo dizer que a obra é extremamente direcionada a dieta, muito bem relacionada com a alimentação dos nossos ancestrais, porém há, em ligeiros momentos do trabalho presente, algumas características que estão relacionadas com a educação física, muito embora ambas as matérias se assemelhem, mesmo que em pequenos traços. O autor buscar guiar as pessoas para um caminho da saúde alimentar, sempre relacionando com os costumes dos nossos ancestrais, o que remete a pensarmos na reeducação alimentar, nos transporta para a realidade, como se vivêssemos num mundo de ilusões, há aqueles que afirmem isso, mas diante dos produtos industrializados, o que seria ilusório, de praxes. Pude compreender com clareza a real intenção do escritor, como também as receitas debruçadas em diversas páginas, sempre relacionando com a nutrição, seja na realidade ou nos séculos passados. Assim como pude desfrutar desta incrível obra, sinto-me na obrigação de recomendá-la, principalmente para os estudantes da área da saúde, o que necessariamente seria uma adição no que diz respeito ao conhecimento acadêmico.