Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CURSO DE DIREITO UDC DIREITO CIVIL IV – CONTRATOS PROFESSOR: ME. LUIS MIGUEL BARUDI DE MATOS BIBLIOGRAFIA: - GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil: contratos – tomo I e II. Vol. IV. São Paulo: Saraiva - GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: contratos e atos unilaterais. Vol. III. São Paulo: Saraiva - TARTUCE, Flávio. Direito civil: direito das obrigações e responsabilidade civil. Vol. 2. São Paulo: Método - TARTUCE, Flávio. Direito civil: Teoria geral dos contratos e contratos em espécie. Vol. 3. São Paulo: Método O PRESENTE MATERIAL SERVE DE ORIENTAÇÃO PARA O ESTUDO QUE DEVE SER EMBASADO NA BIBLIOGRAFIA INDICADA VÍCIOS REDIBITÓRIOS - CONCEITO: são vícios ou defeitos ocultos que são percebidos no bem objeto do contrato após sua celebração e não eram possíveis de ser conhecidos pelo ADQUIRENTE e que diminuem ou mesmo impedem sua utilização. - Homem médio. Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor. Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas. Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço. - CONTRATOS COMUTATIVOS (prestações certas de ambas as partes, com seu valor ou montante possível de determinação no momento da contratação) ou DOAÇÕES ONEROSAS (bilateral e com encargos para o beneficiário). REQUISITOS VÍCIO REDIBITÓRIO A) O DEFEITO DEVE PREJUDICAR O USO DA COISA OU DIMINUIR-LHE SENSIVELMENTE O VALOR - Se o defeito é pequeno, não sendo relevante o prejuízo resultante não se considera como relevante, sendo negada a possibilidade de resolver o negócio ou de pedir abatimento do preço. B) O DEFEITO DEVE SER OCULTO - Se o defeito é aparente ou podia ser verificado com o exame mais cuidadoso não cabe direito ao adquirente, considerando que agiu com negligência e daí decorre o prejuízo. C) O DEFEITO DEVE EXISTIR NO MOMENTO DO CONTRATO - Se o defeito surgir depois da aquisição o ônus pelo seu surgimento caberá ao adquirente. AÇÕES CABÍVEIS - Como visto cabem duas atitudes ao adquirente que descobre a existência de um vício/defeito oculto: devolução da coisa ou abatimento do preço. - Quando a intenção é a resolução do contrato com a devolução da coisa a ação cabível é a REDIBITÓRIA. - Quando a intenção for obter um abatimento do preço, a ação é QUANTI MINORIS. - A escolha pela ação cabe inteiramente ao adquirente prejudicado. RESPONSABILIDADE DO ALIENANTE - A responsabilidade do alienante não está vinculada ao conhecimento acerca do defeito existente na coisa, no momento da alienação. - A sanção é que se vincula ao grau de conhecimento. - A responsabilidade do alienante que desconhecia o defeito só poderá ser elidida se houver cláusula expressa com esse fim no contrato. Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato. - A responsabilidade do alienante persiste mesmo que a coisa pereça, desapareça ou se deteriore completamente ainda em poder do adquirente se comprovado que esse desaparecimento decorre do vício oculto existente antes da alienação. Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição. DECADÊNCIA DO DIREITO Regra geral: Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade. - 30 dias coisa móvel e 1 ano coisa imóvel a contar da entrega - Se a posse já era do adquirente antes da alienação o prazo é reduzido pela metade e começa a contar da alienação EXCEÇÕES: § 1o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis. - O conhecimento ou descoberta do vício só era possível em momento posterior aos dos prazos iniciais, conta-se assim 180 dias para bens móveis e 1 ano para imóveis a partir da ciência do defeito. § 2o Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no parágrafo antecedente se não houver regras disciplinando a matéria. - Remete aos mesmos prazos do anterior na ausência de lei especial ou usos e costumes. GARANTIA CONTRATUAL Art. 446. Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância de cláusula de garantia; mas o adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de decadência. - Os prazos decadenciais não se iniciam quando houver cláusula de garantia e tiver decorrido o prazo acordado. - Mas o adquirente deve informar o defeito ao alienante no prazo de 30 dias a partir do conhecimento do defeito.
Compartilhar