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Direito Processual do Trabalho II - Prof. Valter da Silva Pinto

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Prof. Valter da Silva Pinto
03/08/14
TEORIA GERAL DOS RECURSOS
Teoria dualista ou pluralista – pelo fato de ser processo, têm institutos comuns, mas há também as especificidades.
Ex.: recurso de revista e agravo de petição só existem no Processo do Trabalho.
No recurso há a fundamentação jurídica e a fundamentação psicológica.
Fundamentação jurídica: possibilidade de erro do juiz ao decidir, oportunidade do reexame da sentença por juízes mais experientes e/ou possibilidade da uniformização da interpretação jurisprudencial de leis ou atos normativos.
Fundamentação psicológica: tendência humana de não se conformar com uma decisão e/ou possibilidade de evitar injustiça.
Toda matéria de prova e fato podem ser reexaminadas no duplo grau de jurisdição. Não chegam ao TST.
Obs.: se o mandado de segurança se inicia no TRT, o seu duplo grau de jurisdição será no TST.
CONCEITO
Segundo Bezerra Leite, “recurso, como espécie de remédio processual, é um direito assegurado por lei para que a(s) parte(s), o terceiro juridicamente interessado ou o Ministério Público possam provocar o reexame da decisão proferida na mesma relação jurídica processual, retardando, assim, a formação da coisa julgada”.
NATUREZA JURÍDICA
Há duas correntes. Uma diz que é uma ação autônoma de impugnação (não adotada por nosso ordenamento jurídico). A segunda diz que recurso nada mais é do que o prolongamento do exercício do direito de ação.
A única ação autônoma de impugnação que temos no nosso sistema processual é a ação rescisória.
11/08/14
PRINCÍPIOS
OMISSÃO + COMPATIBILIDADE = CPC
Princípio do Duplo Grau de Jurisdição
Tem por finalidade evitar o abuso de poder por parte do juiz e possibilitar que a parte possa ver anulada ou reformada sua decisão pelo órgão julgador.
Decorre do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa – art. 5º, LIV e LV, CF.
Alguns autores entendem que o duplo grau não é princípio e sim regra de organização judiciária.
Em algumas situações a decisão só passa a ter eficácia se passar pelo 2º Grau, é o caso dos entes públicos – art. 1º, V, Decreto-Lei nº 779/69. (recurso ex officio ou remessa necessária)
Art. 475, CPC. Limites Súmula 303, TST.
O ente público pode recorrer voluntariamente, independente da súmula.
Art. 2º, Lei 5.584/70. O processo é lavado ao duplo grau de jurisdição para que se revise o valor da causa.
Obs.: dissídio de alçada não cabe recurso, exceto se tiver envolvido matéria constitucional - § 4º. Ação: Pedido de Revisão do Valor da Causa.
Princípio da Unirrecorribilidade ou Singularidade
Este princípio informa que d cada decisão só cabe um tipo de recurso de cada vez, ou seja, os recursos não podem ser interpostos simultaneamente, mas sim sucessivamente.
Ex.: da sentença proferida pelo juiz de 1º grau é possível entrar com embargos de declaração (art. 538, CPC) ou recurso ordinário.
Os embargos de declaração possuem efeitos interruptivos, ou seja, o prazo volta a contar do zero.
	
	inicia do zero
	
	
	Interrupção
	
	
	
	soma
	
	
	Suspensão
Princípio da Unicidade do Recurso
Limita a interposição de recursos contra uma mesma decisão, de forma que um recurso só pode ser interposto uma única vez contra a mesma decisão.
Exceção: embargos de declaração de embargos de declaração.
A preclusão consumativa ocorre quando o ato já foi praticado voluntariamente e produziu os seus efeitos.
QUESTÃO DE PROVA:
O juiz proferiu uma sentença que foi julgada procedente em parte. O reclamado entra com recurso ordinário no 4º dia e recolhe custas de forma errada (menor), considerado deserto. O reclamante entra com recurso no 8º dia e seu recurso é aceito. Quando o recurso é conhecido, abre espaço para contrarrazões. No mesmo prazo permite-se recurso adesivo. O reclamado recolhe as custas corretamente e entra novamente com o recurso que anteriormente foi considerado deserto. Esse recurso pode ser aceito?
Não é possível, pois já ocorreu a preclusão consumativa e também a interposição do mesmo recurso fere o princípio da unicidade.
Princípio da Variabilidade
Orienta no sentido de que, respeitada a tempestividade, há possibilidade de se desistir de um recurso e interpor outro de diferente espécie contra a mesma decisão.
Esta pretensão é discutível, pois não há previsão expressa no CPC de 1973 como havia no CPC de 1939.
Ex.: pedido de revisão de alçada feito ao Presidente do TST. Uma vez proferida a sentença, entra com RO antes do TST julgar o recurso anterior.
Ele sobrevive como princípio e não como norma.
Princípio da Fungibilidade
Possibilita o recebimento de um recurso por outro, isto é, respeitada a tempestividade e atenuada a adequação. Aceita-se um recurso por outro desde que exista dúvida objetiva sobre o recurso cabível para impugnar aquela decisão e inexista erro grosseiro.
Entende-se por dúvida objetiva a divergência existente na doutrina ou jurisprudência sobre o recurso correto cabível contra aquele determinado pronunciamento judicial.
Existe erro grosseiro quando a lei determinar expressamente qual a forma de impugnação da decisão e o recorrente não observar o comando legal.
Súmula 421, TST.
Ex.: trancamento do recurso no juízo ad quem por decisão monocrática. Parte entra com ED ao invés de agravo regimental (agravinho).
OJ 69, SBDI-II.
Ex.: petição inicial indeferida no SBDI cabe agravo regimental.
OJ 152, SBDI-II.
Ex.: RO vai para o TST quando juiz julga AR ou MS. A parte, ao invés de entrar com RO, entra com RR.
25/08/14
Princípio da Intertemporalidade ou Vigência Imediata da Lei Processual Nova.
Toda lei nova aplica-se aos processos pendentes. Entretanto, o recurso é regido pela lei vigente na data da publicação da decisão. Nessa data é que surge o direito de recorrer.
Art. 915, CLT.
Princípio da Taxatividade
Os recursos são enumerados pelas leis processuais em “numerus clausus”, isto é, em rol exaustivo.
Art. 893, CLT.
Princípio da Non Reformatio In Penjus
O órgão revisor não pode decidir a questão que lhe foi devolvida de forma pior para o recorrente do que decidiu-a o juízo a quo.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
(requisitos de admissibilidade dos recursos)
O recurso é apresentado no juízo a quo para que seja proferido no juízo ad quem.
	PETIÇÃO DE
ENCAMINHAMENTO
	+
	RAZÕES RECURSAIS
Do despacho denegatório proferido no recurso a quo, cabe agravo de instrumento para destrancar o recurso.
O juízo a quo não profere exame de mérito, apenas verifica os pressupostos objetivos e subjetivos.
O juízo de admissibilidade a quo não vincula o rol ad quem.
O relator fica responsável pelo processo e faz a primeira análise do recurso. Se trancar monocraticamente, em razão dos pressupostos processuais, cabe agravo inominado.
	
	
	
	
	
	
	Previsão
legal (tipicidade)
	
	
	
	
	
	
	
	
	Adequação
	
	
	PRESSUPOSTOS
PROCESSUAIS
	
	Objetivos (extrínsecos)
	
	Objetivos gerais
	
	Tempestividade
	
	custas
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Preparo
	
	depósitos recursais
	
	
	
	
	
	
	Regularidade de representação
	
	
	
	
	
	
	Objetivos
intrínsecos (especiais)
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Legitimidade
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Subjetivos (intrínsecos)
	
	Capacidade
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Interesse
	
	
	
	
Os pressupostos processuais subjetivos estão relacionados aos sujeitos, às partes que recorrem.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS SUBJETIVOS
Legitimidade – capacidade para se praticar determinado ato processual (recorrer). Em princípio, a parte que teve uma decisão desfavorável tem legitimidade para recorrer.
Art. 499, CPC. Terceiro interessado juridicamente, MP atuando como parte ou custus legis.
Obs.: o MP tem prazo em dobro para recorrer.
Capacidade – é analisado sobre três aspectos:
Ser parte: todo aquele que está no gozo do direito. Não implica capacidade processual.
Obs.:há determinadas situações que a legislação civil cria limites, ou seja, pode ser parte, mas não pode estar no processo. Ex.: assistência, representação.
Processual (estar em juízo) – capacidade de exercício, de fato.
	
	
	
	
	
	
	
	 representação
	
	 assistência
	RAI
	
	(absolutamente incapaz)
	
	ARI
	
	(relativamente incapaz)
Postulatória (ius postuland) – capacidade de poder atuar em todas as fases do processo sem a necessidade do advogado – Súmula 425, TST.
Art. 18, Lei 5.884/70 – sindicato.
De recorrer – está ligada à necessidade de obter uma anulação ou reforma da decisão que lhe foi favorável.
Parte da doutrina entende que a parte, mesmo sendo vencedora, tem interesse em recorrer.
Ex.: empregado ganhou todos os pedidos, inclusive horas extras em que o ônus da prova é seu. Se a empresa recorrer e os argumentos trazidos pelo juiz na sentença forem frágeis, o empregado poderá recorrer para reforçar as razões da sentença.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS OBJETIVOS
Gerais
Previsão legal (tipicidade) – tem a sua base no princípio da legalidade no sentido de que as partes têm direito ao recurso cabível no momento correto.
Art. 893, CLT.
Art. 897-A, CLT.
Adequação – cada recurso tem o seu momento específico.
Obs.1: Princípio da Fungibilidade.
Obs.2: arts. 894 a 897, CLT estão desatualizados.
Tempestividade – os recursos devem ser interpostos dentro do prazo legal respectivos. Esses prazos são todos legais. Logo, são peremptórios, ou seja, não podem ser modificados pelas partes.
Embargos de terceiros: 5 dias.
Demais recursos: 8 dias.
Quanto à Fazenda Pública e ao Ministério Público, esse prazo é em dobro (16 dias) – art. 188, CPC e art. 1º, III, Decreto-lei 779/69.
OJ 310, SBDI-I. Quando as partes estiverem atuando em litisconsorte, o prazo não dobra.
Obs.: ver contagem de prazo na matéria do período passado.
Súmula 387, II, TST. Recurso interposto por meio de fac-símile. Os 5 dias começam a contar após o término do prazo recursal (8 + 5).
Súmula 437, TST. Não é possível entrar com recurso antes de publicada a decisão.
	PJE:
Disponibilização da publicação – 25/08/14.
Data da publicação – 26/08/14 (1º dia seguinte ao que foi disponibilizada a publicação).
Início da contagem do prazo – 27/08/14 (um dia após a data da publicação.
	Disponibilização
da
publicação
	
	Data
da
publicação
	
	
	Início da
contagem
do prazo
Lei 11.419/06.
Art. 15, Instrução Normativa nº 30/07, TST.
01/09/14
Preparo – envolve o recolhimento de custas e, dependendo da situação, do depósito recursal.
Custas: é uma espécie do gênero “despesas processuais”. Está relacionada ao processo de conhecimento. Para recorrer a parte tem que comprovar o recolhimento das custas.
Art. 789, CLT. O valor das custas é de 2%, observado o mínimo de R$10,00. A base de cálculo está enumerada nos incisos.
Art. 2º, Lei 5.584/70.
§ 1º Quem paga as custas.
Obs.: nos embargos de terceiros não há preparo.
§ 3º “pro rata”.
§ 4º dissídio coletivo – sindicatos. Pode cobrar de apenas um e este cobrará dos outros.
II – o reclamante paga as custas. Extinção decorrente do arquivamento. Juiz pode isentar.
Obs.: reclamante nunca fará depósito recursal.
Se o pedido for julgado procedente ou procedente em parte, quem paga as custas é o reclamado.
Súmula 53, TST e OJ 104, SBDI-I. Tem que haver notificação para que a parte tome ciência de que deverá pagar as custas.
Ex.: é proferida uma sentença da VT. Fixou-se custas de R$ 200,00 sobre a condenação de R$10.000,00. Se o TRT mantiver essa sentença, o valor das custas não aumentará. Entretanto, se o valor da condenação aumentar para R$ 20.000,00, o reclamado deverá recolher a diferença das custas para entrar com recurso de revista, ou seja, 2% de R$20.000,00 = R$ 400,00. Já pagou R$ 200,00, logo, subtrai-se esse valor: R$ 400,00 – R$ 200,00 = R$ 200,00. Deverá pagar R$ 200,00.
OJ 140, SBDI-I. O valor das custas não pode ser recolhido a menos do que foi estipulado. O recurso será considerado deserto.
Reclamação plúrima = vários reclamantes contra o mesmo empregador (CC – litisconsórcio ativo facultativo).
Súmula 36, TST.
Súmula 25, TST. Se a ação for procedente em parte e o reclamante ratear as custas em primeira instância e tiver um acórdão julgando improcedente a ação, deverá restituir o réu no valor que recolheu as custas em 1º Grau.
OJ 186, SBDI-I. As custas são devolvidas no final da execução.
Art. 789, CLT.
Art. 789-A, CLT. (não cobra na prova).
Art. 789-B, CLT. Emolumentos.
Art. 790, CLT. GRU (Guia de Recolhimento da União) – cobra-se do sindicato.
§ 3º Pode conceder de ofício a gratuidade de justiça, se entender que o autor é hipossuficiente.
Art. 790-A, CLT. Isenção do pagamento de custas.
PU. Importante!!!!
Ex.: reclamante entra com processo contra a União e perde. Paga custas e recorre. Ganha em 2º Grau. A união não precisa recolher custas para entrar com RR, mas tem que reembolsar o reclamante.
Obs.: OAB, CRIA, CRM – são autarquias, porém pagam custas conforme PU.
Súmula 170, TST. Sociedades de Economia Mista e Empresas Públicas – pessoas jurídicas de direito privado.
Art. 790-B, CLT.
Resolução nº 35, CNJ.
Súmula 86, TST. Isenta a massa falida porque o patrimônio garante.
Depósito recursal: só o empregador é que tem responsabilidade de recolher.
Art. 899, CLT.
§ 4º Conta do FGTS do empregador – Lei 8.036/90. A guia para recolhimento é a GFIP (Guia de Recolhimento de FGTS e Informações e Previdência) – Súmula 426, TST.
Instrução Normativa nº 26, TST. Como preencher a guia.
Instrução Normativa nº 3, TST. Trata do depósito para recurso no processo do trabalho.
I – natureza jurídica. Não é taxa e sim garantia do juízo recursal.
Obs.: só há depósito recursal na sentença condenatória.
No agravo de instrumento também recolhe o depósito recursal (50% do valor do recurso que quer destrancar).
08/09/2014
Ato nº 372/2014 TST. RO – R$ 7.485, 83 e RR /ED/RE/RoAR – R$ 14.971,65.
Art. § 7º, CLT. Quanto se tratar de AI para destrancar recurso, o valor a ser depositado é a metade daquilo que é exigido para o depósito.
Esse depósito é sempre feito pelo empregador, nunca pelo empregado.
Súmula 128, TST. O parâmetro é o valor da condenação. Utiliza-se a tabela do TST. III – se ela não pedir para ser excluída da lide, o depósito que ela fez é aproveitado (art. 2º, § 2º da CLT),
Ex.: as empresas A e B são condenadas. As empresas recorrem. Somente a empresa B pede a exclusão da lide. Nesse caso, o depósito de B não aproveita para A.
Regularidade de representação – o advogado, para atuar no processo, deve estar legalmente habilitado. No processo do trabalho essa habilitação pode ser expressa ou tácita (aquele em que o advogado aparece sem procuração na audiência).
OJ 200, SBDI-I. Substabelecer é poder especial, logo, quem tem mandato tácito não pode substabelecer.
OJ 75, SBDI-I. Quando confere o substabelecimento, mas sem reconhecimento de firma do substabelecente, não confere nenhum efeito.
Súmula 383, TST. Na fase recursal não se admite juntada posterior de procuração, tem que ser juntado junto com o recurso.
Súmula 427, TST. Publicação em nome de apenas um advogado.
OJ 110, SBDI-I.
OJ 318, SBDI-I. Autarquia tem personalidade jurídica própria. A autarquia tem que ter corpo jurídico próprio, não pode ser representada pelos procuradores dos Estados ou dos Municípios.
Súmula 436, TST.
OJ 374, SBDI-I. Agravo de instrumento em recurso de revista. É apresentado no TRT para fazer o primeiro juízo de admissibilidade, logo a representação ainda é válida. O mandato só é válido até o TRT.
OJ 286, SBDI-I. O TST admite o mandato tácito. Quando formar o AI, tem que juntar a procuração do agravante e a procuração do agravado. Se for mandato tácito, basta juntar a ata de audiência.
OJ 319, SBDI-I. Enquanto o processo aguarda para ser julgado o estagiário recebe a sua habilitação. Esses atos são válidos.
EFEITOS DOS RECURSOS (igual ao processo civil)
Efeito devolutivo – é manifestação do princípiodispositivo impedindo que o Tribunal conheça de matéria que não foi objeto de pedido do recorrente (tantum devolutum, quantum apelatum). O Tribunal só pode julgar aquilo que tiver nas razões do recurso.
A consequência prática é que o efeito devolutivo não impede a execução, que se dá de forma provisória. Isso significa que é possível adentrar nos atos da execução, mas tem que parar no ato da penhora. Não é possível expropriar o bem porque a sentença pode ser reformada.
Art. 899, CLT. No processo do trabalho todo recurso será recebido somente no efeito devolutivo.
Súmula 414, TST. É possível obter efeito suspensivo apenas na ação cautelar.
Súmula 393, TST. Efeito devolutivo. Se uma determinada matéria apareceu julgada na sentença, o Tribunal poderá julgar mesmo que a parte não tenha trazido em contrarrazões.
Art. 515, CPC.
§ 3º Efeito translativo – ocorre quando o sistema autoriza o Tribunal a julgar fora do que consta das razões ou contrarrazões do recurso, ocasião em que não se pode falar em julgamento ultra, extra ou infra petita. Isto ocorre normalmente com as questões de ordem pública, que devem ser conhecidas de ofício pelo juiz e a cujo respeito não se opera a preclusão.
Princípio da causa madura – final do artigo.
15/09/14
PECULIARIDADES DO PROCESSO DO TRABALHO
Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias – em regra, são irrecorríveis no processo do trabalho – art. 893, § 1º da CLT.
Ex.: juiz indefere o arrolamento da testemunha durante o processo. O advogado protesta e se manifesta sobre o indeferimento na fase instrutória. Entra com preliminar de nulidade em cerceamento de defesa.
Exceções: Súmula 214 do TST.
Se o TRT profere um julgamento que contrarie Súmula ou OJ, embora seja decisão interlocutória, a parte poderá recorrer.
Determinada decisão que comporta recurso para o mesmo tribunal.
Ex.: empregado que mora em Três Rios e trabalha em Juiz de Fora. Quando despedido entra com ação trabalhista em Juiz de Fora. O foro competente para julgar é o de Três Rios, local onde trabalhou.
Inexigibilidade de fundamentação – a regra geral é que os recursos podem ser interpostos por simples petição – art. 899, caput, CLT. Basta uma simples petição para desencadear a revisão do julgado, mesmo sem designar o motivo da resignação.
Exceções:
Princípio da discurssividade/dialexidade – entende que o recurso tem que ser discursivo, não pode ser simples petição – Wilson de Souza. O fato de apresentar por simples petição não significa que não tem que trazer os fundamentos.
Súmula 422 do TST. Recurso de Revista (extremamente técnico). Quando recorre tem que dizer qual é a insatisfação pela qual está recorrendo. art. 514, II, CPC. No RR tem que colocar as teses contrárias ao que o Tribunal está pensando (pré-questionamento).
Instância única – se dá na sentença proferida nos dissídios de alçada (valor da causa até 2 salários mínimos). Não cabe recurso.
Exceção – art. 2º, Lei 5.584/70.
Se houver matéria constitucional envolvida cabe Recurso Extraordinário.
RECURSOS EM ESPÉCIE
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – art. 897-A, CLT.
Manifesto equívoco = pressupostos extrínsecos. Ao invés de entrar com Agravo de Instrumento, poderá entrar do ED direto.
Não cabe ED em caso de obscuridade, pois não está no artigo (há divergência na doutrina).
PU. Não precisa de ED no erro material, basta simples petição dirigida ao juiz.***Prova!
Por ter natureza de recurso, os entes públicos têm prazo em dobro – OJ 192, SBDI-I.
Os ED não estão sujeito a preparo.
A principal finalidade dos ED é complementar a decisão omissa ou aclará-la se houver contradição.
Como ideia principal não tem feito substitutivo da decisão embargada e sim caráter integrativo ou aclaratório.
Os ED podem ter, excepcionalmente, caráter infringente, isto é, a decisão dos ED substituirá integralmente a decisão anterior modificando a sua essência nas seguintes situações:
Para correção de erro material manifesto. Ex.: hipótese de declaração manifestamente erronia de intempestividade de um recurso ou do preparo.
Suprimento de omissão. Ex.: sentença que julga procedente o pedido e é omissão quanto à prescrição arguida pelo réu. O processo será extinto com resolução do mérito a favor do réu.
Extirpação de contradição na parte dispositiva do julgado. Ex.: uma das decisões que estavam dispostas nos dispositivos irá prevalecer sobre a outra.
(efeito modificativo) ao suprir-se uma omissão, outro aspecto da causa tenha de ser apreciado como consequência necessária. Ex.: sentença que julga procedente o pedido e é omissa em relação a responsabilidade dos réus. Quando o juiz for suprir essa omissão, necessariamente a decisão desses embargos modificará a decisão primitiva uma vez que ela pode condenar os réus ou até mesmo excluir um dos réus do polo passivo. Súmula 278, TST.
OJ 142, SBDI-I. Se o juiz der efeito modificativo ao julgado deverá abrir prazo para a outra parte dar vista aos autos.
***Súmula 421, TST. Recurso trancado monocraticamente pelo relator no TRT. Os ED que visam esclarecer a decisão trancada monocraticamente será julgada pelo próprio relator. Se não fizer nada, o processo irá se encerrar. Se tiver efeito modificativo, os ED serão julgados pelo colegiado e serão recebidos como Agravo para poder ir para a Turma (fungibilidade).
Art. 538, caput, CPC. Os ED, uma vez apresentados, interrompem o prazo para interposição de qualquer outro recurso por qualquer das partes. Quando vier a publicação da decisão dos embargos, começa a correr o prazo do recurso por inteiro.
PU. Se a parte apresentar ED com intuito protelatório, será punida por isso. Valor da causa ≠ valor da condenação.
Cabe ED de ED quando a decisão dos ED não for clara ou for omissa. Nesse caso, não é protelatório.
Súmula 297, TST. RR, pelo fato de ser de natureza extraordinária, tem que ter sido pré-questionada no RO. II - Se o TRT não pré-questionar a matéria, cabe ED objetivando o posicionamento sobre o tema (suprir omissão). III – se o Tribunal alegar que já se manifestou acerca da matéria, o TST entende que os ED suprem essa omissão (considera pré-questionado) do Tribunal.
22/09/2014
RECURSO ORDINÁRIO
A decisão proferida em grau de RO, se der provimento, modificará a decisão proferida no grau anterior.
RO é quando leva a matéria de jurisdição para o segundo grau de jurisdição.
Art. 895, CLT. Alterado. Previsão legal do RO.
Instância superior = segundo grau de jurisdição.
Se tiver origem no TRT, chegará ao TST em forma de RO.
Obs.: Vara do Trabalho não tem competência para dissídio coletivo, somente TRT.
Isso ocorre no processo de conhecimento. No processo de execução, para chegar ao TRT, a parte tem que entrar com agravo de petição – art. 897, § 1º, CLT.
II – SEDI-I – AR (SBDI-II); SEDI-II – MS, AC e HC; SEDIC – DC (SBDI-II) (dissídio coletivo) (TST-SDC).
§ 1º Procedimento no RPS no TRT.
II – questão procedimental do RPS. Imediatamente distribuído – resgatar a celeridade no procedimento processual.
O relator prepara o seu voto e devolve para a secretaria para colocar na pauta de julgamento, sem revisor para buscar a celeridade do processo.
No RT, o processo chega no Tribunal, é analisado se irá para o MP ou não (matéria de ordem pública), vai para o relator que prepara o seu voto, devolve para a secretaria da Turma, vai para o revisor que também prepara o seu voto, posteriormente vai para julgamento.
III – o MP é obrigado a se manifestar em todos os processos de julgamento no Tribunal. No RPS, ao ser imediatamente distribuído, já eliminou o MPT. Entretanto, a sua manifestação pode ocorrer no momento do julgamento.
IV – Certidão simplificada. O acórdão simplesmente se reporta aos fundamentos da sentença.
Obs.: RR em procedimento sumaríssimo somente quando contrariar súmula ou violar direta e literalmente a Constituição.
§ 2º no Rio não tem Turma específica, todos julgam recurso.
Sentenças terminativas ou definitivas: no processo do trabalho, (art. 893, § 1º, CLT). Com relação ao RO, essa regra geral, o TST criou3 exceções – Súmula 214, TST. c – quando a parte entra come exceção de incompetência e o juiz acolhe e remete para outra Vara, se for para o mesmo Tribunal, não cabe recurso, pois é decisão interlocutória. A exceção da alínea c ocorre quando o juiz remete para outro Tribunal, nesse caso ainda é decisão interlocutória, mas cabe RO, pois trata-se de outro Tribunal. O RO vai para o juízo que declinou a competência, pedindo para que não seja acolhida a exceção.
Art. 267, CPC. Sentenças terminativas. Comportam RO.
O arquivamento dos autos equivale a extinção do processo sem resolução do mérito pode se dar 1) pelo não comparecimento do autor na audiência inaugural; 2) se for RPS, quando inobservar as regras do art. 852-B da CLT.
O RO devolve ao Tribunal todas as matérias impugnadas e consagra o princípio do duplo grau de jurisdição. Dependendo da matéria envolvida, podemos ter o efeito translativo, no sentido de que o Tribunal no duplo grau de jurisdição, pode se manifestar acerca de determinada matéria, mesmo que não tenha sido provocado pelas partes, desde que seja de ordem pública (art. 267, § 3º, CPC).
Súmula 393, TST.
No caso de processo iniciado no TRT:
Súmula 158, TST. AR
Súmula 201, TST. MS
OJ 69, SBDI-II. O recurso contra a decisão de indeferimento da petição inicial da AR e do MS é agravo regimental. Hipótese de fungibilidade recursal.
Art. 678, II, CLT.
Art. 678, b, CLT.
Art. 73, III, c, Regimento Interno do TST. Dissídio individual.
Art. 2º, II, a, Lei 7.701/88. Quem julga RO em dissídio coletivo é o SDC. Tudo que é referente a dissídio coletivo vai para SDC.
Recurso Adesivo
É cabível no processo do trabalho e segue as mesmas regras do art. 500 do CPC.
I – prazo de contrarrazões.
II – não se aplica ao processo do trabalho – Súmula 283, TST. RO, AP, RR e ED para SBDI-I.***
Reexame necessário no duplo grau de jurisdição
Em determinadas circunstancias, a sentença só terá eficácia se passar pelo duplo grau de jurisdição – Fazenda Nacional. (remessa necessária, reexame necessária, recurso ordinário ex officio) – Decreto-lei 771/69, art. 1º, V.
Súmula 303, TST. a) se a condenação for inferior a 60 salários mínimos não precisa ir a remessa necessária. b) juiz da VT julga determinada matéria, mas esta já está sumulada no TST ou no STF, não precisa ir para o segundo grau.
AGRAVO DE INSTRUMENTO
Art. 897, b, CLT
Serve para destrancar recurso retido no julgamento da decisão a quo (originária) da qual se está recorrendo.
A finalidade do agravo é destrancar recurso, mas se foi no juízo a quo, é de instrumento.
§ 2º Agravo de instrumento em agravo de petição, mas não suspende a execução.
§ 4º VT tranca o RO. A parte entra com AIRO, quem julga é a Turma do TRT. O RO tranca o RR. A parte entra com AIRR, quem julga é o TST.
§ 6º AIRO – formar o instrumento, inclusive com as razoes do RO, pois se o Tribunal destrancar o recurso, ele irá julga-lo automaticamente.
§ 7º O AI também tem preparo
Art. 899, § 7º, CLT. Tem que levar em consideração o valor da condenação.
29/09/14
MUDANÇA LEGISLATIVA – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO***
Lei 13.015 de 22/7/14.
Art. 897-A, CLT.
PU – passou a ser § 1º.
§ 2º Era jurisprudência, acrescentou o prazo de 5 dias.
§ 3º Era do CPC. Interrompe o prazo para interposição de recurso, salvo se estiver fora do prazo (intempestivo), se houver irregularidade de representação (sem procuração) ou se estiver sem assinatura do advogado.
Art. 899, § 8º, CLT. Depósito recursal.
No AI tem que depositar metade do valor do recurso que quer destrancar, levando em conta o valor da condenação.
A mudança ocorreu em relação ao AIRR. Neste caso o § 8º diz que se o Tribunal julgar de maneira diferente de matéria que já é sumula ou conste em OJ do TST não é necessário fazer o depósito recursal.
Ex.: município contrata funcionário para trabalhar na área de saúde de forma irregular. Juiz de 1º Grau e Tribunal entendem que ele tem direito a receber tudo (verbas rescisórias + horas extras + fundo de garantia + aviso prévio). A Súmula 363 do TST diz que só tem direito às verbas rescisórias e ao depósito do fundo de garantia. Não precisa de depósito para entrar com RR.
AGRAVO DE INSTRUMENTO
Art. 897, CLT. Prazo de 8 dias a contar a publicação do despacho que denegue interposição de recurso.
Obs.: se o recurso já subiu e o relator trancou monocraticamente, cabe agravo inominado. (juízo ad quem).
§ 2º
§ 4º
§ 5º c/c Instrução Normativa nº 16.
Tudo que estava no recurso tem que fazer parte do AI, pois se a Turma destrancar, automaticamente julgará o recurso.
I – documentos obrigatórios.***
Decisão agravada (despacho denegatório);
Certidão da respectiva intimação (carimbo/etiqueta no verso do despacho) – 8 dias a contar da publicação do despacho denegatório;
IN nº 16.
IX - peças transladadas = documentos obrigatórios. Todos têm que estar autenticados. A autenticação pode ser feita pelo advogado, ficando este responsabilizado.
Petição inicial;
Procuração do agravante e do agravado (mandato tácito);
Contestação;
Sentença (decisão originária = sentença ou acórdão, se o recurso trancado for no TRT);
Depósito do recurso que pretende destrancar (recurso principal);
Custas;
Depósito do AI.
Ler toda a Instrução Normativa nº 16. Pode imprimir para a prova!
III – peças necessárias () + cópia do recurso principal com todos os seus pressupostos.
IV – o juízo a quo não pode mais trancar o AI. Pode se retratar ou subir o agravo em forma de instrumento.
VI – Vista para o recorrido poder agravar e contra-arrazoar o recurso principal.
Obs.1: procedimento sumaríssimo não tem revisor, somente relator.
Obs.2: art. 897, CLT. AIRR – decisão originária = acórdão do RO + depósito recursal do RO, pois é o acórdão que está sendo recorrido.
X – não pode juntar peças depois.
XI – NÃO VALE MAIS!!! – Art. 899, § 7º, CLT. O AI requer preparo, com exceção do § 8º.
Mandado tácito = quando o advogado está sem instrumento de mandato e seu nome consta na ata de audiência. Juntar a ata da audiência que consta o nome do advogado.
Art. 897, § 4º, CLT.
OJ 286, SBDI-I. Se tem procuração nos autos não pode juntar a ata, tem que ser cópia do mandato.
OJ 283, SBDI-I. Ex.: agravado contesta a omissão da procuração, mas junta no mesmo ato.
OJ 284, SBDI-I. Certidão de notificação. NO PRAZO não serve!
OJ 285, SBDI-I. O advogado deverá pedir ao cartório uma certidão de publicação se o carimbo estiver ilegível.
OJ 287, SBDI-I. Autenticar uma a uma, inclusive o verso.
13/10/14
RECURSO DE REVISTA
Art. 893, CLT. Previsão legal.
Art. 896, CLT. Adequação (não alterado).
a) (alterado)
b e c) (não alterado)
O RR pode chegar ao TST por divergência ou violação.
Divergência - alíneas a e b.
a) Lei federal feita por outro TRT no pleno ou turma; interpretação do SBDI do TST (OJ); contrária à súmula do TST; contrária à súmula vinculante do STF.
b) Lei estadual, convenção coletiva, acordo coletivo, sentença normativa, regulamento de empresa (desde que excedam a base territorial do respectivo TRT).
O RR (natureza extraordinária) tem por objetivo universalizar a jurisprudência em âmbito nacional.
Súmula 126, TST. Só matéria de direito, nada de fato e prova.
Ex.: norma coletiva da Petrobras (nacional). Se há divergência de interpretação entre os TRT, cabe RR.
Obs.: tem que extrapolar a base de um TRT.
Obs.: lei estadual - é possível um Estado ter mais de 1 TRT (SP) = 2ª Região pensa diferente da 15ª Região.
Violação - alínea c
Pode entrar com EE quando o TRT viola lei federal ou a CF.
Ex.: TRT julga pedido de hora extra dizendo que o máximo é de 40%. A CF diz que é de 50%.
§ 1º (alterado) Questão procedimental. Efeito apenas devolutivo.
O RR é preparado em 2 peças (apresentação + razões). A apresentação é dirigida ao juízo a quo (presidente do TRT - acórdão). No RJ é delegado para o Vice-Presidente. Ele recebe o RR e faz o primeiro juízo de admissibilidade (pressupostos gerais + pressupostos intrínsecos - especiais). Se for denegado cabe AIRR.
§ 1º-A (incluído) 
I - apontar o ponto controvertido.Prequestionamento - Súmula 297, TST.
II - não aceita alegação genérica, tem que dizer qual é o dispositivo.
Obs.: súmula é contrariada e não violada.
§ 2º (no alterado) Em AP só cabe RR em caso de violação direta e literal à CF.
27/10/14
Lei n. 13.013/14. Recurso de Revista.
Art. 896, CLT. Não cabe ius postuland.
§ 1º Não permite efeito suspensivo.
Juízo a quo - presidente do TRT da Região do RO.
Se receber, notificará à outra parte para apresentar contrarrazões e sobre o RR. Se denegar cabe AIRR no juízo a quo.
§ 1º-A. É ônus da parte que entra com RR.
Prequestionamento:
Súmula 297, TST. 1) Não se admite prequestionamento implícito. 2) Se o Tribunal não se manifestar, a parte deve entrar com ED.
OJ 118, SBDI-I. Não é ficar citando dispositivo legal, o que interessa é a tese.
OJ 151, SBDI-I. “adoto os fundamentos da sentença” não está prequestionando.
Art. 895, IV, parte final, CLT. No caso de RPS o cabimento do RR é mais restritivo do que na RT comum.
Art. 896, § 9º, CLT. Somente na hipótese de contrariedade à súmula do TST ou vinculante do STF ou violação direta à CF.
OJ 256, SBDI-I. Tese explícita.
Indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade à (...): tem que dizer qual é o artigo, inciso, parágrafo, súmula, etc.
Expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os fundamentos jurídicos, inclusive (...)
Obs.: em RR não se discute fato nem prova - Súmula 126, TST.
***Prova! § 2º A decisão da execução sobe para o TRT por AP.
Regra: não cabe RR.
Exceção: ofensa direta e literal à CF.
§ 3º Cada tribunal vai pacificar a sua jurisprudência no âmbito regional. O procedimento será o do CPC.
§ 4º O tribunal tem que uniformizar a sua jurisprudência. Depois que uniformizar, se estiver conflitante com o TST, o recurso sobe.
§ 5º Presidente do TRT ou ministro relator.
§ 6º Se acabar a divergência pode sumular a matéria ou expedir acórdão que seja determinante do RTR.
Se a tese for contrária à súmula do TST ou OJ, permitirá que o RR suba. Se estiver em concordância, o RR não sobe.
§ 7º A jurisprudência deve ser atual (aquela que não está superada pelo TST - Súmula 333).
§ 8º TRT Rio ≠ TRT SP.
Fonte oficial = certidão de julgamento, cópia do acórdão (repositório = periódicos), mídia eletrônica (Súmula 337, TST).
§ 10. ExFis AP RR (somente no caso do artigo) (outro TRT).
§ 11. Se não tiver defeito grave, julgará o mérito. Não está conceituado o que é defeito grave (conceito aberto).
§ 12. Denegatória - 8 dias para agravo.
§ 13.
10/11/14
EMBARGOS PARA O TST
Art. 893, I, CLT. Previsão legal (serve também para ED).
Art. 894, TST. (inciso II e §§ foram alterados).
I - a) Possibilidade de embargos em matéria de dissídio coletivo. Única hipótese de embargos infringentes (votação não unânime) na JT.
II - (alterado) Não existe embargos de nulidade, somente o chamado embargos de divergência. O inciso traz as hipóteses de possíveis embargos de divergência.
Obs.: sempre da Turma contra um desses que estão previstos no inciso.
Obs.: quem sana a divergência é o SDI-I.
§ 2º Tem que ser matéria atual. Não pode estar ultrapassada por súmula ou “ser matéria do STF”. (?)
§ 3º Hipótese de denegação de seguimento do embargo pelo Ministro Relator.
II - Se não atender aos pressupostos objetivos o recurso será trancado. (prazo, recolhimento do depósito, prequestionamento - Súmulas 23 e 296 do TST)
Súmula 425 do TST. Habilitação do advogado.
§ 4º Agravo inominado (agravinho) - 8 dias. Quem julga é a Turma.
Obs.: não cabe a fungibilidade da Súmula 421 do TST.
RECURSO DE REVISTA REPETITIVO
Art. 896-B, CLT. Aplicação subsidiária do CPC.
Art. 896-C, CLT. Requisitos: idêntica questão de direito. Competência: SDI ou Tribunal Pleno (questão relevante ou de repercussão nacional será julgada pelos 27 Ministros).
Obs.: questão de fato não vai para o TST.
§ 1º Quais serão escolhidos para serem julgados e afetar aos outros.
§ 2º Tem que comunicar aos outros presidentes de Turmas para sobrestar o julgamento dos processos da mesma matéria.
§ 3º Se a matéria será em processo repetitivo, o presidente do TST oficia aos presidentes dos TRT’s para que suspendam os recursos interpostos para Brasília.
§ 4º
§ 5º
§ 6º Distribuição: 1) Ministro relator do SDI + revisor; ou 2) Pleno: ministro relator e ministro revisor.
§ 7º
§ 8º Conforme o CPC. (+/-“amicus curiae”).
Ex.: afeta vários sindicatos.
§ 9º Todos os recursos que vão para o Tribunal têm que ter a possibilidade de manifestação do MTP. Matéria de relevância nacional. Prazo: 15 dias.
§ 10. Preferência porque o recurso repetitivo irá afetar milhares de recursos.
§ 11. O TRT terá que fazer uma nova triagem do processo.
Se for igual - denega.
Se houver divergência - sobe.
§ 12.
§ 13. Se o recurso repetitivo julgado tiver matéria constitucional envolvida, o TST não pode dar como definitiva a sua decisão. Cabe recurso extraordinário.
§ 14. Quando passa para recurso extraordinário, passa para a esfera do CPC.
§ 15. Sobresta tudo até o Supremo decidir sobre a matéria.
§ 16. Só será atingido pelo recurso repetitivo a questão de direito que for idêntica (≠ semelhante).
§ 17. Revisão do recurso repetitivo.
17/11/14
EXECUÇÃO
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA
Só posso adentrar na execução se já tiver o título devidamente liquidado.
***Prova! Art. 876, CLT. Trata dos títulos executivos do processo do trabalho.
Judiciais:
Decisão passada em julgado = sentença
Decisão provisória = quando tem recurso pendente. Pode entrar nos tramites da execução, mas tem que parar na penhora (limite) e esperar o resultado do recurso. Não suspende a execução.
Decisão definitiva = não tem recurso.
Acordos celebrados judicialmente
Art. 890, CLT. Execução de prestações suspensivas.
Art. 891, CLT. Ex.: acordo em 10x.
Art. 892, CLT. ≠ do art. 891.
Extrajudicial
Termos de Ajuste de Conduta (TAC) - multa. O MP faz o ajuste de conduta. Se a parte não cumprir, o MP pode executar na JT.
Art. 5º, § 6º, Lei n. 7.347/85.
Termos de conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia - execução
Art. 625-E, PU, CLT.
PU. A JT só tem competência para julgar ex officio aquilo que for referente a sentença ou acordo (contribuições previdenciárias = 20%). Se for tudo de natureza indenizatória, nada será devido à Previdência Social (art. 831, CLT). A Previdência pode recorrer do acordo alegando que existe sim parcela salarial.
Art. 877, CLT. Quem tem competência para executar as decisões.
A execução é uma fase em prosseguimento ao processo de conhecimento.
Art. 878, CLT. Quem tem competência para promover as execuções.
PU. Exceção.
Art. 878-A, CLT. Se o devedor quiser adiantar aquilo que entende devido à Previdência Social, ele pode. Se houver diferença será cobrado posteriormente.
Obs.: ele não pode descontar do empregado.
Art. 879, CLT. Quando o juiz profere uma sentença, determina qual pedido acolheu (título certo). “An debeatur” = existência de uma prestação.
Contudo, só posso executar o título que for certo, líquido e exigível.
Liquidez refere-se ao “quantum debeatum” (extensão e determinação do objeto da prestação).
Exigibilidade é o poder inerente à prestação devida. Se dá em razão da atividade jurisdicional.
Quando não se sabe quanto deve, a sentença deve passar pela liquidação.
Os simples cálculos aritméticos serão apresentados pelas partes ou pelo contador do juízo.
§ 1º Aquilo que foi deferido na sentença não se discute. Já está consagrado no “an debeatum”.
Ex.: sentença que defere pedido de horas extras - tem que pagar!
Já transitou em julgado na sentença definitiva.
§ 1º-A. Contribuições previdenciárias devidas.
§ 1º-B. Quando se tratar da primeira modalidade da liquidação por cálculo.
§ 2º Poderá e sucessivo
Ex.: A sentença veio de forma ilíquida. O juiz determina que as partes apresentem os cálculos. Ao receber os cálculos de ambas as partes, o juiz poderá (faculdade) abrir vista para que a outra parte se manifeste sobre cálculos. Nesse caso, o prazo será sucessivo (primeiro um, depoisoutro) de 10 dias, sob pena de preclusão se não se manifestar.
Caso o prazo para manifestação dos cálculos preclua, as partes ainda poderão se manifestar na execução, mas não sobre os cálculos.
c/c art. 888, § 3º, CLT. Quando o juiz homologa direto os cálculos, não abrindo vista às partes, estas, no momento da manifestação, durante a execução, poderão falar de tudo, inclusive dos cálculos.
A sentença de liquidação tem natureza interlocutória, não comporta recurso.
Obs.: embargos de penhora = embargos à execução.
§ 3º Manifestação da União - cálculos são feitos junto com a manifestação.
§ 4º Tabela diferente.
§ 5º
§ 6º Liquidação por arbitramento.
Liquidação por artigos CPC.
Só se usa a liquidação por artigos quando houver a necessidade de se provar algum fato na liquidação. Somente para apurar o quantum debeatum. Não pode modificar o que foi deferido na sentença.
Ex.: horas extras - deferido. Quanto? No processo há 4 volumes somente com “folhas de ponto”. Se precisar provar pode utilizar a liquidação por artigos.
A corrente majoritária entende que a liquidação de sentença tem natureza constitutiva integrativa no processo de conhecimento.
EXECUÇÃO
Art. 880, CLT. O mandado de citação tem que trazer: 1) a decisão exequenda; ou 2) o termo do acordo não cumprido.
§ 2º Será sempre executado por oficial de justiça.
§ 3º Se este não localizar a parte, será feita citação por edital.
O executado poderá:
 Pagar (art. 881, CLT)
Garantir a execução (art. 884, CLT).
Dinheiro (BACENJUD)
Bens (RENAJUD)
Nenhum dos dois (art. 883, CLT).
Art. 882, CLT. Garantia da execução. A ordem preferencial encontra-se no art. 655 do CPC.
Art. 889, CLT.
CLT
Omissão + compatibilidade = Lei n. 8.630/80
Omissão + compatibilidade = CPC
A ordem preferencial contida na Lei n. 8.630/80 atende aos interesses da Fazenda Pública, por isso aplica-se a do CPC.
24/11/14
CONSTRIÇÃO JUDICIAL
Art. 884, CLT. Embargos à execução - executado. Impugnação - exequente.
5 dias após a garantia da execução.
Não é recurso. Tem natureza jurídica de ação.
Obs.: o prazo não dobra no caso de entes públicos.
Art. 40, Lei 6.830/80.
§ 1º Conteúdo dos embargos.
Dívida - prescrição intercorrente (o prazo da prescrição para o ajuizamento da ação recomeça a contas. Há divergência em relação ao tempo: 2 ou 5 anos).
Art. 40, § 4º, Lei 6.830/80.
Art. 40, § 2º, Lei 6.830/80. Arquivamento temporário.
§ 3º Embargos à penhora = embargos de execução.
§ 4º Desta sentença cabe agravo de petição (art. 897, a, CLT) e não recurso ordinário. A matéria pode voltar ao TST.
Art. 897, § 3º, CLT. A parte remanescente pode seguir até o final (penhora).
Art. 897, § 8º, CLT. Se for apenas para execução previdenciária os autos principais não sobem, apenas uma cópia (xérox).
§ 5º Título pautado em matéria que posteriormente foi declarada inconstitucional é inexigível.
Art. 887, CLT. Não é mais aplicável na prática. O próprio oficial de justiça é também o avaliador.
Art. 888, CLT. Para atender a questão da publicidade dos atos constitucionais.
Antecedência de 20 dias, pelo menos.
O prazo começa a correr na data em que o ato é praticado pelo oficial de justiça (“ciência”).
ALIENAÇÃO JUDICIAL
Pode ser pela arrematação, adjudicação ou remição.
46. A possibilidade de o executado opor embargos à execução está condicionada à garantia prévia do juízo, conforme se depreende do inteiro teor dos arts. 884 da CLT e 16, § 1º, da Lei 6.830/80.
47. Modernamente, doutos do processo civil têm defendido a possibilidade da utilização da figura denominada “exceção de pré-executividade”, que consiste, em síntese, na possibilidade de o devedor alegar determinadas matérias, sem que, para isso, necessite efetuar a garantia patrimonial da execução. A utilização da objeção de pré-executividade, portanto, destina-se a impedir que a exigência de prévia garantia patrimonial da execução possa representar, em situações especiais, obstáculo intransponível à defesa do executado.
(Construção doutrinária)
Ex.: vício na citação inicial parte só toma conhecimento do processo na execução.
48. Tendo em vista as modificações implementadas no CPC pela Lei 11.382/06, no âmbito do processo civil, nas execuções por título extrajudicial, não haverá mais a necessidade e possibilidade da utilização da denominada exceção de pré-executividade, uma vez que a defesa do executado por meio de embargos (em regra, sem efeito suspensivo, a serem opostos nos 15 dias subsequentes à citação) não mais dependerá de prévia segurança do juízo (art. 736 do CPC).
49. No curso da execução trabalhista, muitas vezes o juiz, objetivando dar efetividade ao julgado, determina a apreensão de bens pertencentes a terceiros, os quais, não integrando o processo, também não estariam obrigados a adimplir a obrigação derivada do título executivo, não restando outra alternativa aos atingidos pela constrição judicial senão se utilizarem da ação denominada embargos de terceiro. A CLT é omissa sobre os embargos de terceiro, impondo-se, por conseguinte, a aplicação subsidiária do CPC, art. 1.0046 a 1.054.
50. Conforme estabelecido no art. 1.046 do CPC, quem, não sendo parte no processo, sofrer turbação ou esbulho na posse de seus bens por ato de apreensão judicial em casos como o de penhora, depósito, arresto, sequestro, alienação judicial, arrecadação (...), poderá requerer lhes sejam manutenidos ou restituídos por meio de embargos de terceiro. Os embargos em comento podem ser de terceiro senhor e possuidor ou apenas possuidor. Com efeito, os embargos de terceiro objetivam proteger a posse ou a propriedade de bens de terceiros estranhos ao processo (em regra) em função de ameaça (turbação) ou efetiva constrição judicial (esbulho).
51. Considera-se também terceiro o cônjuge que defende a posse de bens dotais, próprios, reservados ou de sua meação (art. 1.046, § 3º, do CPC), bem como os credores hipotecário, pignoratício ou anticrético, os quais, embora não sejam possuidores ou proprietários, são detentores de direito real sobre bens alheios (art. 1.047, II, do CPC).
52. A distribuição dos embargos de terceiro será sempre por dependência aos autos do processo d conhecimento ou execução, conforme o caso, que deverão ser processados em autos apartados, conforme exigência do art. 1.049 do CPC.
53. Julgando suficientemente provada a pose, o juiz definirá liminarmente os embargos de terceiro, ordenando a expedição de mandado de manutenção ou de restituição em favor do embargante (conforme a hipótese de turbação ou esbulho), o qual somente receberá os bens depois de prestar caução de os devolver com seus rendimentos, caso a sentença, a final, rejeitar o pedido sobre o qual versa a ação (art. 1.501 do CPC). Caso os embargos de terceiro versem sobre todos os bens, o juiz determinará a suspensão do curso do processo principal. todavia, se os embargos de terceiro versarem sobre todos os bens, o processo principal prosseguirá em relação aos bens não embargados (art. 1.052 do CPC).
Obs.: não cabe caução.
Da sentença que julga os embargos de terceiro no processo trabalhista, caberá agravo de petição. Da decisão que negar o agravo de petição, caberá agravo de instrumento.
Os embargos de terceiro são considerados “incidente da execução” - art. 856, § 2º, CLT.
Não cabe recurso ordinário.
54. No processo civil, em regra, poderá haver duas hastas públicas, sendo que na primeira o bem somente será vendido se alcançar lanço superior à importância da avaliação (art. 686, VI, do CPC), e na segunda praça ou leilão, os bens poderão ser vendidos por qualquer lanço, desde que não seja por preço vil. No processo do trabalho a hasta pública é uma, sendo os bens, desde logo, vendidos pelo maior lanço, conforme estabelece o art. 888, § 1º, da CLT.
55. A Lei 11.382/06 alterou a redação do § 5º do art. 687 do CPC (de aplicação subsidiária ao processo do trabalho), determinando que o executado terá ciência do dia, hora e local da alienação judicial por intermédio de seu advogado ou, se não tiver procurador constituído nos autos,por meio de mandado, carta registrada, edital ou outro meio idôneo.
56. Vale acrescentar que a nova redação do art. 698 do CPC estabelece que não se efetuará a adjudicação ou alienação de bem do executado sem que da execução seja cientificado, por qualquer modo idôneo e com pelo menos 10 dias de antecedência, o senhorio direto, o credor com garantia real ou com penhora anteriormente averbada, que não seja de qualquer modo parte na execução, sob pena de ser tornada arrematação sem efeito (art. 694, § 1º, VI do CPC).
57. A arrematação é o ato processual consistente na venda, pelo Estado, de forma coercitiva, dos bens do executado, objetivando satisfazer o crédito do exequente, realizado por intermédio da praça ou leilão.
Art. 888, § 1º, CLT. Arrematação.
No processo do trabalho ocorre a praça. Os bens são alienados na secretaria da Vara e o pregão é feito por um servidor (2 vezes).
O leilão somente ocorre quando não há licitante na praça. Nesse caso o juiz pode determinar que seja o bem alienado por meio do leiloeiro.
58. Os doutos do processo civil sempre consideraram a alienação em hasta pública como sendo formalista, onerosa e demorada, apresentando como a maneira menos eficaz de alcançar um preço justo e compatível para o bem expropriado. Nesse contexto, a nova sistemática implementada pelo CPC por meio da Lei 11.382/06 passou a estabelecer como meio expropriatório preferencial a adjudicação pelo próprio exequente por preço não inferior ao da avaliação (art. 685-A do CPC). Não havendo interesse em adjudicar, o exequente poderá solicitar a alienação do bem por iniciativa particular ou por meio de corretores credenciados perante a autoridade judiciária (art. 685-C do CPC). Logo, somente em última hipótese é que se fará a alienação do bem em hasta pública (art. 686 do CPC), permitindo, inclusive, a requerimento do exequente, que a alienação seja realizada por meio da rede mundial de computadores, com uso de páginas virtuais criadas pelos Tribunais ou por entidades públicas ou privadas (art. 689-A do CPC).
59. Entendemos que as novas regras de expropriação de bens insculpidas no CPC por força da Lei 11.382/06 são totalmente compatíveis com o processo do trabalho. Logo, penhorados os bens necessários à garantia do juízo e resolvidos eventuais embargos, o exequente será notificado para manifestar sua intenção ou não pela adjudicação dos bens, nunca por preço inferior ao da avaliação, permitindo-se ao credor, caso não deseje exercer a adjudicação, que requeira a sua alienação por iniciativa própria ou por intermédio de corretor credenciado perante a autoridade judiciária laboral.
60. Não havendo interesse na adjudicação nem requerimento do credor para alienação por iniciativa particular, seguirão os bens para alienação em hasta pública, adotando-se, a partir de então, os trâmites previstos no art. 888 da CLT, sendo possível, também, a implementação pelos Tribunais do Trabalho de meios eletrônicos para alienação dos bens penhorados.
61. Realizada a hasta pública, o bem será vendido ao licitante que oferecer o maior lanço, esclarecendo o § 2º, do art. 888 consolidado que o arrematante deverá garantir o lance com sinal correspondente a 20% do seu valor. Caso o arrematante ou seu fiador não pague em 24 horas o preço da arrematação perderá, em benefício da execução, o sinal dado (art. 888, § 4º, da CLT).
62. Impende destacar que o credor exequente também poderá oferecer lanço e arrematar os bens levados à praça, ainda que por valor inferior ao constante do edital. Frise-se que, a teor do art. 690-A, PU, do CPC, o exequente, se vier a arrematar os bens, não estará obrigado a exibir o prelo. Todavia, se o valor dos bens exceder o seu crédito, depositará, dentro de 3 dias a diferença, sob pena de ser tornada sem efeito a arrematação e, neste caso, os bens serão levados a nova praça ou leilão à custa do exequente.
Há divergência acerca da possibilidade de o exequente poder participar da praça, pois nesse caso, ele pagaria apenas o valor do lance, enquanto na adjudicação teria que pagar o valor total do bem.
63. A adjudicação consiste no ato processual em que o exequente ou terceiros interessados, por vontade própria, incorporam ao seu patrimônio bens penhorados que foram levados à hasta pública. Ratificamos o nosso posicionamento, no sentido de que as novas regras de expropriação de bens insculpidas no CPC por força da Lei 11.382/06, entre elas a do art. 685-A do CPC, são totalmente compatíveis com o processo do trabalho. Logo, penhorados os bens necessários à garantia do juízo e resolvidos eventuais embargos, o exequente será notificado para manifestar sua intenção ou não pela adjudicação dos bens, nunca por preço inferior ao da avaliação. Observe-se que a lei processual permitiu que outros interessados também pudessem exercer o direito de adjudicação, entre os quais o credor com garantia real, os credores concorrentes que hajam penhorado o mesmo bem, o cônjuge, os descendentes e os ascendentes do executado. Na hipótese de adjudicação de bens pelo exequente, com a constrição de novos bens do executado. Ao revés, se o valor do crédito for inferior ao dos bens, o adjudicante depositará de imediato a diferença, ficando esta à disposição do executado.
64. A adjudicação considera-se perfeita e acabada com a lavratura e assinatura do auto pelo juiz, pelo adjudicante, pelo escrivão e, se for presente, pelo executado, expedindo-se a respectiva carta, se bem imóvel, ou mandado de entre ao adjudicante, sem bem móvel (art. 685-B do CPC). Em caso de adjudicação de imóvel, a carta conterá a sua descrição, com remissão a sua matrícula e registros, a cópia do auto de adjudicação e a prova de quitação do imposto de transmissão.
Cabe embargos de adjudicação.
65. A remição consiste no ato processual do pagamento da totalidade da dívida executiva pelo devedor, liberando-se os bens constritos e, privilegiando-se, assim, o princípio da não prejudicialidade do devedor. Para evitar a alienação judicial, pode o executado, conforme previsto no art. 651 do CPC¸ antes de adjudicados ou alienados os bens, a todo tempo, remir e execução, pagando ou consignando a importância atualizada da dívida, mais juros, custas e honorários advocatícios.
Obs.: remissão = perdão.
Remição é pagar a totalidade da execução (art. 13, Lei 5.584/70).
66. Vale destacar que os arts. 787 e 790 do CPC, que permitiam a remição de bens pelo cônjuge, descendente ou ascendente do executado, foram revogados pela Lei 11.382/06. Todavia, nada impede que essas pessoas exerçam o direito de adjudicar os bens penhorados, nos exatos termos do novo art. 685-A, § 2º, do CPC. Portanto, fica abolido o instituto da remição de bens pelo cônjuge, descendente ou ascendente do executado, sendo lícito, no entanto, a estes exercerem a faculdade de adjudicação, em decorrência do exequente.
67. A Lei 11.382/06 estabeleceu no art. 745-A do CPC uma nova possibilidade de suspensão da execução, permitindo ao executado que, no prazo para embargos, reconhecendo a dívida, requeira o parcelamento do débito em até 6 parcelas mensais, com o depósito imediato de 30% do valor da execução. Entendemos que o art. 745-A do CPC, embora compatível com o processo do trabalho, deve ser aplicado com cautela no âmbito trabalhista. Evidentemente, deverá o juiz do trabalho verificar se, de fato, as condições financeiras do executado ensejam o parcelamento da dívida como forma de garantir o adimplemento do crédito do trabalhador, evitando, assim, que o devedor mau pagador, que não esteja enfrentando qualquer dificuldade econômica, se utilize do parcelamento do débito apenas como forma de postergar a liquidação da dívida.
68. Conforme já mencionado anteriormente, a doutrina sempre considerou a alienação em hasta pública como sendo formalista, onerosa e demorada, apresentando-se como a maneira menos eficaz de se alcançar um preço justo e compatível para o bem expropriado. Neste diapasão, além de a Lei 11.382/06 estabelecer como meio expropriatório preferencial a adjudicação pelo próprio exequentepor preço não inferior ao da avaliação, criou um novo meio expropriatório, qual seja, a alienação por iniciativa do particular, permitindo que o exequente requeira que os bens penhorados sejam alienados por sua própria iniciativa ou por intermédio de corretor credenciado perante a autoridade judiciária. Entendemos que a omissão da CLT sobre o tema autoriza a aplicação subsidiária do art. 685-C do CPC, em face do disposto no art. 769 da CLT. Cria-se assim, uma nova forma de expropriação de bens do executado, o que, sem dúvida, poderá acelerar o recebimento do crédito trabalhista pelo exequente.
Ordem de preferência: 1) Remição (executado); 2) Adjudicação (executante); 3) Arrematação (terceiro).
A execução sempre se dará da forma menos gravosa para o devedor.
	
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