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civil IV

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COMPRA E VENDA
A compra e venda obriga o transmitente vendedor a transferir a propriedade de coisa corpórea ou incorpórea ao comprador, mediante o pagamento de certo preço ou de valor fiduciário correspondente e que gera um direito pessoal obrigando a transmissão do domínio, não conferindo poderes de proprietário a aquele que não obteve a entrega do bem adquirido. Se o vendedor não entregar a coisa, o comprador não é proprietário e desta forma se o comprador alienante vendê-la a outro novamente o primitivo comprador não terá o direito de reivindicá-la, mas apenas de exigir perdas e danos.
Esta regra não é absoluta, visto que existem situações em que apesar de já ter havido a entrega da coisa, esta por si só não gera aquisição da propriedade como nos casos de alienação fiduciária e propriedade resolúvel uma vez que só se dá a entrega da posse, mantendo-se a propriedade com o vendedor até que o preço seja integralmente pago (art. 1631 CC).
A compra e venda é um contrato bilateral e sinalagmático, pois gera obrigações recípocras, oneroso e comutativo ou aleatório dependendo da relação podendo ser consensual ou solene e é translativo de domínio.
Possui como elementos constitutivos, a coisa, o preço e o consentimento e em alguns casos exige-se forma específica.
A coisa deverá ter existência seja corpórea ou incorpórea e deve ser individuada, podendo ser determinada ou determinável e essencialmente ser disponível ou estar in comercium, tendo possibilidade de transferência ao comprador.
Quanto ao preço este deverá apresentar pecuniaridade segundo art. 481 CC, ser sério e real e ser dotado de certeza devendo estar certo e determinado.
EX: no caso de evasão fiscal (ITBI) pode ser anulado o contrato, pois não houve preço certo e real.
Quanto ao consentimento, este deve estar acompanhado da respectiva capacidade para obrigar-se além da legitimidade sobre a coisa, cumprindo verificar a existência de restrições legais à liberdade de comprar e vender, como por exemplo:
Nas hipóteses que envolvem pessoas casadas não permitindo a compra e venda entre eles, com exceção do regime de separação absoluta de bens ou em razão de pacto antenupcial. No regime de participação final dos aquestos, os cônjuges não podem gravar de ônus ou alienar os bens imóveis de seu domínio.
Em regra os consortis não podem contratar entre si e em relação aos ascendentes, estes não podem vender aos descendentes, sem que os demais descendentes e o cônjuge do alienante expressamente consintam por meio de escritura pública ou no mesmo instrumento do negócio principal, admitindo-se conferir mandato com poderes especiais para isso. Art. 496 §Ú CC.
Aqueles que tem por dever de ofício ou profissão, de zelar por bens alheios não podem adquirir bens de quem os contratou, entendendo a grande maioria da doutrina que isto não poderá ocorrer nem em hasta pública sob pena de nulidade do ato( ex: curador/tutor – art. 497,I CC)
Em relação aos mandatários atualmente eles não estão proibidos de adquirir bens de cuja administração ou alienação estejam encarregados, conforme súmula 165 STF (procurador pode comprar).
O artigo 497 traz em seus incisos proibições de aquisição de bens por determinadas pessoas e esta se dá por razão de ordem moral.
O condômino enquanto pender a indivisão, não poderá vender sua parte a estranho, se outro consorti a quiser, desde que pague o valor pretendido. Artigo 504 cc
O proprietário de coisa alugada a inquilino deverá exercer o direito de preferência para o locatário e se houver sublocação, o direito de preferência é do sublocatário
O contrato de locação deverá estar averbado no RI para o locatário ter o direito de preferência.
Nos casos de venda para menores há uma limitação quanto à aquisição de certos bens, dependendo da faixa etária do menor, sendo estabelecida pelo ECA.
Cláusulas especiais à compra e venda (Pactus Ad jetos a compra e venda)
Cláusula Retrovenda – é cláusula pela qual o vendedor se reserva o direito de reaver no prazo máximo de três anos o imóvel alienado, restituindo ao comprador o preço ou o valor recebido mais as despesas que foram realizadas com a coisa. Este pacto apenas é aplicado, tornando a propriedade resolúvel, nas vendas de imóvel, já que tem o condão de restituir as partes ao status quo ante e o prazo de três anos pode ser reduzido pelas partes, mas nunca aumentado.
- ocorre correção monetária, e não valor de mercado, se quiser valor contrato terá que colocar no contrato.
- propriedade resolúvel, não é perpétua, ela é do proprietário até que se resolva uma determinada situação.
O direito de resgate é intransmissível não sendo suscetível de cessão por ato inter vivos por ser personalíssimo do vendedor, mas que é transmissível a herdeiros ou legatários.
OBS: o prazo de três anos é decadencial e por isso, após este, a venda torna-se irretratável.
Cláusula a Contento – é cláusula que subordina o contrato a condição de se desfazer caso o adquirente não se agrade da coisa. O negócio é realizado sob condição suspensiva simplesmente potestativa, pois está ao arbítrio do comprador e enquanto não se realizar a condição, o contrato não surtirá efeito até que o comprador aceite o bem alienado.
Potestativa – depende da vontade apenas de um.
Artigos 509, 510 e 512 CC.
Prazo deverá ser estipulado no contrato.
Constituir o devedor em mora – objetivo da notificação
Outro ato que constitui o devedor em mora
Citação
Cláusula Preempção ou Preferência – é outra cláusula especial a compra e venda em que o comprador de coisa móvel ou imóvel fica com a obrigação de oferecê-la por meio de notificação judicial ou extrajudicial de vendê-la ao primitivo proprietário para que este utilize de seu direito de prelação em igualdade de condições com um terceiro no caso do adquirente intencionar vendê-la ou dá-la em pagamento.
O prazo decadencial deste direito não poderá exceder a 180 dias se o bem for móvel; ou dois anos se for imóvel colocando-se este prazo da tradição ou do registro no cartório imobiliário. Boa parte da doutrina reconhece que o referido prazo se inicia no momento da ciência, pelo vendedor, da intenção do adquirente em alienar a coisa.
O transcurso in albis deste prazo tornará possível, lícito e legítima a venda da coisa a outrem pelo desaparecimento do direito de prelação.
O referido direito é intransmissível por ato intervivos ou causa mortis, não passando aos herdeiros.
Artigo 513 CC e 514 CC
Cláusula venda com reserva de domínio – por esta cláusula estipula-se que o vendedor reserva para si a sua propriedade e a posse indireta da coisa até o momento em que se realize o pagamento integral do preço. Este pacto é muito comum nas vendas á crédito, pois dá plena garantia ao vendedor em receber a dívida uma vez que permite que ele retenha o domínio da coisa alienada até o pagamento total do preço.
DOAÇÃO
É o contrato típico que também tem por finalidade a transferência do domínio com a particularidade que, via de regra é gracioso, não exigindo contraprestação. O contrato de doação não é considerado como assunção de obrigação e sim um negócio jurídico entre dois sujeitos, um doador e um donatário por força do qual, o primeiro transfere bens de seu patrimônio para o segundo, animado pelo simples propósito de beneficência ou liberalidade.
É um contrato unilateral pois gera obrigação apenas ao doador, além de ser formal já que exige instrumento público ou particular (art. 541 CC) e quanto a bens imóveis é solene pois exige a solenidade da forma que é o arquivamento do título aquisitivo da propriedade no cartório de registro imobiliário e em geral é gratuito mas admitindo-se a imposição de ônus que configura a doação com encargo.
Art. 227 CC - prova testemunhal somente quando não ultrapassar 10 salários mínimos
Art. 108 CC – lei exige uma solenidade da forma, exige escritura pública. Forma Ad solenidad.
Art. 541 CC – forma ad probatione – fazer um documento para provar a doação – meio de prova
CONTRATO – FORMA TÍPICA DE UMA OBRIGAÇÃO
DOAÇÃO – NÃO TRADUZ OBRIGAÇÃO, CONFIGURAA DELIBERALIDADE
VÍNCULO JURÍDICO ENTRE UM CREDOR E UM DEVEDOR
A doação exige essencialmente o animus donandi que é a vontade dirigida do agente de forma livre, de transferir ao patrimônio de um outro bens de sua propriedade e a doação somente se aperfeiçoará se houver a total liberalidade do agente em transferir seus bens e ainda desde que ocorra a tradição (imóvel com registro/ móvel com a entrega) latu sensu.
A doação exige aceitação esperando-se expressamente a manifestação aquiecendo ou repudiando a oferta do doador e esta aceitação pode ser escrita, verbal, gestual ou tácita.
Art. 539 CC
A doação poderá ser pura ou com encargo e a primeira é aquela em que o donatário, caso venha aceitar a doação não sofrerá qualquer ônus para a utilização da coisa e justamente nesta é que se poderá permitir que o silêncio possa valer como aceitação desde que pratique atividades que traduzam a vontade em receber a coisa.
Já a doação com encargo impõem ao donatário determinado ônus para fazer uso da coisa e por não atendimento a este ônus poderá acarretar a revogação da doação por inexecução do encargo.
A doação poderá ser inoficiosa, que é aquela em que há violação da legítima dos herdeiros necessários, uma vez que, 50% do patrimônio do doador deverão ficar a disposição dos herdeiros necessários, enquanto os outros 50% poderão ser dispostos livremente.
A doação inoficiosa, segundo o artigo 549 CC é nula de pleno direito, pois trata-se de afronta à ordem pública, cabendo ao interessado arguir ação declaratória de nulidade, entendendo-se o prazo para tal em 10 anos.
De outra forma, há um entendimento que a doação inoficiosa não seria nula e sim anulável, principalmente naquilo que exceder a parte dos herdeiros necessária e como tal ato seria anulável sem que a norma especificamente fixe prazo para a propositura da competente ação anulatória, segundo o artigo 179 CC este prazo será de 02 anos.
Art. 166 CC – negócio jurídico nulo (absolutamente inválido) - o negócio não é nulo e sim anulável
Erro/dolo/lesão/ estado de perigo – vícios no negócio jurídico – prazo para anular 4 anos
Art. 172 CC – ato anulável
Ato nulo pode ser confirmado válido? Nunca, mas pode ser considerado como ato aproveitado. Art. 170 CC, conservação do negócio jurídico./ Princípio da conversão: converter para ato nulo para algo que seja válido.
Ex: Maria adquire um imóvel em Pedra de Guaratiba, a dona do imóvel é Rita(empresta dinheiro à juros e tem casa de prostituição) e Rita manda Maria procurar Carla, advogada, o contrato foi redigido corretamente e este deverá ser registrado no RGI (art. 108 escritura pública). Neste caso faltou a escritura pública pois o valor ultrapassa o limite do artigo 108 CC e o contrato é nulo, haverá a conversão para negócio válido.
- corrente que mais vigora: ato anulável.
Na hipótese de doação feita a herdeiro legítimo, esta é considerada como adiantamento de legítima e no momento da abertura do inventário caberá ao herdeiro trazer para colação no inventário o que lhe foi doado.
Art. 544 cc – doação a ascendente e descendente
É proibida a doação universal que é aquela em que o doador não faz reserva mínima para sua subsistência, não tendo como manter-se e este negócio jurídico gera a nulidade absoluta. Art. 548 CC – doação universal (somente se não tiver outro meio de subsistência, ex: aposentadoria, salário...)
**** A DOAÇÃO INTEIRA SERÁ ANULADA ****
Em relação a promessa de doação ou contrato preliminar de doação, não há na legislação nada que proíba esta modalidade. A doutrina mais apropriada renega tal instituto uma vez que um contrato preliminar ou pré contrato tem por objeto uma obrigação de fazer um contrato definitivo e no caso da doação ninguém poderá ser compelido à doar pois o pactum de donando impõe liberalidade ao doador e caso houvesse a promessa não seria admitida a execução coativa desta promessa, ou seja, não haveria meios ao promitente donatário em exigir o cumprimento do pactuado, daí o mais acertado é pela inadmissibilidade da promessa de doação.
- cabe uma reparação civil
EMPRÉSTIMO
É uma espécie de negócio pelo qual uma das partes entrega a outra coisa fungível ou infungível assumindo esta a obrigação de restituí La.
Duas espécies:
Comodato – É contrato pelo qual uma pessoa denominada comodante transfere a posse de um bem seu a uma outra pessoa denominada comodatário para que este possa usá-la, devendo devolver a mesma coisa ao comodante. É essencialmente gratuito e se dá sobre coisa infungível que se aperfeiçoa com a tradição. Se fosse oneroso confundir-se-ia com locação. É admitido excepcionalmente que o comodato possa se dar sobre coisas fungíveis, desde que a própria natureza do negócio assim o configure, transformando a coisa em infungível para aquele certo negócio.
É intuito persone, não se transmite aos sucessores, ou se transferindo por ato inter vivos. O comodato gera ao comodatário a posse do bem que é exercida de forma direta por ele e de forma indireta pelo comodante e desta forma ambos podem arguir a proteção possessória pela via das ações possessórias e inclusive é lícito ao comodatário utilizar-se dos interditos possessórios.
Comodatário = posse direta/comodante = posse indireta
Coisas fungíveis -  São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Veja art. 85, do Código Civil (Lei 10.406/2002).
direitonet.com.br
Coisas não fungíveis -  Equivalente a coisas infungíveis. São bens os móveis que não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Veja art. 85, a contrario sensu, do Código Civil (Lei 10.406/2002).
Mútuo – é um contrato pelo qual há um empréstimo de coisas fungíveis obrigando-se o mutuário a restituir uma coisa de mesmo gênero, qualidade e quantidade, o mutuante transfere o domínio da coisa ao mutuário através de contrato translativo de propriedade e por isso o mutuante tem que ser proprietário da coisa emprestada.
NO MÚTUO A COISA É CONSUMIDA, LOGO, NÃO TEM COMO RESTITUIR, DIGO, DEVOLVER A COISA, ENTÃO TEM-SE QUE RESTITUIR A COISA. NO COMODATO O COMODATÁRIO USA A COISA E DEPOIS A DEVOLVE.
SÓ PODE HAVER CONTRATO DE MÚTUO POR PARTE DO PROPRIETÁRIO, PORQUE NINGUÉM PODE EMPRESTAR ALGO QUE NÃO É SEU.
DEPÓSITO
	É contrato pelo qual uma das partes denominada depositária a guarda de um bem móvel para que seja guardado e conservado e posteriormente devolvido.
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
Oneroso
EMPREITADA
Locação de obra, obrigação de fazer, o que configura não é a entrega da coisa
Pode haver sub contratação
Contrato time sharing
Propriedade compartilhada. São vários os proprietários e possuidores indiretos do mesmo bem
TRANSPORTE
Impõe o dever de cuidado com a pessoa ou coisa resguardando sua integridade e qq evento danoso que gere lesão a pessoa ou a mercadoria, a responsabilidade do transportador é objetiva, somente podendo ser elidida pelas excludentes de responsabilidade com culpa exclusiva da vítima, o fato de 3º e o caso fortuito ou força maior e tratando-se de transporte de passageiros as duas 1º excludentes sofrem questionamento por entender que há o cuidado inerente ao transportador e quanto ao fortuito apenas o externo, que não está ligado a atividade do transportador é que poderá servir p retirar a responsabilidade do transportador.

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