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Alunas: Catharina Pimenta e Marina Soares 5º Período de Fisioterapia - Noturno Doença de Legg Calvé Perthes Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia Em 1909, Waldenstrom descreveu pela primeira vez o fenômeno, porém atribuiu a causa à tuberculose. A doença começou a ser descrita em 1910. Tem esse nome em homenagem aos médicos A. Legg, J. Calvé e G. Perthes que publicaram respectivamente três estudos utilizando em suas pesquisas um exame recém inventado que de tão revolucionário permitia ver o interior do osso por imagem radiográfica (1895). História Definição: É a necrose avascular do núcleo de ossificação da epífise proximal do fêmur, seguida por uma fratura subcondral, revascularização e a remodelação do osso morto durante o desenvolvimento da criança. (Wiltermburg e Santili, 2005) Ate os dias de hoje, não há uma causa que leva à obstrução transitória da circulação da cabeça femoral. Incidência Tem causa ainda mal esclarecidas. Mais comum no sexo masculino numa proporção de 5:1 A raça branca é a mais acometida. sendo rara em australianos nativos, polinésios, índios americanos e negros. Bilateralidade em 10 a 12% dos casos. Quanto à faixa etária, há controvérsia entre os autores, com variação de 2 a 16 anos. mas forma-se um consenso de que o pico de freqüência ocorre aos 6 anos de idade. Segundo Weinstein e Buckwalter (2000) há um aumento na incidência de DLCP em crianças nascidas depois de outros irmãos, particularmente da 3ª a 6ª criança, e em grupos socioeconômicos mais desvalidos. Etiologia Para Soni, Valenza e Schelle (2004) a verdadeira causa de DLCP permanece indefinida. Vários fatores foram apresentados na literatura como prováveis responsáveis deste episodio, tais como: Anormalidade de coagulação; Alterações do fluxo sanguíneo arterial (infartos ósseos múltiplos) Obstrução da drenagem venosa da epífise e colo femoral Trauma Desenvolvimento crianças pequenas para a idade cronológica Hiper-reatividade da criança Influencias genéticas Fatores nutricionais Segundo Hebert (2004) de todas as teorias (ate agora não confirmadas) sobre a causa da doença, parece que a maior comprovação que se tem é quanto a relação com a isquemia do núcleo ossificação da cabeça do fêmur e o hormônio do crescimento, tendo em vista a baixa estatura das crianças com a enfermidade. Estágios Quadro Clínico Dor pode ser descrita no quadril, na virilha, mas normalmente é referida na região medial da coxa ou no joelho (na inervação do nervo obturador). Claudicação Limitação de Amplitude Articular de Movimento Sendo que esses sintomas variam de intensidade para cada paciente. Na doença de Legg Calvé Perthes ocorre diminuição da abdução, flexão e rotação interna. Limitação da Rotação Interna Manobra de Thomas Trendelemburg Limitação da Rotação Interna e Externa Atrofia muscular Exames Complementares Radiografia falha em mostrar a fase inicial da doença Ressonância Magnética resultados falso-negativos são frequentes. Durante a evolução, a RM é útil para avaliar a esfericidade da cabeça do fêmur. Cintilografia identifica precocemente a reossificação do pilar lateral da epífise femoral. Diagnóstico Diferencial Artrite Séptica atípica Doença de Gaucher Hipotiroidismo Displasia epifisária múltipla Anemia falciforme Displasia espondiloepifisária, variante da Síndrome de Stickler Sinovite transitória (Snider, 2000) Tratamento: Tem como objetivo reduzir a irritabilidade e dor no quadril, prevenir deformidades, restaurar ou manter a mobilidade das estruturas afetadas, impedir a extrusão da cabeça femoral e por fim retomar forma esférica da cabeça femoral. (Brech e Guarniero, 2006) Podendo ser conservador ou cirúrgico. O tratamento cirúrgico é indicado para centralizar, e deve ser realizada precocemente, tão logo apareça a subluxaçao, antes que ocorra deformação da cabeça femoral, o que irá comprometer os resultados. O tratamento conservador é o método de escolha para grande maioria dos casos, baseando-se no repouso no leito com tração cutânea para alivio da dor, redução da sinovite e ganho de abdução para melhor centralização do quadril. As órteses no tratamento conservador tem como objetivo manter o quadril em abdução e centralizar a cabeça do fêmur, para diminuir a deformidade e deixá-la mais esférica. A fisioterapia atua como parte do processo de reabilitação do paciente utilizando: técnicas de alongamentos passivos de músculos da região do quadril, principalmente dos flexores de quadril (reto femoral e ílio psoas), exercícios de fortalecimento dos músculos que realizam flexão, extensão, adução, e abdução de quadril, facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP), crioterapia, hidroterapia, repouso e tração cutânea crânio caudal, treino de marcha, melhora da postura global e manutenção da cabeça femoral em contato com o acetábulo para que a reossificação seja a melhor possível. (Brech e Guarniero, 2006) Considerações Finais Conclui-se então que a DLCP é uma osteonecrose idiopática da cabeça femoral em crianças, tendo sua etiologia desconhecida. Acomete crianças entre 2 e 16 anos, sendo mais comum em meninos do que em meninas, pode ser unilateral em 90% dos pacientes. É incomum em afro-americanos. O tratamento da doença fundamentam-se na manutenção da epífise femoral centrada no acetábulo e preservação da mobilidade do quadril. Se tornando assim, mais eficaz se realizado em indivíduos idade inferior a 6 anos e quando diagnosticado precocemente. Referências Bibliográficas: Araújo, H. F.C. , Efetividade do Tratamento Fisioterapêutico na Doença de Legg-Calvé-Perthes – Artigo publicado na Revista CEPPG – CESUC, Ano XIII, nº03 – `2º semestre 2010. Guarniero, R; Andrusaitis, F. R.; Brech, G. C.; Eyherabide, A. P., Classification and physical therapy of the Legg-Calver-Perthes disease: a review, 2005. Weinstein, S. L; Buckwalter, J. A. , Ortopedia de Turik – Principios e Aplicações, 5ª Ed. GUARNIERO, Roberto. Disease de Legg-Calvé-Perthes: 100 anos. Rev. bras. ortop. , São Paulo, v. 46, n. 1, 2011. Disponível a partir de <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-36162011000100001&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 14 de novembro de 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-36162011000100001. http://www.infoescola.com/doencas/sindrome-de-legg-calve-perthes/ http://www.clinicadoquadril.com.br/doencas/legg.htm http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/traumato/doenca_legg/doenca_legg.htm
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