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ANTICONVULSIVANTES Fenitoína É o anticonvulsivante não sedativo mais antigo. MA: altera a condutância de Na+, K+ e Ca+, os potenciais de membrana e as concentrações de aminoácidos bem como neurotransmissores norepinefrina, acetilcolina e GABA; bloqueia o disparo repetitivo de alta frequência sustentado dos potenciais de ação por Na+ em concentrações terapêuticas. O mecanismo de ação da Fenitoína provavelmente envolve uma combinação de ações em diversos níveis. Uso clínico: crises parciais e crises tônico- clônicas generalizadas. Sua absorção depende da dose ingerida; ocorre absorção pelo TGI, 3 a 12h para alcançar nível máximo de concentração; liga- se as proteínas plasmáticas; meia vida dura entre 12 a 36h. EA: efeitos parecidos com os dos outros fármacos do grupo da fenitoína, podendo ocorre nistagmo, movimentos extraoculares suaves de busca, diplopia e ataxia; sedação só ocorre em doses elevadas. Hirsutismo e hiperplasia gengival em alguns pacientes. Diminuição dos reflexos Carbamazepina É um fármaco relacionado com os antidepressivos (ADT relacionado para tratar depressão bipolar) e anticonvulsivantes. MA: o mecanismo de ação da Carbamazepina parece ser semelhante ao da Fenitoína; exibe atividade contra conduções induzidas por eletrochoque máximo (ECM); bloqueia canais de Na+ e inibe o disparo repetitivo de alta frequência. Atua no nível pré- sináptico, reduzindo a transmissão sináptica. Usos clínicos: antigamente era fármaco de escolha para crises tanto parciais quanto tônico- clônicas generalizadas, contudo perdeu espaço para os novos fármacos. A taxa de sua absorção varia muito nos pacientes, embora ocorra completamente em quase todos os pacientes. Retardar a absorção com a alimentação faz com que os pacientes aguentem doses mais elevadas diárias. EA: os efeitos colaterais mais comuns consistem em diplopia e ataxia. Outras queixas como desconforto gastrointestinal discreto, instabilidade e Gabapentina É um aminoácido análogo do GABA, efetivo contra crises parciais. MA: a despeito da sua estreita semelhança com o GABA, a Gabapentina e Pregabalina não atuam diretamente nos receptores de GABA, contudo podem modificar a liberação sináptica ou não sináptica de GABA. Ligam-se intensamente à subunidade a2g dos canais de Ca+ regulados por voltagem, reduzindo a entrada de Ca+, com efeito predominante sobre os canais de tipo N pré- sinápticos. Usos clínicos: a Gabapentina mostra-se efetiva como adjuvante contra crises parciais e as crises tônico- clônicas generalizadas. A Gabapentina também é muito promovida para o tratamento de dor neuropática e, hoje, é indicada para o tratamento da neuralgia pós-herpética em adultos. Os efeitos colaterais comuns consistem em: sonolência, tontura, ataxia, cefaleia e tremor. A Gabapentina não é metabolizada e não induz as enzimas hepáticas, fármaco não se liga as proteínas plasmáticas. Pregabalina A Pregabalina é outro análogo do GABA, estreitamente relacionada com a Gabapentina. MA: a despeito da sua estreita semelhança com o GABA, a Gabapentina e Pregabalina não atuam diretamente nos receptores de GABA, contudo podem modificar a liberação sináptica ou não sináptica de GABA. Ligam-se intensamente à subunidade a2g dos canais de Ca+ regulados por voltagem, reduzindo a entrada de Ca+, com efeito predominante sobre os canais de tipo N pré- sinápticos. Usos clínicos: a pregabalina está aprovada para o tratamento adjuvante de crises parciais, com ou sem generalização secundária; está aprovado também para o tratamento de dor neuropática, incluindo a neuropatia periférica diabética dolorosa e neuralgia pós-herpética. Na Europa, é um fármaco utilizado para o tratamento de transtorno de ansiedade generalizada. Está disponível na dose oral. A Pregabalina, à semelhança da Gabapentina, não é metabolizada e é quase Diazepam É um fármaco que faz parte do grupo dos benzodiazepínicos e possui propriedades ansiolíticas, sedativas, miorrelaxantes, anticonvulsivantes e efeitos amnésicos. Sabe-se, atualmente, que tais efeitos são devidos ao reforço da ação do GABA, importante neurotransmissor inibidor do cérebro. O Diazepam é um fármaco rapidamente e completamente absorvido após a administração por VO. O Diazepam e seus metabólitos possuem alta ligação às proteínas plasmáticas, atravessam a barreira hematoencefálica e placentária, sendo encontrados também no leite materno. A eliminação é bifásica, ocorrendo em dois momentos: rápida e lenta. Não deve ser administrado em crianças e gestantes. EA: bem tolerado na maioria dos pacientes, mas deve ser avisado ao médico caso apareçam sintomas de cansaço, sonolência, confusão mental, amnésia anterógrada, tonteira e distúrbios de acomodação visual. Relaxamento muscular LuizPedro Nota A Gabapetina e a Pregabalina são fármacos estabilizadores de membrana. ANSIOLÍTICOS ANTIDEPRESSIVOS tendíneos dos MMII são observados em alguns pacientes; o uso prolongado pode diminuir o metabolismo da vitamina D, levando à osteomalacia. sonolência também são observadas; leucopenia leve e persistente são observados em alguns pacientes. O fármaco é excretado em sua forma inalterada no sistema renal. totalmente excretada de modo inalterado na urina. geral é um efeito comum. Icterícia é um efeito raro. Alprazolam É um fármaco do grupo dos Benzodiazepínicos, sendo um dos medicamentos mais usados. Substituem os barbitúricos e o meprobamato no tratamento da ansiedade. MA: os alvos para as ações do Alprazolam são os receptores do GABAa (compostos por subunidades a, b e g) – os benzodiazepínicos modulam os efeitos GABA ligando-se a um local específico de alta afinidade, na interface da subunidade a e da subunidade g2. A ligação do GABA ao seu receptor abre o canal de Cl-, o que aumenta a condutância do íon, causando a hiperpolarização que afasta o potencial pós-sináptico do valor limiar e, assim, inibe a formação de potenciais de ação. Usos clínicos: redução da ansiedade, ações hipnóticas e sedativas, amnésia anterógrada, anticonvulsivante e relaxamento muscular. Para o transtorno do pânico, o Alprazolam é eficaz para tratamentos curtos ou longos, embora possa causar reações de abstinência em cerca de 30% dos pacientes. O Alprazolam é lipofílico e é rápida e completamente absorvido após a administração por VO, distribuindo-se por todo organismo. EA: sonolência e confusão. Precauções: devem ser usados com cautela em pacientes com doença hepática, devendo ser evitados em pacientes com glaucoma de ângulo estreito. Álcool e outros depressores do SNC potencializam seus efeitos sedativos. Doses excessivas raramente são letais (LEMBRE-SE DO SHAKE DOS PRESIDIÁRIOS). Amitriptilina É um antidepressivo tricíclico (ADTs) que promovem o bloqueio da captação de norepinefrina e seretonina no neurônio. Todos os ADTs possuem eficácias terapêuticas semelhantes e suas escolhas dependem da tolerância do paciente ao medicamento e sua duração de ação. Esses fármacos são uma alternativa valiosa para pacientes que não respondem aos ISCSs (inibidores seletivos da captação de serotonina). MA: inibição da captação do transmissor norepinefrina e serotonina no terminal nervoso pré-sináptico. Em concentrações terapêuticas ele não bloqueia os transportadores de dopamina. Os ADTs causam aumento de concentração de monoaminas na fenda sináptica, resultando no efeito antidepressivo. Os ADTs também bloqueiam os receptores serotonérgico, a-adrenérgico, histamínico e muscarínico. Usos clínicos: depressão moderada à grave; melhoram o humor e o Fluoxetina É um inibidor seletivo da captação de serotonina (ISCSs); isso contrasta com os ADTsque não inibem seletivamente a captação de norepinefrina e serotonina. Contudo, ambas as classes pouco bloqueiam o transportador de dopamina. Além disso, os ISCSs têm escassa atividade bloqueadora em receptores muscarínicos, a- adrenérgicos e H1 histamínicos. MA: a Fluoxetina bloqueia a captação de serotonina, levando ao aumento da concentração do neurotransmissor na fenda sináptica e, finalmente, à maior atividade neuronal pós-sináptica. Os ISCSs precisam de duas semanas para produzir uma melhora significativa do humor e o benefício máximo pode demorar até 12 semanas. Contudo, nenhum antidepressivo é eficaz. Usos clínicos: indicação primária é a depressão, sendo tão eficaz quanto os ADTs; transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno do pânico, ansiedade social, LuizPedro Nota Os ISRSs não são isentos de EA. Insônia, aumento da ansiedade, irritabilidade e diminuição do libido são EA comuns, agravando ainda mais a depressão. Disfunção erétil, anorgasmia e retardo na ejaculação podem ocorrer. LuizPedro Nota Para o interrupção do tratamento é necessário desmamar o paciente LuizPedro Nota A Amitriptilina é considerada padrão-ouro dos analgésicos antidepressivos. NEUROLÉPTICOS E ESTABILIZADORES DO HUMOR alerta mental, aumentam a atividade física e reduzem a preocupação mórbida em 50% a 70% dos indivíduos com depressão. O início da melhora do humor é lento (medicamento por deposição), necessitando de duas semanas ou mais. Em geral, esses fármacos não induzem o SNC ou melhora do humor em indivíduos normais. Alguns pacientes com síndrome do pânico também respondem ao medicamento. A Amitriptilina é usada para o tratamento das enxaquecas e dores crônicas (p.ex. dor neuropática) em inúmeras situações onde a causa da dor é desconhecida. É um fármaco bem absorvido por VO. O período inicial do tratamento é de 4 a 8 semanas. São fármacos metabolizados pelo sistema microssomal hepático; são excretados inativos no rim. EA: visão borrada, xerostomia, retenção urinária, taquicardia sinusal, constipação e agravamento do glaucoma estreito. Deve-se ter uma precaução em pacientes com transtorno bipolar, pois pode gerar uma mudança de humor repentina de comportamento maníaco. transtorno disfórico pré-menstrual e bulimia nervosa. É um fármaco bem absorvido por VO, tendo picos de concentração máxima em 2 a 8 horas. Ocorre extensa biotransformação pelo citocromo P450; a fluoxetina possui uma meia vida muito maior, permitindo a dosagem semanal única, sendo um potente inibidor da isoenzima CIP450 hepática. EA: cefaleia, sudoração, ansiedade e agitação, efeitos TGI (náuseas, êmese e diarreia), fraqueza e cansaço, disfunções sexuais, alterações da massa corporal, distúrbios do sono (insônia e sonolência) [fluoxetina apresenta menos distúrbios no sono do que os outros medicamentos da classe). É um fármaco de escolha para o tratamento de depressão na infância. Dosagem elevada, não causa arritmias cardíacas, mas convulsões podem ocorrer, pois todos os antidepressivos podem reduzir o limiar de convulsão. A fluoxetina é o fármaco que possui o menor risco de causar a síndrome da interrupção. Haloperidol É um antipsicótico de primeira geração de alta potência (também denominado antipsicótico tradicional); são inibidores competitivos em vários receptores, mas seu efeito antipsicótico reflete o bloqueio competitivo nos receptores D2 da dopamina. É um fármaco associado a distúrbios do movimento. É um fármaco derivado da butirofenona. MA: todos os antipsicóticos de 1ª geração bloqueiam os receptores de dopamina no cérebro e na periferia; a eficácia relaciona-se intimamente com a habilidade de bloquear o receptor D2 no sistema mesolímbico do cérebro. Uso clínico: ações antipsicóticas, associadas a esquizofrenia. Os efeitos antipsicóticos em geral demoram vários dias e até semanas para acontecer. O Haloperidol Risperidona É um antipsicótico de segunda geração, também conhecidos como antipsicóticos atípicos. Possui menos sintomas extrapiramidais (SEP) do que os de primeira geração. A segunda geração deve sua atividade singular ao bloqueio dos receptores da serotonina e dopamina (e talvez outros). MA: bloqueio dos receptores de dopamina no cérebro e na periferia, inibição dos receptores 5HT, especialmente o 5HT2a. Uso clínico: ações antipsicóticas, associadas a esquizofrenia. Os efeitos antipsicóticos em geral demoram vários dias e até semanas para acontecer. O Haloperidol demonstra, após a administração oral, uma absorção variável que não é afetada pelo alimento. EA: efeitos adversos Clorpromazina É um antipsicótico de primeira geração de baixa potência; são inibidores competitivos em vários receptores, mas seu efeito antipsicótico reflete o bloqueio competitivo nos receptores D2 da dopamina. É um fármaco associado a distúrbios do movimento. É um fármaco derivado da butirofenona. MA: todos os antipsicóticos de 1ª geração bloqueiam os receptores de dopamina no cérebro e na periferia; a eficácia relaciona-se intimamente com a habilidade de bloquear o receptor D2 no sistema mesolímbico do cérebro. Uso clínico: ações antipsicóticas, associadas a esquizofrenia. Os efeitos antipsicóticos em geral demoram vários dias e até semanas para acontecer. O Haloperidol demonstra, após a administração oral, Carbonato de Lítio O Carbonato de Lítio constitui um tratamento efetivo para o transtorno bipolar. MA: não está totalmente esclarecido; o lítio inibe diretamente duas vias de transdução de sinais. Ele suprime a sinalização do inositol pela depleção do inositol intracelular e também inibe o glicogênio sintetase cinase-3 (GSK-3), uma proteína componente de diversas sinalizações intracelulares. O lítio, também, está estreitamente relacionado com o sódio nas suas propriedades; ele pode substituir o sódio na geração dos potenciais de ação e na troca Na+-Na+ através da membrana. O lítio também age na ação dos segundos mensageiros. Usos clínicos: transtorno esquizoafetivo, esquizofrenia, depressão endógena LuizPedro Riscado Clorpromazina LuizPedro Riscado Risperidona demonstra, após a administração oral, uma absorção variável que não é afetada pelo alimento. EA: efeitos adversos extrapiramidais, discinesia tardia, síndrome do antipsicótico maligno (rigidez muscular, febre, alteração do estado mental), amnorreia, galactorreia, ginecomastia, infertilidade e impotência. extrapiramidais, discinesia tardia, síndrome do antipsicótico maligno (rigidez muscular, febre, alteração do estado mental), amnorreia, galactorreia, ginecomastia, infertilidade e impotência. uma absorção variável que não é afetada pelo alimento. EA: efeitos adversos extrapiramidais, discinesia tardia, síndrome do antipsicótico maligno (rigidez muscular, febre, alteração do estado mental), amnorreia, galactorreia, ginecomastia, infertilidade e impotência. recorrente, depressão unipolar. EA: tremor, diminuição da função da tireoide, diabetes insipido nefrogênico, edema, efeitos colaterais renais, efeitos colaterais cardíacos (bradicardia- taquicardia – doença sinusal). Não está indicado o seu uso na gravidez.
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