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Direio Ambiental Aula 04 Material de Apoio Magistratura

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Magistratura e Ministério Público 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Direito Ambiental 
 Professor: Luiz Antonio 
Aula: 04 | Data: 25/05/2015 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
INSTRUMENTOS 
1. Avaliação de Impactos Ambientais (AIA) 
2. Avaliação Ambiental Integrada (AAI) 
3. Espaços territoriais especialmente protegidos (ETEP) 
 
INSTRUMENTOS 
 
(continuação) 
 
1. Avaliação de Impactos Ambientais (AIA) 
 
1) Histórico: 
 
a) lei 6.803/80, artigo 10; 
b) artigo 9º, III, lei 6.938/81; 
c) decreto 88.351/83 (já revogado), artigo 18, §1º - o AIA é aplicado em todos os licenciamentos ambientais; 
d) Resolução Conama 01/86 – essa resolução introduziu de verdade o EIA/RIMA no Brasil, e criou-se uma ideia 
errônea de que a AIA é o EIA/RIMA; 
e) resolução Conama 237/97, artigo 3º - quando o empreendimento causa significativa degradação usa-se o 
EIA/RIMA, caso contrário não. 
 
2) AIA: avaliação feita por meio de estudos ambientais, todo licenciamento tem que passar por estudos para 
saber qual é o impacto que ele causa. 
 
a) definição do estudo ambiental: 
 
- a legislação que dita isso. Exemplo: resolução Conama 01/86, artigo 2º trouxe o EIA/RIMA no Brasil e em seus 
incisos obriga o EIA/RIMA. 
 
- A CF em 88 no artigo 225, §1º, IV – toda atividade que acusar significativa degradação ambiental deve passar por 
EIA/RIMA. 
 
Artigo 2º - Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental 
e respectivo relatório de impacto ambiental - RIMA, a serem 
submetidos à aprovação do órgão estadual competente, e do IBAMA 
e1n caráter supletivo, o licenciamento de atividades modificadoras 
do meio ambiente, tais como: 
 
I - Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento; 
 
II - Ferrovias; 
 
 
 
 
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III - Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos; 
 
IV - Aeroportos, conforme definidos pelo inciso 1, artigo 48, do 
Decreto-Lei nº 32, de 18.11.66; 
 
V - Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e 
emissários de esgotos sanitários; 
 
VI - Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230KV; 
 
VII - Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais 
como: barragem para fins hidrelétricos, acima de 10MW, de 
saneamento ou de irrigação, abertura de canais para navegação, 
drenagem e irrigação, retificação de cursos d'água, abertura de 
barras e embocaduras, transposição de bacias, diques; 
 
VIII - Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão); 
 
IX - Extração de minério, inclusive os da classe II, definidas no Código 
de Mineração; 
 
X - Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos 
tóxicos ou perigosos; 
 
Xl - Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de 
energia primária, acima de 10MW; 
 
XII - Complexo e unidades industriais e agro-industriais 
(petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de álcool, 
hulha, extração e cultivo de recursos hídricos); 
 
XIII - Distritos industriais e zonas estritamente industriais - ZEI; 
 
XIV - Exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima 
de 100 hectares ou menores, quando atingir áreas significativas em 
termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental; 
 
XV - Projetos urbanísticos, acima de 100ha. ou em áreas consideradas 
de relevante interesse ambiental a critério da SEMA e dos órgãos 
municipais e estaduais competentes; 
 
XVI - Qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em quantidade 
superior a dez toneladas por dia. 
 
b) Resolução Conama 237/97, artigo 3º: 
 
- caput: tendo significativa degradação o órgão ambiental é obrigado a exigir EIA/RIMA; 
 
 
 
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- parágrafo único: não sendo assim o órgão licenciador define os estudos ambientais pertinentes. 
 
Art. 3º- A licença ambiental para empreendimentos e atividades 
consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativa 
degradação do meio dependerá de prévio estudo de impacto 
ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente 
(EIA/RIMA), ao qual dar-se-á publicidade, garantida a realização de 
audiências públicas, quando couber, de acordo com a 
regulamentação. 
 
Parágrafo único. O órgão ambiental competente, verificando que a 
atividade ou empreendimento não é potencialmente causador de 
significativa degradação do meio ambiente, definirá os estudos 
ambientais pertinentes ao respectivo processo de licenciamento. 
 
Significativa degradação: é uma avaliação que se faz caso a caso, não está definida em lugar nenhum. 
 
Exemplo: resolução 49/14 – licenciamento na esfera estadual (SP), pode ser feito o EIA/RIMA se entender que é 
de grande impacto ambiental; se for de médio impacto poderá fazer o EAS ou a RAP. 
 
Exemplo: resolução 170/14 (município de SP) – EIA/RIMA ou se não tiver significativa degradação poderá ser feito 
RAP ou EVA. 
Cada legislação dá o nome ao seu estudo de impacto ambiental, somente o EIA/RIMA é que não muda. 
 
3) EIA/RIMA: 
 
EIA: É o estudo mais completo e é utilizado no país inteiro. É regulado pela Resolução Conama 01/86. Pode 
também ser chamado de EPIA (Estudo prévio de impacto ambiental). 
 
- Primeiro faz-se um diagnóstico ambiental da área: aspecto físico, fauna, flora etc; 
- impactos ambientais positivos e negativos do empreendimento; 
- indicar quais as medidas compensatórias e mitigadoras; 
- como será o acompanhamento e controle da implantação do empreendimento (auditorias, relatórios 
fotográficos etc). 
 
O estudo é feito e pago pelo empreendedor. 
 
RIMA: Resumo simplificado do EIA. Sempre deve ser feito. 
 
Artigo 69-A, lei 9.605/98 – se houver falsidade no licenciamento a pena pode chegar a 10 anos. Além disso o 
Poder Público pode, mediante decisão motivada, modificar, suspender e cancelar a licença ambiental se houver 
descumprimento de lei, falsidade de licenciamento ou graves riscos ambientais. 
 
2. AAI – Avaliação Ambiental Integrada 
 
Não está na legislação, está na doutrina e na jurisprudência. 
Foi discutida no TRF4 – 3ª Turma, Apel. Cível 1999.70.01.007514-6/PR. 
 
 
 
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É um estudo mais amplo porque tem como objetivo olhar os empreendimentos como um todo, principalmente na 
área urbana (exemplo: estudo de heliponto em SP). 
 
3. Espaços territoriais especialmente protegidos – ETEP 
 
1) Legislação: 
 
a) CF, artigo 225, §1º, III - cabe ao Poder Público instituir ETEP em todas as unidades da federação, cabe a União, 
Estados, Municípios, ao Poder Público; 
 
b) artigo 9º, VI, lei 6.938/81; 
 
c) lei do sistema nacional de unidade de conservação (LSNUC), lei 9.985/00. Toda unidade de conservação é um 
ETEP só que o inverso não é verdade, porque nem todo ETEP é uma unidade de conservação. Unidade de 
conservação é espécie e ETEP é gênero; 
 
d) outros – lei 12.651/12 (código florestal); 
 
e) artigo 196, Constituição Estadual – são ETEP que o Estado de SP criou. 
 
2) Espécies: 
 
- em sentido estrito: unidade de conservação estadual, federal e municipal; 
- em sentido amplo: restante. 
 
3) ETEP em sentido estrito: lei 9.985/00. 
 
a) introdução: 
 
- unidade de conservação (artigo 2º, I, lei 9985/00) é uma área delimitada com importância/relevância ambiental 
que o Poder Público institui uma unidade de conservação e a partir daí instaura-se uma proteção qualificada e um 
regime de administração especial. 
 
- Sistema nacional de unidade de conservação (SNUC): artigo 3º e 6º da lei 9985/00 – é constituído pela reunião 
de unidade de conservação federais, estaduais e municipais. 
Quem administra esse sistema? 
O órgão central é o Ministério do meio ambiente. O órgão consultivo e deliberativo é o CONAMA. E os órgãos 
executores é o Instituto Chico Mendes (autarquia federal) e subsidiariamenteo IBAMA. 
 
- Sistemas estaduais de unidade de conservação (SEUC): em SP chama SIEFLOR – sistema estadual de florestas. 
Foi criado pelo decreto estadual 51.453/06. O órgão central é a Secretaria do meio ambiente, o órgão consultivo e 
deliberativo é o CONSEMA e os órgãos executores em SP é a Fundação e o Instituto Florestal. 
 
b) definições do artigo 2º, incisos I a XIX: 
 
- Criação da unidade de conservação: artigos 2º, 7º ao 21 e 22 ao 28: 
 
 
 
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1 - O Poder Público tem que fazer estudos técnicos: artigo 22-A e §2º. Por lei o Poder Público pode instituir 
limitações administrativas provisórias na área (para isso o Poder Público pode instituir decretos por exemplo). As 
limitações valem por 7 meses após esse prazo fica extinta. 
 
2- Consulta à população para identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequados para a unidade, 
não é plebiscito, a população não vota se sim ou se não. Somente duas unidades de conservação não precisam de 
consulta: 1) Estação Ecológica e 2) Reserva biológica. A consulta deve ser feita de maneira inteligível/acessível. 
 
3- Criação: artigo 22, caput, por ato do Poder Público (lei ou decreto, não pode ser de outra maneira). Deve-se 
optar por dois grupos ou categorias (artigo 7º): 
 
1º grupo - UPI (unidades de proteção integral): é possível o uso indireto dos recursos naturais (artigo 2º, IX), não 
há exploração econômica, mas pode ser utilizado para atividades de lazer ou para fins científicos por exemplo 
(artigo 8º ao 13 - EE, RB, PN, MN, RUS); 
 
2º grupo - UUS (unidades de uso sustentável): se admite o uso sustentável de parcela dos recursos naturais 
(artigo 2º, XI). Artigo 14 ao 21 - APA, ARIE, FN, RE, RF, RDS, RPPN. 
 
Próxima aula: plano de manejo, zona de amortecimento, corredores ecológicos e mosaico.

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