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Direio Processo Civil Aula 12 Material de Apoio Magistratura

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Magistratura e Ministério Público 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Direito Processual Civil 
 Professor: Eduardo Francisco 
Aula: 12 | Data: 15/06/2015 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
1. Reconvenção 
2. Revelia 
3. Respostas no novo CPC 
4. Providências Preliminares 
5. Julgamento no estado do processo 
 
1. Reconvenção 
 
(Continuação) 
 
- Procedimento: 
 
1) A reconvenção é ajuizada no prazo de resposta, em petição autônoma, endereçada ao juízo da ação encartada 
nos autos principais e anotada; 
 
2) O autor reconvindo é intimado por meio do Advogado para contestar em 15 dias (é intimado e não citado porque 
não se trata de processo novo); 
 
Obs: o Advogado não precisa de poderes especiais, nesse caso decorre da lei. 
Obs: além da contestação, admite-se outras respostas, inclusive a reconvenção (desta forma, admite-se 
reconvenção da reconvenção). 
 
3) Após a resposta ela segue o procedimento da ação principal com instrução e sentença em conjunto. 
 
Obs: a extinção da ação ou da reconvenção não impede o andamento do processo em relação à outra – autonomia. 
 
Obs: caso a inicial da reconvenção seja indeferida, ou se a ação ou a reconvenção for extinta no curso do processo, 
cabe agravo de instrumento (pois a decisão não visa extinguir o processo, não tem efeito terminativo). 
 
Obs: a reconvenção no novo CPC está no artigo 343 e não exige petição autônoma, ou seja, é um item na 
contestação, mas continua sendo ação autônoma, §2º. O § 3º permite ampliação subjetiva (que na doutrina era 
controvertida porque fere a celeridade e a economia). 
 
Obs: o §5º permite reconvenção mesmo quando o autor é substituto processual (coisa que o artigo 315, parágrafo 
único do CPC atual proíbe). 
 
Reconvenção é uma ação, condições da reconvenção: 
 
a) Legitimidade: inverte-se os polos da ação, o autor da ação vira réu e o réu vira autor. 
Obs: a redução subjetiva sempre foi pacifica, isto é, ela não precisa envolver todos os autores e réus da ação. 
 
b) Interesse de agir: 
 
 
 
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- necessidade: não será necessário reconvir quando a ação é dúplice, seja pela natureza da ação, seja pelo 
procedimento (exemplo: possessória, que no artigo 922 permite alguns pedidos na contestação), naquilo que ela é 
dúplice; 
- adequação: a reconvenção não será adequada se houver um mecanismo mais simples para o réu formular pedido 
contra o autor (exemplo: quando possível pedido contraposto). 
 
c) Possibilidade jurídica do pedido: não será possível a reconvenção quando proibida pela lei (exemplo: no juizado 
a proibição é expressa e no sumário é tácita, decorrendo do artigo 280 do CPC que proíbe incidentes mais simples 
do que a própria reconvenção). O novo CPC é procedimento comum ou especial, o sumário foi tirado da lei. 
 
É pacífico que cabe reconvenção na ação possessória, na consignação em pagamento e outras quando o pedido do 
réu atende aos demais pressupostos e não é abrangido pelo caráter dúplice da ação. 
 
2. Revelia 
 
Artigos 319 a 322 do CPC. No novo CPC artigo 344 a 346. Revelia é ausência de contestação válida. 
Pode gerar três efeitos: 
 
a) presunção de veracidade; 
b) julgamento antecipado da lide (se houver presunção dispensando a produção de provas); 
c) não intimação dos demais atos do processo. Obs: nesse caso os seus prazos correm da publicação de cada ato 
judicial “no órgão oficial” (novo CPC). 
 
A presunção de veracidade pelo artigo 320 não ocorre em três hipóteses: 
1ª – se um litisconsorte passivo contestar; 
2ª – se a ação versar sobre direito indisponível; 
3ª – inicial sem documento indispensável. 
 
O novo CPC acrescenta uma quarta hipótese que decorre de forma lógica: 4ª – quando as alegações do autor forem 
inverossímeis ou contrárias à prova dos autos. 
 
Essa presunção é relativa porque o juiz não é obrigado a aplicá-la e admite prova em contrário (artigo 345 do novo 
CPC). 
 
O revel pode ingressar no processo a qualquer tempo, recebendo-o no estado em que estiver, para passar a ser 
intimado basta juntar procuração nos autos e será intimado pelo advogado por meio da imprensa. 
 
É possível revelia sem nenhum dos efeitos. 
 
3. Respostas no novo CPC 
 
O prazo será em dobro para a defensoria, MP e Fazenda Pública. Também admite-se contestação e reconvenção. 
Foram extintas as exceções. A incompetência relativa é alegada em preliminar na contestação. 
 
 
Obs: no novo CPC há duas preliminares que não podem ser conhecidas de ofício: 
- convenção de arbitragem; 
 
 
 
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- incompetência relativa. 
 
Obs: impedimento e suspeição serão alegados por petição simples, no prazo de 15 dias e a reconvenção passa a 
ser um item da contestação. 
 
Quanto ao início do prazo, os artigos 230 e 231 adotam a regra da juntada do comprovante de citação, mas o artigo 
219 prevê que só serão contados os dias úteis, então a contagem é feita em dias úteis. 
 
Litisconsortes com advogados de escritórios diferentes terão prazo em dobro no processo de papel/físico (no 
processo eletrônico não há prazo em dobro), artigo 229. 
 
4. Providências Preliminares 
 
Artigo 323 a 328, CPC atual. Artigo 347 a 353 do novo CPC. São providências que visam verificar a possibilidade de 
julgamento do estado do processo ou complementar a fase postulatória ou preparar o processo para o saneador. 
Em razão desse último aspecto, a doutrina clássica inclui as providências preliminares na fase ordinatória. 
 
São elas: 
 
1) Verificação dos efeitos da revelia, artigo 324: 
a) se houver presunção cabe julgamento antecipado; 
b) se não houver presunção, haverá especificação de provas, o que também ocorre se o réu contesta e não for 
necessária a réplica, mas for necessária a instrução da causa. 
 
2) Especificação de provas: se for necessário produzir provas e o requerimento das partes, na inicial e na 
contestação foram genéricos, o juiz intimará as partes para que especifiquem provas em 10 dias. 
 
3) Ação declaratória incidental (ADI): artigo 325. Quando o réu contesta, negando a relação jurídica que 
fundamenta o pedido do autor, o autor pode, em 10 dias, ajuizar ADI, requerendo por petição simplificada que o 
juiz declare, na sentença, a existência ou o modo de ser da relação jurídica. 
 
Obs: pelo CPC a ADI pressupõe contestação do réu e só pode ser requerida pelo autor. A doutrina admite ADI do 
réu por meio de reconvenção e o réu pode reconvir sem contestar. 
 
a) Objeto da ADI: questão jurídica prejudicial (antecedente lógico necessário para o julgamento do pedido 
principal) (exemplo: se o autor cobra aluguel e o réu contesta negando a locação, o juiz tem que decidir sobre a 
locação para decidir sobre o aluguel devido). 
 
b) Prazo: para o autor 10 dias da contestação. Para o réu é o prazo de resposta. 
 
c) Requisitos (cumulativos): 
- competência do juízo; 
- compatibilidade procedimental; 
- constituir um antecedente lógico; 
- pedido da parte. 
 
d) Efeitos: 
 
 
 
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- amplia o objeto do processo (mais uma ação), sem ampliar o objeto da discussão; 
- amplia os limites objetivos da coisa julgada fazendo a questão prejudicial ser decidida por sentença no dispositivo 
com força de coisa julgada. Obs: se não houver ADI a questão também será apreciada, mas incidentalmente na 
fundamentação e sem força de coisa julgada. 
 
4) Réplica: artigos 326 e 327, primeira parte. É a manifestação do autor no prazo de 10 dias sobre a contestação 
quando houver preliminar ou defesa de mérito indireta (idem no novo CPC, artigos 350 e 351, mas o prazo passa a 
ser 15 dias). 
 
5) Correção das irregularidades ou nulidades sanáveis em até 30 dias: artigo 327, idem artigo 352 (não mudou 
nem o prazo). 
 
Obs: dentro dessa última está: 
- necessidade de litisconsórcio; 
- intervençãode terceiros; 
- intervenção do MP 
- e também verificar a competência. 
 
O novo CPC não prevê expressamente ação declaratória incidental, mas em outra parte permite às partes pedir que 
o juiz declare na sentença sobre questão jurídica da qual dependa o julgamento do pedido principal, desde que 
presentes os requisitos que eram exigidos da ADI. 
Conclusão: não existe a forma, não existe o prazo, mas é possível o mesmo efeito. 
 
 Estudar ADI em conjunto com o artigo 470 do CPC. 
 
5. Julgamento no estado do processo 
 
Artigos 329 e 330 do CPC. Artigo 354 a 356 no novo CPC. 
 
No CPC inclui: 
 
a) extinção (artigo 329): 
- sem mérito (artigo 267); 
- com mérito (artigo 269, II a V). 
 
b) julgamento antecipado da lide (artigo 330, artigo 269, I): 
- quando não precisa prova em audiência; 
- revelia com presunção. 
 
Novo CPC: 
a) extinção do processo: artigo 354; 
b) julgamento antecipado: artigo 355; 
c) julgamento antecipado parcial do mérito: artigo 356. 
 
É possível julgar parte do mérito no curso do processo quando algum pedido for incontroverso ou permitir 
julgamento antecipado. Nesse caso, cabe agravo de instrumento (artigo 356, §5º).

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