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Anatomia e fisiologia animal

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HISTÓRICO
 Junho de 1822, no Fort Mackinak, EUA
 Um tiro no estômago criou uma fístula gástrica permanente em Alexis
Beaumont, em 8 anos de estudos, estabeleceu que o estômago humano secretava um ácido, e mostrou ser este ácido o clorídrico 
Conceitos Básicos:
 
NUTRIÇÃO: Processo de fornecer às células do corpo animal as condições químicas necessárias para as reações metabólicas envolvidas no crescimento, mantença, produção e reprodução
 
DIGESTÃO: Compreende os processos químicos e físicos que são responsáveis pela transformação do alimento em seus nutrientes, e os mecanismos de transporte até as células do intestino 
 
 ABSORÇÃO: Envolve os processos químicos e físicos relacionados com o transporte dos nutrientes pela membrana do intestino e seu transporte até a circulação sangüínea ou linfática. 
 
Digestão e Absorção >>>> São processos complementares 
“Nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”
Antoine de Lavoisier, século XVIII
A DIGESTÃO permite a absorção de energia química, contida nos alimentos, e sua transformação, no organismo, em energia mecânica, elétrica e química que assegura a vida.
Deswysen, 2000
COMPONETES ORGÂNICOS DOS ALIMENTOS = Grandes moléculas que devem ser fragmentadas em elementos mais simples capazes de passarem a parede do tubo digestório 
DIGESTÃO = CONJUNTO DE MECANISMOS CONDUZINDO A ESTA FRAGMENTAÇÃO 
DEFINIÇÃO
 MECÂNICOS - compreendem a mastigação, deglutição, regurgitação, motilidade gástrica e intestinal e defecação.
 SECRETÓRIOS - compreendem a atividades das glândulas digestivas (glândulas do trato gastrointestinal e glândulas acessórias).
 QUÍMICOS - compreendem as enzimas, tanto as produzidas pelas glândulas como as das plantas (menos importante) e as substâncias químicas (ex: HCl), produzida pela mucosa gástrica.
 MICROBIANOS - compreendem as atividades secretoras dos microorganismos (bactérias, protozoários, fungos e leveduras) presentes no estômago e intestino dos animais ruminantes e no intestino dos herbívoros monogástricos.
FATORES RESPONSÁVEIS PELA DIGESTÃO
5
METABOLISMO: Conjunto de reações catabólicas e anabólicas que permitem o funcionamento normal das células e consequentemente da vida do animal.
                 Anabolismo >>>> Processo de construção
 Catabolismo >>> Processo de destruição
 
EXCREÇÃO: É a eliminação das  partes dos alimentos não absorvidos ou dos que resultantes das reações metabólicas. 
 
 ALIMENTO: Substâncias que quando ingeridas, são aproveitadas e fornecem os nutrientes necessários para os animais. É uma substância que quando consumida por um indivíduo, é capaz de contribuir para assegurar o ciclo regular de sua vida e a sobrevivência da espécie à qual pertence. É todo material que após a digestão pelos animais é capaz de ser digerido, absorvido e utilizado. 
 
 ALIMENTAÇÃO: É o processo de fornecimento do alimento ao animal, na forma mais adaptada às suas preferências e condições fisiológicas. Consiste no ato de os animais ingerirem, transformarem, assimilarem e utilizarem materiais de composição e propriedades definidas.
 
6
NUTRIENTE: Compostos químicos orgânicos e inorgânicos que participam diretamente dos processos metabólicos e são fornecidos pelos alimentos. 
 
NUTRIENTE ESSENCIAL: Nutrientes que não necessitam de transformações catabólicas ou anabólicas para serem metabolizados.
 
RAÇÃO BALANCEADA: É a quantidade de alimentos calculada para fornecer os requisitos nutricionais mínimos conhecidos para os animais nas diferentes fases de sua vida 
 
ALIMENTAÇÃO RACIONAL: objetiva fornecer ao indivíduo os alimentos para sua manutenção, mantendo as condições de rendimento produtivo e o benefício da alimentação em troca do trabalho humano. 
7
 
Animais
Vegetais
Parede celular
Proteína
Celulose
Reserva alimentar
Gordura e Glicogênio
Carboidratos (amido)
Obtenção de energia
Alimentos vegetais e animais
Luz solar + solo + água
COMPOSIÇÃO DOS ANIMAIS E VEGETAIS
Tabela 1. Comparação entre Animais e Vegetais 
Fonte: MAYNARD et al. (1984). 
 
8
Metabolismo da água
9
É a substância mais abundante nos seres vivos, compreendendo de 45 a 70% do peso total da maioria dos organismos vivos
 A percentagem de água no corpo depende de vários fatores tais quais: 
Idade; % de gordura corporal; espécie
10
 
Água
Proteína
Gordura
Carboidratos
Minerais
ANIMAIS
Bezerro gordo
68,0
18,0
10,0
-
4,0
Suíno,
73,0
17,0
6,0
-
3,4
Suíno,
60,0
13,0
24,0
-
2,5
Suíno,
49,0
12,0
36,0
-
2,6
Galinha
57,0
21,0
19,0
-
3,2
Coelho
69,0
18,0
8,0
-
4,8
Cavalo
61,0
17,0
17,0
-
4,5
VEGETAIS
Alfafa
66,4
2,6
0,9
28,7
1,4
Milho, planta
74,1
5,7
1,1
16,8
2,4
Milho, grão
9,1
7,9
17,4
30,7
4,9
Soja, grão
4,6
8,9
3,9
71,3
1,3
Tabela 2. Composição percentual comparada entre o corpo animal e alimentos
Fonte: MAYNARD et al. (1984)
 
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Teor de água corpóreo de acordo com as espécies animais
Animais
Água total do corpo (%)
Carneiro
53-59
Cabra
67-72
Boi
60-65
Cavalo
60
Lagosta
79
Minhoca
80
Rã
78
Galinha
53
Distribuição da água do corpo
12
Proteínas: 100g/60g; 
 Carboidratos: 100g/50g; 
 Lipídios: 100g/120g
13
Fontes de água
Água de bebida
Água dos alimentos / coloidal 
 Água metabólica 
 
14
Déficit de Agua
Baroreceptores
Células 
Justaglomerular (rins)
Angiotencina II
 Vol. Sangue
Osmorreceptores
Osmolaridade 
plasma
Ingestão de água
Receptores de Angiotencina ll
Receptores de esfriamento
Centro da sede
 Hipotálamo
Mecanismos de indução de sede
 Desidratação celular
 Desidratação extracelular
 Sistema renina-angiotensina
15
Funções 
 Solvente
 Termorregulação
 Composição dos líquidos orgânicos 
 Participa dos processos de transporte e absorção
 Lubrificação (líquido sinovial)
 Proteção - tecido nervoso - fluido cerebroespinhal 
 Transporte do som (ouvidos) 
 Processo da visão 
16
Perdas de água:
 Excreção renal 
 Excreção fecal 
 Evaporação 
 Respiração 
 Sudorese 
Ex.: suínos com 75 kg perdem1 kg de vapor de água/dia 
marrãs com 182 kg perdem 2,32 kg de vapor de água/dia 
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Fatores que alteram o consumo de água
 Temperatura ambiental 
 Tipos de bebedouro 
 Dieta: níveis de proteína e de Na+, farelada ou peletizada
 Atividade física
 Condição fisiológica: mantença, crescimento, gestação e lactação
 Temperatura da água
18
Espécie
Consumo esperado (litros / dia)
Bovino de Corte
22 - 66
Bovino de Leite
38 - 110
Caprinos e Ovinos
4 - 15
Equinos
30 - 45
Suínos
11 - 19
Galinhas
0,2 - 0,4
Perus
0,4 - 0,6
19
Consumo de água esperado pelas principais espécies domésticas.
 
Consumo de Agua por suinos
Idade/fase (dias)
Peso corporal aprox. (kg)
Consumo de água (L/dia)
Até 55
5-30
2,8
55-95
30-50
8
95-156
50-85
12
157-230
85-110
20
Marrãs
150
16
Fêmeas gestantes
180
22
Fêmeas lactantes
180
27
Cachaços
180
20
20
21
 
Não lactante
Lactante
 
Ingestão
Água de bebida
26
51
Água com alimento
1
2
Água metabólica
2
3
Total
29
56
 
Eliminação
Fezes
12
19
Urina
7
11
Vapor
10
14
Leite
0
12
Total
29
56
Balanço hídrico diário (L) de vacas
Controle do consumo de água 
 Equilíbrio hídrico: volume e osmolaridade plasmáticos – osmorreceptores.
22
Equilíbrio hídrico = Ai + Aa +Am– (Ae+Au+Af+ Ac) = 0
Sendo: Ai = Água ingerida; Aa = Água do alimento; Am = Água metabólica; Ae = Água evaporada; Au = Água da urina; Af = Água das fezes; Ac = Água corporal.
 Equilíbrio hormonal: estímulo ao consumo de água à liberação do hormônio vasotocina-arginina = estimula a reabsorção de água pelos rins. 
 Ato de comer: receptores na cavidade bucal coordenam a função hipofisária no controle do consumo de água = relação entre a osmolaridade celular e necessidade de água na célula. 
 
23
Absorção de água
 Nos diferentes segmentos do TGI
 Fatores que interferem
	 Relação osmótica
 Presença de polissacarídios ( viscosidade)
 
24
 Formas de absorção
	 Junções firmes
	 Membrana celular
Difusão Simples: É o movimento das moléculas, ou dos íons, através de aberturas na membrana, ou através de espaços intermoleculares, a favor de um gradiente de concentração.
 Formas de absorção
ESSENCIAIS
NÃO ESSENCIAIS
LEITÕES/AVES
SUINOS/AVES
PINTOS
Lisina
Lisina
Lisina
Glicina *
Metionina
Metionina
Metionina
Cistina**
Triptofano
Triptofano
Triptofano
Alanina
Valina
Valina
Valina
Ácido Aspartico
Histidina
Histidina
Histidina
Ácido Glutâmico
Fenilalanina
Fenilalanina
Fenilalanina
Tirosina***
Leucina
Leucina
Leucina
Serina
Isoleucina
Isoleucina
Isoleucina
Prolina
Treonina
Treonina
Treonina
OH-prolina
Arginina
-
Glicina ou
Asparagina
Serina
Glutamina
Prolina
AMINOÁCIDOS
AMINOÁCIDOS LIMITANTES	
Os aminoácidos limitantes referem-se àqueles que estão presentes na dieta em uma concentração menor do que a exigida para o máximo crescimento.
Os aminoácidos mais limitantes para suínos/aves em rações a base de milho e farelo de soja são: 
Aminoácidos
Aves
Suínos
1o. Limitante
Metionina
Lisina
2o.Limitante
Lisina
Metionina
3o. Limitante
Treonina
Triptofano
Treonina Triptofano
Metabolismo
20 % dos aminoácidos presentes no sangue portal são usados para síntese protéica no fígado
 
Parte dos aminoácido que chegam ao fígado sofrem desaminação (remoção do grupo amino) e entram na via de metabolismo de carboidratos
  
27
Deficiência de Proteínas e Aminoácidos
Aumento da síntese hepática
Aumento da síntese de gordura 
Aumenta a sensibilidade aos contaminantes dos alimentos (aflatoxinas, patógenos, fatores antinutricionais – fator antitripsínico, lectinas, etc.) 
Crescimento reduzido 
Redução da eficiência alimentar 
Reprodução ineficiente 
Problemas com aparência: pêlos, pele, penas, etc. 
 
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Avaliação da Qualidade da Proteína
Concentração total de proteínas (Kjedahl)
Conteúdo de aminoácidos 
Avaliação biológica (Balanço de Aminoácidos) 
Conteúdo de aminoácidos plasmáticos 
Disponibilidade dos aminoácidos 
Curva de resposta 
29
30
DIGESTÃO
COMPONETES ORGÂNICOS DOS ALIMENTOS = 
 Grandes moléculas que devem ser fragmentadas em 
	elementos mais simples capazes de passar a parede do tubo 	digestório.
 DIGESTÃO = CONJUNTO DE MECANISMOS 
			CONDUZINDO A FRAGMENTAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO DOS ANIMAIS :
 QUANTO A NATUREZA DA ALIMENTAÇÃO 
 HERBÍVOROS
 CARNÍVOROS
 ONIVOROS
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DIGESTÃO
 FENÖMENOS MECÂNICOS : apreensão, mastigação dos alimentos, 
				contrações musculares do tubo digestório.
 FENÖMENOS QUÍMICOS : devido a enzimas secretadas
				 pelo animal e essencialmente reações de hidrólise.
 FENÖMENOS MICROBIANOS : de natureza enzimática, são devido, 
				principalmente, a ação de bactérias e protozoários.
 Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Trato digestivo monogástrico
33
Sistema Digestivo
Principais componentes do trato digestivo:
1- Boca
2- Dentes
3- Língua
4- Faringe
5- Esôfago
6- Estômago
7- Intestino Delgado
8- Intestino Grosso
9- Ânus 
Órgãos Acessórios:
Pâncreas
Fígado
Glândulas Salivares
Sistema Digestivo - BOCA
Boca: cavidade oral
Local onde é recebido alimento
Redução do tamanho das partículas de alimento
Partículas são misturadas à saliva (facilitar deglutição)
Formação do “bolo” alimentar
Dentes e língua: estruturas que auxiliam a digestão
Saliva
Liquido Incolor, insipido, viscoso
Peso especifico 1001 a 1009
Alcalina - Porco pH 7,32
- Cavalo pH 7,56
- Bovinos pH 8,2 a 8,4
Composição - 
36
37
Carnívoros x Herbívoros
38
39
40
. Sistema Digestivo - Lingua
Órgão Muscular
Movimenta alimento dentro da cavidade e move o mesmo para o esôfago
Superfície da língua: mais grossa, composta por papilas
Auxilia a trituração de alimentos
Corte longitudinal do Cabeça
42
43
44
45
 Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Ruminantes:
Animais que mastigam e regurgitam o alimento ingerido
Dividido em 2 subordens:
1-) Ruminantia: veado, alce, rena, antílope, girafa, bisão, bovinos, ovinos e caprinos
2-) Tylopoda: camelo, lhama
Caracterizados por apresentarem estômago PLURILOCULAR e capacidade de obter energia a partir da fração: fibra dos alimentos (CELULOSE)
Tylopoda x Ruminantia: Tylopoda não apresenta omaso
46
Aula 2. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Histórico:
Surgimento do rúmen – fruto de adaptação evolutiva da espécie
Primórdios dos ruminantes = presas fáceis (predadores)
Se alimentavam de pastagens em pradarias
Necessidade de consumo “rápido” e em grande quantidade para evitar ataque de predadores em descampados
47
Aula 1. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Histórico:
48
Número de Espécies
 Total: 155 espécies catalogadas
 Espécies domesticadas: bovinos, ovinos, 				caprinos,bubalinos,renas,iaques.
 A maior parte das espécies não domesticadas 			estão sob ameaça de extinção.
49
Aula 1. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Outros Ruminantes:
50
Aula 1- Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
O Rúmen:
Estômago adaptado à digestão por fermentação via ação de bactérias e protozoários
Bactérias específicas atuam na digestão de cada tipo de alimento, exemplos:
Celulolíticas
Amilolíticas
Proteolíticas
Láticas
Ruminação
Mistura contínua do conteúdo por contrações das paredes. Material da porção anterior é “jogado” retornando ao esôfago e, então, por uma onda de contração para a boca. A fração líquida é rapidamente re-engolida, mas a sólida é novamente mastigada
Estímulo à ruminação é dado pela estimulação tátil do epitélio do rúmen anterior. Material pouco “fibroso” não é estimulante !!
Tempo de ruminação depende do tipo de fibra, quando mais fibroso maior. Em geral 8 horas por dia. Cada bolo regurgitado é mastigado 40-50 vezes !!
52
Aula 1. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
O Rúmen:
Processo de obtenção de Energia via fermentação
Enzimas digestivas de mamíferos: não degradam celulose
Enzimas microbianas do rúmen: degradam celulose
Fermentação Ruminal: necessita de condições especiais
Umidade – Temperatura – Motilidade – Secreção 
53
Aula 1. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
O Rúmen: estômago PLURILOCULAR ou PLURICAVITÁRIO
4 compartimentos:
Retículo (aglandular)
Rúmen (aglandular)
Omaso (aglandular)
Abomaso (glandular – digestão química)
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Aula 1. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
O Rúmen: estômago PLURILOCULAR
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Aula 1. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Estômago Verdadeiro: Abomaso – (secreção de suco gástrico)
Pré-Estômagos: Retículo – Rúmen – Omaso
Rúmen: sempre no lado esquerdo
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Aula 1. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Rúmen: 
Sempre em movimento
Apresenta 3 porções: sólida, líquida e gasosa
Local onde ocorre a fermentação microbiana, alimento permanentemente misturado
Local onde bactérias e protozoários produzem ácidos graxos voláteis (AGV´s)
Bactérias: 80% do metabolismo ruminal (1011 bactérias/mL conteúdo)
57
Aula 1. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Rúmen: 
Protozoários: 20% do metabolismo ruminal (106 protozoários/mL conteúdo)
Produzem AGV´s de cadeia curta:
CO2
CH4
Ácidos: Acético (2C) – Propiônico (3C) – Butírico (4C)
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Aula 1. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Retículo: atua como uma “bomba”, estimulando o fluxo líquido para dentro e para fora do rúmen
59
Aula 1. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Omaso: fermentação e absorção contínua de nutrientes
Superfície com “pregas”, aspecto “folhoso” (“livro”)
Alimento é “prensado”/espremido, perdendo boa parte da sua fração: água
60
Aula 1. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Rúmen:
Produção de AGV´s no rúmen:
Acético: 60 a 70%
Propiônico: 15 a 20%
Butírico: 10 a 15%
Esta proporção está estritamente correlacionada com o perfil de alimentos ingeridos
Digestão Química no Rúmen
Condições ambientais no rúmen são de uma Câmara de Fermentação:
pH=5,5 – 6,8
Fosfatos e bicarbonatos da saliva
Rápida absorção AGV
Pressão osmótica similar à sangüínea
Anaerobiose mantida pela fermentação
Temperatura: 38-42 oC
Digestão Química no Rúmen
Rúmen-retículo funciona através de cultura contínua de sistema anaeróbico de bactérias, protozoários e alguns fungos.
MO produzem ácidos graxos voláteis (AGV), células microbianas, gases (metano).
AGV absorvidos diretamente no rúmen
Gases perdidos por eructação
Células microbianas e alimento não degradado passam para o abomaso (pH=2,0) e daí para intestino delgado. Degradado então, pelo sistema enzimático do animal como no monogástrico
Microorganismos do Rúmen
Bacteria: 109 – 1010 por ml de conteúdo ruminal
Anaeróbicas
Fermentação
Varia com dieta
Protozoários: 106 por ml
Fauna e flora normal são estabelecidos muito cedo, até 6 semanas em bovinos
CHO e Fermentação Ruminal
MS bacteriana contém 100 g N / kg
80% na forma de AA
20% como ácidos nuclêicos
Utilização de carboidratos
Fase 1: digestão de CHO complexos até açúcares simples (imediatamente capturados pelos MO ruminais, não acumulam)
Fase 2: utilização dos açucares da Fase 1 para metabolismo dos MO
CHO e Fermentação Ruminal
Ácidos graxos voláteis (AGV)
Acético é o predominante em dietas onde forragens são a base da dieta
Propiônico aumenta em concentração com dietas de grande proporção de “concentrados” (alimentos à base de grãos de cereais – grande quantidade de CHO solúveis como amido)
Butírico relativamente constante
CHO a Piruvato no Rúmen
Piruvato a ÁGV no Rúmen
Produtos da Fermentação Ruminal
Gases
Mais de 30 litros por hora
40% CO2
30-40% CH4
5% H2
Pequenas quantidades de O2 e N2
Maioria perdida por eructação
Timpanismo
Limitação da Fermentação
Ruminal de CHO
A capacidade de digestão da celulose e hemicelulose depende largamente da presença de lignina
“Palhas”: 50-80 horas de retenção ruminal
Pasto jovem: 30-50 horas de retenção
Pasto jovem: 80% digestibilidade
Pasto velho: 60% digestibilidade
Presença de amido
Rápida fermentação reduz pH, sendo que grandes concentrações reduzem a presença de organismos fermentadores da celulose
72
Aula 1. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Rúmen: 
AGV´s – principal fonte de energia para ruminantes
São absorvidos e transferidos pelas papilas ruminais na forma gasosa para o sangue:
73
Aula 1. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Abomaso: estômago verdadeiro
Local onde ocorre digestão química (lado direito do animal)
Atuação de enzimas digestivas e presença de suco gástrico
74
Aula 1. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Rúmen: 
Alimentos concentrados (rações):
São precursores de ácido propiônico
Alimentos concentrados são ricos em amido (precursor da glicose)
Epitélio ruminal: absorção de glicose e AGV´s
Microorganismos ruminais: também atuam na hidrólise de proteínas
75
Aula 1. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Rúmen: 
Fornecimento de gordura deve ser limitado
Gordura pode inibir desenvolvimento de bactérias digestoras de fibra (celulolíticas), impedindo perfeita digestão da fração “volumoso” da dieta
Bactérias Ruminais: sintetizam vitaminas do complexo B (exceto B12)
Digestão por microorganismos em herbívoros ocorre no intestino grosso 
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Aula 1. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Rúmen: 
Hidrólise protéica ruminal: proteína degradada = quebra da cadeia de grandes peptídeos em aminácido livres
Aminoácidos Livres: Desaminação Fermentativa
Formação de AGV´s, CO2 e NH3 (amônia)
NH3 – principal constituinte solúvel nitrogenado do líquido ruminal
Gorduras – Triglicerídeos: hidrolisados no rúmen em glicerol + ácidos graxos
77
Aula 1. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Rúmen: 
É uma verdadeira fábrica
Ambiente ruminal deve estar equilibrado para garantia do seu perfeito funcionamento
Para que esteja equilibrado, “regras” devem ser cumpridas como o correto fornecimento da fração fibra (vegetais) e concentrado
Fibra – Volumoso: Carboidratos Fibrosos
78
Aula 1. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Rúmen: 
Fibra – Volumoso: Carboidratos Fibrosos
Presente na parede celular vegetal
Degradação lenta
Estimula salivação (ação tamponante)
Precursor de acetato (acido acético)
Degradada por bactérias celulotícas
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Aula 2. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Rúmen: 
Concentrados – Rações: Carboidratos Não Fibrosos (CNF)
“NFC” – em inglês
Quantia fornecida deve ser controlada
Precursor de ácido propiônico
Se fornecido em excesso pode causar acidose ruminal (ação de bactérias formadoras de ácido lático)
Taxa de passagem (%/hora) muito rápida
80
Aula 2. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Rúmen: 
Sempre em movimento
Motilidade ruminal – contrações (rúmen não para) não podem cessar
Movimentação da massa de alimento
1 ou mais ciclos/min
Controle do pH – saliva (regurgitação)
Ruminante: 100 a 200 L de saliva/dia (deglutida 2 a 3 vezes)
81
Aula 1. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Rúmen: 
Ruminantes – passam horas do dia ruminando
Processo intercalado
Até 14 períodos/24 horas
Dietas ricas em volumoso: 8 horas ruminação/dia
Formação de gases: Eructação (“arroto”) dos ruminantes
Gás Carbônico (60 a 70%) e Metano (30 a 40%)
82
Aula 1. Sistema Digestivo
Rúmen: 
Eructação - volume: 0,5 a 1L/min (vaca leiteira)
Frequência: 1 x/min
Timpanismo (“empanzinamento”): 
Formação de “espuma” gasosa no rúmen
Animal não consegue mais eructar; fruto de alimentação errada ou consumo muito rápido de alimentos ou de alimentos predisponentes como leguminosas
83
Aula 1. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Ruminantes neonatos:
Abomaso é o maior compartimento estomacal
Desenvolvimento do rúmen:
Ocorre com o tempo
Colonização bacteriana
Mamíferos: início da vida dependente do leite, adaptação e estrutura morfológica = Goteira Esofágica (esofagiana)
84
Aula 1. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Ruminantes neonatos:
Ingestão limitada de forragem
Leite: principal alimento
Goteira Esofágica: é um sulco reticular (localizado no retículo)
Permite que o leite passe diretamente do esôfago para o omaso
Se “fecha” na passagem do leite (formando um “canalículo”)
Reflexo iniciado quando são estimulados receptores na boca e faringe. Com a idade o reflexo perde capacidade de resposta
85
Aula 2. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Ruminantes neonatos:
86
Aula 2. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Ruminantes neonatos:
87
Aula 1. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Rúmen: 
Timpanismo:
88
Aula 1. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Rúmen: 
Timpanismo:
89
Aula 1. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Rúmen: 
Fístula + cânula (bovinos fistulados)
Necessidade de coleta de material ruminal para experimentos
Possibilidade de se coletar material (conteúdo ruminal) para quantificar:
Degradabilidade de alimentos
Taxa de passagem (alimentos)
pH
Ingestão “forçada”: coloco no rúmen o que o animal não consumiria, por exemplo
90
Aula 1. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Rúmen: 
91
Aula 2. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
TMR – “Total Mix Ration” (Ration = dieta)
Dieta Total – evitar a separação dos componentes
Utilizada em programas de alimentação mais avançados
Confinamentos de alta produção de leite ou engorda
92
Aula 2. Anatomia e Fisiologia do Aparelho Digestivo
Intestino Delgado: continuação da digestão química
Atuação do suco pancreático,
bile e suco intestinal
Importante local de absorção de nutrientes
Alimentos “by pass”
Absorção de proteína metabolizável
Cuidados com fluxo de alimentos (permeabilidade de membrana)
93
Composição dos Alimentos
Água
Matéria mineral
Carboidratos
Matérias nitrogenadas
Lipídeos.
 
95

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