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PROPRIEDADES BIOQUÍMICAS DA SALIVA ProfªMSc Cyra Maria P. Carvalho Bianchi SALIVA É secretada em diferentes quantidades e em diferentes composições por todas as glândulas salivares da mucosa bucal: Parótidas – 25% do volume total de saliva secretada Submandibulares – 70% do volume total de saliva secretada Sublinguais – 5% do volume total de saliva secretada Glândulas salivares menores SALIVA Papila parotídea TIPOS DE SALIVA Serosa (Parótida): rica em albuminóides (proteínas) e alfa amilase salivar (enzima que participa na digestão do amido). Mucosa (Salivares menores): rica em glicoproteínas como mucina envolvido com a lubrificação e proteção da cavidade bucal. Mista (Submandibular, Sublinguais) ESTÍMULOS QUE CONTROLAM A SECREÇÃO SALIVAR Psíquicos Mecânicos Físicos Químicos Físico-químicos Biológicos FLUXO SALIVAR Aumento do fluxo salivar: Ptialismo ou sialorréia: medicamentos (pilocarpina), intoxicação por mercúrio, distúrbios gástricos, erupção dentária, deglutição atípica, lactentes, gestação. Diminuição do fluxo salivar: Xerostomia ou sialosquiese: idosos, álcool e cafeína, ansiedade, radioterapia, diabéticos, menopausa, medicamentos, baixo consumo de água, respirador bucal. FUNÇÕES DA SALIVA Proteção da mucosa e dos dentes; Lubrificação e limpeza; Defesa Regulação do pH do meio bucal; Sensação de gosto; Digestão; Ação antibacteriana; Coagulação do sangue (aglutinogênios); Via de excreção ; Remineralização. PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS DA SALIVA Aspecto: límpido e incolor Viscosidade: elevada (mucina) Volume: 1.000 1 1.500 ml/dia Densidade: 1.000 a 1.020 g/ml Osmolaridade: hipotônica (relação ao plasma) pH: entre 5,0 e 8,0 (*6,9) COMPOSIÇÃO DA SALIVA Água (99,1g%). Sólidos (900mg%): Substâncias orgânicas: proteínas (mucina), enzimas (amilase e lisozima), glicose, lactato, uréia, creatinina, vitaminas, aminoácidos, imunoglobulinas, citrato, amônia, ácido úrico, colesterol, lipídeos. Substâncias inorgânicas: Cátions: sódio, potássio, cálcio, magnésio Ânions: flúor, cloreto, fosfatos, bicarbonato (tampão), iodo, cobre, enxofre, gás carbônico CAPACIDADE TAMPÃO DA SALIVA pH salivar: 6,8 a 7,2 CAPACIDADE TAMPÃO DA SALIVA Tampões salivares: Bicarbonato; Fosfatos (monofosfato e bifosfato) Proteinato (mucina) Sialina (glicoproteína) Funções dos Tampões: Manter a constância do pH salivar (6,9) Neutralizar ácidos produzidos pelos microorganismos Equilibrar a microbiota bucal. pH Salivar e o Cálculo Dental O excesso de sais minerais presentes numa saliva com pH alcalino interfere na troca equilibrada dos mesmos entre o esmalte dentário e a saliva. Esta situação favorece maior deposição de sais minerais na superfície do dente formando o cálculo dental, que é um importante fator de desenvolvimento de periodontites. pH Salivar e o Cálculo Dental pH Salivar e a Cárie Dental O dente e a saliva estão sempre trocando sais minerais. Entretanto, quando a saliva se torna ácida, o esmalte dentário passa a doar mais sais minerais ao meio bucal (desmineralização). Assim, o dente torna-se mais suscetível à cárie. pH Salivar e a Cárie Dental pH Salivar e a Cárie Dental EFEITO BACTERICIDA E BACTERIOSTÁTICO DA SALIVA Lactoferrina (fosfoproteína): quelar (ligar) a íons ferro; Sialina (Glicoproteína): aumenta o pH da placa Aglutininas (Glicoproteína): agregam microrganismos por interação de carga elétrica; Imunoglobulina: inibe a adesão do microrganismo; Lisozima: proteína que quebra a ligação muramilglicosamina do peptidoglicano. Bacteriocinas: proteínas produzidas por microorganismos para inibir outros ENZIMAS MICROBIANAS NA SALIVA • Urease • Fosfatase ácida • Fosfatase alcalina • Proteases • Lipases • Oxidases (sacarase, amilase, lactase e maltase) OUTROS COMPOSTOS SALIVARES • Componentes Sanguíneos (aa., ácido úrico, anticorpos) • Produtos de excreção (medicamentos e tóxicos – Pb, Hg, Bi e alcalóides) •Produtos de putrefação microbiana (fenóis, aminas, amônia, gás sulfídrico, escatol – HALITOSE) HALITOSE Quando há redução do fluxo e/ou aumento da viscosidade salivar, células epiteliais, bactérias, fungos, leucócitos, mucina e resíduos alimentares irão se depositar sobre as mucosas, gengivas, amígdalas e, em maior quantidade, na língua . Esse material é degradado por bactérias anaeróbicas e o resultado é a elevação da concentração dos compostos sulfurados voláteis e a manifestação de halitose exacerbada. REFERÊNCIAS • ARANHA, F. L.. Bioquímica Odontológica. Ed. Sarvier. 2ªed. 2002 • OLAVO, J. Microbiologia Oral OBRIGADA PELA ATENÇÃO !!! Profª MSc Cyra Maria P Carvalho Bianchi
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