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Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos Prof. Carolina Maria Vianna de Freitas Curso de Medicina Veterinária – Unibh 1 DOENÇAS PARASITÁRIAS ASPECTOS GERAIS DAS VERMINOSES QUE ACOMENTEM OS ANIMAIS DOMÉSTICOS PROF: Carolina Maria Vianna de Freitas I. INTRODUÇÃO: Os principais helmintos que acometem os animais doeméticos se dividem em dois principais filos: (A). FILO PLATYELMINTHES: • Corpo em geral comprimido dorso-ventralmente. Nos Trematódeos possui formato de folha e nos Cestódeos possui formato de fita. • Não possuem cavidade geral • São normalmenre hermafroditas. Exceção S. mansoni • Trato digestivo ausente (Trematódeos) ou presente (Cestódeos, incompleto) • Simetria bilateral. • Não possuem Sistema Circulatório e Respiratório • Não possuem esqueleto • Sistema excretor ou osmorregulador do tipo protonefrítico • Inclui as principais classes de interesse médico-veterinário: Classe Trematodo Fasciola Hepática Eurytrema coelomaticum Schistosoma mansoni Classe Cestoda Família Anoplocephalidae Família Davaineidae Família Hymenolepdidae Família Taenidae Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos Prof. Carolina Maria Vianna de Freitas Curso de Medicina Veterinária – Unibh 2 (B). FILO ASCHELMINTHES: • Animais invertebrados de corpo vermiforme, cilíndricos, pseudocelomados, não segmentados e de simetria bilateral. • Corpo coberto por cutícula bem desenvolvida, apresentando espinhos, escamas e outras estruturas. • Tubo digestivo completo, geralmente reto. • Sistema circulatório e respiratório ausentes. • Sexo separado, podendo também ser hermafroditas e partenogenéticos. • Compreende espécies aquáticas e terrestres. • Compreende cinco classes, porém apenas a Nematoda apresenta importância médico-veterinária. CLASSE NEMATODA: ORDEM ASCARIDIDEA Família Ascarididae. Ex:Ascaris suun Sub Família Toxocarinae. Ex: Toxocara canis Familia Ascaridiinae. Ex: Ascaridia gali ORDEM STRONGYLIDEA Família Strongylidae. Ex:Strongylus equinus Família Trichostrongylidae. Ex: Haemoncus contortus Família Ancylostomatidae. Ex: Ancylostoma caninum Família Cyathostomatidae. Família Protostrongylidae: Ex: Dictyocaulus viviparus Família Stephanuridae: Ex: Stephanurus dentatus ORDEM DIOCTOPHIMIDEA Família Dioctophimidae. Ex: Dioctophime renale ORDEM TRICHURIDEA Família Trichuridae. Ex: Trichuris vulpis, Capillaria hepatica ORDEM OXYURIDEA Família Oxyuridae. Ex: Oxyuris equi Família Heterakidae. Ex: Heterakis galinarum ORDEM RHABDISIDEA Famíla Strongyloididae. Ex: Strongyloides ransoni Família Rhabdisidae. Ex: Rhabditis sp. ORDEM SPIRURIDEA Família Spiruridae. Ex: Spirocerca lupi, Habronema muscae ORDEM FILARIDEA Família Stephanofilaridae. Ex: Setaria equina Família Dipetalonematidae. Ex: Dirofilaria immitis Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos Prof. Carolina Maria Vianna de Freitas Curso de Medicina Veterinária – Unibh 3 II. PREJUÍZOS CAUSADOS: (1). EFEITOS PATOGÊNICOS: • No trato Gastrointestinal e órgãos anexos: -Os helmintos que se localizam nos trato disgestivo ou por ele passam, podem causar patogenia das seguintes formas: (a) Competição - parasitas adultos não lesam diretamente a mucosa intestinal uma vez que não se fixam nela. Contudo se alimentam da ingesta do hospedeiro ou dos produtos de seu metabolimo alimentar. Neste caso, a doença normalmente se manifesta de forma crônica e os sistomas e perdas só são observados a longo prazo. Um dos indicativos destas verminoses é a diminuição da conversão alimentar e a consequente perda de peso dos animais. Ex: Taenia solium (b) Obstrução – comum em parasitoses causadas por parasitos de maior portes ou em situações de alta infestação. A obstrução intestinal pode comprometer o trânsito alimentar e ocasionar lesões graves das alças do intestino. Ex: Parascaris equorum (c) Parasitas adultos não lesam diretamente a mucosa intestinal, mas suas formas imaturas podem fazê-lo durante a sua penetração e migração. As células lesadas quando se regneram, não desempenham fatisfatoriamente as suas funções originais. Com isso, a absorção de alimento e água fica prejudicada e a ingesta que se acumula pode sofrer putrefação e ataque microbiano, levando o animal a um quadro de diarréia. Neste processo, a desnutrição é inevitável e sintomas como perda do brilho dos pelos, edema de barbela, ascite, enfraquecimento progressivo, emagrecimento, entre outros, podem aparecer. (d) Parasitas adultos lesam diretamente a mucosa intestinal devido à apreensão desta pelas suas peças bucais. Neste grupo encaixam-se a maioria dos helmintos hematófagos e de alguns histiófagos. O prejuízo vai além do observado nos animais parasitados por vermes pertencentes à categoria anterior, pois além da lesão direta às células intestinais, os hospedeiros também estão sujeitos à perdas de sangue consideráveis devido ao hábito alimentar do parasita. Os sintomas frequentes são, além dos citados acima, anemia devido à intensa expoliação sanguínes, palidez de mucosa, diarréia sanguinolenta, edema generalizado, papeira, etc... Como exemplo de helmintos hematófagos destacam-se Haemonchus sp. (ruminantes), Ancylostoma caninum (cães e gatos), entre outros. (e) As formas imaturas ou adultas do parasitas podem lesar as glândulas da mucosa gástrica produtoras de HCL, alterando o pH da digestão e consequentemente favorecendo a proliferação bacteriana e a putrefação da ingesta. Exemplo incluem-se alguns helmintos da família Trichostrongylidae. (f) Migração das formas larvárias pelo corpo do hospedeiro, causando lesões nos órgãos por onde passam. O fígado é um dos principais alvos das larvas durante a migração, pois a circulação portal é um atalho normalmente usado para se atingir a via sistêmica. Quando destruído, o tecido hepático não se recompõe de forma satisfatória e pequenas cicatrizes podem surgir neste órgão (milk spots) comprometendo a sua função. As larvas também podem se encistar na parede peritoneal e dos órgãos do trato digestivo, estimulando o sistema imune do hospedeiro que na tentativa de conter o parasita, forma nódulos ou grânulos característicos que compromentem o funcionamento sistêmico normal. (g) Parsitas adultos se localivam no fígado ou outros órgãos do trato digestivo (Pâncreas – Eurytrema coelomaticum) e causam lesões diretas no parênquima hepático ou obstrução do ducto colédoco com retenção biliar e comprometimento na digestão de gorduras. (h) Parasitas formam nódulos na parede intestinal e/ou esofágica, dificultando a passagem de alimento e levando o hospedeiro a um Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos Prof. Carolina Maria Vianna de Freitas Curso de Medicina Veterinária – Unibh 4 quadro de disfagia. Os animais acometidos podem morrer por inanição. Ex: Spirocerca lupi, Oesophagostomum sp., Ostertagia. •••• Sistema Circularório: -Os helmintos que se localizam no sistema circulatório ou por ele passam, podem causar patogenia das seguintes formas: (a) Parasitas adultos se localizam no coração e/ou grandes vasos, levando a um processo obstrutivo do fluxo sanguíneo. Isso ocasiona um acúmulo de sangue venoso com acometimento dos sistemas hepático e renal e consequente edema generalizado. Além disso, a obstrução do sangue no coração irá levar a uma hipertrofia cardíaca com posteriordilatação cardíaca e desenvolvimento de “Insuficiência Cardíaca Congestiva”. Os parasitos também podem causar danos mecânicos no coração com desenvolvimento de endocardite. Depois de morto, o parasito pode migrar para o pulmão, obstruindo vasos e consequentemente, causando trombose e/ou pneumonia. Como exemplo destaca-se a Dirofilaria immitis . (b) Larvas ou formas imaturas fazem passagem pelo coração durante o seu ciclo de desenvolvimento. Neste processo podem obstruir o fluxo sanguíneo ou lesar a musculatura cardíaca e válvulas. Ex: Ascaris suun e todos os helmintos que realizam o ciclo hepatotraqueal. •••• Sistema Respiratório: -Os helmintos que se localizam no sistema respiratório ou por ele passam, podem causar patogenia das seguintes formas: (a) Parasitas adultos se localizam no pulmão e/ou traquéia. Os parasitas irritam o epitélio brônquico o que ocasiona um aumento na produção de muco com obstrução da árvore brônquica e redução da área respiratória. Clinicamente os animais acometidos podem apresentar dispnéia (dificuldade respiratória). Com a obstrução, os alvéolos se dilatam e enchem-se de ar causando enfisemas. Além disso, pode ocorrer um quadro de pneumonia bacteriana secundária e edema pulmonar. Causam a chamada bronquite parasitária ou verminótica. São exemplos de parasitos que se localizam nos pulmões o Dictyocaulus viviparus (bovinos) e o Metastrongylus sp. (suínos). (b) Durante a sua migração biológica, as larvas fazem passagem pelos pulmões. No caso dos helmintos que realizam o ciclo hepatotraqueal, os alvéolos e bronquílos se rompem devido à presença do parasita e um processo infeccioso pode ocorrer nestes locais com a participação de bactérias oportunistas (Pneumonia Interticial). Além disso, alguns parasitas (Ex: Ascaridieos) fazem a muda na região pulmonar e como consequência secretam uma susbtância que pode provocar uma resposta alérgica do hospedeiro (Bronquite). (c) Helmintos enquanto presentes na circulação sanguínea, ao morrerem podem formar êmbolos e ficarem retidos no pulmão. Nódulos ou granulomas formam-se devido a uma tentativa do organismo em conter esses parasitas. Essas estruturas invariavelmente obstruem a árvore brônquica, ocasionando os sintomas decritos acima (ítem a). •••• Sistema Genito-Urinário: -Existem espécies de vermes que se localizam nas vias urinárias dos hospedeiros. No Brasil as duas espécies características são Stephanurus edentatus (suínos) e Dioctophyma renale (cães). Os adultos formam cistos no tecido perirrenal que podem conter pus esverdeado (bactérias). Em casos raros os ureteres podem estar estenosados ou fibrosados levando a retenção urinária com hibronefrose. Os ovos podem causar obstrução dos ureteres ou uretra, com retenção de urina e consequente nefrite ou cistite (inflamação da bexiga). Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos Prof. Carolina Maria Vianna de Freitas Curso de Medicina Veterinária – Unibh 5 •••• Sistema Nervoso: -Nenhum helminto de importâcia médico-veterinária encontrado no Brasil pode causar patogenia no sistema nervoso quando no estágio adulto. Contudo durante a migração de suas formas imaturas, alguns vermes podem se alojar no sistema nervoso central ou medula espinhal. (a) Como exemplo de helmintos que podem acometer o sistema nervoso durante a migração larval, destacam-se a Taenia solium e Taenia saginata. A presença das formas larvárias desses parasitas no cérebro do hospedeiro ocasiona uma doença conhecida por Cisticercose cerebral que muitas vezes pode ser fatal. O principal efeito patogênico deve-se à compressão causada pelo cisticerco no tecido nervoso e os sintomas mais evidentes são aqueles relacionados à falta de coordenação e ao comprometimento do funionamento do sistema nervoso central: convulsão, paralisia, ataxia, incordenação, entre outros. (b) Larvas de Stephanurus edentatus são exemplos de helmintos que podem migrar erraticamente, alojando-se na medula espinhal. A presença desses parasitas no canal medular pode ocasionar uma reação local com consequente compressão da medula. Os principais sintomas são: paralisia de posterior, disfunção dos esficter anal e retenção ou incontinência urinária. •••• Pele e anexos: -Os danos provocados pelos helmintos na pele dos animais podem ser classificados como diretos, quando ocorre a ação propriamente dita dos parasitas neste órgão ou indiretos. Os danos indiretos são devidos basicamente à diminuição da absorção de nutrientes pelos animais acometidos por vermes intestinais. Tais nutrientes muitas vezes sãa essenciais para a manutenção da integridade e saúde da pele e dos pelos dos hospedeiros. (a) Como exemplo dos helmintos que causam lesões diretas na pele e pelos dos hospederios, destacam-se as larvas L1�L3 de Habronema sp. que migram pela epiderme/derme dos equinos, causando uma patogenia conhecida por “Ferida de Verão”. A presença dos parasitas em feridas na pele dos animais determina o desenvolvimento de reações inflamatórias nestes locais o que compromete a cicatrização normal. Clinicamente o que se observa é a formação de um tecido de granulação nos locais acometidos. (b) Alguns helmintos podem ser transmitidos para os hospederios através da via transcutânea (Ex: Bunostomum sp., Ancylostoma sp., Shistosoma mansoni). Netes casos, durante o processo de penetração e migração pela pele, as larvas induzem o desenvolvimento de reações alérgicas e inflamatórias nos locais por onde passam. (2). PREJUÍZOS ECONÔMICOS: -As perdas econômicas devido às verminoses são sentidas principalmente entre os animais de produção. Gastos com medicamentos para o controle e/ou tratamento das helmintoses no Brasil chegam à cifra de U$ 1 bilhão/ano. Alguns medicamentos já têm apresentado eficácia reduzida em campo devido ao aparecimento de resistência (Ex: Haemonchus x Ivermectina). Além desse gasto direto com insumos, os honorários veterinários também devem ser considerados na hora de se calcular os prejuízos. -Normalmente os animais acometidos por alta carga parasitária, quando se recuperam, não apresentam a mesma rentabilidade de um animal saudável. Isso porque as células intestinais que foram destruídas podem ser substituídas por um tecido de cicatrização que não apresenta as funções desempenhadas pelas células originais. Desta forma a absorção de alimentos fica comprometida e, consequentemente, a conversão alimentar e o ganho de peso pelos animais. (3). IMPACTO NA SAÚDE PÚBLICA: Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos Prof. Carolina Maria Vianna de Freitas Curso de Medicina Veterinária – Unibh 6 -Alguns helmintos são comuns aos homens e animais (zoonoses). Isso se torna um problema principalmente nos casos de animais de companhia que vivem em contato íntimo com os seus donos. Como exemplo de parasitas responsáveis por causar zoonoses destacam-se Taenia solium, Taenia saginata, Echinococcus granulosus, Amoebotaenia sp., Strongyloides sp., Acylostoma caninum (larvas migrans cutânea), Toxocara canis (larva migrans viceral), entre outros. Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos Prof. Carolina Maria Vianna de Freitas Curso de Medicina Veterinária – Unibh 8 III. PRINCIPAIS HELMINTOS DE IMPORTÂNCIA NA MÉDICINA VETERINÁRIA: (1). HELMINTOS PARASITAS DE RUMINANTES: LOCAL DE PARASITISMO CICLO HOSPEDEIRO DEFINITIVO HI FORMA DE TRANSMISSÃO TREMATÓDEOS Fasciola hepatica Fígado e ductos biliares Caramujo a Ingestão da metacercária Ovinos/ Bovinos Eurytrema coelomaticumPâncreas e canal pancreático Caramujo Ingestaão da metacercária Bovinos/ Ovinos CESTÓDEOS Tania saginata Musculo (Cysticercus bovis) Bovinos / ovinos Ingestão proglotes grávidas Homem Echinococcus granulosus Fígado Pequenos Ruminantes Ovos nas fezes do HD Cão Moniezia sp. Intestino Delgado Ácaros oribatídeos Ingestão do HI presente na pastagem Grandes e Peq. Ruminantes Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos Prof. Carolina Maria Vianna de Freitas Curso de Medicina Veterinária – Unibh 9 LOCAL DE PARASITISMO CICLO HOSPEDEIRO DEFINITIVO HI FORMA DE TRANSMISSÃO NEMATÓDEOS Família Ascarididae Toxocara vitulorum Intestino delgado Monoxeno Principalmente Bubalinos e bovinos Família Trichostrongylidae Haemonchus sp. Abomaso (Hematófago) Monoxeno Ingestão de L3 infectante Bovinos/ Caprinos e Ovinos . Trichostrongylus sp. ID/ Abomaso (Histiófago) Monoxeno Ingestão de L3 infectante Grandes e Peq. Ruminantes Ostertagia Abomaso (Hematófago) Monoxeno Ingestão de L3 infectante Bovinos, principalmente Cooperia sp. ID (Histófago) Monoxeno Ingestão de L3 infectante Bovinos, Caprinos e ovinos Nematodirus sp. ID (Histiófago) Monxeno Ingestão de L3 infectante Bovinos, Caprinos e ovinos Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos Prof. Carolina Maria Vianna de Freitas Curso de Medicina Veterinária – Unibh 10 LOCAL DE PARASITISMO CICLO HOSPEDEIRO DEFINITIVO HI FORMA DE TRANSMISSÃO NEMATÓDEOS SubFamília Oesophagostominae Oesophagostomum sp. ID / IG Monoxeno Ingestão de L3 infectante Bovinos / Ovinos Família Protostrongylidae Dictiocaulus viviparus Brônquios Monoxeno Ingestão de L3 infectante Bovinos . Dictiocaulus filaria Brônquios Monoxeno Ingestão de L3 infectante Ovinos e Caprinos Família Ancylostomatidae Bunostomum phlebotomum ID (Hematófago) Monoxeno Penetração Transcutânea de L3 infectante Bovinos e Bubalinos Bunostomum trigonocephalum ID (Hematófago) Monxeno Penetração Transcutânea de L3 infectante Caprinos e ovinos Família Strongyloididae Strongyloides papillosus ID (Histiófago) Monoxeno Transcutânea/ Oral e Transmamária Ruminantes e Coelhos Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos Prof. Carolina Maria Vianna de Freitas Curso de Medicina Veterinária – Unibh 11 LOCAL DE PARASITISMO CICLO HOSPEDEIRO DEFINITIVO HI FORMA DE TRANSMISSÃO NEMATÓDEOS Família Rhabdiasidae Rhabditis Pele e Pavilhão Auditivo Monoxeno Contato Ruminantes prin// bov. De orelhas grandes Família Trichuridae Trichuris discolos IG (Histiófago) Monoxeno Ingestão de ovo contendo L3 infectante Bovinos e bubalinos Família Stephanofilariidae Setária sp. cavidade peritoneal rara// pleural Mosquitos (Culex sp., Aedes sp. e Anopheles sp.) Inoculação da filária no HD durante a alimentação do HI Bovinos e Bubalinos Família Dipetalonematidae Oncocerca guturosa ligamento cervical e gastresplênico Dípteros Simuilum sp. Inoculação da filária no HD durante a alimentação Bovinos Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos Prof. Carolina Maria Vianna de Freitas Curso de Medicina Veterinária – Unibh 12 (2). HELMINTOS PARASITAS DE CÃES E GATOS: LOCAL DE PARASITISMO CICLO HOSPEDEIRO DEFINITIVO HI FORMA DE TRANSMISSÃO CESTÓDEOS Dipylidium caninum ID Pulgas Oral por ingestão do HI Cães e gatos Echinococcus granulosus ID Pequenos Ruminantes Ovos nas fezes do HD Cão NEMATÓDEOS Família Ascarididae Toxocara canis ID Monoxeno Transplacentária (+) Transmamária (±) Ora (Fezes)l Cães Toxocara catti ID Monoxeno HP Transmamária (mucosa) Oral (HP) –(mucosa) Oral (fezes) (somático) Gatos Toxascaria leonina ID Monoxeno Heteroxeno (ratos) Oral (mucosa) Cães e gatos Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos Prof. Carolina Maria Vianna de Freitas Curso de Medicina Veterinária – Unibh 13 LOCAL DE PARASITISMO CICLO HOSPEDEIRO DEFINITIVO HI FORMA DE TRANSMISSÃO NEMATÓDEOS Família Ancylostomatidae Ancylostoma caninnum ID Hematófago Monoxeno Oral (ingestão de L3) Transplacentária Cães e gatos Ancylostoma brasiliensis ID Hematófago Monoxeno Oral (ingestão de L3) Transplacentária Cães e gatos Família Dioctophymidae Dioctophyme renale Rins, cavidade abdominal e outros órgãos HI�. Anelídeos HI�. Sp. Peixes e anfíbios Ingestão do HI� Cães, rapousas. Homem e alguns primatas Família Trichuridae Trichuris vulpi IG Monoxeno Ingestão do ovo larvado contendo L3 infectante Canídeos Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos Prof. Carolina Maria Vianna de Freitas Curso de Medicina Veterinária – Unibh 14 LOCAL DE PARASITISMO CICLO HOSPEDEIRO DEFINITIVO HI FORMA DE TRANSMISSÃO NEMATÓDEOS Família Spiruridae Spirocerca lupi Nódulos no esôfago e estômago e raro na aorta Coleópteros coprófagos dos gêneros: Scarabeus, Akis, Geotrupis Ingestão do HI contendo a larva L3 que é infectante Cães e outros canídeos silvestres Família Dipetalonematidae Dirofilaria immitis Coração direito e artéria pulmonar Mosquitos Culex sp., Aedes sp. e Anopheles sp. Pela picada do mosquito que inocula a microfilária no HD Cães e gatos Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos Prof. Carolina Maria Vianna de Freitas Curso de Medicina Veterinária – Unibh 15 (3). HELMINTOS PARASITAS DE EQUINOS: LOCAL DE PARASITISMO CICLO PATOGENIA HI FORMA DE TRANSMISSÃO CESTÓDEOS Anoplocephala sp. ID Ácaros Oribat. Oral por ingestão do HI Ñ Patogênico. Obstrução ID em ↑ infestação NEMATÓDEOS Família Ascarididae Parascaris equorum ID Monoxeno Oral (Loss) l Pouco Patogênico Pode causar obstrução ID Família Strongylidae Strongylus vulgaris IG Hematófago Monoxeno Ingestão de L3 nas pastagens Migração larval pode causar aneurisma da artéria mesentérica cranial Strongylus equinus IG Hematófago Monoxeno Ingestão de L3 nas pastagens Enterite/ diarréia e perda de sangue Strongylus edentatus IG Hematófago Monoxeno Ingestão de L3 nas pastagens Perda de sangue e acometimento hepático Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos Prof. Carolina Maria Vianna de Freitas Curso de Medicina Veterinária – Unibh 16 LOCAL DE PARASITISMO CICLO PATOGENIA HI FORMA DE TRANSMISSÃO NEMATÓDEOS Família Cyathostomatidae Pequenos Estrôngilos IG Hematófagos e Histófagos Monoxeno Ingestão de L3 nas pastagens Diarréia, cólica e anemia (?) Família StrongyloididaeStrongyloides westeri ID Monoxeno Oral, Transcutânea e Transplacentária Dermatite, lesão plumonar, hepática e intestinal Família Spiruridae Habronema sp. Estômago Pele Dípteros (Musca domestcica Stomoxys calcintans) Oral ingestão da larva liberada pelo HI HabroneGastrica : gastrite Habronemose Cutânea: granuloma na pele Família Oxyuridae Oxyuris equi IG Monoxeno Oral – ingestão dos ovos contendo L3 Adulto pouco patogênico As fêmeas ao botarem os ovos na região anal causam coceira nos animais Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos Prof. Carolina Maria Vianna de Freitas Curso de Medicina Veterinária – Unibh 17 LOCAL DE PARASITISMO CICLO PATOGENIA HI FORMA DE TRANSMISSÃO NEMATÓDEOS Família Stephanofilariidae Setaria equina cavidade peritoneal e rara// pleural dos hospedeiros Mosquitos (Culex sp., Aedes sp. e Anopheles sp.) Inoculação da filária no HD durante a alimentação do HI Adultos apatogênicos Larvas rara// podem migrar e atingir o canal medular causando paralisia Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos Prof. Carolina Maria Vianna de Freitas Curso de Medicina Veterinária – Unibh 18 (4). HELMINTOS PARASITAS DE SUÍNOS: LOCAL DE PARASITISMO CICLO PATOGENIA HI FORMA DE TRANSMISSÃO CESTÓDEOS Taenia solium Musculo (Cysticercus cellulosae) Suínos Homem é o HD Ingestão proglotes grávidas do adulto Cisticerco pode se alojar no SNC � Neurocisticercose NEMATÓDEOS Família Ascarididae Ascaris suun Intestino delgado Monoxeno Ingestão do Ovo contendo L3 Em infestações massivas pode causar obstrição. Compete c/ o animal pelo alimento ingerido � baiva conversão alimentar SubFamília Oesophagostominae Oesophagostomum dentatum ID / IG Monoxeno Ingestão de L3 infectante Formação de nódulos calcificados no ID Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos Prof. Carolina Maria Vianna de Freitas Curso de Medicina Veterinária – Unibh 19 LOCAL DE PARASITISMO CICLO PATOGENIA HI FORMA DE TRANSMISSÃO NEMATÓDEOS Família Protostrongylidae Metastrongylus sp. Brônquios e Branquíolos Minhocas Lumbricus sp, Eisenia e sp Allolobophora sp., entre outras. Ingestão do HI contendo L3 infectante Causa Pneumonia Verminótica dos Suínos Família Stephanuridae Stephanurus dentatus. Adulto :Tecido renal e perirenal Larvas: fígado, pâncreas, pulmões, canal espinhal e outras localizações abdominais Minhocas Lumbricus sp, Eisenia e sp Allolobophora sp., entre outras. Oral Transcutânea Transplacentária Larvas: lesão no fígado, em suas migrações. Podem formar cistos na medula � paralisia dos membros posteriores c/ arqueamento da coluna. Adultos: Foramação de cistos no tecido perirrenal � nefrite Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos Prof. Carolina Maria Vianna de Freitas Curso de Medicina Veterinária – Unibh 20 LOCAL DE PARASITISMO CICLO PATOGENIA HI FORMA DE TRANSMISSÃO NEMATÓDEOS Família Strongyloididae Strongyloides ransoni ID Monoxenos. Oral Trancutânea Transplacentária Dermatite (larva), Pneumonia (larva) e Diarréia (adulto) Família Trichuridae Trichuris suis IG Monoxenos Oral, ingestão de ovo contendo L3 Enterite e Diarréia causad pelos vermes adultos Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos Prof. Carolina Maria Vianna de Freitas Curso de Medicina Veterinária – Unibh 21 (5). HELMINTOS PARASITAS DAS AVES DOMÉSTICAS: LOCAL DE PARASITISMO CICLO PATOGENIA HI FORMA DE TRANSMISSÃO CESTÓDEOS Família Davaineidae Davainea proglotina ID Lesmas Ingestão do HI contendo a Larva Cisticercóide > Patogenicidade para as galinhas � erosão da mucosa duodenal, �hemorragias e anemia. Raillietina sp. ID Monoxeno Ingestão do HI contendo a Larva Cisticercóide Adulto forma nódulos no ID � ↓ ganho de peso Amoebotaenia cuneata ID Minhocas de diversas espécies Ingestão do HI contendo a Larva Cisticercóide O adulto no ID normal// apatogênico. Em infestações maciças pode provocar enterites. Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos Prof. Carolina Maria Vianna de Freitas Curso de Medicina Veterinária – Unibh 22 LOCAL DE PARASITISMO CICLO PATOGENIA HI FORMA DE TRANSMISSÃO NEMATÓDEOS Família Ascarididae Ascaridia galli ID de Galinhas e Peru Monoxeno Ingestão do Ovo contendo L3 -Enterite catarral. -Adultos ↑ Quantidades � obstrução intestinal. –Diarréias, c/ sangue às vezes, anemia Ascaridia collumbae ID de Galinhas e Pombo Monoxeno Ingestão do Ovo contendo L3 -Enterite catarral. -Adultos ↑ Quantidades � obstrução intestinal. –Diarréias, c/ sangue às vezes, anemia Família Trichuridae Capillaria sp.(de aves) ID, papo, esôfago e boca (depende da espécie) Monoxeno: C. obsignata Heteroxeno: HI são minhocas dos gêneros Lumbricus, Allobophora e Eisinea Ingestão do Ovo ou HI contendo L3 -Infecções maciças � inflamação diftérica, c/ inapetência e diarréia -Fibrosamento no papo Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos Prof. Carolina Maria Vianna de Freitas Curso de Medicina Veterinária – Unibh 23 LOCAL DE PARASITISMO CICLO PATOGENIA HI FORMA DE TRANSMISSÃO NEMATÓDEOS Família Heterakidae Heterakis gallinarum IG Monoxeno Heteroxeno: HI são minhocas dos gêneros Lumbricus, Allobophora e Eisinea Ingestão do Ovo ou HI contendo L3 -Adultos são apatogênicos. –Pode veicular o fungo causador da hepatite dos perus
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