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Manipulacao da Coluna Vertebral



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06/11/2012 
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 A manipulação é uma mobilização passiva que 
tende a levar os elementos de uma articulação ou de 
um conjunto de articulações, para além de seu jogo 
habitual, até o limite anatômico possível. Portanto, ao 
nível da coluna vertebral, esta consiste na execução de 
movimentos de rotação, lateroflexão, flexão ou 
extensão isolada e/ou combinada sobre o segmento 
vertebral escolhido. 
 A manipulação é um ato terapêutico 
destinado à indicações definidas, é um gesto 
ortopédico preciso, cujas coordenadas são 
determinadas por um exame prévio. 
 “Infelizmente a palavra manipulação 
abrange, na linguagem comum, tanto manobras 
terapêuticas precisas quanto manobras 
vertebrais “estalantes”, feitas por qualquer 
pessoa diante de qualquer problema.” 
 Uma manipulação compreende três 
tempos: 
 O posicionamento do paciente e do operador; 
 A colocação “ em tensão” do segmento a ser 
tratado; 
 A impulsão manipuladora propriamente dita. 
 A manipulação deve sempre ser efetuada a partir 
da “colocação em tensão” com um movimento de fraca 
amplitude. Um movimento precipitado não é 
controlável e pode ser doloroso e perigoso. 
 O movimento manipulativo deve ser feito de ponto 
a ponto pelo operador. Isto depende de uma 
experiência adquirida de longo tempo sendo que o 
aprendizado correto das manipulações requer certas 
disposições e um treinamento artístico, que pode 
desencorajar várias práticas. 
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 A manipulação deve ser 
perfeitamente indolor, e pode ser 
executada em todos os pontos da coluna 
vertebral por um manipulador treinado 
em pacientes normais, de maneira que 
nenhum desses movimentos sejam 
dolorosos ou desagradáveis. 
 Manipulações diretas: 
 Elas consistem (estando o paciente em decúbito ventral) em 
efetuar com a região tenar da mão, pressões diretas sobre a 
coluna vertebral, tomando apoio sobre apófises espinhosas. A 
pressão deve ser progressiva e seguida de um relaxamento bem 
rápido essas técnicas não são dosadas, e várias vezes elas podem 
ser desagradáveis para o paciente mas, sobretudo, suas 
possibilidades são muito limitadas e elas tem apenas interesse 
relativo. 
 Manipulações indiretas: 
Utilizam-se os braços de alavanca natural 
do corpo para agir sobre a coluna 
vertebral. 
 As manobras assim praticadas são 
suaves e progressivas. Elas podem ser 
utilizadas em mobilizações, e tem 
também a grande vantagem de poderem 
ser experimentadas antes de serem 
completamente executada. O operador 
vai até a colocação em tensão e analisa 
se a manobra será indolor ou não. 
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 As manipulações semi-indiretas: 
 A precisão das manobras indiretas pode ser 
melhorada pela utilização de técnicas que nós 
conhecemos como semi-Indiretas. 
 O movimento global é dado a distância, como nas 
manobras manipulativas indiretas, mas o operado, 
graças a uma pressão ou contra-pressão feita, 
conforme o caso, no nível ou sob o segmento a ser 
tratado, pode obter uma localização muito precisa do 
efeito manipulador. 
 
 A maioria das escolas de manipulação 
tem um objetivo essencial: 
 
 **Restaurar a amplitude 
articular normal!** 
 Pode ocorrer que somente uma única manipulação 
alivie uma dor vertebral aguda ou crônica. Mas o 
freqüente, é o tratamento ter de ser progressivo no 
decorrer das sessões sucessivas dos quais, raramente 
ultrapassam o número de cinco a seis sessões. 
 Podem ser duas sessões por semana ou uma a 
cada 15 dias. 
 
 Reações ao tratamento podem existir, porém são 
benignas. 
 As dores musculares: após a primeira sessão as dores 
musculares são banias, mesmo existindo, são discretas. 
Duram cerca de 6 a 48 horas e aparecem em 40% dos 
casos. 
 Alterações transitórias da dor tratada: não são raras 
depois da primeira manipulação. 
 Problemas cervicais: cervicalgia, cervicovraquialgia; 
 Problemas torácicos: dorsalgial; 
 Problemas lombares: lombalgia, lombociatalgia; 
 Sacralgia; 
 Cefaléias; 
 Distúrbios de ATM; 
- Gravidez: Nos últimos meses de gestação, pois a gravidez 
apresenta problemas mecânicos e funcionais. Porém, se a dor tem 
origem claramente definida, na coluna vertebral, não existe 
impedimento para a manipulação, desde que sejam tomadas as 
devidas precauções. 
 
- Doença da medula espinhal ou cauda eqüina: Qualquer 
pressão sobre a cauda eqüina ou sobre a medula espinhal é uma 
verdadeira contra-indicação para qualquer forma de mobilização 
ou manipulação. 
 
 
 
 
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- Espondilolistese: É uma contra-indicação para a manipula’’cão 
forçada, porém, o tratamento é freqüentemente bem-sucedido 
quando dirigido à medida da dor, originada em um ponto mais 
alto na coluna. 
 
- Osteoporose: Esta restrição se aplica também às condições que 
possam causar osteoporose, incluindo o tratamento com 
estilóides. 
 
- Espondilite anquilosante e artrite reumatóide: Elas afetam os 
ligamentos medulares que, ocasionalmente, podem levar a uma 
subluxação, na coluna cervical e raramente a morte súbita. 
- Comprometimento arterial: Antes de realizar qualquer mobilização ou 
manipulação do pescoço, é indispensável perguntar especificamente 
sobre qualquer sintoma que sugira problema da artéria vertebral, 
particularmente vertigem ou distúrbio da visão, com a posição da cabeça. 
O fisioterapeuta deve rodar gentilmente o pescoço do paciente, em 
ambas as direções e manter por alguns segundos, para estar certo de que 
isto não produz sintomas, antes de tentar qualquer movimento, por mais 
suave que seja. 
 
- Doenças vertebrais: Uma classificação de causas vertebrais para dor 
espinhal inclui muitas desordens patológicas bem conhecidas. 
Freqüentemente, há um parâmetro de mudanças degenerativas básicas 
que é, algumas vezes, agravada por esforço ou traumas menores 
 
 Mal utilizados ou mal executados, as 
manipulações vertebrais podem ser 
responsáveis por acidentes. A quase totalidade 
desses acidentes, são praticados por leigos, já 
que essas técnicas são praticadas sem 
diagnóstico ou sob indicações aberrantes e 
com técnicas aproximativas. 
  Acidentes dramáticos: eles são mais frequentemente, 
a conseqüência de um erro ou de uma ausência de 
diagnóstico. Se trata essencialmente de acidentes 
neurológicos. Eles são aliás, extremamente raros, tendo 
em conta o número considerável de manipulações 
feitas cada dia, sobre indicações mais ou menos 
válidas e com técnicas mais ou menos boas mas eles 
são muito graves. Exemplo de acidentes vasculares de 
tronco cerebral ou de medula cervical. 
 Acidentes sérios: são aqueles onde o 
prognóstico vital, não está em jogo, mas que 
deixam pesadas seqüelas ao paciente. 
 Incidentes menores: são os exageros da dor 
distúrbios que seriam aliviados por 
manipulações sensatas. São fraturas de costela, 
são dores provocadas pela manipulação.