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Engenharia Civil 6606 - Tráfego Rodoviário Aulas: 3ª feira 15:30 hs Avaliações: 1ª - 16/09 - Teórica - 0-10 pontos 2ª - 11/11 - Teórica - 0-10 pontos 2 3. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. Fluxo de veículos rodoviários 2. Métodos de coleta das variáveis do tráfego rodoviário 3. Capacidade e nível de serviço de rodovias 4. Simulação e modelagem dos fluxos de veículos rodoviários 4. REFERÊNCIAS 4.1- Básicas (Disponibilizadas na Biblioteca ou aquisições recomendadas) PIGNATARO, L. J. Traffic engineering. Cliffs: Prentice Hall, 1973. MANNERING, F. L. Principles of highway engineering and traffic. :John Wiley & Sons, 1990. BEARWALD, J. E. Transportation and traffic engineering handbook. Cliffs: Prentice- Hall, 1976. 4.2- Complementares PLINE, J. L. editor Traffic engineering handbook. of Engineers, 4th ed. Cliffs: , Prentice-Hall, 1992. MCSHANE, W. R. & ROESS, R. P. Traffic engineering. Cliffs: Prentice Hall, 1990. HOMBURGER, W. S. Fundamentals of traffic engineering. 13th ed., of Studies, of , , 1992. SLINN, M., GUEST, P. & MATTHEWS, P. Traffic engineering design: principles and practice. : , 1998. TRANSPORTATION RESEARCH BOARD (TRB). Higway Capacity Manual 2010 (HCM2010). National Research Council : 2010. FLUXO DE TRÁFEGO RODOVIÁRIO No tráfego rodoviário, o movimento de um veículo é afetado pela presença de outros veículos que compartilham a mesma via A interação dos veículos interferem diretamente no desempenho do tráfego O aumento do volume de tráfego em um via provoca a redução na velocidade média dos veículos (redução do nível de serviço oferecido pela via) O transporte rodoviário apresenta o menor controle sobre os fluxos, dentre os modais, cabendo ao condutor (motorista) decidir a velocidade, rota, a posição espacial etc. Uma corrente de tráfego é composta por certo número de veículos que viajam por uma via Os veículos que compõem a corrente de tráfego apresentam comportamento distintos e propriedades diferentes entre si. A teoria do fluxo de tráfego, para descrever o comportamento do tráfego, consiste: • na aplicação de modelos matemáticos • na aplicação da teoria das probabilidades e da física Os estudos de tráfego compreendem a caracterização de correntes de tráfego, constituídas por veículos que se deslocam durante um período de tempo, num determinado sentido ao longo de um percurso 3 4 FLUXO DE TRÁFEGO RODOVIÁRIO Para catacterizar as correntes de tráfego é necessário o conhecimento do modo como os veículos se distribuem ao longo do espaço e tempo A capacidade de uma via é medida pelo maior volume de tráfego que ela possa suportar, sem que altere o nível de serviço para níveis abaixo do padrão pré determinado. Tanto a capacidade quanto o nível de serviço de uma via estão diretamente relacionados com a forma de controle do fluxo de tráfego. Tipos de fluxo rodoviário O fluxo de veículos em uma rodovia pode ocorrer: • de forma contínua, chamado fluxo ininterrupto • com interrupções, fluxo interrompido 5 FLUXO DE TRÁFEGO RODOVIÁRIO Tipos de fluxo rodoviário - fluxo ininterrupto O fluxo ininterrupto ou contínuo ocorre em vias nas quais não há controles externos interrompendo o tráfego Ocorrem em vias onde não há interseções em nível, semáforos, sinais de pare, dê a preferência etc. As condições do tráfego são resultado da interação entre os veículos das características geométricas da rodovia e do meio ambiente. É uma característica de fluxo de auto estradas e outras vias de acesso limitado 6 FLUXO DE TRÁFEGO RODOVIÁRIO Tipos de fluxo rodoviário - fluxo interrompido O fluxo interrompido é caracterizado quando existem elementos de controle externo que causam a interrupção do tráfego A interrupção de tráfego ocorre quando algo é construído ou instalado na via, que de uma ou outra maneira força o tráfego a parar, afetando os níveis de serviço, como por exemplo: semáforos, sinais de pare, dê a preferência, interseções não semaforizadas, entradas e saídas de veículos e outros tipos de interrupções As interrupções podem ser divididas em duas categorias, interseções em greide (nível) e interseções em desnível Interseções em greide Semáforos, redutores de velocidade (lombadas e lombadas eletrônicas), praças de pedágio, postos policiais, postos de controle (PARE), cruzamento de vias férreas, entrelaçamentos (simples e múltiplos) etc. São os tipos mais comuns de interrupção de tráfego e de tratamento mais complexo Na maioria das interrupções as reduções de velocidade estão dentro dos limites que não afetam a capacidade da via, mas sim o nível de serviço Interseções em desnível As interseções em desnível referem-se aos entrelaçamentos (viadutos e trincheiras) com alças de acesso às pistas de rolamento entre as vias 7 FLUXO DE TRÁFEGO RODOVIÁRIO Diagrama espaço-tempo Representação gráfica do movimento dos veículos O espaçamento entre os veículos corresponde ao espaço percorrido d ou o intervalo de tempo entre a passagem de um veículo e o veículos seguinte d = v × h d: distância entre um e outro veículo v: velocidade de tráfego dos veículos h: intervalo de tempo (Dt). 8 FLUXO DE TRÁFEGO RODOVIÁRIO Diagrama espaço-tempo O diagrama espaço-tempo é uma ferramenta útil para a visualização das trajetórias dos veículos na sua progressão o longo de um itinerário Permite a análise dos vários problemas de tráfego, como: • os de coordenação de sinais luminosos • ultrapassagem entre veículos • a interação dos veículos em pontos estrangulados de passagem etc. 9 FLUXO DE TRÁFEGO RODOVIÁRIO Diagrama espaço-tempo A partir do Gráfico pode-se obter certos aspectos do movimento dos veículos, tais como: • velocidade individual, aceleração • na velocidade constante a trajetória será representada por uma linha reta • um movimento acelerado é representado por um curva, sendo côncava no caso de aceleração positiva e convexa na aceleração negativa (desaceleração) Na figura observa-se este comportamento de forma significativa no veículo 2, que passa de uma velocidade constante para uma desaceleração e retorna passa a acelerar num momento seguinte. O ângulo da curva (reta) em relação à abscissa indica a grandeza da velocidade É possível obter também alguns aspectos relacionados a interação entre os veículos como espaçamento e intervalo entre veículos. 10 FLUXO DE TRÁFEGO RODOVIÁRIO Diagrama espaço-tempo O intervalo entre os veículos é definido pelo tempo obtido no gráfico, no eixo das abscissas para uma determinada posição (x) h = t2 - t1 O espaçamento entre os veículos é obtido no eixo das ordenadas, para um determinado temo (t) d = d2 - d1 O cruzamento das linha 3 e 4 (veículos 3 e 4) indicam a posição (x) e o tempo (t), em relação ao ponto de controle, da ocorrência da ultrapassagem do veículo 4 pelo veículo 3 11 Intervalo de tempo entre a passagem sucessiva de veículos (headway - deslocamento) O intervalo de tempo entre os veículos (h) é o registrado num local fixo (x), que decorre entre os instantes da passagem de pontos homólogos dos veículos sucessivos, em geral, é utilizado como referência o pára-choques ou a roda dianteira dos veículos, assim, i1i1i tth FLUXO DE TRÁFEGO RODOVIÁRIO Diagrama espaço-tempo O valor do intervalo de tempo inclui o tempo que demora a passar o veículo i e o tempo que decorre entre a passagem do pára-choques dianteiro e traseiro do i+1 O tempo entre veículos reflete a sua proximidade e é útil nos estudos de segurança rodoviária,na distinção entre veículos que circulam em regime livre e em regime congestionado, na regulamentação de sinais luminosos , nos estudos de capacidade dos cruzamentos etc. 12 FLUXO DE TRÁFEGO RODOVIÁRIO Diagrama espaço-tempo Intervalo de tempo entre a passagem sucessiva de veículos (headway - desloc.) A distribuição do tempo depende de vários fatores, como volumes de tráfego, tipo de rodovia, composição da corrente de tráfego, condições de visibilidade etc. Em relação ao volume de tráfego, há que se considerar três situações: - Tráfego pequeno: o escoamento flui normalmente. Os veículos circulam com independência uns dos outros, com pouca ou nenhuma interação entre eles. Nestas condições, o tempo entre os veículos (h) obedece à uma lei exponencial negativa - Tráfego intenso: Os veículos circulam com forte interação. Nestas condições, o intervalo entre os veículos pode ser considerada constante - Situação intermediária: Mais frequente e também mais difícil de se analisar . Se caracteriza por uma mistura de veículos livres com veículos constrangidos. Várias teorias tem sido propostas, exponencial dupla, gama, lognormal etc. 13 FLUXO DE TRÁFEGO RODOVIÁRIO Diagrama espaço-tempo Distância entre veículos A distância entre veículos (d) é dada pelo comprimento medido, num determinado instante (t), entre os pontos homólogos dos veículos sucessivos, utilizando-se os pára- choques (ou rodas) dianteiras como referência, 1ii1i xxd Há uma relação direta entre o intervalo de tempo (h) e a distância entre os veículos (s), que pode ser definida por 1i1i1i uhd A distância entre os veículos está relacionada com certos fatores que caracterizam o escoamento É pouco utilizada nos estudos de tráfego por ser difícil de determinar Comumente a distância entre os veículos é determinada pela fórmula anterior Um aspecto no uso desta variável está relacionada com a distância mínima a ser respeitadas pelos veículos, imposta por razões de segurança 14 FLUXO DE TRÁFEGO RODOVIÁRIO Diagrama espaço-tempo Velocidade A velocidade de deslocamento (espaço percorrido por unidade de tempo) é uma importante variável associada à correntes de tráfego A velocidade é utilizada para definir o nível de serviço de uma rodovia, a estimativa de consumo de combustíveis ou a emissão de poluentes, estudos econômicos, os aspectos relacionados com a segurança etc. A velocidade instantânea dos veículos, medida numa determinada seção, ao longo do tempo não é constante e se medida em uma certa extensão da rodovia, também não apresentará uma constante. A velocidade é uma variável aleatória, que nos estudos de tráfego, os registros são feitos de forma contínua ao longo de um percursos, para possibilitar a obtenção de um perfil de velocidade, através da plotagem gráfica da velocidade (ordenada) e da distância percorrida (abscissas). A velocidade pode ser de percurso (velocidade de operação) ou em marcha Velocidade de percurso: resultante da consideração do tempo em que o veículo permanece parado Velocidade de marcha: quando considerado apenas o tempo em que o veículo está em movimento 15 FLUXO DE TRÁFEGO RODOVIÁRIO Diagrama espaço-tempo Velocidade média no tempo: A velocidade média do fluxo no tempo (vt) é obtida através da média aritmética das velocidades individuais medidas em um certo ponto da via ni 1i it v n 1 v Velocidade média no espaço: A velocidade média no espaço (vs) é baseada no tempo necessário para os veículos viajarem num determinado percurso (d) ni 1i i s t d nv As velocidades médias no espaço estão relacionadas com a densidade de veículos na via As velocidades médias no tempo estão relacionadas apenas ao número de veículos que passam pela seção de controle. A velocidade média no tempo é superior a velocidade média no espaço, com exceção à condição em que todos os veículos trafegam continuamente à mesma velocidade. Velocidade pela relação de Wardrop: Wardrop encontrou a seguinte relação entre velocidade média no tempo e no espaço 2 = variância das velocidades s 2 st v vv t 2 ts v vv
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