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08 SNA Fisiologia cardiovascular

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SNA e fisiologia 
cardiovascular 
 
Como somos complexos seres multicelulares e como todas as 
nossas células, enquanto vivas, desempenhando suas funções, 
necessitam constantemente de nutrição, oxigênio e demais 
substâncias, é necessário um bombeamente contínuo do sangue 
por toda a vasta rede vascular que possuímos. Tal bombeamento 
é feito, o tempo todo, através de uma bomba muscular, que se 
encontra funcionando desde a nossa vida embrionária, quando 
nem sequer forma humana ainda tínhamos: o nosso coração. 
INTRODUÇÃO 
Coração 
Coração 
Coração 
ANATOMIA DO CORAÇÃO 
1 - Coronária Direita 
2 - Coronária Descendente 
Anterior Esquerda 
3 - Coronária Circunflexa 
Esquerda 
4 - Veia Cava Superior 
5 - Veia Cava Inferior 
6 - Aorta 
7 - Artéria Pulmonar 
8 - Veias Pulmonares 
 9 - Átrio Direito 
10 - Ventrículo Direito 
11 - Átrio Esquerdo 
12 - Ventrículo Esquerdo 
13 - Músculos Papilares 
14 - Cordoalhas Tendíneas 
15 - Válvula Tricúspide 
16 - Válvula Mitral 
17 - Válvula Pulmonar 
 
Coração 
•  Dois átrios 
•  Átrio direito; 
•  Átrio esquerdo; 
•  Dois ventrículos; 
•  Ventrículo direito 
•  Pequena circulação (Pulmonar); 
•  Ventrículo Esquerdo 
•  Grande circulação (Sistêmica); 
PROPRIEDADES DO MÚSCULO 
CARDÍACO 
Inotropismo 
Cronotropismo 
Condução 
Frequência 
Contração 
Dromotropismo 
•  A inervação do coração é feita através do 
sistema nervoso autônomo simpático e 
parassimpático: 
•  componente extrínseco - complexo 
estimulador do coração 
•  componente intrínseco, que participa 
diretamente do trabalho, de vital 
importância, desenvolvido pelo coração 
com suas contrações rítmicas. 
INERVAÇÃO CARDÍACA 
INERVAÇÃO CARDÍACA 
•  A resposta do sistema cardiovascular 
às influências autonômicas é mediada 
p o r r e c e p t o r e s l o c a l i z a d o s n a 
membrana dos miócitos. 
 Epinefrina e Norepinefrina 
 
Acetilcolina 
SNS SNP 
SISTEMA DE PURKINJE 
 
A ritmicidade própria do coração, assim como o sincronismo na 
contração de suas câmaras, é feito graças um interessante sistema 
condutor e excitatório presente no tecido cardíaco: O Sistema de 
Purkinje. Este sistema é formado por fibras auto-excitáveis e que se 
distribuem de forma bastante organizada pela massa muscular 
cardíaca. 
 
Conjunto de estruturas responsáveis pela formação e 
propagação da atividade elétrica cardíaca 
• As fibras musculares cardíacas só contraem mediante 
passagem de estímulo elétrico. 
• Formado por sistema de nós e feixes, todos 
constituídos por células especializadas para 
determinadas funções. 
• Constituído de : nó sinoatrial ou sinusal, feixes 
internodais, nó átrio-ventricular, feixe de His e fibras 
de Purkinje. 
SISTEMA ELÉTRICO CARDÍACO 
Sistema de Purkinje: 
 
Nodo SA 
Nodo AV 
Feixe AV 
Ramos D e E 
O evento de contração da musculatura cardíaca, 
essencial para que o coração desempenhe sue 
função de bomba, é dependente da despolarização 
ordenada das células musculares cardíacas. 
Contração da musculatura cardíaca 
Etapas da contração: 
Para que a fibra muscular cardíaca se contraia, é 
necessária a despolarização desta mesma fibra. 
 
A ativação elétrica ordenada do coração se dá pela 
propagação, em sequência, de potenciais de ação 
despolarizantes através das estruturas anatômicas 
deste órgão. 
Etapas da contração: 
Contração da musculatura cardíaca 
O batimento cardíaco tem início no nodo sino-
atrial (SA), com um potencial de ação gerado de 
maneira espontânea. 
 
Esse potencial de ação se dissemina por todo o 
miocárdio atrial direito, e chega ao miocárdio atrial 
esquerdo, levando à contração do miocárdio atrial. 
Etapas da contração: 
Atividade elétrica do miocárdio 
•  Função marca-passo; 
•  Tecidos condutores especializados; 
•  Acoplamento excitação-contração; 
•  Nodo Sino Atrial (SA); 
•  Próximo à abertura da Veia Cava Superior; 
•  Nodo Átrio Ventricular (AV); 
•  Próximo à parede átrio ventricular direita; 
•  Feixes de His; 
•  No septo interventricular; 
•  Fibras de Purkinje; 
•  Na parede dos ventrículos; 
Atividade elétrica do miocárdio 
•  Células diferenciadas do miocárdio; 
•  Perderam funções contráteis; 
•  Geram impulso elétrico; 
•  Conduzem impulso elétrico; 
•  Garantem despolarização sincronizada; 
•  Platô; 
•  Canais rápidos (Na+); 
•  Canais lentos (Ca2+); 
Atividade elétrica do miocárdio 
•  Células diferenciadas do miocárdio; 
•  Perderam funções contráteis; 
•  Geram impulso elétrico; 
•  Conduzem impulso elétrico; 
•  Garantem despolarização sincronizada; 
•  Platô; 
•  Canais rápidos (Na+); 
•  Canais lentos (Ca2+); 
Atividade elétrica do miocárdio 
•  Nodo AV; 
•  Condução lenta do impulso elétrico; 
•  Importância 
•  Despolarização ordenada: 
•  Átrio – ventricular; 
Atividade elétrica do miocárdio 
Atividade elétrica do coração 
•  Ritmo cardíaco normal (adulto saudável): 
•  72 bpm; 
Atividade elétrica do coração 
O CICLO CARDÍACO E 
SUAS FASES 
 
FUNÇÕES MECÂNICAS DO CORAÇÃO 
 
RELAXAMENTO DIASTÓLICO 
 
 
ENCHIMENTO VENTRICULAR 
 
 
VOLUME DIASTÓLICO 
 
 
 
CONTRAÇÃO SISTÓLICA 
 
 
ESVAZIAMENTO VENTRICULAR 
 
 
VOLUME SISTÓLICO 
 
1 – SÍSTOLE ATRIAL 
 
2 – CONTRAÇÃO VENTRICULAR ISOVOLUMÉTRICA 
 (Ejeção Sistólica Rápida e Ejeção Sistólica Lenta) 
 
3 - RELAXAMENTO ISOVOLUMÉTRICO (Enchimento 
Diastólico Rápido e Enchimento Diastólico Lento) 
 
4 - NOVA SÍSTOLE ATRIAL 
O CICLO CARDÍACO E SUAS FASES 
 
O coração, num adulto jovem saudável e em repouso ejeta, a cada 
minuto, aproximadamente 5 litros de sangue através de cada 
câmara ventricular. 
 
Ao se praticar alguma atividade física mais intensa, com a 
dilatação acentuada de diversos vasos sanguíneos na musculatura 
esquelética, uma quantidade bem maior de sangue passa a 
retornar ao coração. O coração então, nessas ocasiões, passa 
também a ejetar a mesma quantidade através de seus ventrículos e 
evitando assim a ocorrência de uma estase sanguínea. 
 
Em determinados momentos, com atividade física intensa, o 
volume de sangue que retorna ao coração chega até a 
aproximadamente 25 litros por minuto e, ainda assim, muitas 
vezes o coração é capaz de bombear todo este volume. 
REFLEXOS CARDÍACOS 
 
Efeito de Starling – Aumento da força de contração 
quando ocorre um aumento do retorno venoso (pré-carga). 
 
Efeito de Anrep – Aumento da força de contração 
quando ocorre um aumento na pressão aórtica (pós-carga). 
 
Efeito Bowdich – Aumento da forca de contração quando 
ocorre aumento da frequência cardíaca. 
 
 
REGULAÇÃO DA ATIVIDADE 
 CARDÍACA 
Lei de Frank-Starling: 
 
 Estabelece que o coração, dentro de limites 
fisiológicos, é capaz de ejetar todo o volume de 
sangue que recebe proveniente do retorno 
venoso. 
 
 Podemos então concluir que o coração pode 
regular sua atividade a cada momento, seja 
aumentando o débito cardíaco, seja reduzindo-o, 
de acordo com a necessidade. 
Controle da Atividade Cardíaca 
 
 O controle da atividade 
cardíaca se faz tanto de forma 
intrínseca como também de 
forma extrínseca. 
Controle Intrínseco: 
 
 Ao receber maior volume de sangue proveniente do retorno 
venoso, as fibras musculares cardíacas se tornam mais 
distendidas devido ao maior enchimento de suas câmaras. 
 
 Isso faz com que, ao se contraírem durante a sístole, o façam 
com uma maior força. 
 
Uma maior força de contração, consequentemente, aumenta o 
volume de sangue ejetado a cada sístole (Volume Sistólico). 
 
Aumentandoo volume sistólico aumenta também, como 
consequência, o Débito Cardíaco (DC = VS x FC). 
 
Outra forma de controle intrínseco: 
 
 Ao receber maior volume de sangue proveniente do retorno venoso, 
as fibras musculares cardíacas se tornam mais distendidas devido ao 
maior enchimento de suas câmaras, inclusive as fibras de Purkinje. 
 
 As fibras de Purkinje, mais distendidas, tornam-se mais excitáveis. 
 
 A maior excitabilidade das mesmas acaba acarretando uma maior 
frequência de descarga rítmica na despolarização espontânea de tais 
fibras. 
 
 Como consequência, um aumento na Frequência Cardíaca faz com 
que ocorra também um aumento no Débito Cardíaco (DC = VS X 
FC). 
 
Controle Extrínseco: 
 
 Além do controle intrínseco o coração também pode aumentar ou reduzir 
sua atividade dependendo do grau de atividade do Sistema Nervoso 
Autônomo (SNA). 
 
 O Sistema Nervoso Autônomo, de forma automática e independendo de 
nossa vontade consciente, exerce influência no funcionamento de diversos 
tecidos do nosso corpo através dos mediadores químicos liberados pelas 
terminações de seus 2 tipos de fibras: Simpáticas e Parassimpáticas. 
 
As fibras simpáticas, na sua quase totalidade, liberam nor- 
 adrenalina. Ao mesmo tempo, fazendo também parte do Sistema Nervoso 
Autônomo Simpático, a medula das glândulas Supra Renais liberam uma 
considerável quantidade de adrenalina na circulação. 
 
Controle Extrínseco: 
 
 Já as fibras parassimpáticas, todas, liberam um outro mediador químico em 
suas terminações: acetilcolina. 
 
 Um predomínio da atividade simpática do SNA provoca, no coração, um 
significativo aumento tanto na frequência cardíaca como também na força 
de contração. Como consequência ocorre um considerável aumento no 
débito cardíaco. 
 
 Já um predomínio da atividade parassimpática do SNA, com a liberação de 
acetilcolina pelas suas terminações nervosas, provoca um efeito oposto no 
coração: redução na frequência cardíaca e redução na força de contração. 
Como consequência, redução considerável no débito cardíaco. 
 
Sistema Nervoso Autônomo 
•  Simpático; 
•  Efeitos: 
•  ↑ Força de contração; 
•  ↑ Frequência cardíaca; 
•  ↑ Velocidade de condução AV; 
•  Causas: 
•  ↑ condutância ao Ca2+ -> ↑[Ca2+]i 
Sistema Nervoso Autônomo 
•  Parassimpático; 
•  Efeitos: 
•  ↓ Frequência cardíaca; 
•  ↓ Velocidade de condução AV; 
•  Causas: 
•  ↑ condutância ao K+ -> ↓[K+]i 
•  Hiperpolarização; 
•  ↓ condutância ao Ca2+ -> ↓ [Ca2+]i 
Sistema Nervoso Autônomo 
Acoplamento excitação-contração 
•  Potencial de ação; 
•  ↑ condutância ao Ca+; 
•  Liberação de Ca+ do Retículo Sarcoplasmático; 
•  ↑ [Ca+] livre; 
 
•  Proteínas envolvidas: 
•  Actina; 
•  Miosina; 
•  Troponina; 
•  Tropomiosina; 
Acoplamento excitação-contração 
Acoplamento excitação-contração 
•  Eventos moleculares; 
•  1 – ATP se liga à cabeça da Miosina; 
•  Fosforilação a ADP+P; 
•  2 – PA na fibra muscular e liberação de Cálcio 
pelo retículo sarcoplasmático 
•  Ca+ se liga à troponina; 
•  3 – Liberação do sítio de ligação da Actina com 
a Miosina 
•  Alteração conformacional da Troponina, empurrando 
a Tropomiosina e liberando o sítio de ligação Act-
Mios; 
Acoplamento excitação-contração 
•  Eventos moleculares; 
•  4 – Formação das pontes cruzadas; 
•  Dobra da cabeça da Miosina; 
•  Tracionamento dos filamentos finos; 
•  Liberação do complexo ADP+P 
•  5 – Ligação de uma nova molécula de ATP à 
cabeca da Miosina; 
•  Separação da Actina e Miosina; 
•  Fosforilação do ATP (em ADP+P), desdobrando a 
cadeia leve da Miosina; 
Ciclo cardíaco 
•  Fases: 
•  Sístole ventricular; 
•  Contração isovolumétrica; 
•  Ejeção; 
•  Rápida; 
•  Lenta 
•  Diástole ventricular; 
•  Relaxamento isovolumétrico; 
•  Enchimento ventricular; 
•  Rápido; 
•  Lento; 
•  Sístole atrial; 
Circulação 
•  Funções 
•  Transporte de nutrientes; 
•  O2; CO2; 
•  Nutrientes, metabólitos; 
•  Hormônios; 
•  Células de defesa (Sistema imunitário); 
Circulação 
•  Funções 
•  Distribuição de calor; 
•  Força de ultrafiltração em órgãos 
excretores; 
•  Força hidráulica; 
•  Extensão de patas em aranhas; 
•  Extensão de asas em insetos; 
Circulação 
•  Vertebrados; 
•  Sistema fechado; 
•  Coração em câmara centralizado; 
•  Circulação hepática; 
•  Capilares; 
•  Sistema linfático; 
•  Aves e mamíferos; 
•  Ventrículos cardíacos completamente 
separados; 
Circulação 
•  Tipos de vasos; 
•  Artérias 
•  Paredes espessas; 
•  Músculo liso e tecido elástico bem desenvolvido; 
•  Alta complacência; 
•  Sangue sob ALTA pressão (saindo do coração); 
•  Arteríolas; 
•  Maior resistência ao fluxo; 
•  Regulação pelo SNA Simpático; 
•  Contração em arteríolas da pele e trato gastrointestinal; 
•  Dilatação na musculatura esquelética; 
Controle da pressão arterial 
Controle da pressão arterial 
•  Tonus vasomotor 
•  Disparos constantes do SNA Simpático 
que mantém o tonus vascular, mantendo 
a PAM. 
Controle da pressão arterial 
Controle da pressão arterial 
•  Reflexo 
barorreceptor 
Controle da pressão arterial 
•  Quedas na pressão arterial levam: 
•  Vasoconstrição sistêmica das arteríolas; 
•  Vasoconstrição do leito venoso; 
•  Estimulação cardíaca direta; 
•  SIMPÁTICA 
Controle da pressão arterial 
•  Aumento na pressão arterial levam a: 
•  Vasodilatação sistêmica das arteríolas; 
•  Vasodilatação do leito venoso; 
•  Efeitos indiretos; 
•  Estimulação cardíaca direta; 
•  PARASSIMPÁTICA 
Controle da pressão arterial 
•  Regulação da PA à longo termo 
•  Sistema Renina-Angiotensina; 
•  Celúlas justaglomerulares do rim; 
•  Produzem constantemente Renina, de 
acordo com a PAM;

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