Buscar

FUNDAMENTOS DE COMÉRCIO EXTERIOR (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FUNDAMENTOS DE COMÉRCIO EXTERIOR
(Programa da Disciplina)
Capítulo I – Estratégia e Comércio Exterior
Capítulo II – Marketing e Comércio Exterior
Capítulo III – Logística e Comércio Exterior
Capítulo IV – Gestão da Qualidade e Comércio Exterior
Capítulo V – O Ambiente Internacional de Comércio
Capítulo VI – O Comércio Exterior Brasileiro
Capítulo VII – Conceitos Básicos de Comércio Exterior
Capítulo VIII – A Prática do Comércio Exterior
�
Avaliação
Primeira Prova:
Prova vale 8,0 pontos, assim distribuídos:
Primeira questão é dissertativa / específica (2,0 pontos).
Segunda questão consiste na marcação de afirmações verdadeiras (V) ou falsas (F), sendo que quatro afirmações devem ser classificadas, e cada afirmação acertada confere 0,5 ponto ao aluno (total de 2,0 pontos).
Terceira questão consiste no preenchimento de lacunas com a palavra correta. Serão quatro frases em que, em cada uma delas, uma palavra será substituída por uma lacuna, cabendo ao aluno preencher a lacuna com a palavra correta. Cada acerto confere 0,5 ponto ao aluno (total de 2,0 pontos).
Quarta questão consiste em marcar a opção correta. Serão elaboradas quatro sub questões em que, em cada uma delas, o aluno deverá marcar a alternativa correta entre quatro opções fornecidas. Cada acerto confere 0,5 ponto ao aluno (total de 2,0 pontos).
Trabalho vale 2,0 pontos: Relatório de informações do sítio do Portal Brasileiro de Comércio Exterior (www.comexbrasil.gov.br). O trabalho deve ser entregue de forma INDIVIDUAL e MANUSCRITA (aproximadamente três páginas de caderno grande).
�
Segunda Prova:
Prova vale 10,0 pontos, elaborada a partir do banco de dados.
Terceira Prova:
Prova vale 10,0 pontos, elaborada a partir do banco de dados.
�
Capítulo I – Estratégia e Comércio Exterior
01) "O bem se faz melhor se antecipado e o mal é menos mal se previsto" (Paulo Roberto Motta).
02) Estratégias e táticas constituem conceitos diferentes, embora complementares.
03) O planejamento decorrente da estratégia deve ser levado a cabo com racionalidade, mas também com intuição (desde que testada). Isso serve para se pensar os mercados internacionais a serem explorados.
04) Resumo dos módulos da Gestão Estratégica:
	
	Planejamento Estratégico
	
	Organização Estratégica
	
	Direção Estratégica
	
	Controle Estratégico
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Desenvolvimento Estratégico
05) As forças que dirigem a concorrência em uma indústria são:
	
	
	Entrantes
Potenciais
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Fornecedores
	
	Concorrentes
na
Indústria
	
	
Compradores
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Bens / Serviços
Substitutos
	
	
06) As três estratégias que podem ser decorrentes da análise das forças competitivas são:
Liderança no custo total.
Diferenciação.
Enfoque.
07) A empresa que opta por um meio termo sofre de uma cultura empresarial indefinida e de um conjunto conflitante de arranjos organizacionais e sistemas de motivação.
08) A estratégia genérica escolhida deve ser a mais adequada às virtudes da empresa e a que seja mais difícil de ser replicada pelos concorrentes.
09) A Matriz BCG, criada pelo Boston Consulting Group, é uma técnica para se medir desempenho e perspectivas para as unidades estratégicas de negócios.
10) A matriz:
	
Crescimento
	
Elevado
	
Estrela
	
Pontos de Interrogação (Crianças Problemas)
	de Mercado
	
Baixo
	
Vacas Leiteiras
	
Abacaxis (Porcaria)
	
	
	
Elevada
	
Baixa
	
	
	
Participação
	
no Mercado
 
11) O diagrama BCG aponta para decisões de participação futura da empresa nas diversas Unidades Estratégicas de Negócios:
A estrela deve ser bem tratada e reforçada.
Os abacaxis devem ser liquidados, a menos que haja razões fortes para mantê-los.
As vacas leiteiras devem controlar severamente seus investimentos e enviar os fundos excedentes à administração central.
As crianças problemas devem ser analisadas para se determinar se vale a pena fazer nelas o investimento necessário para transformá-las em estrelas. 
12) Atualmente, o ambiente é dotado de incertezas e turbulências.
13) À medida que uma organização se torna maior e se envolve mais com negócios internacionais, cresce a importância do ambiente geral.
14) Todas as empresas utilizam alguma forma de tecnologia para executar suas operações e realizar suas tarefas. A tecnologia utilizada pode ser rudimentar ou sofisticada. 
15) Deve-se harmonizar, nas organizações, o potencial concorrencial com o potencial empreendedorial.
16) Uma metodologia interessante para elaborar o planejamento estratégico de uma organização compreende cinco fases seqüenciais: diagnóstico estratégico, missão, objetivos e desafios, projetos e planos de ação, controle e avaliação de resultados.
�
Capítulo II – Marketing e Comércio Exterior
17) O Marketing envolve a identificação e a satisfação das necessidades humanas e sociais.
18) O Marketing global é uma possibilidade para um número de organizações cada vez maior.
19) Algumas mudanças que afetam o Marketing são:
Mudança tecnológica.
Globalização.
Desregulamentação.
Privatização.
Aumento do poder do cliente.
Customização.
Concorrência ampliada.
Convergência setorial.
Transformação no varejo.
Desintermediação.
20) O Marketing de Relacionamento tem como meta construir relacionamentos de longo prazo mutuamente satisfatórios com partes chaves – clientes, fornecedores, distribuidores e outros parceiros de Matketing – a fim de conquistar ou manter negócios com elas.
21) Os quatro “pês” do mix de Marketing são:
Produto (variedade de produtos, qualidade, design, características, nome da marca, embalagem, tamanhos, serviços, garantias, devoluções).
Preço (preço de lista, descontos, concessões, prazo de pagamento, condições de financiamento).
Promoção (promoção de vendas, propaganda, força de vendas, relações públicas, marketing direto).
Praça (canais, cobertura, variedades, locais, estoque, transporte).
22) Para ter sucesso, a organização deve buscar vantagens competitivas fora de suas operações, nas cadeias de valor de seus fornecedores, distribuidores e clientes. Atualmente, muitas organizações têm formado parcerias com fornecedores e distribuidores para criar uma rede de entrega de valor superior.
23) Pesquisa de Marketing é a elaboração, a coleta, a análise e a edição de relatórios sistemáticos de dados e descobertas relevantes sobre uma situação específica de Marketing enfrentada por uma organização.
24) As vendas da organização não revelam seu desempenho em relação aos concorrentes. Para isso, a gerência deve monitorar a participação de mercado.
25) A organização deve medir a satisfação com regularidade porque a chave para reter clientes está em satisfazê-los. Um alto nível de satisfação e encantamento cria um vínculo emocional com a marca ou com a organização, não apenas uma preferência racional.
26) Além de acompanhar as expectativas e a satisfação do cliente em relação ao valor, as organizações precisam monitorar o desempenho dos concorrentes nessas mesmas áreas.
27) A customização de massa é a capacidade que determinada organização tem de preparar em massa produtos, serviços e comunicações projetados para atender às necessidades individuais de cada cliente.
28) Cultura, subcultura e classe social são fatores particularmente importantes no comportamento de compra. Além dos fatores culturais, o comportamento do consumidor é influenciado por fatores sociais, como grupos de referência, família, papeis sociais e status.
29) A American Marketing Assotiation define marca como “um nome, termo, sinal, símbolo ou design, ou uma combinação de tudo isso, destinados a identificaros produtos ou serviços de um fornecedor ou grupo de fornecedores para diferenciá-los dos outros concorrentes”.
30) O desenvolvimento do ciclo de vida do produto apresenta cinco estágios: Desenvolvimento do produto; Introdução; Crescimento; Maturidade; Declínio.
�
Capítulo III – Logística e Comércio Exterior
31) A logística é responsável pelo planejamento, operação e controle de todo o fluxo de mercadorias e da informação, desde a fonte fornecedora até o consumidor.
32) O conceito básico para o bom funcionamento do sistema logístico é o bom atendimento ao cliente.
33) O lead time é responsabilidade do sistema logístico. Depende de suprimentos, do planejamento e controle da produção e do sistema de distribuição.
34) Sobre os lead times, pode-se dizer que, através da reengenharia de processos e da qualidade total, procura-se minimizar as esperas evitáveis, já que pouco se pode fazer em relação às inevitáveis. Tem crescido, ainda, o uso do benchmarking.
35) Sobre a relação entre logística e globalização, alguns aspectos caracterizam o fenômeno da globalização:
Extensão geográfica do mercado consumidor.
Rapidez das informações.
Consumidor exige, cada vez mais, produtos e serviços personalizados.
A mudança do paradigma de emprego e das estruturas de produção.
36) A competição torna-se mais acirrada, e ocorre em quatro níveis: qualidade, confiabilidade, flexibilidade e inovação.
37) A expansão das montadoras japonesas para o mercado norte americano é um bom exemplo de eficiência logística. Baseou-se em quatro tarefas em seqüência:
Diferenciação em preço e qualidade.
Adoção do modelo just in time.
Investimento nos canais de distribuição (uso de navios e instalação de revendas).
Criação de fábricas próprias ou joint ventures.
38) Atualmente, os maiores mercados potenciais encontram-se em países emergentes.
39) Usualmente, as cadeias logísticas possuem a seguinte configuração:
	Pensar globalmente
	
	Fazer regionalmente
	
	Operar localmente
	
Visão
	
(
	Estratégia
Operacional
	
(
	
Implementação
	
(
	Valor
do
Negócio
40) A utilização da internet será cada vez mais decisiva para a realização de vendas, da mesma forma que vendas para áreas não urbanas crescerão. Este é um grande desafio da logística contemporânea.
41) O modelo clássico de relacionamento entre comprador e fornecedor deve ser repensado, evoluindo para o comakership.
42) No caso da Toyota, abrir fábricas nos locais em que possui os maiores mercados faz parte de sua estratégia, pois a empresa deve decidir qual será a capacidade de produção de cada fábrica uma vez que isso exerce um forte impacto no sistema de distribuição planejado. De um lado, todas as fábricas são equipadas apenas para a produção local. De outro, todas as fábricas são capazes de suprir qualquer mercado.
42) A empresas possuem seis opções básicas de meios de transporte: via aérea; caminhão; trem; navio; dutos; transporte eletrônico.
43) Em termos de compras, um aspecto que merece importância é saber selecionar os fornecedores. Cada fornecedor deve ser avaliado em termos de potencialidades, instalações e qualidade dos produtos.
44) O tipo de embalagem que interessa ao setor de compras é a do transporte. Existem duas categorias usuais:
As embalagens retornáveis (os cestos metálicos, caixas e engradados de madeira reforçados, contentores de metal ou de plásticos), quando planejadas adequadamente, têm longa vida de uso; geralmente levam a marca do fornecedor e, no caso de um não retorno ou de avaria, o valor da embalagem é debitado ao cliente comprador.
As não retornáveis geralmente são construídas de madeira, papelão ondulado, plástico ondulado, sacos multifolhados de papel, tambores de fibra, etc. Normalmente, essas embalagens já estão inclusas no preço do produto, e qualquer modificação desejada será acrescentada no preço final de venda.
45) O “Custo Brasil” ainda é muito discutido. Nossos impostos são elevados; nossos controles, complexos; nossa competitividade, baixa. Os meios de transporte são grandemente afetados por tudo isso. É preciso encontrar formas mais inteligentes, fáceis e sem burocracia para competir na economia global.
�
Capítulo IV – Gestão da Qualidade e Comércio Exterior
46) Sobre informações organizacionais, pode-se dizer que dados em demasia podem atrapalhar, ao invés de facilitar o progresso das organizações.
47) Uma organização não nasce com uma cultura, ela se transforma ao longo do tempo em uma cultura.
48) Em termos de empresas, tanto vender como comprar constituem algo complementar, uma vez que alguém somente compra alguma coisa quando tem uma necessidade, assim como uma empresa deve vender seus produtos para satisfazer as necessidades de alguém, que em seu conjunto constitui o mercado. Este é um conceito fundamental para a empresa, posi sua sobrevivência depende em grande parte de sua capacidade em satisfazer às necessidades de seu mercado, constituindo dessa forma sua razão de ser, sua missão, seu negócio.
49) Na competição econômica global da sociedade da informação, a qualidade e a capacidade de inovação dos recursos humanos devem responder pelo diferencial competitivo das organizações e países.
50) Atualmente, é essencial entender a arquitetura da tecnologia dos clientes e dos fornecedores com os quais devem ser interligados os sistemas internos das organizações, a que uma organização pode vir a associar-se / contratar, e dos concorrentes com os quais a organização, talvez, crie uma joint venture para enfrentar competidores mais fortes, inclusive do exterior.
51) O verdadeiro critério da boa qualidade é a preferência do consumidor (atendimento de necessidades).
52) O que realmente garante a sobrevivência das organizações é a garantia de sua competitividade. No entanto, estas coisas estão todas interligadas: a garantia de sobrevivência decorre da competitividade, a competitividade decorre da produtividade e esta, da qualidade.
53) O Controle da Qualidade Total é um sistema administrativo aperfeiçoado no Japão, a partir de ideias americanas ali introduzidas logo após a Segunda Guerra Mundial.
54) A meta mais imediata de uma organização é a sua sobrevivência à competição internacional.
55) Cada organização deve comparar os seus ítens de controle com os melhores do mundo (benchmark). Enquanto houver diferença, haverá problemas.
56) Alguns exemplos de grandes problemas que as empresas costumam lidar são:
Alto índice de reclamações dos clientes.
Alto índice de refugo na inspeção final.
Erros de faturamento.
Perda de produção por parada de equipamento.
Perda de market share.
Excessivo tempo de compras.
57) Segundo Vicente Falconi, as normas da International Satandards Organization (ISO), na linha ISO-9000, são insuficientes para garantir a competitividade das organizações brasileiras no futuro.
58) O conceito de “Cadeia Competitiva” é fundamental para o êxito das organizações.
59) Nas organizações modernas do mundo, a padronização é considerada a mais fundamental das ferramentas gerenciais.
60) Basicamente, o gerente deve fazer as seguintes perguntas:
Quem é o meu cliente (interno e externo)?
Que quer o meu cliente?
Que devo fazer para satisfazer o meu cliente?
Como fazer com que minha equipe faça exatamente aquilo que foi projetado para a satisfação do meu cliente?
Como fazer para atingir os meus objetivos de qualidade, custo, atendimento, moral e segurança?
�
Capítulo V – O Ambiente Internacional de Comércio
61) As relações econômicas entre os diferentes países têm sido, ao longo da história, objeto de vários acordos que regulamentam as transações comerciais: uns levando a uma maior liberalização, outros por algum tipo de condicionamento (Souza, página 64).
62) Na Inglaterra, em 1.815, os grandes proprietários de terra levaram ao Parlamento de Londresa estabelecer barreiras à importação de cereais vindos do continente europeu promulgando as célebres Corn Laws, logo contestadas por Devid Ricardo e John Stuart Mill. Eles argumentaram que, além de contribuir para um aumento geral no preço dos alimentos, tais leis ajudariam a concentrar a riqueza nas mãos de setores mais atrasados da economia. Mais tarde, com a fundação da Anti Corn Law League na cidade de Manchester, não por acaso berço da Revolução Industrial Inglesa, foi criado um movimento contrário a esse protecionismo que conduziu, em 1.846, à revogação da lei (Souza, página 64).
63) Nos Estados Unidos observou-se a situação inversa, pois a defesa do livre cambismo – e consequentemente de políticas antiprotencionistas – feita pelos produtores de algodão, escravistas do Sul, tinha como objetivo evitar que uma proteção da indústria em forma de lei pudesse provocar retaliações dos ingleses que deixariam de lhes comprar o algodão. Também essa situação só foi alterada em 1.862, durante a Guerra da Secessão, com a aprovação da Morrill Tariff pelo presidente Lincoln, que protegeu a indústria americana com tarifas de forma a poder competir com a concorrência externa (Souza, página 64).
64) Deveremos atender que políticas comerciais de protecionismo ou de liberalização devem ter sempre presente a finalidade, ou seja, o que se quer proteger ou liberalizar, e ser criteriosamente adotadas (Souza, página 65).
65) Questões como a integração política, econômica e social estão presentes de forma inequívoca nas agendas dos estados soberanos. Têm sido observadas iniciativas crescentes em esferas regionais, objetivando, acima de tudo, fortalecer a presença de tais países no cenário multilateral do comércio (Faro e Faro, página 263).
66) Nesse contexto, foram observadas experiências bem sucedidas, a exemplo da União Europeia, como também tentativas frustrantes, tais como a ALCA, o que acaba sendo natural, porque a integração entre as nações, na realidade, é um processo extremamente complexo, cujos frutos tendem a ser colhidos ao longo prazo (Faro e Faro, página 263).
67) A Convenção de Viena, de 1.969, sobre o direito de tratados procurou suprir as necessidades das nações interessadas em promover maior aproximação, oferecendo a esses países as condições ideais para a edificação dos processos de integração econômica (Faro e Faro, página 264).
68) A despeito do crescimento da postura liberalizante na segunda metade do século XX, a postura protecionista não se distanciou do papel de instrumento ameaçador para o comércio mundial, muito pelo contrário. Na década de 70, por exemplo, evidenciou-se de forma muito clara a utilização de políticas restritivas à atividade comercial pelas nações desenvolvidas, baseadas, sobretudo, na imposição de barreiras destinadas a dificultar o acesso aos países periféricos de seus mercados (Faro e Faro, página 264).
69) Adicionalmente a essa postura, alguns efeitos que resultaram no fenômeno da globalização contribuíram para estimular a formação dos blocos regionais. A inovação tecnológica, por exemplo, que permitiu uma redução significativa nos custos de operações financeiras, promoveu uma verdadeira transformação no mercado internacional (Faro e Faro, página 264).
70) Há quem afirme que a consolidação de um processo de integração regional teria suas justificativas baseadas em questões muito mais políticas que econômicas. Na medida em que a economia mundial fora destruída por duas grandes guerras e um mundo polarizado surgira, com os Estados Unidos, representando o poder hegemônico de um lado, e a União das Repúblicas Soviéticas, do outro, somente um processo de integração regional nos moldes da União Europeia poderia esculpir um modelo capaz de assegurar a paz mundial (Faro e Faro, página 265).
71) O fato é que a formação de blocos econômicos sinaliza uma liberdade de comércio muito grande, em que as vantagens comparativas dos estados partícipes dessa união afiguram ser bastante proveitosas. Todavia, nem tudo são flores. Alguns acordos de integração econômica, como justificativa para obtenção de um grau maior de desenvolvimento, surgem com propósitos muito mais protecionistas do que liberalizantes (Faro e Faro, página 265).
72) De acordo com o grau de interdependência presente em uma integração, é possível verificar estágios diferenciados que vão desde a elaboração e ratificação de acordos comerciais (com alcance bastante limitados), até a integração econômica total. As possibilidades são: acordos comerciais preferenciais; área de livre comércio; união aduaneira; mercado comum; união econômica; integração econômica total (Faro e Faro, página 265).
73) Nos acordos comerciais preferenciais, dois ou mais países pactuam a redução parcial ou total das tarifas aduaneiras, limitadas ao comércio de uma lista de mercadorias previamente definidas em razão do interesse de cada nação signatária. Esses acordos ainda podem contemplar negociações setoriais e de infra estrutura, com o objetivo de manter um ritmo satisfatório de avanço nas relações comerciais, não se obrigando, no todo, em eliminar de forma integral as tarifas aplicadas no intercâmbio comercial. Alguns analistas classificam como “rasa” essa etapa de integração por se tratar de negociações primárias, que compreendem apenas aspectos comerciais com reduzido grau de amplitude (Faro e Faro, página 266).
74) A Área de Livre Comércio, também conhecida como Zona de Livre Comércio, é uma etapa de processo de integração em que os países associados se comprometem a eliminar as barreiras tarifárias no comércio recíproco, mantendo as suas políticas comerciais de forma independente em relação às nações não signatárias. Embora nesse estágio não se evidencie a prática de uma tarifa externa que seja comum a todos os membros, costuma-se observar um esforço muito grande no sentido de estabelecer mecanismos de controle com o objetivo de impedir que produtos originários e procedentes de terceiros países ingressem no território dos estados associados em condições extremamente favoráveis, e possam causar danos à produção interna, utilizando-se como meio de acesso para tal o país que esteja oferecendo as menores alíquotas na cobrança dos direitos aduaneiros (Faro e Faro, página 266).
75) Na etapa de integração econômica denominada União Aduaneira, busca-se estabelecer uma política comercial uniforme que venha balizar o relacionamento dos players junto a terceiros países não associados, baseada na fixação de uma tarifa externa comum. Trabalha-se, também, pela aproximação gradativa dos dispositivos legais vigentes em cada um desses estados membros, em um esforço para que não sejam observadas assimetrias extremas que possam comprometer a integração (Faro e Faro, página 266).
76) O Mercado Comum corresponde a um estágio muito mais intensivo de integração. Caracteriza-se pelo livre fluxo da mão de obra, bens, serviços e capital. A política comercial passa a ser executada de forma semelhante entre os seus membros, provendo a desregulamentação do comércio intra bloco, a vigência de tarifas externas comuns e a negociação conjunta com terceiros países (Faro e Faro, página 267).
77) A União Econômica apresenta-se como uma das etapas mais avançadas do processo de unificação regional, evidencia-se uma harmonização das políticas monetária e fiscal. Observa-se, também, um forte grau de convergência nas políticas externa e de defesa, além da substituição das autoridades monetárias nacionais por uma autoridade econômica central e supranacional, encarregada de elaborar e executar as políticas econômicas (Faro e Faro, página 267).
78) A Integração Econômica Total configura-se no estágio final do processo de aproximação regional das nações. A figura do poder supranacional nesta fase é indiscutível. A soberania individual é deixada de lado em favor de uma unidade que representa uma harmonização bem mais intensa quanto à elaboração e à aplicação das políticas sócio econômicas. Essa etapa de integraçãopressupõe uma perfeita mobilidade de fatores de produção e o liberalismo do comércio de bens e serviços (Faro e Faro, página 267).
79) Apenas a título de ilustração, apresentamos, a seguir, alguns exemplos dos mais importantes blocos econômicos, caracterizados por acordos plurilaterais. São eles (Faro e Faro, página 268):
Mercado Comum do Sul (MERCOSUL): constituído em 1.991, é formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai e, desde 2.005, conta também com a Venezuela, em fase de adesão (Bolívia, Chile e Peru são considerados países associados).
Associação Latino Americana de Integração (ALADI): é formada pela Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.
Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA): estabelecido em 1.989, entrou oficialmente em vigor em 1.994. É formado pelo México, Estados Unidos e Canadá.
Associação de Cooperação Econômica Ásia Pacífico (APEC): contempla a participação da Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China, Hong Kong, Indonésia, Japão, Coreia do Sul, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Filipinas, Cingapura, Taiwan, Tailândia e Estados Unidos.
80) Vários organismos e acordos buscam regular as reações comerciais entre países, quase sempre procurando facilitar fluxos de mercadorias ou regulamentar proteção a países menos desenvolvidos (Souza, página 65).
81) Os organismos que regulam o comércio internacional podem ser de âmbito privado ou supranacional, tendo respectivamente como funções principais a promoção do equilíbrio do comércio global e a resolução de disputas resultantes das práticas comerciais entre os seus membros (Souza, página 65).
82) Os principais organismos de características supranacionais intervenientes no comércio internacional e dos quais o Brasil é parte interessada e integrante desde a sua fundação são (Souza, página 65): Organização Mundial do Comércio (OMC), 1.995; Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad), 1.964.
83) Vários tratados bi ou multilaterais têm sido firmados entre diversos países e blocos econômicos. Entre esses acordos, o de maior alcance que ainda hoje serve de trave mestra à regulamentação do comércio internacional é o Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT), a que o Brasil aderiu desde o seu início em 1.947. Ele foi sendo modificado até que em 1.994 serviu de base ao estabelecimento da Organização Mundial de Comércio – OMC (Souza, página 65).
84) Figura “Características dos Tratados Internacionais de Comércio” (Souza, página 66).
85) Como principal propósito, o acordo do GATT 94, base da formação da Organização Mundial do Comércio, prevê que seus aderentes criem condições que conduzam à liberalização do Comércio Mundial; em seu âmbito, desde sempre, foi negociada a progressiva eliminação das barreiras que dificultam as trocas de mercadorias entre os países. As reações de todos os países – desenvolvidos ou em desenvolvimento – impondo impedimentos aos avanços na liberalização comercial têm sido uma constante e não têm permitido um avanço significativo na consolidação dos princípios em que se baseou o acordo (Souza, página 66).
86) A OMC, com sede em Genebra, na Suíça, é de vital importância às economias emergentes em geral e em particular aos países em desenvolvimento que nela têm representação majoritária e necessitam de regulamentações aceites internacionalmente para promover seu desenvolvimento; tornou-se fórum de excelência para a defesa de seus interesses, uma vez que as decisões são tomadas por consenso (Souza, página 66).
87) Destaque também para a Unctad, ao criar, com base no comércio internacional, condições de desenvolvimento para países mens desenvolvidos. A Câmara de Comércio Internacional (CCI) estabelece normas não compulsórias, mas geralmente atendidas, para facilitar aos operadores o entendimento dos processos (Souza, página 67).
88) A Rodada de Doha, de 2.001, ainda não obteve consensos (Souza, página 67).
 
 
 
 
�PAGE �
�PAGE �22�

Outros materiais