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portfólio individual 4 semestre SERVIÇO SOCIAL

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SUMÁRIO
31 INTRODUÇÃO	�
2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................5
3 CONCLUSÃO.........................................................................................................12
REFERÊNCIAS.........................................................................................................13
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INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo tratar sobre a relação entre a denominada questão social, as políticas sociais e o Serviço Social na fase do capitalismo monopolista, com o intuito de analisar os fundamentos econômicos e sociais do surgimento da denominada questão sociais e, de que maneira, diante dos desdobramentos da sociedade capitalista em sua fase monopólica, se configuraram suas expressões enquanto alvo da administração do Estado por meio de políticas sociais e enquanto espaço sócio ocupacional para o Serviço Social.
Com uma análise crítica da questão social e sua relação com o Serviço Social no sentido de entender como o assistente social enfrenta as expressões da questão social no âmbito do seu exercício profissional. Inicialmente, faremos uma breve contextualização da questão social dando destaque ao Capitalismo em ascensão, à Revolução Industrial e à Igreja Católica, considerando que estes foram instrumentos que deram visibilidade e contribuíram para o crescente aumento da questão social no mundo. Ressaltaremos a migração dos trabalhadores rurais para o espaço urbano e as mudanças no mundo do trabalho na época, configurando o surgimento das organizações dos trabalhadores em lutas e reivindicações por melhores condições de trabalho, de vida. Posteriormente, seguiremos dando enfoque no Brasil, contextualizando a questão social à luz da escravidão brasileira, com ênfase nas desigualdades sociais manifestadas na sociedade da época e que perduram até os dias atuais. Assim, buscaremos trazer para discussão no presente trabalho, a cultura patriarcal em que nosso país se estruturou tendo reflexo significativo nas relações sociais, configurando todo um modo de ser e de pensar de uma sociedade. Abordaremos, brevemente, o surgimento da profissão a partir do viés caritativo, caracterizando o Serviço Social conservador para, em seguida, colocarmos em questão a intervenção do Estado e a requisição de profissionais de Serviço Social com objetivo de amenizar as expressões da questão social manifestadas na sociedade. Desse modo, marcaremos o rompimento do Serviço Social com o tradicionalismo que permeava a profissão, o que dava uma nova face à profissão: o de comprometimento com a liberdade e justiça. Assim, destacaremos a adesão da profissão a um arcabouço teórico consolidado que rompeu com o conservadorismo profissional permitindo ao Serviço Social maior reflexão crítica para compreender as repercussões da questão social e sua importância para o exercício da profissão nesta sociedade.
DESENVOLVIMENTO
Na década de 30 convive-se com um fenômeno que começa a tomar grandes proporções. Sendo algo distinto da pobreza já existente o pauperismo das massas trabalhadoras retratava o crescimento da pobreza em decorrência da ampliação da capacidade da sociedade de produzir cada vez mais bens e serviços. Sendo assim, quando os trabalhadores tomam a iniciativa de reagir às condições de vida geradas a partir do pauperismo surge a denominada questão social como fenômeno do industrialismo nascente no século XIX. Conforme Santos e Costa (2006) as condições econômico-sociais e políticas para o surgimento da denominada questão social estão diretamente articulados ao amplo desenvolvimento das forças produtivas, com a expansão do industrialismo e a ampliação de mercados no século XIX. Na economia são alterados os processos e as relações de produção; as máquinas são incorporadas ao processo produtivo desencadeando uma nova dinâmica industrial que pressupõe a concentração de mão de obra nas cidades e a existência de uma nova disciplina na fábrica. Desta forma, os novos processos e relações de produção afetam o operariado emergente em suas condições de vida e de existência social em termos materiais e políticos. Na grande indústria o grande capital eliminou os entraves à sua plena expansão. Com a introdução da máquina os trabalhadores passaram a ser vistos como apêndices desta, motivo de revolta por parte das massas trabalhadoras. Ocorre a dessubjetivação do processo de trabalho e o capital passa a controlar os salários, objetivando a substituição do trabalhador por máquinas, equipamentos e instalações. Nesse período do capitalismo evidencia-se uma classe operária urbana que não tem suas necessidades básicas atendidas. Constata-se uma intensa distinção entre as condições de vida do operariado e da burguesia detentora dos meios para contratá-lo. Observa-se a existência marcante de interesses divergentes que separa as massas trabalhadoras da burguesia. Conforme Engels (s/d) a concorrência leva a confrontação não apenas das diferentes classes sociais, mas também dos diferentes membros dessas classes entre si. “Os trabalhadores concorrem entre si, tal como o fazem os burgueses” (ENGELS, s/d, p. 112). A concorrência da máquina havia gerado excedente de mão-de-obra ou exército industrial de reserva, rebaixamento dos salários e aumento da jornada de trabalho. A pauperização das massas trabalhadoras as expropria de condições materiais e espirituais de existência e ao mesmo tempo gera riqueza para os burgueses a partir da extração da mais-valia. Trata-se, conforme Santos e Costa (2006), de um processo de acumulação capitalista que resulta da industrialização e impõe a inserção da família dos trabalhadores no mercado de trabalho para ampliar a renda e consequentemente assegurar a reprodução social do trabalhador e de sua família. O pauperismo constitui uma das primeiras expressões da denominada questão social, intimamente vinculado ao antagonismo de classes no capitalismo manifesto na desigualdade social. Nesse sentido, Engels (s/d, p.287) expõe que “como classe só começou a opor-se à burguesia quando resistiu violentamente à introdução das máquinas, como aconteceu logo no início do movimento industrial” como ressalta Santos e Costa (2006).
No tocante ao papel do Estado na produção capitalista em sua fase monopolista, vale ressaltar que é nesse estágio que as funções do Estado são compelidas sistematicamente em torno do desenvolvimento, expansão e acumulação do capital. Conforme Braverman (1978) é na fase do capitalismo monopolista que a ação do Estado amplia-se e consequentemente assume uma forma mais complexa e alinhada, tendo em vista a modificação da sua intervenção de maneira funcional e estruturalmente voltada para o atendimento das exigências do capital. No processo de desenvolvimento capitalista é que são criadas as condições reais para o surgimento do capitalismo monopolista. Nessa fase, torna-se indispensável a intervenção do Estado na economia como meio de abrandar a estagnação e sua intervenção na questão social, tornando-se uma instância cuja função engloba os julgamentos diante dos conflitos gerados nas relações de trabalho. O Estado Social, que tem como marco o Welfare State, terá múltiplas funções, tornando-se também permeável as demandas das classes trabalhadoras, no que se refere ao atendimento de determinados interesses. Resulta daí a concessão de direitos sociais, configurados enquanto políticas sociais, tratando-se de mecanismos que ocultam o antagonismo entre as classes e favorecem a reprodução das massas trabalhadoras. “Entretanto, o fim último consiste em assegurar o pleno desenvolvimento do capital monopolista” (SANTOS; COSTA, 2006, p. 13).
De acordo com Netto (1992) na idade do monopólio o capital para efetivar-se com êxito necessitou de mecanismos de intervenção extra econômicos, sendo o Estado a instância responsávelpor essa intervenção que incide diretamente na organização e no interior da dinâmica econômica. “Mais exatamente, no capitalismo monopolista, as funções políticas do Estado imbricam-se organicamente com as suas funções econômicas” (NETTO, 1992, p. 25). Nesse sentido, Netto (1992) ressalta de que maneira é viabilizada a articulação entre as funções políticas e as funções econômicas do Estado burguês no capitalismo monopolista. No plano econômico, para exercer o papel de “comitê executivo” da burguesia ele opera no sentido de propiciar as condições necessárias para a acumulação e valorização do capital. Entretanto, o Estado também precisa legitimar-se politicamente, incorporando outros protagonistas sócio-políticos, por meio da generalização e institucionalização dos direitos sociais, o que contribuiu para garantir o consenso que assegura sua atuação em favor do capital. Sendo dessa forma, tensionado por forças políticas antagônicas, que o Estado passa a ser responsabilizado pelo enfrentamento das sequelas da denominada questão social, por meio das políticas sociais. Nesse momento, o Estado contempla as demandas econômico-sociais e políticas imediatas das massas trabalhadoras, o que não significa dizer que essa seja uma inclinação natural do Estado. Respostas positivas podem ser dadas às demandas dos trabalhadores ao mesmo tempo em que elas mesmas podem ter suas funções modificadas de acordo com os interesses diretos e indiretos do capital. Assim sendo, o objetivo primordial se refere aos superlucros. A partir da concretização das possibilidades econômicas, sociais e políticas que surgiram na ordem monopólica a questão social passa a ser atendida por meio de políticas sociais. Intervindo continuamente sobre as sequelas da denominada questão social as políticas sociais confirmam a indissociabilidade das funções econômicas e políticas do Estado no capitalismo dos monopólios. Deste modo, o Estado burguês procura administrar as sequelas da questão social por meio de políticas sociais atendendo assim as demandas da ordem monopólica. A partir da argumentação de Netto (1992), podemos sinalizar que a política social do Estado burguês no capitalismo monopolista tem sua funcionalidade essencial expressa nos processos que se referem à preservação e ao controle da força de trabalho, a qual encontra-se ocupada, mediante a regulamentação das relações capital/trabalho; e lançada no exército industrial de reserva, através dos sistemas de seguro social.
Nesse sentido, a previdência social – aposentadoria e pensões – se coloca como um instrumento para contrarrestar o subconsumo; além de oferecer recursos ao Estado através dos fundos que são administrados e investidos pelo próprio Estado; e redistribuir à sociedade os custos da exploração monopólica sobre a vida dos trabalhadores (NETTO, 1992). As políticas educacionais, principalmente as de cunho “profissionalizante”, e os programas de qualificação técnico-científica representam recursos humanos para o capitalismo monopolista. E as políticas setoriais, por sua vez, implicam em grandes investimentos, tais como as reformas urbanas, habitação, saneamento básico etc., tudo voltado para a abertura de espaços para diminuir os entraves de valorização sobrevindos com a supercapitalização (NETTO, 1992). Portanto, as políticas sociais se apresentam como uma maneira de assegurar o desenvolvimento da ordem monopólica. É importante destacar que a política social passa a configurar-se em políticas sociais na medida em que a questão social passa a receber intervenções por parte do Estado nas suas refrações, ou seja, nas problemáticas sociais particulares. Desta forma, a formulação das políticas sociais se dá para atuar e/ou intervir nas refrações da questão social, diretamente vinculadas às suas sequelas que são apreendidas como problemáticas sociais. Vale ressaltar que a concretização das políticas sociais é decorrente da luta de classes e da capacidade de mobilização da classe trabalhadora. Destarte, as políticas sociais não se originaram naturalmente do Estado burguês no período do capitalismo monopolista. (NETTO, 1992).
A compreensão histórica do legado das políticas sociais no Brasil, singularizando ademais o lugar da Assistência Social neste contexto, conduz a certos desafios; alguns previsíveis devido à amplitude do tema, outros nem tanto, na medida em que partes destes desafios decorrem de sua localização particular, ou seja, estão referidos a um olhar e a uma perspectiva de análise também voltada para a reflexão do Serviço Social, informada aqui especialmente pela análise histórica destes processos e de suas interconexões. Vale dizer, então, recorrendo às indicações de Yamamoto, que para debater os temas afetos à profissão de Serviço Social, indo certamente além das ilações e verificações empíricas, torna-se necessário a apropriação correta das configurações históricas mais determinantes que perfazem a cena dos acontecimentos político-econômicos contemporâneos, para assim confrontar com maior propriedade as contradições e os desafios que a realidade social impõe. As problematizações críticas suscitadas a partir da interlocução do debate sobre a assistência social com a produção histórica sobre o Brasil demarcam, assim, proveitosas pistas teóricas a respeito das contradições advindas da compreensão da assistência pública enquanto política social específica, sobretudo quando pensada no contexto histórico em que se processou seu desenvolvimento no Brasil. Trata-se, então, de proceder preliminarmente ao exame de certos traços constitutivos da assistência pública no Brasil, de forma que se possa apreender algumas de suas características singulares na formação social brasileira. Elegendo a consideração da multiplicidade de interesses e de determinações concretas como procedimento analítico, pode-se agora concentrar no tema específico, qual seja o modo pelo qual a Assistência Social tornou-se com a constituição de 1988 em seus artigos 203 e 204, parte integrante da rede de proteção social pública no Brasil, considerando-o como um arte fato político histórico desta sociedade.
Antes de mais nada, cabe destacar que o novo traçado político constitucional da política de assistência social se estabelece inovadoramente sob a égide do princípio da seguridade social. Ademais, o próprio conceito de seguridade na legislação brasileira atual assenta-se em uma concepção mais abrangente, levando-se em conta as versões anteriores, como se poderá constatar. Na Constituição Federal de 1988 é clara a tentativa de engendrar um sistema público de seguridade social – Saúde, Previdência e Assistência Social – , no qual toda a população está formalmente incluída, embora rigorosamente discriminada pelos mais diversos critérios de elegibilidade. Desde as primeiras décadas deste século XX, as idéias e a noção de seguridade social ganham divulgação no mundo capitalista, correspondendo aos inícios da formação concreta dos chamados Estados de Bem-Estar Social, consolidados no segundo pós-guerra. No Brasil, a influência desta concepção, elaborada originalmente pelo sociólogo inglês Sir William Beveridge, nas primeiras décadas deste século XX, pode ser identificada, sobretudo nas representações e discursos dos técnicos e dirigentes dos institutos previdenciários, bem como do Ministério do Trabalho. Em documento do Serviço Atuarial do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, de 1950, citado em Oliveira e Teixeira. O padrão de seguridade foi sistematizado a partir do reconhecimento da obrigatoriedade do Estado em oferecer respostas às demandas sociais através da expansão dos gastos públicos, ou também, segundo alguns especialistas, pela condição oportuna que este tipo de intervenção propiciava para os setores vinculados ao capital. Conforme os princípios elaborados pelos ideólogos da “Seguridade Social”, caberia ao Estado viabilizar desde a garantia de renda mínima, em caso de perda de capacidade de ganhá-la, até o acesso aos serviços estatais de saúde, educação e serviços sociais, conforme mostra Faleiros(1990, p. 112).
A Seguridade Social seria, nesta perspectiva, algo além de um mero sistema de concessão de benefícios. Consistiria, também, numa Política de Seguridade Social, na sua acepção mais abrangente, contemplando, além dos benefícios pecuniários tradicionais, ações de saúde, saneamento básico, educação, habitação, medidas de garantia do pleno emprego, redistribuição de renda, e outros. (ibid, p. 178). A rigor, aquela tendência, vislumbrada nos anos de 1950 e que expressava a defesa de um modelo de proteção social com esses atributos, jamais se concretizou em nosso país. Ao contrário, a configuração histórica das políticas sociais no Brasil tem se caracterizado pela predominância de um perfil discriminatório e restritivo em termos de direitos sociais. Desde as primeiras medidas significativas no campo da legislação social e trabalhista, pode-se constatar que a lógica da acumulação tem se sobreposto aos interesses e aspirações igualitárias dos trabalhadores, em decorrência da natureza antidemocrática da relação estabelecida entre o Estado e a sociedade. É a partir dessa relação que deve-se demarcar os traços constitutivos determinantes do perfil das políticas sociais no país, entre estas a Assistência Social, de forma que se possa compreender, com suficiente nitidez, como essa questão se inscreve hoje na sociedade brasileira, e, dentro dela, perceber as alterações anunciadas na Constituição de 88, no tocante aos direitos do cidadão e ao dever do Estado no campo da proteção social, bem como das potenciais alternativas de aperfeiçoamento ou de retrocesso em curso. Não parece polêmica a idéia de que a década de 1930 é o ponto de referência histórico mais emblemático do processo de intervenção estatal brasileira no âmbito das políticas sociais e econômicas. É o momento chave da modernização industrial. Consequentemente, aquele no qual são criadas as condições político-econômicas para a definitiva consolidação das relações sociais regidas pelo ordenamento capitalista, levando o Estado a empreender um conjunto de transformações no interior do seu aparato institucional, com vistas à elaboração de formas inéditas de regulação social. Nessa ocasião, o País estava emergindo de uma grave crise econômica e política, fruto do esgotamento do modelo agroexportador monocultor, no qual a oligarquia cafeeira paulista exercia a dominação. Todavia, essa oligarquia dominante possuía e defendia interesses contraditórios com os outros setores, especificamente com as oligarquias gaúcha e mineira, que produziam bens como o algodão, o açúcar, a carne e os laticínios para o mercado interno. Com o aparecimento de outros grupos econômicos, já desde o início do século, explicitam-se novos interesses, que se adensam em novos sujeitos históricos, como a burguesia industrial, o operariado e as camadas médias assalariadas (entre as quais se destacam a burocracia civil e militar). Demandava-se, por conseguinte, uma política de substituição de exportações, articulada a incentivos para incremento do parque industrial. Além disso, registravam-se fortes pressões do operariado urbano no sentido da conquista de condições dignas de trabalho e de vida. (PAIVA, Beatriz augusto).
Dessa forma, pode-se afirmar que não há política social desligada das lutas sociais. De modo geral, o Estado assume algumas das reivindicações populares, ao longo de sua existência histórica. Os direitos sociais dizem respeito inicialmente à consagração jurídica de reivindicações dos trabalhadores. Certamente, não se estende a todas as reivindicações, mas na aceitação do que é conveniente ao grupo dirigente do momento (Vieira, E, 1992, p.23). E com Faleiros (1991, p.8), pode-se afirmar que: As políticas sociais ora são vistas como mecanismos de manutenção da força de trabalho, ora como conquista dos trabalhadores, ora como arranjos do bloco no poder ou bloco governante, ora como doação das elites dominantes, ora como instrumento de garantia do aumento da riqueza ou dos direitos do cidadão.
CONCLUSÃO
Que o cenário da sociedade contemporânea, em moldes neoliberal, marcado pelas constantes crises do capital e sua incansável reinvenção, cresce a ponto de configurar indivíduos em busca constante de satisfação pessoal e prazer, na perspectiva da lógica do consumo que seduz através de uma economia que produz não só bens de consumo, mas “felicidade plena”. Desse modo, entendemos que questão social não se caracteriza somente a partir de suas expressões, as quais foram supracitadas neste trabalho, mas, também, enquanto categoria ontológica e reflexiva acerca do que permeia a sociedade problemática e distopia do capital. Nesse sentido, não temos somente um presente gritante em termos de desigualdades sociais e de classes, vivemos em meio à ausência de sujeitos detentores de sua autonomia, sensibilizados para uma sociedade justa e igualitária. Com base no foi exposto, presenciamos as imposições do capitalismo invadindo todas as esferas da vida humana. Em face disto, a temática abordada no presente trabalho teve como objetivo, a possibilidade de discutir, dialeticamente, acerca da questão social e as formas de enfrentamento por parte do profissional de Serviço Social, considerando que enquanto profissionais de Serviço Social e assistentes sociais em formação, nos deparamos com o que os autores denominam de questão social e suas expressões cotidianamente. A partir disto, verifica-se que o papel do assistente social no enfrentamento às expressões da questão social caracteriza-se na promoção e viabilização dos direitos da população, possibilitando que esta se reconheça enquanto sujeitos de sua própria historia.
 REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm. Acesso em: 12 mar. 2013.
FREITAS, Maria Raquel Lino de Freitas. Desenvolvimento e Políticas Sociais no Brasil Considerações Sobre as Tendências de Universalização e de Focalização. Site: http://cacphp.unioeste.br/projetos/gpps/midia/seminario2/trabalhos/economia/meco10.pdf
NETTO, J.P. A construção do projeto ético-político do Serviço Social frente a crise contemporânea. Disponível em: http://www.cpihts.com/PDF03/jose%20paulo%20netto.pdf
http://books.scielo.org/id/vwc8g/pdf/piana-9788579830389-02.pdf
http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinppIV/eixos/2_transformacoes-do-mundo-do-trabalho/questao-social-politicas-sociais-e-servico-social-no-capitalismo-monopolista.pdf
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serviço social
luciana martins de oliveira santos
a relação questão SOCIAL, POLÍTICAS sociais e intervenção profissional
REDENÇÃO PA
2015
luciana martins de oliveira santos
a relação questão SOCIAL, POLÍTICAS sociais e intervenção profissional
Trabalho de SERVIÇO SOCIAL, apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III, ÉTICA PROFISSIONAL EM SERVIÇO SOCIAL, FUNDAMENTOS DAS POLÍTICAS SOCIAIS E POLÍTICAS SOCIAIS, ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO EM SERVIÇO SOCIAL.
Orientador: Prof.(as) : Clarice Kernkamp
 Danillo Ferreira de Brito
 Maria Lucimar Pereira
 Rosane Malvezzi
 
REDENÇÃO PA
2015

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