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Psicologia em Odontopediatria

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Psicologia em 
Odontopediatria 
Universidade Federal de Campina Grande 
Centro de Saúde e Tecnologia Rural 
Curso de Odontologia 
 
Professora: Elizandra Penha 
“Compreender as variáveis que interferem nos processos 
de diagnóstico, tratamento e reabilitação em 
Odontologia, buscando a promoção da saúde geral do 
indivíduo”. 
Psicologia Odontologia 
Freud 
 
Erikson 
 
Piaget 
Etapas do 
desenvolvimento 
infantojuvenil e as 
reações frente ao 
atendimento 
odontológico 
Princípios fundamentais do 
desenvolvimento 
O desenvolvimento da criança é: 
 
Multidimensional (físico motora, cognitiva, emocional e social) 
Integral 
Se processa de forma contínua 
Ocorre em interação 
Segue um padrão, porém único para cada criança 
Principais teorias do desenvolvimento: 
 
Teoria psicanalítica (Freud) 
Teoria cognitiva (Piaget) 
Teoria da aprendizagem social 
Teoria psicanalítica – teoria de Freud: 
 
Fase oral (nascimento a um ano) 
Fase anal (1 a 3 anos) 
Fase fálica (3 a 5 anos) 
Fase de latência (6 a 12 anos) 
Fase genital (12 a 18 anos) 
Teoria cognitiva – teoria de Piaget: 
 
Período sensório motor ( nascimento a 2 anos) 
Período pré operacional ( 2 a 6 anos) 
Período operacional concreto (6 a 12 anos) 
Período das operações formais (12 anos e mais) 
 
Teoria da aprendizagem social: 
 
Condicionamento clássico 
Condicionamento operante ou instrumental 
– reforço positivo e negativo 
Aprendizagem mediante observação - 
modelação 
 
Atualmente, a maioria das crianças pode apresentar 
características em fases mais precoces. 
Freud – fase oral 
Boca órgão mais 
importante: elo com o 
mundo 
Movimento de sucção 
Extremamente 
dependente da mãe 
Do nascimento a 1 ano e meio de idade 
Do nascimento a 1 ano e meio de idade 
Reação ao atendimento 
odontológico: choro e 
resistência 
Atendimento deve ser 
rápido, sem se preocupar 
em aguardar que a criança 
pare de chorar 
De um ano e meio a três anos de idade 
• Fase anal: Freud 
• Controle dos esfincteres 
• Controle sobre o corpo e suas vontades 
• Comportamento vai de um extremo a 
outro 
 
De um ano e meio a três anos de idade 
• Idade das descobertas 
• Interesse pelas pessoas e objetos dura pouco 
• Podem ficar sentadas de 10 a 20 minutos 
• Cooperação pode variar de um dia para outro 
 
Dos três aos quatro anos de idade 
 Curiosidade 
 Idade dos “comos”, 
“porques” e “eu também” 
 Início da fase fálica: Freud 
 Relacionamento 
profissional – paciente é 
mais fácil 
Dos três aos quatro anos de idade 
 Importante elogiar a 
criança nas suas 
capacidades 
Capaz de prestar 
atenção e compreender 
explicações simples 
 Pode ficar sentada e de 
boca aberta por 30 
minutos 
 
Dos quatro aos cinco anos de idade 
• Interesse pelas coisas e 
pessoas 
• Extremamente comunicativa 
• Interesse pela sociabilidade 
• Complexos de Édipo e Electra 
são marcantes nessa fase 
Dos quatro aos cinco anos de idade 
• Relacionamento 
profissional – paciente 
torna-se ainda mais fácil 
• Fazer elogios a aparência 
• Aumento da capacidade 
de compreensão e senso 
de responsabilidade 
Entre cinco e seis anos de idade 
 
• Consegue captar sinceridade ou falsidade nas pessoas 
• Define as diferenças menino – menina 
• Copia as preferências e estilo de vida de um dos pais 
• Cuidado para não cair em contradição 
• Gosta de elogios e sente orgulho de seus conhecimentos 
• Medo da lesão corporal 
 
Entre seis e nove anos de idade 
 Período de socialização 
 Fase de latência: Freud ( se estende 
até os 12 anos) 
 Inicia-se precocemente 
 Aumento da capacidade de 
raciocínio e compreensão 
 Desprendimento do quadro familiar e 
da mentalidade infantil primitiva 
Entre seis e nove anos de idade 
Geralmente escolhe amigos 
do mesmo sexo 
Adaptação mais fácil ao 
consultório odontológico 
 (domínio emocional e suporta 
situações desagradáveis) 
Não tratá-la como criança 
 
 
 
 
 
 
 
 
Entre os 10 e 12 anos de idade 
• Pré adolescente 
• Fase de conflito (não é criança e nem adulto) 
• Começa a reivindicar direitos de tomar iniciativas 
 
 
• Raramente oferece problemas durante o atendimento 
odontológico 
• Não gosta da intrusão dos pais em seus assuntos 
 
 
 
 
 
 
Entre os 10 e 12 anos de idade 
 
“No sentido de 
desenvolvimento emocional 
da criança, a mãe ocupa um 
papel fundamental e é a 
partir desta primeira relação 
que o bebê passará por um 
processo de integração”. 
Classificação do comportamento infantil 
 
• Tímido ou envergonhado 
• Cooperação tensa 
• Incontrolado 
• Rebelde ou teimoso 
• Choro contínuo (choramingo) 
• Estoico 
Tímido ou envergonhado 
Comum dos três a quatro anos 
Geralmente primeira consulta (ansiedade e 
expectativa) 
Depois de adquirida a confiança no dentista, a 
criança torna-se mais participativa e comunicativa 
 
Cooperação tensa 
Aceita bem o tratamento, mas 
chora nos momentos de maior 
ansiedade ou estimulação 
Adaptação depende do empenho 
do dentista 
 
Incontrolado 
Choro intenso, birra, chute ou acesso de raiva 
Geralmente medo excessivo por experiências desagradáveis ou 
informações negativas recebidas 
Verificar história prévia da criança e escolher melhor a conduta 
Rebelde ou teimoso 
• Crianças próximas da 
adolescência 
• Dentista deve se 
aproximar da criança, 
buscando estabelecer 
comunicação 
agradável 
 
Choro contínuo 
• Permite o tratamento mas fica 
chorando o tempo todo 
• Na maioria dos casos acaba 
dormindo 
• Dentista precisa conhecer as 
limitações do paciente 
• É possível estabelecer um bom 
relacionamento com o paciente 
Estoico 
• Colaborador, porém apático e extremamente passivo 
• Pesquisar marcas e sinais de violência, negligência, 
estado de higiene, problemas de saúde, história de 
hospitalizações e história dentária 
A partir da categorização do comportamento infantil, 
podemos planejar o atendimento e organizar a escolha 
das técnicas e procedimentos a serem utilizados no 
trabalho com a criança. 
Fatores relacionados ao comportamento infantil: 
• Idade da criança 
• Tipo de pais 
• Medo transmitidos pelos 
responsáveis 
• Experiências negativas anteriores 
• Preparo inadequado na primeira 
visita 
Técnicas para controle do comportamento infantil no 
consultório odontológico 
Controle da voz 
Dizer – mostrar - fazer 
Reforço positivo Dessensibilização 
Imitação 
Distração 
Técnicas para controle do comportamento infantil no 
consultório odontológico 
Mão sobre a boca Contenção física 
Controle da voz 
• Indicada para todos os 
pacientes 
• Mudança súbita no controle da 
voz (obter atenção e em 
seguida cooperação) 
• A entonação e o modo como 
transmite tem valor igual ao 
conteúdo da mensagem 
• Estabelecer a autoridade 
• Expressão facial condizente 
com o tom de voz 
 
 
Dizer – mostrar – fazer 
• Uma das técnicas mais utilizadas 
• Pode ser usada com qualquer paciente 
• Bem aceita por responsáveis, profissionais e crianças 
• Evita surpresas, medo e ansiedade perante o desconhecido 
 
DIZER: 
 
Explicação verbal dos 
procedimentos a 
serem realizados 
 Linguagem apropriada 
para a criança 
MOSTRAR: 
Demonstrar de forma prática para o paciente os aspectos visuais, 
auditivos, olfativos e táteis dos procedimentos a serem realizados 
FAZER: 
Após as duasetapas anteriores, realiza-se o procedimento propriamente dito 
Reforço positivo 
 Reforçar o comportamento 
adequado através da 
modulação positiva da voz, 
recompensas expressão facial, 
elogios verbais e 
demonstrações físicas de afeto 
 
Mais efetivo quando feito após 
o comportamento 
Dessensibilização 
• Várias sessões para reduzir 
comportamento inadequado 
• Sessões vão aumentando 
gradativamente o tempo da 
criança no consultório 
• Inicia com procedimentos 
simples até os mais complexos 
Dessensibilização 
Pode necessitar de um maior 
número de consultas, tornando o 
tratamento mais oneroso para o 
responsável. 
Demonstração do procedimento que será 
realizado no paciente 
Imitação ou modelagem 
Utiliza modelos tais como: responsável, 
irmão mais velho, pessoa próxima a criança 
 
A criança tende a imitar o comportamento da 
pessoa que serviu de modelo 
Pode utilizar vídeos demonstrativos 
Distração 
• Distrair a atenção do paciente 
durante o procedimento 
• Não há contraindicações 
• Especialmente eficaz com 
crianças não colaboradoras 
• Apresentação de filmes, 
desenhos, músicas, jogos 
eletrônicos e a projeção da 
criança sendo atendida 
Outras técnicas 
Não se consegue abordar 
a criança com técnicas 
psicológicas. 
 
RESPONSÁVEIS DEVEM 
TER CONHECIMENTO 
PRÉVIO! 
Contenção física 
Pode ser realizada pelo dentista, por sua equipe 
ou/e pelo responsável 
Contenção física 
Indicado para pacientes não colaboradores por falta 
de maturidade, retardo mental ou quando outras 
técnicas de controle falharam 
 
Contenção física 
Contra indicada para pacientes colaboradores ou 
que sejam sistematicamente comprometidos 
 
Contenção física 
Assinatura prévia do 
termo de 
consentimento 
Mão sobre a boca 
• Pouco utilizada 
• Tem como objetivo ganhar a atenção do 
paciente 
• Indicada para crianças entre 3 e 6 anos 
e que não sejam portadoras de 
deficiência física, mental e emocional 
• Criança apresentando comportamento 
histérico e o profissional esgotou todas 
as abordagens (mediante concordância 
do responsável) 
1. Dentista coloca a mão sobre a boca do paciente 
 
2. Explicação calma do comportamento desejado 
 
3. É falado para a criança que a mão será removida assim que 
ela melhorar seu comportamento 
 
4. Feito isso, a mão é removida 
 
5. Reforços positivos sobre o comportamento da criança são 
efetivados

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