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Atividade voluntária e seus distúrbios


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Atividade voluntária e seus distúrbios
 Vida conoto - ativa	
Diariamente, realizamos infinitos movimentos com finalidade
 específica, como trabalhar, estudar, andar, correr e etc.
Podemos categorizar essas ações em:
Motivos: correspondem ao objeto da ação, ao seu ‘’porquê’’;
Impulsos: correspondentes às tendências à ação, ligadas à esfera instintiva;
Tendências: inclinações individuais, baseadas na afetividade;
Instintos: correspondentes a estímulos interiores que visam a uma necessidade vital;
Vontade: capacidade livre de exercer ou não alguma ação;
Sugestibilidade: sendo a predisposição psíquica às influências, sem intervenção do juízo crítico.
Vontade
Vontade: faculdade que tem o ser humano de querer, de escolher, de livremente praticar ou deixar de praticar certos atos. Força interior que impulsiona o indivíduo a realizar algo, a atingir seus fins ou desejos; ânimo, determinação, firmeza.
 A vontade só pode ser considerada quando há a existência de um sujeito, que, em função de uma finalidade, atua sobre um objeto.
Ex: Recém - nascido mamando no seio materno não identifica 
o seio como objeto, é um ato reflexivo. Instinto vontade.
Processo Volitivo
Quando exercemos uma ação conscientemente, logo esta pode converter-se em uma atividade automática e consequentemente tornar-se um hábito. Quando esta ‘’auto - atividade’’ acontece chamamos de Estado Volitivo, onde acontece uma experiência interna e a respectiva repercussão corporal.
Fases:
Intenção ou propósito: Impulsos, desejos e temores inconscientes exercem influência decisiva sobre o ato volitivo;
Deliberação: Reflexões conscientes dos prós e contras da ação;
Decisão: Momento do processo da ação;
Execução: Fase final do processo volitivo, o conjunto de atos psicomotores simples e complexos são postos em funcionamento, consumando o que foi mentalmente decidido e aprovado pelo indivíduo.
Desenvolvimento
 A vontade caminha evolutivamente ao lado da inteligência e da afetividade.
Desenvolvimento
Vida Adulta
→Os valores morais são aprendidos em sua totalidade, e a personalidade se estrutura;
→Pleno amadurecimento do processo volitivo;
→O dever predomina sobre o prazer;
→Surge a “educação” da vontade.
Alterações da vontade
 ⇒ As anormalidades da vontade podem ser classificadas em quantitativas e qualitativas.
Quantitativas:
→Hiperbulias (força de vontade): aumento ou exacerbação da energia volitiva. São consideradas normais desde que não sejam contrárias aos interesses de bem estar da comunidade;
→Hipobulias: diminuição da vontade, onde predominam os impulsos sobre a reflexão. Aparece nos estados de fadiga e depressão leve. Pode tornar-se patológico se tiver alterações na personalidade.
→Abulia: abolição da vontade, o processo volitivo é atingido nas fases de decisão ou execução. Ocorre em depressões graves e também em distúrbios de personalidade.
Alterações da vontade
Qualitativas:
→Impulsos patológicos: ações psicomotoras automáticas ou semiautomáticas, caracterizadas pela forma súbita de seu aparecimento.
→Impulso contra objetos: Corresponde ao impulso de rasgar roupas e quebrar móveis, que aparece geralmente sem propósito definido, e sem alterações de consciência;
→Impulsos suicidas: ações autodestruidoras, sob forma de precipitação de lugares altos ou de veículos em movimento.
Alterações da vontade
→Estereotipias: repetições automáticas e uniformes de determinado ato motor. Geralmente, indica marcante perda do controle voluntário sobre a esfera motora. Ocorrem sem motivo aparente, sendo sinal característico da esquizofrenia, transtornos abrangentes de desenvolvimento e nos transtornos obsessivo - compulsivo.
→Negativismo: é a oposição do indivíduo às solicitações do meio ambiente. Negativismo ativo: o paciente faz o oposto ao solicitado. Negativismo passivo: o paciente nada faz, quando solicitado pelo ambiente.
→ Reação em eco: realização automática ou semi- automática de atos, gestos ou atitudes, executados por outra pessoa e fielmente imitados, sem qualquer intenção ou propósito. Repetição de atitude: ecopraxia; Repetição da fala: ecolalia; Repetição de gestos: ecomimia.
Alterações da vontade
→Apraxia: é a impossibilidade ou grande dificuldade de realizar atos intencionais, gestos complexos, voluntários, conscientes, sem que haja paralisias, paresias ou ataxias. Ocorre sempre de lesões neuronais, geralmente corticais.
↳Apraxia ideativa: incapacidade de usar objetos comuns de forma adequada;
↳Apraxia construcional: incapacidade de construir ou desenhar figuras geométricas e montar quebra-cabeças;
↳Apraxia da marcha: incapacidade para iniciar o movimento espontaneamente e organizar a atividade gestual da marcha.
→Agitação (Hiperatividade): estados de agitação e excitação psicomotoras, que associadas a outras manifestações patológicas, apresentam diferentes tipos de desordens mentais.
↳ Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade → déficit de atenção→déficit de aprendizado.
→Inibição motora: caracterizada pela extrema lentidão, dificuldade e indecisão na execução de atos, mesmo os mais simples e costumeiros. Ocorre em quadros depressivos, confusionais e estuporosos.
Transtorno de conduta/TDAH e aprendizagem da Matemática: um estudo de caso
Autores: Carolina Innocente Rodrigues; Maria do Carmo Sousa; João dos Santos Carmo;
Objetivos: descrever um estudo de caso em relação a um aluno do Ensino Fundamental previamente diagnosticado como portador de Transtorno de Conduta (TC) associado a Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), com acentuadas dificuldades na aprendizagem de Matemática.
Metodologia: participou 01 aluno do 5º ano do ensino fundamental, com idade de nove anos, diagnosticado com Transtorno de Conduta associado a Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Para a coleta de dados, foram realizadas entrevistas com a administradora escolar e com a professora; 
Metodologia: participou 01 aluno do 5º ano do ensino fundamental, com idade de nove anos, diagnosticado com Transtorno de Conduta associado a Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Para a coleta de dados, foram realizadas entrevistas com a administradora escolar e com a professora; análise documental; observação participativa da relação professora-aluno em sala de aula; interação da primeira autora com o aluno nas aulas de matemática;
Resultados: apresentam que o aluno não deveria estar cursando o 5º ano do ensino fundamental, pois, segundo a professora, ele teria um atraso de 2,5 anos em sua idade cronológica. Os autores suspeitam que é possível que o aluno não tenha adquirido a noção de sistema posicional até aquele momento.
Conclusões: não foi constatada uma relação direta entre TC/TDAH e as dificuldades em matemáticas apresentadas pelo aluno. Este caso não é restrito ao ambiente escolar, mas é afetado também pelas conturbadas relações familiares, questão que podia estar afetando o desempenho escolar do aluno.
Obrigada!
Alunas: Ákysa Ribeiro;
Damares da Veiga;
Kátia Batista;
Raíssa Didzian;
Professor: João Rodrigo M. Portes;
Disciplina: Psicopatologia.
Referências:
ASSUMPÇÃO JUNIOR, Francisco Baptista. Atividade Voluntária e Seus Distúrbios. Semiologia em psiquiatria da infância e da adolescência. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002. p. 219-229.
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
RODRIGUES, C. I. et al. Transtorno de conduta/TDAH e aprendizagem da Matemática: um estudo de caso. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, SP., SP, v. 14, n. 2, p. 193-201, dez./dez. 2010.

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