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Universidade Federal de Lavras – UFLA Gabriel Santos Braga Kevin Lucio Vitoriano Relatório Movimento Parabólico Lavras 2015 1. Introdução Podemos notar a presença do movimento parabólico em diversas ocasiões do nosso dia-dia. Tais ocasiões podem ser observadas em esportes como futebol, vôlei, e basquete, onde a trajetória da bola, desprezando a resistência do ar e considerando que a única força que atua sobre o objeto é a força peso, é descrita como sendo uma parábola. O movimento parabólico é descrito como sendo um movimento bidimensional, uma vez que é caracterizado por dois movimentos, uma na vertical e outro na horizontal, que são perpendiculares entre si e agem de forma simultânea. Tomando como base o Princípio da Independência, enunciado por Galileo Galilei, temos que quando um objeto realiza um movimento composto bidimensional, cada um dos movimentos decompostos se realiza como se o outro não existisse, ou seja, o movimento realizado na horizontal não depende do movimento realizado na vertical. Como já dito, a única força que atua no objeto é a força peso ou, como também é chamada, força gravitacional. Como esta força atua na vertical no sentido de cima para baixo, a aceleração atuante no objeto é a aceleração da gravidade, que é considerada uma constante. Isto implica um movimento uniformemente variado na vertical. Já na direção horizontal não há força sendo aplicada no objeto, o que implica uma aceleração nula e uma velocidade constante, com isso o movimento na horizontal é descrito como movimento uniforme. Desta forma utilizando a formula (1) para achar o tempo: (1) E, por conseguinte, é possível achar a velocidade inicial utilizando a formula (2): ( ) (2) Para calcular o erro da velocidade foi usada a formula (3): √ ( √ √ ) (3) O experimento proposto ao grupo neste trabalho consiste em relatar o movimento parabólico de uma esfera de metal lançada horizontalmente, por meio de um dispositivo para lançamento horizontal de projéteis e calcular a velocidade inicial da esfera para cada altura utilizada. Este dispositivo é uma rampa que se move em um eixo vertical, para determinadas alturas desejadas. 2. Materiais utilizados Esferas metálicas Dispositivo de lançamento horizontal de projéteis Dispositivo para receber a esfera Bases de apoio (papel) Haste de sustentação Papel carbono Régua Trena Figura 1 – Kit movimento parabólico. 3. Objetivos O experimento tem como finalidade observar e estudar o movimento parabólico e além de facilitar o entendimento a cerca das equações e das leis estudadas, o objetivo principal é achar a velocidade inicial para cada determinada altura. 4. Procedimento experimental Para começar o experimento o dispositivo foi posicionado com duas alturas diferentes em cima de uma mesa, após ser lançada a esfera cai em um papel carbono situado sobre a base receptora que faz a marcação no papel branco. Em seguida a base receptora passou a se situar no chão e foram medidos os alcances da esfera para oito alturas diferentes. Para cada altura adotada no experimento foram feitos dez lançamentos e foram utilizadas as marcas deixadas pelo papel carbono no papel branco para determinar os alcances máximos, mínimos e a média entre eles, como pode ser visto na tabela 1. . 5. Resultados e discussão Abaixo apresentamos uma tabela com dados coletados no laboratório durante a experiência. Tabela 1- Medidas e erros com relação à altura e aos alcances. Fonte: Dados obtidos em laboratório. Na tabela 1 na primeira coluna o número de lançamentos feitos, na segunda coluna a altura de cada lançamento juntamente com o local onde a base receptora foi situada, nas colunas três e quatro temos respectivamente o alcance mínimo e o alcance máximo da esfera, na coluna cinco temos a média desses alcances e na sexta coluna temos os erros desta média. Todos os valores tabelados estão em centímetros. Para as medidas indiretas do experimento, além de utilizar as formulas (1), (2) e (3), utilizamos também a formula do valor médio: Valor médio do alcance = (alcance máximo – alcance mínimo) / 2; N Altura (+/- 0,05cm) Alcance mínimo (+/-0,05cm) Alcance máximo (+/-0,05cm) Média dos alcances (cm) Erro dos alcances (cm) Mesa 1 15,00 11,50 13,50 12,50 1,00 2 70,00 27,00 30,50 28,75 1,75 Chão 3 104,20 36,80 39,90 38,35 1,55 4 109,20 36,10 41,00 38,55 2,45 5 119,20 37,40 41,80 39,60 2,20 6 154,20 40,70 43,40 42,05 1,35 7 159,20 42,00 44,90 43,45 1,45 8 169,20 43,10 46,50 44,80 1,70 9 179,20 44,20 48,00 46,10 1,90 10 338,00 52,80 58,50 55,65 2,85 Abaixo foram apresentadas as medidas indiretas da velocidade. Tabela 2 – Medidas e erros das velocidades. Fonte: Dados obtidos em laboratório. A tabela 2 mostra na primeira coluna 1 o numero de lançamentos, na segunda e na terceira mostra as velocidades e seus respectivos erros. Gráfico 1 - Alcance versus altura. O gráfico acima representa o alcance da esfera no eixo y e a altura da rampa até o chão no eixo x. Ao observa-lo percebemos que ao aumentar a altura o alcance também aumentou de forma que quanto maior a altura maior o alcance. Isto se pelo fato de o tempo em que a esfera permanece no ar é maior quando a altura é maior. 0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 0,00 50,00 100,00 150,00 200,00 250,00 300,00 350,00 400,00 M é d ia d o s al ca n ce s (c m ) Altura (cm) N Velocidade (m/s) Erro da velocidade (m/s) 1 0,71 0,06 2 0,76 0,05 3 0,83 0,03 4 0,82 0,05 5 0,80 0,04 6 0,75 0,02 7 0,76 0,03 8 0,76 0,03 9 0,76 0,03 10 0,67 0,03 Gráfico 2 - Velocidade inicial versus lançamentos. O gráfico acima representa a velocidade inicial no eixo y e o numero de lançamentos no eixo x. A partir desses dados podemos analisar que os valores da velocidade foram coerentes com valores teóricos, pois não varião de for considerável. Pode ser notada também uma tendência à linearidade, mostrando mais uma vez coerência com a teoria. Não foram exatamente constantes pela ocorrência de erros aleatórios. Análise de erros por parte do operador, instrumentos ou pela forma do experimento: Foram observados erros por parte do operador e instrumentação devido a dificuldade de se medir os alcances das bolinhas com a régua de um determinado ponto obtido por pendulo até um o ponto onde a bolinha caia a cada lançamento. Também é possível inferir que a medição da maior altura dada não foi feita com tanta precisão devido à dificuldade da medição no local, uma escadaria. 0,50 0,55 0,60 0,65 0,70 0,75 0,80 0,85 0,90 0,95 1,00 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 V e lo ci d ad e ( m /s ) Numero de lançamentos 6. Analise e conclusão Com o experimento, dados e resultados obtidos foi possível concluir que como se esperava, teoricamente, quanto maior fosse dada uma altura para o experimento, maior era o alcance da esfera metálica. E isso é explicado pelo princípio da conservação da energia mecânica, ou seja, energiamecânica final é igual a energia mecânica final. No experimento, enquanto a esfera estava em repouso antes de ser solta, estava contida nela energia potencial devido sua altura em relação a chão, e já que a altura é proporcional a energia potencial, quanto maior era altura dada, maior era a energia potencial. Por conseguinte, conforme a bolinha era solta sua energia potencial ia se transformando em energia cinética, e essa energia cinética é proporcional ao alcance, de forma que resumidamente quanto maior era dada uma altura, maior era sua energia potencial que se transformava em cinética, e que proporcionalmente maior era o alcance da esfera metálica. Quanto ao calculo da velocidade inicial da esfera metálica no movimento parabólico era esperado valores iguais para dadas quaisquer alturas, já que pelo princípio da conservação da energia mecânica, a energia potencial obtida segurando a esfera em repouso transformava-se em cinética ao longo da sua trajetória, que era em a mesma dada qualquer altura do dispositivo de lançamento horizontal de projéteis, já que a altura observada era somente entre o local onde a esfera ficava em repouso e o final da rampa, ou seja a altura da rampa. E isso foi comprovado, pois os valores calculados das velocidades foram muito próximos.
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