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Scheila Maria 2016 1 GASTRO – DIARREIA Definição: É a eliminação de fezes não moldadas ou anormalmente líquidas com maior freqüência do que o habitual {com peso > 200g/dia e com o conteúdo de água maior que o habitual (>60 a 75%)} Pseudodiarreia: É a eliminação de fezes totalizando <200g/dia caracterizado pela eliminação frequente de pequenos volumes de fezes (síndrome do intestino irritável, proctite) Incontinência fecal: É a perda involuntária do conteúdo retal água nas fezes consistência fecal evacuações/dia volume diarreico Importante causa de morte Crianças até 2 anos = rotavírus Crianças maiores = Giárdia lambda Bacterías: Salmonella, E. coli, Shigella Uso prolongado de ATB: colite pseudo-membranosa Infecções hospitalares: Clostridium dificcile Classificação: o Aguda – até 14 dias [tende a melhorar em 72H] o Persistente – 14 a 30 dias [abordada como aguda] o Crônica - >30 dias Classificação quanto a fisiopatologia: o Osmótica: Caracteriza-se pela presença de solutos inabsorvíveis osmoticamente ativos dentro da luz do cólon causando perda de água e eletrólitos. Apresenta grandes volumes, vômitos, desidratação [pode ser grave e fatal]. Principais causas: medicamentos laxantes, magnésio, carboidratos inabsorvíveis. o Secretora: Caracteriza-se pelo aumento da secreção de eletrólitos e fluidos para a luz intestinal e/ou diminuição da absorção destas substâncias. Geralmente causam mínima lesão mucosa ou inflamação. São aquosas, de grande volume e pequenas repercussões. Causas comuns: Reações alérgicas alimentares agudas, enterite viral aguda, enterite bacteriana aguda (salmonella, shigella, campylobacter ...), infecção parasitária (giárdia, criptosporidium). o Inflamatória ou invasiva: Caracteriza-se por uma inflamação difusa da mucosa colônica que pode não somente inibir a função absortiva normal do cólon, como também produzir exsudato inflamatório contendo sangue, pus e muco. Causas comuns: colite pseudo-membranosa, disenteria aguda, proctite. Scheila Maria 2016 2 o Motora: Caracteriza-se por uma alteração da motilidade intestinal podendo ser por estase (e consequente crescimento excessivo de bactérias) ou por aceleração do trânsito intestinal. OBS: Colite pseudomembranosa: doença associada ao uso de antibióticos causada mais comumente pelo Clostridium difficile que produz 2 toxinas: Toxina A (letal) e toxina B. O diagnóstico é feito mediante coprocultura e achados endoscópicos de placas amarelo esverdeadas na mucosa colônica. O tratamento é realizado com antibióticos orais (vancomicina por 7 a 10 dias ou metronidazol 1,5 a 2 g/dia por 7 a 14 dias). O diagnóstico também poderá ser confirmado através da pesquisa de toxinas do Clostridium difficile nas fezes. Sinais de gravidade: o Febre > 38,5ºC o Desidratação o Presença de sangue nas fezes o >6 dejecções/dia o Dor abdominal intensa o Idade> 70 anos o Imunodeficiência Diarreia alta x baixa: o Alta: Sem sangue, não inflamatória, de elevado volume, não associada a alterações generalizadas e por vezes, com esteatorreia. o Baixa: proveniente do cólon, mucosanguinolenta e com repercussões metabólicas. Imunocomprimetidos: geralmente crônicas, infecciosas ou por efeito da TARV. O quadro mostra-se variável e florido com grande número de agente envolvidos. Tratamento: o Grande maioria: medidas gerais e hidratação com reposição de eletrólitos Casos leves – hidratação oral Casos graves – hidratação venosa o Dieta: respeitar a anorexia, alimentos lácteos e gordurosos devem ser evitados o Probióticos: melhorar a flora intestinal o Sintomáticos: antieméticos, antitérmicos, antiespasmódicos [não abusar] o Loperamida: mais útil em diarreias crônicas. Antisecretora. Jamais usar em disenteria o Antibiótico: Utilizar apenas em casos de sintomas sistêmicos ou casos graves Imidazólicos [metronidazol, albendazol]: em casos de protozoários Sulfametoxazol + Trimetropim por 3 dias Quinolonas [ciprofloxacina, levofloxacina] por 5-7 dias.
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