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Direito Penal II Daniela Portugal (caderno)

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II UNIDADE 
Aula dia 23.03
Nexo de causalidade 
1. Conceito 
2. Teorias 
3. Concausas 
4. Garantidores 
Nexo causal é o vinculo, o liame subjetivo estabelecido entre conduta e resultado naturalístico, portanto so tem importância o estudo do nexo causal nos crimes cuja consumação depende do resultado naturalístico. Em suma estabelecer nexo de causalidade é estabelecer qual e a conduta ou as condutas que deverão responder por um resultado naturalístico.
Teorias 
2.1 Teoria da causalidade adequada 
Considera causa unicamente o evento que é suficientemente idôneo para produzir o resultado. 
Só se considera como causa de crime o comportamento que em si, foi apto a produzir o resultado. Ex: em uma briga, indivíduo que "segura" o outro enquanto outro indivíduo bate, não será responsabilizado, pois a ação de segurar não configura lesão corporal para tal teoria.
2.2 Teoria da equivalência dos antecedentes causais também chamada de teoria da conditio sine qua non.
Teoria que coloca em posição de equivalência todos os eventos que antecedam o 
resultado e que com ele se relacionam: tudo equivale ao status de causa. Nesse sentido, para saber se um determinado evento figura como causa trabalha se com um juízo hipotético de eliminação (thyrén): suprime se mentalmente um evento passado e se de alguma maneira o resultado hipoteticamente se altera, trata se de uma causa.
Ex: mãe esquece de acordar Tati-> Tati acorda atrasada -> Tati coloca o cinto-> dirige o carro em direção à audiência ->transalvador realiza blitz-> engarrafamento -> via alternativa em alta velocidade-> Tati atropela João.
Tati colocar o cinto, não alteraria o resultado. todos os outros contribuíram para o resultado.
Critica se essa teoria por ela promover o regresso ao infinito. O código penal brasileiro adota essa teoria. 
 O artigo 13 CP. Consagra essa teoria ao definir que causa é a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido tal qual ocorreu.
Para a teoria da equivalência dos antecedentes causais ou conditio sine qua non considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido, ou seja, e considerada causa de um crime toda conduta que contribuiu para o resultado. Thyrén criou o procedimento hipotético de eliminação se a conduta excluída da cadeia não interferir no resultado, não será considerada causa. A teoria da equivalência dos antecedentes causais não resolve sozinha o problema do nexo de causalidade. Avalia se o nexo de causalidade física ou material, mas Tb o nexo de causalidade psíquica (dolo ou culpa).
2.3 Teoria da imputação objetiva 
Trata se em verdade de uma sistematização de filtros de imputação feita pelo alemão claus Roxin que condiciona o exame do nexo a um gerenciamento de riscos. Para o autor a imputação depende da diferenciação entre riscos permitidos e riscos proibidos. Diante disso não se pune a conduta se o comportamento é socialmente adequado; não se pune a conduta se o resultado lesivo é insignificante; não se pune a conduta se o resultado ocorreria de qualquer modo; não se pune a conduta se o agente não o cria risco juridicamente relevante e se a vítima se auto-colocou em perigo. 
A teoria não se presta a importar, ela se importa a excluir imputações. 
Não se pode confundir a autocolocacão em perigo com a heterocolocação em perigo consentida. Pois nessa o titular do bem jurídico autoriza que um terceiro lhe submeta a uma situação arriscada situação em que em princípio não se exclui o nexo de imputação. 
Na heterocolocação a conduta parte de um terceiro e na autocolocação a conduta parte da própria pessoa que expõe o seu bem jurídico. Exemplo uma pessoa que participa de pega, o motorista e autocolocação e o Carona seria heterocolocação consentida.
DEBATE EM SALA
Condução coercitiva 
Sigilo e interceptação telefônica 
Hc 126292, stf X presunção da inocência 
Redução da maioridade penal
Impeachment 
Aula dia 20.04 
Concausas 
Fala se em concausas quando mais de um evento causal está relacionado a um determinado resultado. Concausas se subdividem em absolutamente independentes e relativamente independentes.
	
	Absolutamente independentes
	Relativamente independentes
	A) Pré-existente
	Tentativa
	Consumado
	B) Concomitante
	Tentativa
	----------------------------
	C) Superveniente
	Tentativa
	Por si produziu o 
resultado? Se a resposta for "sim", classifica-se como uma tentativa; se a resposta for "não", será consumado
1.1 Absolutamente independentes: são Concausas que não guardam entre si uma relação de origem, um vínculo de raiz. Em tais casos identifica se a causa efetiva do resultado atribuindo se a esta a consumação e para todas as demais só é possível falar em tentativa. 
A) Preexistente
 Imagina que eu tenha tomado veneno e logo após um de vcs me deu um tiro com a intenção de me matar. Eu sou levada para o hospital e minha morte se dá por envenenamento. Logo, quem efetuou o disparo responde por tentativa de homicídio. Pois existiu uma Concausas absolutamente independente preexistente que causou o resultado, todo o resto tentativa, pois quem atira nem sabia que a pessoa tinha sido envenenada. 
A) Concomitante
Manu resolveu matar fulano e Vitor também, sem combinar nada entre si, não são coautores, ambos atiram no mesmo momento em fulano, o de Vítor atinge a cabeça e o de Manu o pé. O tiro de Vitor foi mais certeiro. Vitor responderá por homicídio doloso consumado, pois tinha intenção de matar, atirou com a intenção de matar e o tiro dele efetivamente matou. Manu responde por tentativa de homicídio. Concausas absolutamente independente concomitante.
C) superveniente
Manu me envenena e eu sem saber que sou envenenada me mato com um tiro na cabeça. Manu responde por tentativa de homicídio. Concausas absolutamente independente superveniente. 
Outro exemplo: indivíduo tenta me matar, me dando um tiro, mas morro em razão de um aneurisma, é uma concausa sem efeito mortis.
	Concausas
	Absolutamente independentes 
	Relativamente independentes 
	Preexistente 
	Tentativa 
	
	Concomitante 
	Tentativa 
	
	Superveniente 
	Tentativa 
	
Vitor e Laura ambos colocam veneno na bebida de Manoela, Vitor colocou duas gotas e Laura duas gotas. A dose mínima legal para esse veneno e de três gotas. Então Manu Morreu por envenenamento. Como não sei quem colocou a terceira gota que causou a morte, logo seria concausa absolutamente independente, ou podendo ser relativamente independente onde ambos responderiam pelo homicídio. Não há posicionamento Pacífico na doutrina. 
Concausas relativamente independentes
São Concausas que guardam entre si um vínculo de origem, estão, portanto conectadas de maneira que o resultado não deriva de uma ou outra, mas de ambas tratando se, pois de uma soma de esforços. Neste caso as Concausas são somadas para que a elas se aplique indistintamente uma mesma conseqüência jurídica. Atribuindo se lhes, portanto a consumação. O agente responde pela modalidade de crime consumado . Analisam-se as causas unidas como uma equação A+B+C...
Preexistente: Uma pessoa hemofílica, que o sangue não coagula como deve, é alvo de uma tentativa através de um corte no pé por Mariah, com a internação de mata lá, conseguindo o objetivo. A morte foi por uma soma de fatores, o corte e o fato da pessoa ser hemofílica. Mariah reponde por homicídio consumado. Havia uma concausa relativamente independente preexistente que não rompeu o nexo de causalidade. Mariah sabia que o corte no pé mataria a pessoa. 
Concomitantes: Via de regra nos livros são exemplos equivocados. É muito comum ver nos livros exemplo da seguinte ordem, Manuela deu voz de assalto para Fernanda, no momento Fernanda enfarta e morre, os livros trabalham esse caso como exemplo. Muitos autores consideram que existem, mas aqui deveriam ocorrer situações que ocorressem no mesmo momento. Mas por exemplo, dou um murro à vítima cai e bate a cabeça no meio fio, sua queda mesmo que um segundo depois, foi depois,não seria concomitante apesar de os autores acreditarem que sim. Apesar de os doutrinadores acreditarem no exemplo, não é o caso. Dois sujeitos atiram, no mesmo momento na vítima. São coautores. Ainda que o tiro de um seja no pé e o outro no coração, como eles são coautores existe um vínculo de origem, ambos respondem por crime consumado. 
Superveniente: O código penal só trata sobre as Concausas relativamente independentes superveniente, única referido pelo código penal brasileiro. Exemplo: Fernanda na intenção de matar Andre atira contra este, a vítima sobrevive ao tiro e é levada para o hospital, todavia a caminho do hospital o motorista da ambulância perde o controle da direção e o veículo cai de um viaduto matando todos que estavam em seu interior. Existe vínculo de origem à origem da ambulância está no tiro,. Art 13 parágrafo 1. Essa concausa relativamente independente por si só produziu o resultado? Sim ou não. Se eu digo que ela por si só produziu o resultado o agente responde por tentativa, se eu digo que não que ela não produziu sozinha o resultado o agente responde por crime consumado.
Art 13 busca saber, em verdade, se a concausa relativamente independente superveniente teve força suficiente para romper o nexo de causalidade ou não. Pois, quando há rompimento, aquele que iniciou o comportamento lesivo, responde por tentativa. Quando não há responde pela modalidade consumada. 
 O código penal traz regra especial no artigo 13 pagrafo 1° “a superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou”. Em outra palavras, se alguém praticou um crime, e, depois veio uma causa superveniente, relativamente independente, e esta por si só, der causa a resultado mais grave, não há nexo de causalidade, por expressa disposição legal, entre a conduta do agente e o resultado mais grave, ou seja, o agente somente responde pelos fatos anteriores, e não pelo resultado mais grave (que será tributado a causa superveniente). Ex: é o caso de A que atira em B e é levado para o hospital em uma ambulância e morre em circunstancia de um acidente com a ambulância. A responde por tentativa e o acidente com a ambulância é a causa superveniente que gerou o resultado mais grave o homicídio.
questao: Rafael dispara um tiro contra Giani com a intenção de matar, está, todavia não morre e é levada em uma ambulância em direção ao hospital, ocorre que durante o curso do veículo começa a chover, o que dificulta gravemente a locomoção da ambulância que leva cinco horas a mais que o tempo normal para chegar ao hospital, razão pela qual, a excessiva perda de sangue, provoca a morte da vítima a caminho do atendimento. Analise por qual crime o sujeito responde e por quê. 
Resposta: Sujeito vai responder por tentativa de homicídio doloso omissivo próprio.
Omissão como causa: 
 "causa"
 (nexo)
Conduta resultado
(comissivo-omissiva)
-se estuda através de dois meios.
1.5.1. Própria/pura (propriamente dito): aqui o próprio tipo penal descreve um não fazer, tipo este que será imputado a um comportamento omissivo. Ex: art. 135, CP (omissão de socorro)
1.5.2. Omissão imprópria: nesses casos o tipo penal descreve uma conduta comissiva, todavia o comportamento do agente foi um comportamento omissivo. Analisar nexo aqui é avaliar se este comportamento omissivo não descrito no tipo pode ainda sim, ser considerado causador do resultado. Na omissão imprópria, o agente será punido como se tivesse positivamente causado (no sentido de ação), o resultado que ele deixou de impedir. A omissão imprópria só se verifica se o sujeito ativo é um garantidor ao qual se impõe, portanto, o dever de impedir um resultado. São também chamados de crimes comissivos (tipo) por omissão (meio).
 Garantidores – garantes 
São garantidores e o que podia ou devia agir. O dever de agir se apresenta em uma das seguintes possibilidades. Nos requisitos são ambos obrigatórios. 
Dever de agir:
- lei determina obrigação de cuidado proteção ou vigilância. Ex: Policial.
- agente assumiu responsabilidade de impedir o resultado.
- agente, com seu comportamento anterior, criou o risco do resultado. 
Convido uma pessoa para ser cobaia de um cosmético que eu inventei. Eu ali me torno garantidora com meu próprio comportamento.
Os garantidores tem o dever de enfrentar o perigo ainda que correndo o risco pessoal. Todavia não são obrigados ao impossível de maneira que se nada podiam fazer para reverter o resultado não são obrigados a agir. 
Devia: quem tem por lei obrigação de cuidado, proteção e vigilância; assumiu de qualquer modo, o dever de proteção; aquele que, com comportamento anterior, criou o risco de produção do resultado (ex: caso da boate kiss - quando os proprietários resolveram usar espuma de colchão no teto, quando não colocou saída de emergência, eles assumiram o risco de ocorrência do resultado); obs.: não se pode confundir dever de garantia descumprido com ocorrência ou não de dolo, de modo que, caso o garantidor descumpra seu dever, isso não acarreta necessariamente a imputação de um tipo doloso. 
O garantidor responderá sempre pelo resultado na forma omissiva imprópria. Obs.3: entende-se, portanto, que há nexo de causalidade entre o comportamento omissivo deste e o resultado não impedido (outros autores falam de nexo de não impedimento)
Consequências jurídicas 
Como o garantidor tem o dever de agir a sua omissão, diferentemente do cidadão comum e penalmente relevante desta forma, caso ele descumpra o dever de agir se omitindo, será punido como se tivesse ativamente causado o resultado que ele não impediu (crime omissivo impróprio) ou comissivo por omissão.
Crimes omissivos próprios: (sujeito ativo não é garantidor; tipo penal omissivo -> conduta omissiva (descreve um não fazer).
São aqueles em que o legislador descreve uma conduta omissiva, devendo o agente, portanto, agir para não incidir no tipo penal (tem o dever de agir pela norma), todavia, a norma penal não aponta um resultado naturalístico resultante da omissão (na verdade são crimes de mera conduta), e, assim, a consumação se dá independentemente de resultado naturalístico. Ex: art 135. Caput, cp – omissão de socorro – o agente poderá responder pelo crime devido a omissão, ainda que nenhum resultado posterior venha a ocorrer (esses crimes são também chamados de “crimes de desobediência”, pois a lei pune o individuo apenas por que não cumpriu o comando imperativo e mandamental da norma , sem atrelar qualquer resultado posterior lesivo);
Crimes omissivos impróprios ou comissivo por omissão: sujeito ativo e garantidor, devia e podia agir; tipo penal comissivo -> conduta omissiva ( descreve uma ação).
São aqueles em que o agente se omite, mas há dever jurídico de agir de sua parte (portanto deveria agir para evitar o resultado lesivo), e ocorre um resultado naturalistico (que deveria ser evitado pelo agente) que o vincula; o agente tem o dever jurídico de agir para evitar o resultado lesivo, respondendo por este se não o evitar (note que o agente, na verdade, não causou o resultado naturalístico, mas, como não o evitou, e era seu dever faze-lo, isso impõe a sua responsabilização).
Os crimes omissivos impróprios estão no art. 13 paragrafo 2º do código penal, ou seja, apenas respondera por eles aqueles que têm o dever jurídico de evitar o resultado, sendo as seguintes hipóteses:
Alínea a: quando o agente “tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância”. Ex: se a mãe, pelo poder familiar, tem o dever de alimentar o filho não o faz, podendo fazê-lo, vindo a criança a morrer, reponde por homicídio, pois tinha o dever jurídico de evitar o resultado lesivo;
Alínea b: quando o agente “de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado”. Ex: salva vidas de um clube, contratado para tanto, tem o dever de impedirafogamentos na piscina e, se não o fizer em um caso concreto, podendo fazê-lo, respondera pela morte da vitima;
Alínea C: quando o agente “com o seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado” neste caso se o agente, em razão de conduta anterior, cria o risco da ocorrência do resultado. Ex: A empurra pessoa idosa na piscina, e esta, não sabendo nadar, começa a se afogar, deve A adotar todas as medidas para tirá-la e salva-la, e se não o fizer, podendo fazê-lo respondera pela morte da vitima.
ATENÇÃO: o agente somente poderá ser responsabilizado quando as condicionantes “podia e devia “ existirem cumulativamente, ou seja, não basta ter apenas o dever jurídico de agir, mas também ser hipótese em que podia agir para evitar o resultado lesivo.
Caso fortuito ou força maior excluem dolo e culpa (conduta); logo não há responsabilização penal nesse caso. 
Nos crimes omissivos impróprios o nexo de causalidade é jurídico ou normativo, o agente responde pelo resultado não por que o causou, e sim porque não o evitou, daí porque somente responde pelo resultado aquele que tinha o dever jurídico de impedir a sua produção. 
Omissão imprópria X elemento subjetivo 
Muito embora haja divergência entende se majoritariamente que a omissão penalmente relevante poder ser punida, a título de dolo ou culpa, consideradas as características do caso concreto, isto é dolo ou culpa do garantidor.
Existem duas razoes para o garantidor se omitir, ou pq quer o resultado ou pq não teve o dever de cuidar. Exemplo salva vidas, mexendo no WhatsApp o banhista se afoga ele não vê, o banhista morre, ele responderá por homicídio omissivo impróprio que derivou na inobservância do dever de cuidado, homicídio culposo. 
Tipicidade
Evolução das teorias da ação 
Causalismo
Neokantismo
Finalismo
Funcionalismo teleológico 
Causalismo: Tem como expoentes Von Liszt e Beling, que estruturaram a noção de crime a partir de uma relação de causa e efeito. Os elementos subjetivos dolo e culpa integram, para esses autores, a culpabilidade (teoria psicológica da culpabilidade). Trata-se de uma concepção criticada por trabalhar sob perspectiva formal objetiva, que não esclarece satisfatoriamente a figura da tentativa. Trabalhar objetivamente com o que o sujeito causou, sem observar a intenção, por isso, objetivo-formal. A teoria causal não diferencia a conduta dolosa da conduta culposa, pois não releva qualquer indagação sobre a relação psíquica do agente para com o resultado.
Neokantismo (frank, Mayer e Nezger)
Baseada na teoria do conhecimento de kant. A teoria se inicia na experiência, mas não se exauri na experiência. 
Continuo com a tipicidade objetiva descritiva, mas algumas coisas modificam. A exigibilidade de conduta diversa. Ela é também um elemento normativo.
Tem como expoentes Frank, Mezger e Mayer, que são marcados por introduzir a noção de valoração do comportamento criminoso, especialmente a partir da introdução de um novo elemento na culpabilidade, qual seja a exigibilidade de conduta diversa. Partem da utilização do direito penal de uma das filosofias do direito trazidas por Kant, através da teoria do conhecimento, que diz que a teoria se inicia na experiência, mas não se encerra nesta. Não se pode explicar o crime a partir unicamente da observação do acontecimento. Os neokantistas inovam impondo um dever de valoração. A culpabilidade mantém os elementos subjetivos dolo e culpa, todavia, agora associados a um elemento normativo-valorativo (teoria normativo-psicológica da culpabilidade). A tipicidade, todavia, ainda é compreendida sob uma perspectiva objetivo-formal, já que a valoração e o exame dos elementos subjetivos somente ocorreriam na culpabilidade. São eles que começam a introduzir a ideia de valoração, porém ainda não rompem com os causalistas.
Finalista (Hans Welzel)
Trás dolo e culpa que são elementos subjetivos, para dentro da tipicidade e essa tipicidade que já tem um aspecto objetivo descritivo passa a ter também um aspecto subjetivo que por sua vez se traduz no dolo e na culpa. Por isso hoje falamos tipos penais dolosos e tipos penais culposos. Isso veio com Welzel. Quando falo em tipicidade subjetiva estou falando de tipos dolosos e tipos culposos. Esse dolo que migra não é o dolo inteiro não é o chamado dolo normativo, ele deixa de fora justamente o elemento normativo do dolo. É esse dolo que vem para a tipicidade é o chamado dolo natural. O dolo natural somente envolve vontade e a consciência do fato em si. Ficou de fora a parte da consciência potencial da ilicitude, fora do dolo. 
Seu grande expoente é Hans Welzel, o qual é responsável por romper com a estrutura causalista, trazendo os elementos subjetivos, dolo e culpa, para a tipicidade, resolvendo com isso, a figura da tentativa. O finalismo, ou teoria final da ação, ou seja, o homem ao praticar uma ação, consegue prever, de certa forma, suas consequências devido o seu saber causal. Sendo isto, o que distingue as atividades humanas de um fenômeno natural. Assim, diferente do causalismo, o dolo e culpa, passam a ser analisados na tipificação do crime, pois, na teoria anterior não era possível analisar e distinguir crimes como tentativa de homicídio e lesão corporal, por exemplo, em que a causa é a mesma, no entanto, o crime só pode ser definido através da intenção do autor (dolo). A culpabilidade passa então a ser puramente valorativa (teoria normativa pura da culpabilidade). Welzel entende a conduta criminosa como sendo um querer agir livre e consciente voltado para um determinado fim. O dolo que Welzel traz para a tipicidade somente é composto por consciência e vontade. Acusou-se, à época, Welzel, de ter esvaziado o conceito de culpabilidade, o que foi por ele contestado, sob o argumento de que a potencial consciência da ilicitude, antes subelemento do dolo, ter sido mantida como elemento autônomo da culpabilidade. Com isso, pela concepção de ação finalista, toda conduta é produto de um querer agir, livre e consciente, voltado para um determinado fim, trabalhando-se tipicidade tanto formal-objetiva, quanto subjetiva, alinhando-as.
Funcionalismo Teleológico (Claus Roxin): Roxin,olha para o direito penal por meio da política criminal, analisando o que é melhor para a sociedade. Pensa o direito penal como um pensamento voltado para algo e não um pensamento voltado para si mesmo. Para Roxin, a função do direito penal é a exclusiva proteção dos bens jurídicos. Não se podendo admitir nenhum tipo de intervenção que se afaste dessa finalidade. É ai que surge o princípio da insignificância.  Considera-se a conduta criminosa como comportamento humano voluntário, orientado pelo princípio da intervenção mínima, que causa uma lesão ou perigo de lesão concreta a um bem jurídico tutelado. Ele pensa a teoria do bem jurídico como um instrumento de limitação do direito penal. Bem jurídico é sinônimo de objeto jurídico. Para Roxin a função do direito penal é a tutela do bem jurídico.
Funcionalismo sistemático e funcionalismo reducionista* serão mandados em esquema à parte para o email da monitoria.
Funcionalismo teleologico
Claus Roxin direito penal voltado para algo. Teleologico finalidade, a finalidade seria a dotação do bem jurídico, conduta criminóloga seria um agir livre e concientes que causasse uma relevante lesão ou um perigo de lesão concreto. Para ele existe diferença entre objeto jurídico e objeto material. Ex: tiro no braço o objeto material e o braço e o objeto jurídico seria a integridade física. 
Objeto material é a pessoa ou coisa a qual recai a conduta. Na lesão corporal o braço lesionado seria o objeto material. O objeto jurídico ele é sinônimo de bem jurídico então no mesmo exemplo da lesão corporal o bem jurídico atingido seria a integridade física. 
Princípio da intervenção mínima. Perigo de lesão relevante ao bem jurídico. Tinha que ser uma situação relevante para que o direito penal pudesse atuar. O princípio da insignificância.
Há intervenção mínima para que ele não interfira em situações quenão sejam graves suficientes para que sejam tuteladas pelo direito penal.
Funcionalismo sistêmico/normativista Gunther Jakobs
Funcionalismo reducionista Zaffaroni. Minimalismo penal. Função do direito penal é reduzir o seu conteúdo. Restringir o seu âmbito de atuação.
Teorias da tipicidade e noções introdutórias 
 A tipicidade é a adequação do fato da vida real ao modelo abstrato de conduta, ou seja, a norma. É a justaposição do que acontece na vida real ao tipo. É a adequação da conduta a um tipo penal. Assim, a tipicidade só existirá se houver conduta, fenômeno próprio do mundo físico. Diante disso pode-se afirmar que a tipicidade pertence ao mundo do “ser”, ao contrário do tipo, que é o artigo da lei propriamente dito, pertencente ao mundo da literalidade. A TIPICIDADE é um juízo de verificação se o fato é ou não é típico. 
A doutrina subdivide a tipicidade em FORMAL E MATERIAL.
Tipicidade formal
 Tipicidade formal está relacionada com a idéia de subsunção basta aqui que a conduta se enquadre nos termos literais do tipo incriminador. Seria a adequação da conduta ao que está descrito na lei. 
Essa tipicidade formal se subdivide em: objetiva e subjetiva.
Objetiva é a pratica da conduta descrita no tipo que contém apenas elementos objetivos, ou seja, não há nenhum tipo de juízo de valor. 121 CP, “Matar alguém”, caso haja a pratica desta conduta a tipicidade objetiva já estaria contemplada, não há aqui nenhuma análise da vontade do agente.
Tipicidade subjetiva está diretamente relacionada aos elementos subjetivos do tipo. Aqui há uma analise da finalidade específica do agente. Analisa se o dolo como tipicidade subjetiva geral que consiste na vontade do agente de cometer o crime nessa fase, por exemplo, é que há diferenciação entre a tentativa e a lesão corporal, pois há a diferenciação entre a intenção do autor.
Sempre que avaliarmos uma conduta temos que avaliar a tipicidade formal, se a conduta se subsume aí tipo penal incriminador e se também tem a tipicidade subjetiva, dolo ou culpa.
Tipicidade material
Ela surge com claus Roxin com o desenvolvimento da teoria funcionalista teleologico que diz que a finalidade do direito penal e proteger os bens jurídicos.
A tipicidade material surgiu para limitar a larga abrangência formal dos tipos penais impondo que além da adequação formal a conduta do agente gere também relevante lesão ou perigo concreto de lesão ao bem jurídico tutelado, a chamada teoria do bem jurídico. A mais adotada pelos tribunais e pela doutrina. Pra Roxin o conceito de tipicidade material não dispensa o conceito de tipicidade formal. Para Roxin tipicidade e = tipicidade formal + tipicidade material (lesão ou perigo concreto de lesão ao bem jurídico. A conduta é típica quando existe tipicidade formal e material.
Tipicidade Conglobante 
Conceito sustentado por Zaffaroni com base no funcionalismo reducionista (pensa o direito penal sob a ótica de um viés extremamente minimalista/reducionista). Para Zaffaroni, um ordenamento jurídico não poderá abrigar a um só tempo, comandos contraditórios, de modo que, se o ordenamento estimula de algum modo, uma determinada prática não poderá paradoxalmente considerá-la típica.
A inovação de Zaffaroni foi a antinormatividade: uma conduta só pode ser considerada antinormativa conforme o autor argentino, quando ela não está de nenhum modo estimulada. Significa dizer por consequência lógica que sempre que existir um estímulo ao comportamento, isto valerá como uma excludente de antinormatividade afastando, portanto a tipicidade em razão da ausência de tipicidade conglobante.
Zaffaroni: T= TF + TC -> TM+ antinormatividade
Para Zaffaroni Tipicidade conglobante engloba a tipicidade material mais antinormatividade.
Para Zaffaroni um mesmo ordenamento não pode abrigar mandamentos contraditórios entre si de maneira que uma conduta estimulada não pode ser referida como criminosa. Só posso dizer que é crime aquilo que contraria todo ordenamento jurídico.
Para Zaffaroni a tipicidade depende da existência de antinormatividade. Desta maneira só é típica a conduta não estimulada que contraria o ordenamento jurídico como um todo. 
Policial que prende em flagrante para Zaffaroni e conduta atípica. Para toda a dogmática penal tradicional e conduta típica, porém lícita. 
Antinormatividade é a contrariedade do ordenamento jurídico. Sempre que um comportamento for estimulado pelo ordenamento faltara ele antinormatividade ficando excluída a tipicidade (conglobante). 
Antinormatividade é a mesma coisa que antijuridicidade? As excludentes de normatividades também são excludentes de antijuridicidade? 
Excludentes de antijuridicidade: 
- leg. Defesa
-estrito cumprimento do dever legal
- ex. Reg. Do direito
- est. Neces.
Exclui a antinormatividade toda vez que o comportamento for estimulado.
Existe uma zona de intersecção, mas não se confundem em termos absolutos. Nem toda excludente de antijuridicidade é excludente de antinormatividade.
Est. Cum ex. Reg do direito
Qualquer estímulo do ordenamento jurídico.
Legítima defesa, estado de necessidade.
Antijuridicidade Na antijuridicidade: legítima defesa, estado de necessidade. A intersecção é estrito cumprimento do dever legal e exercício regular do direito, antijuridicidade seria qualquer estímulo do ordenamento jurídico.
Antinormatividade 
Obs.: Ilicitude: recebe o nome de antijuricidade (sendo sinônimos). É um conceito com base nas excludentes, sendo estas o Estado de necessidade legítima defesa, estrito cumprimento de dever legal, exercício regular de um direito. 
Quando se trata de antinormatividade, Zaffaroni não delimita excludentes, apenas pode se dizer que a excludente nesse caso será para quando há comportamento estimulado.
Obs.: Questiona-se se é possível vislumbrar uma identidade entre os conceitos de antinormatividade e antijuricidade, a resposta é negativa, uma vez que, nem todas as excludentes de ilicitude que integram o conteúdo da antijuricidade penal brasileira nos termos do art. 23, CP/1940, são também práticas estimuladas pelo Estado. Com isso, poderíamos dizer que estrito cumprimento e exercício regular seriam no pensamento de Zaffaroni, excludentes de antinormatividade, o mesmo não se podendo dizer das demais, ou seja, do estado de necessidade e legítima defesa, por serem práticas toleradas e não estimuladas. A teoria de Zaffaroni não é utilizada pelos tribunais brasileiros. Não é doutrina aceita e aplicada no Brasil, mas estudada pelo direito brasileiro pelo contexto histórico.
Teoria dos elementos negativos do tipo: muito difundida por Maurach, esta teoria traz para dentro da tipicidade o próprio conteúdo da ilicitude. A tipicidade com isso passa a assumir dois polos, um positivo e um negativo, de modo que, para esta teoria se um sujeito mata o outro em legítima defesa estará praticando comportamento atípico.
Tipo penal 
Tipo e a norma que descreve a conduta do tipo abstrato tipo penal possui elementos objetivos às vezes subjetivos e normativos. Elementos objetivos descrevem a conduta. Não há nenhum tipo de valor descritivo. Elementos subjetivos eles estão ligados à uma finalidade específica do agente, relacionados a elementos psíquicos do agente, finalidade específica. Ee então normativo significado variável no contexto histórico.
Todos os elementos do tipo penal se enquadram se encaixam numa conduta, quando isso ocorre dizemos que é uma conduta típica, que houve tipicidade.
1. Elementos objetivos ou descritivos — existem concretamente no mundo e cujo significado não requer que se faça NENHUM JUÍZO DE VALOR; referem-se à materialidade do fato; é a ação indicada pelo núcleo do tipo penal (é o verbo). Ex. “matar” (art. 121, CP), “subtrair” (art. 155, CP);
2. Elementos subjetivos — exigem uma finalidade específica por parte do agente; são os que, com exclusão do dolo genérico e da culpa, se se referem a certas particularidades psíquicas da ação; assim como, por exemplo, o art 159 CP “com o fim de obter...”. 
3. Elementos normativos — nãose extrai da mera observação, depende de uma interpretação, isto é, requer que se faça um JUÍZO DE VALOR; exigem uma avaliação do seu significado jurídico e/ou social; são expressões empregadas pela lei que exigem uma avaliação do seu significado jurídico ou social. São elementos objetivos descritivos cujo conceito varia no tempo e espaço demandando necessariamente uma valoração por parte do aplicador da norma. Como por exemplo, “motivo fútil” (art. 121, § 2º, II - CP).
Teoria dos elementos negativos do tipo.
Diferentemente da teoria da tipicidade conglobante essa teoria transfere todo o conteúdo da ilicitude para a tipicidade. De maneira que as excludentes antes de ilicitude passam a excluir a própria tipicidade. Então deixa de existir a ilicitude a passa a ser a tipicidade e ilicitude dentro dela. A tipicidade sempre teve um elemento positivo e passaa ter agora um conteúdo negativo de elementos que não podem estar presentes. Essa teoria não é utilizada jurisprudencialmente. E sim a de claus Roxin.
Tipos penais dolosos
Dolo normativo (causalidade, neokantistas). Dolo normativo agrega vontade consciência do fato em si e consciência da ilicitude. Eu quero, eu sei o que estou fazendo é eu sei que o que estou fazendo é proibido. Ex: eu quero me relacionar com um menor de 14 anos sexualmente eu sei que essa pessoa é menor de 14 anos e eu sei que se relacionar com um menor de 14 anos e crime.
Dolo natural que é o que trabalhamos hoje ele assume outro significado. Dolo natural e vontade e consciência, consciência essa do fato em si. Então vamos supor que um de nós conhecesse um menor de 14 anos resolvesse transar e por parte do menor houvesse o consentimento e vc pensasse se ele concordou não é ato de violência sexual então não to praticando crime, nessa situação houve um erro mas no plano da tipicidade é uma conduta dolosa, já não mais será estudado no plano do dolo. O dolo que trabalhamos hoje é o dolo natural e não mais normativo que já foi superado. O dolo natural também é chamado de dolus bonus. 
Teorias dos dolos 
No código penal brasileiro Art. 18 considera-se o crime doloso quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo, contemplam se respectivamente as teorias das vontades e do assentimento. 
Três teorias que procuram definir quando há dolo:
Teoria da representação: para existir dolo basta a antevisão do resultado;
Teoria do assentimento ou consentimento: para existir dolo é necessário que o agente, antevendo o resultado, assuma o risco de produzi-lo;
Teoria da vontade: somente há dolo quando o agente antevê e quer o resultado.
Pra teoria da vontade dolo é querer. Para teoria do assentimento dolo significa assumir o risco. O código penal contemplou essas duas teorias no Art 18. Sentido mais amplo o assumir do risco tb como um comportamento doloso. A teoria da vontade para o dolo direito e a teoria do assentimento em relação ao dolo eventual.
	
Espécies de dolo 
Dolo direito é o querer produzir o resultado, a depender da forma que ele for manifestado ele será d 1º grau ou 2º grau. Dolo direto eu quero produzir o resultado (teoria da vontade) contra uma pessoa e assim eu faço. O dolo direto de segundo grau também é chamado de dolo necessário, ele se verifica um querer do resultado se deve ao fato de um agente compreende ló como uma etapa necessária para o alcance de um fim último.
Exemplo: o presidente estará no congresso em determinado dia e eu sei que ela estará lá e planejo jogar uma bomba no dia que ela estará lá, a morte dos outros será uma mera etapa necessária para que eu consiga meu objetivo matar a presidente então esse seria um dolo direto de segundo grau. Para o presidente seria dolo direto de primeiro grau. Para toda pessoa que eu queira matar será dolo direto de primeiro grau. Para o restante será de 2º. 
Dolo indireto é aquele que não exige um querer propriamente dito ou esse querer não está integralmente formado.
Dolo eventual age de maneira indiferente para produção do resultado. Pode ser que eu fazendo isso eu cause a morte de alguém, mas tanto faz, ele prossegue sua conduta assumindo o risco de produzir o resultado. Na formulação teórica o sujeito prevê o resultado e aceita, prevê a possibilidade jurídica de vir a produzir o resultado. 
A primeira espécie do dolo indireto é eventual: neste caso o agente não quis o resultado, mas assumiu com o seu comportamento o risco de produzi-lo. Portanto o agente prevê o resultado e antecipadamente aceita a possibilidade da sua ocorrência. 
Modernamente cabe atentar para que a possibilidade jurídica da tese do dolo eventual não banalize o princípio da responsabilidade penal subjetiva. Por esta razão critica se a convenção das nações unidas contra a corrupção acerca da previsão contida no Art 28. A gente não pode objetivar. Não podemos objetivar conteúdos.
A ultima espécie de dolo indireto é o alternativo - aquele em que o agente manifesta a vontade e essa vontade é direcionada de modo alternativo.
O dolo indireto alternativo objetivo - o agente deseja alternativamente a produção de um resultado ou de outro. Tanto faz para a pessoa matar ou lesionar, por exemplo. 
Dolo indireto alternativo subjetivo o agente deseja produzir um resultado contra uma pessoa ou outra. Por exemplo, no caso de briga de gangs ou torcidas, quando eu jogo um rojão ou uma pedra tanto faz atingir um sujeito ou outro que faz parte da gang. 
Crime culposo 
Considera se culposo quando o agente não desejou o resultado, porém o provocou em razão de ato de imprudência , negligência ou imperícia (Art.18). Destaque se que o crime culposo é uma exceção legal, isto é, depende de previsão expressa da forma culposa. Nem todo crime doloso tem o seu correspondente culposo. Omissão de socorro, dano, roubo, furto, estelionato, apropriação indébita só tem forma dolosa.
Elementos (os elementos são cumulativos)
Para que eu esteja diante de um crime culposo preciso de um Tipo culposo; segundo passo é a ocorrência de um Resultado: sobre a ocorrência de um resultado não cabe falar em tentativa de crime culposo com exceção da culpa imprópria nas descriminantes putativas por erro de tipo. Alem do tipo culposo e do resultado, aqui eu preciso do elemento de todo e qualquer crime, do Nexo de causalidade, que significa demonstrar que esse resultado não foi intencional, derivou necessariamente da conduta do agente. As vezes temos um ato de imprudência , mas não foi o ato de imprudência que causou o resultado. Por ultimo, temos dois elementos que são os mais importantes a Previsibilidade que significa No crime culposo o agente não prevê o resultado que é previsível. Que significa que no crime culposo o agente não prevê um resultado que é previsível. Vamos supor que eu encontre um policial na rua que ao invés de está com a arma no dispositivo, guardada, ele esteja brincando com a arma na mão. Supondo que ele esteja tão distraído que nem passou pela cabeça dele que aquela arma poderia disparar a atingir alguém. Para alguém que ta vendo de fora, olha para aquela situação vendo que isso não vai dar certo. Só o policial não percebeu isso. A exceção está na culpa consciente que é uma culpa com previsão. Ainda no estudo da previsibilidade do resultado, se para eu ter um crime culposo eu tenho que ter um resultado previsível, sigfinica dizer que se eu estiver diante de um resultado imprevisível, não posso falar em crime culposo. a completa ausência de previsibilidade, isto é, o resultado absolutamente inusitado/inesperado , afasta o crime culposo. Um amigo estava dirigindo normal, na via dele, e do nada um pedestre se jogou na frente do carro e ele atropelou e matou esse pedestre. a família acreditou pq o pedestre era suicida. eu não posso punir o sujeito por homicídio culposo ou doloso. Não puno o sujeito no campo penal por absolutamente nada. Esses requisitos são cumulativos, se a pessoa tivesse em excesso de velocidade ou embriagado, não se tornaria menos previsível por isso. Os elementos são cumulativos.
Obs.: A exceção está na culpa conscienteque é uma culpa com previsão. A completa ausência de previsibilidade, isto é, o resultado absolutamente inusitado, afasta o crime culposo. O outro elemento é a:
Inobservância de um dever de cuidado: pode se traduzir em uma dessas três formas: imprudência (o agente “faz” algo que não poderia, descumprido um dever de cuidado ex: acelero mais do que eu posso, bebi antes de dirigir, avanço sinal vermelho); negligência (o agente de “Deixa de fazer” algo que dele se esperava ex: mãe deixa de cuidar do filho, médico que não lava a Mao antes da cirurgia, salva-vidas desatento) ou imperícia (primeiramente observa se que só se fala em imperícia para quem é perito, para quem tem habilidade técnica especial, ex: tatuador é perito, médico é perito naquele tipo de técnica). Fala se em imperícia quando o perito vivencia momentaneamente uma situação de incapacitação técnica ou quando não domina a técnica com absoluta perfeição. 
Vamos supor que um tatuador faça um exame oftalmológico e dilate a pupila. Por mais que ele seja perito momentaneamente ele não pode exercer essa técnica e resolve exercer e provoca uma lesão. se ele resolve fazer uma técnica especifica e não sabe perfeitamente a técnica e acaba provocando uma lesão , ele agiu com imperícia. o não lavar as mãos do medico pode estar aqui. o medico e o enfermeiro com sono vivencia uma situação momentânea que incapacita ele de exercer suas habilidades , o risco de um acidente aqui é altíssimo, ele está agindo com imperícia.
Questão: João, médico ao operar Maria recorda se que não esterilizou os instrumentos cirúrgicos, mas mesmo assim opta por utiliza los Maria contrai infecção e morre. O mp denuncia João por homicídio culposo com pena majorada pela inobservância de regra técnica de profissão Art.121 parágrafos 3º e 4º. Acertou o promotor? Qual a diferença entre a referida majorante culposa e o dolo eventualmente? Caso o ato de João derivado de esquecimento a aplicação da majorante figuraria bis in idem, dupla punição. 
Espécies de culpa 
Culpa consciente é a culpa com previsão o agente prevê o resultado, a possibilidade de sua ocorrência, e o afasta “acredita honestamente e fundamentadamente que não ocorrerá consigo”. 
Dolo eventual # culpa consciente 
Dolo eventual sujeito prevê o resultado e o aceita, na culpa consciente o agente prevê o resultado e o afasta.
Ex: Atirador de facas culpa consciente. Ele não aceita a possibilidade disso ocorrer, pois é perito nisso. Diferente do motorista bêbado, ele não se acha perito nisso. 
No rj tivemos um caso do policial que tava com um assaltante de ônibus na sua mira, o assaltante rendeu o ônibus com uma arma com uma refém no braço. o atirador sempre mirando de longe o assaltante. No momento em que ele atira, passa pela cabeça dele a possibilidade do pior acontecer, mas afasta porque é perita, logo, aqui a culpa é consciente. Nesse caso, a primeira coisa que passar pela cabeça do atirador é o fudeu. O dolo eventual e a culpa consciente não se confundem. No momento em que o sujeito ta embriagado e pega o carro pra dirigir e ele liga o carro e acelere foda-se. Dolo eventual. Agora, pense. Culpa consciente é marcado pela super confiança e o dolo eventual é marcado pela indiferença.
Culpa insconsciente é a culpa por excelência, ou seja, o agente não prevê a ocorrência do resultado. O a gente não prevê um resultado que era previsível. É a regra geral. Não imaginei que eu limpando a arma poderia acidentalmente atingir alguém. Normalmente no crime culposo isso acontece. O sujeito foi pego de surpresa. Uma mãe que deixa a criança em casa rapidinho enquanto ela vai na farmácia e quando ela volta a criança se jogou da janela. Omissão imprópria, a gente fala de nexo de causalidade, homicídio culposo, a mãe não previu o que poderia acontecer.
Na culpa própria ou propriamente dita o resultado causado não foi desejado pelo agente, todavia a culpa imprópria é culpa com intenção, isto é, o agente desejou o resultado, todavia ainda assim sua conduta é denominada culposa por que essa vontade se formou a partir de uma má interpretação da realidade (descriminante putativa por erro de tipo). Ex: imagine que eu acho que professor Gabriel marques vai me agredir com uma faca pq já tivemos uma indisposição, ele se exaltou e vejo-o caminhando em minha direção com um objeto metálico na mão e acho que ele vai me esfaquear e eu , para me defender, dou um tiro nele. Nesse caso, eu só quis atingir ele, pq eu, equivocadamente, achei que ele queria me atingir. Existe uma vontade, só que ela deriva de um erro.
Culpa temerária ou culpa gravíssima é marcada pelo excesso de inobservância de cuidado. Livros normalmente não trazem. Indicação do livro com esse mesmo nome de Selma Santana. É também chamada de culpa gravíssima, marcada por um excesso de inobservância de cuidado. Às vezes o sujeito não teve a intenção de provocar o resultado, mas ele foi excessivamente imprudente. Não existe uma distinção clara entre o dolo eventual e a culpa temerária. Ou a gente caminha para um caminho da responsabilidade penal objetiva - que não é admitida no nosso ordenamento. Agora se a gente vai para idéia de que assumir risco não pode ser objetivado, tudo é culpa e não dolo. Existe uma linha muito tênue entre dolo eventual e culpa.
Tipos preterdolosos
Aula dia 11.05
Tipicidade 
Conduta antecedente ------- resultado consequente
Dolo. +. Culpa 
Lesão Morte 
Crimes preterdolosos
Os tipos preterdolosos necessariamente se desdobram em duas partes: a conduta antecedente e o resultado consequente. Para que um tipo incriminador seja classificado como preterdolosos é necessário que o elemento subjetivo da conduta antecedente seja o dolo e o do resultado consequente a culpa (lesão corporal seguida de morte). Exemplo: lesão corporal seguida de morte. a lesão corporal seguida de morte é o exemplo mais fácil para entendermos. Para o primeiro momento o elemento é doloso e para o segundo é culposo. Na lesão corporal seguida de morte tenho a intenção de somente lesionar a vitima, mas acabo acidentalmente matando. é mais fácil pq se eu tinha a intenção de lesionar a pessoa e se no meio do contexto criminoso passei a desejar um crime mais grave passo a estar diante de uma outra situação. 
Cumpre diferenciar nesse contexto o crime progressivo da progressão criminosa. Na progressão o agente durante a execução passa a desejar crime mais grave, então, por exemplo, no meio de uma briga, de uma lesão corporal, resolvo matar. Já no crime progressivo o agente deseja um crime mais grave desde o início, mas para alcançá-lo, sua conduta necessita passar este por crimes menos gravosos. Ex: quero matar e não há como matar sem lesionar. O próprio crime pela sua natureza é progressivo. Essas duas espécies não podem ser confundidas com a figura preterdolosa, porque na ultima eu tenho um so tipo penal elementos subjetivos distintos que necessariamente estão arrumados da forma - dolo + culpa. Os tipos preterdoloso são necessariamente incongruentes. o sujeito causa mais do que o que ele quis causar. Não existe uma congruência perfeita entre o que se deseja e o que se causa.
 Na figura preterdolosos o que eu tenho é um só tipo penal que agrega mais de um tipo subjetivo. TIpo preterdolosos são necessariamente congruentes o sujeito causa mais do que ele quis causar. 
Os tipos preterdolosos são espécie do gênero crimes qualificados pelo resultado. Situações marcadas por um tipo incriminador que compreende dois momentos distintos (conduta antecedente e resultado consequente), todavia admitem as mais variadas combinações subjetivas dolo+ dolo, dolo+ culpa ou culpa + culpa. 
O crime preterdolosos só admite dolo+ culpa. No qualificado o preterdolosos e espécie. Eu tenho mais uma vez conduta antecedente e resultado consequente. Neste desdobramento nos crimes qualificados pelo resultado de maneira geral eu tenho dolo+ culpa dolo + dolo ou culpa+ culpa. Exemplo: latrocínio que é um roubo seguidode morte é um crime qualificado pelo resultado, mas não é preterdoloso. 
Outro tipo penal que é considerado preterdolosos e lesão corporal seguido de aborto exemplo: um homem agride uma mulher e lhe causa aborto. Existe o tipo penal lesão corporal seguida de aborto ele é considerado como preterdoloso. Se o aborto foi intencional não se enquadra nesta hipótese. O agente responderá pela lesão corporal mais o aborto.
Os crimes preterdolosos não admitem tentativa não admitem tentativa, na medida em que eles tem culpa no final e a culpa não admite tentativa. Os crimes qualificados pelo resultado, quando se apresentam na modalidade dolo + dolo, admitem tentativa. latrocínio, por exemplo quanto tento roubar o carro de alguém e nao consigo nem matar a pessoa e nem roubar o carro. 
* dolo normativo ( dolos malus) - (causalistas, neokantistas) - vontade, consciência (do fato) , consciência da ilicitude. 
isso já foi superado, não trabalhamos com isso 
dolo natural ( dolo bonus ) - vontade e consciência( do fato ) 
trabalhamos com esse dolo. 
Teoria do erro
Erro de tipo essencial 
Erro de tipo acidental 
2.1 espécies 
Erro de tipo permissivo (descriminante putativa por erro de tipo). 
O erro de tipo sempre consistirá em uma má interpretação da realidade. Trata-se de um erro de fato. 
No erro de tipo essencial, esse erro de fato está necessariamente relacionado a uma das circunstâncias fáticas que compõem a essência descritiva do tipo incriminador. 
No exemplo da menina que levou a mala errada: tipo incriminador subtrair coisa alheia móvel. Ela não sabia que era coisa alheia. 
O erro de tipo essencial produz algumas conseqüências jurídicas, mas elas dependerão da magnitude desse erro, da possibilidade desse erro ser superado ou não esse erro é classificado como erro de tipo essencial invencível ou erro de tipo essencial vencível. Invencível não tinha como ser superado. O sujeito vai errar, não tinha como ele superar esse erro. O vencível tinha como ser vencido, superado, se o sujeito fosse um pouco mais atento ele teria superado. Quando o erro é invencível exclui se dolo e culpa, ou seja, o sujeito não responde por nada, no caso de Brandon Lee que foi assassinado na cena do filme, o sujeito não responde por nada, pois foi um erro de tipo essencial invencível. 
No erro essencial vencível, Se o sujeito errou por falta de atenção jamais poderia responsabiliza ló por dolo, se pune por culpa se tipo culposo houver. 
Erro vencível e também chamado de injustificável ou de erro inescusável.
Já o erro invencível, exclui se o dolo e culpa, é também chamado de justificável, escusável.
Erro de tipo acidental exemplo eu queria matar Rute e matei Raquel. Quero furtar um iphone, mas furto Nokia antigo. O tipo penal é subtrair coisa alheia, mas não diz que coisa é. Quando pensamos em erro acidental a estrutura do tipo penal está presente na conduta. 
Erro acidental 
Neste caso o erro se relaciona s elementos acessórios que não integram a essência estrutural do crime. 
Espécies 
A primeira espécie de erro sobre a pessoa ou erro in persona Art 20, pagarão 3º, CP.. No erro sobre a pessoa o agente confunde as vítimas. E em razão disso atinge pessoa diversa da pretendida.exemplo de Rute e Raquel e erro s obre a pessoa.
Erro sobre a execução, aberratio ictus Art 73, CP. neste caso em razão de um acidente na execução de um delito o agente atinge pessoa diversa da pretendida. Ex: policial atira num assaltante e atinge a vítima, tanto no erro sobre a pessoa quanto no erro sobre a execução é atingida pessoa diversa da pretendida. A diferença é a razão, no erro sobre a pessoa e parte da confusão da pessoa que confunde.
Erro sobre a pessoa e vc confundir a pessoa. Atenção! 
Obs: ganho no erro in persona quanto na aberratio ictus a consequencia e a mesma: o agente será punido conforme as características da vítima pretendida. Seja tal fato benéfico ou prejudicial. Exemplo: assaltante tenta riubar junto com um comparsa e a vítima reage, ele atira pra matar a vítima e acaba atingindo o comparsa. Ele responderá pelo latrocínio, pois sempre levaremos em consideração as características da vítima pretendida, logo a morte do seu comparsa e como se fosse a morte da vítima que ele pretendia atingir.
Teoria dos jogos Alexandre de Morais
Indubio pro réu livros.
Aula dia 18.05
Elementos objetivos X subjetivos 
Excesso
Estado de necessidade 
Legítima defesa 
Estrito cumprimento de um dever legal 
Exercício regular de um direito
Consentimento do ofendido 
Entendimento nao majoritário coloca que a tipicidade e a ratio cognoscendi da ilicitude (se há fato típico presume-se relativamente que ele e ilícito; o fato típico e indicio da ilicitude, que deve ser afastada mediante prova em contrario, ônus da defesa). Mas temos um entendimento minoritário que a tipicidade é ratio essendi da tipicidade (leva a ilicitude para o campo da tipicidade.a ilicitude e a essência da tipicidade;não havendo ilicitude não há fato típico) , ainda há teoria dos elementos negativos do tipo (o tipo penal e composto de elementos expressos, que são os elementos do tipo penal e os elementos negativos ou implícitos do tipo, que são as causas de excludente de ilicitude. Para que o fato seja típico não pode existir os elementos negativos).
Código penal de causas excludentes de ilicitude, dispondo requisitos de natureza objetiva.
Consentimento do ofendido não está no código penal brasileiro, mas a doutrina o considera como excludente de ilicitude.
O código penal Somente faz menção a requisitos de ordem objetiva. O requisito subjetivo nas excludentes de ilicitude corresponde à vontade de atuar em legítima defesa/ estado de necessidade etc. É a vontade de atuar como tal. 
Imagine que eu Daniela entre na casa de Geovanni para furta ló e quando eu já estou lá dentro vejo que ele está prestes a ser assasinado por Gabriel e eu o salvo?. A minha conduta é lícita? Se eu tivesse desde o princípio entrado para salva ló seria perfeitamente lícita a minha entrada pá eu entrei com a vontade de atuar em legítima defesa de terceiro, mas no momento em que entro na casa de Geovanni a minha intenção era furtar é isso tem que ser levado em consideração. Então por maís que eu não tenha levado nada, a minha conduta não é absolutamente lícita. Eu responderei por invasão de domicílio.
Sempre que incorrer em excesso seja este excesso doloso ou culposo o agente será por ele punido Art.26 parágrafo único.
O excesso da legítima defesa que não tem força para afastar a ilicitude, ele poderá afastar a culpabilidade pela via das causas supralegais, que não estão escritas em lei.
Está previsto no artigo 24 do código penal que diz que aquele que atua em estado de necessidade pratica uma conduta para salvar a si ou a outrem de perigo atual não provocado por sua vontade que de outro modo não poderia ser evitado. 
Os elementos objetivos seriam si/outrem; o perigo tem que ser atual ( atual é que está acontecendo), poderia ser causado por pessoa coisa ou animal; não provocado por sua vontade; evitabilidade, não pode ter nenhuma outra alternativa. Elementos subjetivos: vontade de salvar a si/outrem.
Ponderarção de bens feita à luz das teorias unitárias e diferenciadora.
Teoria unitária: exclusão EN justificastes; quando o bem jurídico protegido tiver valor superior ao bem jurídico sacrificado. ( caso de pessoa tendo crise asmática, pessoa furta a Farmacia para sobreviver). 
Teoria diferenciadora – a teoria diferenciadora ela engloba EN justificante e EN exculpante. (Bem protegido pode ser de menor ou igual valor ao bem sacrificado). 
Código penal militar brasileiro adotou a teoria penaldiferenciadora enquanto o código penal adotou a teoria unitária.
O estado de necessidade exculpante não é referido no código penal brasileiro como causa de excludente de culpabilidade. todavia, a doutrina admite o seu tratamento como hipótese de inexigibilidade de conduta diversa.
Os garantidores não podem fugir para que se livrem do perigo. Pois enquanto for possívelagir estão obrigados a tanto. Garantidor tem o dever de enfrentar o perigo, comandante do navio ele tem obrigação de ser o último a sair.
Legítima defesa- nos termos do artigo 25, atua em legítima defesa aquele que pratica a conduta, para repelir injusta agressão atual ou iminente para salvar direito próprio ou de terceiro.
Iminente e que está prestes a acontecer, eu saco a arma eu estou prestes a aturar em vice.
Elemento objetivo da LD: repelir,injusta agressão, atual ou iminente, direito próprio/ terceiro. Somente conduta humana. Elemento subjetivo: vontade de se defender/defender terceiro. 
A legítima defesa é apenas conduta humana. Mas se o animal for utilizado por pessoa humana para atacar alguém, ou seja o animal é utilizado como instrumento, pode se falar em legítima defesa. Mas se o animal ataca a pessoa não é legítima defesa e sim estado de necessidade. Legítima defesa afasta a ilicitude a legítima defesa putativa afasta a tipicidade quando invencíveis.
Legítima defesa simultânea. Não existem legítimas defesas reais simultâneas. Uma vez que, para que se fale em legítima defesa, uma agressão e justa, e a outra é injusta. Esta simultaneidade entretanto, se vislumbra se um dos agentes estava em legítima defesa putativa.
Legítima defesa sucessiva: é perfeitamente possível sendo identificada na hipótese de excesso. Ocasião em que o inicial agressor se torna a vítima. Autorizado a repelir em legítima defesa o excesso da antes vítima, agora agressora. Quando tenho um sujeito que está em legítima defesa putativa e o outro em legítima defesa real. Dirceu acha que vai ser agredido por Daniela e atira nela.
Ofendiculos ou ofensaculos são mecanismos pre dispostos de defesa exemplo : alarme, cerca elétrica, cão de guarda. A doutrina questiona a sua natureza jurídica se legítima defesa ou exercício regular de um direito. Modernamente entende se pela natureza híbrida de maneira que primeiramente são exercícios regular e quando efetivamente empregados contra a injusta agressão, legítima defesa. 
Mecanismo que quando é colocado ele não estará sendo efetivamente utilizado contra alguém, a cerca elétrica ela não está dando choque em ninguém. Enquanto ela tá ali e exercício regularde um direito. E quando atinge alguém ela será instrumento de legítima defesa daquela pessoa que a está utilizando. Para analisarmos se esse uso é lícito ou não tem que observar o excesso.
Exercício regular de um direito e estrito cumprimento de um dever legal não são conceituados pelo código penal. 
Estrito cumprimento de um dever legal- dever legal é uma obrigação imposta por lei; somente se afasta a ilicitude, se o cumprimento foi estrito. Policial estava cumprindo o mandado de busca e apreensão em uma casa, esse policial vai no endereço na casa X que é o que consta no mandado e ele resolve ir no apartamento y. Isso corresponde a uma conduta ilícita. Pode ser responsabilizado pela invasão do domicílio.
Policial que troca tiros na defesa de alguem, grupo de ronda traçado por assaltantes é na troca de tiros um assaltante morre. Esse policial age em legítima defesa e não no estrito cumprimento do dever legal. Não existe dever legal de matar. O matar se verificou diante de uma injusta agressão do assaltante. A conduta do policial e lícita.
Exercício regular de um direito- o direito e uma faculdade amparada em lei, voce escolhe se exerce ou não o direito, para que a conduta seja lícita a conduta deve ser regular. Ex: só pode exercer a advocacia quem foi habilitado regularmente na OAB. Para que uma conduta seja lícita ela precisa ser regular, tem que haver o exercício regular de um direito.
Aula dia 25 de maio 
Consentimento do ofendido 
Como
Excludente da tipicidade 
Excludente supra legal da ilicitude 
Teorias
 Requisitos para o consentimento válido: 
 1. Disponibilidade do bem jurídico 
Capacidade do titular para consentir 
3. Consentimento anterior concomitante a lesão
 4. Consentimento não contrario a moral e bons costumes. 
Ex: sujeito que quer eu um médico o torno deficiente para disputar concurso, isso contraria a moral. Porém não tem definido qual é essa moral. 5. Consentimento livre de vícios. Ex: senhora vai ao médico realizar preventivo. As embira descobre que quem realizou foi o estudante de medicina e não o médico.ela processou o médico. 
Obs: tem que ter todos os requisitos. São cumulativos.
Teoria dualista : excludente da tipicidade (quando o discenso integra o tipo o consenso afasta a tipicidade); excludente supralegal da ilicitude (demais casos observados os requisitos)
Teria monista: excludente da tipicidade. Consentimento do ofendido exclui a tipicidade. Quando o sentimento for válido vai afastar a tipicidade. ex peço ao médico para amputar os meus dois braços. Roxin não examina a vida, a honra, em sentido abstrato, analisa o que eu quero. Analisa isso dentro de uma perspetiva individualizada. Daniela pediu pra mutilar o corpo exemplo tatuagens na bola dos olhos, colocar aquelas bolas dentro do corpo. Para Roxin se a pessoa quer não há lesão. Há lesão material mas não há lesão jurídica.
Culpabilidade 
Culpabilidade de maneira geral é um juízo de censura. Ela optaria como elementos a imutabilidade, o potencial consciência da ilicitude e a exigibilidade da conduta diversa. Existem três teorias da culpabilidade: psicológico, psicológica normativa também conhecida como teoria normativa e a teoria normativa pura.
Para a psicológica dotada pelos causalistas, dolo e culpa são partes da culpabilidade. Os elementos psicológicos estão na culpabilidade. Ultrapassada. 
Para a teoria psicológica ou normativo psicológica. abriga elementos psicológica e normativos, ideia dos neokantistas. Dolo e culpa estão na culpabilidade, introdução da exigibilidade da conduta diversa.
Teoria normativa pura de Hans Welzel dolo e culpa integram a tipicidade e a culpabilidade ela passa a ser puramente integralmente normativa. todo conteúdo da normatividade e valorativo. 
Elementos da culpabilidade 
Imputabilidade 
É a capacidade para sofrer pena examina se a imputabilidade do agente a partir de duas teorias. 
A teoria biológica avalia a imputabilidade a partir da idade. Se o sujeito é maior ou igual a 18 anos ele é imputável. ja se a idade dele é menor de 18 ele vai ser co siderado inimputável. 
Já a teoria biopsicologica ela vai examinar outros aspectos que não seja a idade. Se vc têm menos de 18 vc é inimputável e ponto. Essa vai avaliar o discernimento a partir desse exame, vou dizer que o imputável ele sofre pena, o inimputável ele sofre medida de segurança. Ainda temós a figura do semi-imputável que sofre pena ou medida de segurança.
Então o fato de eu ser maior de 18 anos não significa necessariamente que eu sou imputável, pois o meu discernimento mental ainda será objeto de exame.
Teoria biológica – são legalmente inimputáveis os menores de 18 anos ( 18 anos incompletos). Portanto não praticam crime, mas sim ato infracional. Também não sofre pena, mas sim medidas de proteção (crianças) e medida sócio educativa ( adolescentes). A maioridade e atingida no primeiro minuto da data do décimo oitavo aniversário. E examinada a partir de documento de identificacao ( em este documento inexistindo ou ensejando duvidas , o menor se submeterá a identificação criminal). Criança- menos de 12 anos” ou seja, 12 anos incompletos. Sinônimo de dizer 11 anos completos. Adolescente menôr de 18 ou maior/igual. 12, adolescente terá desde de12 anos completos até no máximo 18 anos incompletos mesmo que falar 17 anos completos.
Obs: o eca pode ser aplicado para maiores de 18, desde que o ato infracional tenha sido praticado ainda quando inimputável e que se observe a liberação compulsório aos 21 anos.
Teoria biopsicologica – analisa a formação do cérebro e o aspecto psicológico relacionados ao discernimento serão avaliados. Considera se inimputável aquele que ao tempo da ação ou omissão em razão de desenvolvimento mental incompleto ou retardado era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícitodo fato ou de se comportar de acordo com este entendimento Art 26. Já. Semi inimputável é aquele que em razão de doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de se comportar de acordo com esse entendimento. O CP não estabelecer critério distintivo entre o inimputável e o semi-inimputável. O inimputável era inteiramente incapaz e o outro não era inteiramente capaz. 
Se a invalidade de entendimento for plena será inimputável se for reduzida é semi imputável.
 Lei 11343/ no artigo 45 reconhece expressamente a embriaguez patológica (dependência) como causa de exclusão da imputabilidade. Somente se aplica medida de segurança ao inimputável se os demais elementos do crime forem todos preenchidos, uma vez que a medida de segurança interfere na liberdade de ir e vir. Se um louco mata alguém para se defender ele não cometeu crime nenhum independente da condição pessoal dele de imputabilidade. Se ele entra em estabelecimento comercial e peça comida pra se alimentar a conduta dele é atípica.

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