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Aula 7 SISTEMA CIRCULATÓRIO

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SISTEMA CIRCULATÓRIO
Abrange o sistema vascular sanguíneo e o vascular linfático. 
O sistema vascular sanguíneo é composto por:
Coração: bombeia o sangue através dos vasos sanguíneos;
Artérias: vasos eferentes que se tornam menores a medida que se ramificam. Levam sangue com nutrientes para os tecidos e;
Veias: vasos aferentes, que resulta na convergência de vasos capilares e se torna cada vez mais amplo ao passo que se aproxima do coração.
O sistema vascular linfático compreende:
Capilares linfáticos: túbulos de fundo cego que se anastomosam, formando tubos de calibre crescente, até que desembocam no sistema vascular sanguíneo. 
A superfície interna dos vasos é revestido por um epitélio simples pavimentoso (endotélio). 
O sistema circulatório pode ser dividido em macrocirculação (grandes arteríolas, artérias musculares, elásticas e veias musculares) e microcirculação (arteríolas, capilares e vênulas pós-capilares). 
1. Capilares
Sofrem variações de acordo com a necessidade de troca metabólica. São formados por uma única camada de células endoteliais que se enrolam em forma de tubo. O comprimento total de todos os capilares de um indivíduo somam, em média, 96.000 km, e, cortado transversalmente, tem área 800 vezes maior que a da aorta, assim, o sangue corre com menos pressão e velocidade nos capilares, possibilitando as trocas. 
Sua circunferência é formada por 1-3 células envolvidas por uma lâmina basal, sendo que essas células prendem-se lateralmente umas às outras por zônulas de oclusão. Essas zônulas apresentam permeabilidade variável a macromoléculas de acordo com o tipo de vaso sanguíneo. 
Em vários locais dos capilares há pericitos, que são células envoltas por uma lâmina basal que pode se diferenciar em células endoteliais ou células do T.C. em situações de lesão, além de que possuem actina e miosina, podendo possui função contrátil. 
Podem ser agrupados em:
Capilar contínuo ou somático: não possui fenestras. Presente em tecido muscular, conjuntivo, glândulas exócrinas e tecido nervoso. Pode possuir vesículas de pinocitose;
Capilar fenestrado ou visceral: há grandes fenestras na parede, obstruídas por um diafragma (mais delgado que a M.P. da própria célula) e com lâmina basal contínua. São encontrados no rim, intestino e glândulas endócrinas. 
Capilar fenestrado e destituído de diafragma: é característico do glomérulo renal, onde o sangue fica separado do tecido apenas pela lâmia basal.
Capilar sinusoide: são capilares mais tortuosos, mais calibrosos, as células formam uma parede descontínua, as células possuem fenestras sem diafragma, a lâmina basal e descontínua e há macrófagos entre as células endoteliais. São encontrados principalmente no fígado e em órgãos hemacitopoéticos. 
Além das trocas, os capilares também possuem como função: conversão de angiotensina I para angiotensina II; Conversão de bradicinina, serotonina, prostaglandinas, noradrenalina, trombina, etc., em compostos biologicamente inertes; lipólise de lipoproteínas, transformando-as em triglicerídeos e colesterol e produção de fatores vasoativos que influenciam no tônus vascular, como endotelinas, agentes vasoconstritivos (NO) e fatores de relaxamento.
Seu crescimento, tanto na vida embrionária como no regulamento normal ou patológico do crescimento capilar é regulado pelo VEGF (fator de crescimento do endotélio vascular). 
As metarteríolas, ramificações das arteríolas, regulam a circulação sanguínea nos capilares. Além disso, anastomoses arteriovenosas permitem que as arteríolas se esvaziem diretamente em vênulas, ajudando também na regulação do fluxo. 
2. Vasos sanguíneos com diâmetro acima de certo tamanho
Vasos com diâmetro acima de certo tamanho apresentam características estruturais em comum. Todos são formados por três túnicas:
Túnica íntima: compreende células endoteliais apoiadas em uma camada de tecido conjuntivo frouxo (camada subendotelial) que pode conter células musculares lisas. Em artérias, há ainda a lâmina elástica interna, que separa a túnica íntima da túnica média. 
Túnica média: é formada basicamente por camadas concêntrica de células musculares lisas. Intercaladas às células musculares, há fibras elásticas, reticulares, proteoglicanos e glicoproteínas. Em artérias, há a lâmina elástica externa, que separa a túnica média da túnica adventícia.
Túnica adventícia: consiste principalmente em colágeno tipo I e fibras elásticas. A adventícia torna-se gradualmente contínua com o tecido conjuntivo do órgão pelo qual o vaso está passando.
3. Vasa Vasorum
Estão presente somente em grandes vasos e consistem em arteríolas, capilares e vênulas que se ramificam na túnica adventícia e média desses vasos. São mais frequentes em veias que em artérias. 
4. Inervação
A maioria dos vãos sanguíneos que possuem musculatura lisa são inervados pelo Sistema Nervoso Simpático, cujo neurotransmissor é a noradrenalina. Sua ação resulta em vasoconstrição. As artérias dos músculos esqueléticos também recebem inervação dilatadora do tipo colinérgica, que estimula as células endoteliais a produzirem óxido nítrico. 
As terminações aferentes dos vasos incluem: barorreceptores (pressão), o seio carotídeo e o arco da aorta, quimiorreceptores da carótida e corpos aórticos. 
5. Arteríolas
Possui lúmen estreito e sua camada subendotelial delgada. Em arteríolas muito pequenas não há lâmina elástica interna e a túnica média é composta por uma ou duas camadas de células musculares lisas. Não há lâmina elástica externa. A adventícia também é muito delgada. Continuam com as pequenas artérias, que tem túnica média mais desenvolvida e luz maior. 
6. Artérias (musculares) médias
Sua túnica média é formada essencialmente por músculo liso. A íntima possui camada subendotelial um pouco mais espessa, a lâmina elástica interna é proeminente e a túnica média possui fibras elásticas, reticulares e proteoglicanos. A lâmina elástica externa só está presente em artérias musculares maiores. A adventícia possui vasa sasorum e nervos. Essas artérias regulam o fluxo de sangue para os órgãos.
7. Grandes artérias elásticas
Estabilizam o fluxo sanguíneo. Inclui a aorta e seus grandes ramos. Possuem cor amarelada devido ao acúmulo de elastina. A íntima é espessa e rica em fibras elásticas, de forma que a lâmina elástica interna não pode ser distinguida. A média consiste em série de lâminas elásticas entre as quais há células musculares lisas, fibras de colágeno, proteoglicano e glicoproteínas. A adventícia é pouco desenvolvida em relação à média. 
8. Corpos carotídeos e aórticos
São quimiorreceptores sensíveis à diferença de concentração de dióxido de carbono e oxigênio no sangue, localizados perto da bifurcação da carótida comum. São estruturas altamente vascularizadas, com capilares fenestrados, células tipo II (suporte) e células tipo I (vesículas de dopamina, serotonina e adrenalina). Os corpos aórticos estão no arco aórtico e estruturalmente são semelhantes. 
9. Seio carotídeo
São pequenas dilatações das artérias carótidas internas que contém barorreceptores, especializados na detecção de alteração de pressão. A camada íntima dos seios carotídeos é rica em terminações nervosas. 
10. Vênulas pós-capilares
A parede de vênulas bem pequenas consiste em uma camada de células endoteliais, envolta das quais há pericitos contráteis. Participam dos processos inflamatórios e trocas entre o sangue os tecidos. 
A maioria porém é do tipo muscular, possuindo algumas células musculares lisas em sua parede. 
11. Veias
A maioria é de pequeno e médio calibre. A íntima possui uma camada subendotelial fina, pequenos pacotes de células musculares lisas na túnica média entremeados a fibras reticulares e uma rede delicada de fibras elásticas. A adventícia é bem desenvolvida e rica e colágeno.
Perto do coração, há as veias de grande calibre. Possui íntima bem desenvolvida, porém a média é fina, com poucas células musculares lisas e muito T.C. A adventícia é bem mais desenvolvida em relaçãoàs demais camadas. Grandes veias possuem válvulas, que são sobras da túnica íntima em forma de meia-lua. Consiste em T.C. denso revestido por endotélio. Elas são especialmente numerosas em membros inferiores.
12. Coração
É um órgão muscular que bombeia o sangue para o sistema circulatório, além de ser o responsável pelo hormônio natriurético atrial. Ele é formado por três camadas: endocárdio, miocárdio e pericárdio e possui um esqueleto fibroso que serve de ponto de apoio para as válvulas e inserção de células musculares cardíacas. 
Endocárdio: é homólogo à íntima dos vasos sanguíneos. É constituído de endotélio que repousa sobre uma camada subendotelial delgada de T.C. frouxo que contém fibras elásticas, colágenas e células musculares lisas. Entre o miocárdio e a camada subendotelial há a camada subendocardial, onde há veias, nervos e ramos do sistema de condução do impulso do coração (células de Purkinje);
Miocárdio: é a camada mais espessa e consiste em células musculares cardíacas organizadas em camadas que envolvem as câmaras do coração. A orientação é complexa, de forma que em um corte histológico pode se ver fibras seguindo diversas direções;
Pericárdio: possui um folheto visceral e um parietal. O visceral consiste em um mesotélio apoiado em uma fina camada de T.C. (epicárdio). A camada subepicardial possui veias, nervos e gânglios nervosos. 
O esqueleto fibroso consiste em T.C. denso. Consiste em: septo membranoso, trígono fibroso e ânulo fibroso. 
As válvulas cardíacas são formadas de T.C. denso revestido de endotélio. Se fixam nos anéis fibrosos do esqueleto cardíaco. 
12.1. Sistema gerador e condutor do impulso do coração
O sistema gerador e condutor do impulso nervoso no coração é constituído do nodo sinoatrial, nodo atrioventricular e feixe atrioventricular. As células desse sistema são funcionalmente conectadas com junções comunicantes. 
Os nos são formadas por células musculares do átrio especializadas, sendo que as do nodo atrioventricular emitem projeções citoplasmáticas em todas as direções, formando uma rede. O feixe atrioventricular se origina no nodo atrioventricular e é formado por células semelhantes às dos nodos, porém distalmente essas células se tornam maiores e adquirem uma forma característica, sendo chamadas de células de Purkinje, possuindo um ou dois núcleos centrais e citoplasma rico em mitocôndrias e glicogênio. Após percorrer um certo trajeto na camada suendocárdica, o feixe atrioventricular penetra no miocárdio. 
O coração é inervado pelo Sistema Nervoso Simpático e Parassimpático, que formam um extenso plexo em sua base e afetam o ritmo dos batimentos do coração. 
13. Sistema vascular linfático
É um sistema de canais de paredes finas revestidas por endotélio que coleta fuidos dos espaços intersticiais e o retorna para o sangue. 
Os capilares linfáticos se originam como como vasos finos sem abertura nerminal (fundo de saco) consistindo em uma camada de endotélio e uma lâmina basal incompleta. Os finos vasos se convergem gradualmente até chegarem a dois grandes troncos: o ducto torácico (que desemboca na junção da veia jugular interna com a subclávia esquerda) e ducto linfático direito (desemboca na confluência das veias jugular interna e subclávia direitas). 
Durante seu trajeto, os vasos linfáticos atravessas os linfonodos. Quase todos os órgão possuem circulação linfática, com poucas exceções, como o Sistema Nervoso Central e Medula Óssea. 
A diferença entre os vasos linfáticos e os sanguíneos é que os linfático são mais finos e não apresentam separação clara entre as túnicas, além de também possuírem maior número de válvulas em seu interior. 
A impulsão é feita pela movimentação dos músculos esqueléticos, assim como por contrações rítmicas da musculatura lisa de suas paredes. 
Os grandes ductos linfáticos são muito semelhantes a veias, com camada média reforçada com músculo liso. Esse se apresenta disposto circularmente e longitudinalmente (maioria). A adventícia é relativamente pouco desenvolvida e apresenta vasa sasorum e rica rede neural. 
Além do retorno de liquido intersticial para o sangue, a circulação linfática também é importante para a movimentação de linfócitos e outros fatores imunológicos que penetram nos vasos quando eles passam pelos órgãos linfoides.

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