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04/11/2013 1 Farmacologia Pediátrica UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA Farmacologia - Saúde da Criança Prof. Dra. Eveline Queiroz 2013 - Anti-fúngicos: - Anfotericina B lipossomal - fluconazol - Outros: - dipirona - acetaminofen - metronidazol - fenobarbital - furosemida - dramin X metroclopramida - Antimicrobianos: - Amoxicilina + clavulanato - ampicilina - ampicilina + sulbactam - cefalosporinas - meropenem - tazocin - piperacilina + tazobactam - vancomicina - benzilpenicilina procaína e potássica - - gentamicina FÁRMACOS MAIS UTILIZADOS EM PEDIATRIA ANTIMICROBIANOS • Substâncias que provocam morte ou inibição do crescimento de microrganismos • Podem ser produzidos por bactérias ou fungos ou podem ser total ou parcialmente sintetizados • Por microrganismos suscetíveis – Antibacterianos – Antifúngicos – Antivirais – Antiparasitários CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIMICROBIANOS • Por origem – Antimicrobianos – compreende tanto as substâncias naturais (antibióticos) quanto as sintetizadas em laboratório (quimioterápicos). – Antibióticos • Produzidos por microorganismos, inibem o crescimento ou destroem bactérias e outros microorganismos • Gêneros StreptomycesStreptomyces, , PenicilliumPenicillium, , BacilusBacilus, , CephalosporiumCephalosporium – Quimioterápicos • Substâncias sintéticas ou semi-sintéticas CLASSIFICAÇÃO 04/11/2013 2 A substância antibiótica deve ser tóxica para o microrganismo e inócua para o hospedeiro. Paul Ehrlich A toxicidade seletiva depende das diferenças bioquímicas entre o parasita e o hospedeiro Estrutura de uma Célula Estrutura de uma Célula Bacteriana TípicaBacteriana Típica Gram Positivo Gram Negativo Gram Positivo e Gram Negativo Antimicrobianos 04/11/2013 3 Antimicrobianos BACTERICIDA X BACTERIOSTÁTICOS • Droga Bactericida : age predominantemente na parede celular e membrana citoplasmática (destroem os organismos). • Droga Bacteriostática: afeta a síntese protéica ou alguma etapa do metabolismo intermediário do microorganismo (impede a proliferação dos organismos). BACTERICIDA BACTERIOSTATICO 15 Microrganismo Hospedeiro Antimicrobiano Seleção da Antibioticoterapia Indentificação do patógeno Sensibilidade Local da Infecção Alergias Função Renal Função Hepática Função Imune Medicações Gravidez Exposição Prévia ao ATB Idade Patologias Afinidade Acesso ao local de infecção Potencial para interações Vias de administração Efeitos adversos Freqüência da dose Sabor Custo Escolha do antibacteriano Fatores do Hospedeiro Previsão de patógenos prováveis e padrão de sensibilidade Reg. governamental Interação da droga Amostragem bacteriológica [droga] local Toxicidade potencial RESISTÊNCIA BACTERIANA A) Conjugação � Transferência direta de DNA ou plasmídio (DNA extracromossômico), codifica genes de virulência e fatores de resistência à antibióticos; entre bactérias B) Transdução � Gene de resistência transferido através de bacteriófago C) Transformação � Incorpora genes de resistência presentes no meio C B A 04/11/2013 4 Resistência aos Antibióticos • Produção de uma enzima que inativa o fármaco: – Inativação dos antibióticos B-lactâmicos: • B-lactamases – clivam o anel B-lactâmico das penicilinas e das cefalosporinas. – Inativação do cloranfenicol: • Cloranfenicol acetiltransferase. – Inativação dos aminoglicosídios: • Reações de fosforilação, adenilação ou acetilação. Resistência aos Antibióticos • Alteração do sítio sensível a fármacos ou do sítio de ligação de fármacos: – Mutações cromossômicas; • Diminuição do acúmulo de fármacos na bactéria: – Efluxo; – Alteração da permeabilidade da membrana; • O desenvolvimento de uma via que transpõe a reação inibida pelo antibiótico. X Efluxo Inativação Diminuição da permeabilidade Alteração de alvo RESISTÊNCIA BACTERIANAResistência: principais mecanismos 22 Antimicrobianos Inibidores da Síntese da Parede Celular Inibidores da Síntese da Parede Celular Bactericidas Inibidores da Síntese da Parede Celular Bactericidas 04/11/2013 5 β-lactâmicos Aminoácidos + Açúcar Monômeros de mureína Polímeros peptídeoglicano lineares Redes bi e tridimensionais síntese polime- rização ligação cruzada (transpeptidases) Síntese da Parede Celular Bacteriana Transpeptidase : proteína aderente a penicilina (PAP) Aminoácidos + Açúcar Monômeros de mureína Polímeros peptídeoglicano lineares Redes bi e tridimensionais síntese polime- rização ligação cruzada (transpeptidases) Síntese da Parede Celular Bacteriana Antibióticos Beta- lactamicos ++ Paredes Celulares Defeituosas - Osmoticamente instáveis Transpeptidase : proteína aderente a penicilina (PAP) Parede Celular de Peptidoglicano NAMA = N-acetilglicosamina NAG = N-acetilmurânico Gram Positivo vs Gram Negativo Gram + Gram - Mais sensíveis às Penicilinas PENICILINAS - Farmacocinética • Vias de adm: VO, IV ou IM; • Absorção: a maioria das penicilinas são incompletamente absorvidas depois da adm oral e alcança o intestino em quantidade suficiente para afetar a composição da flora intestinal; – A amoxicilina é completamente absorvida; – Procurar adm o medicamento 30 min antes de se alimentar; • Distribuição: Boa; – Todas as penicilinas atravesssam a barreira placentária, mas nenhuma mostrou-se teratogênica; – A penetração em certos locais, como ossos e LCE, é insuficiente para o tratamento, a menos que esses locais estejam inflamados; • Biotransformação: insignificante; • Excreção: Renal. 04/11/2013 6 CLASSES DE PENICILINA • Penicilinas Naturais – Penicilinas G, Penicilinas V • Penicilinas resistentes à ββββ-lactamase – Cloxacilina, Oxacilina, Diclozacilina, Flucoxacilina • Penicilinas de amplo espectro (semi-sintética) – Ampicilina, Amoxicilina • Penicilina de terceira geração ou Antipseudomonas – Ticarcilina, Carbenicilina, Piperacilina – Azocilina, Mezlocilina Penicilinas Naturais � Penicilina G (ou Benzilpenicilina) � Rapidamente hidrolisada no estômago (pH baixo) � Somente por via parenteral � Pen G Cristalina (sódica e potássica) � Ácido instável – Adm.: IM ou EV � Latência: 30 minutos, administração a cada 4h � Infecções grave � Pen G Procaína (suspensão aquosa) � IM � Latência: 1 a 3hs, tempo de permanência até 24h � Pen G Benzatina � IM � Latência: 8hs, tempo de permanência por mais 3 dias PENICILINA G Penicilinas Bio-Sintéticas • Penicilinas V -ácido resistentes – Fenoximetilpenicilina – Ácido resistentes (pode ser administrada via oral) – β-lactamases sensíveis PENICILINAS Penicilinas Semi-Sintéticas � Alfa Aminobenzilpenicilinas � Ampicilina, Amoxicilina � Ácido estáveis � Boa distribuição para o fluido gengival � Inativas pelas β-lactamases � Espectro de atividade superior ao das naturais � Gram- � Ampicilina � Distúrbios da microbiota intestinal PENICILINAS AMOXICILINA Posologia Adultos: 250 a 500 mg/dia, a cada 8 h. Máx. de 4500mg/dia. Crianças abaixo de 20kg: 20 a 40 mg/kg/dia PENICILINAS • Espectro antibacteriano: • Ação contra microorganismos gram +; • Ação contra microorganismos gram – (exceto as penicilinas hidrossolúveis que não ultrapassam a membrana lipopolissacarídica que envolve a parede celular desses microorganismos); PENICILINAS 04/11/2013 7 • Efeitos colaterais e toxicidade – Desprovidas de efeitos tóxicos – Podem ser utilizadas durante a gravidez – Amplo espectro: alteração da flora intestinal • Náuseas,vômitos, diarréia, gastrite, etc. – Hipersensibilidade (produtos de degradação da penicilina, que se combinam com proteína do hospedeiro-antigênicos) • 10% população humana PENICILINAS O N S CH3 CH3 COOH H NC O R O N CH3 CH3 COOH H NC O R HS Ácido Penicilóico Penicilina PENICILINAS REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE • Reações em 1 a 10% dos pacientes e em 0,002% são fatais – Alérgicas imediatas (2-30 min) • Eritema, urticária • Angioedema, ruídos respiratórios, rinite • Hipotensão ou choque – Alérgicas aceleradas (1-72 h) • Similares às imediatas – Alérgicas tardias (> 72h) • Erupções dérmicas, urticária • Angioedema • Artralgia PENICILINAS REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE Aplicação não autorizada em farmácias USOS CLÍNICOS DAS PENICILINAS • Meningite bacteriana (Neisseria meningitidis, Streptococcus pneumoniae): benzilpenicilina, em altas doses, via IV; • Infecções ósseas e articulares (Staphylococcus aureus): flucloxacilina; • Infecções cutâneas e dos tecidos moles (Streptococcus pyogenes, S. aureus): benzilpenicilina, flucloxacilina; • Faringite (S. pyogenes): fenoximetilpenicilina; • Otite média: amoxicilina; • Bronquite: amoxicilina; • Pneumonia: amoxicilina; • Infecção do trato urinário (p.ex. E. coli): amoxicilina; • Gonorréia: amoxicilina (mais probenecida); • Sífilis: benzilpenicilina procaína; • Endocardite (Streptococcus viridans, Enterococcus faecalis); • Infecções graves por Pseudomonas aeruginosa: piperacilina. amoxicilina; INFORMAÇÕES ADCIONAIS RENAME 04/11/2013 8 INFORMAÇÕES ADCIONAIS RENAME CEFALOSPORINAS Inibidores da Síntese da Parede Celular Bactericidas Cefalotina Cefapirina 1ª GERAÇÃO 2ª GERAÇÃO 3ª GERAÇÃO 4ª GERAÇÃO Cefalotina Cefazolina Cefalexina Cefadroxil Cefaclor Cefuroxima Cefoxitina Cefotetan Cefotaxima Ceftazidima Ceftriaxona Cefixima Cefpodoxima Ceftiofur* Cefepima# CEFALOSPORINA Bactericidas FARMACOCINÉTICA DAS CEFALOSPORINAS Semelhantes às penicilinas (estrutura, espectro de ação, farmacocinética). Maioria por via parenteral. Cefalexina e cefadroxil: via oral São mais resistentes às β-lactamases de ambos Gram (+) e Gram (-) que as penicilinas. Efeitos adversos: distúrbios GI, dor no local da injeção e reações alérgicas (como as penicilinas). CEFALOSPORINAS • Espectro antibacteriano: • 1o geração: Atuam como substitutas da benzilpenicilina. – São contra cocos gram + : Staphylococcus aureos, S. epidermides, Streptococcus pneumoniae, Streptococcus pyogenes; – Ação contra gram - : Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Proteus mirabilis; • 2o geração: – São contra gram + : Streptococcus pneumoniae, Streptococcus pyogenes; – Ação contra gram - : Neisseria gonorrhoea, Enterobacter aerogenes, Escherichia coli, Haemophilus influenzae, Klebsiella pneumoniae e Proteus mirabilis; • 3o geração: – Ação contra gram - : N. gonorrhoea, E. aerogenes, E. coli, H. influenzae, K. pneumoniae, P. mirabilis e Pseudomonas aeruginosa; • 4o geração: – São contra cocos gram + : Staphylococcus e Streptococcus; – Ação contra gram - : E. aerogenes, E. coli, K. pneumoniae, P. mirabilis e P. aeruginosa; 04/11/2013 9 USOS CLÍNICOS DAS CEFALOSPORINAS • Septicemia – cefuroxima, cefotaxima; • Pneumonia causada por microrganismos sensíveis; • Meningite – ceftriaxona, cefotaxima; • Infecção do trato biliar; • Infecção do trato urinário (particularmente durante a gravidez ou em pacientes que não respondem a outros fármacos); • Sinusite – cefadroxil; ANTIBIÓTICOS Β-LACTÂMICOS NÃO CLÁSSICOS Inibidores da Síntese da Parede Celular Bactericidas • Monobactâmicos (aztreonam) – Resistente a maioria das β-lactamases. – Ativo contra Gram-negativo (pseudomonas, Nesisseria meningitidis, Haemophilus influenza) – Não exerce ação contra Gram-positivos – É recomendado para uso nos pacientes alérgicos à penicilina, porque possui baixo perfil imunogênico e é menos provável que tenha reação cruzada com as penicilinas e as cefalosporinas. ANTIBIÓTICOS Β-LACTÂMICOS NÃO CLÁSSICOS • Carbapenens (Meropenem e imipenem) – Estabilidade contra a atividade das β-lactamases – Amplo espectro (gram-positivo e negativo) • Exceto Staphylococcus sp altamente resistentes e enterococos • Tratamento de infecções mistas com bactérias resistentes – São capazes de penetrar através dos canais de porina presentes na membrana celular das bactérias Gram (-). – Imipenem + Cilastatina: A cilastatina é adm conjuntamente com o imipenem, para reduzir o metabolismo renal do imipenem, mas não apresenta atividade bactericida. – Administração via parenteral – Efeitos adversos: reações alérgicas, náuseas, vômitos, diarréia. ANTIBIÓTICOS Β-LACTÂMICOS NÃO CLÁSSICOS INIBIDORES ββββ-LACTÂMICOS • Ácido Clavulâmico e Sulbactam – Inibidores irreversíveis das enzimas β lactamases – Não apresentam atividade intrínseca antibacteriana – Combinados com penicilinas para melhorar seu espectro de ação • Ác. Clavulâmico + Amoxicilina: uso oral • Tratamento da periodontite refratária de adulto • Sulbactam + ampicilina: uso parenteral • Efeitos adversos – Vômito e diarreia 04/11/2013 10 VANCOMICINA FARMACOCINÉTICA DA VANCOMICINA • É um glicopeptídeo tricíclico; • Eficaz contra microorganismos multi-resistentes; • Inibe a síntese de fosfolipídeos da parede celular bacteriana bem como a polimerização do peptídeoglicano ligando-se à cadeia lateral D-ala-D-ala do pentapeptídeo precursor; • Eficaz contra gram +; FARMACOCINÉTICA DA VANCOMICINA Efeitos Adversos da Vancomicina Ototoxicidade Nefrotoxicidade - Anti-fúngicos: - Anfotericina B lipossomal - fluconazol Outros: - dipirona - acetaminofen - metronidazol - fenobarbital - furosemida - dramin X metroclopramida - Antimicrobianos: Benzilpenicilina procaína e potássica Amoxicilina + clavulanato Ampicilina Ampicilina + sulbactam Cefalosporinas Meropenem Tazocin - piperacilina + tazobactam Vancomicina Gentamicina FÁRMACOS MAIS UTILIZADOS EM PEDIATRIA Inibidor da Síntese de Proteínas FÁRMACOS AMINOGLICOSÍDEOS Inibidores da Síntese de Proteínas 04/11/2013 11 Estrutura de uma CélulaEstrutura de uma Célula Bacteriana TípicaBacteriana Típica Ribossomas nos procariontes: 50S 30S Ribossomas nos eucariontes: 60S 40S MECANISMO DE AÇÃO DOS AMINOGLICOSÍDEOS FARMACOCINÉTICA DOS AMINOGLICOSÍDEOS Efeitos Adversos dos Aminoglicosídeos INFORMAÇÕES ADCIONAIS RENAME - Anti-fúngicos: - Anfotericina B lipossomal - Fluconazol - Outros: - dipirona - acetaminofeno - metronidazol - fenobarbital - furosemida - dramin X metroclopramida - Antimicrobianos: - Amoxicilina + clavulanato - ampicilina - ampicilina + sulbactam - cefalosporinas - meropenem - tazocin - piperacilina + tazobactam - vancomicina - benzilpenicilina procaína e potássica - - gentamicina FÁRMACOS MAIS UTILIZADOS EM PEDIATRIA Inibidor da Síntese de Proteínas 04/11/2013 12 Antifúngicos - Anti-fúngicos: - Anfotericina B lipossomal - fluconazol - Outros: - dipirona - acetaminofeno - metronidazol - fenobarbital - furosemida - dramin X metroclopramida - Antimicrobianos: - Amoxicilina + clavulanato - ampicilina - ampicilina + sulbactam - cefalosporinas - meropenem - tazocin - piperacilina + tazobactam - vancomicina - benzilpenicilina procaína e potássica - - gentamicina FÁRMACOS MAIS UTILIZADOS EM PEDIATRIA Inibidor da Síntese de Proteínas o Dipidor®, Novalgina®, Neosaldina®, Lisador®, Nolotil® o Analgésico e antipirético. o Vias de administração: VO, IM e IV; T 1/2 vida plas: 4 h; o Metabolismo: Hepático; o Excreção: Renal; o DoseMáx. Diária: 4g. o Efeitos colaterais: hipersensibilidade, choque, dispnéia, angioedema grave, arritmia cardíaca, broncoespasmo, hipotensão arterial, agranulocitose, leucopenia. DIPIRONA oo PosologiaPosologia: Crianças e adolescentes menores de 15 anos: 13 a 14 anos (46 a 53 kg): 30 a 37 gotas, até 4 vezes ao dia; De 10 a 12 anos (31 a 45 kg): 22 a 30 gotas, até 4 vezes ao dia; De 7 a 9 anos (24 a 30 kg): 18 a 21 gotas, até 4 vezes ao dia; De 4 a 6 anos (16 a 23 kg): 13 a 16 gotas, até 4 vezes ao dia; De 1 a 3 anos (9 a 15 kg): 7 a 12 gotas, até 4 vezes ao dia; 3 a 11 meses (5 a 8 kg): 3 a 6 gotas, até 4 vezes ao dia. Crianças menores de três meses de idade ou pesando menos de 5 kg não devem ser tratadas com dipirona, a menos que seja absolutamente necessário. Neste caso, a dose de 1 gota até 3X ao dia não deve ser excedida. DIPIRONA Paracetamol (Acetaminofeno) Tylenol® • Ação antipirética e analgésica Possuem a vantagem terapêutica sobre os analgésicos narcóticos já que não provocam dependencia física ou tolerância; • Inibidor reversível e não competitivo da COX - pequena ação antiinflamatória • Alternativa para AAS (não exerce efeito sobre as plaquetas ou excreção de ácido úrico). • Menos seletivo para COX-1; Farmacocinética: Dose terapêutica: 10mg/kg Dose máxima/dia: 4g Doses tóxicas 10 a 15g: hepatotoxicidade Absorção: é rapidamente absorvido pelo TGI. Metabolização: Nas células luminais dos intestinos e nos hepatócitos, ocorre significativa biotransformação de primeira passagem. Tempo de 1/2 vida plasm : 2-4h Excreção: renal Paracetamol (Acetaminofeno) Tylenol® 04/11/2013 13 Usos terapêuticos: cefaléia, dor musculoesquelética, dismenorréia, osteoartrite (dor), febre. O paracetamol pode ser utilizado em todos os grupos etários (lactentes até indivíduos idosos), em mulheres grávidas e durante a lactação, na presença de outros estados mórbidos e em pacientes para os quais a aspirina é contra-indicada. Não apresenta qualquer interação medicamentosa significativa. Por conseguinte, pode ser preferido à aspirina para a maioria das condições não-graves. Paracetamol (Acetaminofeno) Tylenol® o Obs.: A aspirina pode causar a Síndrome de Reye emo Obs.: A aspirina pode causar a Síndrome de Reye em Crianças. oSíndrome de Reye: é uma hepatite fulminante com edema cerebral frequentemente fatal. o pode surgir após ocorrer doença viral aguda. o Assim, o uso de aspirina é contra-indicado em crianças com infecções virais. Doses: Lactente, 50mg; Crianças de um a três anos de idade, 80-160mg; Crianças de 4 a 8 anos, 240-320mg; Crianças de 9 a 12 anos, 300 a 600mg; Adulto: 0,5 a 1g 3x ao dia; Paracetamol (Acetaminofeno) Tylenol® Efeitos adversos: Raramente pode acontecer eritema cutâneo e reações alérgicas mínimas; Necrose tubular renal e coma hipoglicêmico são complicações raras do tratamento prolongado com altas doses. Pode ocorrer necrose hepática, uma condição muito grave e letal. Sintomas do envenenamento agudo: náuseas e vômitos, sendo a hepatotoxicidade uma manifestação tardia, que surge dentro de 24- 48h. O tratamento consiste em lavagem gástrica, seguida da administração de carvão ativado por via oral. Paracetamol (Acetaminofeno) Tylenol® o Agente antiiflamatório, analgésico e antipirético mais prescrito; o É indicado para o alívio de dores de cabeça, dor nas costas, dores musculares, dor nas articulações, dor da artrite, dores de garganta, dor de dente, febre, etc. o Mecanismo de ação: o inibição da síntese de PGs o bloqueio irreversível da COX (modifica a enzima) o Relativamente seletivo para cox-1 ASPIRINA FORMA FORMA INALTERADAINALTERADA ESTERASESESTERASES HIDROLISADOHIDROLISADO ABSORÇÃO SALICILATO + ÁCIDO ACÉTICO VIA DE ADM: VO e retal ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS ASPIRINA CONJUGAÇÃOCONJUGAÇÃO CONJUGADOS GLICURÔNICOS OU COM GLICINA METABOLIZAÇÃO: hepática T 1/2 plasm. T 1/2 plasm. -- ASPIRINA: De 3 a 5 horas.ASPIRINA: De 3 a 5 horas. T 1/2 plasm. T 1/2 plasm. -- SALICILATO (baixa dose): 2 SALICILATO (baixa dose): 2 -- 3 h3 h (alta dose): 12 (alta dose): 12 -- 15 h15 h DOSE MÁXIMA DIÁRIA = 3,6g **Atravessa livremente a membrana placentária. EXCREÇÃO= renal ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS 04/11/2013 14 • Via oral, comprimidos a cada 4, 6 ou 8 horas. Algumas formas mais caras são encapsuladas para prevenir efeitos adversos sobre a mucosa do estômago. • Dosagens que são comumente utilizadas: • 50 a 325 mg via oral para a prevenção de trombose e doenças cardíacas (dose diária) • 500 mg via oral para tratamento da dor (a cada 4 horas) • 1000 mg via oral para tratamento da dor e da inflamação (a cada 4, 6 ou 8 horas) 79 ASPIRINA - POSOLOGIA Tomadas > 4 h • Adulto – antipirético e analgésico: 250 mg a 1 g por dose, até 3 g/d – antiinflamatório: 500 mg a 1 g por dose, até 6g/dia • Criança – via oral: 25 a 50 mg/kg/d em 4 a 6 ingestões Acido AcetilsalicilicoAcido Acetilsalicilico (Aspirina, AAS) Posologia(Aspirina, AAS) Posologia oo Distúrbios gastrointestinais: irritação gástrica, náuseas e vômitos. o Obs.: Deve ser administrado acompanhado de alimentos e de grande volume de líquido para reduzir os disturbios gastrointestinais. o Inibição da agregação plaquetária. o Hipersensibilidade. o Síndrome de Reye: é uma hepatite fulminante com edema cerebral frequentemente fatal. o pode surgir após ocorrer doença viral aguda. o o uso de AAS é contra-indicado em crianças com infecções virais. EFEITOS ADVERSOS • Em crianças, o uso de AAS é restrito, pelo receio do aparecimento de síndrome de Reye. Uma exceção é o uso de ibuprofeno intravenoso (sol. inj. 5mg/ml) (não disponível no Brasil). Fonte:OHLSSON, A.; WALIA, R.; SHAH, S. S. Ibuprofen for the treatment of patent ductus arteriosus in preterm and/or low birth weight infants. Cochrane Database of Systematic Reviews. The Cochrane Library, [S. l.], n. 9, 2010. Art. No. CD003481. • Ibuprofeno, em altas doses por tempo prolongado, melhorou uma série de desfechos clínicos em crianças com fibrose cística (função pulmonar, estado nutricional, uso de antibioticoterapia intravenosa, admissões hospitalares, sobrevida, comprometimento radiológico pulmonar) em relação a placebo. Fonte: LANDS, L. C.; STANOJEVIC, S. Oral non-steroidal anti-inflammatory drug therapy for lung disease in cystic fibrosis. Cochrane Database of Systematic Reviews. The Cochrane Library, [S. l.], n. 9, 2010. Art. No. CD001505. AAS X Ibuprofeno (Farmacologia Clínica) - Anti-fúngicos: - Anfotericina B lipossomal - fluconazol - Outros: - dipirona - acetaminofen - metronidazol - fenobarbital - furosemida - dramin X metroclopramida - Antimicrobianos: - Amoxicilina + clavulanato - ampicilina - ampicilina + sulbactam - cefalosporinas - meropenem - tazocin - piperacilina + tazobactam - vancomicina - benzilpenicilina procaína e potássica - - gentamicina FÁRMACOS MAIS UTILIZADOS EM PEDIATRIA Inibidor da Síntese de Proteínas Diuréticos de Alça Furosemida (Lasix®), Bumetanida (Burinax®), Piretanida (Arelix®) • Alça ascendente de Henle: – Na+ � Reabsorção 20-30%; – permeabilidade à água; – “diluidor” urinário � interstício hipertônico • Diuréticos de “alto limiar”; – Furosemida e bumetanida: sítio do Cl – – Solutos: túbulo, interstício – vasodilatador (“fator renal”) Duração de ação: 4 a 6 horas. 04/11/2013 15 • Efeitos Indesejáveis: – Mecanismo de ação: • Hipocalemia • Ca2+ Mg2+ sangue • Alcalose – Hiperuricemia; • Inibem a excreção de ácido úrico; – Surdez; – Hipersensibilidade. Diuréticos de Alça Furosemida (Lasix®) Crianças Controle cuidadoso é necessário em crianças prematuras pela possibilidade de desenvolvimentode nefrolitíase (cálculos de cálcio nos rins) e nefrocalcinose (deposição de sais de cálcio nos tecidos dos rins). Nestes casos, a função renal dos rins deverá ser controlada e deverá ser realizada uma ultrassonografia dos rins. • Usos (associações) � sobrecarga de Na e água: – Hipertensão associada a comprometimento renal; – Edema pulmonar agudo; – IC crônica; – Cirrose com ascite; – Síndrome nefrótica; – Insuficiência renal; – Hipercalcemia. Diuréticos de Alça Furosemida (Lasix®) USO DE MEDICAMENTOS DURANTE A AMAMENTAÇÃO LACTENTE • Durante a amamentação os medicamentos devem ser evitados, e quando necessários devem ser administrados com cautela; • Muitos fármacos são detectados no leite materno; • As concentrações no leite materno são relativamente baixas na maioria das vezes. FARMACOCINÉTICA NO BEBÊ (LACTENTE) • Apresentam maior proporção de água corpórea; • A degradação hepática dos fármacos é menor; • A elimininação dos fármacos por via renal é menor; • A ligação às proteínas plasmáticas (albumina) é menor. - Menor quantidade de proteínas plasmáticas; - Maior quantidade de fármaco livre. • O fármaco fica mais tempo no organismo e fica mais na forma LIVRE; • Pequenas quantidades de fármacos, podem gerar efeitos perceptíveis e de importância clínica. ���� TÓXICOS FARMACOCINÉTICA NO BEBÊ (LACTENTE) • A maioria dos fármacos devem ser evitados; • Alguns medicamentos como a ocitocina, que aumenta a ejeção de leite e a metoclopramida, que aumenta a produção de leite, bem como algumas vitaminas, podem ser usadas na amamentação. 04/11/2013 16 FÁRMACOS QUE DEVEM SER EVITADOS DURANTE A AMAMENTAÇÃO • Penicilinas (antimicrobiano) Pode promover diarréias no bebê, bem como sensibilização e anafilaxia. FÁRMACOS QUE DEVEM SER EVITADOS DURANTE A AMAMENTAÇÃO • Cloranfenicol (antimicrobiano) Pode ocorrer supressão da medula óssea no bebê; É contra-indicado!!!! FÁRMACOS QUE DEVEM SER EVITADOS DURANTE A AMAMENTAÇÃO • Diazepan (BZD – ansiolítico, sedativo, anticonvulsivante) Pode gerar sedação intensa, redução da sucção, e acúmulo no organismo do bebê. FÁRMACOS QUE DEVEM SER EVITADOS DURANTE A AMAMENTAÇÃO • Fenobarbital (anticonvulsivante) Pode gerar letargia, sedação, redução da sucção e amadurecimento hepático prematuro. FÁRMACOS QUE DEVEM SER EVITADOS DURANTE A AMAMENTAÇÃO • Corticóides (antiinflamatórios e imunossupressores) Pode gerar deficiência na calcificação óssea e redução na imunidade do bebê; Em doses baixas são relativamente seguros. FÁRMACOS QUE DEVEM SER EVITADOS DURANTE A AMAMENTAÇÃO • Tetraciclinas (antimicrobiano) Pode gerar escurecimento dos dentes do bebê, redução na absorção de cálcio e diarréias. São contra-indicados na gravidez. 04/11/2013 17 FÁRMACOS QUE DEVEM SER EVITADOS DURANTE A AMAMENTAÇÃO • Cafeína (estimulante) Pode gerar exitação no bebê; Pode modificar o sabor do leite, gerando recusa. FÁRMACOS QUE DEVEM SER EVITADOS DURANTE A AMAMENTAÇÃO Se a mãe precisar fazer uso de medicamentos conhecidamente seguros durante a amamentação, isto deve ser feito 20 minutos após a mamada e 3-4 horas antes da próxima mamada. FÁRMACOS QUE DEVEM SER EVITADOS DURANTE A AMAMENTAÇÃO Se o fármaco for conhecidamente tóxico ou tiver estudos de toxicidade durante a amamentação, DEVE SER EVITADO!!! Na adm de medicamentos ao lactente NÃO DEVE ser feita a diluição do medicamento em mamadeiras ou afins, o medicamento deve ser administrado usando uma seringa ou colher de medida. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. GOODMAN e GILMAN. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 11ª Edição. Editora McGraw Hill, 2006. 2. RANG, H.P.; DALE M.M.; RITTER, J.M.; FLOWER, R.J. Farmacologia, 6ª Edição. Rio de Janeiro, Elservier, 2007. 3. TRIPATHI, K.D. Farmacologia Médica, 5ª Edição. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2006. 4. FINKEL, R.; CABEDDU, L.X.; CLARK, M.A. Farmacologia Ilustrada, Porto Alegre, Artmed, 2010. 5. CRAIG, C.R.; STITZEL, R.E. Farmacologia Moderna com Aplicações Clínicas, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2005. 6. LARINI, L. Fármacos e Medicamentos Porto Alegre, Artmed, 2008, 408p. Obrigada!!!! Prof. Dra. Eveline Queiroz equeiroz@uel.br
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