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1 FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU CURSO DE FISIOTERAPIA FISIOTERAPIA DO TRABALHO E ERGONOMIA HEBERT LUIZ MARTINS PEREIRA LARISSA CAMILA DA SILVA RENATA ALEXANDRE ALVES RWTH DE FÁTIMA VIEIRA STEPHANIE CHRISTINI DE ANDRADE SILVA VITOR LEANDRO DA CUNHA ORIENTADOR: MS. LUIZ FILIPE CERQUEIRA BARBOSA ANÁLISE ERGONÔMICA DE PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL DA CIDADE DE CANGUARETAMA/RN Natal – RN 2016 2 HEBERT LUIZ MARTINS PEREIRA LARISSA CAMILA DA SILVA RENATA ALEXANDRE ALVES RWTH DE FÁTIMA VIEIRA STEPHANIE CHRISTINI DE ANDRADE SILVA VITOR LEANDRO DA CUNHA ANÁLISE ERGONÔMICA DE PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL DA CIDADE DE CANGUARETAMA/RN Projeto de Pesquisa apresentado para a disciplina Fisioterapia do Trabalho e Ergonomia, do professor Luiz Filipe Cerqueira Barbosa como requisito avaliativo do semestre 2016.1 para obtenção de nota parcial. NATAL/RN 2016 3 Resumo Introdução: Os efeitos das condições de trabalho perduram para além do trabalho, podendo determinar, muitas vezes, prejuízo à saúde do trabalhador. Entre as patologias comuns a esses profissionais, as lesões por esforço repetitivo (LER) ou distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) constituem a segunda patologia relacionada à atividade laboral com maior incidência no Brasil, tendo como consequência mais frequente a incapacidade Produtiva. Neste sentido, o objetivo é de analisar ergonomicamente professores pertencentes a rede municipal de ensino da cidade de canguaretama/RN ao qual tem sustentação da literatura. A população foi de 45 indivíduos e a amostra com 20 funcionários de ambos os sexos. Metodologia: Os materiais utilizados foram: questionário, câmera de telefone celular, fita métrica e termômetro. O processo ocorreu por aplicação de questionário que analisavam os fatores ambientais e humanos. Nas analises sobre os fatores ambientais constavam: iluminação, ruído, temperatura, equipamento. Em relação aos fatores humanos foram ressaltados: motivação, adequação psicológica e saúde do trabalhador, além de coleta de imagens. Os resultados obtidos foram demonstrados em tabelas e gráficos por meio de dados brutos. Resultado: Após a coleta de dados, dentre os fatores ambientais tanto a temperatura como a luminosidade foram consideradas inadequadas em alguns locais de trabalho. Nos fatores humanos, somente o sentimento de pressão. Conclusão: Portanto, as escolas necessitam de alguns pequenos reajustes ergonômicos para a melhoria da qualidade de vida e trabalho dos professores visto que a maioria de suas dores e queixas é decorrente dos locais de trabalho. A partir dos problemas podemos pressupor uma intervenção com orientações sobre a melhor postura adotada, e mudanças de materiais encontrados em uma sala de aula. Palavraschaves: Fisioterapia, Professores, Ergonomia. 4 SUMÁRIO 1. Introdução 5 1.1 Importância do estudo 6 1.2 Objetivos: 6 1.2.1 Objetivo Geral 6 1.2.2 Objetivos específicos 6 2. Referencial Teórico 7 2.1Ergonomia 8 2.2 Biomecânica Ocupacional................................................................................................8‐9 2.3 Antropometria 9 2.4 Fatores Ambientais. 9‐10 2.5 Fatores Humanos 10 2.6 Regulamentações 11 3.Metodologia..............................................................................................12 3.1 Características da pesquisa............................................................................................12 3.2 População e amostra.....................................................................................................12 3.2.1 População..................................................................................................................12 3.2.2 Amostra..................................................................................................................12 3.3 Instrumentos de coleta de dados..................................................................................12 3.4 Procedimentos..........................................................................................................12‐13 3.5 Analise dos dados..........................................................................................................13 4. Resultados e discussões...............................................................................1418 5. Conclusão e recomendação..........................................................................1920 6. Referências Bibliográficas..................................................................................22 5 1. INTRODUÇÃO Atualmente a sociedade tem tido um grande desenvolvimento tecnológico e juntamente com isso ocorre diversos tipos de acidentes, dentre eles destacamse automobilísticos, industriais e naturais o que ocasionalmente leva a diversos afastamentos por parte da empresa contratante de tais trabalhadores. Nesse contexto a contratação de profissionais aptos a pratica da ergonomia, no Brasil, vem sendo cada vez maiores nas mais diversas áreas seja ela industrial ou educacional. A ergonomia busca evitar possíveis acidentes ou danos a saúde decorrentes da má realização das atividades relacionadas ao ambiente de trabalho. Nesse aspecto, muitos ainda se perguntam o que seria a ergonomia? , De acordo com a Associação Internacional de Ergonomia (IEA) fica definida da seguinte forma “A Ergonomia (ou Fatores Humanos) é uma disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de aperfeiçoar o bem estar humano e o desempenho global do sistema. Os ergonomistas contribuem para o planejamento, projeto e a avaliação de tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas de modo a tornálos compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas” (IEA, 2000). No Brasil, pouco ainda tem sido feito para avaliar a repercussão do trabalho sobre a saúde em categorias de trabalhadores em que os fatores de risco são menos visíveis,como por exemplo, os professores. Para Alexander, escola é uma “indústria complexa” que envolve diversas atividades que potencializam a ocorrência de problemas de saúde (Alexander DL, 2001). O exercício do magistério é uma função antiga e os problemas decorrentes dela, a acompanham desde os primórdios. Alguns estudos brasileiros demonstram uma relação importante entre a saúde dos professores e suas condições de vida e de trabalho. 6 Seguindo a proposta de Alexander, o presente estudo abordará tanto fatores ambientais quanto humanos que possam interferir no trabalho do professor de ensino fundamental de determinada região. 1.1 Importância do estudo O projeto e de extrema relevância para o meio acadêmico, pois servira como embasamento para futuros trabalhos e projetos científicos ao qual se interesse pela temática abordada. A elaboração desta proposta visa à readequação ergonômica de determinado posto de trabalho bem como a analise biomecânica a fim de evitar malefícios à saúde do trabalhador, sendo útil para os sujeitos da pesquisa, pois promoverá maior entendimento a respeito de tais adequações e consequentemente a melhora da qualidade de vida e trabalho. 1.2 Objetivos: 1.2.1 Objetivo Geral Analisar ergonomicamente os professores do ensino fundamental da cidade de Canguaretama/RN. 1.2.2 Objetivos específicos Observar á saúde ocupacional dos professores da rede municipal de ensino; Identificar estruturas de equipamentos utilizados e se estes são adequados aos professores; Analisar fatores humanos como motivação e relacionamento com os colegas de trabalho; Obsevar fatores ambientais como iluminação, temperatura e ruídos que possam interferir na execução do trabalho; 7 2. REFERENCIAL TEÓRICO Na antiguidade, aproximadamente 4000 a.C. e 395 d.C. havia uma preocupação em eliminar as doenças através da utilização de agentes físicos (Sol, luz, calor, água e a eletricidade), massagens e exercícios físicos (REBALATTO e BATOMÉ, 1999). A fisioterapia é definida como uma ciência da Saúde que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por alterações genéticas, por traumas e por doenças adquiridas (LOPES, 2005). No Brasil, a fisioterapia surgiu como uma forma de solução para os altos índices de acidentes de trabalho, buscando promover mais agilidade na reabilitação para que o trabalhador pudesse voltar o quanto antes a seu posto de trabalho. (REBELATTO, BATOMÉ, 1999). Fisioterapia foi regulamentada no Brasil pelo DecretoLei n° 938 de 13 de outubro de 1969, que em seu artigo 5°, parágrafo I, delega a atribuição de dirigir serviços em órgãos públicos ou particulares ou assessorálos tecnicamente (COFFITO, 2013). A Fisioterapia surge representada por uma competência bastante limitada em relação as suas atribuições atuais: pois antes quando se pensava em fisioterapia logo se tinha a ideia de que se tratava de certa ciência da reabilitação. Na atualidade a fisioterapia se apresenta muito distante do que antes era imaginado. A fisioterapia é uma das áreas da saúde que vem se desenvolvendo cada vez mais, nos últimos anos se mostrou atuante não apenas no campo da reabilitação, mas se expandindo chegando a atuar até mesmo na prevenção de doenças e suas possíveis complicações (Limongi 2001, p. 67). Hoje, segundo o COFFITO (2013), existem doze especialidades reconhecidas para esse curso, sendo que a primeira foi reconhecida no ano de 1998 e a última foi reconhecida em 2009. Para o presente trabalho iremos conhecer mais a respeito da Fisioterapia do Trabalho (Resolução Coffito nº. 351, de 13/06/2008). 8 2.1 Ergonomia A ergonomia é definida como o estudo da adaptação do trabalho ao homem, sendo a ergonomia realizada com uma visão ampla que abrange atividades como planejamento e projeto antes que o trabalho seja realizado, e pode ainda ocorrer durante ou após o trabalho ter sido realizado, geralmente o processo de avaliação da ergonomia se inicia pelo estudo das características do trabalhador, para que consequentemente venha a se projetar o trabalho que ele possa executar contribuindo para a melhora de sua saúde (IIDA , 2005). Associação Internacional de Ergonomia (IEA) defini a ergonomia da seguinte forma “A Ergonomia (ou Fatores Humanos) é uma disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de aperfeiçoar o bem estar humano e o desempenho global do sistema. Os ergonomistas contribuem para o planejamento, projeto e a avaliação de tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas de modo a tornálos compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas” (IEA, 2000). 2.2 Biomecânica Ocupacional Biomecânica ocupacional é parte da biomecânica geral que irá se ocupar de movimentos corporais e forças que se relacionam com o trabalho realizado, se preocupando sempre com interações físicas do trabalhador e seu posto de trabalho buscando sempre reduzir os riscos de distúrbios musculoesqueléticos, diminuindo cada vez mais os afastamentos de trabalhadores por tais distúrbios (IIDA, 2005;CHAFFIN, D.B. 2001). Para se avaliar a biomecânica devemos saber os princípios básicos, como o trabalho muscular que se subdivide em estático sendo aqueles que exigem contração continua de alguns músculos sendo realizado de forma isométrica e dinâmico que ocorre quando há momentos de contrações e relaxamentos alternados dos músculos, postura do corpo é outro principio básico do qual devemos estar cientes no momento da analise ergonômica, pois muitas vezes os trabalhadores fazem uso de posturas inadequadas devido ao projeto deficiente das máquinas ou materiais encontrados em seu local de 9 trabalho as posturas que devem ser observadas são posição em pé, posição deitada e posição sentada visto que algumas destas posições tendem a necessitar de recrutamento musculares maiores (IIDA, 2005;COURY, 1995), aplicação de forças é outro principio a ser observado visto que a contração muscular necessária para aplicar forças depende da quantidade de fibras musculares contraídas devemos sempre lembrar que a contração muscular não deve ultrapassar 20% da força máxima. 2.3 Antropometria Definida como medidas físicas do corpo humano a antropometria se torna mais uma das técnicas de avaliação do trabalhador em seu posto de trabalho, antes de se realizar qualquer medida devemos levar em conta possíveis meios que podem levar a variações de medidas, tais como:sexo,variações interindividuais,étnicas,clima.voltando a falar das diferenças interindividuais podemos enfatizar as pesquisas de Sheldon onde ele observou e definiu os três tipos físicos básicos cada um com sua característica dominante:ectomorfo,mesomorfo,endomorfo (IIDA, 2005). A antropometria ainda pode variar podendo ser estática sendo aquela em que se refere a medição com o corpo parado ou com o minimo de movimentos possiveis sendo realizado a partir de pontos anatomicos indentificaveis,tem se tambem a dinamica que serve para medir os alcances dos movimentos,e por fim tem se a funcional que as medidas são feitas durante a execução de tarefas especificas.(IIDA, 2005;BARROS ,2004). 2.4 Fatores ambientais Fator ambiental é um dos aspectos a constar na analise ergonômica visto que tais fatores interferem diretamente na função executada, dentre fatores ambientais temos ruídos, vibrações, iluminação, temperatura e até mesmo substancias químicas. Iluminação é definida como intensidade da luz que incide sobre a superfície de determinada área de trabalho tendo que ser suficiente para garantir uma boa visibilidade é consequentemente contribui para a melhora da produtividade e redução da fadiga e acidentes de trabalho, sendo indicada uma intensidade de 200750 lux para a realização de atividades normais como no caso do professor que utiliza quadro branco e piloto de 10 tinta preta a fim de dar maior visibilidade aos alunos tal iluminação para este grupo seria indicado (DUL; WEERDMEESTER, 2012). Temos presente ainda ruídos que é definido como um som indesejável, ou seja, som que não tem ligação com a atividade exercida, tais sons elevados com o tempo pode fazer com que o profissional desenvolva surdez, sempre e indicado reduzir ao máximo os ruídos mais essa redução não deve ser inferior a 30 dB. (DUL; WEERDMEESTER, 2012, Pag.83). Vibrações é outro ponto a ser discutido visto que pode atingir o corpo inteiro, vibração consiste de uma mistura complexa de diversasondas com frequências e direções diferentes, os limites de vibrações para o corpo inteiro devem ser considerados abaixo de 0,5m/s2 e para as mãos e braços abaixo de 2,5m/s2 (DUL; WEERDMEESTER, 2012, Pag.89). A temperatura de determinado local de trabalho deve buscar sempre o conforto térmico satisfazendo as diversas condições impostas, devemos levar em conta quatro fatores que contribuem para a temperatura de determinado ambiente, sendo eles: temperatura do ar, calor radiante, velocidade do ar e umidade relativa, como devemos buscar o conforto térmico devemos evitar umidades ou securas exageradas que podem ocasionar em distrações ou acidentes de trabalho (DUL; WEERDMEESTER, 2012, Pag. 95). 2.5 Fatores humanos Fatores humanos abrangem todas as transformações que vem a ocorrer com o organismo quando o mesmo passa do repouso para a atividade, alguns dos principais fatores humanos que encontramos destacamse a monotonia, fadiga e motivação que são três aspectos que encontramos presentes em todos os trabalhos dificultando que venham a ser eliminados, mas que podemos alteralos a fim de tornalos mais interessantes e motivadores (IIDA, 2005). A fadiga é uma das queixas mais frequentes em todos os trabalhos, é caracterizado como redução reversível da capacidade do organismo de realizar tal tarefa em seu ambiente de trabalho, os efeitos da fadiga são cumulativos desde fatores fisiológicos que se relaciona com intensidade e duração do trabalho como fatores psicológicos como a monotonia e falta de motivação (IIDA, 2005). 11 2.6 Regulamentações No Brasil, a fisioterapia surgiu como uma forma de solução para os altos índices de acidentes de trabalho sendo regulamentada no Brasil pelo DecretoLei n° 938 de 13 de outubro de 1969, que em seu artigo 5°, parágrafo I, delega a atribuição de dirigir serviços em órgãos públicos ou particulares ou assessorálos tecnicamente (COFFITO, 2013). Hoje, segundo o COFFITO (2013), existem doze especialidades reconhecidas para esse curso, São elas: a Fisioterapia Neurofuncional (Resolução Coffito nº 188, de 09/12/1998), a Acupuntura (Resoluções Coffito nº 201, de 24/06/1999 e 219, de 14/12/2000), a Quiropraxia (Resolução Coffito nº 220, de 23/05/2001), a Osteopatia (Resolução Coffito nº 220, de 23/05/2001), a Fisioterapia TraumatoOrtopédica Funcional (Resolução Coffito nº 260, de 11/02/2004), a Fisioterapia Respiratória (Resolução Coffito nº. 318, de 30/08/2006), a Fisioterapia esportiva (Resolução Coffito nº 337, de 08/11/2007), a Fisioterapia do Trabalho (Resolução Coffito nº. 351, de 13/06/2008), a Fisioterapia DermatoFuncional (Resolução Coffito nº. 362, de 20/05/ 2009), a Fisioterapia em Saúde Coletiva ( Resolução Coffito nº. 363, de 20/05/ 2009), a Fisioterapia OncoFuncional ( Resolução Coffito nº. 364, de 20/05/ 2009) e a Fisioterapia em Saúde da Mulher ( Resolução Coffito nº. 372, de 06/11/2009). O Fisioterapeuta do trabalho deverá ser um profissional ativo nos processos de planejamento e implantação de programas destinados a educação do trabalhador nos temas referentes a acidente do trabalho, doença funcional/ocupacional e educação para a saúde (Artigo 4º Resolução 259/2003). 12 3. METODOLOGIA 3.1 Características da pesquisa O presente estudo foi do tipo descritivo que segundo Cervo e Bervian (1996) busca registrar, analisar e correlacionar fenômenos ou fatos sem manipulálos. Objetiva descobrir com determinada precisão a frequência em que o fenômeno ocorre e sua relação com outros, sua natureza e características. Como os dados são oriundos de seu habitat natural, devem ser coletados e registrados de forma ordenada para seu estudo. 3.2 População e Amostra 3.2.1 População A população foi de 45 professores da rede municipal da cidade de Canguaretama/RN, de ambos os sexos, que se encontrava em suas respectivas escolas no momento da coleta de dados. 3.2.2 Amostra Foram analisados 20 professores, de ambos os sexos. 3.3 Instrumentos de coleta de dados No presente estudo foram utilizados os seguintes instrumentos: Questionário Constou 12 perguntas realizadas pelos pesquisadores (apêndices 1) TCLE Câmera de celular Moto g 2ª geração de 5 mega pixels. Termômetro Fita métrica 3.4 Procedimentos Inicialmente foi feita uma visita à secretária de educação do município de canguaretama onde foi apresentada a proposta elaborada por sujeitos envolvidos. Sendo autorizado pelo representante legal presente no momento e assinado o Termo de consentimento Livre e Esclarecido (anexo¹), apartir daí nos encaminhamos para as 3 escolas selecionadas para a pesquisa,onde foi exposto todo o projeto aos professores das 13 devidas instituições e onde os mesmos assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (anexo¹),Subsequente, foi feita a coleta de imagens e aplicação de questionário e realizada a medição dos alcances dos MMSS. Finalizamos com analise dos registros e com a conclusão obtida, não houve uma intervenção nos locais pesquisados. 3.5Analise de Dados Os dados coletados foram transcritos em uma estatística descritiva sem porcentagem utilizando apenas dados brutos, ao quais os dados coletados foram tabulados e demostrados em gráficos. 14 4. RESULTADOS E DISCUSSÔES Foram selecionados 45 professores pertencentente a rede municipal de ensino do município de canguaretama que se encontravam atuando em suas respectivas escolas no momento da coleta de dados, dentre eles, participaram 20. Sendo ambos do sexo feminino e masculino. *Análise dos fatores ambientais RUÍDOS sim não 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 Ruídos Externos Figura. 1 – Análise de fatores ambientais: ruídos Em relação aos ruídos, temos que, dezoito professores relatam que há presença de ruídos externos que impedem ou tiram a sua atenção durante a aula, apenas dois professores disseram que não, que o barulho externo não impede que o mesmo se concentre em seus afazeres em sala de aula,segundo Iida (2005),os ruídos entre 70 e 90 dB não chega a causar danos aos órgãos auditivos mas como consequência dificulta a conversação e a concentração,chegando a reduzir seu desempenho.diante do apresentado observamos que a presença de ruídos leva a diminuição da produtividade por meio do professor como consequentemente o desinteresse por parte do aluno. 15 LUMINOSIDADE Boa Regular Ruim 6 7 7 Figura. 2 – Análise de fatores ambientais: luminosidade Já em relação à luminosidade dos locais de trabalho houve algumas divergências, apenas seis professores conceituaram como boa a luminosidade, já sete conceituaram como regular e sete como ruins os que responderam a regular no questionário deixou explicito que é regular, pois se forçar um pouco a visão e possível enxergar a certa distância o que de acordo com Iida (2005) e extremamente prejudicial à saúde visto que isso ira causar fadiga visual o que ocasionalmente virá a causar irritação dos olhos e lacrimejamento, Segundo Dul e Weerdmeester (2012), para tarefas normais como leitura de livros, de letras pretas sobre um fundo branco que e justamente o caso dos professores a intensidade de 200 lux seria suficiente para tarefas com bons contrastes. Desta forma, foi verificado que de fato a iluminação encontraseinapropriada em algumas salas de determinadas escolas. TEMPERATURA boa muito quente muito fria 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 Figura. 3 – Análise de fatores ambientais: Temperatura 16 Com relação a temperatura,dezoito professores afirmaram que a temperatura se encontra elevada para uma sala de aula e apenas dois professores afirmaram que a temperatura esta boa, Segundo Dul e Weerdmeester (2012) a temperatura do trabalho deve satisfazer as diversas condições para que seja considerável favorável,devendo sempre buscar o conforto térmico, que de acordo com Iida (2005) é o equilíbrio térmico, ou seja, a quantidade de calor ganho pelo organismo deve ser igual á quantidade de calor cedido para o ambiente, pois como já se sabe em situações de calor extremo o corpo tende a buscar a sua homeostase tentando liberar mais calor do que deveria podendo vir a ocasionar um colapso, constatamos por fim com a analise feita através da aferição da temperatura com o termômetro que a média de temperatura das salas de aulas visitadas ficava em torno de 27º C que é considerada temperatura elevada para o trabalho exercido, com isso acarretando em dificuldades de concentração e queda de rendimento. *Análise dos fatores humanos MOTIVAÇÂO Agradável/Estimulante Regular/Monótono Ruim Consideração do Trabalho 20 0 0 Relação com colegas de trabalho 20 0 0 Tabela 1 Análise dos fatores humanos: motivação Em relação à motivação todos os professores classificam seu local de trabalho estimulante e suas relações com os colegas de trabalho agradáveis, tornando o ambiente mais descontraído e harmonioso, segunda Iida (2005), a monotonia é a reação do organismo a um ambiente uniforme, pobre em estímulos ou pouco excitante o que ocasiona a fadiga, sonolência e diminuição de vigilância, em decorrência destes fatores aumentam os índices de erros e acidentes. Foi observado que um ambiente de relacionamentos agradáveis trás consequente aumento de produtividade e motivação no trabalho. 17 ADEQUAÇÂO Muito/Bastante Mais ou menos Não Gosto pela profissão 20 0 0 Pressão por produtividade 2 4 14 Tabela 2 Análise dos fatores humanos: Adequação Foi relatado por todos os professores que ambos adoram o emprego, já em relação à pressão por produtividade novamente ouve divergências, onde quatorze disseram não sentir nenhum tipo de pressão, quatro disseram sentir mais ou menos pressão e dois sentem bastante pressão sendo essa pressão decorrente de atrasos no cronograma estudantil, então ambos se sentem pressionados a agilizar seus assuntos para que os alunos não venham a se prejudicar, fica claro que apesar da satisfação com sua profissão a pressão sentida por alguns pode ser um limitador na hora da produtividade. SAÙDE OCUPACIONAL Locais de dor MMSS MMII Cabeça Pescoço Costas 0 1 2 3 4 5 6 7 Tabela 1 Saúde ocupacional: locais de dor apontados pelos funcionários Em relação à saúde dos professores, todos apresentaram alguma sintomatologia dolorosa em algum segmento corporal,obtivemos que quatro professores relataram sentir dores nos MMSS (membros superiores),seis disseram sentir dores nos MMII (membros inferiores),três sentem dores na cabeça,apenas um relatou sentir dores na região do pescoço e por fim seis relataram sentir dores nas costas. As dores relatadas 18 estão associadas geralmente a forças, posturas e repetições exageradas dos movimentos. Por fim, foi identificado que os professores adotam posturas inadequadas e repetitivas durante a rotina de trabalho geralmente movimentos de flexão da coluna e flexão excessiva do ombro a fim de alcançar uma maior área do quadro disposto para utilização sendo tais posturas ou equipamentos o que pode estar repercutindo na diminuição da sua qualidade de vida devido às queixas dolorosas relatadas. 19 5 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÃO 5.1 Conclusão Pelo que foi visto através de tais aspectos analisados observase inadequação principalmente nos fatores ambientais, visto que as maiores queixas são decorrentes de temperatura, ruídos e iluminação. Com base nisso foi verificado a temperatura, nível de ruídos e iluminação do ambiente, onde todos apresentaram inadequações podendo vir a ser alterados. Em relação aos fatores humanos como, o lado psicológico do professor se mantém relativamente bem podendo melhorar no aspecto da redução da pressão por parte do órgão responsável pela educação do município Entretanto, esses fatores são compensados com um trabalho apontado como estimulante e uma boa relação entre os profissionais no que tornam o trabalho mais agradável. Em referente aos equipamentos utilizados foi visto que o que havia disponível para os professores são os equipamentos básicos o qual supri a necessidade de tais profissionais. Enfim, com os reajustes dos fatores ambientais poderão a vir a favorecer o rendimento tanto por parte do professor como por parte dos alunos visto que o calor e ruídos externos não tiram apenas a atenção do professor e sim de ambos tanto o professor como o discente. Essa alteração na temperatura, ruído e pressão foram aspectos que eram desencadeadores de diminuição na produtividade e também na qualidade de vida do trabalhador que tem consequências na saúde. Por isso, com essa adequação ergonômica, fica evidente que evitará tanto doenças ocupacionais quanto doenças emocionais o que ocasionalmente causa o afastamento de tal profissional, prejudicando cada vez mais o desenvolvimento educacional dos alunos. 20 5.2 Recomendação Uso de ventiladores mais potentes ou arcondicionado. Promoção de palestras nas escolas afim de mudança nos hábitos de vida aliviando a dor. Mudança das lâmpadas usadas para iluminar as salas de aula, mudança para a que possua uma maior intensidade. Ginástica laboral uma vez por mês para professores e funcionários. Mudança de janelas quebradas por novas. 21 *Limitação do estudo Dificuldade para o grupo se reunir. Burocracia por parte da secretária de educação. Mudança na escolha das escolas. Transporte para se locomover até as escolas. A amostra utilizada se apresenta bastante inferior em relação a quantidade de professores atuantes no município de canguaretama/RN. 22 Referências bibliográficas ALEXANDER DL. School employees: the forgotten municipal workers. Occup Med 2001; 16 (1): 6578. BARROS,B.X.S. Análise antropométrica usando fotogrametria digital. Dissertação de mestrado em engenharia de produção. Recife:PPEGEP/UFPe, 2004. CHAFFIN, D.B. Biomecânica ocupacional. Belo Horizonte:Ergo, 2001. COFFITO. Resoluções e Decretos. Disponível em: <http://www.coffito.org.br>. Acesso em: 2 jun. 2016. COURY, Helenice G. Trabalhando Sentado. Santa Catarina: Ufscar, 1995. COUTO, H. A. Ergonomia Aplicada ao Trabalho. Conteúdo Básico – Guia Prático. Belo Horizonte: Ergo Ltda, 2007. DUL, J. e WEERDMEESTER,B. Ergonomia Prática. 3º ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2012. IIDA,Itiro;Ergonomia: projeto e produção. São Paulo, Edgard BlucherLtda, 2º edição rev. e ampl. 2005. INTERNATINAL ERGONOMICS ASSOCIATION.What is ergonomics.Disponível em: <http://www.iea.cc/browse.php?contID=what_is_ergonomics>. Acesso em: 02 jun. 2016. LIMONGI. JoãoCarlos Papaterra (Org.). Conhecendo Melhor a Doença de Parkinson: Uma abordagem multidisciplinar com orientações práticas para o dia a dia. São Paulo. Plexus, 2001 REBELATTO, José Rubens; BOTOMÉ, Sílvio Paulo. Fisioterapia no Brasil: Fundamentos para uma Ação Preventiva e Perspectivas Profissionais. 2ª ed. Manole; São Paulo – 1999. 23 Apêndice¹ QUESTIONÁRIO 1 – Existem ruídos externos no seu ambiente de trabalho? [ ] Sim[ ] Não 2 O ruído tira sua atenção? [ ] Sim[ ] Não 3 Você considera a iluminação do seu setor de trabalho: [ ] Boa[ ] Regular[ ] Ruim 4 Você considera a temperatura do seu setor de trabalho: [ ] Boa[ ] Muito quente[ ] Muito fria 5 Você gosta da sua função? [ ] Muito[ ] Mais ou menos[ ] Não 6 Você considera as ferramentas adequadas para executar seu trabalho? [ ] Não [ ] Sim 7 Existe pressão por produtividade em seu setor? [ ] Não [ ] Mais ou menos [ ] Bastante 8 Você considera o seu trabalho: [ ] Estimulante [ ] Monótono 9 Em quais partes do corpo você sente dor? (Se necessário, pode assinalar mais de uma alternativa) [ ] Nenhuma parte do corpo [ ] Pernas [ ] Braço direito [ ] Braço esquerdo [ ] Mão direita[ ] Mão esquerda [ ] Pescoço [ ] Costas [ ] Cabeça 10 Como você classifica os equipamentos utilizados? [ ] Precário[ ] Satisfatório 11 Como é a sua relação com o chefe? [ ] Ruim[ ] Regular[ ] Agradável 12 Como é a sua relação com seus colegas de trabalho? [ ] Ruim [ ] Regular [ ] Agradável Anexo ¹ 24 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ANÁLISE ERGONÔMICA DE PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL DA CIDADE DE CANGUARETAMA/RN I O presente estudo tem como objetivo realizar uma análise ergonômica dos professores do ensino fundamental da cidade de canguaretama/RN e será realizado pelo(s) aluno(s) Hebert Luiz Martins Pereira, Larissa Camila da Silva, Renata Alexandre Alves, Rwth de Fátima Vieira, Stephanie Chritini de Andrade Silva e Vitor Leandro da Cunha do curso(s) de fisioterapia da Faculdade Mauricio de Nassau – FMN sob a orientação do(s) Professor (es) Luiz Filipe Cerqueira Barbosa. II – Você participará de um trabalho com os seguintes métodos: aplicação de questionário e registro de imagens por câmera fotográfica. III – A qualquer momento você pode desistir da participação na pesquisa. IV – Os dados obtidos com as respostas do questionário poderão ser publicados, mas seus dados pessoais serão mantidos em sigilo. V – Contato com os responsáveis através do telefone: (84)9 98587029, (84)9 9630 8187 e Email: vitor.fisioterapianb@gmail.com /vitor.fisioterapia1nb@gmail.com. Eu, __________________________________________, após ter recebido informações sobre o estudo ANÁLISE ERGONÔMICA DE PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL DA CIDADE DE CANGUARETAMA/RN, por meio da carta informativa lida por mim ou por terceiro, declaro que ficaram claros os objetivos do estudo, os procedimentos a serem realizadas, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes. Não tendo nenhuma dúvida a respeito da pesquisa, concordo voluntariamente em participar deste estudo, o qual poderá deixar de participar a qualquer momento, sem penalidades ou prejuízos, ou perda de qualquer benefício que eu possa ter adquirido. ___________________________________ Data: ____/____/____ Assinatura do indivíduo/ representante legal Anexo2 25 Análise dos fatores ambientais: luminosidade Anexo3 Análise dos fatores ambientais: Temperatura Anexo4 Análise dos fatores humanos: saúde ocupacional (posturas inadequadas realizadas de formas repetitivas) Anexo5 26 Análise dos fatores humanos: saúde ocupacional (posturas inadequadas realizadas de formas repetitivas)
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