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anotações 1º gq - José Mario Wanderley - Processo Civil II

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PROCESSO CIVIL II
02/08/2016
Processo de conhecimento
Prof. Jose Mario Wanderley
Todos os atos a serem praticados no projeto a fim de conter lesão a direito material. 
Verificar se houve, ou não, violação ao direito material e , se constatada a lesão, agir contra 
a mesma, a partir da narrativa autoral. 
Grande parte da demanda forense se constitui de processos de conhecimento. 
Ação é provocar o judiciário, pois o judiciário é inerte - princípio da inércia processual. 
Ação varia em função do pedido. 
toda vez que a norma prevê um direito material, sem a correspondência de um 
procedimento específico, utilizar-se-a o processo de conhecimento. 
O processo de conhecimento também é muito utilizado pela aplicação subsidiária aos 
demais procedimentos, naquilo que ele é silente.
A disposição sobre a petição inicial do processo de conhecimento se aplica a qualquer 
outro processo. 
O processo de conhecimento não se limita apenas ao provimento declaratório. 
Conhecimento 
1° grau - 
1. Petição inicial
2. Sentença 
2° grau - recursal - processo civil III
Trânsito em julgado - processo civil IV
Execução
Entrega da pretensão
Diferença entre processo e procedimento
 Processo = relação processual (direitos, deveres, relação jurídica) + procedimento (atos, 
concreto).
O processo é a relação jurídica e o procedimento são os atos concretos que concretizam o 
processo. 
Procedimento comum ordinário - rito geral.
Procedimento dos juizados especiais - rito diferenciado. 
Apesar da diferença, aplicam-se a ambos o proceso de conhecimento
Assuntos a revisar
TGP
• Modos de resolução de conflito. 
• Princípios.
• Jurisdição - competência.
• Ação. 
• Processo. 
Processo ciivil I
• Partes - incluindo litisconsórcio. 
• Juiz - incluindo competência. 
• Advogado. 
• MP.
• Terceiros. 
• Atos processuais:
a. Forma dos atos
b. Nulidades
c. Tempo e lugar dos atos
d. Espécie de atos
e. Prazos.
Bibliografia. 
Livre a indicação. 
Didier, Marioni e Humberto Theodoro.
Prova -
4 questões abertas. 
04/08/2016
Formação e suspensão do processo
Premissas:
• Princípio da inércia processual:
A jurisdição não atua de ofício, apenas quando provocado por aquele que quer ter a sua 
pretensão deduzida em juízo, para a resolução do mérito. 
Caso não haja interesse processual, o processo é extinto sem resolução de mérito. 
A partir da provocação do judiciário, o procssso segue tramitação por impulso oficial. 
Ação = direito de provocar o judiciário, o direito de agir é potestativo.
A petição inicial é o ato solene para expressar o direito de ação. 
• Relação processual e procedimento
Processo = composto por relações processuais e procedimentos, sendo aquelas o abstrato, 
os deveres processuais das partes e os procedimentos são os conjuntos de atos. O 
processo é a soma dos dois elementos. 
Formação do processo. 
Forma-se o processo no momento imediatamente posterior ao exercício do Direito de ação. 
A partir do ato solene de declarar sua vontade de provocar o poder judiciário e de iniciar o 
processo, exercido através da distribuição da petição inicial no órgão competente, a qual 
torna-se-a o primeiro ato do procedimento iniciado. Distribuição da petição inicial. 
Não é suficiente redigir a petição inicial, nem tão pouco a declaração expressa dessa 
vontade, pois é necessária a distribuição da petição inicial no órgão competente. 
TRAMITAÇÃO
1. Distribuição da petições inicial.
1° ato do procedimento. 
O órgão que recebe a petição inicial é o distribuidor. 
O processo se inicia com a distribuição formal da petição inicial. 
Considera-se o processo iniciado a partir da verificação de seus efeitos.
A redação da peça, e pagamento das custas, são momentos pré - processuais. 
As normas de direito material se aplicam a partir desse momento. 
Suspensão do processo (sobrestamento)
Iniciado o processo, após a provocação do poder judiciário, ocorrerá a sua tramitação 
regular caracterizada pela prática de atos processuais em sequência, por impulso 
processual, até que ocorra o término do processo pela efetiva entrega da pretensão e 
consequente resolução do conflito. 
A tramitação do processo, até a resolução com ou sem mérito, por impulso oficial. 
Entretanto, em situações excepcionais, expressamente tipificadas na norma processual, 
para-se a prática de atos por tempo determiando ou indeterminado, até que sejam 
removidas as causas de suspensão, permitindo-se a retomada da prática de atos a partir do 
ponto que cessou.
A suspensão temporária, por tempo determinado ou indeterminado, da prática de 
procedimentos, não a relação processual. 
A tramitação será retomada a partir do último ato do procedimento antes da suspensão. 
• Suspensão é excepcional.
• Hipóteses taxativas de suspensão previstas em lei, não cabendo ao magistrado ou às 
partes. 
Obs: durante a suspensão do processo é vedada a prática de atos processuais pelas partes, 
ou pelo juízo, salvo os atos urgentes ou os atos para evitar o perecimento de direitos.
• Urgentes: o ato.
São aqueles que, por características específicas, deverão ser praticados naquele momento 
sob o risco de inviabilizinviabilização posterior do próprio ato processual. 
O critério de urgência é a viabilidade da prática do ato depois depois da suspensão. 
• Para evitar perecimento do obejto: o objeto. 
Quando circunstâncias externas ao processo estiverem colocando em risco a integridade 
do bem jurídico objeto do processo, admiti-se a tomada provisória de providências durante a 
suspensão apenas para a proteção deste objeto. 
Ex: alienação judicial de bem perecível. 
Antecipação de tutela. 
Liminar. 
Durante a suspensão da tramitação, também se admite a prática de atos para remover a 
suspensão. 
obs2: prazos pendentes durante a suspensão.
Iniciada a contagem do prazo em momento imediatamente anterior à causa de suspensão, 
este prazo será retomado ao fim da suspensão pelo exato período em que faltar. 
09/08/2016
HIPÓTESES DE SUSPENSÃO DO PROCESSO - Art. 313 do CPC
Pressupostos processuais subjetivos da parte:
Parte:
• Capacidade de ser parte: PF ou PJ podem ser parte. 
• Capacidade de estar em juízo: Aqueles que tem capacidade plena para os atos da vida 
civil. Os incapazes precisam ser representados. 
• Capacidade postulatória: Advogado. 
Satisfeitos os três, está construída a capacidade processual. 
As três capacidades devem estar presentes quando da formação do procssso e 
continuarem presentes neles.
I - Morte ou perda da capacidade processual
1.1 Morte:
• Da parte: o tomar conhecimento da morte da parte, o juiz suspenderá o processo por 
prazo indeterminado até que sejam intimados todos os sucessores prováveis para, 
querendo, realizar a chamada habilitação. Isto é, assumir o processo do lugar da parte 
falecida. 
a suspensão perdura a intimação. Podendo, ou não, haverem habilitados. Com a intimação 
do ultimo, o prazo voltará a fluir.
O único ato que pode ser praticado durante essa suspensão é a intimação de todos os 
prováveis sucessores. 
Caso não haja habilitação:
• Para os herdeiros, se não se habilitarem, serão responsáveis pelas consequências do 
processo. 
• Representante
A presença de um representante legal era necessária para o preenchimento da capacidade 
de estar em juízo da parte incapaz, sendona sua morte causa de suspensão do processo 
por prazo indeterminado até que seja efetivamente substituído o representante. 
A única consequência possível é a substituição do representante, o incapaz não pode ser 
prejudicado. 
• Procurador
A morte do procurador afeta a capacidade postulatória, sendo necessário suspender o 
processo por prazo determinado, durante o qual deverá providenciara indicação de novo 
advogado ou defensor público. 
Prazo determinado.
Obs: se o autor deixar de indicar novo advogado, o processo será extinto. 
Se o réu deixar de indicar, o processo continua sem a sua participação, até que ele indique. 
Obs2: se a procuração original outorgava poderes a dois ou mais advogados, a morte de 
um deles não produz a suspensão do processo.
1.2 Perda da capacidade
• Parte
• Representante legal
• Procurador
Aplica-se o mesmo que é disposto pela morte do procurador. 
2. Por convenção das partes. 
O processo pode ser suspenso por até 6 meses, pela vontade das partes. 
Independe de decisão judicial. 
Um prazo limite inferior a 6 meses pode ser convencionado pelas partes
O processo só pode ser suspenso por este motivo, mesmo que o prazo tenha sido suspenso 
por prazo limite inferior a 6 meses. 
Obs: a prática de qualquer ato processual pelas partes faz presumir o desaparecimento da 
vontade conjunta e encerra a suspensão do processo.
3. Pela arguição de impedimento ou suspensão
Neste caso, o procsso ficará suspenso por prazo indeterminado até que o órgão superior 
decida sobre o impedimento ou suspeição do juiz. 
O tempo que o tribunal levará para julgar se o juiz é impedido ou suspeito. 
Obs: a arguição desmotivada da matéria, com claro propósito de retardar o procssso, 
configura ato de litigância de má fé. 
4. Pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas - IRDR
Recebido o incidente pelo tribunal, o processo ficará suspenso pelo prazo necessário ap 
julgamento do referido incidente, de modo a evitar a existência de decisões divergentes. 
Todos os processos de mesma matéria permanecerão suspensos até o IRDR.
A decisão do IRDR valerá para todos aqueles processos. 
5. Quando a sentença de mérito:
Trata-se da hipótese de suspenso por prejudicialidade, na qual o processo, aparentemente 
concluso para julgamento, permanecerá suspenso, por prazo indeterminado, aguardando 
informação necessária da resolução do conflito. 
5,1 depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de 
inexistência da relação jurídica que constitua o obejto de outro processo pendente. 
Processo de outra competência, a ser julgado por outro juízo. 
Ex: ação civil ex delicto: pedindo de indenização por um delito. O juiz do cível só pode julgar 
o mérito do processo quando o juízo criminal defina a autoria do crime, com o proferimento 
da sentença. 
Suspenso por prazo indeterminado. 
Ex: ação de execução numa vara cível aguardando uma ação de falência tramitando em 
outra vara. 
5.2 tiver de ser proferida somente após a verifica o determinado fato ou produção de certa 
prova, requisitada a outro juízo. 
Diligência pendente. O juiz só pode julgar após a diligência solicitada seja realizda. 
Como a carte precatória remetida a outro juízo, ou a produção de uma prova. 
6. Por motivo de força maior. 
Fatos naturais, ou sociais, que possam suspender a atividade forense do fórum. 
Como fatos sociais, pode ser uma greve.
7.Quando se discutir em juízo questão decorrente de acidente e fatos de navegação de 
competência do tribunal marítimo. 
Na hipótese de litígios envolvendo embarcações, o juiz suspenderá o processo aguardando 
as provas produzidas pelo órgão arbitral chamado tribunal marítimo. 
8. Nos demais casos que este código regula:
Este inciso permite a existência de hipóteses específicas de suspensão não enquadradas 
nas hipóteses gerais anteriores. 
Ex: a suspensão da fase de cumprimento enquanto se procura bens do devedor. 
11/08/2016
PETIÇÃO INICIAL
Premissas
• Princípio da inércia processual: o judiciário é inerte, mas após a propositura da ação, o 
processo é movido por impulso oficial
• Ação: direito de provocar o judiciário, direito público, subjetivo e incondicionado. Uma 
vez provocado, o judiciário não pode se negar a recepcionar e processar. Para o 
exercicio do direito de ação, basta que o reclamante tenha a percepção de que teve seu 
direito material lesionado. O direito de ação é incondicionado pois é autônomo em 
relação ao direito material, nem há contra prestação. O direito de ação é potestativo, 
pois os efeitos dependem de uma declaração de vontade. Só há o exercício do direito de 
ação com a distribuição da petição inicial. 
• Sem a petição inicial, não há o exercício do direito de ação. 
A petição incial consiste no instrumento previsto na legislação processual através do qual o 
direito de ação é exercido, provocando o poder judiciário para a obtenção do processo, 
tornando-se esse instrumento o primeiro ato do procedimento. 
Características da petição incial
• Formal: a liberdade na elaboração do instrumento esta circunscrita às normas de direito 
processual. Há liberdade para redigir, mas há limites.
• Solene: aquele cujo os requisitos de forma integram a existência e a validade do ato. Na 
ausência dos requisitos de forma, o juiz vai ordenar a emenda da petição inicial, sob 
pena de extinção do processo. 
• Escrito: o instrumento é materializado sob a forma escrita. 
Obs: "queixa" dos juizados especiais (petição inicial oral): nos juizados especiais predomina 
a oralidade, o que não significa que todos os atos sejam orais.
O procedimento dos juizados especiais admite que a parte ou seu procurador compareça ao 
órgão distribuidor desprovido de um documento escrito e declare, oralmente, a sua vontade 
de iniciar o processo, bem como as informações necessárias a preencher os requisitos 
obrigatórios da petição inicial. Entretanto, tais declarações serão, obrigatoriamente, 
reduzidas a termo e assinadas pelo declarante. 
Obs2: nos procedimentos que tramitem pelo PJe, o instrumento permanece sendo escrito, 
porém a entrega material do documento é substituída pelo envio dos arquivos com a 
respectiva informação e pela assinatura digital. 
Obs3: informalidade no procedimento dos juizados especiais: a informalidade do 
procedimento dos juizados não significa ausência de formas, mas sim redução de formas, 
com o propósito de facilitar a prática dos atos. 
Revisar: tempo e lugar do ato processual. 
O horário de expediente forense do foro é o tempo para a prática do ato processual, a 
distribuição da inicial. 
No PJe, o tempo para a prática do ato, a distribuição da inicial, é o horário de disponibilidade 
do sistema.
16/08/2016
REQUISITOS FORMAIS DA PETIÇÃO INCIAL - Art. 319 do CPC
1. indicação do juízo a que se dirige - aplicação das regras de competência. 
Obs: competência. 
Qual a justiça competente? Competência absoluta, que é prevista na CF e nas CEs.
• Eleitoral
• Trabalhista
• Federal
• Estadual: Recebe tudo o que não for de competência nos demais ramos do poder 
judiciário, é da justiça comum estadual, competência residual. A autoridade é o juiz de 
direito. 
Qual o foro competente? 
Competência relativa em razão do lugar. 
Regra geral: domicílio do réu. 
Em se tratando de responsabilidade aquiliana, o foro é o local da ocorrência. 
Qual o juízo competente?
Organização judiciária, que é definida por leis federais e leis estaduais. Organização 
judiciária significa a divisão de trabalho, por órgãos, do judiciário.
Não se enquadrando em nenhuma vara especializada, a competência é da vara cível. 
Nas comarcas de vara única, ela é competente para qualquer matéria. 
Só não se submete ao sorteio da distribuição em caso de prevenção (juízo prevento, 
procssso extinto sem resolução de mérito).
Hipótese de prerrogativa de foro?
Na maioria dos casos, não. 
Se for hipótese de competência funcional, as informações até então obtidas serão 
adaptadas aos órgãos internos do respectivo tribunal. 
Desembargador relator é a autoridade a quem se dirige, no caso de prerrogativa de foro em 
tribunal. 
2. Qualificação das partes - Art. 319, IIdo CPC
A qualificação das partes tem a função de verificar a legítimidade para a causa e viabilizar a 
comunicação dos atos processuais. 
As informações descritas no inciso II do Art. 319 do CPC configura o mínimo que deverá ser 
apresentado para que a qualificação seja válida. Entretanto, quanto mais detalhada for a 
qualificação, mais eficiente ela será. São o mínimo de informações para viabilizar a 
propositura da ação. 
Obs1: A parte que não dispuser de todas as informações mínimas poderá, ainda assim, 
distribuir a petição a inicial, desde que expressamente requeira ao juiz a realização de 
diligências para a obtenção das demais informações. 
Obs2: Existe informação obrigatória da qualificação, não prevista no referido Art., qual seja, 
a indicação do endereço profissional do advogado. 
3. Causa de pedir - Art 319, III do CPC
As razões pelas quais foi procurado o poder judiciário. 
• Causa de pedir remota: origem do direito afirmado.
• Causa de próxima: narra fática da suposta ameaça ou violação ao direito, o litígio. 
obs1: salvo o procedimento do JEC, considera-se não fundamentada a petição inicial 
fundamentada apenas em fatos. 
obs2: na fundamentação, a parte não está obrigada a reproduzir o teor da norma, bastando 
a simples referência. 
4. Pedido
O pedido conterá o conjunto de providenciais a serem realizadas pelo poder judiciário para 
corrigir a lesão ou ameaça ao direito material. 
O pedido deve ser direcionado ao judiciário. 
5. Valor da causa
Este requisito informa que será elaborado, conforme regras preestabelecidas no CPC, e 
servirá como base de cálculo para todas as obrigações decorrentes do processo. 
• custas. 
• Multas. 
• Honorários de sucumbencia.
•
Regra geral: o valor da causa será equivalente ao benefício econômico pretendido, aquilo 
que a parte vai ganhar, ou deixar de perder com a procedência do seu pedido.
Regras específicas: 
• Imóveis: o valor da causa é o valor da avaliação do imóvel.
• Alimentos: o valor da causa equivale a 1 ano de pensão alimentícia. 
• Locação: o valor da causa é equivalente a 1 ano de aluguel.
Havendo mais de um pedido desses, soma-se. 
Exceção: valor por estimativa. 
O valor é livremente estipulado pelo advogado. 
• Causas desprovidas de benefício econômico. 
• Quando não for possível quantificar desde logo o benefício econômico. 
6. Protesto por provas
A parte autora deverá apresentar, desde o início, a maneira como pretende provar os fatos 
alegados na petição inicial através de uma das seguintes modalidades:
• Genérico: a parte reserva em seu favor todos os meios de prova previstos na legislação, 
deixando para especifica-los após a defesa do réu, quando da abertura da fase de 
instrução. A vantagem é a possibilidade de escolher as provas em outro momento do 
processo. A desvantagem é que a escolha das provas é o juiz. 
• Específico: A parte indica, já na petição inicial, quais provas irá utilizar. A vantagem é 
que o juiz fica vinculado a produzir a prova que você pediu. A desvantagem é que não é 
admitido outro meio de prova. 
• Dispensa expressa: a parte afirma que os fatos alegados já estão provados pelos 
documentos que acompanham a incial, dispensando a fase de instrução. A vantagem é 
que o processo será mais célere e a desvantagem é a preclusão do direito de produzir 
novas provas. 
Obs: o protesto por provas é o único requisito obrigatório da petição incial cuja ausência 
jamais poderá resultar na extinção por indeferimento, mas tão somente na perda do direito 
de produzir provas. A consequência é a preclusão do direito de produzir provas.
7. A opção pela realização, ou não, da audiência preliminar de conciliação ou mediação. 
Se a parte não se posicionar pela realização da audiência preliminar, ela é presumida e o 
juiz é obrigado a realizar a audiência preliminar. Obviamente, o direito de opção preclui
19/08/2016
4. Pedido
O pedido conterá o conjunto de providenciais a serem realizadas pelo poder judiciário para 
corrigir a lesão ou ameaça ao direito material. 
O pedido deve ser direcionado ao judiciário. 
Os pedidos constituem um conjunto de providencias para que o poder judiciário possa 
sanar a ameaça, ou lesão, ao direito material. 
O conjunto de providencias é dirigido ao órgão judicial.
O pedido não é dirigido ao réu, pois todas as oportunidades de o reu agir voluntariamente já 
se esgotaram. 
Características do pedido
Todo pedido será certo e determinado. 
Certeza: o pedido será certo quando houver clareza em relação ao seu objeto (o que se 
pede?) Qual a providência a ser realizada.
Determinação: clareza quanto ao seu alcance. Ou seja, quanto aos limites em que será 
apreciado. Alcance no sentido de como, quanto, quando, quem, de que maneira, etc... 
Esses requisitos são imprescindíveis à validade da petição inicial. 
Obs: a ausência de qualquer dessas características resultará na correção do pedido, sob 
pena de extinção do processo. 
Obs2: pedido certo e genérico
Em situações excepcionais, expressamente previstas, o autor está autorizado a formular 
pedido certo sem precisar estabelecer, desde logo, os limites da sua apreciação, deixando a 
determinação para ser feita pelo juiz durante o processo. 
Hipóteses
• Ações universais: são aqueles processos cujo o objeto do pedido esteja relacionado a 
uma universalidade de fato e de direito reconhecida pela legislação. Universalidade é um 
conjunto de bens que, por ficção jurídica, são tratados como um só ex: massa falida, 
espolio, condômino, acervo de biblioteca.
nestes casos, o autor está autorizado, quando elaborar o pedido, a fazer referência ao 
conjunto sem precisar determinar cada um dos bens que o compõe.
• Quando não for possível determinar logo as consequências do ato ilícito
Hipótese de indenização. 
Fazer pedido certo ou genérico, em se tratando de indenização, é um escolha. Se o dano 
material já for mensurado, o pedido deve ter valor equivalente. 
Contudo, quando a mensuração não for possível, o pedido de indenização pode ser feito, 
com o valor a ser arbitrado por este juízo. 
• Quando a determinação do pedido depender de informação a ser prestada pelo réu
Assimetria de informações. 
Mesmo o réu ser detentor das informações necessárias à determinação do pedido, e 
instrução do processo, isso não pode obstar a propositura da ação, sendo determinado ao 
réu, no processo, a prestar as informações. 
Princípio da vinculação do juízo ao pedido - adstrição ou congruência
O juiz deverá apreciar o pedido nos exatos limites em que foi formulado na petição inicial, 
sob pena de nulidade da sentença. 
Obs: Pedidos "implícitos"
a norma processual autoriza que o juiz aprecie algumas matérias, ainda que não 
expressamente requeridas na petição inicial, uma vez que seriam consequência lógica 
efetivamente realizado. 
• Obrigação sucessiva ou de trato sucessivo
Tratando o objeto do processo de obrigação de trato sucessivo, a parte autora só está 
obrigada a fazer referência às prestações vencidas até o momento da propositura da ação, 
considerando-se implícitas todas as prestações que vencerem durante o processo. 
O motivo se deve ao autor não saber quantas prestações vão vencer ao longo da tramitação 
do processo. 
• Aplicação de juros de mora: o juiz só está autorizado a conhecer de ofício se a parte fez 
pedido certo e determinado, em relação à obrigação principal. 
• Honorários advocaticios: o juiz esta autorizado a apreciar, de ofício, e mesmo que não 
pedido, por serem consequência do trabalho realizado. No CPC1973, não era possível. 
Classificação dos pedidos
Pedido simples: representa uma única pretensão a ser realizada. 
Pedido composto: abrange duas ou mais pretensões organizadas numa das seguintes 
modalidades:
• Pedido alternativo: representado pela conjunção "ou".
Nesta modalidade,a parte autora apresenta duas ou mais pretensões, sem qualquer ordem 
de preferência, dando-se por satisfeita caso o juiz julgue procedente qualquer uma delas. 
Ex: p1 ou p2 ou p3.
• Pedido sucessivo: representado pela conjunção "se".
o pedido sucessivo apresenta duas ou mais sucessões, organizadas segundo uma ordem 
de prioridade, pela qual a pretensão seguinte só será realizada SE julgado improcedente a 
pretensão anterior e prioritária.
Se o primeiro pedido for julgado procedente, o processo é extinto com resolução de mérito. 
Se o primeiro for julgado improcedente, o segundo pedido será apreciado, e o mesmo 
ocorrerá se o segundo também for julgado improcedente
• Pedido cumulativo: representado pela conjunção "e".
O autor requer duas ou mais pretensões, simultaneamente, sem qualquer ordem de 
preferência entre elas. 
O pedido cumulativo, logo, é a soma de todas as pretensões. 
23/08/2016
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL
Trata-se da apreciação pelo juiz em relações à presença de vícios formais na elaboração da 
petições inicial, vícios estes insanaveis ou que não foram sanados no momento oportuno, 
cuja presença é prevista como causa de extinção do processo. 
Refere-se apenas a vícios formais. 
O indeferimento da petição incial não é ignição improcedência, pois em nada se relaciona 
com o direito material da parte. 
Obrigatoriedade da admissibilidade da inicial
O juiz somente poderá determinar a continuidade do processo com a citação do réu se a 
petição incial esriver livre de defeitos de forma, seja desde o início, ou seja porque estes já 
foram corrigidos. 
Quando se fala em admissibilidade é o dever que o juiz tem de ler a petição incial, para 
constatar eventuais erros, para só assim citar o réu. 
O que leva a extinção do processo é ausência de correção pela parte autora. 
Obs: a admissibilidade da inicial é um dos poucos atos passíveis de delegação ao escrivão 
ou chefe de secretaria. 
Hipóteses de indeferimento
I - Inépcia
• Falta de pedido ou causa de pedido.
Inépcia é espécie de indeferimento. 
Esta hipótese corresponde a verificação de defeitos na elaboração do pedido e ou na causa 
de pedir. 
A petição incial é defeituosa por omissão, por não ter inserido o pedido ou causa de pedir.
Obs: considera-se não fundamentada a petição incial baseada exclusivamente em fatos.
• pedido indeterminado, salvo as hipóteses de pedido genérico: se o pedido não for 
determinado quanto à sua qualidade e quantidade, a petição incial será inepta.
• A narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão: incompatibilidade lógica. O 
fundamento não é congruente com o pedido, são incompatíveis. Logo, um dos dois seria 
corrigidos. 
• Pedidos incompatíveis entre si
O pedido composto não poderia ter sido feito pelo fato de não poderem ser objeto do 
mesmo processo. 
Pedidos de competência diversa: o juízo não pode apreciar um dos pedidos que excedem à 
competência do mesmo. 
Pedidos de autoexcludentes: os pedidos não tem coerência lógica, pois se excluem. Ex: 
divórcio e declaração se nulidade do casamento. 
Obs: a discussão parcial de uma obrigação não isenta o adimplemento do restante da 
prestação. Ex: parcelas controvertidas de um financiamento
II - Parte manifestamente ilegitimida.
Nesta situação, apenas da leitura da petição inicial, o juiz percebe que uma das pessoas 
indicadas na qualificação não teria legitimidade para a causa. Isto é, não teria participado 
da relação jurídica que deu origem ao conflito. 
Só pode figurar como partes aquelas pessoas que participaram da relação jurídica, logo que 
não se pode litigar, em nome próprio, direito alheio.
Esta hipótese remete a um vício de qualificação. 
• Ilegitimidade ativa: diz respeito ao autor. Se reconhecido, o vício será insanável. 
• Ilegitimidade passiva: como o réu ainda não foi citado, a parte autora será intimada para 
qualificar o réu correro. Vicio sanável. 
III - Interesse processual
Requisito formal que se mostra por: necessidade + adequação + utilidade. 
Para o interesse processual, é necessária a presença simultânea desses três elementos. 
• Necessidade: deve haver um conflito, o juízo não encontrou a lide na causa de pedir 
próxima. Vicio da causa de pedir. 
• Adequação: vício da qualificação. Erro da indicação do procedimento. 
• Utilidade: vício no pedido. O pedido formulado não é compatível com o procedimento 
escolhido. O juizo determinará a elaboração de um pedido adequado ao procedimento. 
O pedido esta correto, mas inadequado ao procedimento indicado.
IV - Não atendidas as prescrições do Art. 106 e 312 do CPC 
• Art. 106: não indicação do endereço do advogado. Vicio sanável, o juízo determinará 
sua inclusão. 
• Art. 321: abrange todos os demais defeitos da petição incial não enquqenquadrados nas 
hipóteses anteriores. 
Ex: ausência ou má elaboração do valor da causa. 
Ausência das informações mínimas da qualificação. 
Fim da petição inicial
25/08/2016
Defesa do réu
Premissas:
• Contraditório: oportunidade
• Ampla defesa: disponibilidade dos meios de defesa. 
Obs: ampla defesa n
O réu só vai se usar de defesas indiretas ou prejudiciais quando houver 
1. Defesa indireta
Arguição de vícios formais na inicial do autor. 
• dilatoria
O reu indica a presença de um vício formal cuja a única consequência possível é a sua 
correção. 
Ex: incompetência absoluta
O processo só pode voltar a tramitar com a apreciação da questão. 
• Peremptória
O reu alega a presença de determinados vícios previstos como causa de extinção do 
processo, caso o autor não possa corrigir ou não o corriga no momento oportuno. 
Os defeitos arguidos nessa defesa são causa de extinção
Meios de defesa
• Preliminar de contestação
• Incidentes processuais
A grande maioria 
2. Defesa prejudicial de mérito. 
Esta defesa, por sua vez, consiste na alegação de fatos impeditivos, modificativos ou 
extintivos do exercício do direito material cujo o acolhimento resolve o conflito de 
interesses, total ou parcialmente, mas prejudica a análise da titularidade do direito bem 
como da presença, ou não, de lesão ou de ameaça.
A defesa prejudicial de mérito tratam de questões que resolvem o conflito. Resolvem o 
conflito, total ou parcialmente, mas sem discutir o mérito.
Ex: prescrição, decadência, renúncia, transação, compensação (resolve parcialmente o 
objeto).
Obs: tanto a defesa indireta, quanto a prejudicial de mérito, são de natureza eventual, 
podendo ou não ocorrer no processo, dependendo apenas de indícios dr vícios ou de 
matérias prejudiciais. 
Meios de defesa
• Preliminar de contestação
• Ação declaratória incidental. 
Obs: As matérias prejudiciais serão alegadas via preliminar de contestação se a parte ré 
dispuser, desde logo, de todos os elementos necessários a demonstrar a referida questão. 
Por outro lado, se a demonstração da matéria prejudicial ainda depender de produção de 
prova futura, deverá ser alegada através de ação declaratória incidental. 
3. Defesa direta ou de mérito
Aprecia diretamente o direito material objeto do conflito e tem por finalidade obter a 
improcedência dos pedidos do autor. 
Obs: dentre as três modalidades, a defesa indireta, caso o réu decida se defender, é a única 
cuja presença será sempre obrigatória. a ausência do mérito equivale ao reconhecimento da 
procedência do pedido
A defesa direta sempre será feita pelo reu.
• Negativa da titularidade do direito material
O autor não possui o direito que alega ter.
• Negativa da lesão ou da ameaça o alegada na inicial
O autor detem o direito material, mas o direito material do réu não sofreu ameaça ou lesão. 
Os dois meios, que podem ser usados simultanea ou alternativamente, visam obter a 
improcedência do pedido, o julgamento do mérito. 
Meiosde defesa
• Mérito de contestação
• Reconvenção
06/09/2016
Requisitos formais da contestação:
As regras da contestação se aplicam aos demais processos que usam subsidiariamente as 
regras do processo de conhecimento. 
I - indicação do órgão julgador
A contestação será dirigida ao órgão que realizou a citação. 
Obs: Também integra este requisito a obrigatória Indicação do número e do tipo do 
processo, informações contidas na citação. 
Obs2: Nas citações realizadas por carta, o réu poderá optar entre apresentar a contestação 
ao órgão que executou a citado ou a a que originalmente a determinou. Nas duas hipóteses, 
a contestação é válida. 
II - Qualificação das partes. 
O réu deverá apresentar na contestação o mesmo conjunto de informações mínimas 
obrigatórias previstas para a petição inicial, de forma completa ou remissiva. quando da 
qualificação remissiva, a qualificação remete aos dados da petição inicial, com a expressão 
"já qualificado na inicial"
Obs: ao realizar qualificação remissiva, o réu assume como corretos todos os dados 
constantes na petição inicial, não podendo questiona-los posteriormente. Decorrente dos 
princípios da cooperação e boa fé processual. 
Obs2: também se aplica à contestação a obrigatória Indicação do endereço profissional do 
advogado do réu.
III - fundamentação
• Preliminares de contestação: este primeiro capítulo tem como finalidade a alegação de 
vícios formais e ou prejudiciais de mérito, caso aplicáveis, eventualmente, a aquele 
litígio. 
Obs: a relação de questões previstas no cpc, para serem alegadas em preliminar de 
contestação é meramente exemplificativa. Qualquer outro defeito, ou prejudicial não 
prevista, pode ser arguido na preliminar. 
• Mérito de contestação: por sua vez, este capítulo tem por objeto a alegação de 
argumentos fáticos e jurídicos, com a finalidade de obter a improcedência dos pedidos 
do autor, apenas tendo está finalidade, seja pela negativa do direito ou negativa da lesão 
ou ameaça. 
Obs: a elaboração do mérito deverá seguir as presentes regras previstas no CPC:
- ônus da impugnação individual dos fatos alegados: o réu deverá impugnar, 
detalhadamente, cada um dos fatos alegados pelo autor na petição inicial, pois eventual 
que não for impugnado será presumido verdadeiro. Ou seja, não precisada ser provado pelo 
autor na instrução. 
- ônus de impugnação dos fundamentos jurídicos de cada pedido do autor: o réu deverá, 
ainda, impugnar os fundamentos jurídicos de cada pedido do autor, pois o pedido não 
impugnado será reconhecido em sua procedência. 
IV - Pedido
Em regra, o pedido na contestação limitar-se a ao acolhimento das preliminares, se houver e 
a improcedência dos pedidos formulados na petição inicial.
Obs: reconvenção ou pedido contraposto.
No atual cpc, primando pela economia processual, a reconvenção é incidental, oferecida no 
âmbito do mesmo processo, na mesma peça da contestação. 
em determinadas situações previstas na legislação processual, admite-se que o réu peça 
providencias em benefício próprio, no documento da contestação. 
V - protesto por prova. 
Mesmas regras previstas para a petição inicial. 
• Específico
• Genérico
• Dispensa
08/09/2016
Defesa do réu
Princípio da simultaneidade da defesa
Todos os instrumentos de defesa deverão ser apresentados dentro do prazo para a 
contestação e em momento anterior ou simultâneo a ela.
Nenhum instrumento de defesa pode ser trazido aos autos após o decurso do prazo de 
contestação. 
Obs: a apresentação antecipada da contestação significa renúncia ao prazo excedente, bem 
como aos meios defesa não apresentados.
Obs2: Após a apresentação da contestação estarão preclusos os meios de defesa não 
utilizados
Meios de defesa
I - incidentes processuais
Algumas matérias, relativas a vícios formais, por sua relevância, são escolhidas pelo 
legislador para a apreciação em separado, de modo a não atrapalhar o regular 
prosseguimento do processo. 
• Vicios formais escolhidos para apreciação em separado. 
Trata-se do incidente de uma fração do processo original que, por ficção jurídica, é retirada 
para a apreciação externa, cuja a decisão afetará o processo e dele é parte integrante. 
Em autos fisicos, o incidente forma um apenso aos autos do processo principal, uma nova 
autuação deste.
Incidente não é processo autônomo.
Se incidente não for concluído a tempo da conclusão dos autos para julgamento, a 
tramitação do processo é suspenso. 
Obs: a legislação processual informa, de maneira expressa e tipificada, quais as matérias 
que estarão sujeitas aos incidentes processuais, sendo esta a única forma de argui-las.
A matéria do incidente processual só pode ser alegada no incidente processual, havendo 
expressa previsão legal e dentro do prazo da contestação. 
Se o vício não for alegado no incidente, não pode ser alegado depois. 
• Incidente de impugnação ao valor da causa. 
O autor apresentou um valor da causa fixado inobservando as regras de fixação. 
• Incidente de falsidade documental
Alegação de uso, pelo autor, de documento falso.
Constatado pelo magistrado, o documento será desentranhado dos autos.
• Incidentes de impugnação da justiça gratuita
Se o réu achar que o réu tem condições patrimoniais para arcar com as custas processuais. 
II - Ação declaratória incidental
Trata-se de um processo autônomo, dependente em conexo, através do qual o réu irá alegar 
a presença de questão prejudicial de mérito que, por sua complexidade, não foi possível 
apresentar na contestação. 
Por ser complexa a questão, a propositura da ação declaratória incidental visa evitar a 
preclusão, 
Se a matéria prejudicial tem condições de ser provada naquela oportunidade, ela será 
arguida e preliminar de contestação. 
 A ação declaratória incidental será usada quando a prejudicial for complexa, sendo objeto 
de um processo paralelo ao principal. 
A maioria das prejudiciais de mérito são arguidas em preliminar. 
• Processo autônomo. 
• Processo dependente do principal: vinculado ao processo original. Sendo o processo 
original extinto, ele é extinto por perda de objeto. Bem como tudo que ocorrer com o 
principal repercute nele
• Processo conexo ao principal: julgamento por única sentença. 
O incidente é um apenso, separado por ficção jurídica, e ação declaratória incidental é um 
processo paralelo, que tem como objeto apenas o provimento declaratório do incidental, seu 
objeto. 
Requisitos:
• Petição inicial 
• distribuição
• Pagamento de custas.
III - Reconvenção ou pedido contraposto
A recovenção é parte integrante da contestação, e, na vigência do CPC73, tinha natureza de 
processo autônomo.
Este instrumento será utilizado quando, além de obter a improcedência dos pedidos do 
autor, o réu pretender alguma providência em beneficio próprio, sendo cabivel apenas na 
presença dos seguintes requisitos:
• Mesma competência para a província requerida: o pedido deve ser da mesma 
competência do juízo que conheceu o processo original. 
• Mesma causa de pedir do pedido original: o pedido da reconvenção deve se basear nos 
mesmos fatos e direitos, causa de pedir, arguidas pelo autor.
• Cabimento do pedido no procedimento do processo original: ex: não cabe uma 
reconvenção pedindo execução, em se tratando de uma ação declaratório. 
Obs: questões de ordem pública
Algumas matérias, por sua importância, foram escolhidas pelo legislador para serem 
enquadradas nesta categoria, não se submetendo à preclusão.
Deste modo, poderão ser alegadas a qualquer tempo e grau de jurisdição, por simples 
petição, ainda que não alegadas na contestação. 
Obs: não precluem e, por não precluir, podem ser alegadas a qualquer momento e podem 
see conhecidas, de ofício, pelo juiz. 
• Impedimento do juiz. 
• Incompetência absoluta
•Defeito de representação ou nulidade da procuração.
14/09/2016
Revelia
Premisssa: Contraditório no processo civil. 
Diferentemente do processo penal, no processo civil o exercício do contraditório, pelo réu, se 
dá com a citação e a oportunidade de defesa. O réu não é obrigado a se defender. 
Natureza jurídica: corresponde ao exercício irregular da defesa, conforme definido em cada 
legislação. 
Procedimento comum - Art. 344 do CPC: se caracteriza pela ausência de contestação 
válida. Mesmo tendo sido entregue a contestado, podem a ter vícios que a invalida, como 
vício de representação, perda do prazo e indeferimento.
Procedimento dos juizados (oral): a contestação não é critério, o sendo o não 
comparecimento do réu à primeira audiência. Mesmo que o advogado esteja presente na 
audiência, munido de contestação inclusive, o réu será revel se não comparecer à audiência. 
Obs:o fato processual revelia, caracterizado pelo exercício irregular da defesa, não se 
confunde com seus eventuais efeitos jurídicos, pois haverá situações em que a revelia 
estará presente mas não será verificado o efeito.
Efeitos da revelia
a) preclusão da matéria objeto da contestação: as matérias que poderiam ser arguidas na 
contestação precluem. O ato de contestar precluiu. Apesar disto, o réu pode praticar todos 
os atos anteriores pois, mesmo não tendo contestado, já estava processo desde a citação 
válida. 
Obs: este efeito da revelia não atinge as chamadas matérias de ordem pública, porque 
estas não precluem.
b) presunção relativa de veracidade dos fatos alegados na inicial
Toda presunção no procssso civil é relativa, admitindo prova em contrário. Logo, o 
acolhimento das alegações é discrionariedade do magistrado. 
Logo, os fatos alegados não precisam ser provados. Assim, a única coisa presumida com a 
revelia são os fatos alegados, o que não implica, necessariamente, com a procedência dos 
pleitos autorais.
Obs: ocorrida a revelia, não está o juiz vinculado a decidir em favor da parte autora, estando 
apenas o fato alegado dispensado de prova.
Hipóteses em que, presente a revelia, não se verifica efeito - Art. 345 do CPC:
I - Pluralidade de réus: em litisconsórcio, se um réu contesta, beneficia aos demais, mesmo 
tendo havido revelia para os outros réus. O princípio, neste caso, é absoluto.
II - Litígio versar sobre direitos indisponíveis
A natureza do objeto afasta os efeitos da revelia, mesmo havendo revelia. 
Ex: Direiros relativos a incapazes, direitos públicos, direitos da personalidade. 
III - ato solene (forma indispensável à prova do ato)
Atos solenes não se presumem.
IV - Alegações inverossímeis ou contraditórias às provas constante dos autos
As alegações autorais não condizem com as provas, ou faltarem com a verdade de forma 
latente. 
Obs: as hipóteses descritas no Art. 345 são meramente exemplificativas, existindo outras 
situações em que a revelia não produz efeitos.
Ex: réu revel citado por edital.
A citação por edital só será valida com a nomeação do curador especial (defensor público, 
promotor ou advogado dativo).
Fim do conteúdo para o 1° gq

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