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Aula Castro Neves PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

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Prestação de serviços:
“é o contrato pelo qual uma das partes se obriga para com a outra a fornecer-lhe prestação de sua atividade, mediante remuneração”. – CM.
É contrato oneroso, bilateral e consensual. Apesar de ser contrato de regra oneroso, CM entende ser possível a prestação de serviços benéfica. Nesses casos deveria haver cláusula expressa determinando a gratuidade da prestação, visto que a falta da estipulação do preço não exclui, por si só, a remuneração (art. 596)
Aspecto importante é perceber a natureza do serviço, para saber se se aplicam esses artigos. É preciso entender se se trata de relação de trabalho (que é examinada pelo direito do trabalho), ou de relação que envolverá o direito do consumidor, ou se aplicam-se as regras do CC. 
Elementos da relação de trabalho:
Subordinação: na prestação de serviços, não há a subordinação a um chefe.
Habitualidade:
Dependência econômica: o sujeito depende do salário pago pelo trabalhador quase que exclusivamente.
Pessoalidade:
Onerosidade:
Não sendo relação de trabalho, é preciso analisar se é caso de matéria consumerista.
Art. 14 CDC: estabelece a responsabilidade objetiva pelo fato do serviço (pelo defeito – fere a legítima expectativa do consumidor). Estabelece requisitos para a responsabilização e dá excludentes para a responsabilização. Pelo §4º os profissionais liberais dependem de culpa para serem responsabilizados.
Existem vários serviços que receberam tratamento específico da lei, ex: corretagem, mandato, comissão. 
Não sendo relação de trabalho, nem de consumo, cabe ainda analisar, portanto, se a relação é tratada especificamente pela lei, caso nada disso ocorre, existe a prestação de serviços.
Pelo artigo 594, toda espécie de serviço ou trabalho lícito pode ser objeto de prestação de serviços. Deve-se atentar, ainda, para a impossibilidade do serviço ferir a dignidade da pessoa humana.
Pelo artigo 601: sem ajuste, a presunção é que o prestador vá realizar algo dentro das habilidades, do que normalmente faz no serviço. Não sendo o prestador contratado para prestar certo e determinado trabalho, presume-se que está obrigado a realizar todas as atividades compatíveis com suas forças e condições.
Regra: a prestação de serviços é personalíssima (art. 605). Caso não seja a pessoa contratada a realizar o serviço, é possível pleitear o inadimplemento, se não consentiu o tomador de serviços com a substituição. O mesmo ocorre com o tomador, esse não pode se substituir no polo ativo, sem aceitação do prestador.
Consequência disso é a impossibilidade de transferência dos serviços para outro.
DÚVIDA: IMPORTA A NATUREZA DA PRESTAÇÃO??
Tal regra inclui, também, quem contrata o serviço como também personalíssimo. Tal solução não é a melhor, pois em diversos casos a prestação ainda e importante, mesmo que quem recebe o serviço não seja mais a mesma pessoa (reparação nos imóveis, portanto).
O mesmo ocorre com a morte. A morte extingue o contrato para todos os contratantes, já que a lei o coloca como personalíssimo.
As partes devem estabelecer o valor do serviço. Pode acontecer que não seja fixado o valor. A regra é a do 596, que também é usado pelos advogados, quando não há a combinação de honorários: A remuneração será arbitrária, caso não seja convencionada pelas partes: o juiz determinará o valor: segundo o costume, a praxe do mercado, bem como as características do prestador. UM dos parâmetros possível é a análise de qual a remuneração de outros que prestam o serviço. 
O pagamento pelo serviço ocorrerá, via de regra, depois de prestado o serviço, se não tiver sido adiantada, pelo contrato, pelo costume ou pela natureza da obrigação. artigo 597.
Nos casos em que o serviço exige uma habilitação. Sem a habilitação, o art. 606, determina a diminuição do valor caso o prestador não tenha essa habilitação, e esteja prestando o serviço de boa-fé. Se a habilitação for exigência legal de ordem pública, e não apenas garantia de bom serviço (ex: advogado e habilitação da OAB, médico e CRM). Nesses casos não é hipótese de diminuição no pagamento, mas sim de não pagamento, e possível cobrança de indenização (p. único do art. 606). 
Duração do contrato: não pode ser eterno (art. 598): prazo máximo de 4 anos, o que for superior a isso será inválido. É possível a renovação, mas o contrato não pode, desde logo, trazer prazo maior que 4 anos.
Pelo artigo 600, não se deve levar em conta, na contagem do prazo, o tempo que o prestador, por culpa sua, deixou de servir.
Sem prazo determinado, e não estando o contrato vinculado a tarefa, qualquer das partes pode rescindir o contrato, mediante aviso prévio, que tem seu procedimento determinado pelo p. único do 599. 
Pelo artigo 602, o prestador de serviço contratado por tempo certo ou por obra determinada, não se pode ausentar ou despedir sem justa causa, antes de terminado o prazo ou a obra. pelo p. único, caso o faça (se demita por justa causa) terá direito à retribuição vencida (A receber pelo que trabalhou), mas responderá por perdas e danos. O mesmo se aplica se o prestador não se demitir, mas for demitido sem justa causa.
Se o prestador for demitido sem justa causa, o tomador deverá pagar as obrigações vencidas, acrescidas da metade daquilo que viria a receber do momento da demissão até o fim do contrato.
O art. 607 fala das hipóteses nas quais o contrato é extinto. Cita quando isso ocorre:
	Morte de qualquer das partes:: nem sempre será aplicado. A regra pressupõe a prestação personalíssima, e nem sempre é para as duas partes. Alei parte do pressuposto da existência de relação personalíssima.
	Fim do prazo.
	Relacionado a um serviço específico, pelo fim de tal obra.
	Resilição unilateral, nos contratos por prazo indeterminado.
	Inadimplemento completo de uma das partes.
	Força maior
Quando as partes concordam também é possível extinguir o contrato, evidentemente.
A impossibilidade sem culpa do prestador de serviço, se for parcial não resolve o contrato, mas reduz proporcionalmente a retribuição, sendo total, cessa a relação contratual, liberando as parte de qualquer obrigação.
A questão do aliciamento do prestador de serviços é importante. O conceito de terceiro cumplice. Ocorre quando um terceiro estranho ao contrato age de forma decisiva a fazer com que o contrato não seja cumprido. Art. 608: quem aliciar prestador de serviços obrigado por um contrato frente a terceiro por contrato público, e impedir, com isso, que a pessoa cumpra a obrigação. O direito criou uma multa, o aliciador está sujeito ao pagamento da importância que o prestador de serviço haveria de receber durante dois anos.
Os contratos de abstenção de uma atividade – comum em obrigações de não concorrência etc. Não existe tratamento positivado na lei, nem na doutrina.
Existia discussão sobre a licitude de tal cláusula, já que limita o dirieto ao trabalho. Entende-se que a cláusula não pode ser graciosa (quem fica sem trabalhar deve receber remuneração em troca); deve ter prazo; deve se referir a apenas um segmento, não a todos os segmentos possíveis no mercado de trabalho.
A cláusula tem problemas, como o modo como se fará cumprir a cláusula, e evitar que o sujeito preste serviços para outros.
DÚVIDA: como se dá a indenização nos casos do artigo 608, 
Empreitada:
É o contrato no qual o empreiteiro se obriga frente ao dono da obra a realizar certo trabalho, mediante remuneração, que pode ser global ou proporcional ao trabalho realizado, e recebendo ou não material do dono da obra.
A empreitada difere-se da prestação de serviço pois, enquanto nesta o objeto da obrigação contratual é a atividade do prestador de serviço (obrigação de meios), na empreitada interessa o resultado final (obrigação de resultado).
A empreitada é obrigação de resultado, olha o contratante para a obra, o resultado, não para o serviço prestado. Ex: contratação para a construção de uma casa – a obrigação se aperfeiçoa com a entrega da coisa.
É um contrato oneroso, comutativo, consensual, bilateral.
O CC prevê 2 tipos de empreitada(art. 610).
Empreitada de lavor (De trabalho): O empreiteiro atua apenas com o trabalho, não entra com o material.
Empreitada mista: O empreiteiro entra com o trabalho e o material.
Pelo §1º do artigo, a empreitada é presumida de lavor, e só será mista nos casos em que a lei ou o contrato previrem.
OBS: pelo §2º do 610, a realização de projeto não implica em obrigação de executá-lo ou de fiscalizar a execução.
Para CM, a remuneração é essencial à empreitada.
O preço pode ser fixado de duas formas:
Não se considera o fracionamento da atividade, a retribuição é estipulada para a obra inteira. Pode ocorrer o parcelamento em prestações.
A fixação do preço atende ao fracionamento da obra, levando em consideração as partes em que se divide ou a medida. Pode se pagar por parte concluída ou por unidade. É a previsão do artigo 614, que permite ao empreiteiro, nos casos da obra que consista em partes distintas ou que se determinam por medida, cobrar o valor correspondente à obra realizada. E exigir a verificação por medida ou por parte realizada. O §1º presume verificado tudo o que se pagou. O §2º determina que o que se mediu presume-se verificado se, após 30 dias, a contar da medição, não forem denunciados os vícios, seja pelo dono da obra seja pelo responsável pela fiscalização.
OBS: pode existir a remuneração por administração (o empreiteiro tem um percentual no valor total gasto pelo dono da obra na obra). 
CM destaca a empreitada com reajustamento, aquela que contém cláusula que permite a variação do preço, em consequência do aumento ou da diminuição valorativa de seus componentes (ex: mão de obra e materiais).
O art. 620 permite a revisão do preço estipulado nos casos de diminuição do preço do material ou da MDO superior a um décimo do preço global estipulado, a ser pedida pelo dono da obra.
A empreitada pode ser ainda sem reajustamento: Preço certo para execução da obra, insuscetível de variação. A empreitada é presumida sem reajustamento, pelo artigo 619, ou seja, não pode o empreiteiro surpreender o dono da obra com aumentos no preço, a menos que eles decorram de pedido do dono da obra, por instruções escritas, ou se o dono assistir às modificações e não protestar contra elas, se forem visíveis e inequivocamente resultarem em aumento do custo da obra (p. único do art. 619). mesmo aqui, o dono da obra pode pedir revisão do preço, se variarem para menos os preços do material e da MDO, pelo art. 620.
Mesmo na empreitada a preço certo, CM entende que cabe a aplicação da teoria da imprevisão (art. 478), e ela não entra em contradição com o artigo 619 (empreitada sem reajustamento).
DÚVIDA: O ARTIGO 619 NÃO AFASTARIA A PPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DA REVISÃO POR ONEROSIDADE EXCESSIVA NO CONTRATO DE EMPREITADA SEM REAJUSTAMENTO? CM entende que não. – acho que o artigo 625, II permite
As partes são o empreiteiro e o dono da obra (quem contrata o empreiteiro). 
Em regra não é personalíssimo, mas pode ser. Pode haver, então, subempreitada? Geralmente sim, em especial em obras grandes. Se a coisa é personalíssima, é necessária a anuência do dono da obra. O contrato pode afastar a possibilidade de subempreitada.
Pelo artigo 626 presume-se a empreitada como contrato não personalíssimo, mas o contrário pode decorrer das circunstâncias do contrato. Não sendo personalíssimo, pode existir a subempreitada (empreiteiro transfere a outros suas obrigações). Se for possível perceber que o contrato é intuito personae, não cabe a subempreitada. Em qualquer dos casos responde o empreiteiro pela má prestação do serviço, e contra ele pode se voltar o dono, já que suas obrigações subsistem, mesmo na subempreitada.
O CDC diz que o empreiteiro é fornecedor, o que coloca essa responsabilidade muitas vezes no âmbito do CDC. Na empreitada é muito comum que a parte mais forte seja o dono da obra, e não o empreiteiro.
Na empreitada de trabalho o empreiteiro apenas realiza a atividade, não tem obrigação de comprar o material. Nesse caso, o risco da obra é do dono da obra, sem culpa de nenhuma das partes. – isso não ocorre na obra mista, quem tem o risco, até o momento da entrega é o empreiteiro.
No lavor, se a coisa perece antes da entrega, o empreiteiro perde o direito à remuneração, e o dono da obra perde a coisa, a menos se o empreiteiro provar que o perecimento decorreu de problema no material que ele não pôde identificar. isso pelo perecimento sem culpa. Se o empreiteiro provar que o bem se perdeu por problema do material e que ele empreiteiro avisou do problema, não perde o direito à remuneração. 613
O empreiteiro responde pelo perecimento do material que ele inutilizar. art. 617.
Existe discussão sobre o papel do empreiteiro de projeto e o empreiteiro de execução. O problema está no projeto ou na execução do projeto, ou se são solidários os dois.
Se o projetista tiver o papel de, além de fazer o projeto, fiscalizar a execução da obra, responde tantos pelo vício do projeto quanto por omissões na fiscalização da obra.
Caso o projetista fique responsável apenas pela elaboração de projeto, responde apenas pelo solidez e segurança da obra (art. 618), responsabilidade prevista pelo art. 622. O projetista responde pelos danos que decorrerem do projeto, e o executor, pelos que decorrerem da execução. 
Nas mistas, o empreiteiro entra também com o material, e nesse casos os riscos correm todos por sua conta, até a entrega da coisa. art 611.
Empreitada é clássico exemplo de obrigações de resultado. Na prestação de serviço, trata-se de obrigação de meios (inadimplemento apenas nos casos em que não prestar o serviço da forma correta). 
Obrigações do dono da obra:
	- receber, aceitar a obra se ela estiver bem feita. Não pode o dono da obra enjeitar a coisa se ela estiver conforme as especificações do contrato e as normas técnicas (art. 615). Pelo mesmo artigo, se o empreiteiro tiver fugido das normas técnicas, ou tiver executado o trabalho em desacordo com as especificações dadas, o dono da obra pode enjeitar o bem. Pode, porém, aceita-la mesmo assim, e exigir o abatimento do preço (art. 616). O momento do recebimento da obra é essencial. É nesse momento que deve anunciar se a obra está conforme, ou se houve algum defeito, motivo que permite enjeitá-la. Isso porque se presume que se foi aceita, a obra estava perfeita. Assim, o empreiteiro se libera tanto do dever de execução quanto do dever da responsabilidade pelos defeitos aparentes (a responsabilidade pelos vícios ocultos e pela segurança continua). A doutrina majoritária entende que essa é presunção relativa, cabendo prova em contrário de que o sujeito não teve condições de perceber as imperfeições.
Para o recebimento vale, na empreitada que se paga por medida ou por partes construídas, o disposto no 614, que determina verificado tudo o que se pagou e o que se mediu se, em 30 dias após a medida não for contestado o vício. Podendo o empreiteiro exigir que se verifique a obra por medida.
Existe discussão sobre o estado da arte: se o empreiteiro não usa a melhor técnica não está necessariamente inadimplente, desde que a que foi utilizada não esteja completamente superada e a utilizada seja ainda aceita, e compatível com as expectativas do mercado.. 
	-Remunerar o empreiteiro: a forma em que a remuneração é estabelecida varia. Pode ser por preço fixo, por medida, por administração (o empreiteiro tem um percentual no valor total gasto pelo dono da obra na obra). 
Caso não ocorra o pagamento pode o empreiteiro resolver o contrato com perdas e danos, suspender a execução, cobrar executivamente, ou reter o bem.
O empreiteiro não pode exigir o aumento do preço. 619 – salvo se houver aumento do escopo da obra, e se o dono da obra tiver admitido esse aumento por escrito. A única exceção é o empreiteiro conseguir provar que o dono da obra sabia que aumento estava sendo feito, e não se opôs (p. único). 
	- Indenizar o empreiteiro pelos trabalhos e despesas que tiver feito, mais os lucros relativos a esses serviços. Deve pagar ainda indenização pautada nono que teria ganho o empreiteiro caso a obra tivesse sido concuida.
	- garantir que o material esteja a disposição do empreiteiro, se for empreitada de lavor. O empreiteiro deve reclamar se os materiais contiverem defeitos que possam comprometer a execução do trabalho ou seu bom funcionamento. Se o dono da obra não entregar os materiais no prazo e da forma estipuladas, cabe a prorrogação do prazo de entrega ou, em certos casos, a resolução do contrato, com ressarcimento ao empreiteiro das perdas e danos.
Obrigação do empreiteiro:
	- realizar a obra da maneira acordada. O executor tem de seguir a orientação, vindo ela do dono da obra ou do projetista. Evidentemente que se o erro do projeto for marcante, o executor tem a obrigação de avisar do problema. Deve entregar a obra nos prazos e na forma estipulados, sob pena de responder pelas consequências do inadimplemento (resolução do contrato com perdas e danos, ou a efetivação da responsabilidade do empreiteiro).
OBS: sem data certa estipulada, o a obra deve ser concluída no tempo normal para outras estipuladas.
	- correlato a esse dever de entregar a obra de acordo com as especificações, responde o empreiteiro pelo dever de corrigir o defeito, a pedido do dono da obra. Caso se recuse a fazê-lo, pode o dono da obra resolver o contrato, enjeitando a obra, ou recebe-la com abatimento proporcional.
	- Pagar ao dono da obra os materiais que por sua culpa (lato senso) forem danificados (artigo 617).
	-garantir a segurança da obra: responsabilidade objetiva: art. 618 – obras de grande vulto, empreiteiro responde pelo prazo de 5 anos pela segurança da obra. O dono da obra tem 180 dias a partir do momento em que teve conhecimento do problema para avisar ao empreiteiro e ingressar com a ação. Isso para aumentar a chance do empreiteiro repará-lo. (CM entende que esses 180 dais se aplicam apenas como prazo adicional nos casos em que o vício aparece no fim do proza de 5 anos).
DÚVIDA: AO FALAR EM EMPREITEIRO DE MATERIAIS E EXECUÇÃO, O ARTIGO SE REFERE APENAS À EMPREITADA MISTA, OU NA EMPREITADA DE LAVOR SUBSISTE A RESPONSABILIDADE DO EMPREITEIRO PELA SEGURANÇA DA OBRA?
O problema pode ser decorrente do uso inadequado do bem, caso em que o empreiteiro não responde.
O CDC fala das empreitadas, e também dá 5 anos de garantia da obra.
A jurisprudência diz que essa garantia também corre se o dono da obra não for mais o dono, o empreiteiro ainda responde.
O artigo fala em segurança da obra, mas a jurisprudência entende segurança de forma mais ampla, como qualquer problema decorrente da obra (ex: infiltração).
No 621: o dono da obra não pode alterar o projeto, se o fizer, é ele que responde. Só pode faze-lo por ordem econômica ou técnica. Se o projeto for alterado sem essa razão, o projetista se exime de qualquer responsabilidade se a coisa não der certo. CM determina que na revisão do projeto sem as causa previstas no artigo, o projetista pode impedir a execução da obra, “restando a via do repúdio e eventual indenização por perdas e danos”.
No 622: o projetista é responsável pelo que faz.
O dono da obra pode suspendê-la, mas se o faz, é obrigado a arcar com todos os gastos que o empreiteiro teve, acrescidos de indenização razoável. Isso sem justa causa.
Se o empreiteiro suspender sem justa causa, também responde – 624.
625: quando o empreiteiro pode suspender a obra com justa causa.
Admite-se a coo empreitada. Muitas vezes o empreiteiro não tem todos os atributos necessários para a obra, e contratará outras pessoas. Em princípio responde o empreiteiro pelo resultado daqueles que contratou.

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