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20/09/2016 AVA UNIVIRTUS http://univirtus277877701.saeast1.elb.amazonaws.com/ava/web/#/ava/AvaliacaoUsuarioHistorico/88476/novo/1 1/4 PROVA DISCURSIVA - UTA DIVERSIDADE E EDUCAÇÃO B FASE II PROTOCOLO: 201609141153891BC9316ERIC FURQUIM DE OLIVEIRA - RU: 1153891 Nota: 88 Disciplina(s): Estudo das relações étnico-raciais para o ensino de História e cultura afro-brasileira e africana Fundamentos Históricos da Educação Brasileira Data de início: 14/09/2016 18:36 Prazo máximo entrega: 14/09/2016 19:51 Data de entrega: 14/09/2016 19:22 Questão 1/5 Leia o seguinte extrato de texto: “Sendo a desigualdade o fato justificador da política social burguesa e a igualdade o seu parâmetro idealizado, nenhuma teoria poderia fornecer maiores subsídios à crítica dessa política do que a marxiana. Isso porque, [...] ela é a única teoria que aborda a questão da desigualdade de forma abrangente, isto é, tanto nas suas dimensões econômica, política e social, quanto nas suas versões capitalista e socialista”. Conforme os conteúdos estudados no livrobase Desigualdades de gênero, raça e etnia responda: Qual é a base da desigualdade social para Karl Marx? Nota: 16.0 Resposta: Para Marx, em um sistema capitalista jamais será possível a conquista da igualdade social posto que a base do capitalismo só existe porque ocorre a exploração de uma classe social sobre a outra. Ou melhor, burgueses exploram dos operários, gerando extremo lucro (maisvalia) em cima do trabalho excedente do operário. Questão 2/5 Considere o seguinte extrato de texto: “Qualquer que seja a avaliação que se tem de O Segundo Sexo, de Simone de Beauvoir, publicado há meio século, não se podem negar dois fatos: seu pioneirismo e sua influência em muitas gerações, assim como na academia”. Após esta avaliação, caso queira ler integralmente esse texto, ele está no livro: PEREIRA, Potyara AP. O sentido de igualdade e bemestar em Marx. Revista Katálysis. v. 16, n. 1, p. 3746, 2013. p. 38. Gabarito: A resposta correta deve abordar que a base da desigualdade social para Marx é a detenção por alguns da propriedade dos meios de produção, enquanto outros são desprovidos de sua posse. Ver livrobase: “A concepção dicotômica vê a exploração econômica como o principal fator de desigualdade. Nesta perspectiva, os indivíduos que detêm os meios de produção – os burgueses têm acesso privilegiado aos bens sociais, em detrimento daqueles que não detêm os tais meios – os operários” (p. 17). Após esta avaliação, caso queira ler integralmente esse texto, ele está disponível em: SAFFIOTI, Heleieth Iara Bongiovani. Primórdios do conceito de gênero. Cadernos Pagu, n. 12, p. 157163, 2015. p. 1. 20/09/2016 AVA UNIVIRTUS http://univirtus277877701.saeast1.elb.amazonaws.com/ava/web/#/ava/AvaliacaoUsuarioHistorico/88476/novo/1 2/4 Considerando os conteúdos do livrobase Desigualdades de gênero, raça e etnia, responda: Qual a principal contribuição de Simone de Beauvoir para os estudos de gênero? Nota: 16.0 Resposta: Seu pensamento influenciou fortemente o despertar e a consolidação de uma área de conhecimento conhecida como estudos de gênero. Os feminismos do século XX e início do século XXI devem muito às discussões iniciadas por ela nas décadas de 1940/50, reconhecendo na produção continuada, a partir de então, a atualidade de seu pensamento. Beauvoir tem seus escritos constantemente resgatados e reinterpretados, a partir de várias disciplinas das áreas de Ciências Humanas e Sociais, especialmente Filosofia, Sociologia, Artes e Literatura. Sua Figura paira no imaginário social como apanágio de liberdade e emancipação feminina e seus escritos são constantemente estudados em inúmeros grupos de estudo e pesquisas espalhados pelo país. Questão 3/5 Leia o fragmento de texto: “No Brasil, a história da educação está relacionada a das Escolas Normais, sendo introduzida no currículo da Escola Normal do Rio de Janeiro a partir de 1928. (..) A disciplina de História da Educação, desde a sua implantação nos currículos das escolas de formação de professores, passou pela ‘programatização’”. Com base no texto apresentado acima, nos conteúdos abordados nas teleaulas e no livro Constituição Histórica da Educação no Brasil, discorra sobre os aspectos da origem da história da educação como disciplina no Brasil. Nota: 16.0 Resposta: A história da educação é parte da cultura, que por sua vez faz parte da historia geral. Em cada tempo/espaço histórico, a educação atendeu a determinados objetivos, que correspondiam a visões de homem e de mundo. Para compreender a história da educação, é essencial situála na história geral. Estabeleceu que a desigualdade entre homens e mulheres não pode ser pensada como algo que nasce com os indivíduos e ainda, é autora da famosa frase “A gente não nasce mulher, tornase mulher”, que dá a dimensão da construção social do gênero (Ver p. 48). Após a avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ROBALLO, R. O. B. Historia da educação e a formação de professoras normalistas: as noções de Afrânio Peixoto e de Theodoro Miranda Santos. 2007. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2007 (p. 78) Os aspectos da origem da história da educação como disciplina no campo da Pedagogia no Brasil enfatizam que a história da educação era indiferente para a área pedagógica, pois os livros tinham caráter didático e tradicional. A produção de conhecimento em história da educação foi reconhecida e legitimada devido à expansão dos programas de pósgraduação no Brasil. A aproximação dos historiadores ao tema educação, o diálogo e o uso de referenciais teóricometodológico são aspectos importantes para a origem da disciplina. (p. 20 e 21) 20/09/2016 AVA UNIVIRTUS http://univirtus277877701.saeast1.elb.amazonaws.com/ava/web/#/ava/AvaliacaoUsuarioHistorico/88476/novo/1 3/4 Questão 4/5 Leia o fragmento de texto: “O documento é uma coisa que fica, que dura, e o testemunho, o ensinamento (...) que ele traz devem ser em primeiro lugar analisados, desmistificandolhes o seu significado aparente”. Com base no texto apresentado acima, nos conteúdos abordados nas teleaulas e no livrobase Constituição Histórica da Educação no Brasil, como as diferentes fontes podem ser utilizadas para a produção de conhecimento sobre a história da educação? Nota: 20.0 Resposta: O uso de fontes, como documentos, em sala de aula é o fato que ela permite acrescentar a dimensão do tempo à compreensão do social. Assim favorecendo a observação do processo de maturação ou de evolução de indivíduos, grupos, conceitos, conhecimentos, comportamentos, mentalidades, práticas, entre outros. Questão 5/5 Leia a seguinte citação: “Ademais, e talvez o mais importante, o ‘gênero’ era um termo proposto por aquelas que defendiam que a pesquisa sobre mulheres transformaria fundamentalmente os paradigmas no seio de cada disciplina. As pesquisadoras feministas assinalaram muito cedo que o estudo das mulheres acrescentaria não só novos temas como também iria impor uma reavaliação crítica das premissas e critérios do trabalho científico existente”. Considerando os conteúdos do livrobase Desigualdades de gênero, raça e etnia, responda em poucas linhas: Que áreas acadêmicas foram influenciadas pelos estudos de gênero? Cite ao menos duas áreas e justifique sua resposta. Nota: 20.0 Após a avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LE GOFF, J. Documento/monumento. In: História e Memória. 5 ed. Campinas: Ed. Da Unicamp, n. 32 p. 2003 (p. 537538) Entre as fontes possíveis para a pesquisa em história da educação estão aquelas não escolares, que auxiliam na compreensão do contexto e da sociedade em que o objeto ou problemade pesquisa está situado. Um único documento pode ser utilizado como fonte para questões distintas, por diferentes pesquisadores. Cada documento traz, inerente a sua produção, o olhar ou a representação do indivíduo ou da instituição sobre o assunto nele abordado (p. 2628) Após esta avaliação, caso queira ler integralmente esse texto, ele está disponível em: SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação e realidade. v. 16, n. 2, p. 19, 1989. p. 3 20/09/2016 AVA UNIVIRTUS http://univirtus277877701.saeast1.elb.amazonaws.com/ava/web/#/ava/AvaliacaoUsuarioHistorico/88476/novo/1 4/4 Resposta: A introdução dos estudos de gênero no Brasil se deu através de iniciativas coordenadas nas áreas de história e sociologia a partir dos anos 1990. Nessa mesma época foi criado na UNICAMP o Grupo de Estudos de Gênero Pagu, sob a liderança de Margareth Rago, Adriana Piscitelli, Elisabeth Lobo e Mariza Corrêa, grupo esse responsável pela edição do periódico Cadernos Pagu, hoje referencia na área. É suficiente que o aluno mencione ao menos duas, sendo que o livrobase prioriza a antropologia e a sociologia, mas ainda podem ser mencionadas a “história, o direito, a psicologia, a filosofia, as artes, a literatura, a linguística, a medicina, a enfermagem” (p. 82) e a teologia.
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