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Políticas de alimentação no Brasil PBF E SAN 02 Cotta RMM, Machado JC. Programa Bolsa Família e segurança alimentar e nutricional no Brasil: revisão crítica da literatura. Rev Panam Salud Publica. 2013:33(1):54–60. Analisando um quadro geral, no Brasil, a dificuldade de acesso regular e permanente aos alimentos por um contingente significativo da população, associada à renda insuficiente, determina um quadro de insegurança alimentar. Com o objetivo de diminuir os quadros de insegurança alimentar, os programas de transferência condicionada de renda têm-se destacado como políticas de proteção social e combate à pobreza em diversos países, inclusive no Brasil. Em 2004, foi criado o Programa Bolsa Família, cujo objetivo é o combate à pobreza e à fome e a promoção da segurança alimentar e nutricional. Dentre os efeitos previstos estão a melhoria da renda e dos padrões de alimentação, juntamente com ações de saúde e nutrição que integram o conjunto de condições a serem cumpridas pelas famílias. De acordo com os autores, o objetivo do presente trabalho foi realizar uma revisão crítica dos estudos que avaliaram os impactos do PBF na promoção da segurança alimentar e nutricional. Para a revisão bibliográfica, considerou-se o período desde 2004, ano de promulgação da lei que criou o PBF, até 2011. Para serem condicionadas à fazerem uso do programa, as famílias precisam da vacinação conforme o calendário vacinal e acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças menores de 7 anos; e acompanhamento da saúde das mulheres na faixa de 14 a 44 anos e de gestantes e nutrizes. No âmbito educacional, todas as crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos devem apresentar a frequência escolar mensal mínima exigida Para análise geral, foram realizados alguns estudos por diversos autores, baseado na implantação do PBF e seu impacto. Ao final, os autores concluem que o PBF promove um aumento do acesso aos alimentos que não é necessariamente acompanhado por um aumento da qualidade nutricional da alimentação. O conceito de segurança alimentar e nutricional abrange as ideias de disponibilidade, acesso e suficiência alimentar, ou seja, a disponibilidade e o acesso são os fatores que estão mais diretamente associados à renda familiar e às características do mercado de alimentos da região. Já a suficiência alimentar é uma medida mais complexa, que depende da articulação entre disponibilidade, acesso e distribuição do consumo intrafamiliar, ou seja, a suficiência é influenciada pelo tamanho e pela composição das famílias, assim como por escolaridade, cultura e renda Como mostrou este artigo, o PBF pode auxiliar na promoção da segurança alimentar e nutricional das famílias beneficiárias, ao propiciar às populações em vulnerabilidade social maior capacidade de acesso aos alimentos. Por outro lado, constatou-se um aumento do consumo de alimentos de maior densidade calórica e baixo valor nutritivo. Essa mudança nos hábitos alimentares é um fator de risco para o desenvolvimento do sobrepeso, obesidade e de doenças crônicas não transmissíveis Políticas de alimentação no Brasil PAA e SAN 02 Catia Grisa, Claudia Job Schmitt, Lauro Francisco Mattei, Renato Sergio Maluf e Sergio Pereira Leite. Contribuições do Programa de Aquisição de Alimentos à segurança alimentar e nutricional e à criação de mercados para a agricultura familiar. v. 8 - n. 3 • setembro de 2011 O Programa de Aquisição de Alimentos, criado em 2003, durante o governo Lula tem como objetivo garantir o acesso a alimentos de qualidade com regularidade a população em situação de insegurança alimentar e nutricional, além de promover a inclusão social no campo por meio do fortalecimento da agricultura familiar. Além da criação de programas específicos como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) temos também instrumentos específicos de política pública direcionados a essa categoria de produtores, como por exemplo o Seguro da Agricultura Familiar, a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Pnater) e do próprio PAA. O programa adquire os produtos dos agricultores objetivando formar estoques para prestar assistência alimentar a população especifica, sendo assim um programa que faz parte da política agrícola e da segurança alimentar e nutricional. O programa foi criado como uma das ações do Programa fome zero, e tem sido assistido ao longo da sua implantação pelo CONSEA, a aquisição dos produtos e feita por diferentes mecanismos, sendo alguns executados pelo Conab e outros conveniados com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). O PAA funciona em quatro modalidades a primeira pela Compra Direta da Agricultura Familiar que é a aquisição dos alimentos feita pelo governo e obtida pelos produtores, através da compra direta é operada pela Conab, a segunda pela Compra com Doação Simultânea realizada pelo vínculo entre a produção de agricultores familiares e as demandas locais de suplementação alimentar de escolas, albergues, asilos, hospitais públicos, entre outros, esta modalidade é conhecida por Compra Direta Local da Agricultura Familiar (CDLAF),a terceira e a Formação de Estoque pela Agricultura Familiar pelo qual se adquire alimentos da safra vigente, oriundos de agricultores familiares para a formação de estoques em suas próprias organizações. A quarta é o Incentivo à Produção e ao Consumo do Leite que incentiva a produção de leite ,assim como o seu consumo por famílias em risco alimentar, é operada pelos estados da região Nordeste e Minas Gerais. Esse programa tem sido responsável pela restauração da policultura, diversificação produtiva, além do incentivo à produção e consumo de alimentos regionais, e geração de renda entre os produtores, e valorização dos produtos regionais, também foram observadas mudanças no padrão alimentar das crianças em idade escolar. O acesso das cooperativas ao PAA tem contribuído para maior conhecimento sobre gestão administrativa e mercados, alcance de novos mercados e outros recursos políticos e econômicos. Entretanto o PAA tem apresentado algumas limitações como por exemplo a falta de conhecimento em relação ao programa, o problema do atraso na liberação dos recursos, a dificuldade para transportar os produtos do local de produção até o local de consumo, deficiência no serviço de inspeção sanitária, estruturas inadequadas de armazenamento e conservação dos alimentos até o momento do consumo, entre outros. CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX BACHARELADO EM NUTRIÇÃO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA I Anicetta Camila Fernanda Rafaela Vidoca Neris Priscila Aline Dantas de Lima ATIVIDADES COMPLEMENTARES DE ESTÁGIO: fichamento de resumo. NATAL 2016
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